Vous êtes sur la page 1sur 24

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA:

revistacrista.wordpress.com
CONTRA O ABORTO
A FAVOR DA VIDA

POR CARLOS SILVA

Nesta Edição o assunto tratado aqui é no


mínimo urgente.
Uma pesquisa realizada em um Instituto
americano ano passado que pesquisou
igrejas sobre o assunto, revelou um número
assustador de Cristãos favoráveis ao Crime
do Aborto.
O que pode estar ocorrendo na mentalidade
dos ''cristãos'' deste século?
Será falta de instrução bíblica? Ou efeito da
propaganda massiva de ativistas pró aborto
na mídia secular?
Acho, que as duas coisas.
Portanto, é Necessário nestes dias
buscarmos mais conhecimento bíblico e
filosófico sobre temas como este. Saber a
visão de Deus sobre o assunto e nos
posicionarmos do lado certo.

Esperamos sinceramente, poder através


desta revista, contribuir para nosso
conhecimento e tomada de posição.

Em favor da Vida, dando voz aos que ainda


não podem tê-la.
O Cristão e o
Aborto.
(As Raízes do Mal)
POR: ANTÔNIO VITOR

A demanda por aborto não é exclusividade de


um único país, mas é comum hoje a todo o
mundo ocidental. De um lado, certamente,
havemos de reconhecer – e é muito
importante que se entenda – que políticas a
favor da legalização do aborto têm sido cada
vez mais impostas verticalmente, a partir de
governantes que seguem agendas políticas
conscientemente dentro do processo de
subversão cultural do Ocidente; de outro lado,
devemos reconhecer que tal demanda é
apenas a consequência de um longo processo um animal, um macaco com cérebro avantajado,
de entropia cultural do mundo outrora cristão. ou, como no caso das teorias comportamentalistas
Falha quem resume o problema apenas ao dos psicanalistas, uma espécie de “máquina
primeiro aspecto, julgando que tudo não passa biológica”. A definição de vida e de humano perde-
apenas de uma militância revolucionária em se nessa falta de padrão absoluto, e, por essa
favor de modelos socialistas; nesse sentido, a razão, vários abortistas desumanizam os bebês em
igreja muito comumente falha ao negar que gestação, tratando-os como “amontoados de
exista tal militância, entendendo o problema células”. Cortá-los em pedaços com tesouras
como exclusivamente cultural. Mas é fato que cirúrgicas acaba sendo como cortar uma laranja.
a agenda revolucionária tem o único propósito
de forçar, de impulsionar os resultados desse Se há um grande evento que explique a demanda
descarrilamento intelectual e espiritual do por aborto, é a “morte de Deus” percebida por
Ocidente. Os revolucionários, de certa forma, Nietzsche. Ao contrário do que muitos
querem acelerar o processo que muitos deles conservadores costumam pensar, Nietzsche não
creem ser a consumação dos tempos do “matou Deus”. Nietzsche jamais acharia que Deus
humanismo. A demanda por aborto não surgiu realmente pode morrer, porque Deus não é físico
por coincidência: ela é fruto de uma ou mortal. O filósofo alemão simplesmente
cosmovisão.  percebeu que Deus já estava “morto” para o
homem de seu tempo: Deus, mesmo que exista,
Deus está Morto tornou-se irrelevante para o homem moderno.
Francis Schaeffer entendeu que a cosmovisão Isso necessariamente afeta todas as áreas da vida
naturalista-materialista é incapaz de prover humana e o modo pelo qual o homem se relaciona
dignidade ao homem, ou mesmo de garantir o com o próximo e com a própria realidade. 
sonho iluminista de “direitos humanos”. Se
Deus não existe, se o universo é movido por Se o homem não presta contas a Deus e se nada no
forças mecânicas impessoais, segue-se que mundo funciona segundo um propósito por ele
não existe espaço para o indivíduo humano. O criado, é necessário reinterpretar todas as
abandono de Deus significa também a relações humanas. Na melhor das hipóteses, o
desumanização do homem. Hoje, o homem casamento em um mundo onde Deus não existe
não é mais Imago Dei; antes, ele é visto acaba tendo uma função “social” de educar
como ... crianças para a vida em “sociedade” ...
algo que o marxismo há muito deseja corrigir
com a possibilidade da tutela das crianças
pelo próprio Estado em creches, como hoje
acontece na Coréia do Norte. Mas à medida
em que a religião se tornou cada vez mais
irreal para o homem moderno, o casamento
deixou de ser um pacto entre um homem e
uma mulher que tornar-se-iam uma só carne
diante do Deus Triúno, passando a ser um
contrato: “você me dá prazer e felicidade e eu
te dou o mesmo”. Se você não está feliz no
casamento, divorcie-se. Este é o conselho
oferecido pela nossa cultura. O casamento
torna-se um objeto de consumo.
Necessariamente, o mesmo efeito estende-se
a todas as relações sociais, incluindo a
maternidade. Num mundo extasiado pelo
entretenimento e pela busca do prazer
momentâneo e nauseante, o casamento e a
maternidade tornam-se pouco atrativos. Na
verdade, tornam-se mesmo empecilhos
indesejáveis para as fracas mentes jovens. 

Isso envolve também um outro efeito da


morte de Deus: a insegurança sobre o futuro, PIXABAY - (Imagem da Internet)

