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AMÉRICA: Continente “descoberto” por Colombo em 1492, habitado por representantes de diferentes

culturas e civilizações (astecas, maias e incas) ameríndias.


Entre os séculos XVI e XVII, foi colonizada pelos europeus, onde exploraram riquezas e cultivaram produtos
tropicais (cana-de-açúcar, tabaco, algodão) de alto valor comercial para as metrópoles europeias.
Os ingleses estabeleceram “colônias de povoamento”, pois visavam constituir uma nova vida, um novo lar,
um “novo mundo”: seus produtos agrícolas e artesanais atendiam seus próprios interesses de comércio
local. Hoje constituem a América anglo-saxônica
(Estados Unidos e Canadá).
Todo o restante forma a América Latina, pois foi colonizada por espanhóis e Portugueses e é caracterizada
por uma grande diversidade cultural, instabilidade política, países subdesenvolvidos cujas características
essenciais são: a dependência econômica evidenciada pela justiça na balança comercial, grande dívida
externa e forte presença de empresas transnacionais, além das acentuadas diferenças sociais.
A América está separada da Ásia pelo Estreito de Bering; é circundada pelo Oceano
Glacial Ártico (ao Norte), Oceano Atlântico (Leste), Oceano Pacífico (Oeste). Limita-se ao Sul com a
Antártida.
Vastas cordilheiras estendem-se a Oeste; planaltos e planícies a Leste. Grande número de ilhas e
arquipélagos ao Norte; costas irregulares ao Sul.
Geograficamente temos a América do Norte, a América Central e a América do Sul.

AMÉRICA DO SUL o Brasil é cortado por linhas imaginárias denominadas Paralelos sendo que a Linha do
Equador (passa por Macapá – AP) e o
Trópico de Capricórnio (passa por São Paulo).
Tem o Aconcágua (6.959m) como ponte culminante.
A Cordilheira dos Andes, que se estende na costa do Pacífico: tem 7.500 Km de extensão e 300 Km de
largura e neves eternas mesmo sob o Equador Planaltos das Guianas, Brasileiro e da Patagônia. As
consequências da redemocratização dos países da américa do sul, qual foi o impacto da redemocratização
do Cone Sul da América Latina nas políticas externas dos principais países da região, Argentina, Brasil e
Chile? As décadas de 1980-2000 foram de notáveis realizações na consolidação do império da lei e do
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respeito pelos direitos humanos, gerando ampla literatura sobre transições políticas e natureza dos regimes
autoritários (Linz 1996, O´Donnell et alli 1986, Stepan 1988). Mas há uma lacuna no estudo do papel da
democracia nas relações internacionais no Cone Sul, apesar de importantes mudanças como a criação do
Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da resolução pacífica de disputas de fronteira entre Argentina e Chile.
A principal corrente na teoria de relações internacionais, o realismo, é preocupada com os poderes e
capacidades do Estado diante uns dos outros, e não com seus regimes políticos domésticos. Contudo, há
outras abordagens teóricas que ressaltam sua importância para a diplomacia, como a escola do realismo
neoclássico (Schweller 1998) e especialmente a nova onda de pesquisa em análise de política externa (Hill
2005; Pinheiro e Milani 2012). Estudam as consequências das instituições políticas e das relações Estado-
sociedade civil para a construção da agenda diplomática. Como Robert Putnam observa, é um “jogo de dois
níveis” no qual política doméstica e externa influenciam-se mutuamente.

A hidrografia tem grande importância econômica já que é intensamente utilizada para a irrigação,
transporte, comunicação e produção energética nas margens de rios e lagos onde se desenvolvem
importantes atividades econômicas. Ex.: Planícies do Rio Orenoco (em cujas margens desenvolvem-se
atividades criatórias), do Rio Amazonas (o mais extenso do mundo), do Rio Paraná (que apresenta enorme
potencial hidrelétrico, como Itaipu) e do Rio São Francisco (que é via de transporte e irriga o sertão
nordestino). No encontro do Rio Amazonas com o Atlântico ocorre a pororoca.

- Lagos: - Maracaibo (Venezuela) – exploração de Petróleo.


- Titicaca (Peru/Bolívia) – utilização agrícola das margens.
- Marajá, Falklands (Malvinas), Bananal (maior ilha fluvial do mundo).
- A Corrente Marinha Humboldt, que bordeja o litoral do Pacífico e é responsável pelo clima desértico do
Peru e de Atacama (Chile); a Corrente dos Falklands produz o clima semiárido da Patagônia.
- A cobertura vegetal acompanha o clima:
- Floresta Equatorial: na Amazônia
- Floresta Tropical: representada pela Mata Atlântica e serrado.
- Vegetação árida ou desértica: litoral do Peru, Norte do Chile e sul da Argentina.
- Vegetação semiárida: caatinga do nordeste brasileiro.
- Vegetação subtropical: mata de araucária ou pinhais.
- Floresta fria: nos Andes.
- Economia agrícola, extrativismo mineral e industrialização (Brasil, Argentina...)
- Centro exportador de matérias-primas e consumidor de industrializados.
- Os principais criadores de gado da América do Sul são: Brasil, Argentina e Chile.
Os países da América do Sul possuem certa unidade cultural devido à colonização espanhola e portuguesa,
principalmente. Destacam-se:

País Capital Característica

Países Chile Santiago 2º produtor mundial de cobre.

Andinos Bolívia La Paz 3º produtor mundial de estanho.


Peru Lima Produtor pesqueiro da sardinha enchaveta.
Colômbia Bogotá 2º produtor mundial de café
Venezuela Caracas 5º produtor mundial de petróleo.

Países Argentina Buenos Aires 3º maior população da América Latina

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Platinos Uruguai Montevidéu Notável pelas indústrias agropecuárias.
Paraguai Assunção Agropecuária, tanino e erva-mate

Guianas Suriname Paramaribo Antiga Guiana Holandesa


Guiana Georgetown Ex-Guiana Inglesa
Guiana
Francesa
Caiena Departamento Ultramarino da França. Cultivam produtos tropicais; extração de minerais,
principalmente bauxita (Minério de alumínio), exportada para EUA e Canadá.

Brasil: Sua capital situa-se em Brasília, é o terceiro maior em área e o segundo mais populoso país das
Américas e o quinto maior em área e população do mundo. Devido sua grande extensão territorial, possui
climas como Tropical, Equatorial, Subtropical e Semiárido.
Suas fronteiras ao norte são com a Venezuela, a Guiana, o Suriname e com o departamento ultramarino
francês da Guiana Francesa; a leste e sudeste faz fronteira com o Oceano Atlântico. Ao sul, limita com o
Uruguai; a sudoeste, com a Argentina e o
Paraguai; a oeste, com a Bolívia e o Peru, e a noroeste, com a Colômbia. Os únicos países sul-americanos
que não fazem fronteira com o Brasil são o Chile e o Equador.
O Brasil é dividido em 26 estados, e um Distrito Federal, e é subdividido em 5.564 municípios, que são
autônomos e possuem sufrágio universal. Os municípios podem se subdividir em distritos, e se subdividirem
em bairros. Além do território continental, o
Brasil também possui alguns pequenos grupos de ilhas no Oceano Atlântico: Penedos de
São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha (região administrativa especial do estado de
Pernambuco) e Trindade e Martim Vaz no Espírito Santo. Há também um complexo de pequenas ilhas e
corais chamado Atol das Rocas.

OBSERVAÇÃO: A Bolívia e o Paraguai não têm acesso ao mar.


A queda dos governos militares e a redemocratização abriu caminho para a integração de países e a criação
dos megablocos econômicos dessa parte da América.
a) MERCOSUL: Constituído pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile. O Mercado
Comum do Cone Sul unificou as taxas de importação dos países-membros e tem por objetivo obter uma
unificação econômica total te o ano 2.000.
b) PACTO ANDINO: é integrado pela Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela; foi assinado em 1993.
c) MCCA (Mercado Comum Centro-Americano) reúne a Guatemala, Honduras, El Salvador,
Nicarágua, Costa Rica e Panamá. Possuí pouca expressividade.

CURIOSIDADES:

- A Ilha de Páscoa (Chile) exerce um grande fascínio sobre os milhares de turistas que o visitam anualmente,
devido às suas grandes estátuas de pedra chamadas “moais”, muito bem exploradas no filme Rapa-Nui.
- A cidade de Cuzco, capital do antigo império Inca, é a mais antiga do continente; os espanhóis demoliram
seus templos, derreteram o ouro e a prata das estátuas e esculturas e escravizaram sua população.

-A cidade de Machu Pichu, construída por volta de 1.420, no cimo da cordilheira dos
Andes, serviu de refúgio para os incas quando Cuzco foi conquistada pelos espanhóis.
Cercada de mistérios com suas construções anti-abalos sísmicos, é patrimônio cultural e natural da
humanidade.

América Central é a região do mundo limitada ao norte pela


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Península de Iucatã, no México e ao sul pela Colômbia, limitando a
Oeste com o Oceano Pacífico e a Leste com o mar das Caraíbas
(Oceano Atlântico). Na América do Norte, considera-se geralmente a
América como um único continente, no entanto, esta região está ausente numa placa tectónica individual -
a Placa Caribenha - e pode, portanto considerares
Na sua definição mais comum, a América Central é composta pelos seguintes países (Por ordem alfabética):
Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Centro-Sul do México, Nicarágua, Panamá.
Essa definição também é denominada de América Central Ístmica, já que tais países são os que fazem parte
do istmo que une as Américas Norte e Sul.
A América Central tem uma área de aproximadamente 540.000 km², e a sua dimensão entre o Oceano
Pacífico e o Mar do Caribe varia de 50 quilômetros a 560 quilômetros (aproximadamente).
Por vezes, a região do Caribe, situada no mar das Caraíbas ou das Antilhas, compreendendo 13 países
independentes e diversos territórios dependentes dos Estados
Unidos, França, Países Baixos e Reino Unido, também é incluído na América Central. São eles: Cuba,
Bahamas, Jamaica, Haiti, República Dominicana, Porto Rico, São Cristóvão e Nevis, Antígua e Barbuda,
Dominica, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Barbados, Granada, Trinidad e Tobago e México

AMÉRICA DO NORTE

País Capital

Canadá Otawa
Estados Unidos Washington
México Cidade do México

CANADÁ: Maior país da América e o segundo produtor mundial de artigos industrializados. Maior produtor
mundial de zinco, urânio e níquel; produz grande quantidade de ouro, prata, cobre, chumbo e minério de
ferro. Possui áreas de excelente solo agrícola e ativa pecuária leiteira.
Toronto, Montreal e Vancouver são grandes centros industrializados.

UNIDOS ESTADOS: Nação mais rica e poderosa da terra, por seu predomínio industrial, financeiro e
econômico. Sobre porque os Estados Unidos é considerado a nação mais poderosa do mundo podemos
dizer que possui acumulações ou seja, alto poder aquisitivo. O dinheiro (o capital) valoriza um país, faz com
que ele tenha domínio sobre vários bens de valor capitalista. Segundo maior produtor mundial de petróleo e
maior mercado mundial de produtos agrícolas. Chicago é o centro de carnes; Duluth, do trigo e siderurgia;
Detroit, do automobilismo; Kansas City e Omaha, de rainhas e conservas; Los Angeles, do cinema e produtos
bélicos.

MÉXICO: Faz parte da América Latina. O terceiro produtor mundial de prata. População de maioria mestiça
(índios com espanhóis). Possui uma das maiores reservas mundiais de petróleo, gás natural, ouro, enxofre,
manganês, zinco, chumbo e cobre.
O país busca a industrialização: siderurgia (em Monterrey), petroquímica (em Salamanca), refinarias (em
Tampico e Vera Cruz) ...
Canadá, Estados Unidos e México integram o NAFTA (Acordo Norte-Americano de Livre Comércio), desde
1994 cujo objetivo é apenas a criação de uma zona de livre comércio.

País Capital Continente

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Afeganistão Cabul Ásia

África do Sul Pretória África

Albânia Tirana Europa

Alemanha Berlim Europa

Andorra Andorra-a-Velha Europa

Angola Luanda África

Antiga e Barbuda São João América

Arábia Saudita Riade Ásia

Argélia Argel África

Argentina Buenos Aires América

Arménia Erevã Ásia

Austrália Camberra Oceania

Áustria Viena Europa

Azerbaijão Bacu Ásia

Bahamas Nassau América

Bangladexe Daca Ásia

Barbados Bridgetown América

Barém Manama Ásia

Bélgica Bruxelas Europa

Belize Belmopã América

Benim Porto Novo África

Bielorrússia Minsque Europa

Bolívia Sucre América

Bósnia e Herzegovina Saraievo Europa

Botsuana Gaborone África

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Brasil Brasília América

Brunei Bandar Seri Begauã Ásia

Bulgária Sófia Europa

Burquina Faso Uagadugu África

Burúndi Bujumbura África

Butão Timbu Ásia

Cabo Verde Praia África

Camarões Iaundé África

Camboja Pnom Pene Ásia

Canadá Otava América

Catar Doa Ásia

Cazaquistão Astana Ásia

Chade Jamena África

Chile Santiago América

China Pequim Ásia

Chipre Nicósia Europa

Colômbia Bogotá América

Comores Moroni África

Congo-Brazzaville Brazavile África

Coreia do Norte Pionguiangue Ásia

Coreia do Sul Seul Ásia

Cosovo Pristina Europa

Costa do Marfim Iamussucro África

Costa Rica São José América

Croácia Zagrebe Europa

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Cuaite Cidade do Cuaite Ásia

Cuba Havana América

Dinamarca Copenhaga Europa

Dominica Roseau América

Egito Cairo África

Emirados Árabes Unidos Abu Dabi Ásia

Equador Quito América

Eritreia Asmara África

Eslováquia Bratislava Europa

Eslovénia Liubliana Europa

Espanha Madrid Europa

Estado da Palestina Jerusalém Oriental Ásia

Estados Unidos Washington, D.C. América

Estónia Talim Europa

Etiópia Adis Abeba África

Fiji Suva Oceania

Filipinas Manila Ásia

Finlândia Helsínquia Europa

França Paris Europa

Gabão Libreville África

Gâmbia Banjul África

Gana Acra África

Geórgia Tebilíssi Ásia

Granada São Jorge América

Grécia Atenas Europa

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Guatemala Cidade da Guatemala América

Guiana Georgetown América

Guiné Conacri África

Guiné Equatorial Malabo África

Guiné-Bissau Bissau África

Haiti Porto Príncipe América

Honduras Tegucigalpa América

Hungria Budapeste Europa

Iémen Saná Ásia

Ilhas Marechal Majuro Oceania

Índia Nova Déli Ásia

Indonésia Jacarta Ásia

Irão Teerão Ásia

Iraque Bagdade Ásia

Irlanda Dublim Europa

Islândia Reiquiavique Europa

Israel Jerusalém Ásia

Itália Roma Europa

Jamaica Kingston América

Japão Tóquio Ásia

Jibuti Jibuti África

Jordânia Amã Ásia

Laus Vienciana Ásia

Lesoto Maseru África

Letónia Riga Europa

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Líbano Beirute Ásia

Libéria Monróvia África

Líbia Trípoli África

Listenstaine Vaduz Europa

Lituânia Vílnius Europa

Luxemburgo Luxemburgo Europa

Macedónia Escópia Europa

Madagáscar Antananarivo África

Malásia Cuala Lumpur Ásia

Maláui Lilôngue África

Maldivas Malé Ásia

Mali Bamaco África

Malta Valeta Europa

Marrocos Rebate África

Maurícia Porto Luís África

Mauritânia Nuaquechote África

México Cidade do México América

Mianmar Nepiedó Ásia

Micronésia Paliquir Oceania

Moçambique Maputo África

Moldávia Quixinau Europa

Mónaco Mónaco Europa

Mongólia Ulã Bator Ásia

Montenegro Podgoritsa Europa

Namíbia Vinduque África

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Nauru Iarém Oceania

Nepal Catmandu Ásia

Nicarágua Manágua América

Níger Niamei África

Nigéria Abuja África

Noruega Oslo Europa

Nova Zelândia Wellington Oceania

Omã Mascate Ásia

Países Baixos Amesterdão Europa

Palau Ngerulmud Oceania

Panamá Cidade do Panamá América

Papua Nova Guiné Porto Moresby Oceania

Paquistão Islamabade Ásia

Paraguai Assunção América

Peru Lima América

Polónia Varsóvia Europa

Portugal Lisboa Europa

Quénia Nairóbi África

Quirguistão Bisqueque Ásia

Quiribáti Taraua do Sul Oceania

Reino Unido Londres Europa

República Centro-Africana Bangui África

República Checa Praga Europa

República Democrática do Congo Quinxassa África

República Dominicana São Domingos América

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Roménia Bucareste Europa

Ruanda Quigali África

Rússia Moscovo Europa

Salomão Honiara Oceania

Salvador São Salvador América

Samoa Apia Oceania

Santa Lúcia Castries América

São Cristóvão e Neves Basseterre América

São Marinho São Marinho Europa

São Tomé e Príncipe São Tomé África

São Vicente e Granadinas Kingstown América

Seicheles Vitória África

Senegal Dacar África

Serra Leoa Freetown África

Sérvia Belgrado Europa

Singapura Singapura Ásia

Síria Damasco Ásia

Somália Mogadíscio África

Sri Lanca Sri Jaiavardenapura-Cota Ásia

Suazilândia Lobamba África

Sudão Cartum África

Sudão do Sul Juba África

Suécia Estocolmo Europa

Suíça Berna Europa

Suriname Paramaribo América

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Tailândia Banguecoque Ásia

Taiuã Taipé Ásia

Tajiquistão Duchambé Ásia

Tanzânia Dodoma África

Timor-Leste Díli Oceania

Togo Lomé África

Tonga Nucualofa Oceania

Trindade e Tobago Porto de Espanha América

Tunísia Tunes África

Turcomenistão Asgabate Ásia

Turquia Ancara Ásia

Tuvalu Funafuti Oceania

Ucrânia Quieve Europa

Uganda Campala África

Uruguai Montevideu América

Usbequistão Tasquente Ásia

Vanuatu Porto Vila Oceania

Vaticano Vaticano Europa

Venezuela Caracas América

Vietname Hanói Ásia

Zâmbia Lusaca África

Zimbábue Harare África

CARACTERÍSTICAS DA AMÉRICA DO NORTE


- O círculo Polar Ártico.
- O Trópico de Câncer (passa pelo México).
- As Montanhas Rochosas (a Oeste), pontiagudas e cobertas de neves eternas.
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- O Mc Kinley (6.194 m): ponto culminante, no Alasca.
- As Planícies do Rio S. Lourenço e dos Grandes Lagos (Superior, Michigan, Huron, Erie,
Ontário), as Cataratas dos Niágara ficam entre os lagos Ontário e Erie: uma beleza turística.
- As Penínsulas da Califórnia e Yucatán.
- Os Golfos da Califórnia e do México.
- O Mar e Arquipélago das Antilhas.
- Os Planaltos ricos em minerais, como o Planalto do Labrador (Canadá), os Montes
Apalaches (EUA) e os Planaltos Mexicanos de Chihuana e Anauac.
- Uma planície costeira acompanhando o Atlântico.
- Os rios S. Lourenço (a Leste), a Bacia do Rio Mississipi (ao Centro), Mackenzie (ao Norte),
Hudson (corta Nova Iorque), Colorado (a Oeste) e Grande (ao Sul)
- O Vale da Morte (-83 m) na Califórnia.
- O famoso Grand Canyon, no Planalto do Rio Colorado.
- A serra Madre Oriental, Ocidental e do Sul (no México).

- Vegetação: - Tundra e floresta de coníferas – no Norte do Canadá e Alasca.


- Floresta temperada – nos Apalaches, Labrador e Rochosas.
- Floresta tropical – próxima ao Golfo do México.
- Pradarias (vegetação rasteira e herbáceas) – nas planícies centrais.
- Xerófitas – nas áreas desérticas do Colorado.
- Climas com invernos rigorosos e verões fortes.
- Indústrias com elevada tecnologia e agricultura amplamente mecanizada (exceto o
México).
- Ampla rede de comunicações e crescimento urbano.

Oceania
A Oceania é composta por vários grupos de ilhas do oceano pacifico, embora as ilhas da Oceania não
formem um continente verdadeiro, a Oceania, às vezes, é associada com o continente da Austrália, com o
propósito de dividir o planeta em agrupamentos continentais. É o menor "continente" em área e em
população (não contando com a Antártida).

CONTINENTES

Em 1912, foi lançada a teoria do alemão Alfred Wegener – “a deriva dos continentes” – segundo a qual há
milhões de anos os continentes formavam uma única massa de terra, que foi se deslocando, se dividindo e
se fragmentando até as formas atuais. Eles continuam se movimentando de 2 a 10 mm por ano!
Continentes são extensas massas de terra que emergem dos oceanos, com seus climas, vegetação rios e
montanhas, golfos e penínsulas, baías e cabos... e são também os conjuntos dos países, com seus aspectos
físicos, humanos, econômicos e históricos.
Há países ricos e pobres, bem desenvolvidos, pouco ou subdesenvolvidos. Países que se unem em
organizações de cooperação e países que não se entendem. Há também outra classificação: países
capitalistas (1° mundo), socialistas (2° mundo) e pobres ou subdesenvolvidos (3° mundo). Quase todos os
desenvolvidos estão no Hemisfério Norte; os pobres, no sul.

EUROPA
- Tem 10 milhões de km2. Duas vezes menor que a América do Sul e 3 vezes menor que a
África. É a mais povoada, depois da Ásia. - Limites:
NORTE - Oceano Glacial Ártico
SUL - Mar mediterrâneo
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LESTE – Ásia
OESTE – Atlântico
- Separam a Europa da Ásia os Montes Urais, o Rio Ural, os Mares Cáspio e Negro, a Cadeia do Cáucaso.
- Seu litoral é muito extenso e recortado com inúmeros cabos, penínsulas (Escandinava,
Ibérica, Itálica, Balcânica...) golfos, baías, mares (Mediterrâneo, Negro, Cáspio, Báltico, do
Norte) e ilhas (Britânicas, Islândia, Córsega, Sardenha, Sicília e as do Mar Egeu). Depressão do Mar Cáspio.
- O Estreito de Gibraltar é o ponto de aproximação entre a Europa e o Norte da África; o
Canal da Mancha separa a Grã-Bretanha e a Europa continental. O litoral da Noruega apresenta fiordes
(golfos estreitos e profundos entre montanhas) e a Holanda é famosa por seus poderes (terras conquistadas
ao mar, dessecado e cercado de diques, abaixo do nível do mar).
ÁSIA
Junto com a Europa, forma a EURÁSIA. Os Urais e o Cáucaso são limites convencionais. É o maior dos seis
continentes. Superfície de 44 milhões de km2; 6 bilhões de habitantes (censo de 1995). Tem 6 dos 10 países
mais populosos do mundo: China, índia, Indonésia,
Japão, Bangladesh e Paquistão.
- Limites:
NORTE - Oceano Glacial Ártico
SUL - Oceano Índico
LESTE – Oceano Pacífico
OESTE – Europa, Mar Negro e Mediterrâneo, África.
Há países continentais e insulares, eminentemente agrícolas (China e Índia), altamente industrializados
(Japão), ricos (Kuwait) e pobres (Paquistão); países budistas
(Ceilão, Nepal), Muçulmanos (Bangladesh, Paquistão) e hinduístas (Índia). A Rússia é o maior do mundo.

- Características do Sul e Sudeste: intensa atividade agrícola e grandes populações pobres.


No Oriente Médio, nasceu o judaísmo, o cristianismo e o islamismo: a região é rica em petróleo e desertos
de areia.
O Extremo Oriente é a região mais povoada da Ásia. Palestinos e curdos não têm pátria. No Oriente Médio e
no sul do continente, as diferenças religiosas provocam constantes conflitos.

- Relevo: Possui um conjunto de cadeias montanhosas, como o Himalaia, onde está o


Everest (ponto culminante do mundo 8872m); Planaltos do Tibete, da Mongólia, da
Arábia, do Irã e do Decã; Deserto gelado de Góbi e desertos quentes do Oriente Médio
(Arábia). Planícies férteis na Índia; O contorno do litoral asiático (130.000km) corresponde a mais de 3 vezes
a circunferência da Terra. Bastante recortado por penínsulas (Arábia,
Decã, Malaia, Indochina, Coréia, Kamtchaka), cabos, golfos (Pérsico, Omã, Bengala), baías
e arquipélagos (Indonésia, Filipinas, Japão); Intensa atividade vulcânica e abalos sísmicos.
- Vegetação: Destaca-se a taiga (na Sibéria); florestas temperadas e abertas no Leste; florestas equatoriais e
densas; gramíneas na região árida dos planaltos centrais; tamareiras e oliveiras nos oásis.
- Fauna: camelo, dromedário, elefante, búfalo, tigre de bengala, orangotango, gibão, urso negro e rena.

ÁFRICA
Terra de árvore baobá (que dura de 3 a 6 mil anos), extraordinárias florestas, desertos escaldantes, animais
exóticos e selvagens, pirâmides milenares e arrojadas construções modernas. É cortada pelo Equador e
pelos dois Trópicos: Câncer e
Capricórnio.
Separa-se da Europa pelo Mar Mediterrâneo e Estreito de Gibraltar; da Ásia, pelo Canal de
Suez e Mar Vermelho. A Leste é banhada pelo Atlântico; a Oeste, pelo Oceano Índico.
Litoral pouco recortado.
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- Relevo: - Cadeia do Atlas (ao Norte) e Cadeia do Cabo (ao Sul).
- No “Rift Valley” (extensa linha de falhas geológicas no lado oriental) estão os lagos
Niassa, Vitória, Alberto e Tanganica e os maciços vulcânicos contendo o Kilimanjaro (5.895 m) e o Quênia.
- Os planaltos são bastante elevados, como os da Etiópia (a Leste) e o Drakensberg (ao
Sul).
- Planícies pouco extensas na faixa litorânea e junto ao vale dos rios.
- Desertos do Saara (o maior do mundo) e o Kalahari (a Sudoeste).
- Rios: com grandes obstáculos à navegação, destacando-se as bacias do Nilo, Níger,
Congo, Zambeze e Kalahari.
- Ilhas principais: Madeira, Canárias, Cabo Verde, Comores, Zanziabar e Madagascar.
- Climas quentes: predomina o equatorial, o tropical e o desértico. Na porção centro-ocidental, está a
floresta equatorial e as savanas. Margeando o Mar Mediterrâneo, o clima e vegetação são característicos.
- Aspectos Humanos: população jovem com baixa expectativa de vida. Altas taxas de mortalidade infantil
(em cada 3 africanos, um passa fome). Predomínio da raça negra com
1/3 de brancos.
- Agricultura de subsistência (praticada nas savanas e zonas litorâneas). Atividade criatória pouco
desenvolvida. A carne é consumida no Norte e no Sul do continente. Grande rebanho ovino produz lã para
as indústrias locais e para exportação.
A partir dos anos 60, muitos países nacionalizaram suas minas, cujas riquezas sempre foram exploradas por
estrangeiros e suas multinacionais. Desenvolvimento da indústria alimentícia.

- Países Destacados:
- Líbia, Nigéria, Argélia e Gabão: grandes produtores de petróleo
- Zaire: Primeiro produtor mundial de diamantes.
- África do Sul: 35% da produção mundial de ouro.
- Egito: Barragem hidrelétrica de Assua / Canal de Suez
- Etiópia, Camarões e Quênia: Produção de café
- Costa do Marfim e Gana: Produtores de Cacau.
- Egito, Uganda e Quênia: Produzem algodão.
Quase todos os países africanos fazem parte da OUA – Organização da Unidade
Africana, que visa: soberania e integridade territorial, solidariedade e cooperação internacional, eliminação
do colonialismo e desenvolvimento.

OCEANIA
O menor dos continentes divide-se em quatro ilhas maiores (Austrália, Nova
Zelândia, Tasmânia e Nova Guiné), a Melanésia, a Micronésia e a Polinésia.
Grã-Bretanha, França, Alemanha e Estados Unidos instalaram bases navais e comerciais em várias de suas
ilhas. Na colonização da Austrália e Nova Zelândia ocorreu o massacre e escravização dos seus nativos.
- Grande parte das ilhas é constituída por atóis de corais;
- Predomina o clima tropical e equatorial;
- Na Austrália, encontram-se desertos. As florestas tropicais são constituídas por palmeiras e bambus e nas
florestas subtropicais predomina o eucalipto gigante;
- Também na Austrália está o maior rebanho de ovinos do mundo; seus recursos minerais são a Bauxita,
zinco, minério de ferro, ouro e níquel.
- A população da Oceania é urbana e de imigrante;
- As cidades mais populosas são: Sidnei e Melbourne (Austrália), Aucklend e Cristchurch (Nova Zelândia) e
Honolulu (Havaí).

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Curiosidade: É a Austrália que se encontra o maior monólito do mundo – o Rochedo de Ayers – crivado de
fendas e fossos, perto de Alice Springs, na região desértica. Mais de 30 mil pessoas por ano visitam essa
estranha maravilha da natureza. Tem 335 m de altura por
2,6Km de comprimento por 1,6 Km de largura e um perímetro de 8 km. Seu tom avermelhado abrange
todas as cores do espectro, do amarelo ao roxo, segundo a hora do dia e as condições do tempo. As
cavernas na parte inferior possuem pinturas aborígines.

ANTÁRTIDA
A costa gelada do polo Sul é um continente de 13.200.000 km2. As temperaturas são baixíssimas e chegam a
87° abaixo de zero. Os ventos são constantes e fortes; levantam poeira de gelo. Dois vulcões estão ativos: o
Erebus e o Terror.
As terras Antártidas são reivindicadas por muitos países, como os Estados Unidos, Rússia, Noruega, França,
Inglaterra, Chile, Argentina e Austrália. Em 1959, um tratado estabeleceu que a utilização do continente só
fosse feita para fins pacíficos. Ali já foram instaladas estações de pesquisas no continente e nas ilhas
periféricas. Existem possibilidades de aproveitamento de recursos minerais (carvão, ferro, urânio). Na borda
do Oceano Glacial Antártico, é rica a vida animal: baleias, pinguins, focas e elefantes marinhos.

Países Subdesenvolvidos

O conceito de subdesenvolvimento foi divulgado durante a década de 1960, graças aos meios de
comunicação em massa que citavam como problema a fome no terceiro mundo, as guerras, as ditaduras,
etc. Nesta época o subdesenvolvimento era compreendido como uma consequência do baixo consumo.

A seguir, uma relação de características (que usualmente são explicações e desculpas do porquê de um país
estar subdesenvolvido) de tais países: Em primeiro lugar, seus habitantes apenas dispõem do necessário. O
conceito de necessário se amplia na sociedade capitalista de consumo de massas. É a velha teoria que
vincula o desenvolvimento e o consumo com o crescimento econômico. É um conceito relativo que se
amplia com o desenvolvimento econômico.

Outra característica é a sub-produção do tipo capitalista. Os recursos não são aproveitados. Segundo esta
afirmação, só é possível produzir em fábricas da forma capitalista, consumindo os recursos de maneira
predadora. Mas o conceito de recurso é algo que muda com a tecnologia, e as possibilidades que uma
determinada sociedade tem de utilizá-lo.

Outra característica de país subdesenvolvido é seu alto crescimento demográfico, devido a causas
endógenas. Existe a crença de que altas taxas de crescimento da população impedem o desenvolvimento
econômico. Isto, que pode ser verdadeiro em escala familiar a curto prazo, não o é em escala nacional, visto
que uma grande população garante a mão de obra abundante e barata que, além de tudo, é consumidora.
Se a população é majoritariamente dependente é em razão da falta de investimentos e não graças ao
elevado índice de povoamento.

Outra característica dos países subdesenvolvidos é a dependência econômica dos países desenvolvidos, em
uma nova espécie de colonialismo, segundo o qual o investimento industrial e os canais de comercialização
dos produtos estão nas mãos dos países ricos. O baixo índice de investimento implica em pouca
industrialização, que depende do exterior, e que, em última análise, leva embora os benefícios do capital.

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De qualquer maneira, o que caracteriza um país subdesenvolvido são as seguintes situações: falta de
alimentos, déficit social, elevado percentual de agricultores, recursos não explorados, analfabetismo, falta
de classe média consumista, incompetência industrial, hipertrofia do setor terciário, PIB baixo, desemprego,
trabalho infantil, subordinação econômica e desigualdade social.

Vale lembrar que estas características dos países subdesenvolvidos são os efeitos que uma economia
subdesenvolvida produz em uma população, não suas causas. É o fruto da desigualdade intrínseca que o
sistema capitalista introduz, que tende a acumular capital em alguns países em detrimento de outros. Um
país subdesenvolvido possui um padrão de vida relativamente baixo, uma base industrial subdesenvolvida e
um índice de desenvolvimento humano variando de moderado a baixo. Normalmente está denominação é
utilizada para referenciar países com grau de desenvolvimento intermediário, situados abaixo do nível dos
países desenvolvidos, mas em estágio superior se comparados com os países menos desenvolvidos do
mundo. Este termo tende a substituir termos anteriores; como a designação Terceiro Mundo, utilizada
durante o período da Guerra Fria para referenciar os países não desenvolvidos de economia capitalista.

Medida e conceito de desenvolvimento


Não existe um consenso, ao longo do tempo e entre as várias escolas de pensamento econômico, sobre a
definição de desenvolvimento de um país. Mas é comum o estabelecimento do grau de desenvolvimento de
um país através da comparação de estatísticas como o PIB per capita que é equivocado, expectativa de vida,
grau de alfabetização e etc. A ONU desenvolveu o IDH, um índice composto de vários parâmetros, que
estabelece um indicador de desenvolvimento humano para os países onde os dados são disponíveis. Os
países em desenvolvimento possuem valores baixos para esses indicadores em relação aos valores obtidos
pelos países considerados desenvolvidos.

Os termos utilizados em discussões acerca do desenvolvimento dos países são muitos. A ONU adota o termo
Least Developed Country (LDC), ou País menos desenvolvido. Em contra partida, o grupo de países
desenvolvidos também é chamado de "países mais desenvolvidos economicamente", Primeiro Mundo ou de
países industrializados.

Existem alguns países que se encontram no limite dessas duas definições, notadamente o grupo conhecido
como BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), com eventual inclusão do México e da África do Sul. Esses países
geralmente são industrializados e têm um grande peso econômico no cenário global, porém falham na
distribuição equitativa de renda, fazendo com que haja pobreza e problemas estruturais. Em contrapartida,
há países menos industrializados e de baixa projeção econômica mundial, mas que conseguem manter um
certo nível de bem estar social. Esses países se encontram principalmente no Leste Europeu e no Cone
Sul. Os países do Terceiro Mundo são subdesenvolvidos, não por razões naturais - pela força das coisas -
mas por razões históricas - pela força das circunstâncias. Circunstâncias históricas desfavoráveis,
principalmente o colonialismo político e econômico que manteve estas regiões à margem do processo da
economia mundial em rápida evolução. Na verdade, o subdesenvolvimento não é a ausência de
desenvolvimento, mas o produto de um tipo universal de desenvolvimento mal conduzido.

É a concentração abusiva de riqueza - sobretudo neste período histórico dominado pelo neocolonialismo
capitalista que foi o fator determinante do subdesenvolvimento de uma grande parte do mundo: as regiões
dominadas sob a forma de colônias políticas diretas ou de colônias econômicas.

O subdesenvolvimento é o produto da má utilização dos recursos naturais e humanos realizada de forma a


não conduzir à expansão econômica e a impedir as mudanças sociais indispensáveis ao processo da
integração dos grupos humanos subdesenvolvidos dentro de um sistema econômico integrado. Só através
de uma estratégia global do desenvolvimento, capaz de mobilizar todos os fatores de produção no interesse
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da coletividade, poderão ser eliminados o subdesenvolvimento e a fome da superfície da terra.

