Vous êtes sur la page 1sur 76

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA


FACULDADE DE VETERINÁRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS
VETERINÁRIAS

ÁTILLA HOLANDA DE ALBUQUERQUE

INFECÇÃO EXPERIMENTAL POR Salmonella Enteritidis EM POMBOS


(Columba livia): AVALIAÇÃO DA VIA E PERÍODO DE EXCREÇÃO AO MEIO
AMBIENTE

Fortaleza, Ceará
2011

1
ÁTILLA HOLANDA DE ALBUQUERQUE

INFECÇÃO EXPERIMENTAL POR Salmonella Enteritidis EM POMBOS


(Columba livia): AVALIAÇÃO DA VIA E PERÍODO DE EXCREÇÃO AO MEIO
AMBIENTE

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade de
Veterinária da Universidade Estadual do Ceará, como
requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre
em Ciências Veterinárias.
Área de Concentração: Reprodução e Sanidade
Animal.
Linha de Pesquisa: Reprodução e sanidade Animal
Orientador: Prof. Dr. William Cardoso Maciel

Fortaleza, Ceará
2011

2
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Estadual do Ceará
Biblioteca Central Prof. Antônio Martins Filho

A345i Albuquerque, Atilla Holanda


Infecção experimental por Salmonella Enteritidis em pombos
(Columba Livia): avaliação da via e período de excreção ao meio
ambiente / Atilla Holanda Albuquerque. – 2011.
76 f. , enc. ; 30 cm.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual do Ceará,


Faculdade de Medicina Veterinária, Curso de Mestrado Acadêmico
em Ciências Veterinárias, Fortaleza, 2011.
Área de Concentração: Reprodução e Sanidade animal.
Orientação: Prof. Dr. William Cardoso Maciel.
Co-orientação: Prof. Dr. Régis Siqueira de Castro Teixeira.

1. Pombos. 2. Inoculação. 3. Salmonella Enteritidis. I. Título.

CDD: 636.089

3
ÁTILLA HOLANDA DE ALBUQUERQUE

INFECÇÃO EXPERIMENTAL POR Salmonella Enteritidis EM POMBOS


(Columba livia): AVALIAÇÃO DA VIA E PERÍODO DE EXCREÇÃO AO MEIO
AMBIENTE

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade
de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará,
.
como requisito parcial para a obtenção do título de
Mestre em Ciências Veterinárias.

Defesa em: 09/12/2011 Conceito obtido:

Banca Examinadora

_______________________________________ _____________________________________
Prof. Dr. William Cardoso Maciel Dr. Régis Siqueira de Castro Teixeira
(Orientador) (Examinador Co- orientador)

_______________________________________ _____________________________________
Profa. Dra. Rosa Patricia Ramos Salles Profa. Dra. Salette Lobão Torres Santiago
(Examinador) (Examinador)
BIOLAB Universidade Estadual do Ceará- UECE

4
A minha Mãe
Maria Holanda Gomes que
sempre me incentivou e me
apoia a investir no que há de
bom e importante na vida!

Dedico

5
AGRADECIMENTOS

Quero inicialmente agradecer a DEUS por ter me dado forças e


determinação de cumprir essa etapa da minha vida que foi concluir o mestrado.

À Universidade Estadual do Ceará – UECE representada pelo Programa de


Pós-Graduação em Ciências Veterinárias – PPGCV- e seu corpo docente, pela
competência e conduta na transmissão de seus ensinamentos.

Ao Laboratório de Estudos Ornitológicos - LABEO, pela oportunidade de


conhecer o mundo das aves e da pesquisa científica.

Ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e


Tecnológico), pelo apoio financeiro com a manutenção da bolsa de auxilio durante o
curso de mestrado, contribuindo para a conclusão de uma importante etapa da minha
vida.

Ao Laboratório de Ornitopatologia da UNESP Jaboticabal por contribuir no


meu trabalho de mestrado e também ceder à cepa de Salmonella a qual foi utilizada
neste trabalho.

Aos professores e funcionários do Programa de Pós-Graduação em Ciências


Veterinárias (PPGCV).

Ao meu orientador Prof. Dr. William Cardoso Maciel que me concedeu a


oportunidade de realizar o mestrado, e sempre apostando na minha capacidade diante de
tantos momentos difíceis, orientando não só como um professor, mas também como um
amigo.

À Rosa Patrícia Ramos Salles que me ajudou com seus ensinamentos, pela
compreensão, companheirismo, carinho, apoio nos momentos mais difíceis da minha
vida.
Ao Isaac Neto Goes da Silva que me ajudou em vários momentos durante
meu mestrado com seus ensinamentos e companheirismo.

6
Ao meu amigo Régis Siqueira de Castro Teixeira pela capacidade de ajudar
a me deixar louco com tantas perguntas na escrita do meu projeto, estas que agradeço,
pois contribuíram bastante para enriquecê-lo.

A minha grande amiga e quase segunda mãe ou irmã inseparável Elisângela


de Souza Lopes por ter me ajudado nas coletas, execução do trabalho e por me fazer ter
paciência até comigo mesmo.

Aos amigos Roberta Cristina da Rocha e Silva, Windleyanne Gonçalves


Amorim Bezerra, Valdez Juval Rocha Gomes Filho.

Aos estudantes de iniciação científica do LABEO: Camila Muniz


Cavalcanti, Ricardo José Pimenta Felício Sales.

Aos novos integrantes do LABEO Débora Nishi Machado, Isabel Cristina


Lima Santos, Clarice Pessoa Almeida, Suzan Vitória Girão Lima, Pablo Perón, Manuel
Rafael Felipe Rocha, Karen Denise Macambira, Valdiana da Silva Gomes pela ajuda
durante a realização da parte prática do trabalho.

Aos ex-integrantes do LABEO Josué Moura Romão, Thania Gislaine


Vasconcelos de Moraes, Emanuella Evangelista da Silva, José Daniel Mores de
Andrade, Samuel Bezerra de Castro, Adonai Aragão de Siqueira, Pedro Emídio Leite
Moraes Ferreira, Lalucha Duarte Bezerra e Helda Vilma Posser Neto.

Aos meus pais José Amadeu de Albuquerque (in memoriam) e Maria


Holanda Gomes de Albuquerque que permitiram que eu buscasse sempre o
conhecimento.

Ao meu grande amigo Daniel da Costa Negreiros que incentivou e


acompanhou meus primeiros passos para a realização do meu mestrado, compartilhando
a sua fé na minha capacidade em conseguir tudo o que eu queira tentar na minha vida
quando eu mesmo ainda não tinha.

7
Aos meus amigos de todas as horas que me deram grande apoio e me
ajudaram bastante no final do meu trabalho, Carlos Henrique Pinheiro, Graziano
Moraes e Alex Sousa Bezerra.

E não podia esquecer as aves (pombos), que ajudaram na concretização desse


trabalho.
Agradeço aos membros da banca examinadora composta pelo Dr. Régis
Siqueira de Castro Teixeira, Profa. Dra. Rosa Patricia Ramos Salles e Profa. Dra.
Salette Lobão Torres Santiago pelas contribuições e competências na análise deste
trabalho.

E todos aqueles que direta ou indiretamente ajudaram na execução desse


trabalho meus sinceros agradecimentos.

8
Nada lhe posso dar que já não exista em
você mesmo. Não posso abrir-lhe outro
mundo e imagens, além daquele que há
em sua própria alma. Nada lhe posso dar a
não ser a oportunidade, o impulso, a
chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu
próprio mundo, e isso é tudo.

Hermann Hesse

9
RESUMO

Os pombos domésticos (Columba livia) pertencem à Ordem columbiformes,


família Columbidae. A alimentação dos pombos é bastante variada (sementes, restos de
alimentos) o que favorece a multiplicação dessas aves, resultando em transtornos de
caráter ambiental e de saúde publica, pois os mesmos podem transmitir enfermidades
virais, fúngicas e bacterianas. Dentre as bacterianas destaca-se a Salmonelose, zoonose
de grande importância em saúde pública. A cepa Salmonella Enteritidis (SE) é
responsável pelo maior número de surtos em humanos. As aves têm um papel
importante na disseminação de salmonelas e podem atuar como portadores
assintomáticos, excretando continuamente o patógeno nas fezes. Nos columbídeos o
comportamento da SE ainda é pouco elucidado, portanto, este trabalho teve como
objetivo inocular em pombos por via oral uma cepa de Salmonella Enteritidis resistente
ao ácido nalidíxico (SENarl) isolada de galinhas, para avaliar a via e o período de
eliminação da mesma ao meio ambiente. Utilizou-se 64 pombos adultos (F4) alojados
em pares por gaiola, divididos em dois grupos: A (n=32) e B (n=32) com doses de
1,9x106 UFC/mL e 1,9x108 UFC/mL respectivamente. Cada grupo foi dividido em dois
subgrupos para análise swabs cloacais e concentração de SE em órgãos como fígado e
baço (n=24) e concentração de SENarl em fezes (n=8), subgrupo 1 e subgrupo 2
respectivamente. Nos dias 3, 7, 14, 21, 28 e 35 pós-inoculação (Dpi), foram coletadas
amostras de fezes e foram eutanaziados quatro pombos de cada grupo para coleta de
fígado e baço para análise de UFCs e frequência de positividade para SENalr após
enriquecimento dos órgãos macerados e incubados em caldo Selenito Cistina contendo
40μg/mL de novobiocina (SCNov). Nos dias 3, 5, 7, 10, 14, 17, 21, 24, 28, 31 e 35
foram coletados os swabs cloacais para avaliar a positividade do patógeno. Observou-se
que não houve óbito das aves durante todo o experimento. Não foi possivel realizar a
contagem UFCs de SENalr nos órgãos, porém, foi possível recuperar SENalr nos
órgãos dos pombos do grupo B com 7 Dpi após enriquecimento seletivo em SCNov
com posterior plaqueamento em ágar verde brilhante com ácido nalidíxico (25 µg / mL)
e novobiocina (2 µg / mL). Outra consequência ocorrida em função da dosagem
administrada foi a não detecção do patógeno no fígado ou baço a partir de 14 Dpi.
Observou-se nos swabs a excreção do patógeno até 14 Dpi, sendo que de maior
dosagem (grupo B) teve maior excreção do patógeno (p<0,05) em relação ao grupo A
apenas nos dias 3 e 5 Dpi. A utilização de uma cepa não adaptada aos pombos parece ter

10
influenciado na baixa frequência de SENalr nas amostras obtidas de swabs cloacais.
Como também apresentar excreções intermitentes de SENarl, devido aos achados do
patógeno nas fezes até 14 Dpi, fazendo necessário programas mais eficazes de controle
de Salmonella em pombos, não adotando apenas o método de cultura de swab cloacal
como determinante de um diagnóstico, assim como utilizar maiores amostragens de
pombos e periodicidade dessas coletas em tais casos, para assim saber o estado real das
aves.

Palavras-chave: Pombos. Inoculação. Salmonella Enteritidis.

11
ABSTRACT

The domestic pigeon (Columba livia) belong to the Order Columbiformes, family
Columbidae. The feeding of pigeons is quite varied (seeds, food scraps) which favors
the multiplication of these birds, resulting in disorders related to the environment and
human health, as they may transmit viral diseases, fungal and bacterial infections.
Among the highlights is a bacterial salmonellosis, zoonosis of major public health
importance. The strain Salmonella Enteritidis (SE) is responsible for the largest number
of outbreaks in humans. Birds have an important role in the spread of salmonella and
can act as asymptomatic carriers, continuously excreting the pathogen in the stool. In
columbídeos the behavior of the SE is still poorly understood, therefore, this study
aimed to inoculate in pigeons by an oral strain of Salmonella Enteritidis resistant to
nalidixic acid (SENarl) isolated from chickens to evaluate the route and timing of
disposal of the same the environment. We used 64 adult pigeons (F4) housed in pairs
per cage, divided into two groups: A (n = 32) and B (n = 32) at doses of 1,9 x 106 CFU /
mL and 1,9 x108 CFU / mL, respectively . Each group was divided into two subgroups
for analysis cloacal swabs and concentration of SE in organs such as liver and spleen
(n=24) and SENarl concentration in feces (n=8), subgroup 1 and subgroup 2
respectively. On days 3, 7, 14, 21, 28 and 35 post-inoculation (dpi), stool samples were
collected and four pigeons were euthanized from each group to collect liver and spleen
CFUs and frequency analysis of positive SENalr after enrichment of organs macerated
and incubated in Selenite Cystine broth containing 40μg/mL of novobiocin (SCNov).
On days 3, 5, 7, 10, 14, 17, 21, 24, 28, 31 and 35 cloacal swabs were collected to assess
the positivity of the pathogen. It was observed that there were no deaths of birds
throughout the experiment. Unable to count SENalr of CFUs in the organs, however,
was able to recover the bodies of pigeons SENalr Group B with 7 dpi after selective
enrichment in SCNov with subsequent plating on brilliant green agar with nalidixic acid
(25 µg / mL) and novobiocin (2 µg / mL). Another consequence occurred due to the
dosage administered was not to detect the pathogen in the liver or spleen from 14 dpi.
Swabs was observed in the excretion of the pathogen up to 14 DPI, with the highest
dose (group B) had increased excretion of the pathogen (p <0.05) compared to group A
only on days 3 and 5 dpi. The use of a strain not adapted to pigeons appears to have
influenced the low frequency of SENalr in samples obtained from cloacal swabs. But
also make excretions SENarl intermittent, due to the findings of the pathogen in feces

12
up to 14 DPI, making necessary the most effective programs for control of Salmonella
in birds, not only by adopting the method of cloacal swab culture as a determinant of a
diagnosis, as well as use larger samples of pigeons and frequency of these collections in
such cases, in order to know the real state of the birds.

Keywords: Pigeons. Inoculation. Salmonella Enteritidis.

13
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

DNA – Ácido Desoxirribonucléico

H2S - Ácido sulfídrico

IgA – Imunoglobulina A

LABEO - Laboratório de Estudos Ornitológicos da FAVET/UECE

LIA - Agar Lisina-Ferro

mg - Miligrama

µg – Micrograma

OMS – Organização Mundial de Saúde

PCR – Reação em Cadeia pela Polimerase

pH - potencial hidrogeniônico

RV – Rapapport-Vassiliadis

SIM - Sulfeto, Indol e Motilidade

SC – Selenito-Cistina

SE – Salmonella Enteritidis

SG – Salmonella Gallinarum

SP – Salmonella Pullorum

SPF – Livres de Patógenos Específico

TSI - Tríplice Açúcar Ferro

14
LISTA DE TABELAS

TABELA 1 Salmonella Enteritidis isolated from liver and spleen samples of inoculated
pigeons………………………………………………………........................................49

TABELA 2 Absolute (n) and relative (%) frequencies of positive swabs for Salmonella
sp. in the post-inoculation period……........................................................................51

TABELA 3 Recovery of Salmonella Enteritidis in feces of pigeons post-inoculation


(cfu/g)............................................................................................................................. 52

15
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................... 17

2. REVISÃO DE LITERATURA.................................................................. 18

2.1 Pombos........................................................................................................ 18
2.2 Gênero Salmonella...................................................................................... 19
2.2.1 Histórico................................................................................................... 19
2.2.2 Etiologia................................................................................................... 21
2.2.3 Epidemiologia (Transmissão).................................................................. 24
2.2.4 Patogenia.................................................................................................. 28
2.2.5 Patologia.................................................................................................. 29
2.2.6 Sinais Clínicos......................................................................................... 33
2.2.7 Métodos de diagnósticos.......................................................................... 34
2.2.8 Controle................................................................................................... 36
2.2.9 Imunidade e Vacinação........................................................................... 38

3. JUSTIFICATIVA........................................................................................ 40

4. HIPÓTESE CIENTÍFICA......................................................................... 41

5. OBJETIVO.................................................................................................. 42

5.1 Objetivo Geral............................................................................................. 42


5.2 Objetivos Específicos.................................................................................. 42

6. CAPÍTULO 1. Dissemination of Salmonella Enteritidis in


43
Experimentally Infected Pigeon……………………………………….……

7. CONCLUSÕES........................................................................................... 58

8. PERSPECTIVA........................................................................................... 59

9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA........................................................... 60

16
1 INTRODUÇÃO

Os pombos são aves pertencentes à Ordem columbiformes, família


Columbidae, gênero Columba que compreende uma única espécie, Columba livia,
conhecido popularmente como pombo doméstico (HARRISON & GREEN SMITH,
1994). Sua alimentação é constituída essencialmente por grãos e sementes, entretanto,
pão, ração de animais e sobras alimentares em lixo pode fazer parte de sua dieta
(SOUZA, 1987; ARAÚJO, 1999). Adaptaram-se perfeitamente ao ambiente urbano e
convívio com seres humanos, encontrando alimento nas ruas, praças, escolas habitando
diversas formas de esconderijo, como por exemplo, debaixo de telhados, forros de
casas, peitorais de janelas, em cima de aparelhos de ar condicionado e obras
abandonadas.
A disponibilidade de alimentação e local para refúgio, associada a sua
expressiva capacidade de adaptação, favorecem intensamente a reprodução dessas aves,
tornando-as uma praga urbana, o que resulta em problemas de contaminação ambiental
por meio das suas fezes excretadas. Essa situação torna-se preocupante para os seres
humanos, pois os pombos podem ser afetados por uma variedade de enfermidades
infecciosas virais, fúngicas, parasitárias e bacterianas, sendo algumas de caráter
zoonóticos (RITCHIE et al., 1994; RUPIPER, 1998; TIZARD, 2004). Também estão
sujeitos a servir como reservatórios, portadores e transmissores de diversos agentes
patogênicos de importância para criação de outras aves, apresentando, portanto,
relevante risco para saúde pública (CUBAS et al., 2006).
Dentre os possíveis agentes microbianos que podem atingir os pombos,
destacam-se as bactérias do gênero Salmonella, principalmente a do sorotipo Enteritidis,
que possui importância mundial e pode ser transmitida ao homem ou a outros animais
através desses columbídeos (ACHA e SZYFRES, 2003). Segundo Tauxe (1991), as
aves são consideradas a principal fonte de disseminação da salmonelose para os
humanos.
Vários autores vêm pesquisando e conseguindo isolar Salmonella através de
fezes e swabs cloacais em pombos. Casanovas et al. (1995) analisaram 400 amostras de
swabs cloacais de pombos urbanos na cidade de Barcelona e encontraram um
percentual de 1,5% das aves contaminadas por salmonelas. Na cidade de Santiago,
Chile, Toro et al. (1999) coletaram fezes diretamente do reto de 100 pombos submetidos
a eutanásia e verificaram que 3% das aves eram positivas para Salmonella spp. Nessa

17
mesma cidade, González-Acuña et al. (2007), além de fezes retais, isolaram Salmonella
spp. em diversos órgãos de 100 pombos, encontrando um total de 4% de contaminação
bacteriana. Adesiyun et al. (1998) detectaram 5% de positividade para Salmonella sp.
nas fezes de pombos pertencentes à Trinidad. Passamonti et al. (2000), conseguiram
isolar Salmonella spp. em pombos em 2,3% de 130 cidades italianas averiguadas.
O comportamento de columbídeos infectados com bactérias do gênero
Salmonella spp. ainda é pouco elucidado, principalmente a respeito da Salmonella
Enteritidis (SE). Dessa forma, faz-se necessário conhecer o comportamento da SE em
pombos inoculados infectados por esse agente, e analisar a via de excreção e o período de
eliminação do patógeno ao meio ambiente.

