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Capítulo 4: Derivada
Definição:
Exemplos:
60
2. Encontre a equação da reta tangente à curva y = 2 x 2 + 3 no ponto cuja abscissa é 2.
61
4.2- Velocidade e Aceleração
Suponhamos que um corpo se move em linha reta e que s = s (t ) represente o espaço percorrido
pelo móvel até o instante t. Então, no intervalo de tempo entre t e t + ∆ t , o corpo sofre um deslocamento
∆ s = s (t + ∆ t ) − s(t ) .
1. Velocidade
2. Aceleração
∆ v v(t + ∆ t ) − v(t )
Aceleração média do corpo no intervalo de tempo entre t e t + ∆ t é dada por am = = .
∆t ∆t
Aceleração instantânea do corpo no instante t é o limite das acelerações médias quando ∆ t se aproxima
v (t + ∆ t ) − v(t )
de zero, isto é, a (t ) = lim .
∆ t→ 0 ∆t
Exemplos:
1. No instante t = 0 um corpo inicia um movimento em linha reta. Sua posição no instante t é dado por
s (t ) = 16t − t 2 . Determine:
d) a aceleração no instante t = 4.
62
1 2
2. A equação do movimento de um corpo em queda livre é s = gt , onde g ≅ 9,8m / s 2 é a aceleração
2
da gravidade. Determine a velocidade e a aceleração do corpo em um instante qualquer t.
A derivada de uma função f (x) no ponto x1 , denotada por f ' ( x1 ) , é definida pelo limite
f ( x1 + ∆ x) − f ( x1 )
f ' ( x1 ) = lim , quando este limite existe. Neste caso, dizemos que a função f (x) é
∆ x→ 0 ∆x
derivável (ou diferenciável) no ponto x1 .
f ( x1 + h) − f ( x1 ) f ( x2 ) − f ( x1 )
Também podemos escrever: f ' ( x1 ) = lim = lim .
h→ 0 h x 2 → x1 x2 − x1
Observação: Como vimos, este limite nos dá a inclinação da reta tangente à curva y = f (x) no ponto
( x1 , f ( x1 )) . Portanto, geometricamente, a derivada da função y = f (x) no ponto x1 representa a
inclinação da curva neste ponto.
A derivada de uma função y = f (x) é a função denotada por f ' ( x) tal que seu valor em qualquer
f ( x + ∆ x) − f ( x)
x ∈ D( f ) é dado por f ' ( x) = lim , se este limite existir.
∆ x→ 0 ∆x
Dizemos que uma função é derivável (ou diferenciável) quando existe derivada em todos os
pontos de seu domínio.
63
Exemplos:
x− 2
2. Dada a função f ( x) = , encontre f ' ( x) .
x+ 3
1
4. Dada f ( x ) = x 3 , encontre f ' ( x) .
64
4.5- Continuidade de Funções Deriváveis
Teorema
Toda função y = f (x) derivável num ponto x1 ∈ D( f ) é contínua nesse ponto.
Demonstração:
f ( x) − f ( x1 )
Sendo f derivável em x1 então f ' ( x1 ) = xlim existe.
→ x 1 x − x1
Assim temos:
f ( x ) − f ( x1 ) f ( x ) − f ( x1 )
lim [ f ( x ) − f ( x1 )] = lim .( x − x1 ) = lim . lim ( x − x1 ) = f ' ( x1 ).0 = 0 .
x → x1 x → x1
x − x1 x → x1 x − x1 x → x1
Portanto, f é contínua em x1 .
4.6- Exercícios
Definições:
Seja y = f (x) uma função definida no intervalo ( a, b ) e x1 ∈ ( a, b ) .
c) Uma função é derivável em um ponto x1 se, e somente se, as derivadas à direita e à esquerda
nesse ponto existem e são iguais.