O maior de todos esses erros foi considerar o processo do desenvolvimento em toda parte como
semelhante ao desenvolvimento dos países ricos do Ocidente. Uma espécie de etnocentrismo conduziu os
teóricos do desenvolvimento a assentar as suas ideias e estabelecer os seus sistemas de pensamento em
concepções de economia clássica que ignoravam quase totalmente a realidade socioeconômica das regiões
de economia ocidental capitalista, uma economia socialista em elaboração acelerada e uma rede de
abastecimento e de venda no resto do mundo. Não se ocupavam, pois, das estruturas econômicas desse
resto do mundo, abandonado quer aos sociólogos, quer, antes, aos folcloristas.

Esta tremenda desigualdade social entre os povos divide economicamente o mundo em dois mundos
diferentes: o mundos dos ricos e o mundo dos pobres, o mundo dos países bem desenvolvidos e
industrializados e o mundo dos países proletários e subdesenvolvidos. Este fosso econômico divide hoje a
humanidade em dois grupos que se entendem com dificuldade: o grupo dos que não comem, constituído
por dois terços da humanidade, que habitam as áreas subdesenvolvidas do mundo, e o grupo dos que não
dormem, que é o terço restante dos países ricos, e que não dormem, com receio da revolta dos que não
comem.

HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL


História é a ciência que estuda o passado das sociedades humanas. Procura compreender as transformações
da humanidade e ajuda a explicar nossas realidades econômicas, sociais, políticas e culturais. Para melhor
entende-la, os historiadores a dividiram em 4 períodos, a saber:
IDADE ANTIGA: de 4.000 a.C. (origem da escrita) a 476 (queda do Império Romano);
IDADE MEDIEVAL: de 476 a 1453 (queda de Constantinopla);
IDADE MODERNA: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa);
IDADE CONTEMPORÂNEA: de 1789 até os dias atuais
Todo período anterior a 4.000 a.C. é chamado de Pré-História e baseiam-se nos estudos dos fósseis,
cavernas, restos de fogueiras, ossos, instrumentos e desenhos que nossos ancestrais deixaram.
O Estudo da História Antiga abrange várias civilizações, entre elas estão:
Na Mesopotâmia (hoje Iraque, região entre os rios Tigres e Eufrates), destacaram-se 3 civilizações:
ASSÍRIOS: (ao Norte): cruéis por suas guerras, conquistas e massacres, como Sargão II, Assurbanipal e
Nabucodonossor. Suas capitais foram Assur e Nínive. Foram os primeiros a usar cavalaria.
SUMÉRIOS: (ao Sul): fundaram cidades-reinos (Ur, Nipur, Uruk). Criaram a escrita cuneiforme marcada sobre
tabletes de argila. De Ur saiu Abraão, patriarca dos hebreus (judeus).
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BABILÔNIOS: (ao Centro): seus maiores soberanos foram Hamurabi, que organizou o primeiro código de leis
escritas do mundo (Código de Hamurabi) e Nabucodonosor, responsável pela construção dos “Jardins
Suspensos” e da “Torre de Babel”.
Os mesopotâmios, cuja economia era agrícola, eram politeístas. Criaram os horóscopos, o calendário,
dividiram o dia em 24 horas, a hora em minutos e os minutos em segundos. Desenvolveram as 4 operações
aritméticas, cálculos de raiz quadrada e cúbica, usavam plantas medicinais, contratos, cartas de crédito,
empréstimos a juros.
Deixaram lendas sobre a Criação e o Dilúvio. Tinham escolas públicas e água encanada.
Construíram zigurates (pirâmides escalonadas). O cuneiforme foi decifrado por Henrique Hawlinson. Às
margens do Rio Nilo floresceu a civilização Egípcia, famosíssima por suas pirâmides e templos monumentais.
O poder de seus reis, os “faraós” eram teocráticos (governavam como deuses). Destacaram-se Menés
(unificador territorial), Quéfren (construtores de pirâmides), Thotmés III (levou as fronteiras até o Rio
Eufrates) e Ramsés II (o maior de todos eles). Dedicaram-se à agricultura, técnicas de irrigação e drenagem,
geometria e astronomia. Eram Politeístas (ou seja, acreditavam em vários deuses) (Osíris, Ísis, Hórus, Amon,
Rá) e mumificavam seus mortos: acreditavam na vida após a morte e seus túmulos são verdadeiros “poemas
líricos”. Inventaram o papiro (papel) e sua escrita hieroglífica foi decifrada, em 1822, pelo sábio francês
Champollion.
Monoteísmo é o sistema doutrinário que admite a existência de apenas uma divindade, que segue uma
única religião.
Atualmente, as principais religiões monoteístas são o islamismo, o judaísmo e o cristianismo.

Os monoteístas acreditam que o responsável pela criação de todas as coisas no Universo seja apenas um
único deus. Os politeístas, por exemplo, creem que cada particularidade da natureza ou atividade humana
seja de responsabilidade de diferentes divindades.

Alguns estudiosos acreditam que a primeira religião a adotar o monoteísmo tenha sido o zoroastrismo,
fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra.
Descubra mais sobre o significado do Zoroastrismo.
Acredita-se que o conceito do monoteísmo tenha surgido de modo gradual, através das noções do
hanoteísmo (adoração de um único deus, mas o reconhecimento da existência de vários), por exemplo.

Etimologicamente, o termo monoteísmo se originou a partir da junção das palavras gregas mónos (“único”)
e théos (“deus”).
Algumas religiões monoteístas adotam o conceito do monoteísmo ético, este desenvolvido pelos hebreus,
que consiste na ideia de ser Deus a base para a ética na sociedade.
Monoteísmo e Politeísmo
Ao contrário do monoteísmo, que consiste na crença de apenas uma divindade, o politeísmo é o sistema
religioso que valida a existência de múltiplos deuses.
O politeísmo era bastante comum em civilizações antigas, como a Roma Antiga, a Grécia Antiga, o Antigo
Egito, entre outras. Os deuses dessas sociedades representavam diferentes características da natureza, além
de estarem associados a objetos, atividades e relações humanas específicas, por exemplo. Antes dos gregos
surgirem, a ilha do Mar Egeu era habitada pelos Cretenses, com suas belas cidades de nossos (na ilha de
Creta) e Tróia (no estreito que leva ao Mar Negro). Pelo ano 2.000 a.C., aqueus, eólios, jônios e dórios,
sucessivamente, invadem a Península Balcânica, formando os Gregos, que se organizaram em várias “polis”
(cidades reinos). Duas delas se projetarão: Esparta, preocupada com a disciplina militar, castigos
preocupada em formar bons cidadãos – um dos maiores privilégios sociais. Os atenienses aperfeiçoaram sua
forma de governo com vários sistemas (Monarquia, Arcontado, Tirania) até chegaram à Democracia – uma
exclusividade dos homens livres. O povo, os estrangeiros e escravos eram excluídos dela. Mesmo assim
foram excepcionais: imaginaram seus deuses olímpicos (Zeus, Apolo, Afrodite, Hermes...) como seres
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humanos, porém, imortais. Criaram as competições olímpicas entre as cidades, expandiram-se criando
colônias por todo o Mediterrâneo; as crianças frequentavam escolas desde os 7 anos e aprendia música,
literatura, matemática, poesia, oratória, história, medicina... e filosofia (Sócrates, Platão, Aristóteles).
Adoravam teatro. Maravilhavam-se com a beleza estética! Os gregos foram atacados três vezes pelos persas
e também guerrearam entre si, o que possibilitou sua conquista por Filipe da Macedônia, cujo filho,
Alexandre Magno espalhou a cultura grega por todo o mundo, casando-a com a de outros povos: a isto se
chamou “HELENISMO”. Gauleses, etruscos, italiotas e gregos ocupavam a Itália. Aí, às margens do Rio Tigre,
os latinos fundaram Roma (há a lenda de Rômulo e Remo), cuja evolução política apresentou 3 períodos:
Realeza (com 7 réis), República (marcada pelas conquistas militares na península e com Cartago) e Império
(quando se apoderam de toda a bacia mediterrânea, Espanha, Gália e Bretanha). Lutas internas também
ocorreram: a dos plebeus por igualdade de direitos e dos escravos por liberdade. Augusto, Tibério, Calígula,
Nero, Marco Aurélio, Cômodo – foram alguns dos imperadores. Constantino mudou a capital para
Constantinopla e Teodósio dividiu o império em duas partes:

- Império Romano do Ocidente – Capital: Roma (será invadida e dominada pelos bárbaros em 476);

- Império Romano do Oriente – (ou Império Bizantino) – capital: Constantinopla (irá perdurar até 1453,
quando cairá em poder dos turcos otomanos).
O espírito enérgico e político romano orientaram-nos para a Política, o Direito, as
Artes e as Letras. Não se destacaram nas ciências e na Filosofia.
Em todas essas civilizações, predominou o modo de produção escravista. Os reis ou imperadores eram
donos da força de trabalho (escravos), dos meios de produção (terras), dos instrumentos (ferramentas) e do
produto do trabalho.
Os chamados “povos bárbaros” (visigodos, ostrogodos, vândalos, francos, hérulos, anglos, saxões, russos,
checos, hunos, turcos...) desintegraram o Império Romano do
Ocidente, com seus movimentos migratórios da Ásia. Suas tribos fixam-se em várias regiões europeias
formando reinos. São politeístas, mas muitos se convertem ao cristianismo. As tradições bárbaras mescladas
aos costumes e sistema romano originam uma nova organização sócio-político-econômica na Europa: a
Idade Feudal. Definição na Europa, durante a Idade Média (século V ao XV) o feudo era um terreno ou
propriedade (bem material) que o senhor feudal (nobre) concedia a outro nobre (vassalo). Em retribuição, o
vassalo deveria prestar serviços ao senhor feudal, pagar impostos e oferecer lealdade e segurança.
Instalações principais um feudo medieval (território), geralmente, era constituído pelas seguintes
instalações: castelo fortificado (residência do nobre e sua família), vila camponesa (residência dos servos),
área de plantio, igreja ou capela, moinho, estábulo, celeiro, etc. Disputa pelos feudos como neste período a
propriedade da terra era sinônimo de poder econômico, político e social, eram comuns as guerras e
batalhas pela disputa de feudos. Feudo é a propriedade rural pertencente a um senhor (vassalo) por doação
do rei (suserano); nele moram e trabalham os servos, produzindo tudo para a manutenção desse sistema
administrativo chamado feudalismo, da hierarquia social e do grande poder espiritual da Igreja, que se
organiza como instituição e chega a ser dona de 2/3 da Europa.
O Papa é o sucessor de S. Pedro. O clero rezava, pregava e copiava livros à mão nos mosteiros: uma grande
empresa econômica e que preservou a cultura clássica.
O poder real enfraqueceu; senhores e cavaleiros nobres vestidos com armaduras de metal, escudo, lança e
espada, guerreiam e fazem torneios.
A economia baseia-se na agricultura e no comércio à base de troca.
O Império Bizantino, sob o reinado de Justiniano, atinge o apogeu como centro econômico e cultural.
Enquanto isso, em Meca, na Arábia, surge a religião muçulmana criada pelo profeta
Mohamed, que conseguiu reunir religiosa e politicamente as guerreiras tribos beduínas.

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Através da “Guerra Santa”, estende-se pelo Oriente Próximo, o Norte da África e até a Espanha, criando
califados. Tornam-se inventores, divulgadores e aperfeiçoadores nas artes, ciências, comércio e agricultura.
Atendendo a apelo do Papa, os cristãos organizam expedições militares, as
Cruzadas, para a retomada dos lugares santos. Barões, reis (como Frederico Barba Roxa,
Ricardo Coração de Leão e Filipe Augusto), cavaleiros, gente do povo e até crianças participam das oito
expedições. Graças a elas renasce o comércio de produtos orientais.
Gênova, Veneza e Florença, cidades italianas, praticamente controlam o Mediterrâneo enquanto Bremen,
Hamburgo e Lubeck dominam o Mar do Norte e o Báltico.
Surgem feiras, confrarias, corporações de comerciantes e de ofícios, bancos, cheques, letras de câmbio e o
capitalismo comercial. A nova classe burguesa faz-se poderosa e rica. Para derrubar a nobreza feudal e
tornarem-se senhores absolutistas, os reis fazem alianças com a burguesia, propiciando a formação de
monarquias nacionais como o Sacro Império Romano-Germânico e as Monarquias Francesa e Inglesa. Os
reis retomam sua força militar, controlam a justiça e a riqueza nacionais.
Uma guerra entre Inglaterra e França, por razões sucessórias, prolonga-se por 100 anos (1337-1453) e dela
participa a donzela-guerreira Joana D´Arc, que morreu queimada em Rouen, acusada de bruxaria pelos
partidários ingleses. Entre 1455 e 85, as famílias
Lancaster e York lutam pela coroa da Inglaterra e só terminam quando um Henrique VII, um Tudor
(descendente dos Lancaster) se casa com a herdeira dos York.
As guerras desorganizaram a produção e provocaram crises de fome e epidemias como a peste negra, que
matou 1/3 da população europeia.
Em 1453 a célebre Constantinopla, ponto final das rotas das caravanas comerciais afro-orientais, é sitiada e
conquistada barbaramente pelo sultão turco Mohamed II, muçulmano. O comércio no Mediterrâneo passa
para suas mãos. A Idade Média se finda em 1453.

Helenismo é um termo que designa tradicionalmente o período histórico e cultural durante o qual a
civilização grega se difundiu no mundo mediterrânico, euroasiático e no Oriente, fundindo-se com a cultura
local. Da união da cultura grega com as culturas da Ásia Menor, Eurásia, Ásia central, Síria, África do Norte,
Fenícia, Mesopotâmia, Índia e Irã, nasceu a civilização helenística, que obteve grande destaque em nível
artístico, filosófico, religioso, econômico e científico. O helenismo se difundiu do Atlântico até o rio Indo. Do
ponto de vista cronológico, o helenismo se desenvolveu do início do reinado de Alexandre, o Grande, da
Macedônia (336 a.C) até 30 a.C (anexação do reino do Egito por Roma).

HISTÓRIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA

NAVEGAÇÕES
Os principais acontecimentos do início da Idade Moderna foram as viagens marítimas e o descobrimento de
novos continentes, graças ao invento da caravela, da bússola, do astrolábio, das armas de fogo. O príncipe
D. Henrique fundara uma escola de navegantes em Sagres; os portugueses iniciaram a exploração do litoral
africano, a escravidão negra e a descoberta do caminho marítimo para a Índia, realizada por Vasco da
Gama (1498)
Em 1492, Colombo (um genovês a serviço da Espanha) “descobriu “a América procurando chegar à Índia
pelo ocidente, baseado no princípio da esfericidade da Terra.
Fernão de Magalhães (português a serviço da Espanha) iniciou a primeira viagem de circunavegação
(1519/22), que foi completada por Sebastião Elcano. Ingleses, franceses e holandeses concorreram com os
ibéricos na colonização do mundo desconhecido.

RENASCIMENTO E HUMANISMO

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O comércio, o crescimento das cidades, as navegações e o contato com regiões e povos distantes
despertaram novos sentimentos e ideias nos artistas, cientistas e pensadores europeus. Tal movimento foi
chamado de Renascimento e surgiu na Itália, valorizando a cultura clássica greco-romana e buscou uma
exaltação da razão, personalidade, otimismo e individualismo. Leonardo da Vinci, Michelangelo, Bitticelli,
Shakespeare, Velásquez, El Greco e Camões foram os grandes destaques, além de Kepler e
Copérnico (heliocentrismo), Newton e Galileu (descobriu os anéis de Saturno e as manchas do Sol).
O Humanismo foi essa valorização do homem tornando-o o centro de todas as coisas. No século XV, ocorreu
também uma revolução profunda e radical na economia Europeia, marcando o aparecimento do capitalismo
e de companhias comerciais, do desenvolvimento do sistema bancário e do

Mercantilismo: uma série de medidas onde cada país defendeu sua produção e seu comércio e assim,
fortalecer o absolutismo real e a prosperidade do estado.
ABSOLUTISMO
Denomina-se “absolutismo” o regime político no qual os reis e ministros tinham todos os poderes, decidiam
sobre todos os assuntos. Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e Jacques Bossuet procuraram explicar e
justificar o sistema alegando que os reis governavam por “direito divino” e só a Deus deviam prestar contas
de seus atos.

REFORMA

A Alemanha do imperador Carlos V foi o palco de um grande movimento religioso político- econômico que
provocou uma divisão nos católicos europeus: a origem do Protestantismo (ou Reforma), O objetivo de seu
líder, o padre Martinho Lutero era restabelecer a simplicidade e pureza da fé cristã, rejeitando a tradição
ensinada pela igreja, a imoralidade do clero, o comércio de coisas sagradas e de indulgências (perdão dos
pecados mediante pagamento). Excomungado pelo Papa e condenado pelo Imperador à fogueira, refugiou-
se no castelo do Príncipe Frederico onde traduziu a Bíblia para o alemão, possibilitando a qualquer pessoa
entender a palavra de Deus. Para ele a salvação estava na fé.
O governo convocou as Diretas (assembleias) de Spira e Worms para discutir o assunto; finalmente a Paz de
Augsburgo (1555) acabou com o movimento reformista na
Alemanha, concedendo liberdade de culto.
Os protestantes dividiram-se em várias seitas, até rivais. Na Alemanha, Suécia e Dinamarca predominou o
Luteranismo; em Genebra (Suíça) nasceu o Calvinismo de João Calvino que alegava “só ter fé quem Deus
predestinara a Salvação”. Suas ideias difundem-se na Holanda, França e Escócia. Guerras de religião
assolaram toda a Europa. Até Henrique VIII, rei da Inglaterra e “Defensor da Fé” rompeu com o Papa, pois
lhe pedira o divórcio de Catarina de Aragão para desposar a amante Ana Bolena. Furioso pela negação, ele
próprio se divorcia e responde à excomunhão criando o Anglicanismo. Fechou conventos, confiscou terras e
tesouros, fez-se Papa na Inglaterra.

CONTRA-REFORMA
A Igreja contra-atacou a Reforma com a convocação do Concílio de Trento (1545) que corrigiu abusos nela
existentes e se disciplinou. Criou seminários, o catecismo, reafirmou os seus dogmas, a autoridade papal, o
culto aos santos e a Maria e o celibato (ausência de casamento) do clero. Reorganizou a Inquisição (que
queimava pessoas “demoníacas”).
Inácio de Loyola fundou a Companhia de Jesus – ordem jesuítica que recuperou o catolicismo em grande
parte da Europa catequizou o Japão, a Índia e a América do Sul.

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ILUMINISMO E DESPOTISMO ESCLARECIDO

Iniciado na Inglaterra (XVII) e atingindo seu apogeu na França, no início da Idade


Contemporânea, o Iluminismo foi o movimento intelectual que combateu o Absolutismo, a intolerância, a
desigualdade social, a política mercantilista e defendia o predomínio da razão como cria da sabedoria.
Filósofos como Voltaire, Montesquieu, Rousseau e o economista Adam Smith defendiam o governo exercido
pelo povo, a igualdade social, a liberdade de culto e de expressão, a liberdade econômica!
Para impedir desordens e revoluções dos descontentes, alguns governantes promoveram reformas em seus
Estados, sem, contudo, destruir o Absolutismo – seus métodos ficaram conhecidos como “Despotismo
Esclarecido”. Os principais déspotas foram Catarina II da Rússia, Frederico II da Prússia, José II da Áustria,
Carlos III da Espanha e o português Marquês de Pombal. O Movimento iluminismo foi um movimento global,
ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor
caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. O centro das ideias e pensadores
Iluministas foi a cidade de Paris. Os iluministas defendiam a criação de escolas para que o povo fosse
educado e a liberdade religiosa. Para divulgar o conhecimento, os iluministas idealizaram e concretizaram a
ideia da Enciclopédia (impressa entre 1751 e 1780), uma obra composta por 35 volumes, na qual estava
resumido todo o conhecimento existente até então. O iluminismo foi um movimento de reação
ao absolutismo europeu, que tinha como características as estruturas feudais, a influência cultural da Igreja
Católica, o monopólio comercial e a censura das “idéias perigosas”. O nome “iluminismo” fez uma alusão ao
período vivido até então, desde a Idade Média, período este de trevas, no qual o poder e o controle da
Igreja regravam a cultura e a sociedade.

Montesquieu, um dos principais filósofos do Iluminismo. Obra de autor desconhecido.

Os principais pensadores iluministas foram:

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Montesquieu (1689-1755) – fez parte da primeira geração de iluministas. Sua obra principal foi “O espírito
das leis”. Antes mesmo da sociologia surgir, Montesquieu levantou questões sociológicas, e foi considerado
um dos precursores da sociologia.

Voltaire (1694-1778) – Critico da religião e da Monarquia, Voltaire é o homem símbolo do movimento


iluminista. Foi um grande agitador, polêmico e propagandista das idéias iluministas. Segundo historiadores,
as correspondências de Voltaire eram concluídas sempre com o mesmo termo:

Écrasez l’Infâme (Esmagai a infame). A infame a que se referia era a Igreja católica. Sua principal obra foi
“Cartas Inglesas”.

Diderot (1713-1784) – Dedicou parte de sua vida à organização da primeira Enciclopédia, sendo essa a sua
principal contribuição.

D’Alembert (1717-1783) – Escreveu e ajudou na organização da enciclopédia.

Rousseau (1712-1778) – redigiu alguns verbetes para a Enciclopédia. Suas idéias eram por vezes contrárias
as dos seus colegas iluministas, o que lhe rendeu a fama de briguento. Sua principal obra foi “Discurso sobre
a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”.

O movimento iluminista utilizou da razão no combate a fé na Igreja e a ideia de liberdade para combater o
poder centralizado da monarquia. Com essa essência transformou a concepção de homem e de mundo. A
partir do iluminismo surgiu outro movimento, de cunho mais econômico e político: o liberalismo.

INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS

Após as tentativas de Sir Walter Raleigh fundar a colônia Virgínia, foram os peregrinos do navio Mayflower,
fugidos das guerras religiosas, que deram início à colonização da América do Norte. Com o passar do tempo,
formam 13 colônias.
Nas do Norte, predominou o comércio, a indústria artesanal e o trabalho assalariado; nas do Sul, latifúndios
(grandes propriedades), monocultura de algodão e escravismo negro. Apesar dos monopólios e restrições
comerciais, os colonos eram fiéis à
Inglaterra. Porém, a elevação dos impostos, abusivamente e as doutrinas do Iluminismo despertam a
consciência de libertação. A cidade de Filadélfia cedia dois congressos pela
Independência, que é proclamada a 4 de julho de 1776. Lutam ainda 7 anos para conseguirem o
reconhecimento inglês pelos “Estados Unidos da América”.
Sua Constituição democrática, a primeira do mundo, saiu em 1787: Federalismo, 3
Poderes independentes, liberdade de religião, reunião, pensamento e associação – democracia, só para
brancos; exclusão para negros índios. George Washington foi eleito primeiro Presidente.

REVOLUÇÃO FRANCESA

Em 1789, a França está arruinada por guerras, falências, desemprego, altíssimo custo de vida, total miséria e
fome para 96% do povo, que é obrigado a sustentar o clero e a nobreza. O Absolutismo de Luís XVI se
mantinha pela repressão e regras políticas.
Inflamados por “liberdade, igualdade e fraternidade” o povo, manobrado pela burguesia, ataca e invade
uma tenebrosa fortaleza – prisão onde apodreciam criminosos e adversários políticos: é o dia 14 de julho.

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A Revolução se alastra: invade, queima castelos, assalta cartórios, desaparece com títulos de propriedade ao
som da “Marselhesa”. Uma Assembleia Constituinte aprova a “Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão” e a Constituição de 1791. Os reis são guilhotinados. Danton, Marat e Robes Pierre agitam os
partidos políticos com suas ideias e discursos. A guilhotina não para. Por fim, a burguesia abraça o Poder e
Napoleão Bonaparte coroa-se Imperador.

A França no século XVIII

A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro
Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os
impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.

A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a
economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os
trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram
presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à morte.

A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava
o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada
pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na
corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que,
como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos.
Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.

A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na
qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma
participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.

A Revolução Francesa

A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o
objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luís XVI. O primeiro alvo
dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo
revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.

O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os
desejos do terceiro estado francês.

Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi
capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e
sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens
da Igreja foram confiscados durante a revolução.

No mês de agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e
promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia
significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política
para o povo.
25
Girondinos e Jacobinos

Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões
diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma
participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado,
os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo.
Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas
mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.

A Fase do Terror

Maximilien de Robespierre: defesa de mudanças radicais

Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas
nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos
integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A
violência e a radicalização política são as marcas desta época.

A burguesia no poder

Napoleão Bonaparte: implantação do governo burguês

Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova
Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico.
O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de
novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês.
Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do
sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais
passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por
outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma
sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos
(principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a
independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.

CONGRESSO DE VIENA E SANTA ALIANÇA


26
Notável administrador, Napoleão reergue a França, conquista, anexa, cria reinos, decreta o Bloqueio
Continental para enfraquecer a Inglaterra. Amedrontadas, outras potências se coligam para derrotá-lo.
Invade a Rússia. Retorna vencido pelo inverno. Sofre invasão. Abdica, foge do exílio e Elba e retorna o poder.
É derrotado em Waterloo
(Bélgica), abdica, tenta fugir e morre prisioneiro inglês na ilha de Santa Helena (1821). Reis e representantes
das nações vitoriosas redefinem o mapa político europeu no Congresso de Viena e criam a Santa Aliança
para reprimir qualquer movimento pelas liberdades. Em
1823, o presidente James Monroe dos Estados Unidos dizia considerar ato de agressão ao seu país qualquer
tentativa de interferência europeia nos problemas americanos era a Doutrina Monroe.

Revolução Industrial

A revolução teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção.
Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo
mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada,
buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o
crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.

Pioneirismo Inglês

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato
pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em
seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas ao
vapor.

Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-
prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de
Terras), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas
cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas,
comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode
ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.

Avanços da Tecnologia

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas a vapor,
principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o
homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo
de produção.

Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte

Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas a vapor


(maria fumaça) e os trens a vapor. Com estes meios de transportes, foi
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possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.

Principais invenções técnicas da Revolução Industrial: lançadeira volante de John Kay, tear mecânico de
Cartwright, máquina a vapor de JamesWatt e locomotiva de Stephenson.

A Fábrica

As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As
condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os
salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e
feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos
dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio
doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem
nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.

Reação dos trabalhadores

Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de
trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de
melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por
exemplo, o Ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e
destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O
cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos
políticos para os trabalhadores.

A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais
rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número
de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição
ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também
foram consequências nocivas para a sociedade.

Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar
empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e
pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem
qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades.
Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.

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Frase – é um enunciado de sentido completo com uma ou várias palavras. Ex: Anoiteceu.

Oração – é a frase construída em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Ex: Fomos ao cinema ontem.

Período – é a frase organizada em orações. Podem ser simples quando é formado por uma só oração (EX: Os
alunos saíram) e composto quando é formado por mais de uma oração
(EX: Os alunos saíram quando deu o sinal).

₪ TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO


São o sujeito, que é o elemento a respeito do qual se declara alguma coisa e o predicado é aquilo que se
declara do sujeito.

Tipos de Sujeito

SIMPLES: Ocorre quando apresenta só um núcleo. Ex: O dia está quente.

COMPOSTO: Ocorre quando apresenta mais de um núcleo. Ex: Eu e meu irmão vamos dar uma festa
(núcleos: eu/irmão)

OCULTO: Ocorre quando pode ser identificado, mas não está explicitamente representada na oração. Ex:
Estivemos na fazenda (sujeito – nós, identificável pela desinência verbal).

INDETERMINADO: Ocorre quando não há nenhuma referência a quem praticou a ação indicada pelo verbo; o
sujeito existe, mas não pode ser identificado. Ex: Roubaram meu carro! (Verbo na 3ª pessoa do plural);
Precisa-se de um ajudante. (Verbo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se).

ORAÇÃO SEM SUJEITO: Ocorre quando não podemos relacionar o predicado a nenhum sujeito. Ex: Havia
vários livros sobre a mesa (o verbo haver é empregado com o sentido de existir) – Trovejou muito ontem
(verbo que indica fenômeno meteorológico).

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₪ TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
Os termos integrantes completam o sentido de adjetivos, substantivos, verbos e advérbios.

COMPLEMENTOS VERBAIS:

Objeto Direto: É o complemento verbal que não vem introduzido por uma preposição. Ex: Os alunos
terminaram o trabalho.

Objeto Indireto: É o complemento verbal que vem introduzido por uma preposição.
Ex: Raul precisa de ajuda.
Obs. Os pronomes oblíquos o, a, os, as e as variantes (lo, la, los, lãs, no, na, nos, nas) são sempre objeto
direto; os pronomes oblíquos lhe, lhes são sempre objeto indireto.
Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de preposição. Ex: Adoremos a
Deus. - O professor elogiou a todos.

COMPLEMENTO NOMINAL:
É o termo que especifica ou completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio. Vem sempre
introduzido por uma preposição. Ex: Ele tem inveja do colega.

AGENTE DA PASSIVA:
É o termo que indica quem praticou a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz passiva.
Ex: O trabalho foi feito pela classe.
Passando-se a oração da voz passiva para a voz ativa, o agente da passiva passa a ter função de sujeito. Ex: A
classe fez o trabalho.

Tipos de Predicado

PREDICADO VERBAL: Tem como núcleo um verbo transitivo ou intransitivo.


Ex: Os viajantes partiram. (partiram = verbo intransitivo)
O menino ganhou um presente. (ganhou = verbo transitivo direto; um presente = objeto direto).
Eu preciso de ajuda. (preciso = verbo transitivo indireto; de ajuda = objeto indireto).
Ela entregou os documentos ao diretor. (entregou = verbo transitivo direto e indireto; os documentos =
objeto direto; ao diretor = objeto indireto).

PREDICADO NOMINAL: Tem como núcleo um nome, que indica estado ou característica do sujeito. É
formado por um verbo de ligação e um predicativo do sujeito.
EX: A enchente deixou a população apavorada. (deixou = verbo transitivo direto; a população = objeto direto;
apavorada = predicativo do objeto).

PREDICADO VERBO-NOMINAL: Possui dois núcleos: um verbal e um nominal.


EX: A enchente deixou a população apavorada. (deixou = verbo transitivo direto; a população = objeto direto;
apavorada = predicativo do objeto).
Todos nós observamos emocionados aquela cena. (observamos = verto transitivo direto; emocionados =
predicativo do sujeito; aquela cena = objeto direto).

₪ PRONOMES

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É uma palavra variável que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o a uma das três pessoas
do discurso.

As pessoas do discurso são:

1ª pessoa: indica a pessoa ou as pessoas que falam: eu (singular), nós (plural);


2ª pessoa: indica a pessoa ou as pessoas com quem se fala: tu (singular), vós (plural);
3ª pessoa: indica a pessoa ou as pessoas de quem se fala: ele, ela (singular), eles elas (Plural).
OBS: Na maior parte do Brasil, o pronome você é usado no lugar do pronome tu. Por isso é considerado um
pronome de segunda pessoa, embora leve o verbo para a terceira pessoa.

Classificação dos Pronomes

PESSOAIS: São aqueles que indicam as pessoas gramaticais. Podem ser:

Retos - que desempenham a função de sujeito: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas.

Oblíquo- que desempenham a função de complemento verbal: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, o (s), a
(s), lhe (s), ele (s), ela (s), si, consigo, nos, nós, conosco, vos, vós convosco.

TRATAMENTO: são as palavras e expressões com que nos dirigimos a alguém. Esses pronomes servem
também para indicar o grau de formalidade existente em determinadas situações. Os pronomes de
tratamento mais usuais são: você, vocês, senhor, senhora, vossa senhoria, etc.

POSSESSIVOS: são aqueles que expressam ideia de posse. São: meu (s), minha (s), teu (s), tua (s), seu (s), sua
(s), nosso (s), nossa (s), vosso (s), vossa (s).

DEMONSTRATIVO: são aqueles que indicam a posição dos seres no tempo e no espaço, relacionando-os com
as três pessoas do discurso. São: este (s), esta (s), isto (referem-se ao ser que está próximo à pessoa que
fala); aquele(s), aquela(s), aquilo (referem-se ao ser de que se fala).

INDEFINIDOS: são os pronomes que se referem à terceira pessoa do discurso de modo vago, indeterminado.
Ex: Alguém bateu na porta. Podem ser variáveis: algum, bastante, certo, muito, nenhum, outro, pouco,
qualquer, tanto, todo, um, vários e invariáveis: algo, alguém, cada, nada, ninguém, outrem, tudo, quem.

INTERROGATIVOS: os pronomes indefinidos que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas são
pronomes interrogativos quando introduzem frases interrogativas.
Ex: Quantos anos você tem?

RELATIVOS: são os pronomes que substituem um termo expresso em oração anterior. Ex:
Esse é o aluno que passou em primeiro lugar (que substitui a palavra aluno). Podem ser
Variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo(s), cuja(s), quanto(s), quanta(s) e
Invariáveis: que, quem, onde.

₪ CONJUNÇÃO
É a palavra ou locução invariável que liga orações ou termos de uma oração com a mesma função sintática.
As conjunções dividem-se em:

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COORDENATIVAS: são aquelas que ligam orações independentes ou termos que exercem a mesma função
sintática dentro de uma oração.

Subdividem-se em:

Aditivas – expressam ideia de acréscimo, adição: e, nem, não só ... ,mas também, como também, mas ainda,
etc.. Ex: Ele não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório final.

Adversativas – expressam ideia de oposição, adversidade: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no
entanto etc.. Ex: Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.

Alternativas - expressam ideias de alternância, escolha, exclusão: ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer etc..
Ex: Ou saio eu, ou sai ele da sala.

Conclusivas: expressam ideia de conclusão: portanto, logo, pois, por isso etc.. Ex: Ele fez um bom trabalho,
portanto deve receber um bom pagamento.

Explicativas: expressam ideias de explicação, justificativa: pois, que, porque etc. Ex: Venha para dentro, pois
está começando a chover.

SUBORDINATIVAS: são aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente de outra. A oração
dependente, introduzida pela conjunção subordinativa, recebe o nome de oração subordinada. Elas podem
ser integrantes (que, se) e adverbiais, que expressam circunstâncias com relação à oração principal. São:

Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da principal: porque, que, como = porque, pois,
que etc.. Ex: Vou ajudá-lo porque sou seu irmão.

Concessivas: expressam ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização: embora,
ainda, apesar de que, por mais que etc. Ex: fomos visitá-lo, embora fosse tarde.

Condicionais: indicam a hipótese ou a condição para a ocorrência da principal: se, contanto que, salvo se,
desde que etc.. Ex: Se precisar de ajuda, chame sua mãe.

Conformativas: exprimem semelhança, conformidade de um fato com outro: conforme, segundo, consoante
etc.. Ex: O trabalho foi feito

Conforme planejamos.

Finais: expressam a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal: para que, a fim de que etc. Ex:
Fiquem quietos para que possamos estudar.

Proporcionais: expressam um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal: à medida que, à


proporção que, ao passo que etc. Ex: O meio ambiente é agredido à medida que o progresso avança.

Temporais: acrescentam uma circunstância de tempo ao fato expresso na principal: quando, enquanto,
assim que, logo que etc.. Ex: A festa ficou animada quando ele chegou.

Comparativas: expressam ideia de comparação com referência à oração principal: como, assim como, (do)
que, tal como etc. Ex: Ele escreve melhor (do) que seus colegas.
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Consecutivas: expressam a consequência da principal: de sorte que, de modo que, de forma que, (tão) que
etc.. Ex: A dor era tão forte que ele desmaiou.

