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NOVA VERSÃO I N T E R N A C I O N A L

FAÇA UMA J O R N A D A VISUAL


ATRAVÉS DA V I D A E D O S
TEMPOS BÍBLICOS
INTRODUÇÃO

AUTOR, LUGAR E DATA DE ESCRITA


Há vários líderes cristãos chamados Tiago no NT. O autor desta carta, portanto, pode ter sido qualquer um deles. Mas Tiago, filho de Zebe-
deu e irmão de João, é um candidato improvável, uma vez que morreu por volta de 44 d.C. (At 12.2), sem dúvida muito antes da redação da
epístola. A maioria dos intérpretes afirma que Tiago, meio-irmão de Jesus, é o autor. Contra isso, alguns argumentam que, por ser filho de
um carpinteiro galileu e ter como primeiro idioma o aramaico, o irmão do Senhor não poderia ter dominado a língua grega. Entretanto, à luz
da ampla aceitação da liderança de Tiago em Jerusalém, parece razoável supor que ele era capaz de falar articuladamente a uma grande
diversificada comunidade judaico-cristã do século I d.C.
Alguns especialistas datam a carta de Tiago do início da década de 60, enquanto outros acreditam que foi escrita mais cedo, talvez por
volta de 50 d.C. A distinta natureza judaica da carta, a ordem simples da igreja descrita, o uso do termo grego para synagogue e a ausência
do assunto da circuncisão dos gentios parecem apontar para uma data anterior. É provável que a carta tenha sido escrita em Jerusalém.

DESTINATÁRIO
A carta é desprovida de qualquer referência pessoal ou saudação a indivíduos e é endereçada às “doze tribos” da Diáspora (1.1). Embora a
expressão possa ser lida metaforicamente como referência à Igreja (gentílica), muitos imaginam que Tiago pretendia que sua carta circu­
lasse entre os cristãos judeus por todo o mundo romano.

FATOS CULTURAIS E DESTAQUES


0 objetivo de Tiago é encorajar seus leitores, que foram não apenas dispersos (ver At 11.19), mas eram também muito pobres e oprimidos
(Tg 2.6; 5.1 -6). A carta apresenta forte tom moral e está repleta de exortações aos leitores, para que vivam de maneira piedosa e justa.

LINHA DO T E M P O

10 a.c . d.c . 1 10 20 30

Nascimento de Jesus (ca. 6/5 a.C.)

Morte, ressurreição e ascensão de Jesus (ca. 30 d.C.)

Conversão de Paulo (ca. 35 d.C.)

Redação da carta de Tiago (ca. 40-50 d.C.)

Concilio de Jerusalém (ca. 50-51 d.C.)

Reinado de Nero (ca. 54-68 d.C.)

Morte de Tiago (ca. 62 d.C.)

Destruição do templo de Jerusalém (ca. 70 d.C.)

ENQUANTO VOCÊ LÊ
Observe os diversos grupos aos quais Tiago se dirige e suas instruções a cada um deles. Identifique sua ênfase no cristianismo vital
caracterizado por boas obras e por uma fé que age. Compare as ordenanças de Tiago com os ensinamentos de Jesus no Sermão do Monte
(e.g., cp. Tg 2.5 com Mt 5.3; Tg 3.1-12 com M t 7.15-20; Tg 3.18 com M t 5.9; Tg 5.2,3 com M t 6.19,20; Tg 5.12 com M t 5.33-37)»Leve a
sério o ensinamento sensato de Tiago sobre a língua.
IN T R O D U Ç Ã O A TIAGO 2001

VOCE SABIA?
• A palavra grega traduzida por “coroa” era o termo comum para designar a grinalda colocada na cabeça do atleta ou do líder militar
vitorioso (1.12).
• “Há um só Deus” é uma declaração monoteísta que reflete o conhecido credo judaico chamado Shema (2.19).
• Como saudação ou bênção comum, a palavra shalom expressava o desejo de prosperidade, saúde física, salvação e relacionamentos
harmoniosos (3.18).
• No mundo antigo, propriedades rurais e suas produções eram fonte de riqueza. O proprietário de terras, na cultura de Tiago era, por
definição, um explorador dos pobres (5.1-6).

TEMAS
A carta de Tiago contém os seguintes temas:
1. Fé genuína. A declaração de Tiago de que “uma pessoa é justificada por obras, não apenas pela fé” não contradiz os ensinamentos de
Paulo, segundo os quais a salvação está baseada somente na fé (ver Gl 3.6-14). A “fé” que reconhece que Deus existe, mas não confia nele
nem se manifesta por meio de uma vida transformada não é fé de verdade.
2. As boas obras. “Obras”, em Tiago, é outro termo para “fruto” — ações do amor cristão que inevitavelmente acompanham a fé genuína.
3. Genuína sabedoria. Tiago apresenta dois tipos de sabedoria. A falsa sabedoria produz inveja e ambição egoísta (3.14), enquanto a
genuína sabedoria resulta em humildade, atos de misericórdia e conduta justa (3.13). A sabedoria ajuda os cristãos a controlar o que falam
(3.1 -12) e promove a paz, o respeito, a submissão, a misericórdia, as boas obras, a imparcialidade e a sinceridade (3.17).