Observação: Para fazer uma análise gráfica da existência da derivada em um ponto, podemos traçar retas
secantes que passam pelo ponto dado e por outro na sua vizinhança e observar a sua posição limite
(posição de tangência). Quando as secantes não têm uma única posição limite ou se tornam verticais, a
derivada não existe. No primeiro caso, estamos diante da situação em que as derivadas laterais existem,
mas são diferentes (ponto anguloso) e não há reta tangente à curva neste ponto; no segundo caso, as retas
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secantes convergem para a posição vertical e, se lim f ' ( x) = + ∞ e lim− f ' ( x) = − ∞ ou
x → x1+ x → x1
lim f ' ( x) = − ∞ e lim− f ' ( x) = + ∞ , dizemos que estamos diante de um ponto cuspidal do gráfico de f ,
x → x1+ x → x1
Exemplos:
3x − 1 , se x < 2
1. Seja f a função definida por f ( x) = .
7 − x , se x ≥ 2
a) Esboce o gráfico de f.
b) Mostre que f é contínua em 2.
c) Encontre f + ' (2) e f − ' (2) .
d) A função f é derivável em 2? Justifique sua resposta.
2. Seja a função f ( x ) = ( x − 2 ) . x .
a) Encontre f + ' (0) e f − ' (0) .
b) A função f é derivável em x = 0? Justifique sua resposta.
4.8- Exercícios
66
4.9- Regras de Derivação
As regras de derivação permitem determinar as derivadas das funções sem o uso da definição.
Demonstração:
f ( x + h) − f ( x ) c− c
f ' ( x ) = lim = lim = lim 0 = 0 .
h→ 0 h h→ 0 h h→ 0
Demonstração:
n n− 1 n n− 2 2 n n− 1
x n
+
x h +
x h + ... + xh + h n − x n
f ' ( x ) = lim
f ( x + h) − f ( x )
= lim
( x + h ) − x = lim
n n
1 2 n − 1 =
h→ 0 h h→ 0 h h→ 0 h
n n n n− 2
h x n − 1 + x n − 2 h + ... + xh + h n − 1
1 2 n − 1 = lim n x n − 1 + n x n − 2 h + ... + n xh n − 2 + h n − 1 =
= lim
h→ 0 h h→ 0 1 2 n − 1
n n! n (n − 1)! n − 1
= x n − 1 = xn− 1 = x = n xn− 1 .
1 1! (n − 1)! 1 (n − 1)!
Exemplos:
a) Se f ( x) = x 5 então f ' ( x) = 5 x 4 .
b) Se g ( x) = x então g ' ( x) = 1 .
c) Se h( x) = x10 então h ' ( x) = 10 x 9 .
Demonstração:
g ( x + h) − g ( x ) cf ( x + h) − cf ( x) f ( x + h) − f ( x ) f ( x + h) − f ( x )
g ' ( x) = lim = lim = lim c = c lim = cf ' ( x )
h→ 0 h h→ 0 h h→ 0
h h→ 0 h
Exemplos:
a) Se f ( x) = 8 x 2 então f ' ( x ) = 8(2 x ) = 16 x .
b) Se g (t ) = − 2t 7 então g ' (t ) = − 2(7t 6 ) = − 14t 6 .
67
R4 – Derivada de uma soma
Demonstração:
s ' ( x ) = lim
s ( x + h) − s ( x )
= lim
[ f ( x + h) + g ( x + h)] − [ f ( x ) + g ( x )] =
h→ 0 h h → 0 h
= lim
[ f ( x + h) − f ( x)] + [ g ( x + h) − g ( x)] = lim f ( x + h) − f ( x) + lim g ( x + h) − g ( x) = f ' ( x) + g ' ( x)
.
h→ 0 h h→ 0 h h→ 0 h
Exemplos:
a) Se f ( x) = 3x 4 + 8 x + 5 então f ' ( x ) = 3(4 x 3 ) + 8.1 + 0 = 12 x 3 + 8 .
b) Se g (t ) = 9t 5 − 4t 2 + 2t + 7 então g ' (t ) = 45t 4 − 8t + 2 .