CRASE

É a contração da preposição a com o artigo definido a ou as. Essa contração vem sempre marcada pelo
acento grave (`). Ex: Vou à cidade de Santos. A (artigo) + a (preposição).
Ocorre também a crase quando a preposição a é seguida dos pronomes demonstrativos aquele (s), aquela
(s), aquilo, a, as. Ex: Vamos àquela discoteca (a + aquela).

USAMOS CRASE QUANDO:

- Nas expressões que indicam horas. Ex: Chegarei às dez horas.


- Nas locuções conjuntivas e adverbiais formadas de substantivos, tais como: à medida que, às vezes, às
pressas etc. Ex: Ele fez o trabalho às pressas.
- Na expressão à moda de, ainda que a palavra moda esteja subentendida. Ex: Ele escreve
à Machado de Assis.

NÃO USAMOS CRASE QUANDO:

- Antes de palavra masculina. Ex: Vou a pé para o colégio.


- Antes de verbo. Ex: Ele começou a trabalhar ontem.
- Antes de expressões formadas de palavras repetidas. Ex: Tome o remédio gota a gota.
Obs: 1) com referência às palavras casa (no sentido de próprio lar) e terra (no sentido de terra firme, em
oposição a mar):
a) o a não deve ser craseado quando essas palavras estiverem sozinhas na frase. Ex: Voltei tarde a casa. Os
marinheiros desceram a terra.
b) o a deve ser craseado quando essas palavras vieram modificadas por outras. Ex: Voltei à casa de meus
pais. / Volta à terra amada.

2) caso facultativo: antes de pronomes possessivos femininos e antes de nomes próprios femininos, o uso
do artigo é facultativo. Logo, se houver preposição antes dessas palavras, a crase ocorrerá também
facultativamente, dependendo da presença ou não do artigo. Ex:
Desejo felicidades a (à) sua irmã. Desejo felicidades a (à) Maria.

3) com referência a lugares, podemos usar uma regra prática para saber se o a deve ser craseado. Ex: Vou à
praia. – Vou a Recife. / Venho da praia. – Venho de Recife. / Estou na praia. – Estou em Recife. Quando, ao
trocar o verbo por outro que pede a preposição de ou em, o a se transformar em da ou na, ele deverá ser
craseado. Mas se ele se transformar em de ou em, então não deverá ser craseado. Ex: Fui à Itália. – Foi a
Salvador. / Venho da
Itália. – Venho de Salvador. / Estou na Itália. – Estou em Salvador.

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Atenção: Se o nome da cidade for modificado por um adjetivo feminino, o a deverá ser craseado. Ex: Fui à
bela Salvador.
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ADVÉRBIO

É uma palavra invariável que modifica um verbo, um adjetivo ou mesmo outro advérbio.

Classificação: os advérbios podem ser:

de Afirmação: sim, realmente, certamente, deveras etc..


de Dúvida: talvez, porventura, acaso, quiçá etc..
de Intensidade: bastante, bem, demais, mais, menos, meio, muito, quase, tão.
de Lugar: abaixo, acima, adiante, além, ali, aqui, atrás, perto, longe etc.
de Modo: assim, bem, devagar, depressa, mal, pior, melhor, rapidamente etc..
de Negação: não
de Tempo: agora, ainda, amanhã, cedo, tarde, nunca, jamais, depois, antes etc..

LOCUÇÃO ADVERBIAL

Quando há duas ou mais palavras que exercem função de advérbio. Ex:


de lugar – à esquerda, à direita, de longe, de perto etc..
de afirmação – por certo, sem dúvida etc..
de modo - às pressas, de cor, em geral etc..
de negação – de jeito nenhum, de modo algum etc..
de tempo – à noite, de dia, de vez em quando etc..

CONCORDÂNCIA VERBAL

O verbo concorda com o sujeito em pessoa e número.


Ex: Ela ficou na escola. (Ela – 3ª pessoa do singular); ficou (3ª pessoa do singular)
Este conteúdo apresenta várias observações. A seguir, citaremos apenas algumas:
- A maioria dos alunos eram jovens. (o verbo ser concorda com o predicativo quando o sujeito é constituído
de uma expressão de sentido coletivo.)
- Faz dois anos que ele foi embora. (o verbo fazer quando empregado em sentido temporal ou se refere a
fenômenos atmosféricos, é sempre impessoal, ficando na 3ª pessoa do singular).
- Existem alunos estrangeiros nessa escola. (flexiona-se normalmente o verbo existir, concordando sempre
com o sujeito).
- Há vários livros na mesa. (o verbo haver permanece na 3ª pessoa do singular quando é impessoal, ou seja,
quando não tem sujeito. Isso ocorre quando significa “existir” ou é empregado em sentido temporal.
- São três horas da tarde. (o verbo ser concorda com o predicativo em orações impessoais, indicando
distância ou tempo).
- Mais de um aluno protestou contra a punição. (sujeito – expressão mais de um + substantivo, o verbo ficará
no singular).

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Quanto à posição, os pronomes átonos podem vir:


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Próclise – (antes do verbo) Ex: Não me esconderei. / Ninguém me deu essa informação. /
Nunca te vi, sempre te amei. / Há filmes que nos comovem bastante.

É usado quando antes do verbo houver palavras de sentido negativo, como nunca, jamais, não, nada,
ninguém etc.; quando antes do verbo houver advérbios; quando antes do verbo houver pronomes relativos.

Ênclise – (depois do verbo) Ex: Escondi-me


É usado quando o verbo está no infinitivo; quando o verbo está no imperativo afirmativo; quando o verbo
está no gerúndio.

Mesóclise – (no meio do verbo) Ex: Esconder-me-ei.


É usado quando o verbo está no futuro do presente; quando o verbo está no futuro do pretérito.

LITERATURA
ROMANTISMO

Com a Revolução Industrial e a consequente industrialização, formam-se as grandes massas urbanas. O


mercado literário, antes restrito aos salões da aristocracia, amplia-se e diversifica-se, atendendo aos
interesses da nova classe dominante: a burguesia, que passa a ser grande apreciadora dessa arte literária.
Nesse período há: o predomínio da emoção e da sensibilidade; visão individualista (Subjetivismo); culto da
natureza; volta à cultura medieval; amor e mulher idealizados sentimental e subjetivamente; temas cristãos
e nacionais etc.
Em Portugal foi introduzido com a publicação do poema Camões, de Almeida Garret.
Costuma-se classificar os autores do Romantismo em três gerações:

1ª – Ainda presa ao Neoclassicismo tinha representantes como: Almeida Garret e


Alexandre Herculano;

2ª – Definida como o “Mal-do-século”, foi influenciada pela poesia de Lord Byron e


Musset. Impregnada de egocentrismo, negativismo boêmio, pessimismo, dúvida. O tema preferido era a
fuga da realidade que se manifesta na idealização da infância, nas virgens sonhadas e na exaltação da morte.
Tinha como principais representantes Alvarez de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira
Freira, Fagundes Varela, entre outros.

3ª – Definida como “Condoreira”, composta por poesia social e libertária, também chamada de
Condoreiríssimo. Esse termo é consequência do símbolo de liberdade adotado pelos jovens românticos: o
condor, água que habita o alto da Cordilheira dos Andes. Seus principais representantes eram: Castro Alves,
Joaquim Manuel de Macedo, Manuel
Antônio de Almeida, José de Alencar, Martins Pena, Gonçalves de Magalhães, Gonçalves
Dias, entre outros.

REALISMO / NATURALISMO

O progresso da ciência e da indústria, as conquistas sociais e o exagero da imaginação do Romantismo


fizeram com que a literatura se voltasse para a aplicação da razão e da inteligência. Desdobrou-se em
Realismo e Naturalismo na prosa e
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Parnasianismo, na poesia.
Em Portugal inicia-se com a Questão Coimbra e tem como principais representantes
Antero de Quental, Cesário Verde, Eça de Queirós etc.
Já no Brasil, a sociedade agrária, latifundiária, escravocrata e aristocrática passa as ser uma civilização
burguesa e urbana. Com a assinatura da Lei Áurea, o setor econômico sofre uma violenta mudança. A
literatura passa do exagero da imaginação do Romantismo para a aplicação da razão e da inteligência. O
realismo no Brasil consolidou a literatura nacional e teve início com a publicação de Memórias Póstumas de
Brás Cubas, de
Machado de Assis.
Os principais representantes são: Machado de Assis, Raul Pompéia, Aluísio Azevedo
Manuel de Oliveira Paiva, entre outros.

PARNASIANISMO

Este foi um movimento contemporâneo ao Realismo/Naturalismo, só que característico apenas da poesia.


Em Portugal foi de pequena expressão, mas no Brasil teve muitos adeptos. Parnaso é o nome de uma
montanha grega consagrada a Apolo e às musas inspiradoras das artes. O Parnasianismo zelava pela
composição perfeita em verso, procurando não cair em romantismo e sentimentalismo exagerados. O papel
do poeta seria esculpir o poema, criar o “belo”, sem preocupações de ordem social ou moral. Defendia a
“arte pela arte”.
Os principais representantes eram: Olavo Bilac, Raimundo Correia, Alberto de Oliveira entre outros.

SIMBOLISMO

Com a evolução da ciência, da tecnologia e do capitalismo, o mundo começa a caminhar cada vez mais em
direção dos interesses materiais, mas o homem não consegue realizar-se financeiramente. Logo, a
esperança cede lugar à frustração e está leva à busca do lado místico, espiritual do universo representando
o subjetivo, o inconsciente. Nas obras simbolistas, encontramos: linguagem simbólica, jogos de vogais,
musicalidade, uso de aliteração e temas como misticismo, amor, espiritualismo etc..
Seus principais representantes foram: Eugênio de Castro, Antônio Nobre, Camilo Pessanha, Cruz e Sousa,
Alphonsus de Guimaraens entre outros.

PRÉ-MODERNISMO

Inicia-se com as obras Os Sertões de Euclides da Cunha e Canaã de Graça Aranha, e se estende até a Semana
de Arte Moderna em 1922. Foi uma fase que iniciou a análise crítica da realidade brasileira. Os autores
escreviam para despertar no leitor a consciência dos sérios problemas da sociedade.
Apesar das várias tendências e estilos literários, encontramos pontos comuns nas obras, tais como: ruptura
com o passado (linguagem chocante), inconformismo diante da realidade brasileira, interesse pelo costume
do interior (regionalismo), tipos humanos marginalizados etc. As obras de cunho urbano e social são
representadas por Lima Barreto e Graça Aranha; obras de cunho rural, por Euclides da Cunha, Monteiro
Lobato entre outros.
Já as obras de cunho indefinido são representadas por Coelho Neto, Afrânio Peixoto,
João do Rio e muitos outros.

MODERNISMO

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Nas primeiras décadas do século XX, surgiram agitações sociais e políticas desenvolvendo profundas
transformações no campo artístico. As artes modernas provem dos movimentos europeus como o
Futurismo, Cubismo, Dadaísmo e Surrealismo.
Sua primeira fase ocorreu em Portugal sendo que os principais representantes era Fernando Pessoa, com
seus vários heterônimos como Ricardo Reis, Alberto Caeiro e Álvaro de Campos; Mario de Sá-Carneiro,
Florbela Espanca, Almada Negreiros.
No Brasil (1ª Fase), por volta de 1922 a 1930, apesar dos escritores reconheceram a necessidade de uma
renovação na literatura, alguns não aceitavam a nova revolução estética, mas, aos poucos, formaram-se
grupos, que ainda sem consciência clara e definida do que desejavam, sentiam que deviam abandonar os
velhos modelos e buscar novas formas de expressão. Surgiram várias manifestações no intuito de renovação
até que fosse realizada a Semana de Arte Moderna, no teatro Municipal de são Paulo, nos dias 13, 15 e 17
de fevereiro de 1922, com recitais, conferências, músicas e exposições. No campo da literatura, destacamos
Oswald de Andrade, Mário de Andrade; na pintura Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti; na
música Villa-Lobos; na escultura Victor Brecheret e na arquitetura Antônio Moya.

O modernismo desenvolveu-se com uma série de movimentos:

1 – Movimento Pau-Brasil (1924)


2 – Movimento Verde-Amarelo (1926)
3 – Movimento Antropofágico (1928)

Os principais representantes do Modernismo nessa primeira fase eram: Manuel Bandeira, Mário de
Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Antônio de Alcântara Machado. Na 2ª Fase, que vai
desde 1930 até 1945, os assuntos abordados, além dos nacionais, políticos e sociais, são ampliados para os
religiosos, filosóficos e existenciais. Os temas regionalistas são explorados, mostrando a situação do homem
que vive fora dos grandes centros, no sertão. Seus principais representantes eram: Carlos Drummond de
Andrade, Murilo Mendes, Jorge de Lima, Cecília Meireles, Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos, Érico
Veríssimo, Jorge Amado entre outros. Na 3ª Fase (período posterior a 1945 = arte contemporânea) –
aprofunda-se psicológica e existencial do ser humano.
Seus principais representantes eram: José Guimarães Rosa, José Cândido de Carvalho, Dalton Trevisan, Lygia
Fagundes Telles, Rubem Fonseca, João Antônio, Antônio Callado, Ignácio de Loyola Brandão, Luiz Vilela, João
Cabral de Melo Neto, entre outros.

Como fazer uma Redação

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Se você quer saber como fazer uma boa redação, o primeiro passo é esquecer os mitos de que somente
algumas pessoas levam jeito para escrever e são capazes de tirar boas notas em vestibulares, concursos, etc.

Talvez você fique surpreso, mas para tirar nota máxima em uma redação basta seguir os critérios da equipe
avaliadora. Existem muitos detalhes importantes que, quando obedecidos, fazem sua redação receber uma
excelente nota, mesmo que o texto não seja revolucionário ou digno de um prêmio Nobel. Os
corretores não estão procurando um texto inovador ou uma ideia espetacular, eles apenas querem um
texto organizado, coerente e fiel ao tema. Vamos abordar aqui esses detalhes e provar como qualquer
pessoa pode ir muito bem na prova redação, mesmo que ainda não tenha muita prática na escrita. Vale a
pena destacar que o texto dissertativo argumentativo costuma ser o mais cobrado nas provas de vestibular
e concursos, por isso daremos atenção especial a ele.

A estrutura de uma boa redação

A primeira coisa que a gente deve se preocupar com um texto é a estrutura dele. Mas o que vem a ser essa
estrutura? Ela é a organização do que vamos escrever. Uma boa redação é dividida
em introdução, desenvolvimento e conclusão. Então vamos ver como fica essa organização:

Introdução

É um parágrafo de 2 a 3 frases apenas. A gente só põe nela o básico, dizemos do que vamos falar na
redação.
Desenvolvimento
Pode conter de 2 a 4 parágrafos. É nele que a gente vai argumentar, discutir o tema da redação.

Conclusão

É um parágrafo com 2, 3 ou 4 frases. É um fechamento do texto.


Bom, agora que a gente já sabe como fica a estrutura de uma boa redação, vamos tentar construí-la.

As perguntas que você deve fazer

A introdução pode ser feita a partir da seguinte pergunta em relação ao tema: “o que eu penso sobre isso?”

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O desenvolvimento pode ser obtido por meio das perguntas: “como posso provar isso?”, “Quais as causas
disso?”, “Quais as consequências disso?”, “Como isso acontece?”, “De que forma posso realizar isso?”.
E a pergunta da conclusão é: “Que lição pode ser tirada disso?”
A partir dessas respostas é que você vai organizar sua redação. Repare que estamos dividindo a redação
antes de começá-la, isso é muito importante. Os avaliadores não enxergam a redação como um único texto
fechado e compacto, eles analisam o texto por etapas, por isso que você deve se preocupar com cada uma
dessas etapas, para garantir que todas estão atendendo ao que eles esperam. Não há como fazer uma boa
redação de outra forma que não seja dividindo e analisando individualmente a introdução, o
desenvolvimento e a conclusão. Qualquer tentativa de misturar esses 3 fragmentos sem cautela irá destruir
a sua nota. Com isso em mente, podemos prosseguir.

Como ter ideias e construir argumentos para o texto


Antes de começar um texto, é muito útil escrever em uma folha algumas informações sobre o tema
proposto. Por exemplo, digamos que o tema da redação seja “O chocolate no mundo moderno”. A primeira
coisa que você deve fazer é anotar alguns fatos e argumentos que você conhece sobre chocolate. Por
exemplo:

 Chocolate em excesso faz mal


 Existem diversos tipos de chocolate
 A compra e venda de chocolate movimenta muito dinheiro
 Muitas pessoas gostam de chocolate

Observe que as frases acima não são muito grandes nem muito elaboradas. Isso tem um motivo: a ideia aqui
é que você coloque no papel a informação exatamente do jeito que ela veio à sua cabeça. Nesse momento,
não estamos preocupados com a estrutura do texto, nem com a perfeição das frases, pois se você ficar
“travado”, sem conseguir se expressar no papel, corre o risco de perder um bom argumento, além de
perder muito tempo (talvez outras ideias relacionadas ao assunto sejam perdidas enquanto você tenta
formular um pensamento rico e elaborado).
Então o propósito aqui é simples: coloque no papel aquilo que veio à cabeça, pois estamos apenas
construindo nossos pilares. O próximo passo vai ser organizar os argumentos que criamos.

Organizando um parágrafo
Observando os argumentos que escolhemos sobre chocolate, podemos notar que o último argumento que
criamos ali tem uma relação direta com o penúltimo:

 A compra e venda de chocolate movimenta muito dinheiro


 Muitas pessoas gostam de chocolate
Afinal, o mercado de chocolate movimenta muito dinheiro justamente pelo fato de que muitas pessoas
gostam de chocolate. Isso também motiva a criação de vários tipos diferentes de chocolate, então o
segundo argumento também pode ser incluído nesse raciocínio. Já o primeiro argumento serve como um
alerta. Portanto, um parágrafo para nosso texto, contendo todas essas ideias, poderia ser:

– “Como muitas pessoas gostam de chocolate, o comércio desse produto movimenta muito dinheiro. Para
aumentar as opções de sabores e aplicações, muitos tipos diferentes de chocolate são fabricados. No
entanto, é preciso estar consciente de que chocolate em excesso faz mal”.
Observe que as frases desse parágrafo seguem uma lógica; não são apenas informações jogadas sem nexo.
Essa lógica só existiu pelo fato de termos organizado as ideias que tivemos lá no início. Esse processo
sempre vai ser utilizado para garantir um texto fluido e bem estruturado.

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Agora sim estamos preocupados com o texto da redação, pois antes estávamos apenas preocupados em
como construir argumentos para o tema. Fazer a redação é o segundo passo; primeiro você precisa colocar
os argumentos no papel, como já comentamos. Esse detalhe acaba pegando muitos alunos no contrapé,
pois tentar fazer uma redação do início ao fim diretamente é muito mais difícil e arriscado. Você fica sujeito
a cometer muitos erros como fuga do tema, falta de coerência e conexão, etc.

Como fazer uma redação em etapas


Muito bem, esse foi apenas um exemplo simples para você ter uma ideia de como um parágrafo se constrói
na prática. Obviamente, aqueles argumentos que criamos sobre chocolate renderiam muitas outras frases e
ideias, mas nosso objetivo era apenas mostrar o conceito de criação de argumentos e elaboração do texto a
partir desses argumentos.

O que vamos fazer nos próximos artigos é ensinar como você deve construir uma introdução, um
desenvolvimento e uma conclusão, pois cada uma dessas etapas requer cuidados e atenções especiais.
Esses cuidados são simples, mas fazem toda a diferença na sua nota final.

FISIOLOGIA
É o ramo da Biologia que estuda o funcionamento dos órgãos. Os aparelhos ou sistemas são formados por
conjuntos de órgãos que funcionam em estreita associação e realizam determinadas funções.

Ecologia é a parte da Biologia que estuda as relações dos seres vivos entre si e destes com o meio. O termo,
que foi usado pela primeira vez em 1866 por Ernest Haeckel, vem da junção de duas palavras
gregas: Oikos, que significa casa, e logos, que quer dizer estudo. Assim sendo, ecologia significa o “estudo da
casa” ou o “estudo do habitat dos seres vivos”.
Ciência ampla e complexa, a Ecologia preocupa-se com o entendimento do funcionamento de toda a
natureza. Assim como vários outros campos de estudo da Biologia, ela não é uma ciência isolada. Para
entendê-la, é necessário, por exemplo, conhecer um pouco de Evolução, Genética, Biologia
Molecular, Fisiologia e Anatomia.

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→ Subdivisões da Ecologia
De uma maneira geral, a Ecologia pode ser subdividida em dois tipos: a autoecologia e a sinecologia.
Na autoecologia, o estudo volta-se para uma determinada espécie ou indivíduo, analisando-se,
principalmente, seu comportamento e os mecanismos adaptativos que garantem a sua sobrevivência em
determinado meio. Já a sinecologia faz uma análise mais ampla, analisando grupos de organismos que
interagem entre si e com o meio. Fica claro, portanto, que a autoecologia e a sinecologia detêm-se sobre
diferentes níveis de organização.

→ Níveis de organização em Ecologia


O estudo de Ecologia baseia-se em quatro níveis principais de organização, que obedecem a um arranjo
hierárquico que agrupa sistemas mais simples até os mais complexos. Veja os níveis estudados em Ecologia:

→ População: conjunto de organismos de uma mesma espécie que vivem juntos em uma determinada área
e apresentam maiores chances de reproduzir-se entre si do que com outros indivíduos de outras
populações.

→ Comunidades: conjunto de populações de uma determinada região.

→ Ecossistema: conjunto formado pela comunidade e os fatores abióticos.

→ Biosfera: nível mais amplo e autossuficiente que corresponde a todos os seres vivos do planeta,
abarcando as relações deles entre si e com o meio ambiente. Independentemente do nível de organização
estudado, compreender o meio em que o organismo vive é essencial no estudo da ecologia. Assim sendo, ao
escolher uma espécie para análise, os ecólogos preocupam-se em conhecer seu habitat e seu nicho
ecológico, ou seja, o local onde a espécie vive e seu papel naquela comunidade.
Outro ponto importante da Ecologia e que envolve todos os níveis de organização é a compreensão das
relações existentes entre os seres vivos. As relações ecológicas demonstram como as diferentes espécies
interagem e como os indivíduos de uma população comportam-se.

→ Por que é importante estudar Ecologia?


Ao estudar a Ecologia, os ecólogos conseguem visualizar de maneira clara como as espécies interagem entre
si e conseguem coexistir em determinado ambiente, além de conseguir informações para a compreensão
dos motivos que levam uma espécie a viver em uma área e a ausentar-se de outros locais. Também é
possível compreender como uma espécie é capaz de influenciar uma determinada comunidade e os
impactos gerados por ela. Por meio dessas análises, é possível fazer previsões a respeito do futuro de
determinadas espécies e as consequências das mudanças nos padrões de uma comunidade.

É importante destacar também que a Ecologia é fundamental para a compreensão do futuro do planeta. A
partir do momento que entendemos as espécies e suas necessidades, conseguimos analisar claramente
como nossas atividades influenciam o meio. Sendo assim, o entendimento da Ecologia e a conscientização
da população podem ajudar a garantir um futuro sustentável para o planeta.

SISTEMA DIGESTOR
A digestão consiste na quebra das moléculas de um alimento em moléculas menores, para que possam ser
absorvidas pelas células. Essa quebra ocorre com auxílio das enzimas digestivas. A digestão de um alimento
tem início na boca e depois segue para os órgãos (principais) que fazem parte do Sistema Digestório
(faringe, esôfago, estômago, intestino e ânus).
Os órgãos anexos do Sistema Digestório servem para auxiliar a digestão, como:

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- Glândulas Salivares: secretam a saliva, ajudam o início da digestão.
- Fígado: é a maior glândula no ser humano. Ele secreta a bile que é lançada no duodeno e é usada na
digestão das gorduras.
- Pâncreas: produz o suco pancreático, lançado também no duodeno.

SISTEMA RESPIRATÓRIO
Respiração é o processo de trocas gasosas entre o meio ambiente e o ser vivo. O aparelho respiratório
consiste nas narinas, fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e nos órgãos principais, como os
pulmões.
As trocas gasosas envolvem a absorção do oxigênio pelo organismo e a liberação do gás carbônico.
- Faringe é o órgão que participa tanto do aparelho respiratório como do digestivo
- Diafragma é o músculo que participa do movimento respiratório.
- Hematose é a troca de sangue venoso, rico em CO2, por sangue arterial, rico em O2.
Ocorre nos alvéolos
A respiração pode ser cutânea (sapos), branquial (peixes), traqueal (insetos), pulmonar (mamíferos).

SISTEMA CIRCULATÓRIO
A circulação consiste no transporte de nutrientes, gases respiratórios, hormônios, resíduos metabólicos
através dos fluidos circulantes. O aparelho circulatório é constituído por vasos transportadores, tais como:
veias, artérias, capilares e órgão principal: o coração (Que é constituído de 4 cavidades). O sangue tem cor
vermelha, sabor salgado, cheiro característico e é mais denso do que a água.
O sangue tem uma substância fundamental líquida, o plasma, e os elementos figurados que são as
hemácias, os leucócitos e as plaquetas. O plasma é um líquido de cor amarelada, onde se dissolvem as
substâncias transportadas pelo sangue. Ele tem 90% de água e 10% de substâncias orgânicas e inorgânicas.
O sangue arterial circula apenas do lado esquerdo do coração. São os vasos sanguíneos e as veias cavas que
levam o sangue venoso do organismo para o coração.
As partes do coração são: 2 átrios ou aurículas, 2 ventrículos, miocárdio, endocárdio, pericárdio.

SISTEMA EXCRETOR
Excreção consiste em eliminar do organismo substâncias tóxicas produzidas pelo metabolismo celular, tais
como: gás carbônico, uréia, sais, bile, amônia, ácido úrico, água, suor, gordura, fezes. O aparelho excretor
ou urinário é formado pelos rins e pelas vias urinárias.
Em cada rim penetra uma artéria renal (traz o sangue para o rim) e uma veia renal (Leva o sangue para fora).
A urina formada em cada rim é conduzida para o exterior pela uretra.
Obs. A principal função dos rins é filtrar o sangue.
Nefros são células responsáveis pela formação da urina.

SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso tem como função controlar e regular, junto ao sistema endócrino, as funções dos demais
órgãos do corpo, dividem-se em:

- Sistema Nervoso Central: que é formado pela medula espinhal e o encéfalo (cérebro, cerebelo, ponte e
bulbo);

- Sistema Nervoso Periférico: que é formado pelos nervos e gânglios nervosos (nervos cranianos e
raquidianos).
As menores unidades morfológicas do sistema nervoso são as células nervosas chamadas neurônios que são
responsáveis pelos impulsos nervosos.

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SISTEMA LOCOMOTOR OU MUSCULAR
Sua principal função é a sustentação do corpo e do sistema muscular, que consiste na movimentação. Os
músculos podem ser:

- Lisos quando realizam movimentos involuntários.

- Estriados que realizam movimentos voluntários.

- Estriado Cardíaco que também realiza movimento involuntário.


As propriedades dos músculos são:

- Elasticidade que permite ao músculo retomar exatamente a sua forma e dimensão, após se alterarem;
- Contratilidade que permite ao músculo contração, ficando mais curto e mais grosso, sem perder seu
volume.

SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino é constituído por glândulas, cuja função é produzir substâncias chamadas hormônios.
As principais glândulas endócrinas são: Hipófise, tireoide, paratireoide, suprarrenais, ilhotas de Langherans,
timo, glândulas sexuais.

SISTEMA REPRODUTOR
A principal função do sistema reprodutor é perpetuar a espécie.

Aparelho Reprodutor Feminino: O aparelho reprodutor feminino é constituído por: trompas de Falópio (onde
ocorre a fecundação), útero, vagina, vulva.

Aparelho Reprodutor Masculino: O aparelho reprodutor masculino é constituído por: testículos (onde é
produzida a testosterona), epidídimo, canais deferentes, uretra (órgão que faz parte tanto do aparelho
urinário como do reprodutor) e pênis.

Fatores Bióticos

Biótico (bio = vida)


Em ecologia, chamam-se fatores bióticos todos os elementos causados pelos organismos em um
ecossistema que condicionam as populações que o formam.
Por exemplo, a existência de uma espécie em número suficiente para assegurar a alimentação de outra
condiciona a existência e a saúde desta última. Muitos dos fatores bióticos podem traduzir-se nas relações
ecológicas que se podem observar num ecossistema, tais como a predação, o parasitismo ou a competição.

 Fatores bióticos:
o Produtores
o macroconsumidores
o microconsumidores.

Fatores Abióticos

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Abiótico ( A =não, bio = vida)
Em ecologia, denominam-se fatores abióticos todas as influências que os seres vivos possam receber em um
ecossistema, derivadas de aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente, tais como a luz, a
temperatura, o vento, etc.

 Fatores abióticos:
o Substâncias inorgânicas - ciclos dos materiais
o Compostos orgânicos - ligam o biótico-abiótico
o Regime climático
o Temperatura
o Luz
o PH
o Oxigênio e outros gases
o Umidade
o Solo

Reprodução: É responsável pela perpetuação das espécies dando origem a outros seres vivos e podem ser:
Agâmica (Assexuada) como ocorre em algumas bactérias ou Gâmica
(Sexuada) como nos seres humanos.

Fecundação: Consiste na união de dois gametas de sexo diferente. Com a fusão dos núcleos há formação de
uma célula-ovo chamada Zigoto (que é o produto da fecundação).

Evolução do Ovo: Fêmeas Ovíparas são aquelas que eliminam ovos, que irão se desenvolver totalmente no
meio externo e as Fêmeas Ovovivíparas são aquelas que produzem ovos, cujo desenvolvimento é feito
parcialmente no interior do organismo materno, já as Fêmeas Vivíparas são aquelas em que o
desenvolvimento do embrião, é totalmente dependente do organismo materno.

GENÉTICA
Genética é o ramo da Biologia que estuda os fenômenos de hereditariedade e variação.
A Lei de Mendel dá fundamento à Genética, que em 1865 descobriu os princípios básicos que regulam o
mecanismo da herança de caracteres.
Gene é a unidade hereditária que determina os caracteres. Por exemplo, o gene que determina a miopia é
recessivo (mm). Logo, do casamento de um homem míope (mm) com uma mulher de visão normal
homozigota (MM), a probabilidade do filho do casal nascer míope é de 0%.

Alguns termos importantes em Genética:

ALELOS: genes que determinam os caracteres. São eles: AA, Aa, aa.

FENÓTIPO: é o termo usado para indicar o aspecto exibido pelo indivíduo.

GENÓTIPO: é o termo usado par indicar a constituição genética do indivíduo.

HOMOZIGOTO: quando apresenta os caracteres de dois genes alelos iguais. EX: AA ou aa.
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HETEROZIGOTO: quando apresenta os caracteres denominados alelos diferentes. Ex: Aa.

ASPECTOS DO SEXO
Sistema XY: o sistema XY ocorre no homem e nos demais mamíferos. Neste sistema, o cromossomo X existe
em dose simples no sexo masculino e em dose dupla no feminino
XX. Cabe ainda ressaltar que o número de cromossomos na espécie humana é de 46.
Haploploidismo é a determinação sexual que não envolve cromossomos sexuais, como no caso das abelhas.
Heranças Ligadas ao Sexo
Dentre as principais, podemos citar o Daltonismo e a Hemofilia (que são doenças determinada por um gene
ligado ao sexo).
Existem genes exclusivos dos cromossomos Y (homem), chamados
Holândricos (que passam de geração em geração sempre pela linhagem masculina), como por exemplo, a
presença de pelos longos nas orelhas.

Grupos Sanguíneos
Na espécie humana, existem quatro grupos sanguíneos A, B, AB e O, dependendo de certos antígenos na
superfície dos glóbulos vermelhos.
O Receptor universal é aquele que possui sangue tipo AB e o doador universal é aquele que possui sangue
tipo O.
Antígenos são substâncias que estimulam a produção de uma proteína de defesa. Anticorpo é o nome dado
a essa proteína de defesa.

CADEIAS
Cadeias são relações de dependência entre os seres vivos e o meio ambiente. A mais importante delas é a
Cadeia Alimentar, onde o homem geralmente é o consumidor primário ou secundário, e o produtor sempre
um vegetal clorofilado. Devemos lembrar ainda que a medida que aumenta o número de integrantes de
uma cadeia alimentar diminui a energia transferida por ela.

OS ORGANISMOS VIVOS E O MEIO AMBIENTE

Quando pensamos em Ecossistema, logo identificamos a palavra como florestas, cerrados e campos, no
entanto, estamos esquecendo que nós mesmos fazemos parte de um ecossistema.
A fábrica, o escritório, a sua casa é parte deste meio ambiente. Você, seus familiares e outras espécies de
animais, vegetais, bactérias, fungos e protozoários formam o conjunto de seres vivos. Concluindo, você é
parte de um Ecossistema e pode influenciá-lo, transformando-o.
Olhando ao redor, você pode identificar diversas relações estabelecidas pelos organismos presentes.
Os organismos de um ecossistema estabelecem relações entre si, podendo ser harmônicas – mutualismo,
protocooperação e comensalismo ou desarmônicas – competição, predatismo, parasitismo e amensalismo,
analisados adiante.

MUTUALISMO – trata-se de uma associação íntima com benefícios pra ambos. As espécies não podem viver
isoladamente.
Exemplos: 1 - Líquen (algas + fungos), relação onde a alga sintetiza alimento, que é utilizado pelo fungo e
este protege e envolve a alga, fornecendo-lhe abrigo, água e sais minerais. 2 – Protozoários no aparelho
digestório de bovinos, onde os protozoários digerem a celulose dos vegetais, favorecendo, assim, a
absorção de nutrientes para os bovinos.

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PROTOCOOPERAÇÃO – também conhecida como cooperação, é uma associação entre organismos, na qual
ambas são beneficiadas; no entanto, esta relação não é indispensável à sobrevivência.

Exemplos:
1 – O pássaro anu e o gado, onde o pássaro alimenta-se de carrapatos e outros parasitas do gado.
2 – Alguns ambientes de trabalho, onde o conjunto de funcionários realiza as suas funções para alcançar as
metas estabelecidas pela empresa.

COMENSALISMO – é uma relação harmônica, onde um dos organismos é beneficiado, enquanto o outro não
será prejudicado nem beneficiado.
Exemplo:
1 – O tubarão e a rêmora, um tipo de peixe comensal, estabelecem uma relação onde a rêmora alimenta-se
de restos alimentares do tubarão, além de se deslocar sem gastos de energia; o efeito sobre o tubarão é
nulo.
2 – Plantas epífitas, ou seja, plantas que crescem sobre troncos de plantas maiores sem parasitá-las, são
tipos de relações comensais. Exemplo: as bromélias e as orquídeas vivendo sobre as árvores obtêm, pelas
suas folhas, maior suprimento de luz e água.

COMPETIÇÃO – a competição é um tipo de relação que se estabelece entre organismos da mesma espécie,
intraespecífico, ou organismos de espécies diferentes, interespecífico. Os fatores que podem levar à
competição estão relacionados com o nicho ecológico
(‘profissão’ de determinada espécie no ecossistema), ou seja, reprodução e alimentação.
Exemplo: alguns ambientes de trabalho apresentam uma competição interespecífica, onde a competição
será mais valorizada do que a cooperação, dificultando, assim, o desenvolvimento profissional dos
funcionários e o desenvolvimento da empresa.

PREDATISMO – é a relação onde um organismo, predador, alimenta-se de outro organismo, presa.


