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1ª LIÇÃO
ACUPUNTURA BIOENERGÉTICA
NIELS BOHR
Capítulo I: Fundamentos da Medicina Energética
O T’CHI
ESQUEMA I
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TOMO I. 1ª Lição: Acupuntura Bioenergética
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Capítulo I: Fundamentos da Medicina Energética
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ESQUEMA 2
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Capítulo I: Fundamentos da Medicina Energética
h×c
E = ——————
λ
E = emitância
h = constante universal de Plank
c = constante velocidade da luz
λ = longitude de onda
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TOMO I. 1ª Lição: Acupuntura Bioenergética
Portanto: energia Rong (Yong Qi, Rong Qi ou Ying Qi) = Tinh2 ali-
mentício ou Tinh dos cereais ou Jing Qi nutrício + Thin respiratório
ou Qing Qi ou Tian Qi.
Vemos de uma maneira imediata o Estômago e o Pulmão como ba-
ses fisiológicas na formação desta energia. E assim a Medicina Tradici-
onal Chinesa (M.T.C.) dá um grande valor a ambos por seus aspectos
de geradores, chegando ao ponto de manifestar que o Estômago é a
2
A palavra Tinh representa mudança ou mutação. A veremos com freqüência nos
textos antigos, sobretudo vietnamitas, o que pode dar lugar a erros de interpretação.
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Capítulo I: Fundamentos da Medicina Energética
Essa energia será a que circula pelas chamadas Vias Principais (Jing
Mai) a partir do Pulmão, seguindo um ciclo nictemeral perfeitamente
definido, alimentando ou nutrindo energeticamente a todos os sistemas.
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Capítulo I: Fundamentos da Medicina Energética
onal Chinesa nos explicam desde há milênios que a energia Wei se for-
ma no Aquecedor Inferior depois de sucessivas etapas de purificação que
ocorrem no mesmo. Como veremos mais adiante quando explicaremos
um pouco mais extensamente o conceito de Triplo Aquecedor; o Aque-
cedor Inferior está formado por Intestino Delgado, Intestino Grosso, Rins,
Cápsulas supra-renais, Bexiga, Fígado e Vesícula Biliar ou como diz o
Nang King: «o aquecedor inferior começa no piloro e termina no meato
uretral». Este conjunto de órgãos e vísceras seriam, de acordo com a
comparação anterior, as diferentes estações de purificação do «projeto
de refinaria» orgânico. Vimos no esquema de formação da energia Rong
ou nutrícia que no Estômago se desprendia energia Yang (+) até o Pul-
mão e matéria Yin (–) para o Intestino Delgado; pois bem, essa matéria
denominada de líquido impuro ainda contém elementos energéticos
susceptíveis de serem extraídos, já que não existe nunca a matéria pura,
pois em essência ela mesma é energia. Na metáfora da refinaria o
petróleo, que é igual ao alimento em sua primeira purificação (E), vai
gerar um produto utilizável energeticamente, por exemplo petróleo co-
mercial, e outra substância que passará em sucessivas etapas de puri-
ficação.
Em fisiologia energética: [Yang (+) (petróleo comercial)] ao Pulmão
(P) e o resto das substâncias [Yin (–)] ao Intestino Delgado (ID). No ID
sofrerão uma segunda purificação que vai gerar por um lado uma ener-
gia útil ou pura (+) que vai se depositar no «Rim energético» e uma
impura (–) que vai se dirigir ao Intestino Grosso (IG).
No IG irá se realizar a terceira purificação que vai originar, como em
etapas posteriores, uma substância energética pura (+) que também vai
se depositar no Rim (R) (o qual, como veremos, é o armazém energético
humano), e outra impura (–) que vai ser expulsa ao exterior na forma
de fezes. As energias depositadas no Rim através da segunda e terceira
purificação sofrerão neste órgão uma quarta purificação, de onde o puro
(+) irá ao Fígado (F) e o impuro (–) à Bexiga (B). Na Bexiga se realizará
a quinta purificação, de novo o puro (+) vai a Vesícula Biliar (VB) e o
impuro (–) se expulsará ao exterior na forma de urina.
No F se realizará a sexta purificação. Daqui o puro (+) através do
canal interno do F, se elevará até a parte mais Yang do corpo, ou po-
tência cósmica, o ponto centro do vértex ou centro de reunião de todas
as energias Yang, ou VG20 (Baihui), passando previamente pelos olhos,
e o impuro (–) irá à VB4.