18
2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Pombos

A ordem Columbiformes é composta por 8 famílias, 67 gêneros e 296


espécies vivas, bem como onze extintas (incluindo três espécies do gênero Dodo)
(LEVI, 1963). Existem pelo menos 800 variedades columbídeas domesticados
globalmente pertencentes a esta ordem. Estas podem ser sistematicamente diferenciadas
do pombo da rocha pela morfologia corporal, tamanho e peso, desvios do esqueleto,
musculatura bico e cere, coloração e desenho da plumagem (em estrutura de penas
particular) e morfologia de penas (VOGEL et al, 1992).
O tamanho dos Columbiformes varia desde o pequeno porte, como o de
pardais, ao de grande porte, como os de galinhas. Eles podem se mover de forma eficaz
no chão e no ar. Sua morfologia aerodinâmica e sua plumagem fechada, que cobre
quase todo o corpo, reduz a resistência do ar durante de vôo e permite que o ar passe ao
redor do corpo. Eles têm um pescoço relativamente curto, cabeça pequena, pequena
cauda e quatro (em algumas espécies, cinco) dedos curtos. Os Columbiformes
produzem vocalizações variadas, incluindo sons de cooing, uivos, zumbidos, risonhas
ou assobiando (ABS, 1983). São encontrados em todo o mundo, exceto no Ártico e
Antártico.
A maioria deles possuem grande habilidade de vôo, capazes de voar sobre
grandes extensões de água para colonizar as ilhas oceânicas. Os ancestrais dos pombos
encontrados nas Ilhas Galápagos atravessaram quase 1000 km do oceano. Essas aves
ocupam habitats que variam de florestas densas para grandes campos abertos. Essas
regiões podem ser arbóreas, parcialmente terrestre ou exclusivamente terrestre. Os
columbídeos também podem ser encontrados em regiões áridas, assim como mangue e
pântanos. São na grande maioria monogâmicos, fazem seus ninhos de forma oval
ninhos utilizando folhas e galhos em arbustos e também podem fazer em abrigos
rochosos. De acordo com o habito alimentar podem ser divididos em dois grupos, os
que se alimentam principalmente de sementes e os que consomem frutas, no entanto,
existem muitas espécies que pode também se alimentar de pequenos invertebrados. O
pombo doméstico existe em todo o mundo próximo a pessoas em regiões rurais e
urbanas. Existem 13 subespécies de C. livia e mais de 100 raças (FOWLER e CUBAS,
2001).

19
Embora os historiadores e os cientistas não estejam de acordo sobre a data
exata da domesticação do pombo pelo homem, estima-se que isso aconteceu durante
cinco ou seis mil anos. Os babilônios, egípcios, líbios são considerados como os
primeiros povos a domesticarem os pombos. Esse processo ocorreu quase que
simultaneamente em cada uma dessas regiões, isso foi possível devido aos laços de
proximidade que existia entre estes povos com tais aves. O pombo da rocha viveu no sul
do Mediterrâneo, este foi quem deu origem ao conhecido pombo doméstico. Vários
tipos de pombos de vida livre são distribuídos em todo o mundo, a capacidade de
adaptação dessa espécie é observada, pois são vistos diariamente em todos os países
(PIÑEIRO et al., 2009).
Após sua domesticação se disseminaram por todo o planeta. Sua utilização
inicial era envio de mensagens quando criados por reis e campanhas militares, e seguida
pela sua beleza cativante. Hoje o pombo doméstico, independentemente de raça, tem
sido utilizado pelo homem para alimentação, comunicação, pesquisa e entretenimento,
como aves ornamentais ou animais de estimação. Ele tem sido um símbolo de pureza,
paz, liberdade e dignidade que aparecem nos textos religiosos, fábulas, histórias infantis
populares (PIÑEIRO et al., 2009).

2.2 GÊNERO Salmonella

2.2.1 Histórico

O tifo, enfermidade humana, já era conhecido antes da medicina histórica,


mas somente cerca do século XIX, com a descoberta do Bacterium typhi por Eberth e
Gaffky, foi descrita sua verdadeira etiologia, anteriormente amplamente controvertida.
Em 1880, Eberth descobriu a bactéria no baço e linfonodos de pessoas com tifo e
Gaffky (1884) a isolou em cultivo puro, descrevendo-a morfológica e biologicamente
(CORRÊA e CORRÊA, 1992). Em 1885, o Médico Veterinário Dr. Daniel Elmer
Salmon isolou e descreveu pela primeira vez o micro-organismo denominando-o de
bacilo da peste suína (Bacterium suipestifer) hoje, conhecida como Salmonella
cholerae-suis. Em 1900 Lignières denominou o gênero Salmonella deste agente do
paratifo em homenagem ao Dr Salmon. Na Alemanha, em 1888, foi isolada a Bacterium
enteritidis de um surto de toxinfecção alimentar onde 58 pessoas foram afetadas devido
à ingestão de carne bovina contaminada (BARROW, 1993). Depois de 1900,

20
Schottmüller designou como paratifo as enfermidades abdominais do homem similares
ao tifo.
Em aves, a primeira descrição documentada de salmonelose foi feita no ano
de 1885 em pombos e, somente, entre os anos 1920 e 1930, foram descritos os
primeiros surtos em galinhas e perus (SILVA, 1991). Com o tempo, diversos autores
vêm isolando numerosos agentes do grupo, com maior incidência, às Salmonella
enterica sorovar Typhimurium (ST) e Salmonella enterica sorovar Enteritidis (SE),
espécies particularmente responsáveis pelas toxinfecções alimentares no homem. A
Salmonella foi identificada como uma importante causa de doenças há 100 anos e tem
sido objeto de extensivos estudos (LAX et al., 1995).
No início do século XX, a caracterização das bactérias do gênero
Salmonella ainda era confusa, mas com a utilização de provas sorológicas a partir de
1925, começou a ficar mais clara. Posteriormente, foram descritos vários sorotipos de
Salmonella, aproximadamente 900, classificados através da terminologia de White, que
deu origem ao esquema de Kaufmann-White, o qual foi reconhecido a partir de 1932
(CORRÊA e CORRÊA, 1992). Nos séculos XIX e XX, a febre tifóide, causada por S.
Typhi predominou entre as salmoneloses humanas, tornando-se rara a partir de 1950. As
manifestações clínicas da salmonelose em seres humanos passaram de uma infecção
sistêmica para uma gastroenterite de origem alimentar, provocada por vários sorotipos,
marcada por diarreia, febre e dor abdominal, com rara invasão sistêmica (TIETJEN,
1995).
A partir de 1980, ocorreram surtos humanos causados pelo sorovar
Enteritidis nos EUA, Grã – Bretanha e outros países da Europa, chamando atenção pelas
fontes comuns de infecção. As investigações epidemiológicas identificaram o consumo
de ovos ou alimentos contendo ovos como responsáveis pela maioria dos surtos devido
a sorovares específicos de SE. Estas informações foram divulgadas com grande alarde
pelos veículos de comunicação, causando grandes prejuízos aos produtores de ovos
(SILVA e DUARTE, 2002). A SE foi inicialmente introduzida em granjas avícolas
através de ratos, que são considerados um reservatório natural desta bactéria. A SE foi
isolada de roedores presentes em áreas urbanas já em 1930, no entanto, somente na
década de 80, a SE se disseminou em grandes proporções em planteis avícolas
(BÄUMLER et al., 2000). Uma provável razão para este fato seria a infecção de lotes de
aves reprodutoras, que através da via vertical disseminou-a para a progênie (LISTER,
1988).

21
2.2.2 Etiologia

Salmonella é uma bactéria pertencente à família das Enterobactereaceae


que inclui mais de 2500 sorotipos, entre os quais 1367 pertencem à subespécie enterica
(CAMPOS, 2002). Estão amplamente difundidas na natureza, sendo capazes de infectar
o trato intestinal de animais, tanto de sangue frio quanto de sangue quente, entre eles o
homem.
São bactérias móveis, exceto as salmonelas específicas das aves: Salmonella
enterica sorovar Pullorum (SP), causadora da pulorose e a Salmonella enterica sorovar
Gallinarum (SG) causadora do tifo aviário. São bastonetes curtos, Gram negativos,
aeróbios e anaeróbios facultativos de fácil crescimento em meios comuns (BIER, 1981).
São relativamente resistentes ao calor e substâncias químicas, porém não sobrevivem à
temperatura de 55 ºC em 1 h ou 60 ºC de 15 a 20 minutos (GAMA, 2001). As
salmonelas são bactérias mesófilas, com temperatura de crescimento ótimo entre 35 º C
e 37 º C, possuem forma de bacilos pequenos medindo 0,7 a 1,5µ de diâmetro por 2,0 a
5,0µ de comprimento. A maioria dos sorotipos é produtora de gás, a partir da
fermentação da glicose, podendo utilizar também o citrato como fonte de carbono, tendo
a maioria dos sorovares capacidade de produzir H2S (JONES et al., 2000). Apresentam
lisina e ornitina descarboxilase positiva, são urease e indol negativos e reduzem o
nitrato a nitrito (CAMPOS, 2002).
Temperaturas reduzidas retardam o crescimento, portanto o controle dessa
variável é expressivo no comércio de produtos de origem avícola (GAST e HOLT,
2001). Este fato, é colocado em prática em diversos países, citando o Canadá por
exemplo, que a inspeção federal exige temperaturas entre 2° e 3º C na conservação de
carcaças, 1º C para miúdos, 10º C para cortes, sala de desossa, setor de embalagens e
sala de gotejamento (COSTA, 1996)
No Brasil (Brasil, 1998) a portaria 210 do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento estabelece os critérios técnicos da inspeção tecnológica e
higiênico-sanitária de carne de aves. Esta estabelece no processamento das carcaças a
vazão de água dos tanques de resfriamento (chillers) deve ser monitorada, sendo que a
temperatura de água de entrada ser inferior a 16 oC na entrada e, inferior a 4 oC na saída
a fim de que a temperatura das carcaças seja igual ou inferior a 7 oC no final do
processo.

22
Em relação ao pH, a Salmonella spp. cresce em intervalo de 4,5 a 9,0, com
crescimento ótimo na entre 6,5 a 7,5, sendo este o pH da maioria dos alimentos de
origem animal. Segundo Costa (1996), geralmente em pH abaixo de 4,0 e acima de 9,0
as salmonelas são destruídas lentamente.
Para a distinção dos sorovares, são utilizados antissoros que reagem com
antígenos presentes na célula bacteriana. Existem três diferentes tipos de antígenos que
podem identificar os sorovares de Salmonella spp. : antígeno somático (O), antígeno
flagelar (H) e o antígeno capsular de virulência (Vi). Composto por repetidas
subunidades de oligossacarídeos, existindo um tipo imunológico de antígeno ”Vi”,
encontrado somente nas S. Typhi, S. Dublin, S. Paratyphi C (CAMPOS, 2002) e
S. Hirschfeldii (FRANCO e LANDGRAF, 1996). O antígeno somático O apresenta-se
na porção mais externa da parede bacteriana e corresponde à parte antigênica da camada
de lipopolissacarídeos (LPS), presentes na membrana celular de todas as bactérias Gram
negativas como Salmonella spp. (REEVES et al., 1996; SELANDER et al., 2002).
O antígeno H é localizado na porção média, sendo o filamento flagelar, a
Salmonella ssp. possui dois tipos de antígeno H, os da fase 1 e de fase 2. Os antígenos H
da fase 1, são homólogos a outras bactérias entéricas , enquanto antígenos H de fase 2
são específicos do gênero Salmonella (CAMPOS, 2005).
Essas subunidades formam regiões altamente variáveis, em que os tipos de
arranjos dos açúcares determinam diferentes epítopos e assim, a especificidade de cada
sorovar (KONEMAN et al., 2001). Devido à presença dos antígenos na camada de
lipopolissacarídeos (LPS), estes facilitam o contato direto da bactéria com o ambiente,
contribuindo na interação do agente com o hospedeiro. Isso faz com que Salmonella
spp. possa resistir em diferentes condições como nas fezes, poeira, ambientes secos,
acidez do estômago, lúmen do intestino, espaço extracelular dos tecidos do hospedeiro e
dentro de macrófagos (RYCROFT, 2000). O autor também descreve que uma mutação
no formato da cadeia LPS modifica o formato de crescimento da colônia em placa,
fazendo com que deixe de crescer em formato liso (S) passando para um crescimento
irregular, e assim denominado de cepa rugosa (R). Os antígenos da membrana celular
mais comuns dentro da subespécie enterica são aqueles encontrados nas salmonelas dos
sorogrupos A, B, C1, C2, D e E (UZZAU et al., 2000; GRIMONT e WEILL, 2007).
Atualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS), através do Centro de
Referência e Pesquisa de Salmonella, recomenda uma nomenclatura que reflete os
recentes avanços na taxonomia do gênero, consistindo de duas espécies, Salmonella

23
enterica classificada em seis subespécies (enterica, salamae, arizonae, diarizonae,
houtenae e indica) e Salmonella bongori (POPOFF et al. 1996). Os nomes foram
mantidos somente para os sorotipos da subespécie enterica, que devem ser escritos com
a primeira letra maiúscula e não devem ser de forma itálica (CAMPOS, 2002). Logo, a
denominação de Salmonella “enteritidis” passando a ser Salmonella enterica
subespécie enterica sorotipo (ou sorovar) Enteritidis, ou de forma simplificadamente de
Salmonella Enteritidis (POPOFF et al., 1996).
Sabe-se que a Salmonella enterica, subespécie enterica, representa o maior
número de sorotipos (RODRIGUES, 2005) e dentre estes, cerca de 80 a 90 são os mais
relatados em casos de infecção dos seres humanos e animais e em alguns casos podem
infectar as aves, causando o ou não o paratifo aviário que de forma horizontal, por meio
de produtos alimentícios de origem avícola, estão associados a casos de toxinfecção
alimentar em humanos (BERCHIERI JÚNIOR, 2000). Sorotipos pertencentes a
subespécie entérica podem provocar as seguintes enfermidades em aves industriais:
pulorose, causada por S. enterica sorovar Pullorum; tifo aviário, causada pela S.
enterica sorovar Gallinarum; e o paratifo aviário, causado por qualquer Salmonella que
não seja um dos agentes da pulorose ou do tifo aviário. Entre as paratifóides, destacam-
se Salmonella enterica sorovares Enteritidis, Typhimurium e Agona, que ocasionam
salmoneloses em diversos animais (LAX et al., 1995). Em pombos a salmonelose
constitui uma infecção por cepas Salmonella patogênica específica (PASMANS et al.,
2003), em particular a Salmonella enterica subespécie enterica sorovar Typhimurium
variante Copenhague bacteriófagos 2 e 99 (POHL et al., 1983, PASMANS et al., 2004).
A Salmonella Typhimurium e Salmonella Enteritidis foram dos sorotipos
mais isolados de seres humanos nos Estados Unidos, em 2005 (CDC, 2007). Em termos
financeiros, os prejuízos causados pelas salmoneloses em seres humanos nos Estados
Unidos da América estão estimados em 3,5 bilhões de dólares anuais, cálculo
contabilizando em perdas de produtividade e gastos com medicamentos (UNITED
STATES, 1995). Na Inglaterra e no País de Gales, um surto ocasionado por Salmonella
Enteritidis em 1.482 indivíduos, 73% dos prejuizos formam diretamente associados com
o diagnóstico, tratamento e faltas ao trabalho (ROBERTS e SOCKETT, 1994).
A Salmonella Enteritidis é comumente isolada de materiais avícolas
enquadrando-se como principal responsável pela ocorrência de infecções humanas
(PERESI et al., 1998; MUNRO et al., 1999) e a Salmonella Typhimurium adquiriu
caráter relevante sendo microrganismo emergencial, principalmente em países europeus

24
(FISHER, 1997), sendo ampliado o monitoramento da presença de Salmonella spp. em
carcaças de frangos para a identificação dos sorovares (ALEXANDRE et al., 2000;
BRASIL, 2003). No Brasil, a S. Enteritidis (SE) é o sorotipo mais identificado nos
casos de toxinfecção alimentar em seres humanos desde a década 1990. Nos Estados
Unidos, entre 1985 e 1995, foram descritos 582 surtos provocados por SE, relacionados
com 24.000 doentes, 2.200 internações e 70 óbitos, incluindo crianças e idosos
(DICKEL, 2004).