SUMARIO
I. Saudação (1.1)
II. Provas e tentações (1 .2 -1 8 )
A. Encarando as provas e as tentações (1.2-12)
B. Deus como o doador de boas dádivas, não como tentador (1.13-18)
III. Ouvindo e fazendo (1.19-27)
IV. 0 favoritismo é proibido (2.1-13)
V. Fé e obras (2.14-26)
VI. Domando a língua (3.1-12)
VII. Dois tipos de sabedoria (3.13-18)
VIII. Advertências contra o mundanismo (4.1— 5.6)
A. Egoísmo (4.1-3)
B. Amizade com o mundo (4.4)
C. Orgulho (4.5-10)
D. Calúnia (4.11,12)
E. Jactância (4.13-17)
F. Egoísmo (5.1-6)
IX. Exortações diversas (5.7-20)
2002 T I A G O 1.1

^ Tiago,3 servofl de Deusb e do Senhor Jesus Cristo, 1.1 *At 15.13;


bTt 1.1 ; cAt 26.7;
às doze tribos0 dispersasd entre as nações: dDt 32.26; Jo 7.35;
1Pe 1.1

Saudações.

Provas e Tentações
2 Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações,e 1.2 «Mt 5.12;
1Pe 1.6
3 pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança.4 E a perseverança deve ter ação com­
pleta, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem que falte a vocês coisa alguma. 5 Se algum 13 »1Rs 3.9,10;
Pv 2.3-6; m .7.7
de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus,f que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será
concedida.9 6 Peça-a, porém, com fé, sem duvidar,h pois aquele que duvida é semelhante à onda do 1£hM di.24
mar, levada e agitada pelo vento.7 Não pense tal pessoa que receberá coisa alguma do Senhor,8 pois 1^Tg4.8
tem mente dividida' e é instável em tudo o que faz.
9 O irmão de condição humilde deve orgulhar-se quando estiver em elevada posição.10 E o rico 1.10»1Co 7.31;
1Pe 1.24
deve orgulhar-se caso passe a viver em condição humilde, porque o rico passará como a flor do campo J
11 Pois o sol se levanta, traz o calor e seca a planta;k cai então a sua flor, e a sua beleza é destruída.1 1.11 *S1102.4,11;
'Is 40.6-8
Da mesma forma o rico murchará em meio aos seus afazeres.
12 Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da 1.12 ">1Co 9.25;
nTg 2.5
vida,mque Deus prometeu aos que o amam.n
13 Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: “Estou sendo tentado por Deus”. Pois Deus
não pode ser tentado pelo mal e a ninguém te n ta .14 Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau
desejo, sendo por este arrastado e seduzido.15 Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado,0 1.15 °Jó 15.35; SI
7.14; PRm6.23
e o pecado, após ser consumado, gera a morte.P
16 Meus amados irmãos,^ não se deixem enganar/17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm1.16 H Co 6.9;
^.19
do alto,s descendo do Pai das luzes, que não muda1como sombras inconstantes.18 Por sua decisão ele 1.17 sJo 3.27;
nos gerouupela palavra da verdade, a fim de sermos como os primeiros frutosvde tudo o que ele criou. «N m23.19; Ml 3.6
1.18 uJo 1.13;
"Et 1.12; Ap 14.4
Praticando a Palavra
19 Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falarw
e tardios para irar-se,20 pois a ira do homem não produz a justiça de Deus.21 Portanto, livrem-sex 1.21 *Ef 4.22;
YEf1.13
de toda impureza moral e da maldade que prevalece e aceitem humildemente a palavra implantada
em vocês,v a qual é poderosa para salvá-los.
22 Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando vocês mesmos.23 Aquele que
ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho
24 e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência.25 Mas o homem que observa 1.25 zTg 2.12;
aJo 13.17
atentamente a lei perfeita, que traz a liberdade,2 e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que
ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer.3
1.1 Isto é, escravo.