a ausência de Providência divina. É por isso


que alguns abortistas argumentam que um
A Escritura testemunha que o desejo de ser livres de
filho em determinado momento da vida pode
atrapalhar os planos futuros, as realizações Deus tenta a humanidade há tempos: mais
profissionais, etc. Isso significa, em parte, precisamente, desde o jardim do Éden. Em Gênesis
negar a Providência de Deus. Devemos nos
3, a serpente diz a Eva que Deus lhe proibira de
perguntar – e incluímo-nos nesta pergunta
também – se essa mesma mentalidade ateísta comer o fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e
não está hoje presente em parte da cultura do Mal porque “Deus sabe que no dia em que dele
contraceptiva de muitas famílias cristãs. Será
comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como
que essa cultura que demanda por aborto,
por uma vida livre de responsabilidades e Deus” (Gn 3:5). Esse é o conceito de liberdade da
esforço, tem algum reflexo na igreja de serpente: liberdade de Deus, para ser deuses para si
Cristo? mesmos. Eva e Adão desejaram ser deuses para si
Semelhantemente, sem Deus, o Estado toma mesmos, descobrindo, sem Deus, o que era o bem e
o papel de predestinador da vida humana. Se o mal. Mas a princípio, Eva precisou apartar-se da
Deus não é predestinador, o Estado assume a pressuposição de que o universo fora criado por
função divina de conduzir a humanidade a um
propósito preordenado. O controle Deus para uma possibilidade aprioristicamente
populacional torna-se necessário e desejável. antinomista: “é bom que eu seja livre para conhecer
Se o mundo está superpopuloso, como por mim mesma”. Eva lançou a determinação de
advoga a teoria malthusiana, liberemos o
Deus sobre a malignidade daquele ato para a esfera
aborto em nome de “um mundo melhor”.
Sabe-se que a Planned Parenthood, da mera “opinião”, crendo que os conceitos de bem e
recentemente envolvida num escândalo de mal fossem ideias “platônicas” (anacronicamente
venda de órgãos de bebês abortados nos EUA,
falando) autoexistentes e independentes dEle. O
foi criada por uma nazista cujo objetivo era
controlar o crescimento populacional de desejo de ser livres de Deus foi herdado por toda a
negros nos EUA. Se Deus está morto, o humanidade na depravação total que nos aborrece.
homem é livre para ser o predestinador de si
Deus, sob esse ponto de vista, é o vilão, o tirano que
mesmo.
tira do homem sua liberdade de autodeterminação.
E a “morte de Deus”, no Ocidente, nada mais é
do que a manifestação do pecado original em  ''“Os cristãos”, diz ele, “criaram o hábito de ir
nossos tempos.  imediatamente aos locais em que os bebês eram
abandonados – para serem devorados por cães
Nessa tendência, a Nova Esquerda e alguns ferozes, como disse Tertuliano – para recolherem
libertários estão unidos (nem todos os esses recém-nascidos e distribuí-los entre as
libertários são favoráveis ao aborto). Segundo o famílias”. O teólogo afirma ainda que a vitória contra
argumento de Murray Rothbard, emThe Ethics o aborto foi a primeira grande vitória do
of Liberty [A Ética da Liberdade], o feto deve cristianismo. O aborto era a segunda questão mais
ser visto importante da igreja, abaixo somente da disputa
entre a soberania de Cristo e a soberania do
imperador.''
(1) como um invasor que a mulher tem o direito
ou não de permitir a estadia dentro de si; (2)
como incapaz de ser o agente de um "contrato"
(sic), de forma que o aborto não seria uma
quebra de contrato; (3) razão pela qual exigir
que a gestação seja mantida significaria
prender a mulher num contrato de
escravidão; (4) e que o feto, mesmo que seja
considerado humano, não pode ser mantido
exceto pelo consentimento da mãe, porque
nenhum ser humano tem o direito de ser
"parasita" [sim, ele usa este termo] de outro,
i.e., se um ser humano adulto não tem esse
direito, então o bebê em gestação também não
tem.

Rothbard, citando a professora Judith


Thomson, chega a questionar a doutrina do
"direito à vida", porque este pressuporia a
obrigação de outrem prover o sustento para a
vida de um indivíduo – virtualmente, todos –, e
que ninguém tem essa obrigação absurda.
Esse famoso libertário, a despeito de suas
opiniões corretas e úteis no campo econômico,
dá ao indivíduo o tipo de liberdade que a
serpente ofereceu a Eva. Por isso, com
propriedade, afirmamos que sua proposta é
diabólica. As relações pessoais são vistas em
termos de "contratos", não de Pacto com Deus,
imanentizando a soberania e oferecendo ao
indivíduo uma experiência atomística. A
soberania humana sobre o próprio corpo na
verdade é secundária; e trata-se de um
equívoco dos próprios conservadores a
retirada das esferas da vida do Estado para
concedê-las à propriedade privada, pois,
agindo assim, continuamos dentro do espectro
iluminista, já que as esferas – todas elas –
pertencem antes a Deus. A relação familiar,
verdadeiro dom divino, é um símbolo da
própria Trindade e não é vista dentro do
escopo do direito de propriedade privada, mas
dentro de um propósito criacional do qual o O Sonho Familiar
homem, degenerado por sua natureza Imagem retirada da internet: Pixabay
totalmente depravada, quer sempre se
desfazer. 
Com relação à liberdade, é preciso ter em mente
que as pessoas nem sempre se referem à mesma
coisa quando se valem do termo. Como R. J.
Rushdoony ensina em Roots of
Reconstruction [Raízes da Reconstrução], o
conceito de liberdade no Ocidente sofreu
severas mudanças desde a Idade Média.
Para Anselmo, a liberdade do homem consistia
em liberdade para praticar o bem. O conceito
cristão de liberdade na esfera das relações
públicas era basicamente a de liberdade religiosa
contra o Estado, resultado de um longo processo
histórico de conflitos entre a igreja, príncipes e
imperadores. Com o Renascimento, o Iluminismo
e a Revolução Francesa, chegando até a
Revolução Russa, cada vez mais a liberdade
transformou-se numa liberdade contra Deus.
Primeiramente, o homem deveria conformar-se
com a natureza; e, por sua vez, a moral cristã,
sendo “sobrenatural”, tornou-se logo um
elemento estranho indigno de influenciar as
decisões dos indivíduos e sociedades.