2.2.3 Epidemiologia (Transmissão)

Bactérias do gênero Salmonella são isoladas em todo o mundo, no entanto,


em áreas de criação animal intensiva, principalmente de suínos, bovinos e aves, os
relatos são ainda mais frequentes (OIE, 2004). Répteis, aves e mamíferos podem ser
afetados por salmonelose. Tanto as salmonelas específicas das aves quanto as paratíficas
podem causar infecção do ovário e gerar problemas na produção, resultando em baixos
índices zootécnicos e prejudicar a comercialização dos produtos de origem avícola no
mercado interno e externo (BERCHIERI JÚNIOR e BARROW, 1999). A justificativa
para a sua presença são os carreadores crônicos assintomáticos e a aptidão que a
bactéria possui em se manter viável no meio ambiente por longos períodos e até mesmo
de se multiplicar, quando em condições favoráveis de umidade, pH e nutrientes
(STELLMACHER, 1999).
A epidemiologia da Salmonella spp. é bastante complexa devido aos formas de
transmissão (HINTON, 1988). Aves, mamíferos e répteis são carreadores em estado
latente ou assintomáticos, e todos podem excretar a bactéria pelas fezes, são portanto,
reservatório e fonte de infecção para outros animais e seres humanos, assim como,
fonte de contaminação para o meio ambiente (POPPE, 2000). Ao se tratar de aves de
produção é difícil determinar como um lote foi infectado ou como ocorre a
disseminação bacteriana no plantel. Seres humanos, aves domesticas e silvestres
contaminadas, assim como, equipamentos e água contaminados podem fazer parte do
mecanismo de transmissão da salmonela (SILVA e DUARTE, 2002). Incubação de
ovos e aerossol contaminados com Salmonella spp.(HOLLINGER, 2000; KINDE et al.,
2004; BERCHIERI JÚNIOR e FREITAS NETO, 2009)

25
Animais domésticos e insetos como pulgas, baratas e moscas (JOVER, 1968).
Segundo Berchieri Junior e Barrow (1999) a SE pode sobreviver através do ciclo vital
das moscas. Holt et al. (2007) realizaram uma pesquisa em que forneciam mosca
(Musca domestica) contaminadas com SE para galinhas livres de patógenos específicos
(SPF). Monitorando a excreção fecal de SE nas aves durante três semanas, obtiveram
103 a 107 células/g de fezes, após a primeira semana do desafio. Concluíram que moscas
contaminadas com SE podem transmitir a bactéria para as aves. No mesmo estudo,
observou-se também que moscas livres de Salmonella spp. foram colocadas em contato
com aves desafiadas com SE e que após 48h de exposição, aproximadamente 50% das
moscas estavam contaminadas, concluindo que podem se contaminar por meio do
contato com aves infectadas e com isso, disseminar a bactéria para outras aves e meio
ambiente.
O gênero Salmonella não tem sido descrito como agente casual nas
infecções em animais domésticos, porém, Ribeiro et al. (2003) em um relato de caso,
identificaram a SE como possível responsável de infecção do trato urinário de um cão,
confirmando as condições dos cães como reservatórios do gênero Salmonella.
A contaminação de matérias primas e rações para aves contribuem para a
introdução de Salmonella nos planteis (GIRÃO, 1985). O isolamento de Salmonella é
possível em ração pronta como também em seus ingredientes. A matéria que compõem
a ração, tanto as de origem animal como as de origem vegetal (milho e soja), são fontes
potenciais do patógeno para aves de granja (DAVIES, 1992). Vários sorovares foram
isolados de matérias-primas utilizadas para produção de ração para aves. Dentre eles
estão: S. Agona e S. Typhimurium (grupo B), S. Mbandaka e S. Ohio (grupo C1), S.
Panama (grupo D1), S. Cubana e S. Havana (grupo G), além de outros sorovares como,
S. 4,12:i:-, S. Inganda, S. Infantis, S. Mbandaka O14+, S. Grumpensis (HUGH-JONES et
al., 1975; YOSHIMURA et al., 1979; BERCHIERI JÚNIOR et al., 1984; BERCHIERI
JÚNIOR et al., 1989; HOFER et al., 1997; SOUZA et al., 2002).
Relatos de presença de mais de um sorovar, principalmente em ingredientes
de origem animal como farinha de carne, há tempos, também tem sido relatada na
literatura (MIRANDA et al., 1978; BERCHIERI JÚNIOR et al., 1984). A detecção de
bactérias em matérias-primas e rações prontas demonstra ser este um meio de
transmissão considerado de grande importância para a disseminação (BERCHIERI
JUNIOR. et al., 1984). Silva e Duarte (2002) relataram que praticamente todos os
levantamentos realizados em uma retrospectiva de Salmonella no Brasil, não houve a

26
ocorrência dos sorovares adaptados às aves como: Salmonela Pullorum (SP),
Salmoenlla Gallinarum (SG) nem Salmonella Enteritidis (SE), mas mesmo assim, as
matérias primas de origem animal têm sido retiradas das formulações de rações como
forma de controle de Salmonella ou as mesmas têm sofrido processo de peletização
(BERCHIERI JUNIOR. et al., 1984). Segundo Gama (2001), com a peletização da
ração a uma temperatura superior a 60º C pode ocorrer a eliminação da Salmonella spp.
da ração, desde que não ocorra recontaminação pelo manuseio, por ratos ou insetos. A
porta de entrada da bactéria é geralmente a via oral e ou respiratória (TANNOCK e
SMITH, 1971) e a via vertical (BARROW e LOVELL, 1991).
Os alimentos de origem animal são as principais fontes causadoras de
infecção humana, dentre eles os de origem avícola (OLIVEIRA e SILVA, 2000), em
destaque estão os ovos e seus derivados (RODRIGUE et al.,1990; HUMPHREY,1994),
principalmente o consumo de maionese caseira (DUARTE e SILVA, 2002). A SE pode
infectar um lote de aves e invadir lotes vizinhos sem apresentar nenhum sintoma da
doença. Causar infecção inaparente não limitar-se ao intestino, estendendo-se aos
órgãos internos, incluindo o sistema reprodutivo, com consequente contaminação da
progênie ou de ovos comerciais para consumo humano (PEREIRA et al., 1999).
O primeiro relato de envolvimento de SE com infecção originada do
consumo de alimentos preparados com ovos, ocorreu em 1986 em um surto nos Estados
Unidos, relacionado a uma massa comercial congelada e recheada com uma mistura de
queijo, condimentos esterilizados e ovos crus (SILVA E DUARTE, 2002).

Baú et al. (2001), analisando amostras de produtos procedentes de frangos


encontraram prevalência de 10,48% de amostras contaminadas por Salmonella.
Descrevendo ser 77% destas amostras contaminadas com SE. Este alto índice confirma
uma tendência de contaminação que vem ocorrendo mundialmente (RODRIGUE et al.,
1990).
A contaminação de ovos por Salmonella pode ocorrer de duas formas,
através da forma vertical – via transovariana (BARROW e LOVELL 1991; METHNER
et al., 1995) e/ou através de infecção horizontal, ocorrência frequente na contaminação
de ovo nos ninhos ou cama (CARRIQUE-MAS e DAVIES, 2008). Na transmissão
vertical a Salmonella spp. quando coloniza os órgãos do trato reprodutivo como ovário,
oviduto e folículos ovarianos, o ovo pode ser contaminado antes da oviposição e se esse
estiver fértil, a progênie poderá nascer infectada (POPPE, 2000). Já a transmissão

27
horizontal a contaminação de ovos por salmonelas paratíficas pode acontecer por meio
da penetração do patógeno pela casca, quando o ambiente em que as aves estão
inseridas esteja contaminado (CARRIQUE-MAS e DAVIES, 2008). As fezes das
galinhas de postura ao eliminarem Salmonella spp.. Também são consideradas um
importante meio de propagação da bactéria, uma vez que os ovos livres do patógeno ao
entrarem em contato com fezes de galinhas infectadas podem ser contaminados
(BARROW, 1999; GAST, 2003). A contaminação de alimentos por fezes é fonte de
infecção de Salmonella sp. para seres humanos (FORSHELL e WIERUP, 2006).
O agente localizado na vagina se adere à casca, ultrapassando-a e
contaminando o conteúdo interno do ovo (MIYAMOTO et al., 1997). A contaminação
horizontal dentro das incubadoras também é freqüente, ocorrendo a contaminação
externa da casca e consequentemente a penetração da bactéria através dos poros
(BAILEY et al., 1994; CASON et al., 1994).
A contaminação vertical (transovariana) pode ocorrer diretamente na gema
ou albúmen através dos órgãos reprodutivos antes da formação da casca
(SHIVAPRASAD et al., 1990). Tanto a SE como a Salmonella Typhimurium (ST)
possuem um potencial igual para colonizar o tecido do trato reprodutivo e os ovos em
formação no oviduto antes da postura (KELLER et al., 1997). Sorovares de Salmonella
altamente invasivos também podem infectar o trato genital da galinha conduzindo à
contaminação dos ovos que no caso de SP pode persistir por meses (BARROW, 1999).
Trabalhos realizados por Cox et al. (1990) mostraram que 75 % das
amostras de fragmentos dos ovos, pool de material e materiais de papel em incubadoras
comerciais continham Salmonella, indicando muitas oportunidades para a contaminação
de ovos recém incubados.
Em pombos, a Salmonella Typhimurium (juntamente com Streptococcus
gallolyticus) é a doença bacteriana mais importante, sendo os animais silvestres
considerados uma fonte de infecção. Os columbídeos infectados podem tornar
portadores do patógeno e excretar a bactéria de forma intermitente por longos períodos
nas fezes. Embora a infecção em humanos com cepas de Salmonella relacionadas ao
pombo seja rara, estas cepas são capazes de causar doenças graves em camundongos
(PASMANS et al., 2004).
A colonização do patógeno das aves é dose dependente e varia com idade em
que a ave é desafiada. Sabe-se que aves de um dia de idade podem ser colonizadas com
menos do que cinco células de Salmonella e que a colonização em aves mais velhas se

28
dá de forma irregular requerendo doses maiores. Apenas um ovo contaminado com uma
única Salmonella pode substancialmente, contaminar outros ovos e aves em uma
incubadora (BAILEY et al., 1994).

2.2.4 Patogenia

A principal forma de infecção por salmonella é a via oral, porém há


confirmação experimental da transmissão aerógena em frangos (Lever e Willians,
1996). Em seguida ocorre a colonização do intestino e tecidos internos, mas pouco sabe-
se sobre os detalhes da colonização e invasão bacteriana (DESMIDT at al., 1998). Os
micro-organismos invadem rapidamente os tecidos dos hospedeiros, através do tecido
linfóide, inclusive as placas de Peyer, no caso das galinhas (BARROW, 1999). Tonsilas
cecais (CHADFIELD et al, 2003). E possivelmente também os enterócitos da mucosa
intestinal (BARROW, 1999).
A invasão ocorre especialmente via superfície apical, onde no interior de
uma distância crítica da célula, a Salmonella induz um rompimento e elongação da
microvilosidade procedendo endocitose (BARROW, 1999). A invasão mostra
alterações teciduais, incluindo infiltrações de linfócitos polimorfonucleares e monócitos
que contribuem para erosão da mucosa intestinal (DARWIN et al., 1999). A salmonela
atinge o intestino delgado onde invade a mucosa, atravessando a barreira epitelial
através das células M sobrejacente aos folículos linfóides das Placas de Peyer
(DARWIN et al., 1999). As células fazem parte da mucosa intestinal e localizam-se
sobre uma coleção de folículos linfóides denominada Placas de Peyer, as mesmas
ingerem bactérias e outros antígenos por fagocitose e os transportam através da barreira
intestinal para os macrófagos do tecido subjacente. Nessa fase acontece a multiplicação
bacteriana em uma taxa que reflete a virulência da linhagem em questão e a genética do
hospedeiro. A patogenicidade da Salmonella sp. está relacionada com o tipo sorológico
da bactéria e adaptação ao hospedeiro. (HUMPHREY, 2000). A S. Typhi é disseminada
nas fezes após infecção da vesícula biliar diferentemente da SG e SP em galinhas que
podem ser disseminadas nas fezes após a infecção do tecido linfóide da parede do
intestino delgado. Em sorotipos mais invasivos, a infecção pode se dar através do trato
reprodutivo, a como exemplo a SE que coloniza os folículos pré-ovulatórios e pode
interagir com as células da granulosa ovariana (THIAGARAJAN et al., 1994).

29
Os pombos com salmonelose excretam as bactérias nas fezes, ocorrendo
assim à disseminação horizontal da doença. Estes se infectam pela ingestão do agente
em alimentos, água de beber, comedouros contaminados. Inicialmente a Salmonella
coloniza o trato intestinal do pombo e a partir deste sitio primário de replicação
comumente invade a corrente sanguínea, causando bacteremia. Durante a disseminação
hematógena, a bactéria alcança diferentes tecidos do organismo, tais como pulmões,
fígado, baço, testículos, ovários, cérebro, músculos, olhos, pele e articulações, onde elas
também se multiplicam. A localização da Salmonella nas gônadas, assim como a
contaminação da casca do ovo, pode eventualmente causar a disseminação vertical da
doença (HERDT e PASMANS, 2010).
Os columbídeos podem se recuperar clinicamente da infecção por
Salmonella, tanto de maneira espontânea como após antibioticoterapia. Entretanto,
alguns desses não conseguem eliminar todas as bactérias, tornando-se portadores
assintomáticos. A Salmonella pode sobreviver dentro de diferentes tipos celulares,
como macrófagos, ou dentro de lesões necróticas. Os portadores tem um papel
importante na patogênese da salmonelose de pombos, uma vez que disseminam a
bactéria de forma intermitente, infectando outros pombos. Dessa forma, a salmonelose
se faz cronicamente presente em planteis de pombos (HERDT e PASMANS, 2010).
A replicação da Salmonella geralmente induz lesões e sinais clínicos,
contudo as lesões também podem surgir na ausência das bactérias. Típico a esse respeito
é o aumento acentuado da articulação do cotovelo que pode se desenvolver meses a
anos após a bactéria ser eliminada do plantel. A patogênese desse tipo de lesão é
desconhecida. O fluido obtido dessas articulações contém com frequência uma grande
quantidade de anticorpos contra Salmonella (HERDT e PASMANS, 2010) .

