Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
12302015 3927
Abstract Modern-day slave labor is one of the Resumo O trabalho escravo contemporâneo (TE)
most pernicious and persistent social problems é uma das mais injustas e persistentes problemá-
in Brazil. In the light of the need to implement ticas sociais do Brasil. Frente à necessidade de
a national occupational health policy, this paper implantação da política nacional de saúde do(a)
discusses slave labor as a public health concern, trabalhador(a), este artigo discute o trabalho es-
highlighting possibilities for broadening strate- cravo como problema de saúde pública, destacando
gies for vigilance and comprehensive care for this possibilidades de ampliar as estratégias de vigilân-
specific working population. Exploratory quali- cia e atenção integral a essa população específica de
tative research was carried out based on the “so- trabalhadores. Foi realizada uma pesquisa qualita-
cial construction of reality” proposed by Lenoir, tiva, exploratória, sob o referencial teórico da cons-
Berger and Luckmann. The investigation con- trução social da realidade, conforme Lenoir, Berger
sisted of a theoretical review of modern-day slave e Luckmann. O estudo consistiu em uma revisão
labor on the national and international scene teórica sobre TE no cenário nacional e internacio-
within the scope of the human, social and pub- nal no âmbito das ciências humanas, sociais e de
lic health sciences and an analysis of social and saúde pública e uma análise das práticas de enfren-
political practices to tackle modern-day slave la- tamento ao TE na região norte do estado do Rio de
bor was conducted in the State of Rio de Janeiro. Janeiro. Foram efetuadas entrevistas semiestrutu-
Semi-structured individual and group interviews radas, individuais e coletivas, com trabalhadores e
with workers and representatives of social move- representantes de movimentos sociais e instituições
ments and public institutions were organized. públicas. Os resultados demonstram dimensões te-
The results reveal the theoretical and practical di- óricas e práticas sobre o TE e suas relações com o
mensions of slave labor and its relations with the campo da saúde e destacam o papel e o potencial
health field and highlight the role and potential of da saúde pública no fortalecimento das práticas de
1
Grupo de Estudos public health in the enhancing of vigilance prac- vigilância e atenção à saúde dos trabalhadores sub-
Ambientais e de Saúde tices and health care of workers subjected to these metidos a essas condições sociais crônicas.
do Trabalhador, Instituto chronic social conditions. Palavras-chave Saúde Pública, Trabalho escravo
de Saúde Coletiva,
Universidade Federal de Key words Public health, Modern-day slave la- contemporâneo, Construção social, Saúde do tra-
Mato Grosso. Av. Fernando bor, Social construction, Occupational health balhador
Corrêa 2367, Boa Esperança.
78060-900 Cuiabá MT
Brasil.
luis_leao@hotmail.com
3928
Leão LHC
um problema social existem agentes sociais em nexos causais e até mesmo acidentes de trabalho,
operação, estratégias em prática, relações e repre- por vezes, não são considerados responsabilidade
sentações dominantes em torno de seu reconhe- da saúde pública por profissionais e gestores das
cimento e legitimação. O que deve ser explicado secretarias de saúde, hospitais e ambulatórios.
é justamente o fato de uma realidade ser tomada Existe um jogo de forças mediado pela cul-
em dado momento como um problema social11, tura e condições históricas dos contextos e ins-
uma vez que todo problema de saúde pública tituições de saúde que opera a favor ou contra o
pressupõe um trabalho de reconhecimento e le- reconhecimento da relação trabalho-saúde como
gitimação. problema público do âmbito da saúde. É nesse
Nesse processo, ocorrências graves e gerado- jogo de (não)reconhecimento/(des)legitimação
ras de sofrimentos entram na pauta das políticas que se encontram as situações de TE contempo-
e práticas de saúde enquanto outras são deslegi- râneo no âmbito da saúde.
