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Quais as razões?
Os Lusitanos que tinham por chefe Viriato, resistiram durante muitos anos aos Romanos. E
mesmo depois do assassínio de Viriato, a resistência ainda durou quase dois séculos.
Viriato Lusitanos
Os Romanos tinham um forte exército, muito organizado, disciplinado e bem armado o que
lhes permitiu conquistar um vasto império, isto é, um conjunto de territórios habitado por vários
povos mas sujeitos ao poder de um mesmo chefe - o imperador. Roma era a capital do Império.
Ex.
Novas culturas (trigo, vinha, oliveira, árvores de fruto)
Pontes, estradas, telha,
Numeração romana, latim.
Criaram-se indústrias (salga do peixe, olaria, tecelagem).
A OCUPAÇÃO MUÇULMANA
No século VIII (ano 711), os Árabes, vindos da Península Arábica, chegam à Península Ibérica.
O Islamismo
Actualmente, os Muçulmanos são mais de 800 milhões, distribuídos principalmente pela Ásia
e pela África.
Em Portugal vivem cerca de 16 000 muçulmanos.
Os 5 preceitos do Corão: Religião Religião
reconhecer Alá como Deus único e Maomet como Cristã Islâmica
seu profeta;
Deus Deus Alá
rezar 5 vezes por dia, de preferência na mesquita e
virados para Meca; Profeta Jesus Cristo Maomet
jejuar no mês do Ramadão (o nono mês do
Templo Igreja Mesquita
calendário muçulmano);
dar esmola aos mais pobres; Livro
ir em peregrinação a Meca pelo menos uma vez na Bíblia Corão
vida. sagrado
O Corão também obriga os Muçulmanos a combaterem pela sua religião: "Guerra Santa".
Mesquita de Detalhe do Maomet Muçulmana
Peregrinação a Meca Córdova Corão com Corão
A HERANÇA MUÇULMANA
Os Muçulmanos tinham uma civilização muito desenvolvida. Por isso, trouxeram muitos
conhecimentos para os povos peninsulares, sobretudo, na agricultura, ciências, técnicas, arte,
música, literatura...
Novas culturas: cana-de-açúcar,
algodão, arroz, citrinos,
Agricultura tâmaras, amendoeiras, figueiras,
produtos hortícolas como a
alface, a abóbora e o pepino... laranjeira amendoeira nora e picota
Técnicas de Noras, açudes, picotas ou
rega cegonhas...
Preparação de cabedais,
Técnicas
tecelagem de sedas, ...
Química, Astronomia,
Ciências Medicina, Matemática,
Geografia... azulejo
Construção de mesquitas, tapete
Arte fabrico e decoração de azulejos, porta de
tapeçaria, vasos de cerâmica... mesquita
Introduziram instrumentos de
Música
corda como o alaúde.
Mil e Uma
escrita árabe alaúde astrolábio
Noites
O Calendário Muçulmano
O calendário muçulmano começou no ano 622 d. C., o ano da Hégira, a fuga de Maomé de
Meca para Medina. Em termos muçulmanos, estamos agora no século XV. Cada ano está
dividido em 12 meses de 29 ou 30 dias cada, por isso o ano só tem 354 ou, ocasionalmente, 355
dias. Daí resulta que, embora os peregrinos entrem sempre em Meca no último mês do ano
muçulmano, isso não acontece sempre na mesma estação - se a peregrinação num ano é a meio
do Inverno, daí a 16 anos será a meio do Verão.
Vão surgindo a nordeste outros núcleos de resistência cristã = Reino das Astúrias +
núcleo a nordeste que iniciam um movimento que procurava voltar a conquistar as terras
perdidas em favor dos Muçulmanos = RECONQUISTA CRISTÃ.
O CONDADO PORTUCALENSE
A Reconquista Cristã foi um processo lento e difícil, mas lentamente a zona pertencente
aos Cristãos foi-se alargando, formando-se vários reinos:
Reino de Leão
Reino de Castela
Reino de Navarra
Reino de Aragão
Condado da Catalunha
Nestas lutas, os reis cristãos recebem por vezes a ajuda de cruzados a quem davam terras
como recompensa dos serviços prestados. Destacaram-se: D. Henrique de Borgonha e D.
Raimundo seu primo.
D. AFONSO HENRIQUES
EA
LUTA PELA INDEPENDÊNCIA
Em 1179 Portugal, pela confirmação do Papa Alexandre III, através da "Bula Manifestis
Probatum" era finalmente independente e livre.
Marco territorial com armas reais, assinala a fronteira entre o condado de Ourém e os
territórios do Convento de Cristo.
AS ACTIVIDADES ECONÓMICAS
Nos matagais e florestas ia-se buscar: lenha, madeira, frutos silvestres, mel, cera,
cortiça, caça variada.
A agricultura e a pastorícia forneciam os produtos básicos da alimentação.