2.2.5 Patologia

Após a ingestão, a bactéria coloniza o íleo e cólon, invade o epitélio


intestinal, e prolifera para dentro do epitélio e folículos linfoides, onde se instala e
reproduz, conforme as espécies afetadas e o sorotipo do agente (HALE; FORMAL,
1988). Após entrar na corrente sanguínea pode ocorrer septicemia, podendo se observar
lesões hepáticas com aumento de volume do órgão e formação dos nódulos paratíficos,
embora esses achados não sejam patognomônicos. Existe a possibilidade de ser

30
observado o patógeno nos pulmões provocando uma pneumonia lobular geralmente
grave (SATO, 1997).
Em observações macroscópicas pode ser visível sinais de desidratação,
flacidez da pele, saco da gema coagulado ou não absorvido, presença de congestão do
fígado, rins e baço com presença de pequenos pontos branco-acinzentados de áreas de
necrose, perihepatite, pericardite com aderências, peritonite acompanhada
ocasionalmente por focos necróticos e exsudato caseoso nos cecos (SILVA, 1991).
A infecção pode resultar em gastroenterites, peritonites, hemorragias na
camada serosa, no pericárdio e peritônio com inflamação deste, estando os órgãos
contidos na cavidade abdominal, fígado, baço, intestinos recobertos por uma capa fina
de fibrina, inflamação congestiva da mucosa intestinal, focos de necrose e degeneração
do fígado. Em casos de uma severa doença sistêmica, na maioria dos casos, leva o
hospedeiro à morte (BERCHIERI JUNIOR e BARROW, 1995; VAN IMMERSEEL et
al., 2005).
A pulorose está seguramente relacionada com a idade, nível de
contaminação, linhagem das aves e o manejo. A forma aguda e superaguda ocorrem em
pintos com poucos dias de idade, surgindo após a eclosão, pode evoluir rapidamente e
causar alta mortalidade na segunda semana de vida. Após duas semanas, a mortalidade
pode cessar e as aves podem se recuperar (ROCA, 1991). A mortalidade pode em
alguns casos ser de 25 a 30 %, sendo variável devido ao sistema imune das aves e das
condições de manejo utilizado. Aves mais velhas apresentam pulorose na forma crônica,
sendo observada queda de postura de galinhas e em desenvolvimento lento e irregular
das aves jovens.
Na forma superaguda da pulorose não é observada lesões macroscópicas,
porém na forma aguda há aumento do volume e congestão do fígado, baço e rins. Os
pintos apresentam saco da gema mal absorvido, com conteúdo de consistência cremosa
ou caseosa, nódulos branco-amarelados podem aparecer no trato digestório, músculo
cardíaco, pulmão e pâncreas. O pericárdio se torna espesso com exsudato amarelado ou
fibrinoso. Os cecos poderão conter material caseoso e os órgãos internos congestos com
a presença de líquido viscoso no peritôneo, espessamento da parede intestinal e
exsudato na câmera anterior do olho (BERCHIERI JUNIOR, 2000).
Em aves adultas pode ser observado alterações dos folículos ovarianos
como regressão, aparecimento de folículos císticos, hemorrágicos, atrofiados, de
contorno irregular com material caseoso, hemorrágico ou necrosado em seu interior,

31
peritonite fibrinosa, peri-hepatite e pericardite, também são observadas. Nos machos
podem ocorrer pontos ou nódulos esbranquiçados nos testículos. (BERCHIERI
JUNIOR, 2000).
Em termos microscópicos pode-se citar na forma superaguda uma congestão
vascular em vários órgãos como fígado, baço e rins. Na forma aguda e subaguda há
pontos necróticos no fígado, congestão renal e nos cecos de aves jovens há extensiva
necrose da mucosa e submucosa com o lúmen contendo debris celulares necrosados,
misturado com fibrina e heterófilos (BERCHIERI JUNIOR, 2000). Há serosites no
pericárdio, pleuroperitôneo. Em casos agudos, observam-se lesões heterofílicas e
fibrina, já em estágios mais tardios encontram-se apenas linfócitos, plamócitos e células
histiocíticas. No aparelho reprodutivo, são observados ooforites que resultam em
degeneração folicular.
O tifo aviário causado pela SG é uma enfermidade aguda com curto período
de incubação, sendo a mortalidade altamente variável. Roca (1991) cita que há relatos
de percentual de mortalidade em cerca de 100 %. No mesmo lote, pode haver aves com
o quadro clínico da doença e aves com aspecto normal de saúde. Esta enfermidade
apresenta características septicêmicas e toxêmicas. Há congestão dos órgãos internos e
destruição das hemácias pelo sistema retículo-endotelial com conseguinte anemia.
Confirmada por Deshmukh et al. (2005a), ao realizar uma infecção experimental de SG
associada com à micotoxina Fumonisina B1 em codornas japonesas. Em outra pesquisa,
estes mesmos autores verificaram alta mortalidade nos grupos em que havia a infecção
por Salmonella associada à micotoxinas e, além de altas taxas de anemia no grupo
infectado somente com SG (DESHMUKH et al., 2005b).
Segundo Berchieri Junior (2000) também poderá ocorrer esplenomegalia e
hepatomegalia nos quadros agudos. O fígado torna-se friável com coloração atípica
(esverdeado) com pontos necróticos (esbranquiçados) e hemorrágicos. Podem ser
observados pontos necróticos no coração e no baço e este último apresentar ainda
pontos de hemorragia. Na pulorose pode-se observar um processo inflamatório com
formação de nódulos em diversos órgão, assim como o ovário pode estar atrofiado ou
com os folículos hemorrágicos. Em aves acometidas por salmonelas paratifóides, a
infecção do trato digestório é mais eficaz e persistente nos cecos, reto e inglúvio, nesta
ordem (HARGIS et al., 1995).

32
O paratifo causado pelas demais salmonelas que não sejam a SP e SG, dentre
elas podemos citar a Salmonella Enteritidis, que pode ocasionalmente infectar os vários,
oviduto e conteúdo dosovos (POPPE,1999). Autores como DESMIDT et al. (1997)
afirmam que aves com quatro semanas de idade, podem apresentar infiltrações de
heterófilos, mostrando a tendência de S. Enteritidis se localizar nos ovários podendo
contaminar os ovos e conseqüentemente a progênie e causar também peritonites,
pericardite, onfalite e tiflite com nódulos granulomatos, lesões nos cecos, caracterizando
tiflite com nódulos granulomatosos.
THIAGARAJAN et al. (1994) em trabalhos com poedeiras mostraram que S.
Enteritidis pode colonizar as membranas dos folículos pré-ovulatórios através de
interação com as células da camada granulosa.
A capacidade da Salmonella de replicar em diversos órgãos se reflete na
variedade de lesões encontradas nas aves acometidas. Dependendo do órgão acometido
e da extensão da lesão, diversos sinais clínicos gerais e específicos podem ocorrer de
maneira simultânea ou isolada (HERDT e PASMANS, 2010).
Na salmonelose aguda, lesões intestinais com enterite fibrinosa e ulceração
focal estão presentes constantemente, quando ocorre septicemia, observa-se um
aumento do tamanho dos órgãos internos, causado pela atividade inflamatória de
granulocíticos heterófilos e macrófagos. Clinicamente, essa forma aguda da doença em
geral começa com um único pombo do plantel que se recusa a se alimentar e,
eventualmente, apresenta uma diarreia verde viscosa ou sanguinolenta. Apenas
pequenas quantidades de excreções são produzidas, e estas consistem quase que
exclusivamente em urato de cor esverdeada. Poliúria pode estar presente. Após alguns
dias, o columbídeo acometido morre ou começa a se recuperar. Nesse meio tempo,
outros pombos geralmente começam a desenvolver sinais clínicos similares (HERDT e
PASMANS, 2010).
As lesões agudas dos órgãos podem evoluir para necrose focal e formação
de abcessos e granulomas. Os pombos acometidos com tais lesões apresentam estado
geral ruim, até eventualmente sucumbirem. Quando órgãos específicos estão envolvidos
no percurso da doença, sinais dependentes das lesões podem ocorrer. Artrite nas
articulações das pernas e asas pode resultar em claudicação e inabilidade de voar,
respectivamente. O extenso aumento de volume do cotovelo é quase um sinal
patognomônico, embora a articulação escapulo-umeral e o canalis triosseus também
possam estar envolvidos. A infertilidade e/ou morte embrionária são associadas com a

33
multiplicação da bacteria nas gônadas, e a cegueira pode ser atribuída à panoftalmite por
Salmonella. As lesões dermatológicas incluem pequenos abcessos nas pálpebras ou na
região subcutânea do pescoço, assim como ocasional dermatite exsudativa na face
interna da asa. Esporadicamente, ocorre opistótono quando a infecção está localizada no
cérebro. Os sinais respiratórios não são associados com salmonelose, todavia necrose e
formação de abcessos nos pulmões e sacos aéreos são lesões frequentemente
características (HERDT e PASMANS, 2010).
Os surtos repentinos e patogênicos de salmonelose são observados
exclusivamente em filhotes. Estes que podem ser infectados durante um surto de
salmonelose aguda no plantel ou quando pombos portadores assintomáticos são
utilizados para reprodução, uma vez que os reprodutores podem infectar sua progênie
pela transmissão vertical ou neonatal, resultando na mortalidade em massa dos filhotes
normalmente a partir do quinto dia de vida. Em casos menos agudos os filhotes podem
apresentar crescimento retardado, paralisia e penas que não se desenvolvem. (HERDT e
PASMANS, 2010).

2.2.6 Sinais clínicos

Aves acometidas por salmonelose podem apresentar como sinais gerais:


sonolência, fraqueza, anorexia, diminuição da curva de crescimento e amontoamento
das aves. Os ovos contaminados pela bactéria podem favorecer o aparecimento de
pintainhos moribundos e mortos já na incubadora. Em alguns casos, não são observados
sinais evidentes da infecção nos cinco a dez dias após o nascimento dos pintos, no
entanto a doença parece ganhar impulso nos próximos sete a dez dias, chegando com
pico de mortalidade durante a segunda ou terceira semana de vida, período que é
observado o amontoamento das as aves, estas buscando aquecimento (JOHNSON et al.,
1992).
As aves acometidas com pulorose em seus primeiros dias apresentam diarreia
branca a branco–amarelada com morte posterior, resultado da transmissão
transovariana. (BERCHIERI JUNIOR, 2000).
Clinicamente os pintinhos e frangas, oriundos de ovos infectados, logo após o
nascimento, apresentam sonolência, fraqueza, anorexia e podem morrer repentinamente
(SILVA,1994; NASCIMENTO, 1994 ). Observando o pico de mortalidade das aves
acometidas durante a 2ª e 3ª semana de vida (BERCHIERI JUNIOR, 2000).

34
Os pintos nascidos de ovos infectados com o tifo aviário podem nascer
moribundos e mesmo mortos após a eclosão dos ovos, outros podem apresentar
sonolência, fraqueza, inapetência, mau crescimento e desenvolvimento, e cloaca com
matéria fecal aderida de coloração esbranquiçada, já em aves adultas, há uma queda
repentina de consumo alimentar, aves tristes e apáticas, cristas pálidas e encolhidas,
com diarreia amarelo – esverdeada (SILVA,1994; NASCIMENTO, 1994 ).
As aves contaminadas por Salmonella paratíficas podem apresentar sinais
clínicos semelhantes àqueles aos observados na pulorose, e no tifo aviário,
especialmente em aves jovens. Há amontoamento próximo à fonte de calor, perda de
apetite e aumento do consumo de água, diarreia aquosa profusa e emplastramento da
cloaca (BERCHIERI JUNIOR e BARROW, 1999). Nos surtos agudos as mortes
iniciam-se no incubatório nos primeiros dias de idade. Entre o sexto e décimo dia a
mortalidade pode atingir 80% e por vezes, na ausência de sinais clínicos, é alto o
número de ovos bicados e não bicados contendo embriões mortos. Em aves adultas é
observada inapetência, queda de postura e diarreia, sendo predispostas a infecção, as
aves submetidas a um estresse como a muda forçada (BERCHIERI JUNIOR, 2000).
Contudo, a doença em aves com mais de quatro semanas, raramente causa mortalidade,
resultando em altos índices percentuais de aves portadoras/excretoras assintomáticas
(SILVA,1994).
Em seres humanos cometidos por salmonelose, os sintomas variam desde
leves sinais como dores abdominais, cólicas, febre, náuseas, vômito e dor de cabeça
assim como apresentar quadro de septicemia, com óbitos em geral restritos a recém-
nascidos, idosos e pessoas imunocomprometidas. (SILVA, 1991).

2.2.7 Método Diagnóstico

É comum a utilização de swabs cloacal e de órgãos ou fragmentos de


órgãos, para realizar o diagnóstico por isolamento bacteriano de aves com sinais
clínicos da doença ou com suspeitas sorológica. Na monitoria de lotes é mais utilizado
swabs cloacais, swabs de arrasto ambiental, cama, fezes frescas, conteúdo de
comedouros, água, e no caso de poedeiras comerciais e reprodutoras, ovos e embriões
também podem ser cultivados, respectivamente (BERCHIERI JUNIOR e BARROW,
1999).

35
A escolha do procedimento laboratorial adequado é um pré-requisito
essencial para o isolamento de qualquer micro-organismo, pois existem diversos fatores
que podem afetar os resultados de isolamento de Salmonella. Albuquerque et al. (2000)
testaram diferentes meios de cultivo para o isolamento de Salmonella em matérias-
primas, concluíram que para o isolamento de salmonelas, a partir de amostras
naturalmente contaminadas, o caldo de enriquecimento Tetrationato Hajna se mostrou
superior aos caldos Selenito Cistina e Rappaport Vassiliadis , sendo que sua incubação
a 42ºC é vantajosa em relação a 37ºC, e os meios sólidos de plaqueamento em ágar
Verde Brilhante e Xilose Lisina Desoxicolato apresentaram eficiência semelhante. Entre
os exames mais utilizados podemos citar: os testes sorológicos (ELISA, hemaglutinação
rápida em placas) e os meios de cultivo bacteriano (Caldo Tetrationato, Ágar Verde
Brilhante, Ágar de MacConkey, Ágar Salmonella-Shigela, entre outros).
Para o diagnóstico de aves portadoras da pulorose, usa-se o teste de
hemoaglutinação no próprio aviário, usando antígeno de laboratório idôneo controlado
com soros positivos e negativos (Oliveira,1984). O soro e o antígeno devem estar na
mesma temperatura, o resultado é lido depois de misturar uma gota de antígeno e uma
gota de sangue colhido da ave por um período de 1 minuto as reações positivas são as
que apresentarem aglutinação em toda à área da superfície. O teste de soroaglutinação
rápida em placas pode encontrar resultado falso-positivo devido o teste apresentar uma
baixa especificidade e falso-negativo em consequência, também, da baixa sensibilidade
(GAST e BEARD, 1990).
ROCA (1991) cita que pintainhos com SP em fase aguda o patógeno pode
ser isolado a partir de qualquer órgão parenquimatoso. Autores com Berchieri Junior
(2000) enfatizam que os órgãos de eleição para isolamento de Salmonella nos meios de
cultivo são: baço, fígado, coração, ovário, conteúdo intestinal, saco da gema, medula
óssea, pulmão e locais lesionados (articulação-artrite, sacos aéreos-aerossaculite).
Para a identificação do agente do tifo aviário diferenciando-o do agente
causador da pulorose se faz necessário o isolamento e identificação da Salmonella. No
caso do paratifo aviário a produção de H2S é mais intensa e as salmonelas são móveis.
As pesquisas de Salmonella em materiais que podem estar veiculando a bactéria, como
as farinhas de origem animal e ração, iniciam-se com uma etapa anterior ao cultivo em
caldo enriquecido, denominada de pré-enriquecimento. Os caldos de pré –
enriquecimento são água peptonada tamponada, solução de Ringer ¼, caldo lactosado,
entre outros (BERCHIERI JUNIOR, 2000).

36
Os columbídeos que morrem por salmonelose, o agente etiológico pode ser
isolado a partir de órgãos colhidos durante a necropsia. Em animais vivos, o diagnóstico
pode ser confirmado pelo exame bacteriológico das fezes, porém esse método não é
muito seguro para pombos afetados cronicamente, uma vez que eles podem excretar a
bacteria intermitentemente. Desse modo, recomenda-se coletar durante um período de
cinco dias amostras de pool fecal para analise bacteriológica. A Salmonella pode ser
detectada igualmente na inoculação direta na placa de cultura e/ou após enriquecimento
(HERDT e PASMANS, 2010).
Para um diagnóstico rápido de salmonelose, pode ser utilizado o teste de
aglutinação em placa (HERDT e PASMANS, 2010). Neste teste, uma gota de
Salmonella inativada em formaldeído é misturada com uma gota do plasma do pombo
suspeito e colocada sobre placa. A placa é então homogeneizada lentamente por dois
minutos, e uma reação positiva demostrará a presença de anticorpos resultantes da
infecção ou possível vacinação contra salmonelose. Podem ocorrer reações falso-
negativas. E são principalmente os pombos acometidos pela salmonelose aguda com
sinais clínicos graves os que reagem positivamente no teste de aglutinação em placa. Os
cronicamente infectados, assim como os portadores assintomáticos, normalmente
permanecem negativos. O teste de aglutinação em placa também pode ser realizado com
fluidos obtidos das articulações de pombos com artrite.