timadas. Isso fica claro no que tange às situações
de saúde-trabalho. Entendimentos sobre trabalho escravo
A categoria trabalho enquanto fator determi- contemporâneo
nante do processo saúde-doença foi institucio-
nalizada no campo da saúde coletiva por forças A maneira de nomear e entender os fenôme-
sociais dos movimentos de trabalhadores, profis- nos tipificados como TE pode facilitar ou criar
sionais dos serviços públicos e acadêmicos na dé- barreiras para sua inserção no rol de problemas
cada de 1980. Questões relativas aos trabalhado- sanitários. Esse tema exige apurado rigor teórico
res eram consideradas problemas da Previdência e uma consciência social crítica14, pois geralmen-
Social, Justiça do Trabalho e Ministério do Traba- te cria espetáculos midiáticos e um imaginário
lho e Emprego (MTE). Entretanto, casos crescen- desvinculado da realidade a ponto de banalizar a
tes de benzenismo, câncer de pleura decorrente terminologia e levar qualquer condição a ser con-
da exposição ao amianto, Lesões por Esforços siderada TE – trabalhadores com salários baixos,
Repetitivos entre outras doenças ocupacionais, mulheres donas de casa, arrocho nas relações de
no fim de 1980, exigiram um insistente trabalho trabalho, etc.14
social, político e legal para elevar essas situações Essa temática tem raízes históricas e filosófi-
à esfera de ações do Estado, com novos enfoques cas importantes. No século XIX, tendo a expan-
no setor saúde, principalmente porque as áreas são europeia e a escravização dos povos africa-
hegemônicas não respondiam às necessidades da nos, americanos e asiáticos como pano de fundo,
classe trabalhadora. a filosofia de Hegel utiliza a dialética do senhor
O reconhecimento de eventos relativos à saú- -escravo como metáfora para explicar a consci-
de dos trabalhadores como problemas de saúde ência de si15,16. Segundo o filósofo, em sua “Feno-
pública tem sido um processo social, político e menologia do Espírito”, o escravo seria um “ser
institucional longo e contínuo que ainda perdu- para o outro”, ou seja, uma coisa entre o senhor e
ra, apesar dos avanços em sua institucionalização o objeto do seu desejo16.
no SUS. Da dialética hegeliana emergiu o pensamento
Da década de 1980 a 2000 muitas tentativas de Marx, pautado na análise das relações sociais
de institucionalização se seguiram e até mesmo de produção. O materialismo histórico-dialético
a criação da Rede Nacional de Atenção Integral demonstra a ruptura do sistema capitalista com
à Saúde do Trabalhador (Renast), em 2002, foi o escravismo clássico enquanto modo de orga-
uma estratégia para implementar práticas nos nização da sociedade. Uma das principais carac-
serviços de saúde que considerem o trabalho terísticas do capitalismo e sinal da superação do
como mediador do processo saúde-doença. escravismo seria a liberdade do trabalhador – li-
Atualmente o desafio está na implementação berdade de vender sua força de trabalho em troca
da PNSTT, requerida em 1986 pela sociedade ci- de um salário17. Esse trabalhador livre é também
vil e publicada somente em 2012. Ou seja, ape- livre dos meios de produção14, e assim a explo-
sar da existência de riscos e vulnerabilidades e ração nesse sistema ocorre a partir da extração
da gravidade de acidentes de trabalho, doenças de mais valia e alienação no processo de trabalho
ocupacionais e sofrimentos dos trabalhadores, e não mais por meio de encarceramentos físicos.
seu reconhecimento social como problema de Afirmar a manutenção da escravidão no seio do
saúde pública não é algo natural. No cotidiano capitalismo seria então um equívoco teórico.
dos serviços de saúde, eventos como esses são Não é incomum, entretanto, perceber alusões
deslegitimados pelas controvérsias em torno dos a uma escravidão contemporânea por meio das
3931
com os escravos, afinal, seu desgaste representa- mente, a atividade rural é caracterizada por rela-
va perdas financeiras para os donos. No V século ções de trabalho à margem das leis brasileiras, não
A.C., Platão já verificava diferenças existentes en- raro com a utilização de mão-de-obra escrava”25.
tre os cuidados médicos dispensados a escravos Na 13ª CNS também foi apontada a necessidade
e homens livres22, enquanto que no Brasil escra- de: “Estabelecer políticas (...) que previnam danos
vocrata existiam várias práticas médicas voltadas aos trabalhadores da área rural, que são submeti-
aos primeiros como especialidade da medicina dos a regimes de escravidão”26. E a PNSTT afirma
veterinária. expressamente o papel da vigilância no combate
Naqueles períodos os escravos eram susten- ao TE. Um dos objetivos da política é “fortalecer
tados pelos seus proprietários, e, atualmente, são a Vigilância em Saúde do Trabalhador e a integra-
tratados como descartáveis, sem coberturas de ção com os demais componentes da Vigilância em
direitos sociais e trabalhistas20, de forma que ao Saúde, o que pressupõe: (...) f) contribuição na
se acidentarem ou sofrerem de uma doença ocu- identificação e erradicação de situações análogas
pacional, são excluídos da produção e substituí- ao trabalho escravo”9.
