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Ise} bo} Ministerio Palco 139: Julho : Setembvo 2014 fa manter em vigor spetos parcelares da mesma realidade co cle acentuae © aual paradigma da descodiicagi Penal, eeudo, co. A prova digital ~ essen dial pric e,sobrerudo, norma 1ua mergulhada num verdadeiro pnrano incervengio legisativa coe “mento dos conceitos ¢ das necessidades, propiciado idica quotidiana e sedimentado por uma longa ppermie, no encanto, abandonar 0 ex por um modelo que boa técnica com a melhor substincia, A partir do acerve pritico ¢ dog- i ~ sem medo de dlades conllituances em jogo. 2. As LEIS QUE TEMOS Em vez wo-se em camadas sganhar auconomia, ora parecem de seguit 0 vetho conselh mo nfs fs ns de Fs oo. decrees lps de ine jake 2 pr um some bn rool eile gc np ie skiecjmanmndiucmomicespe ose Fn bout ee ‘uraprapae dole Prova axa as es queremes eae que aeimames te: Jono LaNOs RIES simples e dar 0 legislador escolhen a via incerea da pluralidade e da compleridade, gerando um sistema andrquico, onde, muitas vezes, nem biissola necessivia para encontrar 0 caminho mais seguro, Por isso mesmo, parafraseando Alexander Graf 20 Dona, a jurispeudéncia di conseguir resoher a quadeatura slo ou desatar os apertads nds que o legislador (de forma jiente ou inconsciente) foi at 24. O Cép160 be Processo PENAL ‘Uma simples letura formal do Caio de Processo Penal revel um primeito ‘nd. O legsladox, misturando realidades eécnicas muito diferentes estende, ainda hoje, o regime previsco para as inercesbestlefinicas, a outras conver: sages ou comunicages, transferidas por qualquer meio téenico diferente do telefone, designadamente correo eleténico ou oueras formas de eransmis- slo de dados por via ca, mesmo que se encontrem guardadas em suporte digital (art. 18. Para além disso, regula, igualmente, 2 lapel, Toplrcimind de [321 Revista do Ministvio Pal dobrengio ¢ juncie 208 autos de dados sabre a localizagio cetular ou de aren A imwerprerasio desta norma, jé denomsinada casa dos horeores registos de realizagio de conversagdes ou comunicagbes (art 18 hhermenéuticos, nio ¢ simples nem linea. Ao aglutinar diversas rea~ lades, carecidas de graus de cutela diversos e de distintas exigéncias priticas, olegislador deus um contribuco decisivo para a incerteza e para rou a carefa das insein- a inseguranga juridicase, sem necessidade, cias formas de controlo. «Na parte em que estende o regime das escuras telefinicas 20 email guardado no computador do destinatirio, 0 pre- ceito veio onerar edificuear desmes adamente a investiga ex assegurando a estes documentos uma cusela mais consistence do que = im (e oferecida pelo regime das huscas. Regime a que, em pri cleviams) ser submeridas as intromissSes nestes documentos; nao fora o _gesto menos pensado do legislador de 2007 a aditar o inciso "mesmo que se encontrem guardados Para alm disso, a desconsideragio dos interesses da investigayio era, lade de intercetar as comut ainda, visivel na impossi agbes elecrSni «as ou, sequer, de obter os resperivas dados de rifego, no caso de crimes informéeicos ou de injria, ameaga, coagio ou devassa da vida privada liceral, devido wsula cometidos por via informérica. Numa v nes fcaram sujetos 20 catilaga dlo CPP), eambém nio benef westigngio. © legislador esqueceu, ddeextensio (art 1892° do CPP), estes das intercegbes telefnicas (art 18721, ciando deste iss de assim, as situagbes em que, paradoxalmente, a intromissio é mais neces- saa ¢ legicima, eornando quase impossvelinvestigae estes crimes com sucesso”. Aonaot, Mana da Can cme p86 Revita CEI oot Prova dpa as esque remos eae que devas tr Joo Cowes Cons 2.2. A Let n° 32/2008, DE 17 DE JULHO Pouco tempo depois, agravando as grandes dificuldades interpretatvas, geradas sobrerudo pea alteragio do Césigo de Processo Penal (consuma- dda pela Lei m2 48/2007, de a9 de agosto), a Lei n 32/2008 veio regular 4 conservagdo ea transmissio dos dados de tifego de localizasio, bem como os dados conexos neces ios para idencificar 0 assinante ou 0 uti- Tizador registado para fins de investigacio destes e repressio. de crimes graves ‘A.sua transmissao sé é admiss num catiloge rescritiva de crimes, por despacho fundamentado do juz de inseragio riminal, quando hon- ver razies para crer que s indispensiveis para a descoberca da verdade ou para a prova daguees e que esta ser4 de outta forma impossvel ou ‘muito dificil de obter e deve respeitar os pi ipios da adequagio, neces- sidade e proporcionalidade (art.94,n.