Normalmente, os predadores apresentam uma população, organismos da mesma espécie do ecossistema,
menor que a população de presa, para que ocorra o equilíbrio do ecossistema.
Exemplos: animais carnívoros como o gato, alimentando-se de pombas.

PARASITISMO – neste caso, o parasita alimenta-se do hospedeiro, podendo estar dentro ou fora do
organismo do hospedeiro.
Exemplo:
1 – Vermes intestinais no ser humano (endoparasita – dentro do hospedeiro).
2 – Tinha pedis, frieira, tipo de fungos localizado entre os dedos dos pés em seres humanos
(Ectoparasita – fora do hospedeiro).
3 – A infecção é uma reação do nosso organismo ao contato com um corpo estranho, que pode ser um
parasita: bactérias, vírus, fungos, entre outros.

AMENSALISMO – sendo uma interação desarmônica, um dos organismos produz substâncias que inibem o
desenvolvimento de outro organismo.
Exemplo: a Penicilina, antibiótico descoberto a partir do fungo Penicillium, inibe o desenvolvimento de
bactérias em nosso organismo. A penicilina atua inibindo a formação de partes da parede celular das
bactérias, dificultando, assim, a sua reprodução.

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Hematose
Hematose é a troca de gás carbônico por gás oxigênio nos alvéolos pulmonares.

A hematose é o processo de trocas gasosas que ocorre nos capilares sanguíneos dos alvéolos pulmonares
através da difusão de gases: oxigênio e dióxido de carbono. Devido a esse processo, mediando o sistema
respiratório e o sistema circulatório, o sangue venoso, concentrado em CO2 e convertido em sangue arterial
rico em O2, é distribuído aos tecidos do organismo para provimento das reações metabólicas das células.
Portanto, a difusão nos alvéolos pulmonares se estabelece por diferenças no gradiente de concentração dos
capilares, onde o CO2 difunde-se do sangue venoso em direção ao meio externo, havendo a oxigenação do
sangue a partir do mecanismo inverso com as moléculas de oxigênio na cavidade pulmonar.
O gás oxigênio em maior concentração externa difunde-se no plasma sanguíneo em direção às hemácias,
combinando-se com a hemoglobina (proteína associada a íons de ferro), passando a sangue arterial.
Dependendo do hábito de alguns vertebrados e até invertebrados, a hematose passa a ocorrer em órgãos
especializados dependendo da adaptação ao meio ambiente: nas traqueias de borboletas (respiração
aeróbia traqueal); nas brânquias de animais aquáticos (respiração aeróbia branquial); e na cloaca de
tartarugas (respiração aeróbia clocal).

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TERMOLOGIA

Temperatura é a grandeza que mede o estado de agitação térmica das partículas que constituem um corpo.
Por exemplo, a temperatura de um gás mede o estado de agitação das moléculas desse gás. Temperatura é
uma medida estatística do nível de agitação entre moléculas, relacionado com o deslocamento da energia
cinética de um átomo ou molécula. Em Física, a temperatura está relacionada com a energia interna de um
sistema termodinâmico.
A temperatura costuma ser medida por um termômetro e indica o grau de intensidade do calor em um
determinado território. A temperatura atmosférica da Terra é resultado das ondas eletromagnéticas que
vêm do Sol. As variações de temperatura dependem de vários fatores, como o vento, a umidade do ar, a
latitude, o ângulo de incidência do raio solar na superfície terrestre, etc. A temperatura revelada em
registros meteorológicos é medida por termômetros que não estão expostos diretamente aos raios solares.
Essa é conhecida como temperatura na sombra. A noção de calor é várias vezes erradamente associada a
uma maior temperatura, enquanto a noção de frio está associada a uma menor temperatura. Apesar disso,
o calor consiste na energia térmica que transita de um corpo com maior temperatura para outro de menor
temperatura. Esse é um processo efêmero que termina quando os dois corpos em questão atingem o
equilíbrio térmico. Um ambiente que apresenta uma temperatura de 40 graus transmite a sensação de
calor. Quanto menor o grau de temperatura apresentado, mais frio estará o ambiente. Popularmente, dizer
que uma pessoa "está com temperatura" indica que está com febre. A temperatura normal do corpo
humano varia entre 36 e 37,5°C. Um aumento desses valores indica que a temperatura corporal se elevou
provocando febre, que em geral é a resposta do corpo a uma doença.

Escalas Termométricas
Escalas Termométricas é um conjunto de valores numéricos de temperaturas, associadas a um determinado
estado térmico preestabelecido, denominados pontos fixos da escala.
Observe as escalas abaixo:
Transformação de Graus Celsius em Graus Kelvin e vice-versa, usamos a fórmula:

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TK = TC + 273
Transformação de Graus Celsius em Graus Fahrenheit e vice-versa, usamos a fórmula:
ºC = ºF – 32
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CAPACIDADE TÉRMICA DE UM CORPO


Representa a quantidade de calor necessária para que a temperatura do corpo varie de 1 °C. É dada por: C =
Q/T ou C = m . c
C = capacidade térmica (cal/°C)
Ponto do vapor 100 °C

CELSIUS
Ponto do gelo 0 °C
212 °F

FAHRENHEIT
32 °F

KELVIN
373K
273K

Princípio da Igualdade das Trocas de Calor


Quando dois ou mais corpos, com temperaturas diferentes são postos em contato, eles trocam calor entre
si, até atingir o equilíbrio térmico. Para um sistema termicamente isolado, temos:

Q recebido + Q cedido = 0

Calor Latente
É a quantidade de calor que um grama de uma substância precisa ganhar ou perder para mudar de uma fase
à outra. Durante a mudança de fase a temperatura permanece constante.
Onde:

- Q = quantidade de calor trocada durante a mudança de fase (cal)


- m = massa do corpo (g)
- L = calor latente de mudança de fase (cal/g)

ESTUDO DOS GASES


Chama-se transformação de um gás a mudança de estado por ele sofrida devido à alteração de suas
variáveis de estado. As transformações mais conhecidas são:

- Isotérmica: temperatura constante

- Isobárica: pressão constante

- Isométrica: volume constante

-Adiabática: não há troca de calor

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PROPAGAÇÃO DE CALOR
Existem três processos de transmissão de calor:

1 – Condução: é o processo de transmissão de calor através do qual a energia passa de partícula para
partícula sem que elas sejam deslocadas.
Na condução, o fluxo de calor Q que atravessa uma chapa é o quociente entre a quantidade de calor Q que
passa perpendicularmente através da chapa e o intervalo de tempo X gasto em atravessá-la.
Logo,
Em que:

- t2 e t1 = temperaturas das fases


- K = coeficiente de condutibilidade térmica
- S = área da superfície
- e = espessura da chapa

2 – Convecção: É uma forma de transmissão de calor que ocorre nos líquidos ou nos gases, juntamente com
o transporte de matéria.

3 – Irradiação: É a propagação de energia através do espaço, mesmo na ausência de matéria.

MUDANÇAS DE FASE
Uma substância pode passar de uma fase para a outra através do recebimento ou fornecimento de calor.
Essas mudanças de fase são chamadas de:

- Fusão: é a passagem de uma substância da fase sólida para a fase líquida.

- Solidificação: é a passagem da fase líquida para a fase sólida.

- Vaporização: é a passagem da fase líquida para a fase gasosa.

- Condensação ou liquefação: é a passagem da fase gasosa para a líquida.

- Sublimação: é a passagem direta da fase sólida para a fase gasosa ou da fase gasosa para a fase sólida.

ÓPTICA – NOÇÕES BÁSICAS


Óptica é o estudo dos fenômenos relacionados à luz. A definição de luz criou várias polêmicas no passado e
nos dias atuais ainda suscita controvérsias entre os seus estudiosos. Newton sustentou que a luz é composta
de partículas em movimento. Huyges defendia a teoria que a luz consiste de uma onda. Atualmente
aceitam-se as duas coisas, ou seja, que luz é uma onda composta de corpúsculos, chamados fótons. Em
nosso estudo vamos considerá-la como sendo um transporte de energia que possibilita a nossa visão.

Fonte Primária de Luz – É aquela que emite luz própria. Ex: o sol, a chama de uma vela
etc..

Fonte Secundária de Luz – É aquela que reflete a luz que recebe de outros corpos. Ex: a lua, o vaso, a parede
etc..

Fonte de Luz Puntiforme – é a fonte de luz cujas dimensões são desprezíveis. Ex: uma lâmpada comum
observada a uma distância de 40 m. Quando as dimensões da fonte não são desprezíveis ela, é dita extensa.
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Raio de Luz – É toda linha que representa geometricamente a direção e o sentido de propagação da luz. Um
conjunto de raios de luz forma um feixe de luz que pode ser:

Cilíndrico ou paralelo; cônico divergente e cônico convergente.


MEIOS TRANSPARENTES, TRANSLÚCIDOS E OPACOS.

Transparente – É aquele que permite a visualização nítida dos objetos através dele

Translúcido – É aquele que não permite a visualização nítida através dele.

Opaco – É aquele que não permite a visualização dos objetos através

deles.
Propagação da luz.
Para iniciarmos o estudo de Óptica devemos saber qual a definição que a luz recebe no seu estudo. Pois o
estudo da óptica está diretamente ligado a natureza cognitiva da luz (Óptica Física) e a sua propagação e
fenômenos ocorridos durante sua trajetória.
Na óptica a luz é considerada uma energia radiante. Mas o que seria uma energia radiante? É um tipo de
energia que se propaga por meio de ondas eletromagnéticas, como: ondas de rádio, TV e inclusive a LUZ.
A energia radiante tem uma enorme velocidade de propagação. O meio que ela se propaga com maior
velocidade é o vácuo que Chega a uma velocidade de 3,00. 105 km/s.
A luz tem uma frequência diferente das outras energias radiantes que se estende do vermelho ao violeta.
Com todas as conclusões acima podemos fazer uma definição para LUZ dentro da óptica.

►Fonte de luz

Você sabe por que enxergamos os objetos? Os objetos enviam aos nossos olhos uma luz que nos permite
enxergá-los. Assim podemos perceber porque que temos dificuldade de enxergar corpos negros, pois eles
não emitem luz alguma.

51
Concluímos que todo corpo capaz de emitir luz é uma FONTE DE LUZ.

Fonte de luz primária

O sol, a chama de uma vela são consideradas fonte de luz primárias pois emitem luz própria não necessitam
de outros corpos para que propague luz.

Fonte de luz secundária

Lua, árvore e nuvens são exemplos de fonte de luz secundária, pois não emitem luz própria. Para que ocorra
a emissão de luz por elas é necessário que ocorra a difusão, outros corpos refletem luz para todos os lados
dos corpos de fonte de luz secundária assim eles emitem a luz recebida de outros corpos.

VELOCIDADE DA LUZ

A velocidade da luz no vácuo é constante e igual a: 3000.000 km/s.


Em Astronomia, utiliza-se a unidade de comprimento denominada ano-luz, que representa a distância
percorrida pela luz no vácuo em um ano.

1 ano-luz = 9,46 . 10 m

PRINCÍPIO DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

Princípio da propagação retilínea da luz – num meio homogêneo e transparente, a luz propaga-se em linha
reta.

Princípio da independência dos raios de luz – Um raio de luz, ao cruzar com outro, não interfere na sua
propagação.

Princípio da Reversibilidade dos Raios de Luz – O caminho seguido pela luz independe do sentido de
propagação. Isto significa que o caminho de volta é igual ao de ida.

ÂNGULO VISUAL
É o ângulo sob o qual o observador vê o objeto. O ângulo é formado pelos raios que partem dos pontos
observados.

ONDULATÓRIA – NOÇÕES BÁSICAS

52
Onda – É uma perturbação que se propaga. Toda onda transmite energia, sem transportar matéria e quanto
a sua natureza elas podem ser:

- Mecânica – Precisam de um meio material para se propagar. Ex: ondas sonoras

- Eletromagnéticas - Não necessitam de meio material para se propagar, isto é, propagam-se no vácuo. Ex:
ondas de rádio;

- Transversais – As vibrações são perpendiculares à direção de propagação. Ex: Ondas em cordas.

- Longitudinais – As vibrações coincidem com a direção de propagação. Ex: ondas sonoras.


As ondas sonoras são de origem mecânica, pois são produzidas por deformação em um meio elástico.

ONDAS SONORAS

As ondas sonoras são de origem mecânica, pois são produzidas por deformações em um meio elástico. O
ouvido normal é excitado por ondas sonoras de frequências entre 20 Hz.
Quando a frequência é maior que 20.000 Hz, as ondas são ditas ultrassônicas, e menores que 20 Hz,
infrassônicas.

QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM

1 – Altura – é a quantidade que permite classificar os sons em grave e agudo

- grave ou baixo = frequência menor

- agudo ou alto = frequência maior

2- Intensidade – é a quantidade que permite distinguir m som forte de um som fraco.

- forte = grande intensidade sonora (potência)

- fraco = pequena intensidade sonora (potência)

3 – Timbre – é a quantidade que permite classificar os sons de mesma altura e de mesma intensidade,
emitidos por fontes diferentes.
Ex: Um piano e um violino

TIPOS DE ENERGIA

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Energia nuclear

A energia nuclear é a energia concentrada no núcleo do átomo, ou seja, é a energia que possibilita os
prótons e nêutrons ficarem juntos. Como vimos no texto sobre a bomba atômica, a equivalência entre
massa e energia prevista por Einstein, descrita pela equação E=m.c2, explica a origem da energia liberada
em alguns processos nucleares.

Energia Térmica

A matéria é formada por átomos e moléculas que estão em permanente estado de agitação térmica. A
energia térmica é a energia associada a esta agitação térmica, e a temperatura é um valor numérico a
expressa.

Energia elétrica

A Energia Elétrica pode ser definida como a capacidade de trabalho de uma corrente elétrica. Como toda
Energia é a propriedade de um sistema que permite a realização de trabalho. Ela é obtida através de várias
formas. Logo, o que chamamos de “eletricidade” pode ser entendido como Energia Elétrica se no fenômeno
descrito, a eletricidade realiza de trabalho por meio de cargas elétricas.

Energia solar ou luminosa

A energia solar, muitas vezes chamada de energia luminosa já que é assim que enxergamos, é uma forma de
energia radiante, ou seja, a energia solar pode ser transmitida no vácuo por ondas eletromagnéticas. A
energia solar é transmitida, então, por radiação com vários comprimentos de onda diferentes.

Energia Cinética
54
A energia cinética é um tipo de energia ligado ao movimento.

Energia Potencial Gracitacional

A energia potencial gravitacional é a energia potencial mais familiar, porque é muito vista no dia-a-dia,
aparecendo em muitos tipos de movimentos em que é convertida em energia cinética, como por exemplo:
na queda de objetos, no sistema solar, no balançar do pêndulo, no arremesso de dardos, ao pular, e muitos
outros exemplos em que envolve a gravidade.
Energia Sonora

Energia sonora é um tipo de energia que pode ser detectada pelo ouvido, O som viaja aos nossos ouvidos
como ondas sonoras, que são vibrações no ar. A energia sonora transforma-se em sinais elétricos no ouvido
interno, que seguem por nervos até o cérebro e assim percebemos o som.

Energia química
É a energia potencial das ligações químicas entre os átomos. Sua liberação é percebida, por exemplo,
numa combustão.
A energia potencial química (dos alimentos) é quando nós comemos e não usamos a energia, ou seja, ela
está armazenada (não está em uso). A energia química (dos alimentos) é a energia que está em uso, sendo
uma parte transformada e a outra sendo liberada para a natureza em forma de calor.

ELETRICIDADE
A eletricidade é um tipo, uma forma de energia como a luz, o calor, o som e outras modalidades. A energia
não tem definição e por isso Eletricidade não se define.

Condutores: é o corpo que possui elétrons livres os quais se deslocando através dele faz com que a
Eletricidade atinja todos os pontos do corpo. Os melhores condutores são os metais.

Isolantes: é o corpo que quase não possui eletros livres e a Eletricidade só se manifesta nas regiões
atritadas, não se propagando.

Lei de Coulomb: “A força entre dois pequenos corpos eletrizados é proporcional ao produto de suas cargas e
inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles e tem a direção que os une”.
É representado pela expressão:

Lei de Ohm: Em temperatura constante, a intensidade de corrente que percorre um condutor é diretamente
proporcional à diferença de potencial existente entre seus extremos e inversamente proporcional à
resistência que o condutor oferece a passagem da corrente elétrica.

55
FORMULAÇÃO E NOMENCLATURA
A fórmula molecular de um ácido sempre apresentará como primeiro símbolo o H.

H x ânion onde x é o número maior ou igual a 1


Exemplos:
H+ + SO4
-2 H2SO4 Ácido Sulfúrico
H+ + PO4
-3 H3PO4 Ácido Fosfórico

BASE: É toda substância que, em solução aquosa, sofre dissociação, liberando um único ânion o OH
Exemplos:

NaOH H20 Na+ + OHCa(


OH)2 H2O Ca+2 + 2OH

Classificação

O número de hidroxilas:
- Monobases: KOH, NaOH
- dibases: Ca(OH)2 , Mg(OH) 2
- tribases: Al(OH)3 , FE(OH)3
- tetrabases: Sn(OH)4 , Pb(OH)4

ÓXIDOS: é um composto binário, sendo que o oxigênio é o mais eletronegativo entre eles.

Classificação e nomenclatura dos sais


56
A classificação principal dos sais é feita de acordo com os tipos de íons que os compõem e a sua
nomenclatura baseia-se também nessa classificação.

Existem vários tipos de sais inorgânicos que precisam ser classificados em grupos específicos para serem
estudados

Os sais são compostos inorgânicos que em solução aquosa dissociam-se e formam íons. Destes, pelo menos
um cátion não é o H+ e pelo menos um ânion não é o OH-. Além disso, um sal é formado por uma reação de
neutralização entre um ácido e uma base. O elemento que forma o cátion do sal vem da base, e o elemento
que forma o ânion do sal é proveniente do ácido.
Em virtude dessa definição e origem, a classificação dos sais é realizada de acordo com a natureza ou tipo
de íons que os constituem. Dessa forma, os sais inorgânicos são classificados em neutros, ácidos
(hidrogenossal), básicos (hidroxissal), duplos (mistos), hidratados e alúmens.

1 - Sal neutro ou normal: Com apenas um cátion e um ânion, ele é resultado de uma reação entre uma base
e um ácido fortes ou entre uma base e um ácido fracos.

Exemplos:
 NaCl: cátion → Na+ (vem do hidróxido de sódio, NaOH, uma base forte);
ânion → Cl- (vem do ácido clorídrico, HCl, um ácido forte).
 Na2SO4: cátion → Na+ (vem do hidróxido de sódio, NaOH, uma base forte);
ânion → SO42- (vem do ácido sulfúrico, H2SO4, um ácido forte).
 NH4CN: cátion → NH42+ (vem do hidróxido de amônio, NH4OH, uma base fraca);
ânion → CO3-2 (vem do ácido cianídrico, HCN, um ácido fraco).
Esses sais são chamados de neutros porque, quando eles são adicionados à água, o pH do meio não sofre
nenhuma alteração. Além disso, eles não liberam em solução aquosa cátion H+, que indica acidez, e nem
ânion OH-, que indica basicidade.

57
2 - Sal ácido ou hidrogenossal: Esse tipo de sal é formado a partir de um ácido forte e uma base fraca, assim,
em meio aquoso, ele diminui o pH da água, que fica menor que 7 (solução ácida), pois o cátion proveniente
da base sofre hidrólise e há a formação dos íons H+ (ou H3O+).
Exemplos:
 NH4Cl(s): cátion → NH42+ (vem do hidróxido de amônio, NH4OH, uma base fraca);
ânion → Cl- (vem do ácido clorídrico, HCl, um ácido forte).
 Al2(SO4)3: cátion → Al3+ (vem do hidróxido de alumínio, Al(OH)3, uma base fraca);
ânion → SO42- (vem do ácido sulfúrico, H2SO4, um ácido forte).
 NH4NO3: cátion → NH42+ (vem do hidróxido de amônio, NH4OH, uma base fraca);
ânion → NO3- (vem do ácido nítrico, HNO3, um ácido forte).

3 - Sal básico ou hidroxissal: A formação desse sal é o contrário da anterior, isto é, ele é formado a partir de
uma base forte e um ácido fraco, de modo que, em meio aquoso, forma íons hidroxila (OH–) que tornam a
solução básica (pH > 7).
Exemplo:
 NaOOCCH3:
Cátion → Na+ (vem do hidróxido de sódio, NaOH, uma base forte);
Ânion → CH3COO– (vem do ácido etanoico, CH3COOH, H2CO3, um ácido fraco).
No exemplo acima, o ânion acetato (CH3COO–) hidrolisa-se em meio aquoso e forma o ácido acético e íons
hidroxila (OH–), o que torna a solução básica.

4. Sal Misto ou Duplo: Possui dois tipos de cátions e dois tipos de ânions diferentes do H+ e do OH-. Eles são
provenientes de uma reação de neutralização parcial.
Exemplos:
 KNaSO4: cátions →K+ e Na+; ânion → SO42-;
 CaClBr: cátion → Ca+; ânions → Cl- e Br-;
 Ca(NO3)Br: cátion → Ca+; ânions → NO3- e Br-.

5. Sal Hidratado: São aqueles que apresentam moléculas de água em sua estrutura cristalina sólida. Isso
porque alguns sais são higroscópicos, ou seja, possuem a capacidade de absorver facilmente a água do
ambiente.
Exemplo: CuSO4 . 5 H2O

6. Alúmen: São sais formados por dois cátions — um monovalente (com carga +1) e outro trivalente (com
carga +3) —, um único ânion (o sulfato (SO42-)) e água de cristalização.
Exemplo: KAl(SO4)2 . 12 H2O
Essa classificação dos sais é importante para a realização de sua nomenclatura, pois esta seguirá regras
específicas para cada uma dessas classificações. Veja como é feita a nomenclatura dos sais inorgânicos:

1- Sais neutros:
Nome do ânion + de + nome do cátion
Exemplos:
NaCl = ânion (Cl- - cloreto) + de + cátion (Na+ - sódio) = cloreto de sódio;
Na2SO4= ânion (SO42- - sulfato) + de + cátion (Na+ - sódio) = sulfato de sódio;
CaCO3 = ânion (CO32- - carbonato) + de + cátion (Ca+ - cálcio) = carbonato de cálcio.
Quando o cátion pode adquirir mais de uma valência, basta indicar isso por números romanos ou
acrescentar o sufixo “oso” para o de menor valência e o sufixo “ico” para o cátion de maior valência.
Exemplos:

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FeSO4= sulfato de ferro II (ou sulfato ferroso);
Fe2(SO4)3 = sulfato de ferro III (ou sulfato férrico).

2- Sais duplos:
A única diferença é o acréscimo no final do nome dos dois cátions em vez de só um. No caso dos sais duplos
que possuem dois ânions, coloca-se o nome dos dois no início.
Exemplos:
KNaSO4 = sulfato de sódio e potássio;
CaClBr = cloreto brometo de cálcio;
MgNO3Br = nitrato brometo de magnésio.

3- Hidrogenossais ou quando há hidrogênios na fórmula:


Prefixo que indica + hidrogeno + nome do ânion + de + nome do cátion
o número de hidrogênios
ligados ao ânion
Exemplos:
* NaHCO3 = monohidrogenocarbonato de sódio ou hidrogenocarbonato de sódio (seu nome no cotidiano
é bicarbonato de sódio).
- Só possui um hidrogênio ligado ao ânion, então o prefixo é : mono (esse prefixo é o único que é opcional);
- hidrogeno;
- ânion = CO32- = carbonato;
-cátion = Na+ = sódio.
*FeHPO4 = monohidrogenofosfato de ferro ou hidrogenofosfato de ferro;
* KH2PO4 = di-hidrogenofosfato de potássio.

4- Hidroxissais ou quando há OH na fórmula:


Prefixo que indica + hidroxi + nome do ânion + de + nome do cátion
o número de hidroxilas de hidrogênios
Exemplos:
BaOHCl = monohidroxicloreto de bário;
Cu2(OH)2SO4 = di-hidroxisulfato de cobre II.

5. Sal Hidratado e alúmen:


Nome do sal + Prefixo que indica + hidratado
segundo as regras a quantidade de
anteriores moléculas de água
Exemplos:
*Sais hidratados:
CuSO4 . 5 H2O = sulfato de cobre II penta-hidratado;
CaCl2 . 2 H2O = cloreto de cálcio di-hidratado.
* Alúmen:
KAl(SO4)2 . 12 H2O = sulfato de potássio e alumínio dodeca-hidratado (conhecido popularmente como pedra-
ume).

Classificação:

ÓXIDOS BÁSICOS- Possuem caráter iônico, onde o metal irá apresentar Nox +1 , +2 ou +3
Ex:
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Na2O - óxido de sódio
BaO - óxido de bário
FeO - óxido ferroso
Fe2O3 - óxido férrico

ÓXIDOS ÁCIDOS – Possuem caráter covalente e geralmente são formados por não metais.
Ex:
CO2 - dióxido de carbono
SO3 - trióxido de enxofre
N2O5 - pentóxido de dinitrogênio

ÓXIDOS NEUTROS – são óxidos covalentes, isto é, formados por não metais, e que não reagem com água,
ácido ou base.
Ex:
CO - monóxido de carbono
NO - monóxido de nitrogênio
N2O - óxido de dinitrogênio

CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES

1 – REAÇÃO DE SÍNTESE: duas substâncias reagem, formando apenas uma. Exemplo:


CaO + H2O Ca(OH)2

2 – REAÇÃO DE ANÁLISE OU DECOMPOSIÇÃO: uma substância dá origem a dois ou mais produtos.

- Pirólise: decomposição pelo calor. Ex.: CaCO3 CaO + CO2

- Fotólise: decomposição pela luz Ex.: H2O2 H2O + ½ O2

- Eletrólise: decomposição pela eletricidade Ex.: H2O H2O + ½ O2

3 – REAÇÃO DE DESLOCAMENTO OU SIMPLES TROCA: uma substância simples troca de lugar com um átomo
ou um grupo de átomos de uma substância composta.
Fe + CuSO4 FeSO4 + Cu

4 – REAÇÃO DE DUPLA TROCA: duas substâncias trocam átomos ou grupo de átomos entre si.
FeS + 2HCl FeCl2 + H2S

MASSA DOS ÁTOMOS

Massa atômica (u)


Esta unidade equivale a 1/12 da massa de um átomo de 12C. É representada pela letra minúscula u.
60
Massa Atômica
A massa atômica (MA) representa o quanto mais pesado que 1/12 de um átomo de carbono-12 um átomo
de elemento químico qualquer é.

Por exemplo, o Oxigênio tem massa atômica de 16u, pois é mais pesado 16 vezes em relação à 1 parte de 12
de um átomo de carbono-12.

O átomo de Hélio possui 4u, ou seja, sua massa é o equivalente à 1/3 da massa de um átomo de 12C.

Obs.: muitas vezes o u da unidade é omitido em tabelas periódicas ou provas de vestibulares.

Massa atômica de um elemento químico


Os elementos químicos podem possuir vários isótopos (mesmo número atômico porém massa diferente),
mas não seria viável representá-los todos na tabela periódica. Por isso, as massas atômicas que vemos
nessas tabelas, são médias ponderadas das massas dos diversos isótopos estáveis existentes no universo que
esse elemento químico possui.

Por exemplo, o oxigênio possui três isótopos estáveis:

- 16O - MA = 16u , equivale à 99,7% de todos os átomos de oxigênio do universo


- 17O - MA = 17u , são apenas 0,03% dos átomos de O
- 18O - MA = 18u , abundância de 0,2%

Fazendo a média ponderada:

Como era previsto, a média ponderada deu um valor próximo à 16, já que 99,7% dos átomos de oxigênio
possuem essa MA.
Agora veremos o exemplo do Cloro. Isótopos estáveis de cloro:

- 35Cl - MA = 35u, representa 75,4% dos átomos de cloro


- 37Cl - MA = 37u, é 24,6% dos átomos de cloro

Massa Molecular
A massa molecular (MM) é a soma das massas atômicas dos átomos que compõem uma molécula. Por
exemplo, numa molécula de água (H2O) , teremos:

- H = 1u, como são dois hidrogênios = 2u


- O = 16u
- H2O = 2u + 16u = 18u

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Massa Atômica: Você conhece alguma balança capaz de fornecer a massa de 1 átomo? A resposta é NÃO.
Sendo assim, adotou-se um padrão arbitrário e escolheu-se um valor de massa para dar a ele. O padrão
adotado foi o isótopo mais comum do carbono e deu-se a ele uma massa atômica de 12 unidades de massa
atômica, 12 u.m.a.
35Cl 75%
17
35 x 75 + 36 x 25 C ≈ 35,5u
35Cl 75% 100
17
Obs: as massas atômicas de cada elemento você encontra na tabela.

Massa Molecular: a molécula é um grupo de átomos (u). Para saber sua massa molecular, basta somar as
massas atômicas de todos os átomos que a formam.
Ex:
H2O H2SO4
1 16 1 32 16
2+16= M.M = 18u 2+32+64 – M.M = 98u

Mol: é a quantidade de matéria ou quantidade de substância.


Ex:
1 mol de átomos de S > 1S
2 mols de átomos de S > 2S
1 mol de molécula de H2O > 1H2O
2 mols de molécula de H2O > 2H2O

Constante de Avogadro: é o número de átomos de 12C contidos em 0,012Kg de 12C. Seu valor numérico é:
6,02.1023 6,02.1023 átomos
1 mol 6,02.1023 moléculas

Massa Molar: é a massa de um mol de átomos ou substâncias que é numericamente igual a sua massa
atômica ou a sua massa molecular.

Ex:
M.A. do Cl - 35,5u
Massa molar do Cl - 35,5g/mol
M.M. de H2O - 18u
Massa Molas de H2O - 18g/mol

GASES

VARIÁVEIS DO ESTADO DOS GASES

- PRESSÃO: (ao nível do mar) = 1 atm = 760 mmHg = 760 torr.

- TEMPERATURA: é indicada na escala Kelvin (K) = Tk = t°C + 273

- VOLUME: 1 m3 = 1000L
1 dm3 = 1L
1L = 1000cm3 = 1000ml
62
TRANSFORMAÇÕES GASOSAS

Transformações Isotérmicas: são transformações nas quais variam a pressão e o volume, mas a temperatura
permanece constante.

P1V1 = P2V2
Transformações Isobáricas: são transformações nas quais variam o volume e a temperatura, mas a pressão
permanece constante.
V1 = V2
T1 T2

Transformações Isocóricas: são transformações nas quais variam a pressão e a temperatura, mas o volume
permanece constante.

P1 = P2
T1 T2,

SOLUÇÕES
Solução é qualquer mistura homogênea, ou seja, qualquer sistema monofásico de dois ou mais
componentes.
Ex: água e sal
- Soluto – menor quantidade (sal)
- Solvente – maior quantidade (água)
- Solução – a mistura dos dois componentes (água e sal)
m1 – massa do soluto
m2 – massa do solvente
m – massa da solução
Assim temo: m = m1 + m2

AS SOLUÇÕES PODEM SER:

-Solução Diluída: quando a proporção de soluto é pequena em relação ao solvente.


Ex: 1 g de sal em 1 L de H2O X°C

- Solução Concentrada: quando a proporção de soluto é grande em relação ao solvente.


Ex: 20 g de sal em 1 L de H2O X°C

- Solução Saturada: é o máximo de soluto que o solvente consegue dissolver a uma dada temperatura. Ex:
30g de sal em 1L de H2O X°C

- Solução Supersaturada: contém maior quantidade de soluto que a respectiva solução] saturada à mesma
temperatura. Ex: 31g de sal em 1L de H2O X°C, onde 1g de sal passa a ser corpo de fundo porque não foi
dissolvido.
As soluções diluída e concentrada também são chamadas de soluções insaturadas.

DENSIDADE (d)

Onde: m = massa da solução (gramas)


63
V = volume da solução (cm3 ou ml)

Número de hidroxilas

Monobase: apresenta um único grupo OH-. Exemplo: KOH (hidróxido de potássio).

Dibase: se caracteriza pela presença de dois grupos OH-. Exemplo: Mg(OH)2(hidróxido de magnésio).

Tribase: a presença de três grupos OH- caracteriza essa base. Exemplo: Al(OH)3(hidróxido de alumínio).

Tetrabase: essa base conta com quatro grupos OH- em sua composição. Exemplo: Pb(OH)4 (hidróxido de
chumbo).

Solubilidade em água

Para classificar as bases usando este critério podemos tomar como princípio a ordem crescente de
basicidade dada aos metais:

As bases compostas por metais alcalinos são solúveis, as de metais alcalino-terrosos são poucos solúveis e as
de outros metais são praticamente insolúveis. Exemplos:

- base solúvel: LiOH - hidróxido de lítio.


- base pouco solúvel: Ca (OH)2 - hidróxido de cálcio.
- base insolúvel: Fe (OH)3 - hidróxido de ferro.

Observação: essa regra é eficiente para a classificação quanto à solubilidade em água, uma vez que existe
apenas uma substância básica que não é formada por metais, o hidróxido de amônio (NH4OH).

Grau de dissociação

Essa propriedade das bases se relaciona com a sua solubilidade: quanto mais solúvel for uma base maior
será seu grau de dissociação. Esse princípio permite classificar as bases como sendo fortes ou fracas, veja no
esquema a seguir:

Exemplo de base fraca: NH4OH (hidróxido de amônio)


Exemplo de base forte: Ba(OH)2 (hidróxido de bário), NaOH (hidróxido de sódio).

A força da base determina seu comportamento em meio à eletrólise: bases fortes constituem bons
eletrólitos, já as bases fracas são maus eletrólitos.

64
Molaridade ou Concentração Molar

M = n1 onde n1 = número de mols do soluto


V
n1 = m1 onde m1 = massa do soluto
M1 M1 onde M1 = massa molar do soluto
M = m1
M1 . V
Ex: 17,1g de Al2 (SO4)3 são dissolvidos em água suficiente para a obtenção de 80 ml de solução. Calcule a
concentração molar dessa solução.
m1 = 17,1 g
V = 80ml – 0,08L M = m1
M1 . V
Massa molar do Al2 (SO4)3 M = 0,625 mol/L
M = 17,1 27 . 32 . 16
342 . 0,08 54+96+192 = 342 = M1

Classificação dos óxidos

O ímã é composto por óxidos duplos.

Os óxidos são compostos binários, isto é, são substâncias formadas pela combinação de dois elementos, um
deles é o oxigênio (que é o mais eletronegativo entre eles). Os óxidos se classificam em função do seu
comportamento na presença de outros elementos como: água, bases e ácidos, sendo assim eles podem ser:
básicos, ácidos, neutros, anfóteros, mistos, ou peróxidos, vejamos a diferença entre eles:

Óxidos básicos: o metal presente em sua fórmula, geralmente apresenta “carga elétrica” +1 e +2, ou seja,
possuem caráter iônico.

Óxidos ácidos: no geral são formados por ametais e, apresentam caráter covalente.

Óxidos neutros: eles não reagem com água, ácido ou base, são covalentes, ou seja, sua composição é de
ametais.

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Óxidos anfóteros: pode se apresentar de dois modos. Em presença de um ácido se comportam como óxidos
básicos, e na presença de uma base como óxidos ácidos.

Óxidos duplos ou mistos: quando dois elementos se unem e formam um óxido, esse vai ser denominado
óxido misto.

Peróxidos: possuem em sua fórmula o grupo (O2) 2-

TERMOQUÍMICA
As reações químicas são acompanhadas por trocas de energia que podem se manifestar de diferentes
formas. Na termoquímica, estudam-se as transferências de calor associadas a uma reação química ou
mudanças no estado físico de uma substância.