Sem reconhecer a doutrina do pecado original,


todos os desejos humanos começaram a ser
vistos como “naturais”. Um dos primeiros a
perceber isso, segundo Rushdoony, foi o Marquês
de Sade. Depois dele, Max Stirner zombaria dos
''Igualdade''
homens de seu tempo que, rejeitando a
existência de Deus, ainda apegavam-se a
qualquer ideia de lei moral. Stirner acusava-os de A modernidade, como já temos visto, segue a
serem “cristãos enrustidos”. A única lógica da emancipação. Albert Camus, emO
consequência lógica para a morte de Deus, Homem Revoltado, entende que os
então, seria a anarquia. Nietzsche percebeu o revolucionários franceses mataram o Rei Luís
mesmo e sonhou com o seu super-homem XVI como uma forma de matar o próprio Deus,
(Übermensch), além do bem e do mal. Para porque a autoridade do rei provinha – segundo
Nietzsche, o cristianismo era o verdadeiro as doutrinas esposadas – de um direito divino.
niilismo, que negava ao homem o desejo de Luís XVI não era um tirano caricato, mas, nas
“viver”, segundo sua vontade de poder. palavras do mesmo Camus, um homem fraco e
Novamente, entendam, Nietzsche inicia sua bondoso, que tinha o livro Imitação de Cristo, de
jornada com o desejo de “vida”. Para o Tomás de Kempis, como leitura pessoal. O
cristianismo, a ideia de pecado aprisionava o absurdista francês escreveu que “o julgamento
homem, visto que a felicidade neste mundo do rei é o ponto de partida de nossa história
configurar-se-ia como uma impossibilidade, contemporânea. Ele simboliza a dessacralização
devendo, antes, ser esperada somente no dessa história e a desencarnação do Deus
próximo mundo. Os reflexos de sua obra estão cristão”. E como cristãos, sabemos que as
presentes em todas as artes no sécuo XX: na autoridades instituídas, todas elas, são
literatura, na pintura, no cinema e, como diz levantadas por Deus. Matar Deus significa iniciar
Rookmaaker, até mesmo no jazz e em seus também uma crise de autoridade. Na perspectiva
descendentes musicais. Esse impulso por uma dos revolucionários, o rei – como o Deus cristão
vida acima do bem e do mal enraizou-se na com sua lei sobrenatural – era um usurpador do
mentalidade ocidental. poder do povo.
A democracia liberal surge, portanto, envolta
nessa grande crise de autoridade, na qual
Deus foi “morto”. Deus foi sacrificado para
que “o povo” ficasse com sua divindade. O
igualitarismo radical requer o fim de toda a
autoridade, e aquela é a única justiça que o
homem sem Deus idealizou. Novamente,
voltemos nossos olhos para Adão e Eva no
Éden: seu desejo era igualdade com Deus.
Adão e Eva precisaram negar a autoridade de
Deus em favor de seu desejo por divindade.

Depois da muito justa abolição da escravidão


– não pouco impulsionada por pregadores
como John Wesley e o próprio Charles
Spurgeon, já que ela ia de encontro à lei de
Deus, e, afinal, concretizada pelo cristão
William Wilberforce, na Inglaterra  –, os
emancipadores seguiram seu curso contra
todas as relações sociais que funcionam com
qualquer autoridade: a mulher deve ser
emancipada do homem; o jovem, do ancião; o
trabalhador, do empregador; e assim por
diante. Se não há igualdade absoluta, não há
liberdade verdadeira, mas opressão. 
Mas a igualdade absoluta, em si mesma, não
passa de uma abstração. O cristianismo, que
influenciou o liberalismo original, estabelece, das relações familiares e dos desejos maternais
como percebeu Abraham Kuyper, uma inatos, vistos como inferiores, escravizadores e
igualdade diante de Deus e o regime das leis. malignos.
Trata-se apenas de um aspecto. No Antigo
Testamento, os homens tinham uma Para muitas mulheres, o aborto é uma questão de
quantidade maior de penalidades do que as liberdade: sobre o próprio corpo; sobre o mundo da
mulheres em virtude de sua responsabilidade necessidade (da obrigação maternal) para com o filho
maior. As Escrituras reconhecem a diferença e a consequente necessidade do casamento. No fim
entre os sexos, embora de forma bem das contas, a liberdade exigida pelas feministas
diferente do chauvinismo iluminista. A torna-se uma luta contra a realidade criada por Deus:
tentativa de igualar homens e mulheres em a realidade é má e a biologia é um fator desfavorável à
todos os aspectos acaba tornando-se uma mulher, como se ambas (a realidade e a biologia)
luta contra a própria realidade. E, nesse tivessem sido criadas por um deus maligno. As
ponto, a luta revolucionária assume um semelhanças dessa mentalidade com o gnosticismo
caráter mais explicitamente herético, original não são poucas, tampouco são coincidências.
deixando à mostra seu ancestral: o Necessariamente, o movimento feminista se lança
gnosticismo. numa luta por androginia, a fim de retirar das
mulheres a identidade materna; e os gnósticos, por
Gnosticismo seu turno, como vê-se no Evangelho de Tomé,
defendiam a androginia como um ideal do asceta e
Um aspecto que devemos enfatizar na criam num deus andrógino. De semelhante modo, os
questão do aborto é sua proximidade cada cátaros, que tinham um forte viés gnóstico, eram
vez maior do gnosticismo. Uma das avessos à procriação. Portanto, os cristãos estão
diferenças entre homens e mulheres está lidando com um problema, sobretudo, de natureza
justamente na maternidade. A maternidade espiritual.
impede uma “igualdade radical”: mães têm
licença maternidade, acabam tendo que A associação entre feminismo e gnosticismo está
sacrificar tarefas ou estudos para cuidar dos muito além do que a da mera aparência. Os teólogos
bebês nos primeiros meses ou anos. A busca liberais têm confessadamente buscado fontes
por “igualdade”, portanto, passa por uma gnósticas em sua reinvenção do cristianismo.
negação da própria biologia, ...
A teologia feminista por trás da ordenação de
mulheres tem colocado os apócrifos como
fonte de autoridade e retalhado o Antigo
Testamento, também a exemplo dos
primeiros gnósticos. 
A luta pela legalização do aborto e por
liberdade absoluta nada mais é do que o
efeito do pecado original nos nossos tempos.
Essa luta é sobretudo uma luta contra Deus e
sua Lei. Uma revolta primordial que diz
respeito ao que há de mais básico no
coração.