R5 – Derivada de um produto
Demonstração:
p ' ( x) = lim
p ( x + h) − p ( x )
= lim
[ f ( x + h).g ( x + h)] − [ f ( x).g ( x)] =
h→ 0 h h→ 0 h
f ( x + h).g ( x + h) − f ( x + h).g ( x) + f ( x + h).g ( x) − f ( x).g ( x)
= lim =
h→ 0 h
f ( x + h).[ g ( x + h) − g ( x)] + g ( x).[ f ( x + h) − f ( x)] g ( x + h) − g ( x) f ( x + h) − f ( x)
= lim = lim f ( x + h). + lim g ( x). =
h→ 0 h h→ 0 h h→ 0 h
= f ( x).g ' ( x) + g ( x). f ' ( x).
Exemplos:
a) Se f ( x) = ( 2 x 3 − 1).( x 4 + x 2 ) então f ' ( x ) = ( 2 x 3 − 1).(4 x 3 + 2 x) + (6 x 2 ).( x 4 + x 2 ) .
1 2 1 2 1
b) Se g (t ) = (t + 5).(t + 4t ) então g ' (t ) = (t + 5).(6t + 4) + (2t ).(t + 4t ) .
6 5 6
2 2 2
R6 – Derivada de um quociente
f f ( x)
Sejam f e g duas funções e q a função definida por q ( x) = ( x) = , onde g ( x) ≠ 0 .
g g ( x)
g ( x). f ' ( x) − f ( x).g ' ( x)
Se f ' ( x) e g ' ( x) existem, então q ' ( x) = .
[ g ( x )] 2
Demonstração:
f ( x + h) f ( x )
−
q ( x + h) − q ( x ) g ( x + h) g ( x ) 1 f ( x + h).g ( x) − f ( x).g ( x + h)
q ' ( x) = lim = lim = lim . =
h→ 0 h h → 0 h h → 0 h g ( x + h).g ( x)
68
f ( x + h) − f ( x ) g ( x + h) − g ( x )
.g ( x ) − f ( x )
1 f ( x + h).g ( x) − f ( x).g ( x) + f ( x).g ( x) − f ( x).g ( x + h) h h
= lim . = lim =
h→ 0 h g ( x + h).g ( x) h → 0 g ( x + h).g ( x)
f ( x + h) − f ( x ) g ( x + h) − g ( x )
lim . lim g ( x) − lim f ( x).lim
h→ 0 h h→ 0 h→ 0 h→ 0 h f ' ( x).g ( x) − f ( x).g ' ( x)
= = .
lim g ( x + h).lim g ( x)
h→ 0 h→ 0
[ g ( x) ] 2
Exemplos:
2x4 − 3 ( x 2 − 5 x + 3).(8 x 3 ) − (2 x 4 − 3).(2 x − 5)
a) Se f ( x) = então f ' ( x ) = .
x2 − 5x + 3 ( x 2 − 5 x + 3) 2
1 x.0 − 1.1 − 1
b) Se g ( x) = então g ' ( x) = = 2.
x x2 x
Demonstração:
1 x n .0 − 1.n x n − 1 − n x n − 1
Como f ( x) = x
−n
= n então f ' ( x) = n 2
= 2n
= − n x− n− 1 .
x (x ) x
4.10- Exercícios
Teorema
Sejam y = g (u ) e u = f ( x ) funções deriváveis, com Im(f) ⊂ D(g).
Então a composta y = g ( f ( x )) é derivável e vale a regra da cadeia:
dy dy du
y ' ( x) = g ' (u ). f ' ( x) = g ' ( f ( x)). f ' ( x), ou seja, = . .
dx du dx
Exemplos:
dy
1. Dada a função y = ( x 2 + 5 x + 2)7 , determinar .
dx
5
3x + 2
2. Dada a função y = , encontrar y ' .
2x + 1
69
3. Dada a função y = (3x 2 + 1)3 .( x − x 2 ) 2 , determinar y ' .
Demonstração:
Fazendo y = u n , onde u = g ( x) , e aplicando a Regra da Cadeia, temos:
d
[ g ( x)] n = dy = dy . du = n u n − 1.g ' ( x) = n [ g ( x)] n − 1. g ' ( x) .
dx dx du dx
Observação: A Regra da Potência pode ser generalizada como segue e será demonstrada mais adiante:
Se u = g (x ) é uma função derivável e r é um número racional não nulo qualquer, então
d
dx
( )
[ g ( x)] r = r[ g ( x)] r − 1.g ' ( x) , ou seja, u r ' = r u r − 1 . u ' .