1.1 O autor apresenta-se como “Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus sua pátria celestial. Os primeiros cristãos consideravam-se o verdadeiro
Cristo”. O N T menciona cinco homens chamados Tiago, mas a tradição Israel (G1 6.16), a verdadeira circuncisão (Fp 3.3) e a descendência de
atribui a autoria desta carta ao irmão do Senhor, que aparentemente foi Abraão (Rm 4.16; G13.29). Portanto, não seria surpresa se eles também
favorecido com uma aparição especial do Cristo ressuscitado (IC o 15.7) se imaginassem como “as doze tribos”. Não podemos, entretanto, estar
e, desde data muito antiga, exercia a liderança na igreja de Jerusalém certos do sentido pretendido por Tiago.
(At 12.17; G11.19). Paulo cita-o como primeiro das três colunas da igreja, 1.2 Sobre os “irmãos”, ver nota em Rm 1.13.
a quem ele viu na segunda visita que fez à cidade depois de sua conversão 1.12 A palavra grega traduzida por “coroa” era o termo comum para
(G1 2.9). Em At 15, Tiago é descrito como o líder e principal porta-voz designar a grinalda colocada na cabeça do adeta ou do líder militar vito­
do concilio apostólico. Tudo que se sabe dele é que era alguém estimado rioso. Para informações sobre os Jogos ístmicos, ver nota em 1Co 9.24-27.
não apenas pelos cristãos, mas também pelos judeus. De acordo com 1.14 As palavras “arrastado” e “seduzido” estavam ligadas aos métodos
Josefo, Tiago foi levado à morte pelo sumo sacerdote durante o período de caça. Aqui, metaforicamente, descrevem como os desejos malignos
entre a morte de Festo e a chegada de seu sucessor, Albino, em 62 d.C. operam.
(ver nota sobre Tiago em At 21.18). 1.18 Assim como o primeiro molho (“primícias”) era sinal de que toda
Sobre os nomes pelos quais os primeiros cristãos eram conhecidos (aqui a colheita vingaria, os primeiros cristãos eram sinal de que muitos acaba­
“servo[s]”), ver nota em lPe 4.16. riam aderindo à fé cristã.
Tiago escreve sua carta às “doze tribos dispersas entre as nações”. Essa 1.23,24 Qualquer superfície lisa ou polida que refletisse imagens poderia
expressão ambígua, de modo concebível, pode ser interpretada de vários ser usada como espelho. Os espelhos das serviçais eram feitos de latão,
modos. 1) Os judeus da Diáspora em geral, que estavam vivendo por por isso foram usados para fazer bacias (Êx 38.8). De modo semelhante,
todo o mundo mediterrâneo fora da Palestina. Esse sentido está descar­ Eliú, em Jó 37.18, compara o céu a um “espelho de bronze”. Paulo men­
tado, pois o escritor endereça a carta aos cristãos. 2) Os judeus cristãos ciona a imperfeição dos espelhos antigos em IC o 13.12.
da Diáspora. 3) A Igreja como o novo povo de Deus, que vive longe de
T I A G O 3. 2 2003

1.26*5134.13; 26 Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo.b Sua
1Pe 3.10
1.27 cMt 25.36; religião não tem valor algum! 27 A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é
«Is 1.17,23;
eRm 12.2 esta: cuidar0 dos órfãos e das viúvasd em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo.e

Proibida a Acepção de Pessoas

2 Meus irmãos, como crentes em nosso gloriosof Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as
2.1 f1Co 2.8;
bLv 19.15
pessoas, tratando-as com parcialidade.92 Suponham que, na reunião de vocês, entre um homem
com anel de ouro e roupas finas e também entre um pobre com roupas velhas e sujas.3 Se vocês de­
rem atenção especial ao homem que está vestido com roupas finas e disserem: “Aqui está um lugar
apropriado para o senhor”, mas disserem ao pobre: “Você, fique em pé ali”, ou: “Sente-se no chão,
junto ao estrado onde ponho os meus pés”, 4 não estarão fazendo discriminação, fazendo julgamentosh
com critérios errados?
2.5 Tg 1.16,19; 5 Ouçam, meus amados irmãos:' Não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundoi para
i1Co 1.26-28;
1c 12.21; Tg serem ricos em féke herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam?16 Mas vocês têm despreza­
_ 1.12
2.6 m1Co 11.22; do o pobre.mNão são os ricos que oprimem vocês? Não são eles os que os arrastam para os tribunais?0
"At 8.3 7 Não são eles que difamam o bom nome que sobre vocês foi invocado?
2.8 oLv 19.18 8 Se vocês de fato obedecerem à lei do Reino encontrada na Escritura que diz: “Ame o seu próximo0
2.9 pv. 1; qDt 1.17 como a si mesmo”*, estarão agindo corretamente. 9 Mas, se tratarem os outros com parcialidade,P
2.10 rMt 5.19; estarão cometendo pecado e serão condenados pela Lei como transgressores.^10 Pois quem obedece
Gl 3.10
2.11 sÊx 20.14; a toda a Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente/11 Pois
Dt 5.18; *Êx20.13; aquele que disse: “Não adulterarás”^ também disse: “Não matarás”c.í Se você não comete adultério
Dt5.17
mas comete assassinato, torna-se transgressor da Lei.
2.12 “Tg 1.25 12 Falem e ajam como quem vai ser julgado pela lei da liberdade;u 13 porque será exercido juízo sem
2.13 Wt 5.7;
18.32-35 misericórdia sobre quem não foi misericordioso.v A misericórdia triunfa sobre o juízo!