Reações Exotérmicas: São aquelas que ocorrem com liberação de calor – EXO – para fora
EX: 2H2 (g) + O2 (g) 2H2O (I) + calor

Reações Endotérmicas: São aquelas que ocorrem com a absorção de calor. ENDO – para dentro
EX: 2H2O (I) + calor 2H2 (g) + O2 (g)

QUÍMICA ORGÂNICA
A Química Orgânica estuda os compostos orgânicos, isto é, compostos que contêm carbono e sua estrutura.
Os compostos orgânicos são moleculares, seus átomos são unidos por ligações covalentes: não são
condutores de corrente elétrica em solução aquosa, têm baixos pontos de fusão e ebulição.
Não são compostos orgânicos, apesar de conterem carbono: C (grafite), C
(Diamante), CO (monóxido de carbono), CO2 (dióxido de carbono), H2CO3 (ácido carbônico), HCN (ácido
cianídrico), além dos sais derivados de ácido carbônico e ácido cianídrico.

Cadeias Carbônicas
Os átomos de carbono têm a propriedade de se unirem, formando estruturas denominadas cadeias
carbônicas.

Tipos de Carbono
Os átomos que fazem parte de uma cadeia podem ser classificados em:

a) carbono primário: encontra-se ligado diretamente, no máximo a outro átomo de carbono.


Exemplo:

b) carbono secundário: encontra-se ligado diretamente a apenas dois outros átomos de carbono.
Exemplo: carbono secundário

c) carbono terciário: encontra-se ligado diretamente a três outros átomos de carbono.


Exemplo:

Carbono terciário

d) carbono quaternário: encontra-se ligado diretamente a quatro átomos de carbono.


Exemplo:
66
Carbono quaternário

TIPOS DE CADEIAS CARBÔNICAS

1 – Cadeia Aberta (normal)

- Ramificada: apresenta carbonos primários, secundários, terciários e quaternários.

- Saturada: apresenta ligações simples entre os carbonos.

- Insaturada: apresenta ligações duplas ou triplas entre os carbonos.

- Homogênea: constituída apenas por átomos de carbono

- Heterogênea: constituída por átomos de carbono e pelo menos um heteoátomo entre os átomos de
carbono.

2 – Cadeia Fechada: é aquela que não apresenta extremidades (pontas).

Classificação das Cadeias Carbônicas

Os compostos orgânicos, que compõem a maioria das substâncias ao nosso redor e até mesmo dentro de
nós, são formados por diferentes tipos de cadeias carbônicas. O tipo de cada cadeia é que determinará

67
As cadeias carbônicas podem ser classificadas de acordo com quatro critérios fundamentais. Eles são:

1. Quanto ao fechamento da cadeia;

2. Disposição dos átomos dentro da cadeia;

3. Tipo de ligação entre os carbonos e;

4. Presença de átomos de outros elementos entre os carbonos.

Vejamos cada caso:

1. Quanto ao fechamento da cadeia:


–Aberta, acíclica ou alifática: são aquelas cadeias carbônicas que possuem duas ou mais extremidades livres,
ou seja, não possuem nenhum ciclo. O encadeamento dos átomos não sofre nenhum fechamento. Exemplo:

– Fechada ou cíclica: não há nenhuma extremidade, isto é, forma-se um ciclo, núcleo ou anel, pois há o
encadeamento dos átomos de carbono. Exemplo:

– Mista: é aquela cadeia que possui pelo menos uma parte em que os átomos não estão encadeados (ou
seja, fechados), e a outra parte é fechada. Exemplo:

– Aromática: cadeia cíclica que possui anel benzênico. Exemplo:

2. Disposição dos átomos dentro da cadeia:

– Normal: a cadeia possui apenas duas extremidades. Só existem carbonos primários e secundários.
Exemplo:

68
Ramificada: aquela cadeia que possui mais de duas extremidades e tem pelo menos um carbono terciário ou
quaternário. Exemplo:

3. Tipo de ligação entre carbonos:

– Saturada: se na cadeia só tiver ligações simples entre carbono. Observe: é só entre carbonos; se tiver
alguma ligação dupla com outro átomo (oxigênio, por exemplo), não é uma cadeia saturada. Exemplo:

– Insaturada: é quando se possui pelo menos uma ligação dupla ou tripla entre carbonos. Exemplo:

4. Presença de átomos de outros elementos entre os carbonos:

– Homogênea: é aquela cadeia carbônica que não possui nenhum heteroátomo, ou seja, átomos entre
carbonos. Novamente aqui vale uma ressalva: é só entre carbonos. Se for fora da cadeia, continuará sendo
homogênea. Exemplo:

– Heterogênea: possui algum heteroátomo em sua cadeia. Exemplo:

Assim, tendo em mente esses conceitos, observe as cadeias abaixo e como são classificadas:
69
FUNÇÕES ORGÂNICAS
A nomenclatura oficial leva em consideração o número de carbonos, os tipos de ligações entre eles e a
função a que pertencem às substâncias.

- Hidrocarbonetos Os compostos da função hidrocarbonetos apresentam moléculas formadas somente por


carbono e hidrogênio. Etano (alcano)

- Álcoois
Álcool é um composto que possui um grupo OH ligado a um carbono que só faz ligações simples. O nome de
um álcool é dado da mesma forma que para os hidrocarbonetos do tipo alcanos ou ciclanos, porém com a
terminação OL. Não se esqueça de indicar a posição dos grupos OH na estrutura (a numeração dos carbonos
começa pela “Ponta” que estiver mais perto do grupo OH)
Ex: etanol (C2H5OH)

- Fenóis
Os fenóis são compostos que apresentam o grupo hidroxila (-OH) ligado diretamente a um átomo de
carbono do anel aromático.
Ex:
OH OH Hidroxi-benzeno α – hidroxi-benzeno

- Aldeídos
Os aldeídos apresentam o grupo carboxila ligado a um carbono primário.
Ex: etanal (C2H4O)

- Cetonas
As cetonas são compostas que apresentam o grupo carboxila ligado a um carbono secundário.
Ex: propanona (C3H6O)

- Haletos Orgânicos

70
São compostos que apresentam pelo menos um átomo de halogênio (F, Cl, Br, I) ligado a um radical
derivado de hidrocarboneto.
Ex: cloro metano

TRANSFORMAÇÕES GASOSAS

O estado gasoso é o estado fluido da matéria, para estudar esse estado físico precisamos levar em
consideração as seguintes grandezas: temperatura (T), pressão (P), volume (V). Um gás pode passar por três
transformações distintas: isobárica, isovolumétrica ou isotérmica.
Transformação isobárica: acontece quando a pressão é constante e o volume e a temperatura variam.
Se aumentarmos a temperatura de um gás e mantivermos constante sua pressão, observaremos um
aumento do volume ocupado pelo gás.

V=k
T

A relação entre volume e temperatura pode ser demonstrada pela fórmula:

V1 = V2
T1 T2

Essa relação representa a Lei de Charles Gay-Lussac, este nome é uma homenagem aos fundadores desta
lei: os químicos franceses Jacques A. César Charles (1746-1823), e Joseph Gay-Lussac (1778-1850).
Transformação isovolumétrica: nesse caso o volume permanece constante e a pressão e temperatura é que
variam. Um aumento na temperatura de um gás influi no aumento da pressão por ele exercida, de forma
que o quociente seja constante.

P=K
T

Logo se estabelece a relação:

P1 = P2
T1 T2

Transformação isotérmica: a temperatura permanece constante e as variáveis são a pressão e o volume.


Quando aumentamos a pressão sobre um gás, o volume ocupado por ele diminui, o que faz com que o
produto dessas grandezas seja constante: PV=K.

71
K= constante

Essa transformação foi observada de forma experimental pelo químico Robert Boyle (1627-1691) e ficou
conhecida como Lei de Boyle.

A partir das equações relacionadas acima, que relatam as três transformações gasosas, é que se chegou à
equação que aborda as três variáveis de estado (P, V e T):

P1V1 = P2V2
T1 T2

Essa é conhecida como a equação geral dos gases.

Gases - propriedades desse estado físico.

SUCESSÃO SEQUÊNCIA
Sucessão ou sequência é todo conjunto em que consideramos os elementos dispostos em certa ordem.
(a1, a2, a3, a4, ....... an)

72
PA: progressão aritmética é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo, é igual ao
anterior somado com um número fixo chamado razão da progressão.

Ex: PA (2, 5, 8, 11...) r = 3


- Classificação de uma PA: - crescente (r = 1 > 0)
- decrescente (r = -2 < 0)
- constante (r = 0)
- Fórmula do Termo Geral de uma PA

an = a1 + (n – 1) . r
Termo procurado 1° termo n° termos razão
Ex: Encontre o vigésimo termo da PA (3, 8...)
an = a1 + (n – 1) . r
a20 = 3 + (20 – 1) . 5
a20 = 3 + 19 . 5
a20 = 3 + 95
a20 = 98
Obs: Para encontrar a razão da PA subtraem-se os termos consecutivos.
Ex: PA (2, 4, 6...)
r = razão = 6 – 4 = 2

PG: é uma sequência de números não nulos em que cada termo posterior, a partir do segundo, é igual ao
anterior multiplicado por um número fixo chamado razão da progressão.

- Fórmula do Termo Geral de uma PG


an = a1 . q n-1
Termo procurado 1° termo razão n° termos
45
Ex: Encontre o 4° termo da PG (2, 4....)
an = a1 . q n-1
a4 = 2 . 24-1
a4 = 2 . 23
a4 = 16

Obs: Para encontra a razão da PG divide-se os termos consecutivos um pelo outro.


Ex: PG (2, 4, 8...) q = razão = 4 = 2
2

FATORIAL
Sendo n um número inteiro, maior que 1 define-se fatorial de n, e indica-se n!
Ex: 4!= 4 x 3 x 2 x 1 = 24
Obs: Veja que é um produto de fatores de números inteiros decrescentes até o número 1.
Ex: 2! = 2 x 1 = 2

EQUAÇÃO COM FATORIAL

Na matemática utilizamos equações para resolver uma série de situações-problema. Existem fórmulas para
resolver alguns tipos de equações; padrões e procedimentos para resolução de outras; o uso de
73
propriedades operatórias para simplificação de cálculos; enfim, utilizamos todo conhecimento matemático a
fim de obter o valor da incógnita em uma equação.

Em determinadas equações aparecem o conceito de fatorial, mostrando a necessidade de se conhecer bem


a definição de fatorial e suas propriedades operatórias. Vejamos alguns exemplos dessas equações e como
resolvê-las. Antes, vamos relembrar o conceito de fatorial de um número.

Seja n um número natural. O fatorial de n, representado por n!, é o produto de n por seus antecessores até
1. Ou seja:

Exemplo: Resolva as seguintes equações.

a) x - 5 = 4! Solução: Esse é o caso mais simples de equação envolvendo fatorial. Temos que:

4! = 4∙3∙2∙1 = 24

Assim, a equação fica da seguinte forma:

x – 5 = 24
x = 24 + 5
x = 29

b)

Solução: Nesse tipo de equação é necessário desenvolver o fatorial no numerador ou no denominador da


fração a fim de que o fatorial seja cancelado.

Podemos escrever n! da seguinte forma:

n! = n∙(n-1)! Substituindo na equação inicial, obtemos:

74
c)

Solução: Podemos escrever n! da seguinte forma:

n!=n∙(n-1)∙(n-2)!

Substituindo na equação inicial, obtemos:

d)

Solução: Devemos reescrever (n – 1)! para simplificar com o denominador da fração. Assim, teremos:

(n-1)! = (n-1)∙(n-2)∙(n-3)!

Substituindo na equação inicial, obtemos:

75
ARRANJO SIMPLES

A análise combinatória estuda dois tipos de agrupamentos: Arranjos e combinações. Sendo que diferem em
arranjos simples, combinações simples.

Arranjos são agrupamentos nos quais a ordem dos seus elementos faz a diferença. Por exemplo, os números
de três algarismos formados pelos elementos {1, 2 e 3} são:

312, 321, 132, 123, 213, 231

Esse agrupamento é um arranjo, pois a ordem dos elementos 1, 2 e 3 diferem. E é considerado simples, pois
os elementos não se repetem.

Para que tenhamos arranjos simples é preciso ter um conjunto de elementos distintos com uma quantidade
qualquer de elementos, sendo que os arranjos simples formados irão possuir n elementos, sendo que essa
quantidade será igual ou menor que a quantidade de elementos do conjunto.

Veja o exemplo abaixo:

Dado o conjunto B = {5,6,7}, veja os possíveis agrupamentos formados com 2 elementos de B.


76
Então, os agrupamentos formados com 2 elementos do conjunto b são: 56,57,65,67,75,76. Esse
agrupamento é formado por arranjos simples pelos elementos do conjunto B.

Nesse exemplo percebemos que é possível formar 6 arranjos, essa quantidade pode ser representada da
seguinte forma: A3,2 (três elementos distintos formados de dois a dois). Utilizando o processo do princípio
fundamental da contagem, calculamos a quantidade de elementos:

A3,2 = 3 . 2 . 1 = 6

Se em um agrupamento compararmos os arranjos simples formados perceberemos que eles se diferem de


duas maneiras diferentes: pela ordem de seus elementos ou pela natureza de seus elementos. Por exemplo:

Se compararmos os arranjos 56 e 65 do exemplo anterior, perceberemos que eles são diferentes pela
ordem dos seus elementos.

Se compararmos os arranjos 75 e 76 do exemplo anterior, perceberemos que eles são diferentes pela
natureza de seus elementos, pois são diferentes.

Considerando n a quantidade de elementos de um conjunto qualquer e p um número natural menor ou


igual a n. p será a classe ou a ordem do arranjo. Indicado da seguinte forma: A n , p

A fórmula geral utilizada no cálculo da quantidade de arranjos simples é:

77
Exemplo 2:
Quantas “palavras” (com sentido ou não) de 5 letras distintas podemos formar com as 20 primeiras letras do
nosso alfabeto?

Não é necessário montar todas os arranjos possíveis para saber a sua quantidade, basta aplicar a fórmula:
A n , p = n!
(n – p)!

Sendo que o conjunto é formado por 20 elementos (n = 20) que serão unidos de 5 em 5 (p = 5). Substitua a
fórmula.

Portanto, a quantidade de arranjos formados com as 20 primeiras letras do nosso alfabeto unidas de 5 em 5
é 1860480.

ARRANJO SIMPLES

É um conjunto de elementos com uma sequência definida.


Ex: Numa corrida tem 4 competidores. Há quantas possibilidades para os dois primeiros lugares?
R: (observe que a sequência é importante neste caso). Para achar as possibilidades, usamos novamente a
regra da multiplicação utilizada acima.
4 possibilidades para o primeiro lugar.
78
3 possibilidades para o segundo lugar.

Portanto temos 4 x 3 = 12 possibilidades.

Permutação

É um dos assuntos discutidos na disciplina de análise combinatória em Matemática. Tendo em mãos uma
sequência ordenada qualquer com um número “n” de elementos distintos, qualquer outra sequência
formada pelos mesmos “n” elementos reordenados é chamada de permutação.
Desse modo, podemos dizer que, se A é uma permutação de B, então A e B são constituídos pelos mesmos
elementos, mas ordenados de forma diferente.

De onde vêm as permutações?

As permutações são casos isolados dos Arranjos Simples. Estes são agrupamentos ordenados de um
conjunto A de elementos, de modo que os grupos possuem um número menor ou igual de elementos do
que o conjunto A.
O conjunto A = {X,Y,Z}, {X,Y} e {Y,X} é um arranjo simples dos elementos de A tomados 2 a 2. O número de
elementos de A é representado pela letra “n”. O número de ordem, ou número de classe, é “k”. Esse número
é a quantidade de elementos de cada arranjo simples (no caso do exemplo, esse número é 2).
A lista com todos os arranjos simples dos três elementos de A tomados 3 a 3 é a seguinte:

XYZ, XZY, ZXY, ZYX, YZX e YXZ

Essa lista é justamente o caso particular dos arranjos que recebe o nome de permutação.

Cálculo de arranjos simples


O número de arranjos simples de um conjunto A, que possui n elementos tomados k a k, pode ser calculado
pela seguinte fórmula:
An,k = n!
(n – k)!
Definição de permutação
Seja A um conjunto com n elementos distintos. Os arranjos simples desses elementos tomados n a n são
chamados de permutações simples de A. Desse modo, para que seja uma permutação, é preciso que o
número de ordem k seja igual ao número n de elementos de A. Resulta disso o seguinte cálculo:
Tomando a fórmula utilizada para arranjos simples e o número de ordem k = n, teremos:

An,k = n!
(n – k)!
An,n = n!
(n – n)!

79
An,n = n!
0!
An,n = n!
1
An,n = n!
Essa é a fórmula utilizada para o cálculo do número de permutações dos elementos do conjunto A,
geralmente denotado por Pn. Logo:
Pn = An,n = n!
Pn = n!
Exemplo
Calcule o número de permutações das letras da palavra AMOR.

Solução:
Observe que a palavra AMOR tem 4 elementos distintos. Para calcular o número de permutações dessa
palavra, utilizaremos a fórmula acima:

Pn = n!
P4 = 4!
P4 = 4·3·2·1
P4 = 24
Portanto, é possível formar 24 permutações diferentes das letras da palavra AMOR. As permutações de
palavras também são chamadas de anagramas.
Permutações com elementos repetidos
Um conjunto qualquer pode apresentar elementos repetidos. As permutações desse conjunto devem
considerar a repetição desses elementos, pois, a ordem em que eles aparecem não importa,
diferentemente da ordem dos outros elementos do conjunto. Se trocarmos apenas os dois “A” de lugar na
palavra AMAR, obteremos a mesma palavra. Palavras iguais não são permutações, por isso, essa repetição
deve ser subtraída na fórmula para as permutações.
Para subtrair todas as repetições possíveis de elementos em uma permutação com elementos
repetidos, devemos fazer o seguinte:
Seja A um conjunto com n elementos, dos quais k elementos repetem-se. A fórmula para o cálculo das
permutações de A é:
Pnk = n!
k!
Caso o conjunto A, com n elementos, possua k repetições de um elemento e j repetições de outro, o cálculo
acontecerá da seguinte maneira:
Pnk,j = n!
k!·j!
Se um conjunto A, com n elementos, possui k repetições de um elemento, j repetições de outro, …
, m repetições de outro, a fórmula assume a seguinte forma:

80
Pnk,j,...,m = n!
k!·j!·... ·m!
Exemplo: Calcule o número de anagramas da palavra ANTONIA.

Solução: Para resolver o exemplo, basta calcular as permutações com elementos repetidos da palavra
ANTONIA. Tanto a letra A quanto a letra N repetem-se 2 vezes. Observe:
P72,2 = 7!
2!·2!
2,2
P7 = 7·6·5·4·3·2·1
2·1·2·1
2,2
P7 = 5040
4
2,2
P7 = 1260

PERMUTAÇÃO SIMPLES
A permutação é um arranjo simples com uma diferença: na permutação, todos os elementos são
necessariamente usados. Assim, no exemplo anterior, a pergunta seria:
Quantos resultados são possíveis na corrida (com 4 competidores)? E a resposta seria:
4 possibilidades para o primeiro lugar porque são 4 competidores;
3 possibilidades para o segundo lugar porque 1 competidor já tirou o primeiro lugar;
2 possibilidades para o terceiro lugar porque sobraram 2 competidores;
1 possibilidade para o quarto lugar porque sobrou 1 competidor.

Portanto temos 4 x 3 x 2 x 1 = 24 resultados possíveis

COMBINAÇÃO SIMPLES

Na combinação simples, a ordem dos elementos no agrupamento não interfere. São arranjos que se
diferenciam somente pela natureza de seus elementos. Portanto, se temos um conjunto A formado por n
elementos tomados p a p, qualquer subconjunto de A formado por p elementos será uma combinação, dada
pela seguinte expressão:

Por exemplo, considere um conjunto com seis elementos que serão tomados dois a dois:

81
Uma importante aplicação de combinação simples é nas loterias, megassena, quina entre outras. A
megassena consiste em uma cartela de 60 números dentre os quais devemos acertar 6 (prêmio principal),
portanto temos uma combinação onde n = 60 e p = 6, sessenta números tomados seis a seis.

Na megassena existem 50.063.860 combinações, caso sejam tomadas seis a seis.

Em um curso de língua estrangeira estudam trinta alunos. O coordenador do curso quer formar um grupo
de três alunos para realizar um intercâmbio em outro país. Quantas possíveis equipes podem ser formadas?
Resolução
O número de possíveis grupos pode ser dado pela expressão:

82
Poderão ser formadas 4060 equipes.

COMBINAÇÃO SIMPLES
É um conjunto de elementos que não depende de sua sequência.
Ex: Quantas combinações podemos fazer com as letras A e B?
R: apenas 1 combinação: AB (pois BA representa a mesma combinação)
Ex: Quantas combinações, de suas cores, podemos fazer com as cores azul, verde e branco? R: Azul e verde;
azul e branco e verde e branco.
Todas as outras uniões representam duplas repetidas.

TRIGONOMETRIA DO TRIÂNGULO RETÂNGULO

1 - Teorema de Pitágoras
A trigonometria, que é uma palavra de origem grega: trigono = triangular e metria = medida, tem por
objetivo estabelecer relações entre os seis elementos de um triângulo.
Antes de entrarmos no estudo da Trigonometria, vamos rever a definição de triângulo retângulo. Triângulo
retângulo é todo retângulo que tem ângulo reto.
Em todo triângulo retângulo, os lados que formam o ângulo reto são denominados catetos e os lados
opostos ao ângulo reto é chamado de hipotenusa.
Assim, “em todo triângulo retângulo, a soma dos quadrados das medidas dos catetos é igual ao quadrado da
medida da hipotenusa”.

h2 = c2 + c2 (Teorema de Pitágoras)

2 – Razões trigonométricas no triângulo retângulo

Seno β = cateto oposto a β seno β = b hipotenusa a cosseno β = cateto adjacente a cosseno β = c hipotenusa
a tangente β = cateto oposto a β tangente β = b cateto adjacente a β c

α + β = 90°

83
Vamos um pouco mais além: Se os pontos fossem (2,3) e (1,2)
y
3
2
x
12
α
β

Como achar a distância entre esses pontos? Temos que usar o Teorema de Pitágoras

h2 = x2 + y2 h = x2 + y2
yh
x

Vamos voltar ao gráfico anterior e identificar nele um triângulo retângulo. Veja:


Assim: (1-2) = -1 = x
(2-3) = -1 = y
Portanto: h = (-1)2 + (-1)2 = 2

Exercício Resolvido:

Ache h, ou seja, a distância entre os pontos dados: (1,3) e (2,2)


h = 12 + 12 = 2
x = (2 – 1) = 1
y = (2 – 3) = (-1) = -1

TRIGONOMETRIA

A Trigonometria (trigono: triângulo; metria: medidas) é o estudo da Matemática responsável pela relação
existente entre os lados e os ângulos de um triângulo. Nos triângulos retângulos (possuem um ângulo de
90º), as relações constituem os chamados ângulos notáveis (30º, 45º e 60º), que possuem valores
constantes representados pelas relações seno, cosseno e tangente. Nos triângulos que não possuem ângulo
reto (ângulo de 90º), as condições são adaptadas na busca pela relação entre os ângulos e os lados.
Um pouco da História da Trigonometria
Os estudos iniciais estão relacionados com os povos babilônicos e egípcios e foram desenvolvidos pelos
gregos e indianos. Por meio da prática, conseguiram criar situações de medição de distâncias inacessíveis.
Hiparco de Niceia (190 a.C. a 125 a.C.) foi um astrônomo grego que introduziu a Trigonometria como
ciência. Por meio de estudos, ele implantou as relações existentes entre os elementos do triângulo.

O Teorema de Pitágoras possui papel importante no desenvolvimento dos estudos trigonométricos, pois é
por meio dele que desenvolvemos fórmulas teóricas comumente usadas nos cálculos relacionados com
situações práticas cotidianas.

84
Devemos ressaltar que a Trigonometria objetivou a elaboração dos estudos das funções trigonométricas,
relacionadas aos ângulos e aos fenômenos periódicos. A partir do século XV, a modernidade dos cálculos
criou novas situações teóricas e práticas relacionadas aos estudos dos ângulos e das medidas. Com a criação
do Cálculo Diferencial e Integral pelos cientistas Isaac Newton e Leibniz, a Trigonometria ganhou moldes
definitivos no cenário da Matemática, sendo constantemente empregada em outras ciências, como
Medicina, Engenharia, Física, Química, Geografia, Astronomia, Biologia, Cartografia, entre outras.

TRIÂNGULO

Triângulo é uma figura geométrica formada por três retas que se encontram duas a duas e não passam pelo
mesmo ponto, formando três lados e três ângulos.

Para fazer o cálculo do perímetro de um triângulo basta fazer a soma da medida de todos os lados, a soma
dos ângulos internos é sempre 180º.

Observando o triângulo podemos identificar alguns de seus elementos:

♦ A, B e C são os vértices.
♦ Os lados dos triângulos são simbolizados pelo encontro dos vértices (pontos de
encontros): , , segmentos de retas.
♦ Os ângulos têm duas formas de representá-los: no caso do triângulo ele tem 3 lados, consequentemente,
3 ângulos: Â , , ? ou A C, B?A, BÂC.

Tipos de triângulos

♦ O triângulo pode ser classificado segundo a medida do seu lado.

Triângulo escaleno: Todos os lados e ângulos são diferentes.

85
Triângulos isósceles: dois lados iguais e os ângulos opostos a esses lados iguais.

Triângulo equilátero: Todos os lados e ângulos iguais. Concluímos que seus ângulos serão de 60°.

♦ O triângulo pode ser classificado segundo seus ângulos internos.

Triângulo retângulo: tem um ângulo que mede 90º.

Obtusângulo: tem um ângulo maior que 90°.

Acutângulo: Tem todos os ângulos menores que 90°.

Condição de existência de um triângulo

Para construir um triângulo não podemos utilizar qualquer medida, tem que seguir a condição de existência:
Para construir um triângulo é necessário que a medida de qualquer um dos lados seja menor que a soma
das medidas dos outros dois e maior que o valor absoluto da diferença entre essas medidas.

86
|b-c|<a<b+c
|a-c|<b<a+c
|a-b|<c<a+b
Exemplo:

14 – 8 < 10 < 14 + 10
14 – 10 < 8 < 14 + 10
10 – 8 < 14 < 10 + 8

Retângulo

Existem dois tipos de retângulos: com os lados todos iguais (quadrado) e com os lados diferentes.

No cálculo de qualquer retângulo podemos seguir o raciocínio abaixo:

87
Pegamos um retângulo e colocamos em uma malha quadriculada onde cada quadrado tem dimensões de 1
cm. Se contarmos, veremos que há 24 quadrados de 1 cm de dimensões no retângulo. Como sabemos que a
área é a medida da superfície de umas figuras podemos dizer que 24 quadrados de 1 cm de dimensões é a
área do retângulo.

O retângulo acima tem as mesmas dimensões que o outro, só que representado de forma diferente. O
cálculo da área do retângulo pode ficar também da seguinte forma:

A=6.4
A = 24 cm2

Podemos concluir que a área de qualquer retângulo é:

A=b.h

Quadrado

É um tipo de retângulo específico, pois tem todos os lados iguais. Sua área também é calculada com o
produto da base pela altura. Mas podemos resumir essa fórmula:

Como todos os lados são iguais, podemos dizer que base é igual a e a altura igual a , então, substituindo
na fórmula A = b . h, temos:

A= .

88
TEOREMA DE PITÁGORAS

O Teorema de Pitágoras é considerado uma das principais descobertas da Matemática. Ele descreve uma
relação existente no triângulo retângulo. Vale lembrar que o triângulo retângulo pode ser identificado pela
existência de um ângulo reto, isto é, que mede 90º. O triângulo retângulo é formado por dois catetos e a
hipotenusa, que constitui o maior segmento do triângulo e localiza-se opostamente ao ângulo reto.
Observe:

Catetos: a e b
Hipotenusa: c

Triângulo retângulo de catetos a e b e hipotenusa c

O Teorema de Pitágoras diz que: “a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.”
a² + b² = c²
Exemplos:
1º) Calcule o valor do segmento desconhecido no triângulo retângulo a seguir.

89
x² = 9² + 12²
x² = 81 + 144
x² = 225
√x² = √225
x = 15

A descoberta dos números irracionais


Foi por meio do Teorema de Pitágoras que os números irracionais começaram a ser introduzidos na
Matemática. O primeiro irracional a surgir foi √2, que apareceu no cálculo da hipotenusa de um triângulo
retângulo com catetos medindo 1. Veja:

x² = 1² + 1²
x² = 1 + 1
x² = 2
√x² = √2
90
x = √2
√2 = 1,414213562373....

2º) Calcule o valor do cateto no triângulo retângulo abaixo:

x² + 20² = 25²
x² + 400 = 625
x² = 625 – 400
x² = 225
√x² = √225
x = 15
3º) Um ciclista acrobático passará de um prédio a outro com uma bicicleta especial e sobre um cabo de aço,
como demonstra o esquema a seguir:

Qual é a medida mínima do comprimento do cabo de aço?

91
Pelo Teorema de Pitágoras, temos:

x² = 10² + 40²
x² = 100 + 1600
x² = 1700
x = 41,23 (aproximadamente)

Sociologia tem como objeto de estudos a sociedade, a sua organização social e os processos que interligam
os indivíduos em grupo.
A Sociologia é uma das Ciências Humanas que tem como objetos de estudo a sociedade, a sua organização
social e os processos que interligam os indivíduos em grupos, instituições e associações. Enquanto a
Psicologia estuda o indivíduo na sua singularidade, a Sociologia estuda os fenômenos sociais,
compreendendo as diferentes formas de constituição das sociedades e suas culturas.

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O termo Sociologia foi criado por Auguste Comte em 1838 (séc. XVIII), que pretendia unificar todos os
estudos relativos ao homem — como a História, a Psicologia e a Economia. Mas foi com Karl Marx, Émile
Durkheim e Max Weber que a Sociologia tomou corpo e seus fundamentos como ciência foram
institucionalizados.
A Sociologia surgiu como disciplina no século XVIII, como resposta acadêmica para um desafio que estava
surgindo: o início da sociedade moderna. Com a Revolução Industrial e posteriormente com a Revolução
Francesa (1789), iniciou-se uma nova era no mundo, com as quedas das monarquias e a constituição dos
Estados nacionais no Ocidente. A Sociologia surge então para compreender as novas formas das sociedades,
suas estruturas e organizações.
A Sociologia tem a função de, ao mesmo tempo, observar os fenômenos que se repetem nas relações
sociais – e assim formular explicações gerais ou teóricas sobre o fato social –, como também se preocupa
com aqueles eventos únicos, como por exemplo, o surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno,
explicando seus significados e importância que esses eventos têm na vida dos cidadãos.
Como toda forma de conhecimento intitulada ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu
universo de pesquisa. O conhecimento sociológico, por meio dos seus conceitos, teorias e métodos,
constitui um instrumento de compreensão da realidade social e de suas múltiplas redes ou relações sociais.
Os sociólogos estudam e pesquisam as estruturas da sociedade, como grupos étnicos (Indígenas, aborígines,
ribeirinhos etc.), classes sociais (de trabalhadores, esportistas, empresários, políticos etc.), gênero (homem,
mulher, criança), violência (crimes violentos ou não, trânsito, corrupção etc.), além de instituições como
família, Estado, escola, religião etc.
Além de suas aplicações no planejamento social, na condução de programas de intervenção social e no
planejamento de programas sociais e governamentais, o conhecimento sociológico é também um meio
possível de aperfeiçoamento do conhecimento social, na medida em que auxilia os interessados a
compreenderem mais claramente o comportamento dos grupos sociais, assim como a sociedade como um
todo. Sendo uma disciplina humanística, a Sociologia é uma forma significativa de consciência social e de
formação de espírito crítico.
A Sociologia nasce da própria sociedade, e por isso mesmo essa disciplina pode refletir interesses de alguma
categoria social ou ser usado como função ideológica, contrariando o ideal de objetividade e neutralidade
da ciência. Nesse sentido, se expõe o paradoxo das Ciências
Sociais, que ao contrário das ciências da natureza (como a biologia, física, química etc.), as ciências da
sociedade estão dentro do seu próprio objeto de estudo, pois todo conhecimento é um produto social. Se
isso a priori é uma desvantagem para a Sociologia, num segundo momento percebemos que a Sociologia é a
única ciência que pode ter a si mesma com objeto de indagação crítica.

A SOCIEDADE, O INDIVIDUO.
O sistema educacional brasileiro está inserido no contexto do sistema global capitalista que atualmente se
encontra em crise.
Para melhor entendermos tal crise e posteriormente tentar respondê-la é necessária a formação de um
projeto político-pedagógico, ou melhor, um projeto de uma educação para a emancipação humana.
Para pensarmos em um projeto emancipatório, temos que analisar algumas questões: a sociedade, o
indivíduo e a educação que temos e que queremos. De início fizemos um breve histórico da sociedade que
temos em seguida a perspectiva que temos; posteriormente uma reflexão do indivíduo que temos e que
queremos e finalmente um apanhado histórico da educação que temos e sua perspectiva.
Analisamos a sociedade que temos a partir de um breve histórico. Na Comunidade Primitiva onde o modo
de produção era comunal, tudo era feito em comum, não havia classes sociais; em seguida, os povos da
Antiguidade, onde havia duas classes sociais distintas: a classe dos senhores e dos servos, posteriormente a
sociedade na Idade Média possuía ainda algumas características da sociedade antiga. O meio dominante de
produção era a terra e a forma econômica dominante era a agricultura.

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As sociedades pré-modernas não possuíam consciência histórica, eram capazes de reproduzir-se por
períodos extremamente longos, o trabalho não constituía uma esfera separada, existia inferioridade social e
dependência.
Por fim, a sociedade moderna que contou com uma força destrutiva para seu progresso; foi à invenção das
armas de fogo, ou seja, estavam sendo destruídos às formas pré-modernas, elementos fundamentais do
capitalismo passaram a existir porque contaram com a economia militar e de armamento.
Para ganhar dinheiro as pessoas passaram a vender sua força de trabalho. Rompidas às relações naturais
com base em laços de sangue em que a nobreza e a servidão eram passadas de pai para filho, na
modernidade capitalista as relações passam a ser sociais. Inaugura a existência da crítica social: uma
imanente ao sistema, e outra categorial. O capitalismo sem limites tinha como objetivo a transformação do
dinheiro em dinheiro; o dinheiro é a encarnação do trabalho, ou melhor, o fundamento do sistema
capitalista reside na produção do valor, a valorização do dinheiro.
Logo, o capitalismo com limites reduzia o tempo de trabalho ou continuava com o tempo de trabalho como
medida de produção; desviava a aplicação do capital; surgia um novo caminho, mercado financeiro; uma
grande parte não conseguia mais existir dentro das formas sociais capitalistas. Podemos lembrar que a crise
se manifesta nos próprios países núcleo-capitalistas.
A necessidade de fazer um apanhado histórico da sociedade em que vivemos veio demonstrar claramente
que chegamos a uma sociedade capitalista em crise, global-terminal-estrutural; tendo como objetivo
enfocar elementos teóricos básicos e decisivos para entendermos melhor como podemos elaborar um
projeto emancipatório, norteado pelos aspectos apresentados.
Nossa perspectiva em relação à sociedade é estarmos inserida em uma sociedade mundial que não
necessita mais de fronteiras, na qual todas as pessoas possam se deslocar livremente e existir em qualquer
lugar o direito de permanência universal.
O homem moderno simplesmente não consegue imaginar uma vida além do trabalho. O homem adaptado
ao trabalho, ou seja, a um padrão; está fazendo com que a qualidade específica do trabalho perca-se e
torne-se indiferente.
O homem moderno não passa de mercadoria produzindo mercadoria e vendendo sua própria mercadoria.
As mulheres tornam-se responsáveis pela sobrevivência em todos os níveis. Os homens tornam-se
dependente de uma relação abstrata do sistema.
Como já mencionamos antes, a perspectiva que temos é a constituição de um sujeito como objetivo, capaz
de construir uma sociedade igualitária, criativa, diversa, livre e prazerosa no ócio.
Na Comunidade Primitiva, relacionando-se com a terra, com a natureza entre si as pessoas se educavam e
educavam as novas gerações; não havia escola. Na Antiguidade, com o aparecimento de uma classe social
ociosa, surge uma educação diferenciada, surge a escola.
Só tinham acesso à escola as classes sociais ociosas, a maioria que produzia continuava se educando no
próprio processo de produção e da vida.
Na Idade Média, a maioria continuava se educando no próprio processo de produzir a sua existência e de
seus senhores através das atividades consideradas indignas, a forma escolar da educação é ainda uma forma
secundária.
É na sociedade moderna que se forma a ideia de educação para formar cidadãos, escolarização universal,
gratuita e leiga, que deve ser estendida a todos; a escola passa a ser a forma predominante da educação.
De acordo com Enguita (1989), era preciso inventar algo melhor e inventou-se e reinventou-se a escola;
criaram escolas onde não havia, reformaram-se as existentes e nelas introduziu-se a força toda a população
infantil. A instituição e o processo escolar foram reorganizados de forma tal que as salas de aula se
converteram no lugar apropriado para se acostumar às relações sociais do processo de produção capitalista,
no espaço institucional adequado para preparar as crianças e os jovens para o trabalho.
O que queremos é a emancipação da educação como princípio educativo e a formação de um sujeito da
emancipação como objetivo.