2.2.8 Controle

O controle da infecção provocada por salmonelas é muito difícil e de resultados


imprecisos, devido ocorrer disseminação cruzada entre as aves e o meio ambiente
(GAMBIRAGI et al., 2003). A habilidade de o sorovar colonizar o trato gastrointestinal
parece estar relacionada à imunidade inata do hospedeiro e à carga genética da espécie,
(BARROW et al. 1994; KINGSLEY & BAUMLER 2000). O estabelecimento da
microbiota intestinal com a idade (CORRIER et al., 1991), assim como o mecanismo de
resistência idade-dependente (DESMIDT et al., 1998b) são fatores que restringem a
colonização intestinal. Entretanto, mesmo sendo poucas as aves que permaneçam com
colonização cecal positiva para a Salmonella spp., estas podem se constituir em
portadoras inaparentes do patógeno até o ciclo final de produção. Desta forma, para
melhor conhecimento da disseminação da Salmonella spp. alguns pesquisadores (MUIR
et al., 1998), inocularam ST em aves industriais adultas por via oral e obtiveram um

37
decréscimo na porcentagem de isolamento em amostras de órgãos após certo período,
contudo a excreção via fezes continuou por longo tempo. Aves infectadas por outros
sorovares como S. Infantis, S. Heidelberg e S. Menstson, também foram capazes de
excretar a bactéria por período de até 41 dias após inoculação. Smith e Tucker (1980)
inocularam ST, SE, S. Senftenberg, S. Oranienburg, S. Montevideo e S. Anatum em
aves adultas e demonstraram que estas excretavam os microrganismos por um período
não muito superior a 15 dias. Autores como Ishola et al. (2009) utilizando uma cepa de
Salmonella Enteritidis em galinhas poedeiras observaram que a maior frequência de
positividade para salmonela nas fezes em cinco semanas de avaliação experimental foi
de 100% e a menor de 40%. Andrade et al . (2007) inoculando Salmonella Enteritidis
em pintos de duas linhagens de corte com um, sete, quatorze e 21 dias pós-eclosão,
observaram que o patógeno invadiu e colonizou o trato gastrintestinal das duas
linhagens, mas a infecção declinou com a idade, sendo mais persistente na linhagem
Ross. O patógeno foi excretado de uma única ave ISA Label até 22 dias de vida e em
quatro aves da linhagem Ross até 35 dias.
O controle da salmonelose é possível, porém difícil. Os programas de
erradicação de plantéis infectados incluem quatro pontos que precisam ser
rigorosamente seguidos: medidas sanitárias, tratamento antimicrobiano, vacinação e
exame bacteriológico das fezes. As medidas sanitárias devem ser realizadas como
primeira medida, e isso inclui a eutanásia de pombos clinicamente doentes, uma vez que
esses animais podem desenvolver lesões crônicas e se tornar portadores assintomáticos.
Pombos valiosos, os quais o proprietário se recusa a sacrificar, devem ser tratados em
quarentena e podem ser reintroduzidos no plantel somente quando for provado estarem
livres de Salmonella pela realização de exames bacteriológicos de amostras fecais.
Medidas sanitárias adicionais incluem a completa limpeza e desinfecção das instalações.
A reprodução deve ser interrompida e a superpopulação evitada. Após as medidas
sanitárias, os pombos restantes devem ser tratados com antibióticos por, no minino 10
dias. In vitro as bactérias são sensíveis a um grande número de antimicrobianos, porém
in vivo os melhores resultados são obtidos com enrofloxacina (200mg/L) ou trimetoprim
(200mg/L) (UYTTEBROEK et al., 1991).
A vacina quando aplicada como medida preventiva, essa não protege os
pombos da colonização por Salmonella, mas reduz a eliminação fecal do agente e limita
os sinais clínicos, incluindo a mortalidade.

38
2.2.9 Imunidade e Vacinação

A resposta imune para Salmonella depende da espécie hospedeira e do


sorotipo infectante. Os conhecimentos sobre a imunidade contra Salmonella são
oriundos de estudos com infecção experimental de camundongos utilizando Salmonella
Typhimurium e os resultados obtidos são extrapoladas para infecções por Salmonella
Enteritidis em aves (VAN IMMERSEEL et al., 2005).
A primeira linha de defesa contra infecções causadas por Salmonella
Enteritidis é constituída pelos leucócitos, linfócitos e imunoglobulina A (IgA)
associados à mucosa (SHEELA et al.,2003). A secreção de IgA limita a colonização da
mucosa intestinal por SE, prevenindo a adesão invasão e multiplicação da bactéria no
intestino (SHROFF et al., 1995). Aves com 28 dias pós-inoculadas oralmente com SE
apresentaram pico de secreção de IgA, produzindo uma redução de lesões na mucosa
intestinal, implicando que esta imunoglobulina pode ter um importante papel no
controle da infecção por SE no intestino (SHEELA et al., 2003).
O significante progresso no desenvolvimento de vacinas contra as
salmonelas vem sendo devido ao gene manipulado no estudo da Salmonella (LAX et al.,
1995). As vacinas inativadas e atenuadas estão sendo empregadas em animais
domésticos, mas a avaliação da eficácia ainda não é muito clara. As vacinas inativadas
de Salmonella têm sido largamente utilizadas para proteção contra as salmoneloses em
experimento animal, entretanto o nível e duração da proteção são baixos (LAX et al.,
1995).
A utilização de vacinas atenuadas é um meio eficiente para aumentar a
resistência contra a infecção por SG, quando outros métodos de controle não são
possíveis. BARROW (1999) afirma que vacinas contra SG poderiam ser eficazes contra
a SE. Trabalhos realizados por Penha Filho et al. (2010), ao utilizarem uma cepa
mutante atenuada de SG, obtiveram uma proteção em frangos desafiados com cepas de
SG selvagem, como também uma proteção cruzada eficiente na redução de infecção por
SE em aves vacinadas com duas doses.
Quando aplicada de forma curativa, a vacina estimula a imunidade celular
de pombos infectados, logo a infecção será eliminada espontaneamente. Após a
vacinação, os pombos podem tornar-se sorologicamente positivos por 3-18 meses.
Podem ocorrer efeitos colaterais resultantes de uma resposta imunológica intensa aos
antígenos vacinais de Salmonella, principalmente em pombos previamente infectados

39
com Salmonella. Ocasionalmente, um pombo morre dentro de 24 horas da vacinação.
Em alguns planteis, grandes nódulos subcutâneos com acúmulo histiocitário do
tipo”corpo estranho” podem se desenvolver no local da injeção de 7 a 10 dias após a
vacinação. Esses granulomas causam dor, anorexia, piora do estado geral e,
eventualmente, a morte. Em casos graves precisam ser removidos cirurgicamente. O
resultado do programa de controle precisa ser monitorado com base na realização
periódica de exames bacteriológicos de amostras de pool fecal, por exemplo, um mês
após o tratamento e, subsequentemente, a cada seis meses e quando houver amostras
positivas, todo o protocolo de tratamento deve ser repetido (HERDT e PASMANS,
2010).

40
3 JUSTIFICATIVA

A grande presença de pombos nas regiões urbanas e rurais, seja de forma


livre ou em criatórios, facilita o contato destas aves com os serres humanos, entretanto,
apesar de alguns achados de alguns relatos científicos sobre Salmonella spp. em
pombos, ainda não há publicações de alto impacto em relação à via e o período de
eliminação de Salmonella Enteritidis por tais aves.
Sendo a salmonelose a zoonose aviária de maior importância em saúde
pública em nível mundial, faz-se necessário o conhecimento da disseminação destes
patógenos através dos pombos.

41
4 HIPÓTESE CIENTÍFICA

Os pombos são transmissores de várias doenças provocadas por enterobactérias,


portanto eles podem eliminar Salmonella Enteritidis através das fezes ao meio ambiente

42
5 OBJETIVOS

5.1 Objetivo Geral

Realizar a inoculação de Salmonella enterica sorovar Enteritidis em pombos (Columba


livia) para avaliar a via e o período de eliminação ao meio ambiente

5.2 Objetivos Específicos

1- Avaliar a relação entre o tempo da inoculação de Salmonella Enteritidis (SE) por


via oral e sua eliminação através das fezes dos pombos inoculados

2- Avaliar a excreção da SE através de swabs cloacais dos pombos inoculados

3- Isolar o patógeno no fígado e baço das aves infectadas por SE

43
6 Capitulo 1

Dissemination of Salmonella Enteritidis in Experimentally Infected Pigeon

[Disseminação de Salmonella Enteritidis em Pombos infectados


experimentalmente]

Periódico: Brazilian Journal of Microbiology

44
Dissemination of Salmonella Enteritidis in Experimentally Infected Pigeon

Átilla Holanda de Albuquerque, William Cardoso Maciel*, Régis Siqueira de Castro

Teixeira, Elisângela de Souza Lopes, Camila Muniz Cavalcanti, Ricardo José Pimenta

Felício Sales, Ruben Horn Vasconcelos, Roberta Cristina da Rocha e Silva,

Windleyanne Gonçalves Amorim Bezerra, Tânia Elizabeth Sampaio Oliveira

Laboratório de Estudos Ornitológicos, Universidade Estadual do Ceará (UECE),

Fortaleza, CE, Brasil.

*Corresponding Author. Mailing address: Av. Rogaciano Leite, 200 Aptº 1303 Bl.
Tulipe, Bairro Salinas, Fortaleza, CE, Brasil.; CEP 60810-000.; Phone/Fax: (085) 3241
1307 or 31019848 or 9989 4742.; E-mail: william.maciel@uol.com.br

45
Resumo

Dois grupos de pombos dométicos (Columba livia) foram experimentalmente


infectados, por via oral, com doses de 1,9 x106 e 1,9x108UFC/mL (grupo A e B) de uma
cepa de Salmonella Enteritidis (SE) isolada de galinhas. Verificou-se que nenhumas das
doses utilizadas foram capazes de provocar mortalidade nos pombos inoculados,
entretanto, foi possível recuperar SE no fígado e baço das aves no 7°dia de observação
pós-inoculação (dpi). A frequência de eliminação do patógeno averiguada por meio de
swabs clocais revelou que a excreção do patógeno ocorreu, em ambos os grupos, até o
14o. dia de observação (p<0,05). Entre todas as amostras de fezes coletadas no grupo B
utilizadas para análise da excreção de SE (n=4), verificou-se que três diferentes aves
eliminaram o patógeno, sendo duas no 3°dpi e uma no 7° dpi. O mesmo número de
amostras de fezes foi avaliada no grupo A, sendo constatada que apenas uma ave
eliminou o patógeno, nos dias 7 e 14 dpi, e a concentração do micro-organismo nas
fezes foi inferior a qualquer isolado ocorrido no grupo B. Apesar da baixa frequência de
SE isolada nos órgão e fezes, assim como, o número reduzido de pombos com bactérias
quantificáveis em fezes durante o período avaliado, conclui-se que estas aves, quando
infectadas, podem excretar cepa de Salmonella Enteritidis não adaptada à sua espécie.

Palavras chave: Pombos, Inoculação, Salmonella Enteritidis

46
ABSTRACT

Two groups of domestic pigeons (Columba livia) were experimentally infected orally at
doses of 1.9 x106 and 1.9 x108 cfu/mL (group A and B, respectively) with strain of
Salmonella Enteritidis (SE) isolated from chickens. None of the doses used was capable
of causing mortality in the inoculated birds, however, there has been successful
recovery of the pathogen in the liver and spleen on the 7th day of post-inoculation (dpi).
The elimination of the pathogen often ascertained through cloacal swabs revealed that
the shedding occurred in both groups until the 14th day of observation (p <0.05). Among
all the stool samples collected in group B (n=4), three different birds eliminated the
pathogen in their feces, but two on the 3rd dpi and one in the 7th dpi. The same number
of stool samples was evaluated in group A and only one bird eliminated the pathogen,
on the 7th and 14th dpi, and the concentration of micro-organism in the feces was lower
than any sample from Group B. Despite the low SE frequency in organs and stool, as
well as the small number of pigeons with quantifiable bacteria in feces during the study
period, it is clear that these birds, when infected, can shed Salmonella Enteritidis strain
not adapted to their species.

Keywords: Pigeons, inoculation, Salmonella Enteritidis

47
INTRODUCTION

The domestic pigeon (Columba livia) belongs to the order of Columbiformes


and family Columbidae (17). Its reproduction is rapid in environments that offer plenty
of shelter and large quantities of food available, but also lack of predators (23). Their
food consists mainly of grains and seeds, however, foods such as bread, animal feed and
food scraps in trash may also be a part of its diet (28, 3). Such a varied diet favors the
multiplication of these birds, resulting in environmental disorders caused in the places
they inhabit by the accumulation of feathers, feces and remains of nests, leading to
blockages in gutters or storm drain pipes (23).
Concerning the public health, pigeons play an important role in the transmission
of diseases that affect humans and domestic animals, such as toxoplasmosis (21),
Newcastle disease (2), aspergillosis (25), avian tuberculosis (9) and salmonellosis (29).
According to Tauxe (30), birds are considered the main source of salmonellosis
dissemination in humans. Several authors have been researching and isolating
Salmonella spp. through feces, cloacal swabs and organs of pigeons (8, 31, 15, 1, 26,
29). Salmonella Enteritidis has been considered the serovar responsible for the largest
number of outbreaks in humans and birds due to its wide distribution in nature, while
the intestinal tract of animals are the main natural reservoir of this pathogen. The birds
have a particularly important role in the spread of bacteria and may act as asymptomatic
carriers, shedding the pathogen continuously in their feces (10).
The Columbidae birds’ behavior when infected with Salmonella spp. is still
poorly understood, especially regarding the Salmonella Enteritidis, therefore this study
aimed to carry out the inoculation of Salmonella enterica serovar Enteritidis in domestic
pigeons (Columba livia) to evaluate the route and duration of shedding in the
environment.

MATERIAL AND METHODS


Experimental Groups
The study was approved by the Ethics Committee for Animal Use in the registry
number 10244384-0/22 (CEUA-UECE). For this experiment we used 56 domestic
pigeons (Columba livia) from the Laboratory of Ornithological Studies (LABEO). We
selected the fourth generation of pigeons in captivity aged six to twelve months. These
were housed in pairs per cage and separated into two groups which received orally two

48
different inoculum concentration of Salmonella Enteritidis: Group A (low dose) and
Group B (high dose). In these groups we analyzed: the SE concentration of elimination
in feces and in organs, frequency of positive swabs, organs and feces samples. The
inoculation and evaluation of the concentration of Salmonella Enteritidis in organs and
feces was performed according to the methodology adopted by Oliveira et al.(24).

Inoculum Preparation
We prepared a broth containing a Salmonella Enteritidis strain resistant to
nalidixic acid (SENalr) incubated overnight at a temperature of 37 ° C. The birds in
group A received 1 mL of inoculum obtained from culture SENalr diluted by a factor of
about 10-7 containing 1.9x108 colony forming units / mL (cfu/ mL) and group B’s
culture was diluted by a factor of 10-5, containing approximately 1.9 x 106 cfu / mL.

Microbiological Evaluations
On the 3rd, 7th, 14th, 21st, 28th and 35th day post-inoculation (dpi), stool samples
were collected from each cage, four birds from each group were euthanized with spleen
and liver collected for analysis of cfus and frequency of positive SENalr. For the first
step, organs were individually homogenized and diluted in decimal series (1:10) in PBS.
The dilutions were plated on brilliant green agar (Oxoid CM265) containing nalidixic
acid (25 mg / mL) and novobiocin (2 mg / mL) (BGNNov). The plates were incubated
overnight at 42 ° C and the CFU / mL were transformed into log10 for analysis
characterizing the first step. In the second stage, a part from the remaining macerated
organ samples were removed and incubated in selenite broth (CM395 Oxoid.) with
novobiocin (40 mg / L) overnight at 42 ° C, and then were plated in BGNNov and
incubated at 42 ° C for 24 hours to enhance the potential Salmonella growth in the
organs, if the CFUs counting was not possible. The methodology used for the stool
samples was the same as the cited for the first stage of organ samples. Also, two
samples of cloacal swabs were collected per week, and the methodology for the second
stage of organ samples was used again. Before starting the experiment all birds were
inspected according to Zancan et al. (32) to confirm that they were free of Salmonella.

Statistical Analysis
The results of the swabs and stool frequencies from both groups were compared
using the χ2 test with significance p <0.05.

49
RESULTS AND DISCUSSION
During the experiment, there was no mortality in birds. Corroborating Ishola
(20), who used a SE strain previously isolated from chickens and inoculated two
different doses (1,3x104 and 1,3x108 cfu) in chickens 33 weeks of age, not reporting any
mortality. Unlike the findings of Gorham (16), because they isolated a strain of SE from
chicken environment and inoculated (1 X 107 cfu) in chicks from one to seven days old,
and reported a mortality of 11/53 (21%) in one-day-old chicks, of which two in 2 days
post-inoculation (dpi), three in 3 dpi, two in 4 dpi, three in 6 dpi and one at 7 dpi, and in
the group of 7-day-old birds sustained a 2 / 28 (7%) mortality, of which one died in 4
dpi and the other at 7 dpi. The use of a strain not adapted to pigeons may be the
responsible for the absent mortality in the inoculated birds, since S. Enteritidis seems to
evolve and acquire strategies to resist and overcome the host innate immune defenses
(4,13).
Table 01 presents the results concerning the number of Salmonella Enteritidis isolated
from liver and spleen samples of inoculated pigeons.
Table 1. Viable number (log10) of Salmonella organisms per gram of sample after any time post

infection.