Cristianismo e o Aborto

R. J. Rushdoony, em O Ateísmo da Igreja


Primitiva, descreve brevemente sobre a luta
dos primeiros cristãos contra o aborto
praticado no Império Romano como uma de
suas grandes batalhas. “Os cristãos”, diz ele,
“criaram o hábito de ir imediatamente aos
locais em que os bebês eram abandonados –
para serem devorados por cães ferozes,
como disse Tertuliano – para recolherem
esses recém-nascidos e distribuí-los entre as
famílias”. O teólogo afirma ainda que a vitória Paralelamente, as artes têm servido como ponta de
contra o aborto foi a primeira grande vitória lança, ocupando uma esfera onde os cristãos não têm
do cristianismo. O aborto era a segunda influência, defeito denunciado por Schaeffer e
questão mais importante da igreja, abaixo Rookmaaker. Cientistas e médicos como o dr. Drauzio
somente da disputa entre a soberania de Varela, que por vezes parece mais preocupado em
Cristo e a soberania do imperador. envolver-se com questões éticas do que as que são de
Precisamos ter em mente que a legislação sua especialidade, têm sempre apelado ao
que pune o aborto no Ocidente é única na
esquema fato-valor denunciado por Nancy Pearcey,
história da humanidade. Rushdoony, em suas
em A Verdade Absoluta. Eles julgam-se mais neutros,
aulas, reiterava como todos os povos, embora
cobram-nos autoridade, mas quando dizem que o
tivessem algumas proibições à prática, não
aborto é questão de “saúde pública”, ou que o aborto
opunham-se a elas em princípio. Quando os
deve ser legalizado para o “bem” das mulheres que
inimigos de Cristo forçam a aprovação de leis
abortam clandestinamente, além de incorrerem em
pró-aborto, eles estão atacando uma
falácias grosseiríssimas, apelam eles mesmos
bandeira tipicamente cristã.
conceitos de bem e mal que sua cosmovisão
simplesmente não suporta! Se Deus não existe, não há
Agenda Revolucionária bem algum em ajudar ou prejudicar quem pratica o
aborto. Tal é sua inconsistência e sua falsa piedade!
João Calvino disse que o verdadeiro pastor
“tem duas vozes: uma para chamar as ovelhas Os valores religiosos e cristãos são deixados fora do
e outra para espantar os lobos devoradores.” debate como subjetivos, particulares, sem
O cristão não pode fingir que essas ideias legitimidade nas questões “éticas” dos nossos tempos.
têm se espalhado por todo o Ocidente por E os cristãos historicamente são corresponsáveis por
acidente. Há uma estrutura comprometida isso – desde que, pela ascensão do pietismo, nos
com esse processo. O ministro do Supremo acomodamos na zona de conforto da “tolerância
Tribunal Luís Roberto Barroso tem ligações estatal” de nossa própria existência como um
com George Soros, recentemente departamento de Estado encarregado de criar não
denunciado por todo o mundo por financiar bons cristãos, mas cidadãos obedientes ao deus-
grupos de esquerda e influenciar políticas de Estado – por termos abandonado aquela vocação
seu interesse. A educação pública tem sido, puritana que tanto influenciou os EUA e que até hoje
há muito tempo, a maior arma na difusão da serve como contrapeso aos abusos do estatismo.
religião do homem caído.
Nossos países estão secularizados; nossas
universidades,humanistas. 

Cornelius Van Til ressaltou a importância de


educadores cristãos para enfrentarmos as
presunções humanistas e trazer o
cristianismo de volta à batalha. O homem
ocidental está confuso, perdido por falsos
messias, cego para o próprio pecado. Sobre a
modernidade, é elucidativo o comentário de
Guilherme Groen Van Prinsterer, intelectual
e estadista holandês, que influenciou
Abraham Kuyper, no livro “Incredulidade e
Revolução”,-de-1845.

“Para podermos medir o peso real da


influência fatal deste século [século XVIII],
devemos ter presente que o que ele fez foi
converter o bem em mal. Me refiro a seu
programa em favor da 'justiça', da 'liberdade',
da 'tolerância', da 'humanidade' e da
'moralidade'. A princípio esta era se vestiu
com estas ideias, assim como Satanás pode
se disfarçar de anjo de luz. Estas ideias não
foram cultivadas em seu próprio campo, mas
em terreno cristão. Uma vez que a ortodoxia ''O aborto é a soma de dois crimes, pois não se limita à
não foi capaz de preservar sua rica herança, atrocidade de negar luz a uma existência, como
caiu nas mãos dos filósofos, e o que eles também tenta legitimar a mais bárbara dentre as
fizeram com ela? Apesar de toda a jactância covardias, chegando ao ponto de bestializar a surda e
deles, estes tesouros arruinaram-se sob sua cega consciência daqueles que o aprovam!''
administração, coisa que não deve
assombrar-nos. Querer reter as conclusões, Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
abandonando as primeiras premissas; reter
as águas enquanto tapam a fonte. Querer Promoção
desfrutar da sombra, enquanto cortam os
galhos da árvore. É de esperar-se que plantas
que cresceram às margens da correnteza do
evangelho se sequem se as transplantarmos
para a terra seca. Pior ainda, em um terreno
venenoso como o do ateísmo, as plantas se
converteram em vegetais que, embaixo de
suas cores brilhantes e doces fragrâncias,
escondem toxinas mortais. As ideias de
liberdade, tolerância, etc. – palavras mágicas
que o homem pensou resumir como cume da
Este livro é composto por uma coletânea formada de artigos inéditos e
sabedoria e da felicidade – foram destruídas, de uma seleção dos artigos mais relevantes que a autora já escreveu
desmoronando como meras palavras. De tal em seu prestigiado blog. Nele Norma Braga submete temas como
forma que não apenas não se cumpriram as politicamente correto, “cubanização”, “totalitarismo da vítima”,
promessas, mas que ocorreu exatamente o homofobia, sexualidade, casamento, justiça social, infanticídio,
ateísmo, racismo, pedofilia e arte moderna a uma crítica rigorosa a
contrário. A injustiça suplantou a justiça; a partir do referencial dos valores cristãos e do bom senso. Ao analisar
coerção, a liberdade; a perseguição, as mais estranhas ideias defendidas por líderes evangélicos em tempos
tolerância; a barbárie, a humanidade; e a recentes, Norma trata com imparcialidade conceitos similares e
atuantes dentro do arraial evangélico.
decadência, a moralidade.”
  Para os evangélicos esquerdistas que acham que a crítica contra
aborto, feminismo, lobby gay, socialismo, marxismo e outros itens
caros à agenda da esquerda é coisa de pastores e teólogos machistas,
este livro vai cair como uma bomba no quintal deles.
Dois pontos cruciais
Era tão inconcebível que uma mulher
israelita desejasse um aborto que não havia
necessidade de proibi-lo explicitamente na
lei de Moisés. Crianças era consideradas