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Este trabalho foi realizado tendo por base uma fundamentação histórica da sociedade em que vivemos, para
então, em particular analisarmos a situação atual de nossa educação que hoje está inserida em uma
sociedade em crise.
A superação dessa sociedade visa a formulação de um projeto emancipatório que pretende construir uma
nova sociedade que vá além do valor, do dinheiro, da mercadoria, do trabalho, do
Estado e da política.

CLASSES SOCIAIS

Encontrar uma definição de classe social não é tarefa nada fácil, ainda mais quando o tema não gera uma
definição consensual entre estudiosos das mais diferentes tradições políticas e intelectuais. Porém, uma
coisa é certa! Todos estão de acordo com o fato de as classes sociais serem grupos amplos, em que a
exploração econômica, opressão política e dominação cultural resultam da desigualdade econômica, do
privilégio político e da discriminação cultural, respectivamente.
Os principais conceitos de classe na tradição do pensamento social são: classe social e luta de classes de Karl
Marx e estratificação social de Max Weber. De modo geral, no cotidiano, o cidadão comum tende a
confundir as definições de classe social.
A concepção de organização social de Karl Marx e Friedrich Engels se baseia nas relações de produção.
Nesse sentido, em toda sociedade, seja pré-capitalista ou capitalista, haverá sempre uma classe dominante,
que direta ou indiretamente controla ou influencia o controle do Estado, e uma classe dominada, que
reproduz a estrutura social ordenada pela classe dominante e assim perpetua a exploração.
Numa sociedade organizada, não basta à constatação da consciência social para a manutenção da ordem,
pois a existência social é que determina a consciência. Em outras palavras, os valores, o modo de pensar e
de agir em uma sociedade são reflexos das relações entre os homens para conseguir meios para sobreviver.
Assim, as relações de produção entre os homens dependem de suas relações com os meios de produção e
que, de acordo com essas relações, podem ser de proprietário/não proprietário, capitalista/operário,
patrão/empregado. Os homens são diferenciados em classes sociais. Aqueles homens que detêm a posse
dos meios de produção apropriam-se do trabalho daqueles homens que não possuem esses meios, sendo
que os últimos vendem a força de trabalho para conseguir sobreviver. A luta de classes nada mais é do que
o confronto dessas classes antagônicas. Essa é a concepção marxista de classe social.
Com o desenvolvimento do capitalismo industrial e na modernidade, a linguagem comum confunde com
frequência o uso do termo classe social com estrato social. Para Weber, a estratificação das classes sociais é
estabelecida conforme a distribuição de determinados valores sociais (riqueza, prestígio, educação, etc.)
numa sociedade, como: castas, estamentos e classes.
Em Weber, as classes constituem uma forma de estratificação social, em que a diferenciação é feita a partir
do agrupamento de indivíduos que apresentam características similares, como por exemplo: negros,
brancos, católicos, protestantes, homem, mulher, pobres, ricos, etc.
Em se tratando de dominação de classe, estabelecer estratos sociais conforme o grau de distribuição de
poder numa sociedade é tarefa bastante árdua, porque o poder sendo exercido sobre os homens, em que
uns são os que o detêm enquanto outros o suportam, torna difícil considerar que esse seja um recurso
distribuído, mesmo que de forma desigual, para todos os cidadãos. Assim, as relações de classe são relações
de poder, e o conceito de poder representa de modo simples e sintético, a estruturação das desigualdades
sociais. Para Weber, o juízo de valor que as pessoas fazem umas das outras e como se posicionam nas

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respectivas classes, depende de três fatores: poder, riqueza e prestígio; que nada mais são que elementos
fundamentais para constituir a desigualdade social.

DESIGUALDADE SOCIAL
A desigualdade social e a pobreza são problemas sociais que afetam a maioria dos países na atualidade. A
pobreza existe em todos os países, pobres ou ricos, mas a desigualdade social é um fenômeno que ocorre
principalmente em países não desenvolvidos.
O conceito de desigualdade social é um guarda-chuva que compreende diversos tipos de desigualdades,
desde desigualdade de oportunidade, resultado, etc., até desigualdade de escolaridade, de renda, de
gênero, etc. De modo geral, a desigualdade econômica – a mais conhecida – é chamada imprecisamente de
desigualdade social, dada pela distribuição desigual de renda. No Brasil, a desigualdade social tem sido um
cartão de visita para o mundo, pois é um dos países mais desiguais. Segundo dados da ONU, em 2005 o
Brasil era a 8º nação mais desigual do mundo. O índice Gini, que mede a desigualdade de renda, divulgou
em 2009 que a do Brasil caiu de 0,58 para 0,52 (quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade), porém
está ainda é gritante.
Alguns dos pesquisadores que estudam a desigualdade social brasileira atribuem, em parte, a persistente
desigualdade brasileira a fatores que remontam ao Brasil colônia, pré-1930 – a máquina midiática, em
especial a televisiva, produz e reproduz a ideia da desigualdade, creditando o “pecado original” como fator
primordial desse flagelo social e assim, por extensão, o senso comum “compra” essa ideia já formatada –, ao
afirmar que são três os “pilares coloniais” que apoiam a desigualdade: a influência ibérica, os padrões de
títulos de posse de latifúndios e a escravidão. É evidente que essas variáveis contribuíram intensamente
para que a desigualdade brasileira permanecesse por séculos em patamares inaceitáveis.
Todavia, a desigualdade social no Brasil tem sido percebida nas últimas décadas, não como herança pré-
moderna, mas sim como decorrência do efetivo processo de modernização que tomou o país a partir do
início do século XIX. Junto com o próprio desenvolvimento econômico, cresceu também a miséria, as
disparidades sociais – educação, renda, saúde, etc. – a flagrante concentração de renda, o desemprego, a
fome que atinge milhões de brasileiros, a desnutrição, a mortalidade infantil, a baixa escolaridade, a
violência. Essas são expressões do grau a que chegaram as desigualdades sociais no Brasil.
Segundo Rousseau, a desigualdade tende a se acumular. Os que vêm de família modesta têm, em média,
menos probabilidade de obter um nível alto de instrução. Os que possuem baixo nível de escolaridade têm
menos probabilidade de chegar a um status social elevado, de exercer profissão de prestígio e ser bem
remunerado. É verdade que as desigualdades sociais são em grande parte geradas pelo jogo do mercado e
do capital, assim como é também verdade que o sistema político intervém de diversas maneiras, às vezes
mais, às vezes menos, para regular, regulamentar e corrigir o funcionamento dos mercados em que se
formam as remunerações materiais e simbólicas.
Observa-se que o combate à desigualdade deixou de ser responsabilidade nacional e sofre a regulação de
instituições multilaterais, como o Banco Mundial. Conforme argumenta a socióloga
Amélia Cohn, a partir dessa ideia “se inventou a teoria do capital humano, pela qual se investe nas pessoas
para que elas possam competir no mercado”. De acordo com a socióloga, a saúde perdeu seu status de
direito, se tornando um investimento na qualificação do indivíduo.
Ou, como afirma Hélio Jaguaribe em seu artigo No limiar do século 21: “Num país com 190 milhões de
habitantes, um terço da população dispõe de condições de educação e vida comparáveis às de um país
europeu. Outro terço, entretanto, se situa num nível extremamente modesto, comparáveis aos mais pobres
padrões afro-asiáticos. O terço intermediário se aproxima mais do inferior que do superior”.
A sociedade brasileira deve perceber que sem um efetivo Estado democrático, não tem como combater ou
mesmo reduzir significativamente a desigualdade social no Brasil. Émile Durkheim - O criador da sociologia
da educação.
Para o sociólogo francês, a principal função do professor é formar cidadãos capazes de contribuir para a
harmonia social.
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Dessa forma, Durkheim acreditava que a sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele,
"a educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta". E quanto mais eficiente for o
processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida.
Nessa concepção durkheimiana – também chamada de funcionalista –, as consciências individuais são
formadas pela sociedade. Ela é oposta ao idealismo, de acordo com o qual a sociedade é moldada pelo
"espírito" ou pela consciência humana. "A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a
assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios – sejam morais, religiosos, éticos ou de
comportamento – que baliza a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da
sociedade, é um produto dela", escreveu Durkheim.
Essa teoria, além de caracterizar a educação como um bem social, a relacionou pela primeira vez às normas
sociais e à cultura local, diminuindo o valor que as capacidades individuais têm na constituição de um
desenvolvimento coletivo. "Todo o passado da humanidade contribuiu para fazer o conjunto de máximas
que dirigem os diferentes modelos de educação, cada uma com as características que lhe são próprias. As
sociedades cristãs da Idade Média, por exemplo, não teriam sobrevivido se tivessem dado ao pensamento
racional o lugar que lhe é dado atualmente", exemplificou o pensador.

Ensino público e laico


Durkheim não desenvolveu métodos pedagógicos, mas suas ideias ajudaram a compreender o significado
social do trabalho do professor, tirando a educação escolar da perspectiva individualista, sempre limitada
pelo psicologismo idealista – influenciado pelas escolas filosóficas alemãs de Kant (1724-1804) e Hegel
(1770-1831). "Segundo Durkheim, o papel da ação educativa é formar um cidadão que tomará parte do
espaço público, não somente o desenvolvimento individual do aluno", explica José Sérgio Fonseca de
Carvalho, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

O surgimento da Sociologia e o Socialismo


Europa, final da Idade Média, crise do Modo de Produção Feudal. Classicamente, se diz] que o Modo de
Produção entrou em contradição com os interesses das Forças Produtivas. Naquele caso, embora a
densidade demográfica crescesse assustadoramente, de nada adiantava produzir mais porque o excedente
não iria para aqueles deles necessitados; iria engordar ainda mais os cofres da Nobreza...
As pessoas começam a se rebelar, fogem dos feudos (a que eram “presas” por laços de honra) e passam a
roubar ou com parcos recursos comprar bens baratos a grandes distâncias vendendo-os mais caro onde
eram desejados – ressaltem-se as famosas “especiarias” -, ou seja, na Europa. A prática do lucro era
condenada pela Igreja Católica, a maior potência do mundo à época. Mas para os fugitivos dos feudos,
fundadores de burgos, que serão mais tarde chamados de “burgueses”, não restava alternativa exceto a
atividade comercial voltada ao lucro, tida como “desonesta” por praticamente todas as culturas e
civilizações do mundo a partir de todos os pontos de vista éticos.
O capitalismo era como um pequenino câncer que surgiu no final da sociedade feudal.
Foi crescendo, crescendo e hoje, a burguesia e seus interesses comerciais se sobrepõem ao ser humano
numa infecção que contamina todo o planeta. Aquelas sociedades que buscam a cura para este mal são
“reconvertidas” ao satanismo pagão de holocaustos ao deus-mercado através de diversas formas de pressão
e, no limite, uso da força física, como ocorreu no Chile de
Salvador Allende e, mais recentemente, no Afeganistão – um com proposta socialista, outro com proposta
islâmica; ambos intoleráveis hereges dentro do fundamentalismo de mercado.
Era fundamental reorganizar a sociedade de maneira a que os novos donos da riqueza fossem também os
donos do poder. Surge uma nova religião para reforçar uma ética mais consentânea com os tempos
cambiantes: surge o protestantismo. Os padres diziam nas missas
– embora sua prática fosse bem outra... – ser “mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do
que um rico entrar no reino dos céus”, reiterando serem pecaminosos aqueles que praticavam a cobrança
de juros, lucros... “Usurários”, enfim, eram todos enfileirados no caminho que conduz ao fogo do inferno.
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Por outro lado começam a surgir e x-padres, agora pastores que passam a informar: “se a mão de Deus
estiver sobre a sua cabeça, você prosperará imensamente nesta terra; nisso você verá um sinal de estar
sendo por ele abençoado” ... Se você tivesse enriquecido à beça na base do comércio lucrativo, ou do
empréstimo a juros, preferiria o discurso do padre (vale repetir, em contradição com a sua prática) ou o do
pastor? Assim cresceram as seitas protestantes pelo mundo afora.
Politicamente a burguesia endinheirada sentia-se lesada tendo de pagar tributos à antiga nobreza, agora
praticamente falida. No início compravam títulos de nobres aos de antiga linhagem – que os discriminavam!
– a seguir passaram a pensar em alternativas mais radicais (Ser radical é ir à raiz e a burguesia foi radical no
período de suas glórias revolucionárias!) como convocar os trabalhadores a uma aliança contra a nobreza e
implantar um novo tipo de regime político, muito mais interessante e lucrativo para a burguesia, a
“república”. Os burgueses convocaram seus empregados, desempregados e desesperados, superiores em
número, para uma aliança contra a nobreza ou “antigo regime” e, após muitos percalços, saem-se
vitoriosos.
Agora, “duque”, “king” e “marquesa” passam a ser nomes de animais domésticos da burguesia!
O passo seguinte foi agradecer e condecorar trabalhadores, desempregados e desesperados e mandá-los de
volta a seus trabalhos, a seus desempregos e a seu desespero.
Estes, à medida que se conscientizavam de que foram usados para uma troca de poder que em
absolutamente nada lhes beneficiou começam a organizar-se em sindicatos e outras agremiações classistas,
por vezes secretas, maçônicas mesmo, por vezes aberta, mas sempre e imediatamente proclamadas ilegais
ou heréticas e perseguidas por todo o aparato estatal e religioso que a burguesia podia colocar em marcha!

Karl Marx

Originário da Renânia, um pedaço da enorme colcha de retalhos que mais tarde constituiria a Nação Alemã,
filho de burgueses e educados no mais rigoroso protestantismo, incrivelmente perspicaz, cedo percebeu
que enquanto houver neste mundo gente que se alimenta e gente que passa fome, enquanto houver
opressores e oprimidos a espécie humana inteira estará refém da insânia. Chegou à conclusão de que
somente a partir do ponto de vista de quem não tem absolutamente nada a perder se pode almejar a
vislumbrar a verdade.
Adotando o ponto de vista dos trabalhadores criou um ferramental intelectual inédito e até hoje embatido
para a compreensão do Real. Com base no socialismo chamado “utópico” dos franceses, da filosofia clássica
alemã (em particular o materialismo de Feuerbach e a dialética de Hegel) e a economia clássica inglesa
construiu o MATERIALISMO DIALÉTICO, filosofia voltada não apenas à ascensão da classe trabalhadora ao
poder, mas à libertação de toda a espécie humana de toda a classe de opressão e exploração.

Dialética
Há muito que dizer e em que refletir sobre a Dialética; menciono apenas dois pontos...
Movimento: Tudo está em movimento, tudo se transforma frequentemente em seu contrário... É como as
nuvens no céu: você olha, está de um jeito; olha novamente, a configuração já mudou completamente.
A essência é mais significativa que a aparência: Este postulado fez com que a Dialética ficasse conhecida
como “Filosofia Negativa”, pois buscava a compreensão do que está para além da superfície, do “Positivo”,
da mera aparência fenomênica de alguma coisa.

Augusto Comte e a “Física Social”


Evidentemente era necessário que a burguesia também produzisse uma teoria em defesa de seus pontos de
vista e poucos foram tão brilhantes – e influenciaram tanto a nossa combalida Nação – quanto o
positivismo.
Era necessário olvidar a essência e trabalhar com o que é perceptível aos sentidos físicos mais grosseiros e
imediatos. Era necessário esquecer a “filosofia negativa” e, voltando ao reino das aparências criarem uma
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filosofia capaz de compreender o social com tanta precisão quanto a matemática ou a física – que hoje
sabemos também serem imprecisas...
Eivado de motivos nobres, impregnado de boas intenções, aquelas mesmas que pavimentam todas as
estradas do inferno, Comte pregava a necessidade de “libertar o conhecimento social de toda a ingerência
filosófica”, como se isso fosse possível... Mas... Se o fosse? Seria desejável? Se a filosofia responde a muitas
questões que dizem respeito ao ser do homem no mundo, qualquer ciência que se volte a compreender o
homem “afastando a ingerência filosófica” tende mais a falsear a compreensão do ser humano do que a
compreendê-lo.
Falando claramente: para que uma ciência humana mereça ser chamada de “científica”, tem de ser
filosófica! O oposto disso é simplesmente fechar os olhos ao que constitui o SER do homem...
Mas Comte e seus discípulos criaram um sistema “científico” voltado a conciliar o inconciliável: a Luta de
Classes. Olvidando totalmente a existência concreta de interesses antagônicos na Sociedade Burguesa, a
Luta de Classes, busca integrar a todos em torno do ideal ou meta burguesa – “integralismo”, por sinal, tem
esta raiz... –; crescendo por etapas ou degraus seria possível chegar-se a uma precisão “científica”, não
filosófica, acerca da sociedade e do ser do homem. Os positivistas contemporâneos, que já percebem as
falhas do positivismo clássico, mantêm suas mesmas raízes, suas mesmas motivações – “conciliar Capital e
Trabalho”, “que os ricos sejam mais ricos para que, através deles os pobres sejam menos pobres”, e outras
idiotices só críveis porque repetidas em altos brados.

Durkheim e “As Regras”


Discípulo genial de Comte, Émile Durkheim sistematizou algumas de suas ideias e foi o primeiro a usar
efetivamente a expressão “Sociologia” para referir-se ao estudo em pauta, que seu mestre ainda chamava
de “Física Social”.
O que é fato social? Tudo o que é coletivo, exterior ao indivíduo e coercitivo, em linhas gerais.
Como compreender o fato social? Primeiro passo: “Afastar sistematicamente as prénoções”.
Como se fosse possível ao ser humano estar acima de todos os sentimentos, emoções, e “juízos de valor”.
Como se a própria colocação da questão – seja ela qual for – não traga nela embutidos os juízos ou as pré-
noções... Posição hoje indefensável, Durkheim tem, contudo enorme valor para a Sociologia
contemporânea.

Weber – a jaula de ferro do capitalismo


Max Weber, um dos maiores gênios do século XX, filho de pastor evangélico, lutou na
Primeira Guerra Mundial como capitão do exército prussiano chegou à conclusão de que é necessário não
tomar partido, separar o “lugar da teoria” do “lugar da prática” em ciência política.
Segundo o capitão evangélico, a inteligência deve ser livre de vínculos (em alemão, Freischwebend
Intelligenz). Sua posição de professor conservador, liberal, militar e evangélico talvez explique os motivos do
“acidente de trabalho” que o conduziu a uma profundíssima crise depressiva que durou quatro longos anos
em que até a alimentação era levada à sua boca pela esposa. Quatro anos em que, consta, não pronunciou
uma única palavra, não escreveu uma única linha. De repente, o gênio adormecido desperta para o espanto
de todos e compõe uma das mais geniais obras sociológicas do século XX – “A Ética Protestante e o Espírito
do Capitalismo”.

Georg Lukács
Húngaro, o mais notável discípulo de Weber percebe-lhe as limitações e conduz os avanços sociológicos que
esta corrente positivista havia logrado atingir ao marxismo, a que se alinha com muito maior conforto. O
Clássico “História e Consciência de Classe” é uma leitura obrigatória a todo aquele que queira compreender
o ser humano vivendo em sociedade. O peso de sua erudição não tira o interesse do trabalho, ao contrário.
Foi um dos últimos brilhos a ir mais longe que Marx dentro do pensamento marxista.

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Escola de Frankfurt
É fundamental citar o lugar dos teóricos de Frankfurt, particularmente Herbert Marcuse, que resgata a
Dialética Materialista com grande ênfase à Dialética. Sua grande obra ainda é
“Razão e Revolução”. É nela que se defende que o grande critério a submeter o Real é a Razão Humanista. O
Capital é irracional: desigualam os semelhantes e equaliza os dessemelhantes. Você vale o quanto é capaz
de produzir e é avaliado não pela grandeza de sua alma e de seus valores humanos, mas do quanto você
tem em bens materiais. Isso é a Destruição da Razão (em alemão, “Zerstorung der Vernunft”).

Teologia da Libertação
Segundo os grandes filósofos europeus contemporâneos, esta é a grande contribuição da América Latina em
geral e do Brasil em particular ao Saber Universal. O revolucionário em busca de um mundo melhor, como
Che Guevara ou o padre Camilo Torres é equiparado aos primeiros cristãos. O comunismo nascente
comparado ao cristianismo também em processo de parturição no Império Romano. Assim como o Império
Romano negou o cristianismo por quase 400 anos, proclamando-lhe extinto, acabado, morto e era
aterrorizado pelo fantasma de seu cadáver insepulto o Capital proclama reiterado e repetidas vezes a
“morte do comunismo”. O que Weber chamava de “jaula de ferro” os Teólogos da Libertação chamam de
“pessimismo defensivo” da burguesia. Em síntese, eles dizem: “não tem jeito”. “Sempre foi e sempre será
assim” – preenchendo o futuro como se houvesse uma linha invisível a ligar todos os tempos, como se a
Vontade humana não houvesse sido capaz de proezas memoráveis como a transformação do Império
Romano num Império Cristão; a travessia do “Mar Tenebroso” que todos “sabiam” intransponível e a
chegada ao Novo Mundo; os exemplos se multiplicam.

E agora, o que fazer?


Como o saudoso Capitão Luís Carlos Prestes, morrerei convicto do Futuro Comunista da
Humanidade! Não é possível saber como vamos suplantar esta situação amarga em que “o homem é o lobo
do homem”. Não é crível que a espécie humana tenha de ser condenada ao inferno capitalista pelo resto da
eternidade. O escravismo antigo não foi eterno (durou alguns milhares de anos), tampouco o foi o
feudalismo (que durou cerca de um milênio). O capitalismo existe no mundo aí há uns quinhentos anos. No
início como um pequenino carcinoma que hoje tomou conta do planeta todo. Mas o poder regenerativo do
Humano surpreende mesmo aos médicos e, mesmo sem saber como será a Sociedade do Futuro, caso o
próprio nome “comunismo” tenha se tornado pouco palatável do ponto de vista do marketing político,
seguramente capitalista não será.

O status é atribuído quando independe da capacidade do indivíduo para sua obtenção; ele recebe este
status quando nasce (por exemplo, os herdeiros de monarquias hereditárias).

O status é adquirido quando depende do esforço pessoal para sua obtenção. Dentro de uma perspectiva
liberal, também denominada meritocracia, através de suas habilidades, conhecimentos e capacidade
pessoal, o indivíduo pode alterar seu status ao competir com outras pessoas ou grupos e triunfar sobre eles.

Status e Papel Social

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Os status e os papéis sociais podem variar bastante de acordo com a cultura analisada.
Apesar de semelhantes, os conceitos de status e papel social definem duas coisas distintas no campo de
estudos da Sociologia. Por isso, precisamos saber qual a utilidade de cada um desses conceitos e que tipo de
informação eles nos repassam. Em primeiro lugar, é de suma importância apontar que tais conceitos são
necessários para uma análise um tanto mais profundo da pirâmide social que organiza algumas
coletividades.

A ideia de status social está ligada às diferentes funções que um sujeito pode ocupar no interior da
sociedade em que vive. Se o compreendermos como um sujeito oriundo das classes médias, por exemplo,
podemos enxergar quais hábitos, vínculos e funções que podem definir seu status no meio em que vive.
Para tanto, avaliamos qual tipo de posto de trabalho ocupado, os locais de lazer frequentados, o partido
político ao qual está filiado e sua posição no núcleo familiar.

Para se estabelecer uma definição mais bem acabada sobre os diferentes tipos de status que uma pessoa
pode ter, os estudos sociológicos costumam grifar a existência de dois tipos de status: o status atribuído, em
que alguém ocupa determinada posição independente de suas próprias ações (como “irmão mais velho” ou
“filho de empresário”); e o status adquirido, situação em que a pessoa age em favor de certa condição
(como “especialista” ou “criminoso”).

Nesse momento, o conceito de papel social aparece justamente para explicar quais seriam os direitos e
deveres que uma pessoa tem ao ocupar um determinado status social. Dessa forma, vemos que o papel
social envolve todo o tipo de ação que a própria sociedade espera no momento em que um de seus
integrantes ocupa certo status. Exemplificando de forma simples, podemos dizer que o médico deve salvar
vidas, a mãe cuidar de seus filhos e o professor repassar conhecimento para os alunos.

Na compreensão de algumas culturas, a relação entre o status e o papel social pode nos mostrar algumas
diferenças bastante interessantes. Realizando um contraponto entre duas sociedades, é possível analisar
que indivíduos com status sociais semelhantes são levados a desempenhar diferentes funções. Um exemplo
disso pode ser notado quando pensamos em um curandeiro de uma tribo indígena e o médico de alguma
sociedade capitalista.

Enquanto o primeiro vive em contato com a comunidade e se utiliza de rituais religiosos para cumprir a
função de curar pessoas, esperamos que um médico esteja em um consultório e que domine o uso de uma
série de procedimentos científicos para realizar essa mesma tarefa. Assim, vemos que status e papel social
são ferramentas teóricas de suma importância para o desenvolvimento de vasto leque de temas e objetos
da Sociologia.
Contatos Sociais

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Aperto de mão, um contato social
Podemos definir contatos sociais como as formas que os indivíduos estabelecem as relações sociais e as
associações humanas. Uma conversa entre duas pessoas, um aperto de mão, um “bom-dia” ou uma
consulta médica são exemplos de contatos sociais, que em função deles, irão surgir as relações sociais e os
graus de intensidade dessas relações.

Evidentemente, as relações estabelecidas entre duas pessoas que se encontram em um lugar para
conversar serão muito mais intensas do que aquelas resultantes da conversa entre um médico e um
paciente em uma consulta médica. Portanto, existem diferentes tipos de contatos sociais.

Os contatos sociais primários se caracterizam por serem pessoais, diretos e com uma forte influência
emotiva. Estes são os primeiros tipos de contatos que as pessoas estabelecem, originados das relações
entre pais e filhos, irmãos, amigos, etc.
Os contatos sociais secundários se diferenciam dos primários pelo fato de serem calculados, racionais e sem
influências emotivas. Quando alguém vai comprar pão, por exemplo, a pessoa já sabe que vai haver um
vendedor ali e que terá que se comunicar com ele. Essa comunicação, extremamente racional, breve,
calculada e sem nenhuma carga emocional é classificada como um contato social secundário.

Grupos Sociais

102
Família, um grupo social primário.

Uma tendência natural do ser humano é a de procurar uma identificação em alguém ou em alguma coisa.
Quando uma pessoa se identifica com outra e passa a estabelecer um vínculo social com ela, ocorre uma
associação humana. Com o estabelecimento de muitas associações humanas, o ser humano passou a
estabelecer verdadeiros grupos sociais.

Podemos definir que grupo social é uma forma básica de associação humana que se considera como um
todo, com tradições morais e materiais. Para que exista um grupo social é necessário que haja uma
interação entre seus participantes. Um grupo de pessoas que só apresenta uma serialidade entre si, como
em uma fila de cinema, por exemplo, não pode ser considerado como grupo social, visto que estas pessoas
não interagem entre si.

Os grupos sociais possuem uma forma de organização, mesmo que subjetiva. Outra característica é que
estes grupos são superiores e exteriores ao indivíduo, assim, se uma pessoa sair de um grupo,
provavelmente ele não irá acabar. Os membros de um grupo também possuem uma consciência grupal
(“nós” ao invés do “eu”), certos valores, princípios e objetivos em comum.

Os grupos sociais se diferem quanto ao grau de contato de seus membros. Os grupos primários são aqueles
em que os membros possuem contatos primários, mais íntimos. Exemplos: família, grupos de amigos,
vizinhos, etc.

Diferentemente dos grupos primários, os secundários são aqueles em que os membros não possuem
tamanho grau de proximidade. Exemplos: igrejas, partidos políticos, etc. Outro tipo de grupos sociais são os
intermediários, que apresentam as duas formas de contato: primário e secundário. Exemplo: escola.

ONU (Organização das Nações Unidas)

O que é a ONU, objetivos, paz mundial, fundação, Conselho de Segurança, história da ONU, línguas oficiais,
funções da ONU, foto da sede da ONU em New York

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Sede da ONU (New York - EUA)

Fundada em 24 de outubro de 1945, na cidade de São Francisco (Califórnia – Estados Unidos), a ONU
(Organização das Nações Unidas) é uma organização constituída por governos da maioria dos países do
mundo. É a maior organização internacional, cujo objetivo principal é criar e colocar em prática mecanismos
que possibilitem a segurança internacional, desenvolvimento econômico, definição de leis internacionais,
respeito aos direitos humanos e o progresso social.

Fundação

Quando foi fundada, logo após a Segunda Guerra Mundial, contava com a participação de 51 nações. Ainda
no clima do pós-guerra, a ONU procurou desenvolver mecanismos multilaterais para evitar um novo conflito
armado mundial. Atualmente, conta com 192 países membros, sendo que cinco deles (Estados
Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) fazem parte do Conselho de Segurança. Este pequeno grupo
tem o poder de veto sobre qualquer resolução da ONU.

Localização e divisão administrativa

A sede principal da ONU fica na cidade de Nova Iorque e seus representantes definem, através de reuniões
constantes, leis e projetos sobre temas políticos, administrativos e diplomáticos internacionais. A ONU está
dividida em vários organismos administrativos como, por exemplo, Corte Internacional de Justiça, Conselho
Econômico e Social, Assembleia Geral entre outros.

A Carta das Nações Unidas define como objetivos principais da ONU:

- Defesa dos direitos fundamentais do ser humano;

- Garantir a paz mundial, colocando-se contra qualquer tipo de conflito armado;

- Busca de mecanismos que promovam o progresso social das nações;

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- Criação de condições que mantenham a justiça e o direito internacional.

- As línguas oficiais da ONU são inglesas, francês, russo, mandarim, espanhol e árabe.

- Desde 02/01/2017, a ONU é presidida pelo secretário-geral português António Guterres. Ele substituiu o
sul-coreano Ban Ki-moon.

- A ONU é mantida através de contribuições financeiras feitas pelos países membros. Os países que mais
contribuem são: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.

- Dia 24 de outubro comemora-se o Dia da ONU.

- Os elementos gráficos usados na sede da ONU são baseados em desenhos propostos por dois importantes
arquitetos do século XX: Le Corbusier e Oscar Niemeyer.

Cidadania

É o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na Constituição de um país.
A cidadania também pode ser definida como a condição do cidadão, indivíduo que vive de acordo com um
conjunto de estatutos pertencentes a uma comunidade politicamente e socialmente articulada.
Uma boa cidadania implica que os direitos e deveres estão interligados, e o respeito e cumprimento de
ambos contribuem para uma sociedade mais equilibrada e justa.

Exercer a cidadania é ter consciência de seus direitos e obrigações, garantindo que estes sejam colocados
em prática. Exercer a cidadania é estar em pleno gozo das disposições constitucionais. Preparar o cidadão
para o exercício da cidadania é um dos objetivos da educação de um país.

O conceito de cidadania também está relacionado com o país onde a pessoa exerce os seus direitos e
deveres. Assim, a cidadania brasileira está relacionada com o indivíduo que está ligado aos direitos e deveres
que estão definidos na Constituição do Brasil.
Para ter cidadania brasileira, a pessoa deve ter nascido em território brasileiro ou solicitar a sua
naturalização, em caso de estrangeiros. No entanto, os cidadãos de outros países que desejam adquirir a
cidadania brasileira devem obedecer todas as etapas requeridas para este processo.

Uma pessoa pode ter direito a dupla cidadania, isso significa de deve obedecer os diretos e deveres dos
países em que foi naturalizada.
A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, pela Assembleia
Nacional Constituinte, composta por 559 congressistas (deputados e senadores), consolidou a democracia,
após longos anos da ditadura militar no Brasil.

Descubra mais sobre o significado da Democracia.


Entre alguns dos principais deveres e direitos dos cidadãos está:

Deveres do cidadão
 Votar para escolher os governantes;

 Cumprir as leis;

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 Educar e proteger seus semelhantes;

 Proteger a natureza;

 Proteger o patrimônio público e social do País.

Direitos do cidadão
 Direito à saúde, educação, moradia, trabalho, previdência social, lazer, entre outros;

 O cidadão é livre para escrever e dizer o que pensa, mas precisa assinar o que disse e escreveu;

 Todos são respeitados na sua fé, no seu pensamento e na sua ação na sociedade;

 O cidadão é livre para praticar qualquer trabalho, ofício ou profissão, mas a lei pode pedir estudo e
diploma para isso;

 Só o autor de uma obra tem o direito de usá-la, publicá-la e tirar cópia, e esse direito passa para os
seus herdeiros;

 Os bens de uma pessoa, quando ela morrer, passam para seus herdeiros;

 Em tempo de paz, qualquer pessoa pode ir de uma cidade para outra, ficar ou sair do país,
obedecendo a lei feita para isso.

ARTES

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As artes, de um modo geral (incluindo arquitetura, literatura, música, dança, cinema e teatro), e
as artes plásticas (escultura, pintura e desenho), de modo especial, referem-se ao desenvolvimento de
formas simbólicas, algo que vem sendo praticado pelos seres humanos desde a idade mais remota. Arte e
história estão intimamente entrelaçadas. A história, isto é, nosso conjunto de experiências sociais,
econômicas e culturais, é atravessada pelas artes, que existem em razão de uma demanda por constituição
de sentido, por uma necessidade de compreensão de nossa situação no mundo.
O homem, por ser um ser histórico, e não meramente natural (no sentido biológico), lança-se à produção
simbólica, e as artes são a etapa mais complexa desse processo. As técnicas empregadas na escultura, por
exemplo, revelam nossa capacidade de dar forma e significado a uma matéria natural bruta, seja essa
matéria um pedaço de madeira, seja um pedaço de mármore. A pintura e o desenho, por sua vez, dão a
dimensão de nossa capacidade de imitar as cores da natureza e as formas dos mais variados seres, reais ou
imaginários.
Em cada época, as artes dão testemunho da evolução e das preocupações do gênero humano. É o caso, por
exemplo, da arte rupestre entre os povos pré-históricos. As pinturas encontradas nas cavernas revelam
tanto rituais e cenas dos cotidianos daqueles indivíduos quanto inquietações cosmológicas (que podem ser
observadas a partir dos desenhos do Sol, das estrelas e de vários fenômenos astronômicos).
Com o aparecimento das primeiras organizações sociais complexas, como a das antigas cidades-estados, as
artes tornaram-se mais sofisticadas. É o caso da arte da Mesopotâmia, do Egito e da Pérsia, no Oriente
Médio, bem como a arte do período clássico, no Ocidente, como a arte grega, romana e a arte cristã
primitiva em sua fase catacumbária e em sua fase oficial. Além disso, houve também o desenvolvimento
artístico no Extremo Oriente, nas Américas e na Oceania.
A arte cristã alcançou seu apogeu na Idade Média e no início do Renascimento. Nesse mesmo período,
houve também o florescimento da arte islâmica e da arte bizantina, que enriqueceram o cenário cultural e
compuseram a tradição artística tanto europeia quanto do Oriente Médio e do Norte da África.
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Já na Idade Moderna, as artes assumiram grande expressão na formação das escolas artísticas. Do século
XVII até o início do século XX, essas escolas foram se sucedendo e superando-se umas às outras. Foi o caso
da escola barroca, do classicismo, do romantismo, do impressionismo e do expressionismo. A essas escolas, o
modernismo apresentou, por sua vez, propostas de extrema radicalidade que serviram de modelo para todo
o século XX e ainda continuam servindo à arte praticada no século XXI. Foi o caso do fauvismo,
do surrealismo, do cubismo, do dadaísmo, etc.