Exemplos:
t2
2- Dada a função g (t ) = , determinar g ' (t ) .
3
t3 + 1
Teorema
Seja y = f (x) uma função definida em um intervalo aberto ( a, b ) . Suponhamos que f (x) admita
uma função inversa x = g ( y ) contínua. Se f ' ( x) existe e é diferente de zero para qualquer x ∈ ( a, b ) ,
−1 1 1
então g = f é derivável e vale g ' ( y ) = = .
f ' ( x) f ' ( g ( y ) )
Demonstração:
Sejam y = f ( x) e ∆ y = f ( x + ∆ x) − f ( x) . Observamos que, como f possui uma inversa, se
∆ x ≠ 0 temos que f ( x + ∆ x) ≠ f ( x) e, portanto, ∆ y ≠ 0 . Como f é contínua, quando ∆ x → 0 temos que
∆ y → 0.
Da mesma forma, quando ∆ y → 0 , então ∆ x = g ( y + ∆ y ) − g ( y ) também tende a zero.
Por outro lado, para qualquer y = f (x) vale a identidade:
g ( y + ∆ y) − g ( y) ( x + ∆ x) − x ∆x 1
= = =
∆y f ( x + ∆ x ) − f ( x ) f ( x + ∆ x ) − f ( x ) f ( x + ∆ x ) − f ( x) .
∆x
Como f ' ( x) existe e é diferente de zero para qualquer x ∈ ( a, b ) obtemos
g ( y + ∆ y) − g ( y) 1 1
lim = =
∆ y→ 0 ∆y f ( x + ∆ x) − f ( x) f ' ( x) .
lim
∆ x→ 0 ∆x
1
Concluímos que g ' ( y ) existe e vale g ' ( y ) = .
f ' ( x)
Exemplos:
1 1
1- Seja y = f ( x) = 4 x − 3 . A sua inversa é dada por x = g ( y ) = ( y + 3) . Temos f ' ( x) = 4 e g ' ( y ) = .
4 4
13
2- Seja y = 8x 3 . Sua inversa é x = y.
2
dx 1 1 1
= 2
= 2
= 2
Como y ' = 24 x é maior que zero para todo x ≠ 0 temos dy 24 x
2
1 .
24 3 y 6y3
2
Para x = 0 temos y = 0 e y ' = 0 . Logo, não podemos aplicar o teorema para x = 0.
Demonstração:
Seja y = f ( x) = a x . Temos:
f ( x + h) − f ( x ) a x+ h − a x a x ( a h − 1) ah − 1
f ' ( x ) = lim = lim = lim = lim a . lim
x
= a x . ln a .
h→ 0 h h → 0 h h → 0 h h → 0 h → 0 h
71
4.13.2 – Derivada da Função Logarítmica
1 1 1
Se y = log a x , sendo a > 0 e a ≠ 1 , então y ' = log a e . Em particular, se y = ln x , então y ' = ln e = .
x x x
Demonstração:
Seja y = f ( x) = log a x . Temos:
x+ h
loga
f ' ( x) = lim
f ( x + h) − f ( x )
= lim a
log ( x + h) − loga x
= limx = lim 1 log x + h = lim 1 log 1 + h =
h→ 0 h x
a a
h→ 0 h h→ 0 h h
h→ 0
x h→ 0 h
1
1
.