Fé e Obras
2.14 "Mt 7.26; 14 De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras?w Acaso a fé pode
Tg 1.22-25
2.15 *Mt 25.35,36 salvá-lo?15 Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada diax 16 e um
2.16 v1Jo 3.17,18
de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se”, sem porém lhe dar nada,
de que adianta isso?v17 Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.
2.18 zRm 3.28; 18 Mas alguém dirá: “Você tem fé; eu tenho obras”.
aTg3.13
2.19 bDt 6.4; Mostre-me a sua fé sem obras,2 e eu mostrarei a minha fé pelas obras.3 19 Você crê que existe um
cMt 8.29; Lc 4.34
só Deus?b Muito bem! Até mesmo os demônios creem0 — e tremem!
2.20 «v. 17,26 20 Insensato! Quer certificar-se de que a fé sem obras é in ú til^ 21 Não foi Abraão, nosso antepas­
2.21 eGn 22.9,12
2.22 <Hb 11.17; sado, justificado por obras, quando ofereceu seu filho Isaque sobre o altar?e 22 Você pode ver que tanto
91TS1.3
2.23 hGn 15.6; a fé como as obras estavam atuando juntas/ e a fé foi aperfeiçoada pelas obras.9 23 Cumpriu-se assim
Rm 4.3; <2Cr20.7; a Escritura que diz: “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça”*,h e ele foi chamado
Is 41.8
amigo de Deus.'24 Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé.
2.25 iHb 11.31 25 Caso semelhante é o de Raabe, a prostituta: não foi ela justificada pelas obras, quando acolheu
2.26 kv. 17,20 os espias e os fez sair por outro caminho?i26 Assim como o corpo sem espírito está morto, também a
fé sem obras está morta.k

O Domínio sobre a Língua


Meus irmãos, não sejam muitos de vocês mestres, pois vocês sabem que nós, os que ensinamos,
3.2 '1Rs 8.46;
Tg 2.10;
"1 Pe 3.10;
"Mt 12.37;
3 seremos julgados com maior rigor.2 Todos tropeçamos1de muitas maneiras. Se alguém não tropeça
no falar,mtal homem é perfeito,0 sendo também capaz de dominar todo o seu corpo.0
°Tg 1.26 « 2 .8 Lv 19.18.
b 2 .1 1 Êx 20.14; Dt 5.18.
f 2 .1 1 Êx 20.13; Dt 5.17.
d 2 .2 0 Vários manuscritos antigos dizem morta.
' 2 .2 3 Gn 15.6.

1.26.27 Threskeia (“religioso”), no N T, refere-se aos atos externos da Para mais informações sobre “roupas” ver “Vestuário e moda no mundo
religiáo e ao conteúdo da fé. Tiago, aqui, faz uma distinção entre o fingi­ greco-romano”, em T g 3.
mento e a realidade da expressão religiosa. 2.19 “Há um só Deus” é uma declaração monoteísta que reflete o conhe­
1.27 Ver “O cuidado com as viúvas e os órfãos na Bíblia e no antigo cido credo judaico chamado Shema (ver notas em D t 6.4-9; Mc 12.29).
Oriente Médio”, em D t 24. 2.25 Ver “Prostituição no mundo antigo”, em Dt 23.
2.2 O termo grego traduzido por “reunião” é a origem da palavra
“sinagoga” (ver notas em Mc 1.21; Lc 21.12; ver também “Sinagogas
antigas”, em At 9).
4 T I A G O 3. 3

TIAGO 3 No mundo greco-romano, o vestuário encaixava-se basica­ estampas e a coloração, assim como o tamanho,
mente em duas categorias: a túnica e o manto. A túnica era semelhan­ realmente distinguiam o himácio masculino
te à moderna camiseta, porém muito mais longa (chegava ao joelho do feminino. 0 himácio feminino era geral­
ou ao tornozelo), feita de lã ou de linho, com ou sem mangas. Na mente pregueado e podia ser usado em
terminologia antiga, "entrava-se" na túnica para vesti-la. 0 manto, uma ampla variedade de estilos (sobre
parecido com um grande cobertor, era enrolado na pessoa. o ombro, como capa, como capuz
A túnica (chiton) era o artigo básico do vestuário para quase todas ou diagonalmente sobre a parte
as pessoas, como uma roupa íntima de linho vestida sobre a pele. Por superior do corpo).
ser o único item de vestuário que os pobres podiam adquirir, a túnica 0 peplo era um retângulo grande
estava quase sempre suja. de tecido, diferente do himácio por seu
tamanho e forma em que era dobrado:
•f* 0 romano comum adicionava um cinto e a abolia, manto de lã 0 peplo apresentava uma dobra superior
retangular usado em dobra dupla sobre o ombro direito e preso com em forma de bainha chamada apotygma.
um alfinete. 0 peplo feminino costumava ter o com­
+ Os homens da classe alta usavam uma segunda primento da distância dos ombros
roupa íntima sobre a túnica, em adição ao cinto. até os pés, mais uns 30 centímetros de
❖ Os romanos prósperos vestiam a conhecida apotygma. Essa dobra era feita na altura
toga, manto de lã oval (ou semicircular) e longo, dos ombros e cobria para fora e para baixo
disposto sobre o corpo numa série de complicadas a parte superior do corpo. Também podia
dobras. Apesar de a toga ter se originado entre fazer as vezes de capuz como um sinal de
os romanos, logo alcançou aceitação pelos modéstia quando a mulher estivesse
cidadãos abastados de todo o império e se caminhando na rua ou participando
manteve como o vestuário formal padrão de alguma cerimônia religiosa
dos cidadãos romanos até o final do período (cf. 1Co11.6).2