sobre o Aborto
como um presente ou herança de Deus (Gn
33.5; Sl 113.9; 127.3). Era Deus quem abria a
madre e permitia a gravidez (Gn 29.33; 30.22;
Por: Augustus Nicodemus Lopes 1 Sm. 1.19-20). Não ter filhos era considerado
uma maldição, já que o nome de família do
marido não poderia ser perpetuado (Dt 25.6;
A Legislação sobre o Assunto Rt 4.5). O aborto era algo tão contrário à
O artigo 128 do Código Penal brasileiro (que mentalidade israelita que bastava um
é de 1940) permite o aborto quando há risco mandamento genérico, "Não matarás" (Êx
de vida para a mãe e quando a gravidez 20.13). Mas os tempos mudaram. A sociedade
resulta de estupro. Porém, apenas sete ocidental moderna vê filhos como empecilho
hospitais no pais faziam o aborto legal. Esse à concretização do sonho de realização
ano, a Comissão de Constituição e Justiça pessoal do casal, da mulher em especial, de
(CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a ter uma boa posição financeira, de
obrigatoriedade de o SUS (Sistema Único de aproveitar a vida, de ter lazer, e de trabalhar.
Saúde) realizar o aborto nos termos da lei. O A Igreja, entretanto, deve guiar-se pela
projeto, porém, permite ao médico (não ao Palavra de Deus, e não pela ética da
hospital) recusar-se a fazer o aborto, por sociedade onde está inserida.
razão de consciência – um reconhecimento
de que o assunto é polêmico e que envolve A Humanidade do Feto
mais que procedimentos médicos Há dois pontos cruciais em torno dos quais
mecânicos. Por exemplo, o ministro da gira as questões éticas e morais relacionadas
Saúde, Carlos Albuquerque, disse ser com o aborto provocado. O primeiro é
contrário à lei e comparou aborto a um quanto à humanidade do feto. Esse ponto
assassinato. Além disto, médicos podem ter tem a ver com a resposta à pergunta: quando
uma resistência natural, pela própria é que, no processo de concepção, gestação e
formação deles (obrigação de lutar pela nascimento, o embrião se torna um ser
vida). “O juiz que autoriza o aborto é co- humano, uma pessoa, adquirindo assim o
autor do crime. Isso fere o direito à vida”, direito à vida? Muitos que são a favor do
disse o desembargador José Geraldo aborto argumentam que o embrião (e depois
Fonseca, do Tribunal de Justiça de São o feto), só se torna um ser humano após
Paulo, em entrevista ao jornal Estado de São determinado período de gestação, antes do
Paulo (22/09/97). Segundo ele, o artigo 128 qual abortar não seria assassinato. 
do Código Penal não autoriza o aborto
nesses casos, mas apenas não prevê pena
para quem o pratica. No momento, existem
projetos de ampliar a lei, garantindo o Por exemplo, o aborto é permitido na
aborto também no caso de malformação do Inglaterra até 7 meses de gestação. Outros
feto, com pouca possibilidade de vida após o são mais radicais. Em 1973 a Suprema Corte
parto. dos Estados Unidos passou uma lei
permitindo o aborto, argumentando que
O Ensino Bíblico uma criança não nascida não é uma pessoa
O assunto é particularmente agudo para os no sentido pleno do termo, e portanto, não
cristãos comprometidos com a Palavra de tem direito constitucional à vida, liberdade e
Deus. É verdade que não há um preceito propriedades. Entretanto, muitos biólogos,
legal na Bíblia proibindo diretamente o geneticistas e médicos concordam que a
aborto, como "Não abortarás". Mas a razão é vida biológica inicia-se desde a concepção.
clara.
As Escrituras confirmam este conceito
Em São Paulo, por exemplo, um médico
ensinando que Deus considera sagrada vida
declarou "Faço aborto com o mesmo respeito
de crianças não nascidas. Veja, por exemplo,
com que faço uma cesárea. É um
Êx 4.11; 21.21-25; Jó 10.8-12; Sl 139.13-16; Jr.
procedimento tão ético como uma
1.5; Mt 1.18; e Lc 1.39-44. Apesar de algumas
cauterização". E perguntado se faria aborto
dessas passagens terem pontos de difícil
em sua filha, respondeu: "Faria, se ela
interpretação, não é difícil de ver que a
considerasse a gravidez inoportuna por
Bíblia ensina que o corpo, a vida e as
algum motivo. Eu mesmo já fiz sete abortos
faculdades morais do homem se originam
de namoradas minhas que não podiam
simultaneamente na concepção.
sustentar a gravidez" (A Folha de São Paulo,
Os Pais da Igreja, que vieram logo após os
29 de agosto de 1997).
apóstolos, reconheceram esta verdade,
como aparece claramente nos escritos de Conclusão
Tertuliano, Jerônimo, Agostinho, Clemente
de Alexandria e outros. No Império Romano Esses pontos devem ser encarados por todos
pagão, o aborto era praticado livremente, os cristãos. Evidentemente, existem
mas os cristãos se posicionaram contra a situações complexas e difíceis, como no caso
prática. Em 314 o concílio de Ancira da gravidez de risco e do estupro. Meu ponto
(moderna Ankara) decretou que deveriam é que as soluções sempre devem ser a favor
ser excluídos da ceia do Senhor durante 10 da vida. C. Everett Koop,ex-cirurgião geral
anos todos os que procurassem provocar o dos Estados Unidos, escreveu: “Nos meus 36
aborto ou fizesse drogas para provocá-lo. anos de cirurgia pediátrica, nunca vi um caso
Anteriormente, o sínodo de Elvira (305-306) em que o aborto fosse a única saída para que
havia excluído até a morte os que a mãe sobrevivesse”. Sua prática nestes casos
praticassem tais coisas. Assim, a evidência raros era provocar o nascimento prematuro
biológica e bíblica é que crianças não da criança e dar todas as condições para sua
nascidas são seres humanos, são pessoas, e sobrevivência. Ao mesmo tempo, é preciso
que matá-las é assassinato. que a Igreja se compadeça e auxilie os
cristãos que se vêem diante deste terrível
A Santidade da Vida dilema. Condenação não irá substituir
O segundo ponto tem a ver com a santidade orientação, apoio e acompanhamento. A dor,
da vida. Ainda que as crianças fossem a revolta e o sofrimento de quem foi
reconhecidas como seres humanos, como estuprada não se resolverá matando o ser
pessoas, antes de nascer, ainda assim suas humano concebido em seu ventre. Por outro
vidas estariam ameaçadas pelo aborto. lado, a Igreja não pode simplesmente
Vivemos em uma sociedade que perdeu o abandonar à sua sorte as estupradas
conceito da santidade da vida. O conceito grávidas que resolvem ter a criança. É
bíblico de que o homem é uma criatura preciso apoio, acompanhamento e
especial, feito à imagem de Deus, diferente orientação.
de todas as demais formas de vida, e que
possui uma alma imortal, tem sido
substituído pelo conceito humanista do
evolucionismo, que vê o homem
simplesmente como uma espécie a mais, o
Homo sapiens, sem nada que realmente o
faça distinto das demais espécies. A vida
humana perdeu seu valor. O direito à
continuar existindo não é mais determinado
pelo alto valor que se dava ao homem por
ser feito à imagem de Deus, mas por fatores
financeiros, sociológicos e de conveniência
pessoal, geralmente utilitaristas e egoístas.
Série Mártires