4
A Vesícula Biliar recebe, pois, o puro da Bexiga e os impuros do Fígado.
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Para a M.T.C. o conceito de estômago inclui o segmento duodenal do intestino.
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Capítulo I: Fundamentos da Medicina Energética
O T’CHI WU O um
O YUAN O sopro
A matriz
O SHENSHUI biológica
H2O+ –
OS QI HUA A resultante
AS BIOTRANSFORMAÇÕES (Eletrólise)
OS 10.000 SERES
ESQUEMA 5A
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E = e (6x10) 18
ESQUEMA 5B
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Capítulo I: Fundamentos da Medicina Energética
Explicação: O alimento se «oxida» no E formando três substâncias: Thin (+) energia li-
vre que vai ao Pericárdio (MC), Tinh (+ -), «vapor» que vai ao BP e Jing (-), matéria que
vai ao ID.
O «vapor do E» destilado pelo BP (rotas oxidativas) forma três substâncias: (+) ener-
gia livre que vai ao Pericárdio, (+ -) «vapor» que ascende ao P e (-) matéria que vai ao
duodeno e ao sangue (insulina).
O «vapor do BP» é oxidado pelo O 2 no TA superior formando três substâncias: (+) que
circula pelos Meridianos (Rong), (+ -) «vapor» que expulsamos (CO 2) e (-) matéria (H 2O) que
fluidifica e hidrata a pele, o pulmão, as vias respiratórias e o sangue.
Se trata então de uma espécie de «glicólise aeróbica exógena», já que o vapor que vai
do BP ao P são partículas de glicose provenientes do E.
ESQUEMA 5C
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Explicação: As diversas fases de depuração do alimento têm como objetivo obter a ener-
gia Wei a partir da diminuição de substrato material (fezes ou urina). Aproveitando a energia
desprendida que será captada pelo Xin Bao (Mestre do Coração, Pericárdio, ou Regulador
Geral da Energia), expulsando o inútil e gerando uma energia muito sutil, capaz de expan-
dir-se em direção ao exterior (éter energético), dotando assim o organismo de uma radiação
infravermelha que permite a homeostase com o meio.
ESQUEMA 5D
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CAPÍTULO II
Princípios de Fisiologia Energética
— O equilíbrio vital
— O correlativo energo-holístico
— A auto-reparação
Capítulo II: Princípios de Fisiologia Energética
INTRODUÇÃO
O EQUILÍBRIO VITAL
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Capítulo II: Princípios de Fisiologia Energética
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+
Qi = energia
Xue = sangue
–
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Capítulo II: Princípios de Fisiologia Energética
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A) INFLUXOS CÓSMICOS
B) INFLUXOS TELÚRICOS
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Capítulo II: Princípios de Fisiologia Energética
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TOMO I. 1ª Lição: Acupuntura Bioenergética
O CORRELATIVO ENERGO-HOLÍSTICO
Uma vez estabelecido o princípio fundamental de que nossa existên-
cia é conseqüência da dualidade energético-física, na qual intervêm os
influxos energéticos veiculados ou transmitidos pelo sistema nervoso ao
«magma» físico ou sangue, poderemos concluir que a saúde depende
como conseqüência imediata de uma equilibrada ação neurotrófica (de
neuro – nervo, e trofo – nutrição), porém dos influxos energéticos como
causa primária; e daí que se considere a energia como princípio
integrador e regulador de toda estrutura físico-química.
Esse princípio nos leva a considerar o fato de que o ser vivo é uma
unidade integrada e a desenvolver o conceito holístico, no qual até o
mais recôndito espaço ou função responde relacionando-se com todo o
conjunto.
Todo ser pluricelular diverso, cujo máximo expoente é o homem, não
é uma associação de células normotípicas, e sim de celulas heterotípicas,
adequadas à sua função específica, que se compensam gerando uma
organicidade. Por exemplo, o neurônio é o máximo representante da
capacidade funcional, no entanto é o mínimo de capacidade reprodutiva,
circunstância completamente inversa ao gameta.
Por isso a organicidade ou conjunto holístico, ou conjunto de fun-
ções individuais, se epicentram no sangue (Xue) e se transmitem ou
dinamizam pela energia (Qi), através da função neuronal.