Viable number (log10) of Salmonella organisms per gram of sample after any time post infection

3 days 7 days 14 days 21 days 28 days 35 days

Pigeon No L S L S L S L S L S L S

1 - - - - - - - - - - - -

2 - - - - - - - - - - - -

3 - - - - - - - - - - - -

4 - - - - - - - - - - - -

5 - - + - - - - - - - - -

6 - - - - - - - - - - - -

7 - - + + - - - - - - - -

8 - - + + - - - - - - - -

L: líver, S: Spleen;

50
Group A: Birds 1-4: inoculated with 1mL of diluted broth overnight 10 -3 (1,9 x 106 cfu / mL); Group B:

birds 5-8: inoculated with 1mL of diluted broth overnight 10 -7 (1,9 x 108 cfu / mL);

+ / -: Positive / negative after incubation in selenite broth;

We noted that in the concentration of organ’s SENalr evaluation stage, there was
no bacterial growth and therefore the colony-forming units in the spleen and liver of
both groups could not be quantified. However, we did recover the organs’ SENalr
submitted to enrichment in Selenite Cystine with subsequent plating on BGNNov,
which shows that there was bacterial invasion in the liver and spleen, although greatly
reduced. Gast et al. (14) reported that both the frequency of microbial invasion and the
recovery of the number of pathogen cells in the liver can vary significantly depending
on the exposure dose administered. For the period of time required for the pathogen to
colonize the spleen and liver of pigeons, our results show that the recovery occurred
only in the 7th dpi, which differs from those of He et al. (19), whom testing in hens
found that Salmonella invasion from intestinal tract to internal organs such as liver and
spleen, occurred within a few hours after the initial oral exposure. Other studies may
explain this divergence that occurred when compared to the results obtained in pigeons.
Oliveira et al.(24) in his study showed that hens inoculated orally with a lower dose of
Salmonella (8.5 x 105 cfu / mL) presented the pathogen in the liver and spleen only in
the seventh day dpi, while birds inoculated with the highest concentration (8.5 x 108)
already did on the third dpi. This shows that both the concentrations used in pigeons
were not sufficient to promote invasion in the liver and spleen by the pathogen on the
third dpi.
Another consequence that occurred due to the dosage administered was the non-
detection of the pathogen in the liver or spleen beyond the fourteenth dpi. Both appear
to be relatively low dosages if the objective is to detect the pathogen throughout the
experiment, even when using a strain not adapted to pigeons. The literature shows that
strains not adapted to certain bird species may behave differently even using a dose
close to that used in this work. Ribeiro et al. (27) injected two doses (1.2 x105 and 1.2
x108) of a Salmonella Kottbus strain isolated from ducks in one-day-old chicks, and
analyzed the presence of the pathogen in the liver and spleen in the 15th and 42nd dpi,
but they also noted that the lower dose group had lower results compared to the group
with the highest inoculum. Another explanation to the findings in the organs’ SENarl

51
with reduced time seems to be the pathogenicity of the strain, so as this strain may not
be so virulent for pigeons. According to Barrow et al., (5) virulent strains, after their
multiplication, spread to the organs producing a systemic infection.
Table 2. Absolute (n) and relative (%) frequencies of positive swabs for

Salmonella sp. in the post-inoculation period

Dose/ UFC/mL Dose/ UFC/mL

1,9x106 1,9x108

n (%) n (%)

3rd Day 2/24 a 8,3 8/24 b 33,3


5th Day 2/20a 10,0 8/20 b 40,0
7th Day 5/20 25 10/20 50,0
14th Day 2/16 12,5 1/16 6,3
21st Day 0/8 0 0/8 0
28th Day 0/8 0 0/8 0
35th Day 0/4 0 0/4 0

Table 2 presents the absolute (n) and relative (%) frequencies of positive swabs
for Salmonella sp. in the post-inoculation period. By analyzing the frequency of cloacal
swabs of the two groups of pigeons, we found that pathogen excretion occurred up to
the 14th dpi, the results showed that in group B (1.9 x108 cfu/ mL) the frequency of
bacteria excretion was significantly higher (p <0.05) when compared to group A (1.9 x
106 cfu / mL) only on 3rd and 7th dpi. The use of a strain not adapted to pigeons also
seems to have influenced the low frequency of Salmonella in samples obtained from
cloacal swabs. The use of strains adapted to the species can result in higher rates of
fecal excretion. Ishola et al. (20) inoculated adapted strains in laying hens (10-8 cfu) and
found that the greater frequency of positive results for Salmonella in feces within five
weeks of experimental evaluation was 100% and the lower was 40%. The absence of
major findings with swabs in our work appears to be due to false negatives. Authors
such as Gast (12) highlighted this possibility in the results with paratyphoid infections
when working with chickens reported the possibility of sub-clinical infection where the
infected chickens continued harboring the bacteria in their bodies and feces excreting it
in a variable period of time. Which requires Salmonella control programs to be more

52
effective, not only by adopting the method of cloacal swab incubation as a determinant,
but also by increasing the quantity of samples and the frequency of these collections in
such cases, in order to know the real state of the birds (22).
Table 3 Presents the recovery rates of Salmonella Enteritidis in feces of pigeons
post-inoculation (cfu/g).
Table 3. Recovery of Salmonella Enteritidis in feces of pigeons post-inoculation (cfu/g)

3rd dpi 7th dpi 14th dpi 21st dpi 28th dpi 35th dpi

Cages UFC UFC UFC UFC UFC UFC

2 0 0 0 0 0 0

5 0 0 0 0 0 0

7 0 0 0 0 0 0

10 0 3x102 4x103 0 0 0

16 0 0 0 0 0 0

18 0 2x105 0 0 0 0

19 3,8x105 0 0 0 0 0

23 4x107 0 0 0 0 0

Group A: cages 2, 5, 7 and 10: pigeons inoculated with 1mL of a diluted broth overnight 10-3 (1,9 x 106 ufc /

mL); Group B: cages 16, 18, 19 and 23: pigeons inoculated with 1mL of diluted broth overnight 10-7 (1,9 x 108

cfu / mL)

We can see that a group of pigeons that received a low concentration of SE


initiated the shedding in the feces only in the 7th dpi (3x102), this occurrence was
observed until the 14th dpi (4x103). Among the birds that received high concentrations
of SE, pigeons from two cages presented bacterial shedding in the 3rd dpi (3.8 x105 and
4x107) and from one cage in the 7th (2x105), but cell counts were not observed in the
other days of observation. When a micro-organism is detected in the feces, the
colonization of a part or all of the digestive tract may be implied. Barrow et al., (6)
claimed that the colonization of bacteria in the digestive tract can be observed through

53
the excretion in feces and detection of the pathogen is carried out by incubation of feces
or cloacal swabs.
Because it is a strain not adapted to the experimental species used, the doses
administered in this study do not appear sufficient to generate a greater systemic
dissemination, as no bird presented excretion in greater quantity or frequency
considering all the pigeons assessed. Gast (12) stated that inoculated chickens and
turkeys can excrete in the first two weeks after experimental oral infection and
paratyphoid Salmonella can be isolated from the intestinal tract, however, there may be
a high percentage of null contaminated feces.
The short period of pathogen excretion in feces of pigeons can be justified
possibly by the not colonization of the intestine or just a temporary occurrence of the
pathogen in the intestinal tract (6). Another hypothesis for the decline in the frequency
of SENalr excretion in the feces of pigeons seems to be an indication that the birds were
able to reduce the level of systemic infection, probably through a humoral immune
response. (18, 22). However, even if it is a small amount of contaminated feces,
González-Acunã et al.,(15), argued that the dried and fresh pigeon stool pose a high risk
of transmitting to humans, particularly children, elderly, or individuals
immunocompromised, as well as domestic animals.
The doses administrated in pigeons, although relatively low considering the
results found in the organs, cloacal swabs and feces along the 35 dpi, show that these
birds can excrete Salmonella Enteritidis strain not adapted to their species. Since the birds
have access to rural and urban settings, there is the possibility that these birds invade
industrial sheds, defecate on the poultry litter and cause major economic losses and
public health. Experiments with chickens on the litter, showed that reinfection may play a
more important role in the persistence of the infection (7, 11).

ACKNOWLEDGMENTS
We acknowledge the National Council of research and technology development
(CNPq) and the Laboratory of Ornithological Studies (LABEO/FAVET/UECE) for their
support to this study.

54
REFERENCES
1. Adesiyun, A.; Seepersadsingh, N.; Inder, L.; Caesar, K. (1998). Some bacterial
enteropathogens in wildlife and racing pigeons from Trinidad. J. Wild. Dis. 34,
73-80.

2. Alexander, D. J. and G. Parsons. (1985). Antigenic and biological


characterization of avian paramyxovirus type-1 isolates from pigeons: an
international collaborative study. Avian. Pathol. 14, 365-376.

3. Araújo, H. (1999). Aves. Edição da Campanha Nacional de Materiais de Ensino;


DNE; MEC.

4. Barrow, P.A.; Hassan, J.O.; Lovell, M.A.; Berchieri Junior, A.(1990).


Vaccination of chickens with aro a and other mutants of Salmonella
typhimurium and S. enteritidis. Res. Microbil. 141, 851-853.

5. Barrow, P. A.; Huggins, M. B.; Lovell, M. A.; Simpson, J. M. (1987).


Observations on the pathogenesis of experimental Salmonella typhimurium
infection in chikens. Vet. Sci. 42, 194-199.

6. Barrow, P.A.; Simpson, J.M.; Lovell, M. A.(1988). Intestinal colonisation in the


chicken by food-poisoning Salmonella serotypes: microbial characteristics
associated with faecal excretion. Avian. Pathol. 17, 571-588.

7. Beal, R. K.; Wigley, P.; Powers, C.; Hulme, S. D.; Barrow, P. A.; Smith, A. L.
(2004). Age at primary infection with Salmonella enterica serovar typhimurium
in the chicken influences persistence of infection and subsequent immunity to
rechallenge. Vet. Immunol. and Immuno Pathol. 100, 151-164.

8. Casanovas, L.; Simon, M.; Ferrer, M.; Arques, J.; Monzón, G. (1995). Intestinal
carriage of campylobacters, Salmonellas, yersinias and listerias in pigeons in the
city Barcelona. J. Appl. Bactel. 78, 11-13.

55
9. Feldman, W. H. Avian Tuberculosis Infections. (1938).Williams e Williams,
Baltimore, MD.

10. Franco, B. D. G. M. (2002). Microbiologia dos Alimentos. Atheneu, São Paulo.

11. Gast, R. K. (2000). Salmonella enteritidis in eggs and egg products: Assessing
and understanding the risks and responses. In: Egg nutrition and biotechnology,
2nd Ed. M.A.C. Associates, Columbus, Ohio, USA. p.431-440.

12. Gast, R. K. (2003). Salmonella Infections. In: Diseases of Poultry. Saif YM


(Ed.) 11th ed. A publication of American Association of Avian Pathologists.
Iowa State Press, Ames, Iowa, p.567-613.

13. Gast, R. K.; Beard, C.W. (1990). Production of Salmonella


enteritidiscontaminated eggs by experimentally infected hens. Avian Dis. 34,
438-446.

14. Gast, R. K.; Guraya, R.; Guard, J.; Holt, P. S. (2011). Frequency and Magnitude
of Internal Organ Colonization Following Exposure of Laying Hens to Different
Oral Doses of Salmonella enteritidis. Int. J. of Poul. Sci. 10 (4), 325-331.

15. González-Acuña, D.; Silva, F. G.; Moreno, L. S.; Cerda. F. L.; Donoso, S. E.;
Cabello, J. C.; López, J. M. (2007). Detección de algunos agentes zoonóticos en
la paloma doméstica (Columba livia) en la ciudad de Chillán, Chile, Rev. Chil.
Infect. 24 (3), 199-203.

16. Gorham, S. L.; Kadavil, K.; Lambert, H.; Vaughan, E.; Pert, B.; Abel, J. (1991).
Persistence of Salmonella enteritidis in young chickens , Avian Pathol. 20 (3),
433-437.

17. Harrison, C.; Greensmith, A. (1994). Aves del Mundo. Barcelona: Ediciones
Omega, Sª.

56
18. Hassan, J. O.; Mockett, A. P. A.; Catty, D.; Barrow, P. A. (1991). Infection and
reinfection of chickens with Salmonella Typhimurium: bacteriology and
immune responses. Avian Dis. 35, 809-819.

19. He, G. Z.; Tian, W. Y.; Qian, N.; Cheng, A. C.; Deng, S. X. (2010).Quantitative
studies of the distribution pattern for Salmonella Enteritidis in the internal
organs of chicken after oral challenge by a real-time PCR. Vet. Res. Commun.
34, 669–676.

20. Ishola, O. O. (2009). Effects of challenge dose on faecal shedding of Salmonella


enteritidis in experimental infected chickens. Afr. J. Biotechnol. 8 (7), 1343-
1346.

21. Karatepe, M.; Kılıc, S.; Karatepe, B.; Babur, C. (2011). Prevalence of
Toxoplasma gondii Antibodies in Domestic (Columba livia domestica) and Wild
(Columba livia livia) Pigeons in Niğde region, Turkey. Turkiye Parazitol. Derg.
35, 23-26.

22. Muir, W. I.; Bryden, W. L.; Husband, A. J. (1998). Comparison of Salmonella


typhimurium challenge models in chickens. Avian Dis. 42, 257-264.

23. Nunes, V. F. P. Manejo de pombas urbanas (2001). I Fórum do controle de


pombos em área urbana. São Paulo: Centro de Controle de zoonoses, 21.

24. Oliveira, G. H.; Berchieri Junior, A.; Fernandes, A. C. (2005). Experimental


infection of laying hens with Salmonella enterica serovar Gallinarum. Braz. J.
Microbiol. 36, 51-56

25. Pal, M. (1991). Disseminated Aspergillus terrus infection in a caged pigeon.


Mycopathologia. 11, 137- 139.

26. Passamonti, F.; Asdrubali, G.; Proietti, P.; Rossi, E.; Battistacci, L. (2000).
Agents of zoonosis in wild city pigeon and in meat pigeon. XXXVIII Convegno

57
della Societa Italiana di Patologia Aviare “Riposta inmunitaria in funzione di eta
e tipo genetico” ,Forli, Italy, 795-803.

27. Ribeiro, S. A. M.; Berchieri Junior A.; Orsi, M. A.; Mendonça, A.O.; Ferrati,
A.R. (2005). Experimental infection by Salmonella enterica subsp enterica
serovar kottbus in day-old broiler chickens Rev. Bras. Cienc. Avic. 7 (2), 107 –
112.

28. Souza, D. (1987). Aves do Brasil. Belo horizonte, Itatiaia.

29. Sousa, E.; Berchieri Júnior, A.; Pinto, A. A.; Machado, R. Z.; Carrasco, A. O.
T.; Marciano, J. A.; Werther, K. (2010). Prevalence of Salmonella spp.
Antibodies to Toxoplasma gondii, and Newcastle Disease Virus in Feral Pigeons
(Columba livia) in the City of Jaboticabal, Brazil. J. Zoo Wildlife Med. 41 (4),
603-607.

30. Tauxe, R. V. (1991). Salmonella: a post modem pathogen. J. Food Prot.


Journal. 54, 563-568.

31. Toro, H.; Saucedo, C.; Borie, C.; Gough, R.; Alcaíno, H. (1999). Health status of
free-living pigeons in the city of Santiago. Avian Pathol. 28, 619-23.

32. Zancan, F. T.; Berchieri Junior., A.; Fernandes, S. A.; Gama, N. M. S. Q. (2000).
Salmonella spp. investigation in transport boxes of day-old birds. Braz. J.
Microbiol. 31, 230-232.

58
7 CONCLUSÕES

- As doses administradas nos pombos embora relativamente baixas, demonstram que


estas aves podem excretar cepa de Salmonella Enteritidis não adaptada à sua espécie

- Pombos contaminados com SE podem defecar sobre a cama do aviário e contaminar


as aves, pondendo ser causa de grandes prejuízos econômicos e de saúde pública

- A pesquisa realizada mostrou que cepa de Salmonella Enteritidis não adaptada ao


organismo do pombo doméstico, quando inoculadas nestas aves, podem ser eliminada
através das fezes e re-isoladas através de swabs cloacais e em órgãos

59
8 PERSPECTIVA

A importância do pombo na transmissão da Salmonella sp. para humanos e


animais ainda é um tema que necessita de maiores esclarecimentos. Isso porque essas
aves são consideradas disseminadoras em potencial de diversos patógenos, entre eles
a Salmonella sp., mas escassas são as pesquisas científicas que elucidem o real papel do
pombo na cadeia epidemiológica desta enfermidade.

Faz-se necessário novas pesquisas que empreguem doses infectantes de maiores


concentrações, com o objetivo de esclarecer os possíveis danos causados por esse
patógeno no organismo do pombo e os riscos de transmissão a outros animais e
humanos.

60
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABS, M. Physiology and behaviour of the pigeon. London, New York, Academic Press,
1983, pp 1-360.

ACHA, P.; SZYFRES, B. Zoonosis y enfermedades transmisibles comunes al hombre y


a los animales. 3° ed. OPS/OMS. Washington.USA. 2003.

ADESIYUN, A.; SEEPERSADSINGH, N.; INDER, L.; CAESAR, K. Some bacterial


enteropathogens in wildlife and racing pigeons from Trinidad. Journal Wild Diseases,
v. 34, n.1, p. 73-80, 1998.