1 x
1
1
h
1+ 1 =
h h h x
h h 1
= lim loga 1 + = loga lim 1 + = loga lim 1 + h = loga lim 1 +
h h
= log lim
h→ 0
x h → 0 x
h→ 0 x
h→ 0 x a
h→ 0 x
h h h
x x
1
1
h 1
1
= log a lim 1 + = log a e x = . log a e .
h→ 0 x x
h
Demonstração:
Usando as propriedades de logaritmos, podemos escrever y = u v = eln u = e v. ln u . Assim, y = ( gof )( x) ,
v
onde g ( w) = e w e w = f ( x ) = v. ln u .
1
Como existem as derivadas g ' ( w) = e e f ' ( x) = v. .u '+ ln u . v ' , pela regra da cadeia temos:
w
u.
u' u' u'
y ' = g ' ( w). f ' ( x) = e w . v. + ln u . v ' = ev. ln u v. + ln u . v ' = u v .v. + u v . ln u . v ' = v.u v − 1.u '+ u v . ln u . v ' .
u u u
Observação: Usando a regra da cadeia obtemos as fórmulas gerais das derivadas das funções
exponencial e logarítmica:
y = a u (a > 0 e a ≠ 1) ⇒ y ' = a u . ln a . u '
y = eu ⇒ y ' = eu . u '
u'
y = log a u (a > 0 e a ≠ 1) ⇒ y ' = log a e
u
u'
y = ln u ⇒ y ' =
u
Exemplos:
72
x
1
b) y =
2
x+ 1
c) y = e x − 1
d) y = e x. ln x
e) y = log 2 (3 x 2 + 7 x − 1)
ex
f) y = ln
x + 1
(
g) y = x 2 + 1 ) 2x− 1
Demonstração:
x+ h− x x+ h+ x h 2x + h h
2sen . cos 2sen . cos 2sen
sen( x + h) − senx 2 2 2 2 = lim 2 . lim cos 2 x + h =
y ' = lim = lim = lim
h→ 0 h h→ 0 h h→ 0 h h→ 0 h h→ 0 2
2.
2
= 1. cos x = cos x .
Demonstração:
x+ h+ x x+ h− x 2x + h h h
− 2sen .sen − 2sen .sen sen
cos(x + h) − cos x 2 2 2 2 = − 2 lim sen 2 x + h . lim 2=
y ' = lim = lim = lim
h→ 0 h h→ 0 h h → 0 h h→ 0 2 h → 0 2. h
2
1
= − 2 senx. .1 = − senx .
2
73
c) Derivadas das demais Funções Trigonométricas
Como as demais funções Trigonométricas são definidas a partir do seno ou cosseno, podemos usar as
regras de derivação para encontrar suas derivadas.
Analogamente, encontramos:
y = cot gx ⇒ y ' = − cos sec 2 x
y = sec x ⇒ y ' = sec x.tgx
y = cos sec x ⇒ y ' = − cos sec x. cot gx
Observação: Usando a regra da cadeia obtemos as fórmulas gerais das derivadas das funções
trigonométricas:
y = senu ⇒ y ' = cos u . u '
y = cos u ⇒ y ' = − senu . u '
y = tgu ⇒ y ' = sec 2 u . u '
y = cot gu ⇒ y ' = − cos sec 2 u . u '
y = sec u ⇒ y ' = sec u . tgu . u '
y = cos sec u ⇒ y ' = − cos sec u . cotgu . u '
Exemplos:
1
b) y = cos
x
c) y = 3tg x + cot g 3x
cos x
d) y =
1 + cot gx
e) y = sec( x 2 + 3 x + 7)
x + 1
f) y = cos sec
x − 1
74
4.13.5 – Derivadas das Funções Trigonométricas Inversas
Demonstração:
π π
Sabemos que: y = arcsenx ⇔ x = seny, y ∈ − , . Como (seny ) ' existe e é diferente de zero para
2 2
π π
todo y ∈ − , , aplicando o teorema da função inversa obtemos:
2 2
1 1 1 1
y '= = = = , para x ∈ ( − 1,1) .