Mas o sistema nervoso não somente é responsável pela vida vegeta-
tiva, mas também pela vida de relação, portanto devem participar nes-
ta simbiose outra série de fatores que justifiquem o conceito holístico de
integração neurotrófica.
Para isso é preciso desenvolver a teoria da integração neuro-endó-
crino-humoral como uma circunstância de equilíbrio entre o rápido re-
flexo nervoso e o lento reflexo bioquímico humoral.
O sangue circulante, como conceito de organicidade, é um sistema
de inter-relação relativamente lento, que por si só não garante a
homeostase, entendida como ação de sobrevivência. Precisa-se, em nossa
economia vital, de uma reação rápida diante de qualquer estímulo do
meio no qual desenvolvemos nossa atividade biológica.
O desenvolvimento temporal-espacial das reações bioquímicas atra-
vés do «magma nutrício» deve ser acelerado através da função neuronal,
garantindo assim a reatividade necessária diante de qualquer fator de
estímulo.
Agora então, este sistema de ação e reação vital humoro-celular-
tissular-visceral tem que estar controlado e sustentado no espaço e tempo
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Capítulo II: Princípios de Fisiologia Energética
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A AUTOREPARAÇÃO
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Capítulo II: Princípios de Fisiologia Energética
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O EQUILÍBRIO VITAL
O CÉU-YANG ( + )
A TERRA – YIN ( - )
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Capítulo II: Princípios de Fisiologia Energética
VITALISMO
ENERGIA SUPREMA QUE REGE A ESTRUTURA UNIVERSAL:
P.U.P. (PRINCÍPIO UNIVERSAL PRIMÁRIO)
S.I. (SINGULARIDADE INICIAL)
O UM (T’CHI)
HERMETISMO – KABALA – TAOÍSMO – VEDISMO – CRISTIANISMO,
ETC.
ASTROLOGIA:
ENERGIAS EMANANTES DOS CORPOS CELESTES.
ASTROLOGIA MÉDICA
TELURISMO
ENERGIAS TERMO-DINÂMICAS: FRIO, CALOR, VENTO,
UMIDADE E SECURA.CRIOTERAPIA,
MOXABUSTÃO, BALNEOTERAPIA, ETC.
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TOMO I. 1ª Lição: Acupuntura Bioenergética
DIETÉTICAS
A) ENERGIA DA DEGRADAÇÃO ALIMENTAR:
CATABOLISMO (RONG)
B) ENERGIA BIÓTICA DO ALIMENTO: EM FUNÇÃO DE SEU
FRESCOR (HALO CONSERVADOR) WEI E SUA ESPÉCIE
(CARGA GENÉTICA) ZHONG.
C) ENERGIA DOS SABORES (5 MOVIMENTOS)
DIETÉTICA E FITOTERAPIA ORIENTAL
RESPIRATÓRIAS
ENERGIA INSPIRADA DO MEIO ATMOSFÉRICO
OXIGÊNIO, PNEUMA, PRANA, ETC. QUE SE INTEGRA COM A
CATABÓLICA PARA FORMAR O RONG.
TAI-CHI – YOGA – QIGONG – ETC.
PSÍQUICAS
ENERGIA PROVENIENTE DO MEIO SOCIAL,
SOFROLOGIA, HIPNOSE, INDUÇÃO MENTAL,
PSICOTERAPIA CHINESA, PSICOMOTRICIDADE, ETC.
FREQUENCIAIS
ENERGIAS QUE O ORGANISMO CAPTA DE DETERMINADAS
MANIFESTAÇÕES FOTO-ELETRO-MAGNÉTICAS
AROMATERAPIA – CROMOTERAPIA – MUSICOTERAPIA, ETC.
GEOLÓGICAS
ENERGIA QUE PROVÉM DOS CAMPOS MAGNÉTICOS,
CORRENTES FREÁTICAS E OUTRAS FORÇAS DINÂMICAS TERRESTRES,
MAGNETISMO – FENG SHUI, ETC.