dos, sem garantias de assistência. Alguns mapeamentos apresentam-se como
É importante frisar que o TE contemporâneo poderosos meios de caracterização desses proble-
envolve pessoas mais pobres e vulneráveis14. A mas e seu enfrentamento. O mapa dos conflitos
população alvo do TE no Brasil é predominante- ambientais no Brasil, por exemplo, demonstra
mente de homens jovens com média de 32 anos, conflitos socioambientais que envolvem TE na
cor preta/parda (80%) com renda de 1 a 2 salá- exploração de povos indígenas no Amazonas,
rios mínimos, mais provenientes das regiões nor- nos sistemas de precarização do trabalho de ma-
deste, norte e centro-oeste23. A maioria é analfa- risqueiros e pescadores artesanais no Ceará, no
beta funcional, com cerca de 3,8 anos de estudo e agronegócio da soja no Maranhão e Mato Gros-
início de vida profissional anterior aos 16 anos23. so, na expulsão de trabalhadores de suas terras
É uma parcela da sociedade submetida a padrões no Pará para a construção de estradas de ferro,
históricos de exclusão social e injustiças da for- na coação de agricultores em fazendas do Acre,
mação social brasileira. na escravidão por dívida para a produção da in-
Essa população sofre os efeitos da violência, dústria do fumo no Sul, na produção de cana em
maus tratos, humilhações e insalubridade dos Pernambuco e Rio de Janeiro, entre outros27. A
ambientes de trabalho, tem imagem de si bastan- ocorrência de TE em vários processos de produ-
te negativa e suas principais aspirações são ele- ção, portanto, é reconhecida pelo campo da saú-
mentos básicos: melhores moradias para a famí- de e mais passos precisam ser dados para com-
lia, trabalho e formação23. preender-intervir nessas situações.
Daí a importância de maiores investimentos
do setor saúde na compreensão e intervenção nas Saúde pública e trabalho escravo
condições dessa população, porque as relações contemporâneo no norte fluminense
sociais de produção capitalistas geram determi-
nantes e condicionantes de sua saúde que preci- No norte fluminense os casos de TE ocorrem
sam ser mais conhecidos. essencialmente no setor canavieiro. Esse processo
Certamente o SUS, especificamente no âm- produtivo apresenta dois principais problemas:
bito da saúde do trabalhador e saúde-ambiente as queimadas da cana que fazem chover fuligem
reconhece o problema do TE, mas faltam estra- por toda a cidade de Campos e as situações de
tégias direcionadas ao seu enfrentamento consi- TE. Trata-se de um padrão de exploração mar-
derando os determinantes da saúde dessa popu- cado pelo uso predatório do ambiente e do ser
lação e seus efeitos. humano, expressando tendências do modelo de
O manual de gestão da Renast, por exemplo, desenvolvimento capitalista neoliberal que agu-
reconhece que “As condições encontradas no tra- diza as desigualdades sociais, a precarização e os
balho rural, como, por exemplo, relações de tra- sofrimentos28,29.
balho à margem da legislação, ocorrência de mão- A investigação sobre as situações de trabalho
de-obra escrava e, (...), faz com que a população nesse setor revelou elementos determinantes da
que vive e/ou trabalha no campo encontre-se mais saúde dos trabalhadores e seus efeitos, similares
descoberta e vulnerável aos problemas de saúde àqueles informados pela literatura nacional e in-
relacionados ao trabalho”24. O problema não passa ternacional.
despercebido no Manual de doenças relacionadas O TE na região se manifesta nas más condi-
ao trabalho do Ministério da Saúde: “Tradicional- ções, endividamento e cerceamento da liberdade
3933
Apesar da ausência dessas ações específicas, a chegaram muitos ônibus de Alagoas e do Vale do
pesquisa no NF demonstrou o relevante e estra- Jequitinhonha, aí já tinham alagoanos, tinha tra-
tégico papel da saúde pública na identificação de balhador doente, tinha trabalhador com suspeita
casos de TE. Em Campos, uma investigação ini- de tuberculose, tinha trabalhador que estava com
ciada a partir da internação de trabalhadores em problema de coluna sério, e ficava no alojamento e
uma unidade de urgência e emergência deflagrou sem receber, sem nada.