Nenhum cristão que se preze e tenha o mínimo de conhecimento da história da Igreja primitiva,
pode negar que Paulo foi um dos homens mais importantes para o cristianismo. Isto é notório
devido as diversas contribuições do Apóstolo, tanto na divulgação e propagação do evangelho
quanto na produção de seus escritos. Dos 27 livros do Novo Testamento pelo menos 13 são
atribuídos a ele.
(Sha´ul) ou Saulo que era seu nome Hebraico, foi um árduo perseguidor da Igreja nos primeiros
anos do cristianismo, tendo contribuído para a morte de Estevão o Diácono e a prisão de
diversos outros irmãos (E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e
mulheres, os encerrava na prisão.)Atos 08:03
Após ter tido um encontro miraculoso com Cristo a caminho de Damasco, teve sua vida
transformada, e passou de perseguidor a defensor e perseguido pela fé. (E, indo no caminho,
aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.
E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?)
Atos-9:3,4. - (Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para
levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto
deve padecer pelo meu nome.) Atos 09:15,16
Fundou diversas igrejas em todo Império romano, e durante toda sua vida levou as marcas de
Cristo, sofrendo perseguições e injúrias pelo nome de Cristo. Foi preso diversas vezes e entre 64
e 67 DC. Foi martirizado pelo Imperador Nero – decapitado à espada ''depois de ter orado, deu
seu pescoço à espada'' (O livro dos Mártires – p/10)
Há algo maravilhosamente único acerca dos 3. Pais Cristãos procuram encorajar um
pais Cristãos. Pais Cristãos buscam manter padrão, e não buscar a perfeição.
uma tendência contracultural, até mesmo
enquanto procuramos preparar nossos Até mesmo quando nós lhes apontamos
filhos para serem inseridos na cultura, para a Lei de Deus, nós sabemos que eles
como adultos plenamente funcionais. Eles irão falhar várias vezes. A graça de Deus
buscam preparar seus filhos para a vida na transbordou sobre nós, e nós devemos
terra, ao mesmo tempo em que procuram transbordar graça sobre eles.
prepará-los para a vida no céu. Pais Cristãos
enxergam seus filhos como dádivas 4. Pais Cristãos almejam ver seus filhos
concedidas, e também compreendem a sua sendo bem sucedidos, mas não de acordo
responsabilidade como cuidadores com os padrões estabelecidos pelo mundo.
(“mordomos”). Eles são “nossos filhos”,
contudo, também reconhecemos que eles O sucesso, aos nossos olhos, difere do
pertencem a outro – o seu Pai Celestial. Ser sucesso aos olhos do mundo. O sucesso que
um pai ou uma mãe Cristãos é uma preenche as nossas almas com deleite é
empreitada ímpar e singular, sendo eles um espiritual, acima de todos os outros.
tipo raro. Aqui estão algumas das coisas que
tornam os pais Cristãos algo único, neste 5. Pais Cristãos olham para o futuro dos
mundo caído: seus filhos, mas não para aquele que é
meramente aqui, nesta terra.
1. Pais Cristãos procuram amar seus filhos,
mas não adorá-los ou venerá-los. Conforme criamos nossos filhos, nós os
estamos treinando para a eternidade. Nós
Eles têm os nossos corações, mas eles não temos nossos olhos na eternidade, e
podem dominar as nossas almas. Nós estamos buscando ajustar os olhos deles na
vivemos para Deus, e não para os nossos eternidade.
filhos.
6. Pais Cristãos desejam que seus filhos
2. Pais Cristãos procuram inculcar sejam felizes, mas não às custas da
princípios morais, e não apenas santidade.
moralidade aparente ou externa.
Que bênção é assistir os nossos filhos
Conformidade aparente não é o nosso desfrutarem da vida, mas nós desejamos
objetivo. Nós desejamos ver os seus uma alegria que decorre da santidade e da
corações mudados e renovados no Senhor. vida piedosa.
7. Pais Cristãos querem que a vida dos seus 10. Pais Cristãos ensinam os seus filhos a
filhos seja aliviada, mas não desprovida de buscarem a resposta fora de si mesmos, ou
provações. seja, em Cristo, ao invés de olharem para
dentro de si mesmos.
Os cuidados e preocupações do mundo são
pesados, e nós gostaríamos, à medida do Buscar a Deus, em Cristo, é a sua única
possível, que os ombros dos nossos filhos esperança.
fossem aliviados deles, mas não às custas do
seu crescimento em Cristo. Nós sabemos 11. Pais Cristãos encorajam os seus filhos à
que as provações moldam o caráter e independência, mas apenas conforme eles
estamos dispostos a sofrer, conforme crescem na dependência do Senhor.
observamos os nossos filhos sofrerem, para
que um fim maior seja realizado na nossa Nenhum de nós é verdadeiramente
vida e na deles. independente, e precisamos ensinar esta
verdade para os nossos filhos. Conforme
8. Pais Cristãos esperam que seus filhos se eles crescem em independência, em relação
adaptem ao seu mundo, mas que não se aos seus pais, a nossa espectativa é que eles
sintam confortáveis nele. estejam crescendo em uma ardende
dependência no Senhor.
Os nossos filhos vivem neste mundo, mas
esperamos que apenas como peregrinos e 12. Pais Cristãos valorizam a vontade de
forasteiros. Pela graça de Deus, nós servir mais do que o seu anseio de liderar.
esperamos que eles estejam
desconfortáveis aqui, pois eles estão em seu A liderança Cristã revira tudo de cabeça
percurso para a cidade celestial. para baixo. Os últimos serão os primeiros, e
os primeiros serão os últimos.
9. Pais Cristãos encorajam os seus filhos a
perseguirem a humildade, até mais do que 13. Pais Cristãos valorizam o caráter mais
a autoconfiança. do que as conquistas.