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Capítulo II: Princípios de Fisiologia Energética
O TAO VITAL
YANG
QI ( + )
ENERGIA
YIN
XUE ( - )
MATÉRIA
A DESCOMPENSAÇÃO ORIGINA:
SÍNDROMES DE ELEVAÇÃO DO QI
SÍNDROMES DE QUEDA DO XUE
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Capítulo II: Princípios de Fisiologia Energética
PROPUESTA TERAPÊUTICA
Acupuntura, HomeopatIa
E Técnicas Energéticas Energética
Farmacopéia e
Fitoterapia
Bioquímica
Medicina funcional
e Fisioterapia Funcional
Cirurgia Orgânica
EVOLUÇÃO DA ENFERMIDADE
A PIRÂMIDE BIOLÓGICA
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TOMO I. 1ª Lição: Acupuntura Bioenergética
A AUTO-REPARAÇÃO
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Capítulo II: Princípios de Fisiologia Energética
CONCLUSÕES
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CAPÍTULO III
Exposição Dialética da Enfermidade
a) Lei Yin-Yang
b) Teoria dos Cinco Movimentos
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Capítulo III: Exposição Dialética da Enfermidade
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TOMO I. 1ª Lição: Acupuntura Bioenergética
SAÚDE
YANG YIN
+ –
M
M
+ – + –
ENFERMIDADE
+ – + –
Plenitude de Yang Plenitude de Yin
+ – + –
Vazio de Yin Vazio de Yang
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Capítulo III: Exposição Dialética da Enfermidade
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Capítulo III: Exposição Dialética da Enfermidade
YIN ® ® YANG
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Capítulo III: Exposição Dialética da Enfermidade
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CAPÍTULO IV
Lei de auto-regulação
dos Cinco Movimentos (A Grande regra)
Wu Xing
— Fenômenos de geração e inibição Sheng-Ke
— Ciclos patológicos
• T’cheng-Wu
• Muzi-Zimu
A grande tensão de nossa experiência nos últi-
mos anos têm trazido à luz a insuficiência de nossas
simples concepções mecânicas e, como consequência,
tem feito oscilar o cimento no qual a acostumada
interpretação da observação estava baseada.
NIELS BOHR
Capítulo IV: Wu-Xing: Lei dos Cinco Movimentos (A Grande Regra)
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TOMO I. Lección 1.ª: Acupuntura Bioenergética
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Minha opinião particular sobre o tema difere quanto a que ambas as teorias teriam
tido diferentes origens. Considero que sua relação e desenvolvimento é indissolúvel e
que fazem parte de uma cultura de elevados e profundos conhecimentos, da qual o
desaparecimento por causas ignoradas nos tem impedido de conhecer cientificamente
suas origens. O legado herdado de uma maneira empírica tem se transmitido nestes
termos até a atualidade onde estamos assistindo, paradoxalmente, a uma etapa de
cientificismo que sanciona a Tradição.
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Capítulo IV: Wu-Xing: Lei dos Cinco Movimentos (A Grande Regra)
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Capítulo IV: Wu-Xing: Lei dos Cinco Movimentos (A Grande Regra)
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TOMO I. Lección 1.ª: Acupuntura Bioenergética
engloba aos cinco Yin e aos cinco Yang. O Yin restante é o relativo a
outro conceito ou sistema que veremos mais tarde, e que se corresponde
com o Mestre do Coração, cuja polaridade Yin (-) se complementa pre-
cisamente com o Triplo Aquecedor Yang (+), com o qual vai formar um
movimento.
Essas 12 unidades formam, portanto, seis conjuntos compostos por
um elemento Yang e um elemento Yin, que guardam entre si uma rela-
ção de alternância no ciclo de circulação energética, e cujas funções fisio-
lógicas se complementam formando um movimento que vai responder
a influências dos ciclos naturais que temos visto. E assim se formarão
os conjuntos Yin-Yang ou sistemas Zang-Fu seguintes: (ver esquema 10)
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Capítulo IV: Wu-Xing: Lei dos Cinco Movimentos (A Grande Regra)
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TOMO I. Lección 1.ª: Acupuntura Bioenergética
Observamos dessa forma que irá existir uma série de fatores que in-
fluirão sobre esses conjuntos de uma maneira direta e que, portanto,
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Capítulo IV: Wu-Xing: Lei dos Cinco Movimentos (A Grande Regra)
terão seu lugar no ciclo pentagonal. Assim, por exemplo, os sabores serão
capazes de influir energeticamente nos órgãos3.
Ao Fígado – Madeira, lhe vai influenciar o sabor ácido e acre (aver-
são a sabores ácidos e acres em enfermidades hepático-biliares). Ao
Coração – Fogo o amargo (tônico cardíaco). O doce (influência do doce
na obesidade) exercerá uma ação direta sobre o Baço-Pâncreas – Terra.