#s11€2).Para além disso, 36 podem ser transmitidos dados relativos a0 suspeito lo, pessoa suspeica de receber ou transmit mensagens destinadas ou provenientes daqueles ‘ou, mediante consencimento, 4 propria vitima (art 9°, n.°3). Dessa forma, apesir de convocar requisites de acesso semelhant legislador, sem qualquer razso técnica lia, dup 1105 regimes, consa~ srando notmas gerais no Cédigo de Processo Penal e normas especiais na Ieiine 32/2008. Nada dados fosse regu ne entanro, que oaceso iqueleacexvo de reservando-se as questbes eénicas dasa conservasio prew aa legislagio extravagante. © legslador podia (¢devia) rer mantide a centraidade normativa do Cligo de Processo Penal nde nat 008a/| ba Revista do Miniséro Piblico 139 allo : Setembro 2039 14 ova pra asi que tenes ate que devise Joo Conoe Conan (Uma coisa éa conservagio preventiva dos dads! outra coisa, bem dife- rente, a sua aquisigio ¢ valoragio processual penal, desencadeada pela suspeita da priica de um crime ’ cial de normas geradas nautro contexto! 2.3.A LEI N2 109/2009, DE 15 DE SETEMBRO da necessidade de Por krimo, lei n*109/2008, apesae da sua denominagao equivosae apiren- tementeresricva (Lei do Cibererime), weioacrescentar mais um apertado © desnecessiio né gétdio, Na verdade, as disposigbes processuais penais nela conta ~ contrarando 2quele claro rézul ical ~ apicam-se a0 crimes af 5 ae prevstos (crimes informatics stricta srs), aos erimes cometdos por meio de weder rir as obrigaydes do Estado portugues deram adeiro regime geral da prova di al. Mais uma vez, a rela escolha da via imento do aconsel capitulo auténomo € lum siseema informaco 6, ainda, aos crimes em que seja necessitio & recolha de prova em suporteeletSnico questonivel vocagio transversal a coda o sistem: ) 66,162, n.885.6, Numa aparente 1), assamindo un rocessual penal: podemos nae ‘mesmo dizer que, em macéta de prova,constiva, agora, sua peda angulan |A preservagio expedita de dads (are. 2°), revelago expedita de dados de injuno para a preseragio ou concesio de aces a dados 3.A CONJUGACAO DAS LEIS QUE TEMOS 4 pesquisa de dadosinforméticos (ar. 15°), a apreensto de dados és co © de rgistos de oo- runicagdes de narureza semlhante (art, 175), a intere;a0 de comnicages (are 189), as agbes encobertas (art. 19°) «ainda, a cooperayio intemacional (ars. 2022 262) passaram a regerse por esta nova lei especial ergo (ar A cocnisté (are informiticos (art. 62), a aproensio de coreio el sera extensas zonas cinzentas de [3s] do Ministerio Pablico 139: Julho Secembro 2014 anunciados e nna geografia processual penal, a diversidade dos obj serogencidade das téenicas utilizadas propiciam equivoces, esqueci- _mentos ¢ exegeses incorretas. Como seria de espet facilmente que a denominada lei do cibercrime afinal regula muito mais do queiss. Mesmo assim, do ponto de vista doutrinal, parece hoje inquestiona primeira a Lein. 32/2008 e depois Lei n° 109/2009 revogaram, ppatcelas importantes do regime consagrado no artigo 189.° do Cédigo de Proceso Penal, reduzindo muito o seu alargado ambito dle aplicagdo nical, As leis exeravagantessobrepSemse aquee regime getal, que #6 subsisre naquilo que nao foi depois especialmente regulado, io se compreende, por isso, porque € que o legislador nao 0 revogou formalme 20 ¢ impedindo expurganda-o daquilo que nao tem apl 2 invocar a sua vigéneia. A sua manutengio formal 36 pode ser Ji as relagées entre a5 Leis ns 32/2008 109/2009 sio muito ‘mais complexas, Segundo a tese minoricéria, a lei do cibercrime revo- gow o regime de acesso aqueles dados, subsistindo a Lei n.* 32/2008 sobresudo no que concerne a0 eestabelecimento dos deveres dos for- 1, Esse seria, afinal, necedotes de servigos e prestagio desses dados: © sentido itil da ressalva do legislador, consagrada no artigo 11°, n 2, da Lei nt lo que nao foi expressamente regulado pela lei do ciberctime, Nao hé nenhuma regimes dives iamente, oneram a investigagio dos crimes mais graves com exigéncias vazio para man ados de acesso e que, contradiro- injustificadas. Prova digas lis quetemos ea lei qu deviamoe cer: Joso Cone Conse Em sentido contrévo, a tese maioritiria advoga que relagio ser antes de pura complementaridade. O prépri do cibererime ( legislador afrmou-o solenemente *, ne a} pesado énus de determinar os respet Assim, restaria a0 intérprete 0 6 Ambitos de aplicagio, delimi tando campos que parecem sobrepostos, mas sio afinal contiguos. A sguarda ea conservagio dos dados de erifego e de localizagio, bem como dos dados conexos necessivios para identificat o assinance ow o utilizador repistado, para fins de investigagio destes e repressio de crimes graves, independentemente de