O trabalho era manual e os instrumentos rudimentares.
A terra produzia pouco e a falta de cereais era frequente ( anos de fome e epidemias).
A apicultura era também uma actividade muito desenvolvida.
Temos ainda o aproveitamento do mar e dos rios através da pesca (marítima e fluvial) e
do comércio marítimo e ainda o sal (produto indispensável para a conservação dos alimentos e
curtumes), com a salicultura.
Esta actividade era mais variada nas cidades e vilas e os artesãos ( ferreiros,
carpinteiros, oleiros, tanoeiros, pedreiros, sapateiros, alfaiates, ourives…) tinham as suas lojas
onde vendiam os seus produtos.
Comércio Interno:
Almocreve
Temos também: mercados; feiras (criadas pela carta de feira (documento onde estão
escritos os direitos e obrigações dos feirantes)); feiras francas (criadas por D. Dinis,
isentas de portagens e outros impostos, para incentivar o comércio em zonas mais
desfavorecidas).
feiras
Comércio Externo:
No senhorio vivia o nobre e a sua família, mas a maioria dos habitantes era gente do povo
(servidores domésticos e camponeses) que:
Trabalhava na agricultura/ pastorícia.
Ia à guerra.
Ajudava o senhor nas caçadas, na construção e obras do castelo…
Tinham uma vida difícil:
A ocupação da nobreza
caça
torneios / justas
xadrez
Outras actividades: banquetes, assistir a espectáculos de jograis e trovadores.
A VIDA NOS MOSTEIROS
mosteiro
Pertenciam ao clero todos os membros da Igreja e a sua principal função era a actividade
religiosa.
Temos o :
Clero regular: constituído por ordens religiosas e vivia dentro dos mosteiros
/conventos em comunidades e com regras próprias.
Clero secular: era constituído por padres e bispos. Viviam nas aldeias/cidades,
junto da população. Possuíam grandes extensões de terras e gozavam de grandes
privilégios:
As actividades do mosteiro
Além do serviço religioso, os monges tinham outras actividades ligadas:
Ao ensino (o clero era o grupo social mais instruído, sabia ler, escrever, contar).
À assistência a doentes, peregrinos e mendigos.
Tínhamos também monges copistas que escreviam à mão documentos e livros, feitos
em pergaminho, que decoravam por vezes com ilustrações de cores vivas e ouro:
iluminuras.
Foi também importante o seu papel no desbravamento e aproveitamento de terrenos
incultos.
Um Concelho era uma povoação que tinha recebido foral ou carta de foral:
Documento escrito onde ficavam registados os direitos / deveres dos seus
moradores para com o senhor que lhes tinha atribuído a carta: reis, grandes senhores da
nobreza e do clero.
pelourinho
AS CORTES E O REI
Sarau na Corte
A ARTE ROMÂNICA
Sé de Coimbra Sé de Lisboa
1383-1385
UM TEMPO DE REVOLUÇÃO
A MORTE DE D. FERNANDO
E O PROBLEMA DE SUCESSÃO
O reinado de D. Fernando foi marcado por maus anos agrícolas que provocaram fomes.
A peste negra provocou a diminuição da população.
Enterrando os mortos
Pelo Tratado de Salvaterra de Magos, D. Leonor Teles ficaria regente. Esta mandou
aclamar D. Beatriz rainha de Portugal.
A maior parte da Nobreza e Clero aceitou D. Beatriz como rainha, mas o Povo, a
Burguesia e um pequeno número de elementos da Nobreza revoltaram-se.
Posição dos grupos sociais na Revolução de 1383/1385
Clero / Nobreza : apoiavam D. Beatriz e o rei de Castela.
Burguesia / Povo: “ D. João Mestre de Avis (Regedor e Defensor do
Reino).
Fortaleza de Ceuta
Esta conquista não resolveu os problemas do Reino.
Os Mouros desviaram as rotas comerciais do ouro e das especiarias para outras cidades.
A Conquista de Ceuta foi um insucesso económico.
O DESENVOLVIMENTO NÁUTICO
* Novos barcos: a caravela que pode bolinar (navegar com ventos contrários), passa a
substituir a barca;
Barca Caravela
Interior de uma caravela
* Novos processos de orientação (navegação astronómica);
Cartas e Mapas mais rigorosos.
D. Afonso V
O grande impulsionador das descobertas foi o rei D. João II (filho de D. Afonso V), que
desejava chegar à Índia para obter o comércio das especiarias.
D. João II,
o Príncipe Perfeito
A D. João II, pertence um plano organizado no prosseguimento das descobertas:
1º A exploração do Atlântico Sul, para procurar uma passagem para o Oriente e assim
atingir a Índia;
2º O envio de dois emissários: Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva, pela rota do
Mediterrâneo, em busca de informações sobre o comércio das especiarias.
Pêro da Covilhã
Legenda: O caminho percorrido por Pêro da Covilhã (a ocre) separado de Afonso de Paiva (a
azul) depois da longa viagem juntos (a verde).