ALBUQUERQUE, R.; ITO, N.M.K.; MIYAJI, C.I. Estudo comparativo de diferentes


meios de cultura para o isolamento de Salmonella em matérias-primas e rações.
Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, São Paulo, v. 37, n.1,
p.70-73, 2000.

ALEXANDRE, M.S.; POZO, C.M.; GONZÁLEZ, V.G.; MARTINEZ, M.C. H.; PRAT,
S.M.; FERNÁNDEZ, A.R.; FICA, A.C.; FERNÁNDEZ, J.O.; HEITMANN, I.G.
Detección de Salmonella Enteritidis em muestras de productos avícolas de consumo
humano em la Región Metropolitana de Chile. Resumo. Revista Médica de Chile, v.
128, n. 10, p. 1075-1083, 2000.

ANDRADE, M. A.; MESQUITA, A. J.; STRINGHINI, J. H.; CHAVES, L. S.;


MATTOS, M. S.; MOREAES, D. M. C. Excreção fecal de S. Enteritidis em duas
linhagens de frango de corte. Ciência Animal Brasileira, v. 8, n. 4, p. 757-765, 2007.

ARAÚJO, H. Aves. Edição da Campanha Nacional de Materiais de Ensino, DNE, MEC,


1999.

BAILEY, J.S.; COX, N.A.; BERANG, M. E. Hatchery - Acquired Salmonella in Broiler


Chicks. Poultry Science, Stanford, v. 73, n. 7, p.1153 – 1157, 1994.

61
BARROW, P.A. Salmonella - present, past and future. Avian Pathology, v. 22, p. 651-
669, 1993.

BARROW, P.A. Salmonella em avicultura – problemas e novas ideias sobre


possibilidades de controle. Revista Brasileira de Ciência Avícola, Campinas, v.1, n. 1,
p. 9-16, 1999.

BARROW, P. A.; LOVELL, M. A. Experimental infection of egg-laying hens with


Salmonella enteritidis phage type 4. Avian Pathology, Cambs, v. 20, n. 4, p. 335-348,
1991.

BARROW, P. A.; HUGGINS, M. B.; LOVELL,M. A. Host specificity of Salmonella


infectious in chickens and mice is expressed in vivo primarily at the level of the
reticuloendothelial systema. Infection and Immunology, n.62, p. 4602-4610, 1994.

BAU, C. A.; CARVALHAL, B. J.; ALEIXO, J. A. G. Prevalência de Salmonella em


Produtos de Frangos e Ovos de Galinha Comercializados em Pelotas, RS, Brasil.
Ciência Rural, Santa Maria - RS, Mar./Apr, vol.31, n. 2, p.303-307, 2001.

BÄUMLER A. J.; HARGIS B.M.; TSOLIS R.M. Tracing the origins of Salmonella
outbreaks, Science, New York, 2000, v. 287, n. 5450, p. 50-52, 2000.

BERCHIERI JÚNIOR, A. Salmoneloses Aviárias, In: BERCHIERI JÚNIOR, A.;


MACARI, M. Doenças das aves, Campinas: FACTA, Cap. 41, p. 185-195, 2000.

BERCHIERI JÚNIOR. A.; ADACHI, S.Y.; CALZADA, C.T.; PAULILLO, A.C.,


SCHOKEN-ITURRINO, R.P.; TAVECHIO, A. T. Farinha de carne como fonte de
Salmonella em granja avícola. Pesquisa Veterinária Brasileira, Rio de Janeiro, v. 9, n.1,
p. 9-12, 1989.

BERCHIERI JR., A.; BARROW, P. A. Patologias e métodos diagnósticos de SE em


aves. In.: CONFERÊNCIA APINCO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AVÍCOLAS,
Curitiba. Anais... Campinas: FACTA, p. 1 – 5, 1999.

62
BERCHIERI JÚNIOR, A.; BARROW, P.A. Patologia e métodos de diagnósticos de SE
em aves. In: CONFERÊNCIA APINCO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AVÍCOLAS,
1995, Curitiba. Anais Campinas: FACTA. p.1-5.

BERCHIERI JÚNIOR, A.; IRINO, I.; NEME, S.N.; PAULILLO, A.C.; CALZADA, C.
T. FERREIRA, S.; PESSÔA, G.V.A. Contaminação por Salmonella em farinhas de
origem animal no preparo de ração. Pesquisa Veterinária Brasileira, Rio de Janeiro, v.
4, n.3, p. 83-88, 1984.

BERCHIERI JÚNIOR, A.; FREITAS NETO, O.C. Salmoneloses aviárias. In:


BERCHIERI JÚNIOR, A.; SILVA, E.N.; DI FÁBIO, J.; SESTI, L.; ZUANAZE, M.A.
F. Doenças das aves. 2. ed. Campinas: FACTA, 2009. seção. 4, p. 435-454.

BIER, O. Bacteriologia e Imunologia, Melhoramentos. 21 ed., São Paulo, p. 517 – 531,


1981.

BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria n o 210, de 10 de


novembro de 1998. Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico
Sanitária de Carnes de Aves.

BRASIL. Instrução Normativa Nº 70, de 10 outubro de 2003 do Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 10 out. 2003. Seção 1, p. 9.

CAMPOS, L. C. Salmonella. In: TRABULSI, L.R. Microbiologia, Atheneu, São Paulo,


3 ed. p 229 – 234, 2002.

CAMPOS, L. C. Salmonella. In: TRABULSI, L. R.; ALTERTHUM, F. Microbiologia.


4 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. 720 p. cap. 43, p. 319-328.

CASON, J.A.; BAILEY, J.S.; COX, N. A. Transmission of Salmonella typhimurium


during hathing of broiler chicks. Avian Diseases, Tempe, v. 38, n. 3, p. 583 – 588 1994.

63
CARRIQUE-MAS, J.J.; DAVIES, R.H. Salmonella Enteritidis in commercial layer
flocks in Europe: Legislative background, on-farm sampling and main challenges.
Brazilian Journal of Poultry Science, v. 10, n. 1, 2008.

CASANOVAS, L.; DE SIMON, M.; FERRER, M.; ARQUES, J.; MONZÓN. G.


Intestinal carriage of campylobacters, Salmonellas, yersinias and listerias in pigeons in
the city Barcelona. Journal of Applied Bacteriology, v.78, n.1, p.11-13, 1995.

CDC. Centers for Diseases Control and Prevention. Salmonella: annual summary 2005.
Georgia: US Department of Health and Human Services, p. 79, 2007.

CHADFIELD, M.S.; BROWN, D.J.; AABO, S.; CHRISTENSEN, J.P.; OLSEN, J.E.
Comparison of intestinal invasion and macrophage response of Salmonella Gallinarum
and other host-adapted Salmonella enterica serovars in the avian host. Veterinary
Microbiology, v.20, n. 92, p. 49-64, 2003.

CORRÊA, W.M.; CORRÊA, C.M. Paratifos em geral. Enfermidades infecciosas dos


mamíferos domésticos. 2 ed. Rio de Janeiro: MEDSI, p. 163-174, 1992.

CORRIER, D. E.; HARGIS, B.; HINTON, A. Jr.; LINDSEY, D.; CALDWELL, D.;
MANNIG, J.; DELOACH, J. Effect of anaerobic cecal microflora and dietary lactose on
colonization resistance of layer chickens to invasive Salmonella enteritidis. Avian
Diseases, v. 35, p. 357-343, 1991.

COSTA, F.N. Sorotipos de Salmonella em carcaças e cortes de frango obtidos na


indústria e no comércio e comportamento das cepas isoladas frente à ação de
antimicrobianos. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias – Universidade Estadual Paulista (UNESP), Jaboticabal, São Paulo, 1996.

COX, N.A.; BAILEY, J.S.; MAULDIN, J.M. et al. Presence and impact of Salmonella
contamination in commercial broiler hatcheries. Poultry Science, Stanford, v. 69, n. 9
p.1606 – 1609, 1990.

CUBAS, Z.S.; SILVA, J.C.R.; CATÃO-DIAS, J.L. Tratado de Animais Selvagens -


Medicina Veterinária, Roca,1 ed., p. 268, 2006.

64
DARWIN, K.H.; MILLER, V. Molecular Basis of the Interations of Salmonella with
the Intestinal Mucosa. Microbiology Reviews, v.12, n.3, p.405-428, 1999.

DAVIES, R.H. Salmonella – the feedstuff connection. Proceedings of the Society of


Veterinary Epidemiology and Preventive Medicine, Edinburgh, p. 47-59, 1992.

DESHMUKH G. S.; ASRANI R. K., LEDOUX, D. R., JINDAL, N.; BERMUDEZ, A.


J., ROTTINGHAUS, G. E.; SHARMA, M.; SINGH, S. P. Individual and Combined
Effects of Fusarium moniliforme Culture Material. Avian Diseases, Tempe, v. 49, n. 4,
p. 592–600, 2005a

DESHMUKH, A. R. K.; JINDAL, N.; ROTTINGHAUS, G. E.; SHARMA M.;


SINGH S. P. Effects of Fusarium moniliforme Culture Material Containing Known
Levels of Fumonisin B1 on Progress of Salmonella Gallinarum Infection in Japanese
Quail: Clinical Signs and Hematologic Studies. Avian Diseases, Tempe, v. 49, n. 2, p.
274–280, 2005b.

DESMIDT, M., DUCATELLE, R., HAESEBROUCK, F. Pathogenesis of


Salmonella enteritidis phage type four after experimental infection of young
chickens. Veterinary Microbiology, v. 56, n. 1-2, p. 99-109, 1997.

DESMIDT, M.; DUCATELLE, R.; HAESEBROUCK, F. Immunohistochemical


observations in the ceca of chickens infected with Salmonella Enteritidis phage type
four. Poultry Science, v.77, p.73-74, 1998.

DESMIDT, M.; DUCALETTE, R.; MAST, J.; GODDEERIS, B. M.; KASPERS., B.;
HAESEBROUCK, F. Role of the immune system in Salmonella Enteritidis phage types
four infection in chickens. Veterinary Immunology and Immunopathology, v.63, p.355-
355, 1998b.

DICKEL, E. L. Utilização da microbiologia convencional, reação em cadeia pela


polimerase (PCR) e ensaio imunoenzimático (ELISA) no monitoramento de Salmonella
em carcaças de frango para o controle higiênico–sanitário do processo de abate. Tese de

65
Doutorado em medicina veterinaria - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, 2004.

DUARTE, A., SILVA, E.N. Salmonella Enteritidis em aves: Retrospectiva no Brasil.


Revista Brasileira de Ciência Avícola, Campinas, v. 4, n. 2, p. 85-100, 2002.

FISHER, I.S. Salmonella Enteritidis and Salmonella Typhimurium in Western Europe


for 1993-1995: a surveillance report from Salm-Net. Eurosurveillance, v.2, n. 1, p.
1997. Disponível em:
<http://www.eurosurveillance.org/ViewArticle.aspx?ArticleId=191>. Acesso em: 10 de
março de 2010.

FOWLER, M.E.; CUBAS, Z.S. Biology, medicine, and surgery of south american wild
animals. p.1-536, 2001.

FORSHELL, L.P.; WIERUP, M. Salmonella contamination: a significant challenge to


the global marketing of animal foods products. Revue Scientifique Technique Office
International des Epizooties, Paris, v. 25, n. 2, p. 541-554, 2006.

FRANCO, B. D. G. M; LANDGRAF. M. T. D. Microbiologia dos Alimentos. São


Paulo, ed. Atheneu, p. 27-171, 1996.

GAMA, N.M.S.Q. Pesquisa de coliformes totais e coliformes fecais analisados em ovos


comerciais no laboratório de patologia avícola de Descalvado. Arquivo do Instituto
Biológico, São Paulo - SP, v.68, n.1, p.19-22, 2001.

GAMBIRAGI, A.P.O. M.; SALLES, R.P.R.; AGUIAR FILHO, J.R.; OLIVEIRA,


W.F.; MACIEL, W.C.; ROMÃO, J.M.; TEIXEIRA, R.S.C. Salmonella sp. em frangos
de corte de um dia de idade na região metropolitana de Fortaleza-CE . Acta Scientiae
Veterinariae, v.31, n.3, p.149 -153, 2003.

GAST, R.K. Salmonella infections. In: CALNEK, B.W.; BARNES, H.J.; BEAR, C.W.
(Ed). Diseases of poultry. 11th ed. Ames: Iowa University Press, 2003. Cap. 16, p. 567-
613.

66
GAST, R. K.; Beard, C.W. Production of Salmonella enteritidiscontaminated eggs by
experimentally infected hens. Avian Diseases. v.34, p. 438-446, (1990).

GAST, R.K.; HOLT, P.S. Assessing the frequency and Consequences os Salmonella
enteritidis deposition on the egg yolk membrane. Poultry Science, Stanford, v. 80, n. 7,
p. 997 – 1002, 2001.

GIRÃO, F.G.F. . Isolamento de Salmonella em matérias primas, rações e materiais


colhidos de aves com problemas sanitários. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária
e Zootecnia, Belo Horizonte, v.37, n.3, p.249 – 256, 1985.

GONZÁLEZ-ACUÑA, D.; SILVA, F.G.; MORENO, L.S.; CERDA, F.L.; DONOSO,


S.E.; CABELLO, J.C.; LÓPEZ, J.M. Detección de algunos agentes zoonóticos en la
paloma doméstica (Columba livia) en la ciudad de Chillán, Chile, Revista chilena de
Infectología, v. 24, n.3, p.199-203, 2007.

GRIMONT, P.A.D.; WEILL, F. Antigenic Formulae of the Salmonella Serovars. 9th ed.
Paris: WHO Collaborating Centre for Reference and Research on Salmonella Institute
Pasteur, 2007.

HALE, T.L.; FORMAL, S.B. Virulence mechanisms of enteroinvasive pathogens. In:


ROTH, J.A. Virulence mechanisms of bacterial pathogens. Washigton, DC, 1988. p. 65-
67.

HARGIS, B.M.; CALDWELL D.J.; BREWER R.L.; CORRIER D.E.; DELOACH, J.R.
Evaluation of the chicken crop as a source of Salmonella contamination for broiler
carcasses. Poultry Science, Stanford, v. 74, n. 9, p.1548 – 1552, 1995.

HARRISON, C.; GREENSMITH, A. Aves del Mundo. Barcelona: Ediciones Omega, Sª,
p.159, 1994.

67
HERDT, P.; PASMANS, F. POMBOS. In: THOMAS N. TULLY Jr.; GERRY M.
DORRESTEIN; ALAN K. JONES. Clinica de aves. 323p. Rio de Janeiro, Elsievier,
2010. Cap 12, p 261- 284.

HINTON, M. Salmonella infection in chicks following the consumption of artificially


contamined feed. Epidemiology and Infection, Cambridge, v.100, n. 2, p.247-256, 1988.

HOFER, E.; SILVA FILHO, S.J.; REIS, E.M.F. Prevalência de sorovares de Salmonella
isolados de aves no Brasil. Pesquisa Veterinária Brasileira, Rio de Janeiro, v. 17, n. 2,
p. 55-62, 1997.

HOLLINGER, K. Epidemiology and Salmonellosis. . In: Wray, C. e Wray, A. (eds.).


Salmonella in domestic animals. CABI Publishing, New York, USA, 2000. Cap. 20.
474p. p. 341-353.

HOLT, P.S.; GEDEN, C.J.; MOORE, R.W.; GAST, R.K. Isolation of Salmonella
enterica Serovar Enteritidis from Houseflies (Musca domestica) Found in Rooms
Containing Salmonella Serovar Enteritidis-Challenged Hens. Applied and
Environmental Microbiology, Washington, v.73, n. 19, p. 6030-6035, 2007.

HUGH-JONES, M.E.; HARVEY, R. W.S.; MCCOY, J.H.A. Salmonella California


contamination of a turkey feed concentrate. British Veterinary Journal, London, v. 131,
n. 6, p. 673-680, 1975.

HUMPHREY, T.J. Contamination of egg shell and contents with Salmonella enteritidis:
a review. International Journal of Food Microbiology, Amsterdam, v.21, n.1-2, p.31-
40, 1994.

HUMPHREY, T. J. Public-health aspects of Salmonella infection. In: Wray, C & Wray,


A. (Eds.). Salmonella in Domestic animals. 463p. CABI Publishing, New York, USA,
2000. p. 245 – 263.

68
JOHNSON, S. Results of Salmonella isolation from poultry products, poultry, poultry
environment, and other characteristics. Avian Diseases, Tempe, v.47, n. 1, p.17-24,
1992.

JONES, Y.E.; MCLAREN, I.M.; WRAY, C. Laboratory Aspects of Salmonella. In:


WRAY, C.; WRAY, A. Salmonella in domestic animals. New York: CABI Publishing,
2000. Cap. 23, p. 393-405.

JOVER, F. P. Enfermidades y Parasitos de Las Aves Domesticas. 2ed. Madrid:


Ministério da Agricultura, p.187, 1968.

KELLER, L.H.; SCHIFFERLI, D.M.; BENSON, C.E.; ASLAM, S.; ECKROADE, R.J.
Invasion of Chicken Reproductive Tissues and Forming Eggs Is Not Unique to
Salmonella enteritides. Avian Diseases, Tempe, v. 41, n. 3, p. 535 – 539, 1997.