( seny ) ' cos y 1 − sen 2 y 1 − x2
Demonstração:
π
Usando a relação arc cos x = − arc senx obtemos:
2
π −1
y ' = ( arc cos x ) ' = − arc senx ' = , para x ∈ ( − 1,1) .
2 1 − x2
Demonstração:
π π
Sabemos que: y = arctgx ⇔ x = tgy, y ∈ − , . Como (tgy ) ' existe e é diferente de zero para todo
2 2
π π
y ∈ − , , aplicando o teorema da função inversa obtemos:
2 2
1 1 1 1
y '= = = = .
(tgy ) ' sec y 1 + tg y 1 + x 2
2 2
75
d) Derivada da Função Arco Cotangente
Seja f : R → ( 0, π ) definida por f ( x) = arc cotgx .
−1
Então y = f (x) é derivável e y ' = .
1 + x2
Demonstração:
π
Usando a relação arc cot gx = − arc tgx obtemos:
2
π −1
y ' = ( arc cot gx ) ' = − arc tgx ' = 2 .
2 1+ x
Demonstração:
1
Usando a relação arc secx = arc cos e a regra da cadeia obtemos:
x
1 −1 1 −1 −1 1 1
y ' = ( arc secx ) ' = arc cos ' = . ' = . 2 = = =
x 1 x
2
x −1 x
2
x . x − 1 x . x2 − 1
2 2 2
1−
x x2 x2 x
x 1
= 2 = , onde x > 1 .
x . x2 − 1 x . x2 − 1
Demonstração:
1
Usando a relação arc cossecx = arc sen e a regra da cadeia obtemos:
x
1 1 1 1 −1 −1 −1
y ' = ( arc cossecx ) ' = arc sen ' = . ' = . 2 = = =
x 1 x
2
x −1 x
2
x . x − 1 x . x2 − 1
2 2 2
1−
x x2 x2 x
− x −1
= 2 = , onde x > 1 .
x . x2 − 1 x . x2 − 1
76
Observação: Usando a regra da cadeia obtemos as fórmulas gerais das derivadas das funções
trigonométricas inversas:
u'
y = arc senu ⇒ y ' =
1 − u2
− u'
y = arc cosu ⇒ y ' =
1 − u2
u'
y = arc tgu ⇒ y ' =
1 + u2
− u'
y = arc cot gu ⇒ y ' =
1 + u2
u'
y = arc sec u ⇒ y ' =
u . u2 − 1
− u'
y = arc cos sec u ⇒ y ' =
u . u2 − 1
Exemplos:
1 − x2
b) y = arc tg
2
1+ x
e x − e− x
Por exemplo, se y = senhx =
2
então y ' =
1 x
2
( )
e − e − x (− 1) =
2
(
1 x
)
e + e − x = cosh x .
Analogamente, obtemos as derivadas das demais funções hiperbólicas.
Observação: Usando a regra da cadeia obtemos as fórmulas gerais das derivadas das funções
hiperbólicas:
y = senhu ⇒ y ' = cosh u . u '
y = cosh u ⇒ y ' = senhu . u '
y = tghu ⇒ y ' = sec h 2u . u '
y = cot ghu ⇒ y ' = − cos sec h 2u . u '
y = sec hu ⇒ y ' = − sec hu . tghu . u '
y = cos sec hu ⇒ y ' = − cos sec hu . cotghu . u '
77
Exemplos:
b) y = sec h( 2 x)
d) y = cot gh(1 − x 3 )
( )
Vimos que y = arg senhx pode ser expresso na forma y = ln x + x 2 + 1 . Assim,
x
( ) ( )
1
1 2
x + 1 2 .2 x 1 +
−
1+
x+ x + 1 '
2
2 x + 1 = x + 1+ x.