Quadro Guernica de Pablo Picasso:

O Quadro Guernica de Pablo Picasso é uma das mais famosas pinturas do artista espanhol e uma das mais
conhecidas do cubismo. Esta obra de arte revela os efeitos da guerra em uma população.

O artista espanhol se inspirou no bombardeamento da cidade Guernica no dia 26 de abril de 1937. Neste
dia, aviões alemães da Legião Condor destruíram quase completamente a cidade espanhola. Guernica (ou
Gernika em basco) é uma cidade da província da Biscaia, localizada na comunidade autônoma do País Basco.
Por este motivo, este quadro tem também um significado político e funciona como uma crítica à devastação
causada pelas forças Nazistas aliadas com o ditador espanhol Franco. Outra possível interpretação indica
que o quadro Guernica funciona como um símbolo de paz ou anti-guerra.

Depois de ter sido terminado (demorou aproximadamente um mês a ser terminada), o quadro fez uma
digressão pelo mundo, tendo ficado globalmente reconhecido e atraindo a atenção do resto do mundo para
a Guerra Civil Espanhola.

Com o início da Guerra Civil Espanhola (em 1936), o falecimento da sua mãe em 1939 e o princípio da
Segunda Guerra Mundial, o artista teve uma fase mais escura. Algumas das suas obras criadas nessa altura
revelam o seu estado de espírito mais atormentado, como por exemplo o quadro Guernica e a série de
"Dona Maar".

Quando rompeu a Segunda Guerra Mundial, o artista resolveu emprestar a sua pintura ao Museu de Arte
Moderna de Nova Iorque (MoMA), onde esteve até 1981, ano em que regressou a Espanha.

Guernica é uma pintura a óleo sobre tela de grandes dimensões, com 7.76 metros de comprimento e 3.49
metros de altura. Atualmente, esta pintura está exposta em Madri, no Museu Reina Sofia.
108
O contexto histórico é essencial para interpretar esta pintura. Neste momento, a Espanha vivia um conflito
entre as forças Republicanas e os Nacionalistas, liderados pelo General Francisco Franco. Os Nacionalistas
contaram com o apoio do exército Nazista e autorizaram os alemães a bombardearem Guernica, como
forma de testarem novas armas e táticas de guerra, que viriam a ser usadas mais tarde na Segunda Guerra
Mundial. Depois do ataque destruidor, Pablo Picasso - que estava morando em França na altura - estava
trabalhando numa obra para apresentar numa Exibição em Paris a pedido do Governo Republicano
Espanhol, mas decidiu abandonar a sua ideia original para criar uma obra relacionada com o ataque em
Guernica.

Cores
O preto e branco foram as cores escolhidas pelo o autor, que servem para intensificar a sensação de drama
causado pelo bombardeamento.

Composição
Esta é uma obra cubista, pois inclui figuras geometricamente decompostas, usando elementos surrealistas e
técnicas que seriam associadas ao cubismo.

O cavalo e o touro são dois dos elementos mais destacados do quadro, sendo elementos muito populares
na cultura espanhola. Uma possível interpretação é que este ataque representa um ataque à cultura
espanhola, uma tentativa de destruir os ideais defendidos pelos cidadãos espanhóis.

Além disso, também é possível ver o horror causado em seres humanos, com um soldado morto no chão,
uma mãe que chora a morte do filho morto nos seus braços (esquerda do quadro), uma mulher em
desespero enquanto a sua casa é destruída em chamas (direita do quadro), uma mulher com a perna ferida
que tenta fugir de todo o caos causado (no centro da pintura) e uma mulher com um lampião, que parece
iluminar o resto dos elementos (no centro do quadro).

Algum elemento parece que têm algo escrito dentro, como se fossem formados por folhas de jornal. Isso
indica como o pintor foi informado sobre o ataque ocorrido em Guernica.

A espada quebrada representa a derrota do povo, que foi quebrado pelos seus opositores, enquanto os
edifícios em chamas indicam a destruição não apenas em Guernica, mas a destruição causada pela Guerra
Civil.

Juan Gris: importante representante do Cubismo experimental

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José Victoriano Carmelo Carlos González-Pérez, conhecido pelo nome artístico de Juan Gris, foi um
importante pintor espanhol do Cubismo.

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Obteve destaque no mundo das artes plásticas com suas experimentações dentro do movimento cubista.

Juan Gris nasceu na cidade de Madri (Espanha) em 23 de março de 1887. Faleceu, aos 40 anos, na cidade de
Boulogne-sur-Seine (França) em 11 de maio de 1927.

Características de seu estilo artístico (pinturas):

- Juan Gris se destacou na pintura de cenas de natureza-morta e retratos.

- Utilizou cores vivas e naturais.

- Suas pinturas caracterizam-se pela presença de formas inesperadas.

- Utilização da perspectiva e do espaço, ambos com muita liberdade.

- Integração de objetos à pintura.

- Uso do recurso de sombras envolvendo o objeto, que muitas vezes aparece distorcido.

- Abordagem do tema de diversos ângulos.

Principais obras de arte (pinturas) de Juan Gris:

- Retrato de Maurice Raynal (1911)

- Retrato de Picasso (1912)

- Homem no Café (1912)

- Garrafas e faca (1912)

- A veneziana (1914)

- O jornal (1916)

- Violino (1916)

- Arlequim com guitarra (1919)

- Natureza morta com prato de frutas e bandolim (1919)

- Vista da Baía (1921)

Romantismo

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Brasil, teatro romântico, resumo, características

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José de Alencar : um dos principais escritores do Romantismo no Brasil

O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no final do século
XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX.

O berço do romantismo pode ser considerado três países: Itália, Alemanha e Inglaterra. Porém, na França, o
romantismo ganha força como em nenhum outro país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos
espalham-se pela Europa e pela América.

As características principais deste período são: valorização das emoções, liberdade de criação, amor
platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi fortemente influenciado
pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.

Artes Plásticas

Nas artes plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o
francês Eugène Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam
a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras de
arte. Na Alemanha, podemos destacar as obras místicas de Caspar David Friedrich, enquanto na Inglaterra
John Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e aos problemas gerados pela Revolução
Industrial.

Literatura

Foi através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos XVIII e XIX. Os
poetas românticos usavam e abusavam das metáforas, palavras estrangeiras, frases diretas e comparações.
Os principais temas abordados eram: amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e
seus mistérios. As principais obras românticas são: Cantos e Inocência do poeta inglês William Blake, Os
Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas Líricas do inglês William Wordsworth e
diversas poesias de Lord Byron. Na França, destacam-se Os Miseráveis de Victor Hugo e Os Três
Mosqueteiros de Alexandre Dumas.

Música

Na música ocorre a valorização da liberdade de expressão, das emoções e a utilização de todos os recursos
da orquestra. Os assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista ganham importância nas músicas.

Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são
consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin,
Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.

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Teatro

Na dramaturgia o romantismo se manifesta valorizando a religiosidade, o individualismo, o cotidiano, a


subjetividade e a obra de William Shakespeare. Os dois dramaturgos mais conhecidos desta época foram
Goethe e Friedrich von Schiller. Victor Hugo também merece destaque, pois levou várias inovações ao
teatro. Em Portugal, podemos destacar o teatro de Almeida Garrett.

O ROMANTISMO NO BRASIL

Em nossa terra, inicia-se em 1836 com a publicação, na França, da Nictheroy - Revista Brasiliense, por
Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia da Independência do Brasil. Os
artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na natureza e nas questões sociais e políticas do país.
As obras brasileiras valorizavam o amor sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a
formação histórica do nosso país e o cotidiano popular.

Artes Plásticas

As obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos
importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional. As obras
principais deste período são: A Batalha do Avaí de Pedro Américo e A Batalha de Guararapes de Victor
Meirelles.

Literatura romântica brasileira

No ano de 1836 é publicado no Brasil Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães. Esse é
considerado o ponto de largada deste período na literatura de nosso país. Essa fase literária foi composta de
três gerações:

1ª Geração - conhecida também como nacionalista ou indianista, pois os escritores desta fase valorizaram
muito os temas nacionais, fatos históricos e a vida do índio, que era apresentado como " bom selvagem" e,
portanto, o símbolo cultural do Brasil. Destaca-se nesta fase os seguintes escritores : Gonçalves de
Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto Alegre e Teixeira e Souza.

2ª Geração - conhecida como Mal do século, Byroniana ou fase ultrarromântica. Os escritores desta época
retratavam os temas amorosos levados ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo
pessimismo, valorização da morte, tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade. Muitos escritores
deste período morreram ainda jovens. Podemos destacar os seguintes escritores desta fase: Álvares de
Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.

3ª Geração - conhecida como geração condoreira, poesia social ou hugoana. Textos marcados por crítica
social. Castro Alves, o maior representante desta fase, criticou de forma direta a escravidão no poema Navio
Negreiro.

Música Romântica no Brasil

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A emoção, o amor e a liberdade de viver são os valores retratados nas músicas desta fase. O nacionalismo,
nosso folclore e assuntos populares servem de inspiração para os músicos. O Guarani de Carlos Gomes é a
obra musical de maior importância desta época.

Teatro

Assim como na música e na literatura os temas do cotidiano, o individualismo, o nacionalismo e a


religiosidade também aparecem na dramaturgia brasileira desta época. Em 1838, é encenada a primeira
tragédia de Gonçalves de Magalhães: Antônio José, ou o Poeta e a Inquisição. Também podemos destacar a
peça O Noviço de Martins Pena.

Obras de Tarsila do Amaral


Conheça as principais Obras da artista Tarsila do Amaral separadas por diferentes fases.

Primeiros anos, 1904 – 1922

Início do Cubismo 1923

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Pau Brasil 1924 – 1928

Antropofágica 1928 – 1930

Monteiro Lobato

José Bento Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, em 1882. Homem de grande diversidade e talento foi
considerado gênio e pioneiro da literatura infanto-juvenil. Formou-se em advocacia por imposição do avô, o
Visconde de Tremembé. Contudo, sua vocação era mesmo as artes: pintura, fotografia e o mundo das letras
e, assim, os “melhores frutos da fazenda” de sua propriedade, foi o livro Urupês (1918). Esta obra apresenta
o Jeca Tatu personagem parasitado por um “jardim zoológico”, sendo “papudo, feio, molenga, inerte".

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Monteiro Lobato em 1920 (aproximadamente). Foto: Coleção Novo Século

Estas publicações tiveram como propósito, apesar de serem contos infantis, ser um instrumento de luta
contra o atraso cultural e a miséria do Brasil. Tornou-se editor da empresa “Companhia Gráfico-Editora
Monteiro Lobato", lançando as bases da indústria editorial no Brasil e dominou o mercado livreiro.
Entretanto, sem apoio governamental aliado à crise energética a editora veio à falência.
Monteiro Lobato muda-se para o Rio de Janeiro e prossegue em sua carreira de escritor, criando o Sítio do
Pica Pau Amarelo, que o celebrizou. Em 1920 lança A Narizinho Arrebitado, leitura adotada nas escolas. Traz
para a infância um rico universo de folclore, cultura popular e muita fantasia. Publica “Reinações de
Narizinho” (1931), “Caçadas de Pedrinho” (1933) e “O Pica-pau Amarelo” (1939). Os “Trabalhos de
Hércules” concluem uma saga de 39 histórias e quase um milhão de exemplares vendidos. Suas obras foram
traduzidas para diversos idiomas, como francês, italiano, inglês, alemão, espanhol, japonês e árabe.

Lobato concorreu em 1926 a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, não foi escolhido. Recentemente,
surge uma polêmica sobre preconceito racial quando seu livro “O Presidente Negro” (1926), descreve um
conflito racial, após a eleição de um negro para a presidência dos EUA e, também a personagem negra, Tia
Nastácia, comparada a uma macaca ao subir numa árvore.

Em 1927, reside por 4 anos nos Estados Unidos em missão diplomática, como adido comercial e pôde
constatar a lentidão do desenvolvimento brasileiro mediante o gigantesco progresso americano. De
regresso para o Brasil inaugura várias empresas de ferro e petróleo para fazer perfuração, no intuito de
desenvolver o país, economicamente. Escreveu dois livros “Ferro” (1931) e “O Escândalo do Petróleo”
(1936), neste documenta os enfrentamentos na busca de uma indústria petrolífera independente. A política
do governo de Getúlio Vargas era “não perfurar e não deixar que se perfure” proibiu e recolheu os
exemplares disponíveis. Por contrariar interesses de multinacionais foi preso em 1941, no Presídio
Tiradentes, onde ficou por 6 meses. Saiu da prisão, mas continuou perseguido pela ditadura do Estado
Novo.

Lobato ainda foi perseguido pela Igreja Católica quando o padre Sales Brasil denunciou o livro “História do
Mundo Para as Crianças” como sendo o “comunismo para crianças”. Em 1947 escreve a história de “Zé
Brasil”, panfleto que percorreu o país de norte a sul, acusando o presidente Dutra de implantar no Brasil
uma nova ditadura: o “Estado Novíssimo”.

Monteiro Lobato concedeu uma entrevista à Rádio Record no dia 2 de julho de 1948, dois dias antes de
morrer, pobre, doente e desgostoso, aos 66 anos de idade. Como ativista político e na contramão dos
interesses dominantes, encerrou a entrevista com a frase “O Petróleo é nosso”! Frase mais do que nunca
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repetida no Brasil. Foi um personagem brasileiro tão ilustre e importante o cortejo de seu velório foi
acompanhado por 10 mil pessoas, entoando o Hino Nacional.

Algumas Obras

 Urupês
 Cidades mortas
 Idéias de Jeca Tatu
 Negrinha
 Ferro
 A menina do narizinho arrebitado
 Fábulas de Narizinho
 Narizinho arrebitado
 O Saci
 O marquês de Rabicó
 O noivado de Narizinho
 As aventuras de Hans Staden
 O Gato Félix
 Peter Pan
 Reinações de Narizinho
 O pó de pirlimpimpim
 Caçadas de Pedrinho
 Novas reinações de Narizinho
 Emília no país da gramática
 Aritmética da Emília
 Geografia de Dona Benta
 Dom Quixote das crianças
 Memórias da Emília
 Serões de Dona Benta
 O poço do Visconde
 Histórias de Tia Nastácia
 O museu da Emília
 O Pica pau Amarelo
 O minotauro
 Os doze trabalhos de Hércules

No Egito Antigo, a escrita tinha uma grande importância no desenvolvimento de atividades de cunho
sagrado e cotidiano. Em linhas gerais, os egípcios desenvolveram três sistemas de escritas diferentes entre
si. A primeira e mais importante delas é a hieroglífica, que era estritamente utilizada para a impressão de
mensagens em túmulos e templos. Logo em seguida, havia a escrita hierática, uma simplificação da
hieroglífica, e a demótica, utilizada para escritos de menor importância.
O desenvolvimento da escrita veio seguido pela produção de uma rica produção literária capaz de abranger
desde os temas cotidianos, indo até a explicação de mitos e rituais sagrados. Entre os livros de natureza
religiosa e moral, destacamos o “Livro dos Mortos” e o “Texto das Pirâmides”, respectivamente. Em
paralelo, também havia produções textuais mais leves e jocosas, como no caso do livro “A sátira das
profissões”, escrito que critica os incômodos existentes em cada tipo de trabalho.

Para a manutenção de um vasto império como foi o Egito, a escrita acabou sendo tarefa exclusiva de uma
privilegiada parcela da população. Os escribas eram os únicos que dominavam a leitura e a escrita dos

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hieróglifos. Sua formação acontecia em uma escola palaciana onde os mais bem preparados obtinham
cargos de fundamental importância para o Estado. Entre outras funções, um escriba poderia contabilizar os
impostos, contar os servos do reino, fiscalizar as ações públicas e avaliar o valor das propriedades.

Em troca dos serviços prestados, um escriba recebia diferentes tipos de compensação material. É
importante lembrar que o dinheiro ainda não havia sido inventado naquela época e, com isso, o trabalho de
um escriba acabava sendo pago por meio de vários alimentos, como frutas, pão, trigo, carne, gordura, sal ou
a prestação de um outro serviço em troca. Formando uma classe intermediária, os escribas tinham posição
de destaque junto ao Estado e o restante da sociedade.

A complexidade do sistema de símbolos que compunham a escrita hieroglífica dos egípcios foi um grande
mistério durante vários e vários séculos. Somente no início do século XIX, quando o general Napoleão
Bonaparte realizou a invasão do Egito, é que esse tipo de escrita começou a ser desvendado. Uma equipe de
cientistas franceses passou a catalogar diversas peças e fragmentos cravejados pela misteriosa escrita
egípcia.

Entre outros achados se destacava a “Pedra de Roseta”, uma lápide de basalto negro onde foram
encontradas inscrições em grego, hieroglífico e demótico. Somente em 1821, graças aos esforços do jovem
pesquisador Jean François Champollion, a palavra “Ptolomeu” foi por ele traduzida desse documento
escrito. A partir daquela pequena descoberta, foi possível realizar a leitura de uma variedade de outros
documentos que explicam importantes traços desta civilização.

Surrealismo

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surrealistas, obras surrealistas, resumo, características, artistas

Obra Surrealista: O Carnaval do Arlequim de Joan Miró

Surgimento e história do movimento surrealista

O surrealismo surgiu na França na década de 1920. Este movimento foi significativamente influenciado pelas
teses psicanalíticas de Sigmund Freud, que mostram a importância do inconsciente na criatividade do ser
humano.

De acordo com Freud, o homem deve libertar sua mente da lógica imposta pelos padrões comportamentais
e morais estabelecidos pela sociedade e dar vazão aos sonhos e as informações do inconsciente. O pai da
psicanálise, não segue os valores sociais da burguesia como, por exemplo, o status, a família e a pátria.

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O marco de início do surrealismo foi a publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta e psiquiatra
francês André Breton, em 1924. Neste manifesto, foram declarados os principais princípios do movimento
surrealista: ausência da lógica, adoção de uma realidade "maravilhosa" (superior), exaltação da liberdade de
criação, entre outros.

Os artistas ligados ao surrealismo, além de rejeitarem os valores ditados pela burguesia, vão criar obras
repletas de humor, sonhos, utopias e qualquer informação contrária à lógica.

Outros marcos importantes do surrealismo foram a publicação da revista A Revolução Socialista e o segundo
Manifesto Surrealista, ambos de 1929. Os artistas do surrealismo que de destacaram mais na década de
1920 foram: o escultor italiano Alberto Giacometti, o dramaturgo francês Antonin Artaud, os pintores
espanhóis Salvador Dalí e Joan Miró, o belga René Magritte, o alemão Max Ernst, e o cineasta espanhol Luis
Buñuel e os escritores franceses Paul Éluard, Louis Aragon e Jacques Prévert.

A década de 1930 é conhecida como o período de expansão surrealista pelo mundo. Artistas, cineastas,
dramaturgos e escritores do mundo todo assimilam as ideias e o estilo do surrealismo. Porém, no final da
década de 1960 o grupo entra em crise e acaba se dissolvendo.

ARTES PLÁSTICAS

Foi através da pintura que as ideias do surrealismo foram melhor expressadas. Através da tela e das tintas,
os artistas plásticos colocam suas emoções, seu inconsciente e representavam o mundo concreto.

O movimento artístico dividiu-se em duas correntes. A primeira, representada principalmente por Salvador
Dalí, trabalha com a distorção e justaposição de imagens conhecidas. Sua obra mais conhecida neste estilo é
A Persistência da Memória. Nesta obra, aparecem relógios desenhados de tal forma que parecem estar
derretendo.

Os artistas da segunda corrente libertam a mente e dão vazão ao inconsciente, sem nenhum controle da
razão. Joan Miró e Max Ernst representam muito bem esta corrente. As telas saem com formas curvas,
linhas fluidas e com muitas cores. O Carnaval de Arlequim e A Cantora Melancólica são duas pinturas de
Miró que representam muito bem esta vertente do surrealismo.

LITERATURA

Os escritores do surrealismo rejeitaram o romance e a poesia em estilos tradicionais e que representavam


os valores sociais da burguesia. As poesias e textos deste movimento são marcados pela livre associação de
ideias, frases montadas com palavras recortadas de revistas e jornais e muitas imagens e ideias do
inconsciente. O poeta Paul Éluard, autor de Capital da Dor e André Breton, autor de O Amor
Louco, Nadja e Os Vasos Comunicantes, são representantes da literatura surrealista. Podemos destacar
também o romancista e poeta surrealista francês Louis Aragon, autor de O camponês de Paris e A semana
santa.

CINEMA

118
Os cineastas também quebraram com o tradicionalismo cinematográfico. Demonstram uma
despreocupação total com o enredo e com a história do filme. Os ideais da burguesia são combatidos e os
desejos não racionais afloram. Dois filmes representativos deste gênero do cinema são Um Cão Andaluz
(1928) e L'Âge D'Or (1930) de Luis Buñuel em parceria com Salvador Dalí.

TEATRO

O dramaturgo francês Antonin Artaud é o maior representante do surrealismo no teatro, através de seu
teatro da crueldade. Artaud buscava através de suas peças teatrais, livrar o espectador das regras impostas
pela civilização e assim despertar o inconsciente da plateia. Um das técnicas usadas pelo dramaturgo foi unir
palco e plateia, durante a realização das peças. No livro O Teatro e seu duplo, Arnaud demonstra sua teoria.

Sua obra mais conhecida é Os Cenci de 1935, onde ele conta a vida de uma família italiana durante a fase do
Renascimento.

Nas décadas de 1940 e 1950, os princípios do surrealismo influenciaram o teatro do absurdo.

O SURREALISMO NO BRASIL

As ideias do surrealismo foram absorvidas na década de 1920 e 1930 pelo movimento modernista no Brasil.
Podemos observar características surrealistas nas pinturas Nu e Abaporu de Ismael Nery e da artista Tarsila
do Amaral, respectivamente.

Pontilhismo é muitas vezes considerada parte do movimento pós-impressionista.


Foi inventado primeiramente por George Seurat e o pintor Paul Signac.

Enquanto impressionistas usavam pequenas pinceladas de tinta, como parte de sua técnica,
o Pontilhismo levou isso para o próximo nível usando apenas pequenos pontos de cor pura para compor
uma pintura inteira.
Pontilhismo atingiu o seu auge na década de 1880 e 1890, depois do movimento impressionista. Muitos dos
conceitos e ideias, no entanto, continuam a ser utilizados por artistas no futuro.

Quais são as características do Pontilhismo?


Ao contrário de alguns movimentos de arte, Pontilhismo tem nada a ver com o assunto da pintura. É uma
maneira específica de aplicar a tinta na tela.
No Pontilhismo a pintura é composta inteiramente de pequenos pontos de cor pura.

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Veja os pontos que compõem o homem de Seurat da pintura O circo

Pontilhismo – Estilo

Pontilhismo é um estilo de pintura na qual as cores não primárias, são geradas pelo efeito visual produzido
pela proximidade dos pontos pintados na tela com as cores primárias.
Originalmente desenvolvido pelo Neo-Impressionista Georges Seurat, o movimento também está associado
com Paul Signac e Henri-Edmond Cross.

Quando as obras são vistas de longe, a certa distancia, os pontos com os quais as pinturas são feitas, não se
conseguem distinguir, em lugar disso, produz-se um efeito visual que nos leva a perceber outras cores.

Isto significa que, com o mesmo conjunto de primárias, os pontilistas podem gerar uma gama de cores
diferentes quando comparados com artistas usando as cores tradicionais ou técnicas de mistura de cores.

O resultado é por vezes descrito como brilhante ou benéfico uma vez que é o olho do observador quem faz
a mistura, e não o pincel.

Este efeito pode ser explicado a traves do conhecimento da teoria das cores e nos efeitos das cores aditivas
e subtractivas.

Geralmente quando as cores são produzidas por pigmentos misturados fisicamente, falamos da teoria da
cor subtractiva no trabalho.

Aqui, as misturas dos pigmentos das cores primárias produzem menos luz, por isso, se nós misturarmos
pigmentos vermelho, azul e amarelo (cores primárias subtractivas), obtemos uma cor negra.

Quando as cores, no entanto, são produzidas pela mistura da cor luz, então falamos da teoria aditiva da cor
no trabalho.

Aqui, as misturas das luzes das três cores primárias produzem mais luz; por isso, se nós misturarmos
vermelho, azul e verde luz (aditivos primários) obtemos algo que se assemelha a luz branca.

O efeito brilhante no pontilhismo aumenta a partir do fato de que a mistura subtractiva é evitada e produz-
se uma mistura mais próxima do efeito aditivo é obtida através do mesmos pigmentos.
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O tipo de pincelada utilizada para a realização de pontilhismo é feito à custa dos tradicionais pinceladas que
poderiam ser utilizadas para delinear textura.

Para esclarecer mais um pouco este estilo de pintura e só desde um ponto de vista ilustrativo, podemos
fazer uma semelhança do pontilhismo com os receptores de televisão ou ecrãs de computadores tanto CRT
e LCD, os quais se baseiam em minúsculos pontos primárias vermelho, verde e azul que se misturam entre si
para formar uma grande diversidade de cores.

Pontilhismo – O que é

Técnica pictórica que se orienta a partir de um método preciso: trata-se de dividir as cores em seus
componentes fundamentais.
As inúmeras pinceladas regulares de cores puras que cobrem a tela são recompostas pelo olhar do
observador e, com isso, recupera-se sua unidade, longe das misturas feitas na paleta.

A sensação de vibração e luminosidade decorre da “mistura ótica” obtida pelos pequenos pontos de cor de
tamanho uniforme que nunca se fundem, mas que reagem uns aos outros em função do olhar à distância,
tal como descrito por Ogden Rood em seu tratado sobre a teoria da cor, Cromática Moderna, 1879.

O termo “peinture au point” (“pintura de pontos”) é cunhado pelo crítico francês Félix Fénéon (1861-1944)
– um dos principais críticos de arte ligado ao movimento -, numa referência à tela Um Domingo de Verão na
Grande Jatte (1886), de Georges Seurat (1859-1891). Seurat é um dos líderes da tendência artística batizada
(também por Fénéon) de neo-impressionismo, cujos adeptos desenvolvem de modo científico e sistemático
a técnica do pontilhismo. Tanto Seurat como Paul Signac (1863-1935) preferem falar em divisionismo, numa
referência direta à divisão das cores.

Apesar de usados muitas vezes como sinônimos, os termos guardam uma ligeira distância entre si:
divisionismo indica mais freqüentemente a teoria, enquanto pontilhismo tende a designar a técnica
propriamente dita.
O neo-impressionismo – ao mesmo tempo um desenvolvimento do impressionismo e uma crítica a ele –
explicita a tentativa de um grupo de artistas de fundar a pintura sobre leis científicas da visão. Se a famosa
tela de Seurat compartilha o gosto impressionista pela pintura ao ar livre (um dia ensolarado às margens do
Sena) e pela representação da luz e da cor, o resultado aponta numa outra direção.

Em lugar do naturalismo e da preocupação com os efeitos momentâneos de luz, caros aos impressionistas, o
quadro de Seurat expõe figuras de corte geométrico que se apresentam sobre um plano rigorosamente
construído a partir de eixos horizontais e verticais.

Os intervalos calculados entre uma figura e outra, as sombras formando ângulos retos e a superfície
pontilhada atestam a fidelidade a um programa teórico apoiado nos avanços científicos da época. O
rompimento com as linhas mestras do impressionismo verifica-se sobretudo pelo acento colocado na
pesquisa científica da cor e no pontilhismo, já experimentado por Seurat em Banhistas em Asnières (1884).

O divisionismo, como quer Seurat, tem em Jean-Antoine Watteau (1684-1721) e Eugène Delacroix (1798-
1863) dois reconhecidos precursores. No interior do impressionismo foi testado mais de perto por Pierre-
Auguste Renoir (1841-1919) em trabalhos como Canoeiros em Chatou (1879) e por Camille Pissarro (1831-
1903), que utiliza a técnica em diversos trabalhos realizados entre 1850 e 1890. Signac desenvolve o
pontilhismo em boa parte de sua obra (Retrato de Félix Fénéon, 1890 e Entrada do Porto de Marselha,
1911, por exemplo). Só que em seus trabalhos os pontos e manchas se tornam mais evidentes e são
121
dispostos de maneira mais dispersa, rompendo, nos termos do crítico Giulio Carlo Argan, a “linha melódica
da cor”.

O nome de Maximilien Luce (1858-1941) figura como mais um adepto da escola neoimpressionista a fazer
uso do pontilhismo.

O neo-impressionismo tem vida curta mas exerce influência sobre Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul
Gauguin (1848-1903), e também sobre Henri Matisse (1869-1954) e Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901).
Vale lembrar que o termo divisionismo refere-se ainda a um movimento italiano da última década do século
XIX e início do século XX, uma das fontes geradoras do futurismo.

É possível pensar em ecos do pontilhismo nas pesquisas visuais contemporâneas, na op art e na arte
cinética. No Brasil, difícil aferir uma influência direta do neo-impressionismo ou localizar pintores que fazem
uso sistemático do pontilhismo.

Talvez mais fácil seja pensar, de modo amplo, em reverberações das pautas impressionista e neo-
impressionista entre nós, seja nas cores claras e luminosas de algumas telas de Eliseu Visconti (1866-1944) –
Trigal (s.d.) por exemplo -, seja em obras de Belmiro de Almeida (1858-1935), como Efeitos ao Sol (1892).

Pontilhismo – Técnica

O pontilhismo é uma técnica que como o nome diz usa pontos para formar a imagem. Com eles definimos
sombras, luz, escala de tons, profundidade e etc.

Há duas variantes desta técnica na língua inglesa: a stripple, onde usa pontos apenas na coloração preta
normalmente com caneta naquim e o pontilism onde é permitido usar pontos coloridos. Na língua
portuguesa as duas são chamadas de pontilhismo.
Esta técnica utiliza muito dos conceitos ópticos provenientes desde a época impressionista. E não foi a toa
que neste período que ele surgiu como uma vertente Neo-impressionista, seu principal artista e
representante foi Georges Seurat.

Utilizando os estudos das cores complementares onde deveriam ser justapostas e não mescladas deixando a
retina completar a imagem e voltando com o quadro para o ateliê onde trabalhava ponto por ponto foi dado
início a essa técnica. Uma observação interessante é que o pontilhismo é a versão manual da impressão que
conhecemos hoje padrão CMYK.

Breakfast, Paul Signac, 1886-1887.

Portrait of Félix Fénéon, Paul Signac, 1890.


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New York, Georges Seurat, 1888.

Barroco

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Obra de Aleijadinho: representante do barroco brasileiro

Origens e Características do Barroco

O barroco foi uma tendência artística que se desenvolveu primeiramente nas artes plásticas e depois se
manifestou na literatura, no teatro e na música. O berço do barroco é a Itália do século XVII, porém se
espalhou por outros países europeus como, por exemplo, a Holanda, a Bélgica, a França e a Espanha. O
barroco permaneceu vivo no mundo das artes até o século XVIII. Na América Latina, o barroco entrou no
século XVII, trazido por artistas que viajavam para a Europa, e permaneceu até o final do século XVIII.

Contexto histórico

O barroco se desenvolve no seguinte contexto histórico: após o processo de Reformas Religiosas, ocorrido
no século XVI, a Igreja Católica havia perdido muito espaço e poder. Mesmo assim, os católicos continuavam
influenciando muito o cenário político, econômico e religioso na Europa. A arte barroca surge neste
contexto e expressa todo o contraste deste período: a espiritualidade e teocentrismo da Idade Média com o
racionalismo e antropocentrismo do Renascimento.

Os artistas barrocos foram patrocinados pelos monarcas, burgueses e pelo clero. As obras de pintura e
escultura deste período são rebuscadas, detalhistas e expressam as emoções da vida e do ser humano.
A palavra barroca tem um significado que representa bem as características deste estilo. Significa " pérola
irregular" ou "pérola deformada" e representa de forma pejorativa a ideia de irregularidade.

O período final do barroco (século XVIII) é chamado de rococó e possui algumas peculiaridades, embora as
principais características do barroco estão presentes nesta fase. No rococó existe a presença de curvas e
muitos detalhes decorativos (conchas, flores, folhas, ramos). Os temas relacionados à mitologia grega e
romana, além dos hábitos das cortes também aparecem com frequência.
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BARROCO EUROPEU

As obras dos artistas barrocos europeus valorizam as cores, as sombras e a luz, e representam os contrates.
As imagens não são tão centralizadas quanto as renascentistas e aparecem de forma dinâmica, valorizando
o movimento. Os temas principais são: mitologia, passagens da Bíblia e a história da humanidade. As cenas
retratadas costumam ser sobre a vida da nobreza, o cotidiano da burguesia, naturezas-mortas entre outros.
Muitos artistas barrocos dedicaram-se a decorar igrejas com esculturas e pinturas, utilizando a técnica da
perspectiva.

As esculturas barrocas mostram faces humanas marcadas pelas emoções, principalmente o sofrimento. Os
traços se contorcem, demonstrando um movimento exagerado. Predominam nas esculturas as curvas, os
relevos e a utilização da cor dourada.

O pintor renascentista italiano Tintoretto é considerado um dos precursores do Barroco na Europa, pois
muitas de suas obras apresentam, de forma antecipada, importantes características barrocas.

Podemos citar como principais artistas do barroco: o espanhol Velásquez, o italiano Caravaggio, os belgas
Van Dyck e Frans Hals, os holandeses Rembrandt e Vermeer e o flamengo Rubens.

As Meninas de Diego Velásquez (1656): exemplo de pintura barroca

BARROCO NO BRASIL

O barroco brasileiro foi diretamente influenciado pelo barroco português, porém, com o tempo, foi
assumindo características próprias. A grande produção artística barroca no Brasil ocorreu na cidade aurífera
de Minas Gerais, no chamado século do ouro (século XVIII). Estas cidades eram ricas e possuíam uma
intensa vida cultural e artística em pleno desenvolvimento.

O principal representante do barroco mineiro foi o escultor e arquiteto Antônio Francisco de Lisboa também
conhecido como Aleijadinho. Suas obras, de forte caráter religioso, eram feitas em madeira e pedra-sabão,
os principais materiais usados pelos artistas barrocos do Brasil. Podemos citar algumas obras de Aleijadinho:
Os Doze Profetas e Os Passos da Paixão, na Igreja de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas do Campo
(MG).

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Outros artistas importantes do barroco brasileiro foram: o pintor mineiro Manuel da Costa Ataíde e o
escultor carioca Mestre Valentim. No estado da Bahia, o barroco destacou-se na decoração das igrejas em
Salvador como, por exemplo, de São Francisco de Assis e a da Ordem Terceira de São Francisco.