As roupas eram dispostas sobre 0 corpo, em vez de ajustadas a ele.


❖ Entre os vestuários alternativos para os
De fato, esse efeito é parte do ideal clássico de dignidade e serenidade.
homens da classe alta, havia o himácio,
À noite, a roupa (especialmente 0 manto) podia servir de cobertor. As
manto de estilo grego, mais popular na par­
sandálias de couro eram 0 padrão de calçados para todas as classes
te ocidental do império, e a dâmide, manto
sociais.
de lã curto (como uma capa), geralmente
Na escultura antiga, as pessoas geralmente vestiam apenas um
usado pelos soldados.
manto (ou nada). Mas isso reflete 0 ideal clássico de beleza, não 0
• r As mulheres da classe baixa usavam
vestuário comum. De feto, as pessoas quase sempre usavam uma tú­
apenas uma túnica até os tornozelos, fran­
nica sob 0 manto, e os homens vestiam tangas como roupas íntimas
zida por um cinto na altura do abdômen,
também. Uma cena de Pompeia3 retrata duas atletas vestindo rou­
enquanto as mulheres das classes mais
pas similares ao moderno conjunto de banho de duas peças, sugerindo
altas adicionavam um manto — um
que as mulheres de posses tinham à disposição uma variedade bem
himácio ou um peplo — sobre a túnica.
maior de roupas íntimas e roupas de cima.
Esses vestuários eram mantidos no lugar
As mulheres romanas de classe alta ostentavam cortes de cabelos
por fíbulas, espécie de "alfinetes de segu­
exóticos, sempre com uma excêntrica mostra de cachos. Tingir 0 ca­
rança" também usados como adorno.
belo e usar cosméticos caros eram hábitos comuns entre as mulheres
*J* 0 himácio usado pelas mulheres era me­
(cf. IPe 3.3), que também usavam tiaras decoradas, alfinetes e redes
nor que o dos homens. Era, às vezes, tingido de
nos cabelos. 0 uso de anéis e outras joias por homens e por mulheres
contribuía para a exibição de riqueza. Tiago adverte seus leitores a não
apesar de a coloração e a estampa serem
serem tão fascinados pela elegância dos cristãos ricos em detrimento
simples, para os padrões modernos. Mas as
da atenção aos irmãos em Cristo menos afortunados.4

Acima: cariátide (estátua de mulher usada como coluna) da era romana que
ilustra o uso do manto sobre a túnica. À direita: estátua romana em mármore 'Ver o Glossário na p. 2080 para as definições das palavras em negrito.
zVer “ 0 papel da mulher na vida religiosa no mundo greco-romano", em 'Co 14.
de Cleópatra (observe a dobra superior — apotygma — da roupa)
JVer "Pompeia", em Rm 13. '•Conferir "Antigas roupas e joias israelitas", em is 3.
Preserving Bible Times; © dr. James C Martin; usado com permissão do Museu Arqueológico de Istambul
T I A G O 3.18 2005

3 Quando colocamos freios na boca dos cavalos para que eles nos obedeçam, podemos controlar o
animal todo.P 4 Tomem também como exemplo os navios; embora sejam tão grandes e impelidos por
3.5 <312.3,4 fortes ventos, são dirigidos por um leme muito pequeno, conforme a vontade do piloto.5 Semelhan­
temente, a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas.1!Vejam como
3.6 'Pv 16.27; um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha.6 Assim também, a língua é um fogo;r é um
sMt 15.11,18,19
mundo de iniqüidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro,s
incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno.
7 Toda espécie de animais, aves, répteis e criaturas do mar doma-se e tem sido domada pela espé­
3.8 «1140.3; cie humana;8 a língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno
Rm 3.13
mortífero.*
3.9 »Gn 1.26,27; 9 Com a língua bendizemos o Senhor e Pai e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança
1Co 11.7
de Deus.u 10 Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim!11 Acaso
3.12*7.16 podem sair água doce e água amarga da mesma fonte?12 Meus irmãos, pode uma figueira produzir
azeitonas ou uma videira figos?v Da mesma forma, uma fonte de água salgada não pode produzir
água doce.