2 2
1 1 .
y '= = = =
x+ x + 1
2
x+ x + 1
2
x+ x + 1
2
x + 1 x+ x + 1
2 2
x +1
2
Observação: Usando a regra da cadeia obtemos as fórmulas gerais das derivadas das funções
hiperbólicas inversas:
u'
y = arg senhu ⇒ y ' =
u2 + 1
u'
y = arg cosh u ⇒ y ' = , u>1
u2 − 1
u'
y = arg tghu ⇒ y ' = , u <1
1 − u2
u'
y = arg cot ghu ⇒ y ' = , u >1
1 − u2
− u'
y = arg sec hu ⇒ y ' = , 0< u< 1
u 1 − u2
− u'
y = arg cos sec hu ⇒ y ' = , u≠ 0
u 1 + u2
Exemplos:
c) y = x. arg senhx − x2 + 1
78
4.14- Tabela Geral de Derivadas
79
4.15- Exercícios
Definição
Seja f uma função derivável. Se f ' também for derivável, então a sua derivada é chamada derivada
d2 f
segunda de f e é representada por f ' ' (lê-se f duas linhas) ou (lê-se derivada segunda de f em
dx 2
relação a x).
Se f ' ' é uma função derivável, sua derivada, representada por f ' ' ' , é chamada derivada terceira de f.
A derivada de ordem n ou n-ésima derivada de f , representada por f (n) , é obtida derivando-se a
derivada de ordem (n – 1) de f.
Exemplos:
2- Se f ( x ) = tgx , então f ' ( x ) = sec 2 x e f ' ' ( x ) = 2 sec x.sec x.tgx = 2 sec 2 x.tgx .
3- Se f ( x ) = x 2 + 1 , então
( ) ( ) 1
( ) ( ) x2
1 1 3 1
1 2 − − − − 1
f ' ( x) = x + 1 2 .2 x = x x 2 + 1 2 e f ' ' ( x) = x. − . x 2 + 1 2 .2 x + x 2 + 1 2 .1 = − .
2 2 x2 + 1 (x 2
)
+1
3
4- Se f ( x ) = 3x 5 + 8 x 2 , então
f ' ( x) = 15x 4 + 16x , f ' ' ( x) = 60x 3 + 16 , f ' ' ' ( x) = 180x 2 , f ( 4) ( x) = 360x , f (5) ( x) = 360 e f ( n ) ( x) = 0, n ≥ 6 .
x x x x
x 1 1 1 1
5- f ( x ) = e , então f ' ( x ) = e 2 , f ' ' ( x) = e 2 , f ' ' ' ( x) = e 2 , f ( n ) = n e 2 .
2
2 4 8 2
6- Se f ( x ) = senx , então f ' ( x ) = cos x , f ' ' ( x) = − senx , f ' ' ' ( x) = − cos x , f ( 4 ) = senx , ou seja,
cos x , para n = 1,5,9,...
− senx , para n = 2,6,10,...
f ( n ) ( x) = .
− cos x , para n = 3,7,11,...
senx , para n = 4,8,12,...
80
4.17- Derivação Implícita
Exemplos:
1
1- A equação x + y − 1 = 0 define implicitamente a função y = 2(1 − x 2 ) .
2
2
1 1
De fato, substituindo y = 2(1 − x 2 ) na equação x + y − 1 = 0 , obtemos a identidade x + .2(1 − x ) − 1 = 0 .
2 2 2
2 2
− 4 − x 2 , se − 2 ≤ x < c
3- Nem sempre é possível encontrar a forma explícita de uma função definida implicitamente, como por
exemplo y = f (x) definida implicitamente pela equação y 4 + 3xy + 2 ln y = 0 .
1- Sabendo que y = f (x) é uma função derivável definida implicitamente pela equação x 2 + y 2 = 4 ,
determinar y ' .
81
2- Sabendo que y = f (x) é definida pela equação xy 2 + 2 y 3 = x − 2 y , determinar y ' .
1
4- Determinar a equação da reta tangente à curva x +
2
y − 1 = 0 no ponto ( − 1,0 ) .
2
5- Determinar as equações da reta tangente e da reta normal à circunferência de centro ( 2,0 ) e raio 2, nos
pontos de abscissa 1.
4.18- Exercícios