Padrão
2º manda construir fortalezas;
3º mantém um grande sigilo (segredo) em redor das suas iniciativas.
O desenvolvimento náutico e as viagens, permitem que em 1488, Bartolomeu Dias dobre o
Cabo da Boa Esperança (Cabo das Tormentas), abrindo a Portugal o caminho marítimo para a
Índia.
Bartolomeu Dias
A VIAGEM DE CRISTÓVÃO COLOMBO
O TRATADO DE TORDESILHAS
O facto de Cristóvão Colombo em 1492 ter descoberto algumas ilhas da América Central,
provoca um conflito entre Portugal e Espanha, resolvendo-se somente em 1494, com a
assinatura do Tratado de Tordesilhas entre D. Fernando e D. Isabel de Espanha e D. João II de
Portugal.
Por este Tratado, o mundo ficou dividido em duas partes, por um meridiano.
As terras a Oriente seriam para Portugal, as descobertas a Ocidente para a Espanha.
Tratado de
Tordesilhas
D. João II morre sem conseguir realizar o seu sonho (descobrir o caminho marítimo
para a Índia). Sem filho legítimo (Afonso seu filho, morre antes), sucedeu-lhe seu primo, D.
Manuel I.
D. Manuel I : - continua o empreendimento;
- utiliza outro tipo de embarcação, a nau.
Interior de uma nau
Vasco da Gama: - chega à Índia, a Calecute em 1498 (com as naus: S. Gabriel; S. Rafael;
Bério).
Vasco da Gama
A descoberta do caminho marítimo para a Índia abre uma nova etapa aos
descobrimentos portugueses: - o domínio do Índico e o comércio com o Oriente.
Para garantir o domínio português na Índia e transportar mercadorias, parte uma nova
armada comandada por Pedro Álvares Cabral (13 naus) em 1500.
Esta armada ao desviar-se para Ocidente aportou a um novo território no Atlântico Sul:
Santa Cruz ou Terra de Vera Cruz, mais tarde, Brasil.
Rotas seguidas por Vasco da Gama Rotas seguidas por Pedro Álvares
Cabral
No século XVI, Portugal possuía um grande império no qual era necessário fazer o seu
aproveitamento económico.
Madeira
Porto Santo
Desertas e Selvagens
O Arquipélago dos Açores situado no Oceano Atlântico é constituído por três grupos:
Cereais
Divisão em capitanias (3) Portugueses Açúcar
MADEIRA Infante Estrangeiros Vinho
D. Henrique Com (Colonos) Gado
Capitão- donatário Fruta
Para facilitar o comércio foram criadas feitorias, onde o comércio era mais intenso.
Assim as feitorias eram locais de comércio onde se construíram armazéns para:
Ex.: Na costa ocidental: feitoria de Arguim, Mina protegidas por muralhas e castelos.
Feitoria de Arguim
Causas:
Com o comércio dos escravos e dos produtos, surge uma nova via comercial: a rota
triangular que ligava :
D. João III resolve então criar um Governo Geral no Brasil com um Governador-Geral (o 1º
foi Tomé de Sousa).
LISBOA QUINHENTISTA
No século XVI, Lisboa era uma das cidades mais importantes da Europa.
A Lisboa chegavam pessoas vindas de todos os países (imigrantes): Flamengos, Espanhóis,
Italianos, Franceses e Ingleses.
Chegavam também escravos que serviam as famílias abastadas.
Mas através da emigração, muitos Portugueses, procuravam as ilhas atlânticas, o Brasil
e o Oriente para melhorar a sua vida, abandonando o território.
A nível da literatura, destacam-se: Gil Vicente (teatro), Luís de Camões (com “Os
Lusíadas"), Fernão Mendes Pinto.
A nível dos historiadores “ : João de Barros, Garcia Resende.
“ ciência : Pedro Nunes, Garcia de Orta.
“ arte “ : Jerónimos, Torre de Belém, Janela do Convento de
Cristo(Tomar)..
DA UNIÃO IBÉRICA À RESTAURAÇÃO
Filipe II de Espanha
D. António, Prior do Crato
D. Catarina, duquesa de Bragança.
Em 1581 D. Filipe II de Espanha é proclamado rei de Portugal nas Cortes de Tomar, com o
título de Filipe Iº de Portugal.
Inicia-se a Dinastia Filipina e Portugal perde a sua independência, tendo sido governado
por reis Espanhóis durante 60 anos.
Descontentes e saturados pelo não cumprimento das promessas feitas em Tomar, registam-se
vários motins populares.
Um grupo de nobres proclama a restauração da independência a 1 de Dezembro de 1640.
Mas só em 1668, é que termina a Guerra da Restauração.
Foi proclamado rei de Portugal o Duque de Bragança D. João IV e inicia-se a Dinastia de
Bragança.