Os Dois Tipos de Sabedoria


3.13»Tg2.18 13 Quem é sábio e tem entendimento entre vocês? Que o demonstrewpor seu bom procedimento,
3.14 >v. 16; mediante obras praticadas com a humildade que provém da sabedoria.14 Contudo, se vocês abrigam
»Tg5.19
3.15 zTg 1.17; no coração inveja amarga e ambição egoísta,* não se gloriem disso nem neguem a verdadeJ 15 Esse
a1Tm 4.1
tipo de “sabedoria” não vem dos céus,z mas é terrena; não é espiritual, mas é demoníaca.3 16 Pois onde
há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males.
3.17 b1Co 2.6; 17 Mas a sabedoria que vem do altob é antes de tudo pura; depois, pacífica, amável, compreensiva,
'Lc 6.36; «Rm 12.9
3.18*Pv11.18; cheia de misericórdia0 e de bons frutos, imparcial e sincera.d 18 O fruto da justiça semeia-se em paz
Is 32.17
para11os pacificadores.6
" 3 .1 8 Ou pelos pacificadores.

3 .5 Ver “Ética da linguagem”, em Tg 3. Como saudação ou bênção comum, expressava o desejo de prosperi­
3 .6 Para mais informações sobre o “inferno”, ver nota em Mt 5.22. dade, saúde física, salvação e relacionamentos harmoniosos.
3 .1 8 Ao incentivar seus leitores a “semear em paz”, Tiago reproduz
o conceito de shalom, um estado de totalidade, saúde e perfeição.

TIAGO 3 As orientações de Tiago sobre a de casar as palavras com as ações (1.22). mundo antigo. Em primeiro lugar, somos
ética da linguagem, embora arraigadas no 0 romano Cícero também afirmava esse lembrados de que a Bíblia não reivindica a
AT e nos ensinamentos de Jesus, também ideal. A proibição absoluta dos juramentos instituição de novos padrões morais. A mo­
estavam em harmonia como as convenções (5.12; cf. Mt 5.33-37) era um diferencial ralidade que ela proclama é, na maior parte,
sociais do mundo antigo. A comparação da cristão, porém mesmo aqui os escritores antiga e universal. Em segundo lugar, os
língua com o leme de um navio (Tg 3.4), por greco-romanos concordavam que o caráter paralelos demonstram que os textos bíbli­
exemplo, era conhecida havia gerações, feita da pessoa deveria ser irrepreensível a ponto cos afirmam o que era bom e verdadeiro na
pelo antigo sábio egípcio Amenem ope.1 de os juramentos não serem estritamente cultura em torno dos escritores e de seus ou­
A imagem da língua como fogo destruidor necessários (ideias expressas pelos escritores vintes. Os autores bíblicos não se viam como
(v. 6) encontra paralelos na literatura hele- clássicos Epiteto e Diógenes Laércio).2 opositores sistemáticos das normas sociais
nística (e.g., nos escritos de Sêneca e Plutarco). É importante perceber que esses padrões de sua época (ver Fp 4.8).
0 mesmo pode ser dito da importância de de comportamento cristão encontram pa­
ser tardio para falar (1.19) e da necessidade ralelos na melhor literatura sobre ética do
1Ver "A Doutrina de Amenemope", em Pv 22. 2Ver também "0 juramento na prática judaica e cristã", em Hb 6.
2006 T I A G O 4. 1

A Submissão a Deus

4 De onde vêm as guerras e contendas* que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam^ 4.1 m 3.9;
dentro de vocês"?2 Vocês cobiçam coisas, mas não as têm; matam e invejam, mas não conseguem aRm7.23
obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem. 3 Quando 4.3 "S118.41;
'1J0 3.22; 5.14
pedem, não recebem,11pois pedem por motivos errados,' para gastar em seus prazeres.
4 Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundoi é inimizade com Deus?k Quem quer4.4 iTg 1.27;
ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus.15 Ou vocês acham que é sem razão que a Escritura diz Mo 2.15; 'Jo 15.19
que o Espírito que ele fez habitar em nós tem fortes ciúmes?116 Mas ele nos concede graça maior. 4.6 "S1138.6;
Por isso diz a Escritura: Pv 3.34; Mt 23.12

“Deus se opõe aos orgulhosos,


mas concede graça aos humildes”c.m
7 Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo," e ele fugirá de vocês. 8 Aproximem-se de 4.7 «Ef 4.27;
1Pe 5.6-9
Deus, e ele se aproximará de vocês!0 Pecadores, limpem as mãos.P e vocês, que têm a mente dividida,1Q 4.8 °2Cr 15.2;
purifiquem o coração.9 Entristeçam-se, lamentem-se e chorem. Troquem o riso por lamento e a ale­ Pis 1.16; ‘iTg 1.8
4.91_c 6.25
gria por tristeza/10 Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará.
11 Irmãos, não falem mal uns dos outros.s Quem fala contra o seu irmão ou julga o seu irmão1 fala4.11 slPe 2.1;
«Mt 7.1; ”Tg 1.22
contra a Lei e a julga. Quando você julga a Lei, não a está cumprindo,u mas está agindo como juiz.
12 Há apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir.v Mas quem é você para julgar o 4.12«Mt10.28;
»Rm14.4
seu próximo?™