No campo da Literatura, podemos destacar o poeta Gregório de Matos Guerra, também conhecido como
"Boca do Inferno". Ele é considerado o mais importante poeta barroco brasileiro.

Outro importante representante da Literatura Barroca foi o padre Antônio Vieira que ganhou destaque com
seus sermões.

Mário de Andrade é um dos principais nomes do movimento modernista brasileiro. O escritor ajudou a
organizar a Semana de Arte Moderna de 1922 e esteve ao lado de grandes personalidades do modernismo,
como Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Menotti del Picchia.
Entre as obras mais importantes do autor, vale destacar “Amar, verbo intransitivo”, “Macunaíma” e
“Paulicéia Desvairada”. O último livro, inclusive, marca o começo do modernismo literário brasileiro. O autor
foi inspirado pelos movimentos que aconteciam na Europa na época, em especial o futurismo e o
expressionismo. É importante perceber a importância no nacionalismo para o autor, a cultura nacional era
muito presente nas obras de Andrade, apesar da inspiração europeia do princípio

Manuel Bandeira este notável poeta do modernismo brasileiro nasceu em Recife, Pernambuco, no ano de
1886. Teve seu talento evidenciado desde cedo quando já se destacava nos estudos.

Durante o período em que cursava a Faculdade Politécnica em São Paulo, Bandeira precisou deixar os
estudos para ir à Suíça na busca de tratamento para sua tuberculose. Após sua recuperação, ele retornou ao
Brasil e publicou seu primeiro livro de versos, Cinza das Horas, no ano de 1917; porém, devido à influência
simbolista, esta obra não teve grande destaque.

Dois anos mais tarde este talentoso escritor agradou muito ao escrever Carnaval, onde já mostrava suas
tendências modernistas. Posteriormente, participou da Semana de Arte Moderna de 1922, descartando de
vez o lirismo bem comportado. Passou a abordar temas com mais encanto, sendo que muitos deles tinham
foco nas recordações de infância.

Além de poeta, Manuel Bandeira exerceu também outras atividades: jornalista, redator de crônicas,
tradutor, integrante da Academia Brasileira de Letras e também professor de História da Literatura no
Colégio Pedro II e de Literatura Hispano-Americana na faculdade do Brasil, Rio de Janeiro.

Este, que foi um dos nomes mais importantes do modernismo no Brasil, faleceu no ano 1968.

Suas obras:

POESIA: Poesias, reunindo A cinza das horas, Carnaval, O ritmo dissoluto (1924), Libertinagem (1930),
Estrela da manhã (1936), Poesias escolhidas (1937), Poesias completas, reunindo as obras anteriores e mais
Lira dos cinquenta anos (1940), Poesias completas, 4a edição, acrescida de Belo belo (1948), Poesias
completas, 6a edição, acrescida de Opus 10 (1954), Poemas traduzidos (1945), Mafuá do malungo, versos
de circunstância (1948), Obras poéticas (1956), 50 Poemas escolhidos pelo autor (1955), Alumbramentos
(1960), Estrela da tarde (1960).
Iluminismo - Século das Luzes
Termos usados para descrever as tendências do pensamento e da literatura na Europa e em toda a América
durante o século XVIII, antecedendo a Revolução Francesa. Foram empregados pelos próprios escritores do
125
período, convencidos de que emergiam de séculos de obscurantismo e ignorância para uma nova era,
iluminada pela razão, a ciência e o respeito à humanidade. As novas descobertas da ciência, a teoria da
gravitação universal de Isaac Newton e o espírito de relativismo cultural fomentado pela exploração do
mundo ainda não conhecido foram também importantes para a eclosão do Iluminismo.

Entre os precursores do século XVII, destacam-se os grandes racionalistas, como René Descartes e Baruch
Spinoza, e os filósofos políticos Thomas Hobbes e John Locke. Na época, é igualmente marcante a fé no
poder da razão humana. Chegou-se a declarar que, mediante o uso judicioso da razão, seria possível um
progresso sem limites. Porém, mais que um conjunto de ideias estabelecidas, o Iluminismo representava
uma atitude, uma maneira de pensar. De acordo com Immanuel Kant, o lema deveria ser "atrever-se a
conhecer". Surge o desejo de reexaminar e pôr em questão as ideias e os valores recebidos, com enfoques
bem diferentes, daí as incoerências e contradições entre os textos de seus pensadores. A doutrina da Igreja
foi duramente atacada, embora a maioria dos pensadores não renunciassem totalmente à ela.

PERÍODO NEOLÍTICO Uma das mais importantes conquistas na formação das primeiras civilizações humanas
estabelece-se em um novo período da Pré-História. Durante o Neolítico ou Idade da Pedra Polida ocorreram
grandes transformações no clima e na vegetação. O continente europeu passou a contar com temperaturas
mais amenas e observamos a formação do Deserto do Saara, na África.

A prática da caça e da coleta se tornaram opções cada vez mais difíceis. A agricultura e o consequente
processo de sedentarização do homem se estabeleceram gradualmente. Além disso, a domesticação animal
se tornou uma prática usual entre os grupos humanos que se formavam nesse período. A estabilidade
obtida por essas novas técnicas de domínio da natureza e dos animais também possibilitou a formação de
grandes aglomerados populacionais.

Novas formas de organização social surgiam e, assim, as primeiras instituições políticas do homem podem
ter sido formadas nessa mesma época. A criação e o abandono de formas coletivas de organização
socioeconômicas podem ser vislumbrados no Neolítico. Conforme alguns pesquisadores, as primeiras
sociedades complexas, criadas em torno da emergência de líderes tribais ou a organização de um Estado,
são frutos dessas transformações.

No fim do período Neolítico também ocorreu a chamada Idade dos Metais. Nessa época, o desenvolvimento
de armas e utensílios criados a partir do cobre, do bronze e, posteriormente, de ferro se tornaram usuais.
Com o desenvolvimento dos primeiros Estados e o aparecimento da escrita, o período Neolítico finalizou o
recorte de tempo da Pré-História e abriu portas para o estudo das primeiras civilizações da Antiguidade.

Op-art
Obra de op-art do artista húngaro Victor Vasarely

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Op-art, também conhecida como Arte Óptica, é um estilo artístico visual que utiliza ilusões óticas. Este
movimento artístico teve inicio na década de 1930 com as obras do designer gráfico e artista húngaro Victor
Vasarely.

Características principais

- Uso de recursos visuais (cores, formas, etc.) para provocar ilusões óticas.

- As imagens parecem ter movimento.

- Combinações de formas geométricas simples como, por exemplo, quadrados, retângulos, círculos e
triângulos.

- Em muitas obras, o observador deve se movimentar para visualizar os efeitos da pintura ou escultura.
Desta forma, o observador participa ativamente.

- Uso de linhas paralelas sinuosas ou retas.

- Uso de poucas cores, sendo o preto e o branco as mais usadas.

- Imagens ocultas que podem ser vistas somente de determinados ângulos ou através da focalização de
determinadas áreas da obra.

- Contraste de cores.

Principais artistas

- Victor Vasarely - artista e designer gráfico, é considerado o pai da op-art. Começou a fazer este tipo de arte
na década de 1930.

- Bridget Riley - pintor inglês

- Jesús Soto - escultor e pintor venezuelano

- Yaacov Agam - artista israelense

- Richard Allen - artista britânico

- Tony Delap - artista norte-americano

- Josef Albers - artista alemão

- Heinz Mack - artista plástico alemão

Pop Art

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Abreviatura de Popular Art, foi um movimento artístico que se desenvolveu na década de 1950, na
Inglaterra e nos Estados Unidos. Foi na verdade uma reação artística ao movimento do expressionismo
abstrato das décadas de 1940 e 1950.

Crítica à cultura de massa (principais características)

Os artistas deste movimento buscaram inspiração na cultura de massas para criar suas obras de arte,
aproximando-se e, ao mesmo tempo, criticando de forma irônica a vida cotidiana materialista e consumista.
Latas de refrigerante, embalagens de alimentos, histórias em quadrinhos, bandeiras, panfletos de
propagandas e outros objetos serviram de base para a criação artística deste período. Os artistas
trabalhavam com cores vivas e modificavam o formato destes objetos. A técnica de repetir várias vezes um
mesmo objeto, com cores diferentes e a colagem foram muito utilizadas.

Materiais usados

Os materiais mais usados pelos artistas da pop art eram derivados das novas tecnologias que surgiram em
meados do século XX. Gomaespuma, poliéster e acrílico foram muito usados pelos artistas plásticos deste
movimento.

Principais artistas da Pop Art:

- Andy Warhol: maior representante da Pop Art. Além de pintor foi também cineasta.

- Peter Blake: foi o criador da capa do disco Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.

- Wayne Thiebaud: pintor norte-americano que se destacou na criação de obras com teor humorístico e
nostálgico.

- Roy Lichtenstein: pintor norte-americano que trabalhou muito com HQs (histórias em quadrinhos),
criticando a cultura de massas.

- Jasper Johns: pintor norte-americano cuja obra principal foi Flag (Bandeira) de 1954.

- Richard Hamilton: artista plástico britânico, autor de O que exatamente torna os lares de hoje tão
diferentes, tão atraentes? (1956). Esta obra foi feita utilizando colagem sobre papel.

Influências

A pop art exerceu uma grande influência no mundo artístico e cultural das épocas posteriores. Influenciou
também o grafismo e os desenhos relacionados à moda.

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Marilyn Monroe retratada numa obra de Andy Warhol

FILOSOFIA

Filosofia (philosophia) é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo de
problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e
estéticos, à mente e à linguagem.
Filósofo é um indivíduo que busca o conhecimento de si mesmo, sem uma visão pragmática, movido pela
curiosidade e sobre os fundamentos da realidade.

Além do desenvolvimento da filosofia como uma disciplina, a filosofia é intrínseca à condição humana, não é
um conhecimento, mas uma atitude natural do homem em relação ao universo e seu próprio ser.

A filosofia foca questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação
divina ou na fé, e sim na razão.
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Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana,
individual e coletivamente, com base na compreensão do ser.

Apesar de ter algumas semelhanças com a ciência, muitas das perguntas da filosofia não podem ser
respondidas pelo empirismo experimental.

Saiba mais sobre conhecimento empírico.


A filosofia pode ser dividida em vários ramos. A “filosofia do ser”, por exemplo, inclui a metafísica, ontologia
e cosmologia, entre outras disciplinas.

A filosofia do conhecimento inclui a lógica e a epistemologia, enquanto filosofia do trabalho está relacionada
a questões da ética.

Diversos filósofos deixaram seu nome gravado na história mundial, com suas teorias que são debatidas,
aceitas e condenadas até os dias de hoje.

Alguns desses filósofos são Aristóteles, Pitágoras, Platão, Sócrates, Descartes, Locke, Kant,
Freud, Habermas e muitos outros.

Cada um desses filósofos fez suas teorias baseadas nas diversas disciplinas da filosofia, lógica, metafísica,
ética, filosofia política, estética e outras.

De acordo com Platão, um filósofo tenta chegar ao conhecimento das Ideias, do verdadeiro conhecimento
caracterizado como episteme, que se opõe à doxa, que é baseado somente na aparência.
Segundo Aristóteles, o conhecimento pode ser divido em três categorias, de acordo com a conduta do ser
humano: conhecimento teórico (matemática, metafísica, psicologia), conhecimento prático (política e ética)
e conhecimento poético (poética e economia).
Nos dias de hoje a palavra "filosofia" é muitas vezes usada para descrever um conjunto de ideias ou
atitudes, como por exemplo: "filosofia de vida", "filosofia política", "filosofia da educação", "filosofia do
reggae" e etc.

Origem da Filosofia

A Filosofia surgiu na Grécia Antiga, por volta do século VI a.C. Naquela época, a Grécia era um centro
cultural importante e recebia influências de várias partes do mundo.

Assim, o pensamento crítico começou a florescer e muitos indivíduos começaram a procurar respostas fora
da mitologia grega. Essa atitude de reflexão que busca o conhecimento significou o nascimento da Filosofia.

Antes de surgir o termo filosofia, Heródoto já usava o verbo filosofar e Heráclito usava o substantivo
filósofo. No entanto, vários autores indicam que Tales de Mileto foi o primeiro filósofo (sem se descrever
como tal) e Pitágoras foi o primeiro que se classificou como filósofo ou amante da sabedoria.

A filosofia questiona e estuda os fenômenos da natureza e dos seres vivos de todas as eras. A Filosofia
estuda o Homem enquanto animal e membro de uma sociedade. A Filosofia é amante das artes de criação,

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aja visto os talentos excepcionais nessa área que muitos filósofos demonstraram. A Filosofia é admiradora
dos números, é só observar a destreza que os grandes filósofos tinham na área da matemática.

PERÍODO ARCAICO No período arcaico é onde observamos o processo final das transformações sofridas
pelas comunidades gentílicas gregas. Deixando de adotar o uso coletivo da terra, começava a aparecer
dentro dos genos uma classe de proprietários de terra. Em sua grande maioria, essa classe aristocrática
esteve intimamente ligada aos pater, o líder patriarcal presente em cada uma dessas comunidades. Essa
nova classe social, também conhecida como eupátridas (filhos do pai ou bem-nascidos) formou um restrito
grupo de proprietários de terra que irão mobilizar-se em busca da manutenção de suas posses. Os genos
passavam a reunir-se em fratrias e tribos controladas pela dominação da nova aristocracia grega. Nessa
época, além da hegemonia política dos eupátridas, notamos que o aumento da população causou um
grande problema com relação ao acesso às terras produtivas. As populações excluídas no processo de
apropriação das terras se viram obrigadas a buscar outras regiões onde fosse possível buscar melhores
condições de vida. A migração dessas populações gregas para regiões marcou a chamada Segunda Diáspora
Grega. Ocorrida em 750 a.C., essa diáspora ampliou os territórios do mundo grego e criou uma importante
rede de comércio de gêneros agrícolas entre as comunidades gregas. A consolidação do poder político nas
mãos da aristocracia junto com a ampliação das atividades econômicas deu condições para o aparecimento
de um novo espaço de representação sócio-política na Grécia: a cidade-estado. As cidades-estados
consistiam em núcleos urbanos onde importantes decisões políticas e o trânsito de mercadorias
acontecia.Com sua consolidação temos o surgimento de diferentes cidades-estados compostas por práticas
sociais, políticas e culturais distintas entre si. De tal maneira, o que observamos dentro do mundo grego
será uma configuração política descentralizada. As diferenças de organização no mundo grego serão
notadas com grande destaque quando estudamos, por exemplo, as diferenças entre as cidades-estados de
Esparta e Atenas.

História judaica é a história do povo, religião e cultura judaicos. Como boa parte da história antiga dos
judeus baseia-se na tradição judaica não é possível determinar-se a veracidade das datas ou dos eventos
que geralmente são apresentados sob ponto de vista judaico. Quando outras fontes extra judaicas
apresentam suas versões, também a inserimos para efeito de estudo e comparação.

Império Romano (em latim, Imperium Romanum) o estado existente entre 27 a.C. e 476 d.C. e que foi o
sucessor da República Romana. De um sistema republicano semelhante ao da maioria dos países modernos,
Roma passa a ser governada por um imperador vitalício, e que em 395 dividirá o poder com outro
imperador baseado em Bizâncio, (depois rebatizada Constantinopla e atualmente Istambul). Foi em sua fase
imperial (por volta de 117 d.C.) que Roma acumulou o máximo de seu poder e conquistou a maior
quantidade de terras de sua história, algo em torno de 6 milhões e meio de quilômetros quadrados, um
território do tamanho do Brasil, sem os estados do Pará e Mato Grosso.

O império tinha por característica principal uma estrutura muito mais comercial do que agrária. Povos
conquistados eram escravizados e as províncias (regiões controladas por Roma) eram uma grande fonte de
recursos. O primeiro imperador foi Otávio, entre 27 a.C. a 14 d.C. Antes, porém, é importante citar Júlio
César, que com suas manobras políticas acabou por garantir seu governo vitalício, entre 49 a.C. até seu
assassinato em 44 a.C. Apesar de não ser considerado imperador, César foi o verdadeiro responsável pela
consolidação do regime; prova disso é que todos os seus sucessores passam a receber o título de "césar", e
seu perfil é incluído em meio ao dos imperadores romanos na histórica obra "As Vidas dos Doze Césares", de
Suetônio.

131
O Império Romano foi governado por várias dinastias:

1. Dinastia Júlio-Claudiana (de 14 a 68)


2. Dinastia dos Flávios (de 69 a 96)
3. Dinastia do Antoninos (de 96 a 192)
4. Dinastia dos Severos (de 193 a 235)

A religião politeísta romana, em muitos aspectos similar à da Grécia antiga foi a principal do Estado durante
boa parte de sua história, até 313, quando o imperador Constantino institui o Edito de Milão, que tornaria o
cristianismo religião oficial do império até o seu final. Em 395, o imperador Teodósio divide o império,
estabelecendo uma duarquia, com um imperador em Roma, responsável pela metade ocidental e outro em
Bizâncio, responsável pela metade oriental do império.

Por volta do século III, inicia-se a lenta decadência do Império Romano, devido à corrupção dentro do
governo e os gastos com luxo, o que drenava os investimentos no exército. Com o fim das conquistas,
diminui o número de escravos, e há uma queda na produção agrícola. Isso gerava por sua vez um menor
pagamento de tributos das províncias. As constantes pressões dos bárbaros, aliados aos problemas já
citados culminam com o fim do Império Romano do Ocidente, em 476.

De acordo com a leitura de muitos historiadores, porém, o Império Romano só chegou de fato ao seu fim
em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos. Isto porque, apesar de ser conhecido
nos manuais de história como Império Bizantino (império cuja capital é Bizâncio), seu nome oficial era
Império Romano, e seus cidadãos geralmente se denominavam romanos, apesar da religião estatal ser a
ortodoxa grega e a língua oficial ser o grego. Aliás, o adjetivo "romano" permaneceu na língua grega com o
mesmo sentido até mesmo depois da unificação grega em 1821.

Ética

Ética: valores morais e princípios sociais

Definição

O termo ético deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores
morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio
e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora
não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.

132
A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da
Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos.

Códigos de ética

Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética. Num país, por exemplo, sacrificar
animais para pesquisa científica pode ser ético. Em outro país, esta atitude pode desrespeitar os princípios
éticos estabelecidos. Aproveitando o exemplo, a ética na área de pesquisas biológicas é denominada
bioética.

A ética em ambientes específicos

Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe também a ética de
determinados grupos ou locais específicos. Neste sentido, podemos citar: ética médica, ética profissional
(trabalho), ética empresarial, ética educacional, ética nos esportes, ética jornalística, ética na política, etc.

Antiética

Uma pessoa que não segue a ética da sociedade a qual pertence é chamado de antiético, assim como o ato
praticado.

Valores são características que definem pessoas e grupos, bem como os seus respectivos modos de agir em
sociedade. Adquiridos de berço ou ao longo da vida, os valores determinam como o indivíduo é, a sua
verdadeira essência, enquanto ajudam no controle e na manutenção da sociedade também.
Morais
Os valores morais ditam o funcionamento da sociedade e foram preestabelecidos ao longo dos anos. É um
valor moral não trair, por exemplo. Grande parte da sociedade só consegue viver harmoniosamente graças a
estes valores que são até mesmo confundidos com regras e leis.

Sociais
Os valores sociais também contribuem com o convívio das pessoas em sociedade. Dentre eles, o respeito é
sem dúvida o maior valor a se destacar nesta categoria, pois sem ele não há meios de superar as diferenças.
Outros valores sociais importantes são o compartilhamento e o diálogo.

Éticos
Pode-se dizer que ética corresponde a um aglomerado de preceitos e regras que atuam diretamente com a
moral das pessoas. Motivando ou até mesmo distorcendo princípios, ética é aquilo que é o mais certo a se
fazer.

Religiosos
133
A fé é o principal valor religioso independentemente da crença ou religião de uma pessoa. Seja ela católica,
evangélica ou espírita, acreditar em um Deus supremo é o que mantém essa categoria de valores. Apesar de
estarem se adaptando ao século, parte dos valores religiosos continuarão os mesmos, como a caridade e a
esperança num amanhã melhor.

Materiais
Valores materiais correspondem a tudo aquilo que o corpo humano precisa para sobreviver e se satisfazer
em seu dia a dia. Desde o alimento, que é essencial para a manutenção corpórea, até bens materiais
supérfluos, é tudo aquilo pelo qual se gasta dinheiro para obter e chamar de seu.

Estéticos
Valores estéticos, por sua vez, dizem respeito à aparência, vestimenta e estrutura corporal. A sociedade
impõe muitos padrões como valores estéticos e se esquece da diversidade entre as pessoas, provocando
problemas de saúde e emocionais, como a anorexia, por exemplo, um efeito da baixa estima que algumas
pessoas têm de si mesmas.

Empirismo é a escola do pensamento filosófico relacionada à teoria do conhecimento, que pensa estar na
experiência a origem de todas as ideias. O nome empirismo vem do latim: empiria (experiência) e -ismo
(sufixo que determina, entre outras coisas, uma corrente filosófica). Temos, assim, a “corrente filosófica da
experiência”.
Ao longo de toda a história da filosofia, diversos pensadores abordaram a questão, dando importância ao
conhecimento da experiência (da sensibilidade) ao invés de apenas ao intelectual. Entretanto, o principal
defensor do empirismo foi John Locke (1632-1704), filósofo inglês. O empirismo defendido ficou conhecido
como empirismo britânico, e influenciou diversos filósofos.
Locke defendeu que a experiência forma as ideias em nossa mente, no seu livro Ensaio acerca do
entendimento humano, de 1690. Na introdução, ele escreve que “só a experiência preenche o espírito com
ideias”. Para argumentar a favor, Locke critica o conceito de que já existem ideias em nossa mente (ideias
inatas). Ele procura demonstrar que qualquer ideia que temos não nasce conosco, mas se inicia na
experiência.
A experiência, para Locke, não são as experiências de vida. Experiência para ele são as nossas sensações
(sentidos). Ouvimos, enxergamos, tocamos, saboreamos e cheiramos. Cada um dos cinco sentidos leva
informações para o nosso cérebro. Quando nascemos não sabemos o que é uma maçã, mas formamos a
ideia de maçã a partir dos sentidos. Vemos a sua cor, sentimos o seu aroma, tocamos sua casca e mordemos
a fruta. Cada uma dessas sensações simples nos faz ter a ideia de maçã. A partir da sensação, há a reflexão.
Dessa forma, nossas ideias são um reflexo daquilo que nossos sentidos perceberam do mundo.
Com essa constatação, Locke afirma que, ao nascermos, somos como uma folha em branco. São, então, os
sentidos responsáveis pelo preenchimento dessa folha.
Para confirmar sua teoria, o filósofo inglês antecipa futuras críticas. Entre as possibilidades de crítica, existe
o argumento de que somos capazes de ter ideias de coisas que nunca foram percebidas pelos nossos
sentidos. Locke argumenta contra este tipo de crítica, pois mesmo ideias de seres mitológicos como sereias,
unicórnios e faunos são apenas junções de ideias que já tivemos anteriormente. Uma sereia é a união da
ideia de mulher e peixe. Um unicórnio é a união da ideia de cavalo com a de chifre. Um fauno é a mistura de
134
homem com bode. Não há nada nessas ideias que não tenha sido conhecida previamente. Até mesmo a
ideia recente de alienígenas nada mais é do que a ideia de um homem deformado (com cabeça e olhos
maiores, corpo pequeno etc.)
Depois de Locke, o empirismo britânico conheceu a reformulação feita pelo irlandês George Berkeley (1685-
1753). Para ele, o que conhecemos do mundo não é realmente o que o mundo é. O mundo não é o que
percebemos dele. Podemos perceber o mundo através dos sentidos, mas não conhecê-lo de verdade.
Mais radical do que o empirismo de Berkeley está o que pensou David Hume (1711-1776), natural de
Edimburgo, Escócia. De acordo com Hume, só existe o que percebemos. Todas as relações que fazemos
entre o que conhecemos não são conhecimentos verdadeiros. Podemos conhecer uma bola e podemos
conhecer um pé, porém se chutamos uma bola não há nada que confirme que a bola se move porque foi o
pé que a moveu. Com isto, Hume critica as ciências, pois trabalham com a ideia de causa e efeito. Essa
relação de causalidade (causa-efeito) é uma relação entre ideias e é, portanto, não verdadeira. Tudo o que
pensamos ser verdadeiro, como a causa do movimento da bola, é imaginação.
Se o que sabemos vem da experiência e a experiência apenas nos informa um pouco sobre como o mundo
é, precisamos, de acordo com o empirismo, estar atentos e críticos às falsas ideias que não podem ser
verificadas pelos sentidos.

INGLÊS

NUMBERS (números)

CARDINAL NUMBERS (Números Cardinais)


1 – one 11 – eleven 21 – twenty-one 50 - fifty
2 – two 12 twelve 22 - twenty-two 60 - sixty
3 – three 13 – thirteen 23 – twenty-three 70 - seventy
135
4 – four 14 forteen 30 – thirty 80 - eighty
5 – five 15 – fifteen 40 – forty 90 - ninety
6 – six 16 – sixteen 100 – one hundred
7 – seven 17 – seventeen
8 – eight 18 - eighteen
9 – nine 19 – nineteen
10 – tem 20 – twenty
Obs: - a partir do número 21, coloca-se 20 + hífen + o número de 1 a 9.
- a partir do número 31, coloca-se o número 30 + hífen + o número de 1 a 9, e assim por diante.

ORDINAL NUMBERS (Números Ordinais)


1º - first 1st 11º - eleventh 11 th 21º - twenty-first
2º - second 2nd 12º - twelfth 12 th 22º - twenty-second
3º - third 3rd 13º - thirteenth 13 th 23º - twenty-third
4º - fourth 4th 14º - fourteenth 14 th 24º - twenty-fourth
5º - fifth 5th 15º - fifteenth 15 th 25º - twenty-fifth
6º - sixth 6th 16º - sixteenth 16 th 26º - twenty-sixth
7º - seventh 7th 17º - seventeenth 17 th 27º - twenty-seventh
8º - eighth 8th 18º - eighteenth 18 th 28º - twenty-eighth
9º - ninth 9th 19º - nineteenth 19 th 29º - twenty-nine
10º-tenth 10th 20º- twentieth 20 th 30º - thirtieth
Datas: as duas letras que acompanham o número são as duas últimas letras do número quando escrito por
extenso.
- utilizamos os números ordinais para escrevermos o dia em inglês.
Ex: dia 03 = 3rd
- utilizamos os números cardinais para escrevermos o ano, dividindo as dezenas.
Ex: 1996 = nineteen niney-six.
- na data, colocamos primeiro o mês, depois o dia e por último o ano.
Ex: - 28 de fevereiro de 1996 – February 28th, 1996
- 01 de julho de 1996 = July 1st, 1996.

MONTHS OF THE YEAR (Meses do Ano)

January – janeiro July – julho


February – fevereiro August – agosto
March - março September – setembro
April – abril October – outubro
May – maio November – novembro
June – junho December – dezembro
Obs: os meses em inglês iniciam-se com letra maiúscula.

PLURAL OF NOUNS (Plural dos Substantivos)

a) De maneira geral, faz-se o plural acrescentando –s à forma do singular;


Ex: table – tables / girl – girls

b) Exceções

1 – Acrescenta-se –es aos substantivos terminados em –s, -ch, -sh, -x, -z e –o.
136
Ex: bus – buses / box – boxes / church – chrches / brush – brushes / buzz – buzzes

2 – Nos substantivos terminados em –y precedidos de consoante, substitui-se o –y por –i


e acrescenta-se –es;
Ex: lady – ladies / sky – skies
Obs: os substantivos terminados em –y precedidos de vogal, seguem a regra geral, ou seja, acrescenta-se
apenas o –s.
Ex: key – Keys / toy – toys.

3 – Alguns substantivos terminados em –f ou –fe mudam essas terminações para –v e recebem –es.
Ex: knife – knives / leaf – leaves / life – lives / thief – thieves / wife – wives.

4 – Palavras estrangeiras abreviadas terminadas em –o recebem –s.


Ex: casino – casinos / photo – fotos / piano – pianos.
c) Plural irregular:
Ex: man – men / foot – feet / woman – women / tooth – teeth / mouse – mice / child – children

THE DAYS OF THE WEEK (Os dias da Semana)

Sunday – domingo
Monday – segunda-feira
Tuesday – terça-feira
Wedneday – quarta-feira
Thusday – quinta-feira
Friday – sexta-feira
Saturday – sábado
Obs.: os dias da semana em inglês, iniciam-se com letra Maiúscula.

TO BE (Verbo ser, estar) – PAS TENSE (passado)

Affirmative Form
I was
You were
He was Ex: I was at work yesterday. (Eu estive no trabalho ontem).
She was
It was

Observe que temos apenas duas formas: was e were.

We were
You were
They were
Negative Form
I was not
You were not
He was not Ex: The dog wasn´t in the kitchen. (O cachorro não estava na cozinha)
She was not It was not A forma negativa do passado é feita colocando-se o not após o verbo.
We were not
You were not Podemos também abreviar
137
– was not = wasn´t / were not = weren´t
They were not

Interrogative Form
Was I
Were You
Was He Ex: Was it very cold yesterday? (Estava muito frio ontem?)
Was She
Was It A forma interrogativa do passado é feita colocando-se o verbo antes
Were We do sujeito.
Were You Respostas curtas
– Yes, it was. (afirmativa) / No, it wasn´t (negativa)
Were They

GENITIVE CASE (Caso Genitivo)

- O “Genitive Case” expressa posse e é usado para pessoas e animais.

- O “Genitive Case” é formado pelo acréscimo de ‘s ao possuidor.


Ex.: The boy´s name. (o nome do garoto).
The cat´s eyes. (os olhos do gato).

- Quando o substantivo termina em –s, usa-se apenas o apóstrofo (´).


Ex.: The girls´ room. (o quarto das garotas).

- Quando há mais de um possuidor:

1) para indicar posse comum, apenas o último possuidor recebe o genitivo.


Ex: Jack and Peter´s father. (pai de Jack e Peter – o mesmo pai).

2) para indicar posse individual, usa-se o genitivo para cada um dos possuidores.
Ex.: Joe´s and Jane´s fathers. (pais diferentes).

PREPOSITIONS (Preposições)

- IN (em, dentro) usa-se para: - século


- ano
- mês
- país
- estado
- cidade
- bairro
- períodos do dia
(exceto night)
(in the 20 th century)
(in 1996)
(in June)
(in Brazil)
(in São Paulo)
138
(in Poços de Caldas)
(in Vista Verde)
(in the morning)
- ON (sobre, em) usa-se para: - dia do mês
- dia da semana
- nome de rua
- avenida
- praça
(on May 2nd)
(on Monday)
(on Baker Street)
(on São João Avenue)
(on Times Square)
- AT (em) usa-se para: - hora
- rua com número
- com a palavra night
- local específico
(at 7 o´clock)
(at 54 Main Street)
(at night)
(at school, at church,
at home)
- AMONG (entre vários); AROUND (ao redor de, em volta de); BEHIND (atrás de); BETWEEN
(entre dois); IN FRONT OF (na frente de); OUT OF (fora de); TO (para); UNDER (embaixo de);
FOR (por, para), etc.
71

THERE TO BE (Verbo Haver, Existir) – PAST TENSE (Passado)


AFFIRMATIVE FORM:

- Singular Ex: There was a pen on your desk. (Havia uma caneta sobre sua carteira.

- Plural Ex.: There were pens on your desk. (Havia canetas sobre sua carteira.
NEGATIVE FORM: - Singular Ex.: There wasn´t a pen on your desk. (Não havia uma caneta sobre sua carteira.

- Plural Ex.: There weren´t a pen on your desk. (Não havia canetas sobre sua carteira.

INTERROGATIVE FORM - Singular Ex.: Was there a pen on your desk? (Havia uma caneta sobre sua carteira?)

- Plural Ex.: Were there pens on your desk? (Havia canetas sobre sua carteira?)

RESPOSTAS CURTAS

- Singular Yes, there was. / No, there wasn´t.

- Plural Yes, there were. / No, there weren´t.

IMPERATIVE (Imperativo)

139
- O “Imperative” é formado com o verbo no infinitivo sem “to”.
Ex: Come! (Venha) / Go! (Vá) / Speak! (Fale!)
- O “Imperative” é usado para expressar uma ordem ou um pedido.
Ex: Clean your room!.
- A forma imperativa let´s + verbo é usada para expressar uma proposta ou um convite.
Ex: Let´s visit Nancy.
- Afirmativa: Ex: Go home! (Vá para casa!)
- Negativa: Ex: Don´t go home! (Não vá para casa!)

SIMPLES PRESENT TENSE


(Presente Simples)

- Observe alguns verbos:


Infinitivo
To walk (caminhar)
To study (estudar)
To work (trabalhar)
To go (ir)
O infinitivo dos verbos é geralmente precedido de TO, sem tradução neste caso.
O “Simples Present” tem como forma básica a mesma dos verbos no infinitivo sem TO.
Ex: to walk (infinitivo)
Walk (forma básica do presente)
(Exemplo do verbo “To Walk”)
AFFIRMATIVE FORM NEGATIVE FORM INTERROGATIVE FORM
I walk I don´t walk Do I walk?
You walk You don´t walk Do you walk?
He walks He doesn´t walk Does he walk?
She walks She doesn´t walk Does she walk?
It walks It doesn´t walk Does it walk?
We walk We don´t walk Do we walk?
You walk You don´t walk Do you walk?
They walk They don´t walk Do they walk?

NEGATIVE FORM (Forma Negativa)


A forma negativa é feita usando o verbo auxiliar “DO/DOES”.
Para a forma negativa do “Simples Present”, é necessário usarmos o verbo auxiliar “do”(que neste caso não
tem tradução) + not, após o sujeito da frase. (do not = forma abreviada
= don´t).
Ex: I walk to school. (afirmativa)
I don´t walk to school. (negativa)
They work there. (Afirmativa)
They don´t work there (Negativa)
- Nas 3as pessoas do singular (he, she, it), usamos “does” + not (does not = forma abreviada =
doesn´t).
Ex: He walks to school. (afirmativa)
He doesn´t walk to school. (negativa)

ATENÇÃO: Você deve ter percebido que nas 3as pessoas do singular, na forma afirmativa, o
verbo principal apresenta –s (walks) e na forma negativa, o verbo principal não tem –s. É assim
140
mesmo! Quando usamos o auxiliar Does Not ou Doesn´t, NÃO acrescentamos –s, -es ou ies,
pois o auxiliar já nos mostra que o sujeito é terceira pessoa do singular: he, she ou it. Assim, o
verbo principal da frase fica na sua forma básica. Outros exemplos:
- He washes the dishes. (afirmativa) / He doesn´t wash the dishes. (negativa)
- She buys books in a bookstore. (afirmativa) / She doesn´t buy books in a bookstore. (negativa)

HOURS (Horas)

- Para perguntarmos “Que horas são?”, usamos a expressão: “What time is it?”.
- Para dizermos ou escrevermos as horas em inglês, usamos os números cardinais.
Ex.: - 9:00 h = It is nine o´clock. (a expressão “o´clock” usa-se somente para horas inteiras).
- 10:45 h = It is tem forty-five.
- 3:35 h = It is three thirty-five.
- meio-dia = It is noon. / It is midday.
- meia-noite = It is midnight.
- 5:25 h = It is five twenty-five.
- What time is it? It is tem forty-five. (10:45 h)

AS RAÍZES DA EDUCAÇÃO SÃO AMARGAS, MAS O FRUTO É DOCE ..


ARISTÓTELES.

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