A autoconfiança é boa, mas não se ela O valor do caráter prevalece sobre o das
triunfa sobre a humildade. A humildade é conquistas na “economia” de Deus, e
boa, até mesmo quando ela triunfa sobre a portanto também em nossa missão como
autoconfiança. pais Cristãos.
ARTIGOS

14. Pais Cristãos aprovam que os seus


filhos olhem para o seu Pai no céu mais
do que para o seu pai e mãe na terra.

Nós prontamente apontamos para fora de


nós mesmos. Eles têm um Pai Celestial
mais seguro e fiel do que nós.

15. Pais Cristãos buscam treinar os seus


filhos para colocar os outros antes de si
mesmos.

Amor sacrificial domina a nossa fé, e nós


desejamos que isto também os domine.

16. Pais Cristãos oram por seus filhos.

Ser um pai ou uma mãe Cristãos não é um


empreendimento solitário. Se fosse, nós
falharíamos.
Ao invés disso, nós temos um Pai Celestial
que cuida de nós, ouve as nossas orações,
e ama conceder boas dádivas aos Seus
filhos.
Nós erguemos nossos filhos, em oração,
na esperança deles serem os Seus filhos, e
na expectativa de que Ele irá cuidar deles,
assim como Ele cuida de nós.

Autor: Jason-Helopoulos
Fonte: The Christward Collective 
Tradução: Os Puritanos

Promoção

Se você deseja ver seus filhos seguindo a Jesus, mas não


sabe como liderar espiritualmente sua família, leia este
livro.
Ele foi escrito justamente para pais que desejam de todo
o coração discipular seus filhos, mas não sabem como
fazê-lo. Ao ler este livro, você entenderá quantas vezes
ficou aquém do plano de Deus para o discipulado da
família. 

“Eis aqui um livro prático e empolgante que incentiva os


pais a conquistar o coração dos filhos com verdade e
graça. Numa época em que a verdade é tão ignorada ou
desprezada, é animador encontrar um livro escrito por
pais comuns e desejosos de ver sua família santificada
pela verdade. Thompson escreve com uma delicadeza
que nos faz lembrar que a paternidade é fruto das
suaves misericórdias de Cristo.” 
Joel Beeke, presidente do Puritan Reformed
Imagem: Pixabay Theological Seminary. (Vida Nova Edições)
ABORTO

Imagem da Internet - Ilustração: Aborto

Aborto: Um Contrassenso
No presente texto, contrapor-se-á a primeira
posição com a segunda, defendendo-se essa
última, de que o feto é um ser humano que
ainda não se desenvolveu de todo, mas que

Fatal
Por: Anderson Barbosa Paz
não pode ser abortado, isto é, sua vida deve
ser-preservada.

Em geral, os pró-aborto pressupõem que o


A prática do aborto é uma ação recorrente na nascituro não é uma pessoa humana real.
sociedade. Sua repetição, porém, não a torna Segundo Geisler (2010, p. 155), argumentam
livre de controvérsia, mas lança luz sobre a que o bebê não é um ser humano até possuir
necessidade de se investigar seus subsídios, autoconsciência; que ele é uma extensão do
científicos e filosóficos, que, supostamente, corpo da mãe, de modo que ela tem o poder
justificam tal atitude. de decidir sobre seu corpo, inclusive sobre a
do feto; que as mulheres devem ser
protegidas da precariedade de clínicas
Inicialmente, Geisler (2010, p. 153) explica abortivas ilegais; que as crianças não
que há três posições básicas sobre o aborto. planejadas e indesejadas poderiam ser
A primeira diz que os nascituros são prevenidas de negligência; que fetos de má
subumanos, o que possibilita a prática formação devem ser evitados para a
indiscriminada de aborto. Outros entendem preservação da raça humana; que se é
que os nascituros são plenamente humanos e impossível saber quando a vida começa; que
não aceitam a prática do aborto. Por fim, há o conceito de pessoa é um consenso social,
os que argumentam que os nascituros são implicando que o indivíduo só se torna
potenciais humanos, podendo o aborto ser pessoa quando a sociedade o aceita assim.
praticado em situações específicas. Vejamos.
Da-vida-fetal

É recorrente o argumento que a ciência prova


que o feto não é pessoa. Mas qual a validade
desse-argumento?

Razzo (2016, p. 75) argumenta que o cientista


que observa os processos biológicos de um feto
não pode julgar, em termos científicos, a
pessoalidade ou impessoalidade de um ente, já
que esse é um debate filosófico. Ou seja, o feto
não pode ser avaliado, em termos qualitativos,
pelos processos biológicos que determinam a
dignidade do homem ou seu valor como pessoa.

O ponto crítico é a tentativa de se usar da


biologia para se legitimar um posicionamento
ético-moral. Abortar ou não é uma decisão
humana, da bioética (ramo da ética filosófica),
não é uma determinação que possa se sustentar
sobre-argumentos-científicos.