O picante (transpiração imediata, pelo domínio do P sobre a pele) atuará
sobre o Pulmão – Metal. E o salgado (ação initória do R sobre o C na
hipertensão) sobre o Rim – Água.
Também, os odores vão realizar uma função direta sobre o órgão
correspondente no ciclo pentagonal. E assim teremos: o odor rançoso
corresponde ao Fígado; o queimado ao Coração; o perfumado ao Baço-
Pâncreas; o odor de carne ao Pulmão e o pútrido ao Rim.
Os cinco sentidos guardam uma relação direta com os movimentos
correspondentes. E assim os olhos e a visão estarão regidos de uma
maneira direta pelo elemento Madeira (os condutos energéticos internos
do Fígado se comunicam com o exterior a nível dos olhos, segundo vimos
no processo de formação da energia Wei). Por outro lado, o Fígado rege
músculos e unhas, provavelmente através da função glucogênica he-
pática (ação bioquímica provocada por uma função energética).
O movimento Fogo regerá, por um lado, a língua e a palavra. A lín-
gua por conduto energético interno e a palavra como expressão do Thân
(para as civilizações antigas, o verbo ou palavra encerra um sentido
sublime de aproximação ao Ser Supremo, é a projeção da mais impor-
tante e elaborada das energias: o Shen Thân. Por outro lado regerá vasos
e artérias, como impulsor da energia do sangue, e como conseqüência
comanda o pulso. Além disso vai reger a tez, conceito este ligado às
expressões: «Uma equilibrada energia do Thân refletirá uma tez lumi-
nosa com a cor específica do ser em equilíbrio psico-físico» (a face é o
espelho da alma).
O movimento Terra rege o paladar. Vemos que neste movimento,
reflexo da qualidade humana, está o paladar, o odor perfumado, a co-
lheita, tudo aquilo que supõe um efeito gratificante em relação ao ser
humano, como conseqüência do aporte de todos os ciclos naturais. Tam-
bém regerá o tecido celular subcutâneo e tecido conjuntivo, encarre-
gados de modelar, embelezar e dar tônus ao ser humano. E por último
comandará os lábios (manifestação sensitiva primária).
O movimento Metal regerá o olfato e o nariz, como conseqüência
de sua relação direta com o Meridiano Principal do Pulmão. Por outro
lado, comanda a pele e os pêlos, ambas estruturas dependerão deste
3
Ver fisiopatologia no Tomo II.
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TOMO I. Lección 1.ª: Acupuntura Bioenergética
Os sentidos e os órgãos dos sentidos, assim como sua ação direta sobre
a arquitetura física, ficam relacionados na penta-coordenação. Vemos,
portanto, que as 12 unidades energéticas básicas vão ter influência so-
bre sistemas com os que aparentemente não guardam relação e que, no
entanto, dependem delas.
Dentro dos aspectos psíquicos (questão muito importante, pois para
a M.T.C. as emoções e os fatores mentais podem ser os grandes
desequilibradores e consumidores de energia) teremos o conceito de
emoções correspondentes: raiva à Madeira, euforia ou alegria ao Fogo,
obsessão ou preocupação à Terra, tristeza ao Metal e medo à Água.
Também dentro dos aspectos psíquicos enquadram-se os termos Houn
ou alma vegetativa ou imaginação (em Madeira), Thân ou consciên-
cia (em Fogo), Yi ou idéias e reflexão (em Terra), Po ou alma sensiti-
va (em Metal), e Zi ou força de vontade (em Água)6.
Certas expressões responderão também a estes movimentos. Assim:
o grito à Madeira, o riso ao Fogo, o canto à Terra, o soluço e suspiro
ao Metal e o gemido à Água.
4
Ver Auriculopuntura no Tomo II.
5
Ver Patologia no Tomo II.
6
Ver teoria Thin-Qi-Shen
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Capítulo IV: Wu-Xing: Lei dos Cinco Movimentos (A Grande Regra)
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Capítulo IV: Wu-Xing: Lei dos Cinco Movimentos (A Grande Regra)
BP
Terra
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Capítulo IV: Wu-Xing: Lei dos Cinco Movimentos (A Grande Regra)
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TOMO I. Lección 1.ª: Acupuntura Bioenergética
Da mesma forma que vemos para o ciclo Sheng, neste outro ciclo cada
movimento tem duas características: reprimir ou inibir e ser reprimi-
do ou inibido. Por exemplo: a Água apaga o Fogo, porém por sua vez,
é absorvida pela Terra.