A Incerteza dos Planos Hum anos


13 Ouçam agora, vocês que dizem: “Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passare­
mos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro”.* 14 Vocês nem sabem o que acontecerá 4.14»JÓ7.7;SI
102.3
amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se
dissipa.v15 Em vez disso, deveriam dizer: “Se o Senhor quiser,2 viveremos e faremos isto ou aquilo”. 4.15'At 18.21
16 Agora, porém, vocês se vangloriam das suas pretensões. Toda vangloria como essa é maligna.3 4.16 '100 5.6
17 Portanto, pensem nisto: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz comete pecado.b 4.17 »Lc 12.47;
Jo 9.41

Advertência aos Ricos Opressores

5 Ouçam agora vocês, ricos!c Chorem e lamentem-se, tendo em vista a desgraça que virá sobre vocês.
2 A riqueza de vocês apodreceu, e as traças corroeram as suas roupas.d 3 O ouro e a prata de vo­
cês enferrujaram, e a ferrugem deles testemunhará contra vocês e como fogo devorará a sua carne. Vocês
5.2 ajó 13.28;
Mt 6.19,20
5.3 "V. 7,8
acumularam bens nestes últimos dias.e 4 Vejam, o salário dos trabalhadoresf que ceifaram os seus 5.4 I V 19.13;
sDt 24.15;
campos, e que vocês retiveram com fraude, está clamando contra vocês. O lamentos dos ceifeiros hRm 9.29
chegou aos ouvidos do Senhor dos Exércitos.h 5 Vocês viveram luxuosamente na terra, desfrutando 5 .5 'Am 6.1;
Ur 12.3; 25.34
prazeres, e fartaram-se de comida' em dia de abate^j6 Vocês têm condenado e matado o justo,k sem 5.6 *Hb 10.38
que ele ofereça resistência.

Paciência nos Sofrimentos


7 Portanto, irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor aguarda que 5 .7 'Dt 11.14;
Jr 5.24
a terra produza a preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e da
primavera.18 Sejam também pacientes e fortaleçam o seu coração, pois a vinda do Senhor está próxima."1 5.8 mRm 13.11;
1Pe 4.7
9 Irmãos," não se queixem uns dos outros, para que não sejam julgados. O Juiz0 já está às portas!P 5.9 "Tg 4.11;
o1Co 4.5; 1Pe 4.5;
10 Irmãos, tenham os profetas^ que falaram em nome do Senhor como exemplo de paciência diante PMt 24.33
5.10 5.12
a 4 .1 Grego: nos seus membros.
b 4 .5 Ou que Deus temfortes ciúmes pelo espírito que elefez habitar em nós?; ou ainda que o Espírito que elefez habitar em
nós nos ama zelosamente?
c 4 .6 Pv 3.34 (segundo a Septuaginta).
d 5 .5 Ou como em dia de festa.

4.8 Antes de se aproximarem de Deus no tabernáculo, os sacerdotes do indevido da riqueza. No mundo antigo, propriedades rurais e suas pro­
AT tinham de lavar as mãos e os pés na bacia de bronze, como sinal duções eram fontes de riqueza. O proprietário de terras, na cultura de
de purificação espiritual (ver Êx 30.17-21; ver também “Banho”, em Tiago, era, por definição, um explorador dos pobres.
2Sm 11). 5.6 A injustiça mencionada aqui provavelmente ocorria porque os ricos
4.9 Ver “Pano de saco e cinzas: rituais de lamentação”, em SI 30. e poderosos controlavam os tribunais.
4.13-17 Tiago se dirige a alguns mercadores que faziam parte da igreja. 5.7 Em Israel, as chuvas de outono ocorrem em outubro e novembro,
Ele não está questionando o fato de alguém ganhar dinheiro, e sim con­ pouco depois de semeados os grãos, e as chuvas da primavera ocorrem
denando a atitude arrogante deles. em março e em abril, imediatamente antes da colheita.
5.1-6 Esses versículos, semelhantes às declarações de juízo do AT contra
as nações pagãs, são dirigidos aos ricos donos de terras e tratam do uso
T I A G O 5.20

5.11 fMt 5.10; do sofrimento.11 Como vocês sabem, nós consideramos felizesr aqueles que mostraram perseverança.
Mó 1.21,22; 2.10;
Uó 42.10,12-17; Vocês ouviram falar sobre a perseverança de Jós e viram o fim que o Senhor lhe proporcionou.1
uNm 14.18
O Senhor é cheio de compaixão e misericórdia.u
5.12 vMt 5.34-37 12 Sobretudo, meus irmãos, não jurem, nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outra
coisa. Seja o sim de vocês, sim, e o não, não, para que não caiam em condenação.v