a presença de TE em fazendas. Conforme Berger, Luckmann10 e Lenoir11 po-
Um grupo de doze homens fora internado de-se dizer que esses atores sociais locais desper-
com dores intestinais, ânsias de vômito e dores de tam a sociedade e as instituições para reconhe-
cabeça. Eram trabalhadores de uma usina de ca- cer e agir sobre o problema social. Aliás, para a
na-de-açúcar. Estavam infectados e profissionais PNSTT9, esse olhar e vigiar ativo da sociedade
buscaram compreender a relação entre o mal-es- civil organizada é elementar para a Visat. Esse
tar e as condições de trabalho. As investigações caso demonstra a importância das investigações
culminaram em articulações com o Ministério e informações produzidas pelos movimentos so-
Público e a Polícia e chegou-se à inspeção das ciais para ações participativas em Visat. O envol-
condições de habitação, higiene e trabalho cons- vimento de profissionais de vigilância epidemio-
tatando-se a má qualidade da água e dos barra- lógica, ambiental, sanitária com os movimentos
cões oferecidos, além dos baixos salários e a falta sociais é fundamental para ampliar a vigilância
de equipamentos de segurança coletivos e indivi- do TE.
duais. A busca de compreensão da relação entre a Nas ações da sociedade civil regional desta-
condição de saúde e de trabalho foi o gatilho para ca-se a estratégia de intervir na cadeia produtiva,
iniciar a ação intersetorial com foco na saúde dos pois as práticas do CPETE não se resumem a de-
trabalhadores. núncias. O comitê acessou um agente importante
O reconhecimento público do problema do na cadeia produtiva para convencê-lo a não com-
TE na região vem possibilitando maior atenção prar álcool de uma usina envolvida em TE e essas
a esses “eventos sentinelas” específicos. Assim, ações tiveram êxito em alguns momentos. Essa
entradas de trabalhadores do corte de cana aci- experiência mostra uma alternativa para intervir
dentados ou enrijecidos por câimbras em postos no TE, a partir da cadeia produtiva que possi-
de saúde e hospitais podem ser entendidas como bilita uma atuação extremamente relevante em
sinalizadores da presença de situações aviltantes. saúde. Mapear cadeias de produção pode revelar
Isso demonstra que uma unidade de saúde foi es- territórios da vulnerabilidade ao TE e gerar pla-
tratégica para identificar o TE e assim os serviços nejamentos estratégicos de ações de vigilância.
do SUS podem contribuir para descobrir casos e É importante destacar ainda o papel dos pró-
deslanchar ações intersetoriais de vigilância efeti- prios trabalhadores para modificar esse quadro.
vas e resolutivas. No NF, eles ocuparam um lugar histórico de rein-
Unidades da atenção básica, postos de urgên- vindicação e os órgãos da sociedade civil começa-
cia e emergência são portas abertas e, portanto, ram a se articular em função de suas demandas.
pontos de alerta ao TE, mas outras unidades e A criação do CPETE, inclusive, foi uma conse-
demais níveis de atenção têm potencial para co- quência da manifestação de migrantes na região.
laborar também na atenção integral aos traba- Apesar das imagens muitas vezes veiculadas do
lhadores conforme as particularidades de cada trabalhador escravizado como uma vítima passi-
região e são capazes de gerar ações de fiscalização va da exploração, em Campos, o que se observou
de processos de trabalho articuladas pela vigilân- foi sua indignação e protagonismo na transfor-
cia em saúde do trabalhador (Visat). mação da realidade social.
Tudo isso depende do reconhecimento e le-
gitimação10,11 dessas condições enquanto proble-
mas também do campo da saúde pública. Nesse Considerações finais
sentido, um ponto importante revelado na in-
vestigação foi exatamente o papel exercido pela O artigo demonstrou que o trabalho escravo
sociedade civil no reconhecimento público do contemporâneo se configura como problema de
TE e na mobilização de intervenções. Entidades saúde pública não apenas devido aos efeitos fí-
da sociedade têm lutas contínuas contra o TE, e, sicos e psíquicos da humilhação, violência e su-
na região, as ações levaram à criação do CPETE perexploração dos trabalhadores. A existência do
que faz uma vigilância constante dessas situa- TE evidencia contradições e complexidades cul-
ções. A gente fica de olho nesses alojamentos [...] turais, sociais, políticas e econômicas do Brasil e
3935
Referências
1. Fapesp. Brasil líder mundial em conhecimento e tecnolo- 19. La Boétie E. O discurso da servidão voluntária. São Pau-
gia de cana e etanol. São Paulo: Fapesp; 2007. lo: Martin Claret; 2009.