Ambos os fenômenos devem acompanhar-se mutuamente, um implica
ao outro. Sempre que houver uma produção terá que existir uma des-
truição. Esta lei regula os movimentos e as mutações que permitirão a
vibração e a vida.
O equilíbrio entre ambos os sistemas permitirá o fluir harmônico da
Vida, do Universo e das coisas. O organismo humano constitui (ampli-
ando um pouco mais os princípios vistos no primeiro capítulo) um «ente
energético bipolar alternante, auto-regulado». A manutenção desta auto-
regulação dependerá, portanto, do funcionamento das 12 unidades
básicas produtoras de energia e de sua relação de equilíbrio através dos
cinco movimentos.
Vemos que o ciclo Sheng, como tendência à expansão por geração con-
tínua, tem polaridade Yang. Enquanto que o ciclo Ke, por sua ação inibi-
tória de retenção do Yang, pode ser englobado dentro da polaridade Yin.
Com isto vemos que os dois pilares básicos de toda a M.T.C. não podem
ter origens diversas: um depende do outro em mútua relação.
Os elementos patógenos (Xie Qi), tanto de origem externa (energias
perversas) como de origem endógena (alimentação e causas psíquicas,
fundamentalmente), uma vez superados os diversos sistemas energéticos
de neutralização (vias secundárias)7, vão provocar em primeiro lugar
alterações de maior importância na unidade energética que corresponda
ao Meridiano ou canal afetado, o que implicará com o tempo na altera-
ção de seu acoplado Yin ou Yang, no movimento ao qual se dirige. E,
por último, surgirão no resto dos movimentos alterações conseqüentes
aos desequilíbrios provocados nos ciclos Sheng e Ke. Estes desequilíbrios
nas relações de geração e inibição darão lugar ao efeito patológico re-
presentado dentro desta lei pelos termos: Usurpação e Menosprezo, ou
Invasão e Inversão (Cheng – Wu).
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Capítulo IV: Wu-Xing: Lei dos Cinco Movimentos (A Grande Regra)
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TOMO I. Lección 1.ª: Acupuntura Bioenergética
Mu-Zi
C.
F.
BP.
Zi-Mu P.
R.
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Capítulo IV: Wu-Xing: Lei dos Cinco Movimentos (A Grande Regra)
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TOMO I. Lección 1.ª: Acupuntura Bioenergética
Plenitude de
C. ID (SHI)
Mu-Zi
Cheng Vazio de
Vazio de Plenitude E. BP. (XU)
▲
del Fígado
▲
V.B.
(XU) (SHI)
W
u
Zi-Mu
▲
Estancamento Estancamento de
de R (YÜ) P. IG. (YÜ)
SHI (crônica)
Zi
u-
M
Cheng XU (crônica)
▲
W
u
Zi-
Mu
YÜ (aguda, transitória)
YÜ (aguda, transitória)
106
Capítulo IV: Wu-Xing: Lei dos Cinco Movimentos (A Grande Regra)
▲ ▲
Plenitude relativa
de P. IG.
SHI (permite Wü)
Plenitude relativa
de R.B.
SHI (permite Cheng)
Vazio de C.
▲ ▲
▲
Vazio de BP-E
▲
Inv
A mãe se esvazia
Wü
são
Cheng
ão
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TOMO I. Lección 1.ª: Acupuntura Bioenergética
C. em plenitude
(hipertensão)
▲
Zi
u-
BP. em vazio
M
VB. em vazio
(vesicula preguiçosa) Cheng ▲ (diabetes)
F. en plenitude Wü
(contraturas musculares)
u
Zi-M
▲ P. em estancamento
▲ (asma)
R. em estancamento
(nefrite aguda)
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Capítulo IV: Wu-Xing: Lei dos Cinco Movimentos (A Grande Regra)
C. em vazio
(hipotensão, bradicardia)
BP. em vazio
H. em vazio
(lendidão metabólica,
(presbiopia e falta
diabete)
de tônus muscular)
P. em plenitude
(polipnéia, tosse)
R. em plenitude relativa
(poliúria hipoconcentrada)
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