A Oração da F é
5.13 «SI 50.15; 13 Entre vocês há alguém que está sofrendo? Que ele ore.w Há alguém que se sente feliz? Que ele
*CI 3.16
5.14 vMc 6.13 cante louvores.x 14 Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da
igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo,v em nome do Senhor.15 A oração feita com fé
5.16 *Mt 3.6; curará o doente; o Senhor o levantará. E, se houver cometido pecados, ele será perdoado.16 Portanto,
a1Pe 2.24;
bJo 9.31 confessem os seus pecados2 uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados.3 A oração de
um justo é poderosa e eficaz.b
5.17 cAt 14.15; 17 Elias era humano como nós.c Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu
d1Rs 17.1; Lc 4.25
5.18*1 Rs 18.41- sobre a terra durante três anos e meio.d 18 Orou outra vez, e os céus enviaram chuva, e a terra produziu
45
os seus frutos.e
5.19 Tg 3.14; 19 Meus irmãos, se algum de vocês se desviar da verdade1e alguém o trouxer de volta,9 20 lembrem-
flMt 18.15
5.20 hRm 11.14; -se disto: Quem converte um pecador do erro do seu caminho salvaráha vida dessa pessoa e fará que
'1Pe4.8
muitíssimos pecados sejam perdoados*.'
a 5 . 2 0 G reg o; cobrirá muitos pecados.

5.12 Ver “O juramento na prática judaica e cristã”, em Hb 6. no mundo antigo”, em Lc 4; e “Perfumes e óleos de unção”, em Jo 12).
5.13 Ver “Hinódia cristã primitiva”, em Tg 5. Alguns acreditam que Tiago está usando o termo médico nessa passa­
5.14 Para mais informações sobre os “anciãos”, ver nota em lT m 3.1-7; gem, enquanto outros acreditam que se trate de um auxílio à fé.
sobre a “igreja”, ver nota em Mt 16.18. 5.19 Sobre os “irmãos”, ver nota em Rm 1.13.
Mencionado por Filo, por Plínio e pelo médico Galeno, o óleo era um
dos mais conhecidos medicamentos antigos (ver “Doenças e medicamentos

NOTAS HISTÓRICAS E CULTURAIS

Hinódia cristã primitiva


TIAGO 5 Plínio, o Jovem, na famosa carta enviada ao primitivos fossem bastante influenciados
imperador Trajano, por volta de 110 d.C. (Epístola, pelos cânticos e liturgias judaicos — o
10.96), descreve seu encontro com os cristãos e relata canto litúrgico medieval (ou gregoriano) tal­
as práticas desse povo. Entre outros destaques, o his­ vez preserve algo desse estilo. Pode ser que os
toriador relata que os seguidores de Cristo se reuniam primeiros cristãos tivessem desejado um estilo
logo pela manhã para "entoar uma canção a Cristo musical que diferenciasse seus hinos do estilo es-
como se a um deus". Não é surpresa que o ato de can­ trepitoso, dançante e ruidoso da música pagã
tar tenha se tornado uma prática cristã padrão. Tiago contemporânea. É possível que a música antiga
5.13 ordena aos cristãos que "cantem louvores" como das igrejas armênias, coptas e outras preservem
expressão de alegria, e exortações similares e exem­ algo da forma dos cânticos cristãos primitivos.
plos de louvores são encontrados por todo o NT (Mt Algumas peças da música cristã primitiva
26.30; Lc 1.46-55; At 16.25; Ef 5.19; Cl 3.16; Ap 5.9,10). sobreviveram até a moderna Igreja ocidental.
Paulo, em Efásios 5.19, menciona os "salmos, hi­ A letra do "Gloria Patri", por exemplo, remonta
nos e cânticos espirituais" no ambiente da igreja. Não ao século I d.C.
á certo que se tratem de tipos diferenciados de hinos, Alguns especialistas sugerem que fragmen­
embora os "salmos" sem dúvida sejam uma referência tos de hinos cristãos primitivos estão inseridos
ao ato de cantar tanto os salmos bíblicos quanto os em certas epístolas do NT, como Filipenses 2.6-
cânticos que seguiam esse modelo. 0 Magnificat, de 11. Outros possíveis exemplos são: Efésios 5.14;
Maria (Lc 1.46-55), apesar de não ser um salmo do AT, ITimóteo 3.16; 2Timóteo 2.11-13. Entretanto,
pertence obviamente a essa categoria. nenhum desses textos é poético, e a sugestão de
Candelabro de terracota na forma
Também é difícil determinar o estilo musical des­ que sejam hinos ainda é motivo de especulação.1
de um organista sentado a um
ses hinos antigos. É provável que os cânticos cristãos órgão hidráulico
Preserving Bible Times; © dr. James C. Martin; usado
'Ver "Instrumentos musicais antigos", em SI 5; e “ Poetas e cantores israelitas antigos", em SI 73. com permissão do Museu Britânico

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