um qualquer pedido das auroridades ofciais e, ‘mesmo, de uma qualquer suspeita da pritica de um crime, jstficaré maior difculdade e euidado no acesso a essa informagio. Quanto maior for o acervo de informasao sensivel existence, maior deverd ser 0 euidado no seu acesso. Ji que 0 jslador imp6e a conseevagio pte idade da sua sdependente imparcial)considere indispenséves. Em suma, a legislagio contida no iva destes ddados, a0 menos que restrinja pos lizagSo apenas aos ‘sos que um juiz igo de Processo Penal fi, rapassada pelas Leis ns 32/2008 € 109/2009, inter- cedendo entre estas duas — segundo a maioria — uma relagio de pura complementaridade, © terceto reduziu-se afinal, pelo menos, 2 Revista do Ministéro Pablico 139 ro 2014 3.1. A DECLARAGAO DE INVALIDADE pa Dineriva n.° 2006/24/EU po PARLAMENTO £ DO CONSELHO DE 15 DE MARGO DE 2006 (seja ele qual eda seritos, no garantindo 1 estabelecidas acesso 20s dados 05 respostas diversilic Satislazendo as bby Prova digas hi que cmos eae que deviamos ter Joio Cone Conasts 4. INCONGRUENCIA DE ALGUMAS SOLUGOES LEGAIS ‘Ademais destes problemas formals, resultantes de uma técnica legilaiva de- sadequada, também as propras slugSeslegais susctam algumasretervasma- teas: escolha nem sempre fia mais comet, Nuns casos foram claramente ‘esquecidas as exigencias de uma agdo penal eficaz, como «novo e aurénomo mnalmente reconhecido ¢ sancionados|; noueros & bem juriaico, conse proteyio dos direitos indviduais, enquanto inquestonivelfinalidade prim ria do pr6prio process penal que ficou demasiado fagilizads © leisador ainda nao ating ponto ideal da concordancia pritica dos interesses conf ‘wanes, sempre inerentes ao processo penal de um Estado de diteio. Awtane, Mana da Cost, Joep de igo Ryne Ga 40) Revista do Ministéio Pabl ale quedevamas ter: Joie Coe Coanein 4.1, TUTELA DO CORREIO ELETRONICO JA L1DO considerando-o «como um mero documento ¢ fciicando a sua apreensio: seri para 0 feito suficiente a intervengio legitimadora do magisteaco do Minisério Piblico {re.162 da Len 109/2009).A semelhanga de uma cara recebida, também 10 aberto devers poder ser, por ele, apreendido, Sé assim sentido convocar as norma geais censio de comes: pondéncia para a obcengio das restantes comunicagies nS 109/2009). Aquilo cortespondéncia é um, ‘aio para ps jo ~ a pretewo da protegio da ida ~ em relagao ao restante. As necessidades de rucela sio iguais cde um conerolo judicial ico pode apreender uma carta guardada num cofic, mas ruardado num computador A procesio do si wm chs por correio ea dlicional ou através dos meios que o progresso dsponi craves deve eaquele proceso 2 concuido. A partir desse moinento (cons dle era 10) o destinairio dispoe dos mefos Ble j josidade estadual. io esta vulnerivel, juiz podera (repetimos) la Lei ns 109/20 meen 6 gue 3 meng oot, «apd oe onde sade Oe ecg Revista do Ministésio Pablo 139 : Julho + Setembro 2014 4.2. Buscas ONLINE. AAs leis que temos, malgrad a sua estranha profasio,abém nao resol- E hoje ‘vem, expressamence, 6 momentoso problema das busca on possivel, mediante virias téenieasinformsticas 4 distancia, via aceder a0s dados conridos num computador, observ-tos, monito log sem o conhecimento ou consentimento do visado. Tal como um - também 0 Eseado pode intrometer-se num computador alheio ¢ verificar © que li est Numa petspeciva literal, baseada no elemento gramatical, poderia- sos dizer que o legislador consagrou as buscas online na lei do ciber~ crime: «quando no decurso de pesquisa, surgirem razées para crer que 0s dados procurados se enconteam noutro sistema informético, ou numa parte diference do sistema pesquisado, mas que tas dados sio legitima- sence acesiveis 2 partir da sistema inci. pesquisa pode ser estendida S6 que, mediante aucorizagio ou oxdem da auroridade competent causa € apenas a extensio online 10. Nio se trata, pois, de (© acesso ao primeito sistema informitico compromere o secterismo da diligéncia, peemitindo ao visado 0 controlo da sua legalidade® 7 te (3) Prova digas eis que tems ea lei que devimes te Jako Conroe Cones pessperiva, igualmente baseads no elemento gramatcal, as ¢ resultam da possiilidade de recorrer «a meias ¢ dspositvos ‘no decurso de agbes encobertas. No entanto, mais uma vez, apesir da inequivoca letra da le, parece estar em causa uma passibilidade ‘muito limitada e circunserita, Este mecanismo s6 pode ser utlizado nesses casos excevionais, em que seja necessi A consagragio destas possibildades extremas coloca, todavia, a questio realizar uma ago encoberea

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