Com efeito, esse é um debate de valor, como


aponta Razzo (2016, p. 77):

A descrição em termos físicos e biológicos pode


explicar como o ser humano funciona em Com efeito, esse pensamento demonstra uma
termos físicos e biológicos. Mas não basta para espécie cruel de seletividade. Ilustrativamente,
explicar o que o ser humano é. E pela maneira quando, como pontua Platt (2016, p. 85), a princesa
como experimentamos a nós mesmos, podemos britânica Kate ficou grávida, as pessoas não se
concluir que, no que diz respeito ao ser, está referiam a ele como uma “célula embrionária não
implícito um valor. diferenciada”, nem como “uma massa informe
Nesse sentido, os processos biológicos não gelatinosa” ou “pedaço de tecido”, mas como um
abrangem a experiência humana subjetiva bebê-“real”-(da-realeza).
(consciência), de modo que reduzir a esfera de
debate filosófica à biológica é inadequado. Nessa esteira, pais poderiam ter o direito de abortar
Julgar, biologicamente, que o embrião não tem caso descubram no ventre da mãe que o filho tem
consciência, enquanto valor antropológico, é Síndrome de Down, ou alguma doença rara, ou
inferir além do que os processos empíricos alguma inaptidão física. A permissão de se escolher
analisados podem oferecer. Por isso, “o alguém fetos dentro de um padrão de qualidade tem
(a pessoa humana) nunca será um tema da antecedentes lógicos nas práticas
biologia, mas tão somente da antropologia nazistas, eugenista, que pregava uma raça pura, sem
filosófica” (RAZZO, 2016, p. 81). imperfeitos ou socialmente inconvenientes.

Essa lógica é perversa.


Desse modo, é inválido dizer que o bebê não é,
cientificamente, uma pessoa e que tal conceito Como Carvalho (2013, p. 386) diz:
é-um-consenso-social.
Se a condição de ser humano é uma convenção
Da-engenharia-social social, nada impede que uma convenção posterior a
revogue, negando a humanidade de retardados
A prática abortiva constitui-se um elemento mentais, de aleijados, de homossexuais, de negros,
importante de uma “engenharia social”, em que de judeus, de ciganos ou de quem quer que, segundo
se afirma que algumas pessoas são quem os caprichos do momento, pareça inconveniente.
controlam a vida e a morte, de acordo com seus
próprios parâmetros.
Como meio de controle de natalidade, apoiada,
por vezes, pelos responsáveis de clínicas de
aborto, que lucram muito onde tal prática é
legalizada, a prática abortista serve a interesses
escusos que se conglomeram na determinação
do direito básico à vida.

Nas palavras de Venâncio (2012, p. 113),A lógica


do aborto é sempre reificadora. No limite,
pronunciar sentença de morte sobre um feto ou
um idoso por doença é condenar a humanidade
inteira, imperfeita, ao aniquilamento. Assim é De acordo com Craig (2010, p. 129), “desde o
que, todos os dias, em países que acolheram o momento de sua concepção e implantação na parede
aborto e a eugenia, somos postos fora do útero da mãe, o feto nunca é uma parte do corpo
displicentemente, como aparelhos danificados da mãe, mas é um ser vivo biologicamente distinto e
que não prestam mais. completo”.

Então, o aniquilamento de fetos mal formados Ilustrativamente, Platt (2016, p. 87) conta a história de
para preservar a raça humana e a propagação Rachel, descrita por Gregory Koukl: Rachel nasceu
de clínicas de aborto para sanar a precariedade prematura na 24ª semana de gestação da mãe. De tão
do ato abortista são argumentos de finalidade pequena cabia na palma da mão de seu pai. Se um
obtusa e que servem a grupos que pensam em: médico entrasse no quarto do hospital e tirasse sua
ou remodelar a sociedade ou lucrar às custas de vida na hora da amamentação, configurar-se-ia o
indefesos. homicídio. Entretanto, se a mesma menina estivesse
no útero de sua mãe, a centímetros de distância, ela
Do-direito-de-escolha poderia ser, de acordo com o pensamento pró-
É sabido que o Estado deve intervir em aborto, morta para ser retirada sem que houvesse
situações de flagrantes ameaças contra a vida ilegalidade.A contradição é que, por vezes, os
da alguém. Com isso, ninguém pode ter o defensores do aborto não o aceitam se forem
direito de planejar sobre o modo de por fim a aplicados aos animais, especialmente se estiverem
vida de outrem. ameaçados de extinção.
O aborto é um assassinato silencioso para muitas
Com a fecundação já existe um organismo vivo pessoas. Segundo Platt (2016, p. 81), além dos fetos
que, se for lhe dada a possibilidade de se impossibilitados de se desenvolverem e nascerem
desenvolver, tornar-se-á um adulto de sua sem nenhuma chance de defesa, muitas mães
espécie. Segundo Craig (2010, p. 126), o embrião carregam feridas profundas e cicatrizes amargas em
humano tem autonomia completa do esperma e sua vida.
do óvulo não fertilizado. A combinação entre De fato, o aborto legalizado é promovedor de mortes,
esses formam uma nova célula viva que é um de mães e fetos. Na realidade americana, por
indivíduo singular que nunca existiu antes e exemplo, o doutor Geisler (2010, p. 161) coloca que “o
doutro modo jamais existiria. aborto tira a vida de aproximadamente 1.3 milhões de
Conforme Geisler (2010, p. 160), a partir da bebês nos Estados Unidos da América a cada ano
concepção, o feto passa a ter seu próprio sexo. desde o caso de Roe vs. Wade (1973)”.
Dos quarenta dias da concepção, eles possuem Agora, por que quem defende o aborto não se coloca
as próprias ondas cerebrais individuais. Em no lugar dos fetos que pretende eliminar? Por que
poucas semanas da concepção, os fetos quem defende o aborto esquece que também já foi
possuem seu próprio tipo de sangue e um feto?
impressões digitais. O bebê em formação é um Na verdade, como argumenta Stott (2014, p. 422), “o
“totalmente outro” em relação à mãe, ainda que aborto induzido é o assassinato de um feto, é a
ligado a ela para sua sobrevivência. destruição deliberada de uma criança que ainda não
nasceu, é um derramamento de sangue inocente”.
Como o desenvolvimento do feto é contínuo, Portanto, é ilegítimo argumentar que o bebê não é
não há ponto em que se possa alegar que o um ser humano por não ter consciência, ou que a
mesmo não é humano e pode ser interrompido. mãe pode decidir por abortá-lo, ou que o aborto é
Traçar uma linha que defina um feto já ser um direito pró-liberdade da mãe. Esses argumentos
humano de um que não é, constitui-se em uma promovem a morte do feto, e, muitas vezes, a morte
arbitrariedade. psicológica ou física da mãe. {BEREIANOS}

Vous aimerez peut-être aussi