KINDE, H.; CASTELLAN D.M.; KASS, P.H.; ARDANS, A.; CUTLER, G.;
BREITMEYER, R. E.; BELL, D.D.; ERNST, R.A.; KERR, D.C.; LITTLE, H.E.;
WILLOUGHBY, D.; RIEMANN, H.P.; SNOWDON, J.A.; KUNEYK, D.R. The
Occurrence and Distribution of Salmonella Enteritidis and Other Serovars on
California Egg Laying Premises: A Comparison of Two Sampling Methods and Two
Culturing Techniques. Avian Diseases, Kennett Square, v. 48, n. 3, p. 590-594, 2004.

KINGSLEY, R. A.; BAUMLER, A. J. Host adaptation and the emergence of infectious


diseases: the Salmonella paradigm. Molecular Microbiology, v. 36, n. 5, p.1006-14,
2000.

KONEMAN, E.W.; ALLEN, S.D.; JANDA, W.M.; SCHRECKENBERGER, P.C.;


WINN Jr., W.C. Diagnóstico microbiológico. 5.ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2001.
1465p

LAX, A.J.; BARROW, P.A.; JONES, P.W.; WALLIS T.S. Current Perspectives in
Salmonellosis. British Veterinary Journal, London, v. 151, n. 4, p. 351 – 377, 1995.

69
LEVI, W.M. The Pigeon. Sumter, South Carolina, Levi Publishing Company. 1963, p.
1-667.

LEVER, M.S.; WILLIAMS, A. Cross infection of chicks by airborne transmission of


Salmonella enteritidis PT4. Letters in Applied Microbiology., v.23, p.347-349, 1996.

LISTER, S.A. Salmonella enteritidis in broilers and broiler breedrs. The Veterinary
Record, London, v. 123, n. 13, p. 350 – 351, 1988.

METHNER, V.; AL – SHABIBI, S.; MEYER, H. Infection model for hatching chicks
infected with Salmonella enteritidis. Journal of Veterinary Medicine, Series B. Berlin,
v. 42, n. 8, p.471 – 480, 1995.

MIRANDA, J.B.N.; PESSOA, G.V.A.; IRINO, K.; CALZADA, C.T. Ocorrência de


Salmonella em farinhas utilizadas como matérias-primas na composição de rações
animais. Revista do Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 157-160, 1978.

MIYAMOTO, T.E.; BABA, E.; TANAKA, T.; SASAI, K.; FUKATA, T.;
ARAKAWA, A. Salmonella enteritides Contamination of Eggs from Hens Inoculated
by Vaginal, Cloacal, and Itravenous Routes. Avian Diseases , Tempe, v.41, n. 2, p. 296
– 303, 1997.

MUNRO, D.S.; GIRWOOD, R.W.A.; REILLY, W.J. Salmonella enterica sorovar


Enteritidis in Scotland. In: SAEED AM. editors. Salmonella enterica serovar Enteritidis
in humans and animals – epidemiology, pathogenesis and control. 1.ed. Ames: Iowa
State University Press, p. 27-31, 1999.

NASCIMENTO, V.P., Salmoneloses Aviárias: Uma Revisão. Centro de Diagnóstico e


Pesquisa em Patologia Aviária (CDPA). UFGRS. p. 51-53. 1990/1994.

NASCIMENTO, V.P.; SANTOS, L.R.; CARDOSO, M.D.; RIBEIRO, A.R.; SCHUCH,


D.M.T.; SILVA, A.B.; Qualidade microbiológica de produtos avícolas. In: SIMPÓSIO
GOIANO DE AVICULTURA, 2., 1996, Goiânia. Anais... Goiânia: Associação Goiana
de Avicultura, UFG, 1996. p.13-17.

70
OIE - Escritorio Internacional de Epizootias. Salmonellosis. Manual of diagnostic tests
and vaccines for terrestrial animals. 5. ed., 2004. Disponivel em:
<http://www.oie.int/ing/normes/mmanual/A_00129.htm>. Acesso em: 14 jul. 2010.

OLIVEIRA, S.J. Salmonella. In: Guerreiro et al.. (Org.). Bacteriologia Especial. 1 ed.
Porto Alegre: Sulina, , v. 14, p. 162-177, 1984.

OLIVEIRA, D.D.; SILVA, E.N. Salmonela em ovos comerciais: ocorrência, condições


de armazenamento e desinfecção da casca. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária
e Zootecnia, Belo Horizonte, v. 52, n. 6, p. 655-661, 2000.

PASMANS, F.; BAERT, K.; MARTEL, A.; LANCKRIET, R.; BOEVER, S.; VAN
IMMERSEEL, F.; EECKHAUT, V.; BACKER, P.; HAESEBROUCK, F. Induction of
the carrier state in pigeons infected with Salmonella enterica subspecies enterica sorovar
Typhimurium PT99 by treatment with florfenicol: a matter of pharmacokinetics.
Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v. 52, n 3, p. 954–961, 2003.

PASMANS, F.; VAN IMMERSEEL, F.; HERMANS, K.; HEYNDRICKX, M.;


COLLARD, J.M.; DUCATELLE, R.; HAESEBROUCK, F. Assessment of virulence of
pigeon isolates of Salmonella enterica subsp. enterica serovar typhimurium variant
copenhagen for humans. Journal of Clinical Microbiology, v.42, n.5, p. 2000-2002,
2004.

PASMANS, F.; BAERT, K.; MARTEL, BOUSQUET-MELOU, A.; LANCKRIEt, R.;


BOEVER, S.; VAN IMMERSEEL, F.; EECKHAUT, V.; BACKER, P.;
HAESEBROUCK, F. Induction of the Carrier State in Pigeons Infected with Salmonella
enterica Subspecies enterica Serovar Typhimurium PT99 by Treatment with
Florfenicol: a Matter of Pharmacokinetics. Antimicrob Agents Chemother, v. 52, n.3, p.
954–961, 2008.

PASSAMONTI, F.; ASDRUBALI, G.; PROIETTI, P.; ROSSI, E.; BATTISTACCI, L.


Agents of zoonosis in wild city pigeon and in meat pigeon. XXXVIII Convegno della

71
Societa Italiana di Patologia Aviare “Riposta inmunitaria in funzione di eta e tipo
genetico” Forli, Italy, 30 septiembre-1 ottobre 1999. Selezioneveterinaria p.795-803.

PEREIRA, V.L.A.; SILVA, G.M.; LEMOS, M. Presença de Salmonella em frangos de


corte aparentemente sadios em unidades de ciração industrial na região de São José do
Vale do Rio Preto – RJ. Revista Brasileira de Ciências Veterinárias, Rio de Janeiro, v.
6, n. 3, p. 156 – 161. 1999.

PERESI, J.T.M.; ALMEIDA, I.A. Z. C.; LIMA, S. I.; MARQUES, D.F.; RODRIGUES,
E.C.A.; FERNANDES, A.S.; GELLI, D.S.; IRINO, K. Surtos de enfermidades
transmitidas por alimentos causados por Salmonella Enteritidis. Revista de Saúde
Pública, v.32, n.5, p. 477-83, 1998.

PENHA FILHO, R.A.C.; PAIVA, J.B.; SILVA, M.D.; ALMEIDA, A.M.; BERCHIERI
JUNIOR, A. Control of Salmonella Enteritidis and Salmonella Gallinarum in birds by
using live vaccine candidate containing attenuated Salmonella Gallinarum mutant
strain. Vaccine, v.16, n.1, p. 2853-2859, 2010.

PIÑEIRO, C. J. S.; GUEVARA, I. A. PREVENCION Y ENFERMEDADES DE LA


PALOMA DOMESTICA, Cuba, 2009. Disponivel em: <
http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n111110B/111007B.pdf >. Acesso em: 14
jul. 2010.

POHL, P.L.; VANDENDRIESSCHE, P.A.; BOUTIFLAT, Y. Epidémiologie de


Salmonella typhimurium variété Copenhagen. Annales de Médecine Vétérinarie, v. 127,
p. 279-287, 1983.

POPOFF, M.Y.; BOCKEMÜHL, J.; HICKMAN-BRENNER, F.W. Kauffmann- White


scheme. Research in Microbiology, Paris, v. 147, n. 39, p. 765-769, 1996.

POPPE, C. Epidemiology of Salmonella enterica serovar Enteritidis. In: SAEED, A.M.;


GAST, R.K.; POTTER, M.E. et al. (Eds.) Salmonella enterica sorovar Enteritidis in
humans and animals. Ames: Iowa State University Press, p.3-18, 1999.

72
POPPE, C. Salmonella Infections in the Domestic Fowl. In: WRAY, C.; WRAY, A.
Salmonella in domestic animals. CABI Publishing, New York, USA, 2000. Cap. 7.
474p . p. 107-132.

REEVES, P.R.; HOBBS, M.; VALVANO, M.A.; SKURNIK, M.; WHITFIELD, C.;
COPLIN, D.; KIDO, N.; KLENA, J.; MASKELL, D.; RAETZ, C.R.H.; RICK, P.D.
Bacterial polysaccharide synthesis and gene nomenclature. Trends in Microbiology,
Oxford, v. 4, n. 12, p. 495-503, 1996.

RIBEIRO, M.G.; BRITO, C.J.C.; PAES, A.C.; MEGID, J.; PINTO, J.P.A.N.;
LISTONI, F.J.P. Infecção do trato urinário em cão por Salmonella enterica sorotipo
Enteritidis: relato de caso. Clínica Veterinária. v. 8 p. 30-37. 2003.

RITCHIE, B.W.; HARRISON J.G.; HARRISON, L.R. Columbiformes. Avian


Medicine: Principles and Application. Ed. Wingers publishing, p. 1200, 1994.

ROBERTS, J.A.; SOCKETT, P.N. The socio-economic impact of human Salmonella


Enteritidis infection. International Journal of Food Microbiology, Amsterdam, v. 21, n.
1, p. 117-129, 1994.

ROCA, F.L. Enfermidades bacterianas por germenes grampositivos y esporulados:


Tuberculosis: Higiene y patología aviares. 1 ed. Barcelona : Tecnograf, p. 421, 1991.

RODRIGUE, D.C.; TAUXE, R.U.; ROWE, B. International increase in Salmonella


Enteritidis: A new pandemic?. Epidemiology and Infection, Cambridge, v. 105, n. 1, p.
21- 27, 1990.

RODRIGUES, D.P. Ecologia e prevalência de Salmonella spp. em aves e material


avícola no Brasil. In: Conferência Apinco de ciência e tecnologia avícolas, 2005,
Campinas, Anais Campinas, FACTA, 2005, p. 223-228.

RYCROFT, A.N. Structure, Function and Synthesis of Surface Polysaccharides in


Salmonella. In: WRAY, C e WRAY, A. Salmonella in domestic animals. New
York: CABI Publishing, 2000. 463p. p. 19-33.

73
RUPIPER, D.J. 1998. Diseases that affect race performance of homing pigeons. Part II:
bacterial, fungal and parasitic disease. Journal of Avian Medicine and Surgery, v. 12,
n.3, p. 1 38–148.

SATO, Y. Status of Salmonella gallinarum-pullorum infections in poultry in Zambia.


Avian Diseases, Tempe, v.41, n.2, p.490 – 495, 1997.

SELANDER, R.K.; LI, J.; NELSON, K. Evolutionary genetics of Salmonella enterica.


In: NEIDHARDI, F.C.; CURTISS, R.; INGRAHAM, J.L.; LIN, E.C. C.; LOW, K.
B.; SOUZA, E.R.N.; CARVALHO, E.P.; DIONÍZIO, F.L. Estudo da presença de
Salmonella sp. em poedeiras submetidas à muda forçada. Ciência Agrotécnica,
Lavras, v.26, n.1, p.140-147, 2002.

SHEELA, R.R.; BABU, U.; MU, J.; ELANKUMARAN, S.; BAUTISTA, D.A.;
RAYBOURNE, R.B.; HECKERT, R.A.; SONG, W. Immune responses against
Salmonella enterica serovar Enteritidis infection in virally immunosuppressed chickens.
Clinical and Diagnostic Laboratory Immunology, Washington, v. 10, n. 4, p. 670- 679,
2003.

SHIVAPRASAD, H. L., TIMONEY, J.F.; MORALES, S.; LUCIO, B.; BAKER R.C.;
Pathogenesis of Salmonella enteritides Infection in Layimg Chickens. I. Studies on Egg
Transmission , Clinical signs, Fecal Shedding, and Serologic Responses. Avian
Diseases, Tempe, v. 34, n. 3, p. 548 – 557, 1990.

SHROFF, K.E.; MESLIN, K.; CEBRA, J.J. Commensal enteric bacteria engender a
self-limiting humoral mucosal immune response while permanently colonizing the
gut. Infection and Immunity, Washington, v. 63, n. 10, p. 3904-3913, 1995.

SILVA, E. N. Salmonella enteritidis em Aves e Saúde Pública. Unicamp. São Paulo.


1994.

74
SILVA, E.N.; DUARTE, A. Salmonella enteritidis em Aves: Retrospectiva da Situação
Atual. In: CONFERÊNCIA APINCO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AVÍCOLAS,
n.20, 2002, Campinas. Anais Campinas: FACTA, p. 215 – 232, 2002.

SILVA, E.N. Salmonelose: problemas atuais de patologia aviária e saúde pública. In:
CONFERÊNCIA APINCO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AVÍCOLAS, n.9, 1991,
Campinas. Anais… Campinas: FACTA,. p. 37 – 47, 1991

SMITH, H.W.; TUCKER, J. F. The virulence of Salmonella strains for chickens: their
excretion by infected chickens. Journal of Hygiene, Cambridge, v. 84, n.3, p.479-488,
1980.

SOUZA, D. Aves do Brasil. Belo Horizonte, Itatiaia.1987.

SOUZA, E.R.N.; CARVALHO, E.P.; DIONÍZIO, F.L. Estudo da presença de


Salmonella sp. em poedeiras submetidas à muda forçada. Ciência Agrotécnica, Lavras,
v. 26, n. 1, p. 140-147, 2002.

STELLMACHER, W. Infecções por salmonelas. In: BEER, J. Doenças infecciosas em


animais domésticos. São Paulo: EDITORA ROCA, 1999, p. 65-92.

TAUXE, R.V. Salmonella: a post modem pathogen. Jounal Food Protection., v. 54, p.
563-568, 1991.

TIETJEN, M.; FUNG, D.Y.C. Salmonellae and food safety. Critical Review of
Microbiology. Boca Raton, v. 21, n. 1, p. 53 – 83, 1995.

TIZARD, I. Salmonellosis in wild birds. Semin. Seminars in Avian and Exotic Pet
Medicine. v. 13 p.50–66, 2004.

THIAGARAJAN, D.; SAEED, A.M.; ASEM, E.K. Mechanism of transovarian


transmission of Salmonella enteritidis in laying hens. Poultry Science, Stanford, v. 73,
n. 1, p. 89-98, 1994

75
TORO, H.; SAUCEDO, C.; BORIE, C.; GOUGH, R.; ALCAÍNO, H. Health status of
free-living pigeons in the city of Santiago. Avian Pathology, v. 28, p. 619-23, 1999.

TANNOCK, G.W.; SMITH, J.M.B. A Salmonella carrier state involving the upper
respiratory tract of mice. Journal of Infectious Diseases, Chicago, v. 123, n. 4, p. 502 -
506, 1971.

UNITED STATES OF AMERICA. Departament of Agriculture. Pathogen reduction:


hazard analysis and critical point (HACCP) systems. Washington, 1995. p. 6774-6889.
(Federal Regulation, 60).

UYTTEBROEK, E.; DEVRIESE, L.A.; GEVAERT, D.; DUCATELLE, R.; NELIS,


J.; HAESEBROUCK, F. Protective effects of vaccines against experimental
salmonellosis in racing pigeons. Veterinary Record,v.128, n. 7, p.152-153, 1991.

UZZAU, S.; BROWN, D.J., WALLIS, T.; RUBINO, S.; LEORI, G.; BERNARD, S.;
CASEDESUS, J.; PLATT, D.J.; OLSEN, J.E. Host adapted serotypes of Salmonella
enterica. Epidemiology and Infection, Cambridge, v. 125, n. 2, p. 229-255, 2000.

VAN IMMERSEEL, F; METHNER, U.; RYCHLIK, I; NAGY, B; VELGE, P;


MARTIN, G; FOSTER, N.; DUCATELLE, R; BARROW, P.A. Vaccination and early
protection against non-host-specific Salmonella serotypes in poultry: exploitation of
innate immunity and microbial activity. Epidemiology Infection, Cambridge, v. 133, n.
6, p. 959-978, 2005.

VOGEL C. Tauben. Berlin, Deutscher Landwirtschaftsverlag, p 539, 1992.

YOSHIMURA, H.; NAKAMURA, H.; SATO, S. Incidence of Salmonellae in animal


feed ingredients in Japan. National Institute of Animal Health Quarterly, Yatabe-machi,
v. 19, n. 4, p. 107-113, 1979.

76

Vous aimerez peut-être aussi