2. Phillips N, Sakamoto L. Global Production Networks, 20. Bales K. Disaposable people: new slavery in the global
Chronic Poverty and ‘Slave Labour’ in Brazil. Stud economy. Berkeley, Los Angeles: University of Califor-
Comp Int Dev 2012; 47:1-29. nia Press; 1999.
3. Galeano E. As veias abertas da América Latina. Buenos 21. Figueira RR, Prado AA. Trabalho Escravo por Dívida e
Aires: Siglo Veintiuno Editores; 2010. Condições Degradantes na Área de Saúde. Saúde e Di-
4. The Global Slavery index. What is modern slavery? reitos Humanos 2010; 6:57-70.
[acessado em 2015 jan 23]. Disponível em: http://mi- 22. Rosen G. A evolução da medicina social. In: Nunes ED,
gre.me/oyE0E organizador. Medicina Social: Aspectos históricos e teóri-
5. Reis T. Libertações por trabalho escravo na área urbana cos. São Paulo: Global; 1983. p. 25-82.
superam as do campo. G1. [acessado 2014 fev 17]. Dis- 23. Organização Internacional do Trabalho (OIT). Perfil
ponível em: http://migre.me/ou9Dj dos principais atores envolvidos no trabalho escravo rural
6. Brasil. Ministério do Trabalho (MT). Quadro geral das no Brasil. Brasília: OIT; 2011.
operações de fiscalização para erradicação do trabalho es- 24. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Rede nacional de
cravo – SIT/SRTE 1995 a 2012. [acessado em 2013 jun atenção integral à saúde do trabalhador: Manual de ges-
29]. Disponível em: http://migre.me/ou9t3 tão e gerenciamento. São Paulo: Hemeroteca Sindical
7. Free the slaves. Hidden slaves. Forced labor in the United Brasileira; 2006.
States. Berkeley: Human Rights Center University of 25. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Doenças relaciona-
California; 2004. das ao trabalho: manual de procedimentos para os ser-
8. Moura FAV, Leão LHC. Saúde pública e erradicação do viços de saúde. Brasília: Ed. Ministério da Saúde; 2001.
trabalho escravo em Mato Grosso. Est Cont Subjetivida- 26. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Conselho Nacional
de 2014; 4(2):213-226. de Saúde. Relatório Final da 13ª Conferência Nacional
9. Brasil. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Ins- de Saúde. Brasília: Ed. Ministério da Saúde; 2008.
titui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da 27. Laboratório de informação em saúde/Icict/Fiocruz.
Trabalhadora. Diário Oficial da União 2012; 24 ago. [homepage da internet]. Mapa de conflitos envolvendo
10. Berger P, Luckman T. A construção social da realidade. injustiça ambiental e saúde no Brasil. [acessado 2014
Petrópolis: Vozes; 2008. jun 17]. Disponível em: http://www.conflitoambiental.
11. Lenoir R. Objeto sociológico e problema social. In: icict.fiocruz.br/
Champagne P, Lenoir R, Merllié D, Pinto L. organiza- 28. Bourdieu P. Contrafogos. Táticas para enfrentar a inva-
dores. Iniciação à Prática sociológica. Petrópolis: Vozes; são neoliberal. Rio de Janeiro: Zahar; 1998.
2006. p. 59-106. 29. Sennett R. A cultura do novo capitalismo. Rio de Janeiro:
12. Costa JSD, Victora CG. O que é “um problema de saúde Record; 2006.
pública”?. Rev. bras. epidemiol 2006; 9(1):144-146. 30. Seligmann-Silva E. Trabalho e desgaste mental. O direito
13. Brown P, Zavestoski S. Social movements in health: an de ser dono de si mesmo. São Paulo: Cortez; 2011.
introduction. Sociol. Health Ill 2004; 26(6):679-694.
14. Martins JS. A escravidão nos dias de hoje e as ciladas da
interpretação. In: Comissão Pastoral da Terra. Trabalho
Escravo no Brasil Contemporâneo. São Paulo: Ed. Loyo-
la; 1999. p. 127-164.
15. Hardt M, Negri A. Império. Rio de Janeiro/São Paulo:
Ed. Record; 2005.
16. Hegel GWF. Fenomenologia do espírito. Petrópolis:
Vozes; 1992.
17. Marx K. Trabalho Assalariado e Capital. São Paulo: Glo-
bal Editora; 1987. Artigo apresentado em 02/03/2015
18. Hayek FAV. O caminho da servidão. São Paulo: Instituto Aprovado em 14/09/2015
Ludwig von Mises Brasil; 2010. Versão final apresentada em 16/09/2015