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Redação e textualidade

Maria Da Graça Costa Val

U C P E L – L i n g u í s t i c a Te x t u a l
2° semestre / 2015
7ª aula
Profa. Ma. Naiara Souza
Revisão da 6ª aula

Os fatores linguísticos da textualidade:

 Coerência: Um texto para ser coerente depende do conhecimento da


língua e de mundo e do grau de compartilhamento desse conhecimento
entre autor e interlocutor. A coerência textual depende também das
inferências, da intertextualidade, dos fatores pragmáticos e
interacionais.

 Coesão: é responsável pela ligação dos sentidos isolados para


evidenciar a estruturação da sequência superficial do texto, não
perdendo de vista o todo e a intenção com que se produz esse todo.
Revisão da 6ª aula

Os fatores pragmáticos da textualidade:

 Intencionalidade: revela o esforço feito pelo autor para estabelecer um


discurso coerente e coeso a fim de cumprir o seu objetivo comunicativo
em função do interlocutor.
 Aceitabilidade: é inerente ao interlocutor, que analisa e avalia o grau de
coerência, coesão, utilidade e relevância do texto capaz de levá-lo a alargar
os seus conhecimentos ou de aceitar a intenção do autor.
 Situcionalidade: é responsável pela adequação do texto ao contexto
sociocomunicativo.
 Informatividade: responde pela suficiência de dados no texto, como
também pelo grau de previsibilidade.
 Intertextualidade: mostra a interdependência dos textos entre si, tendo em
vista que um texto só faz sentido quando é entendido em relação a outro.
Revisão da 6ª aula
Revisão da 6ª aula
Como avaliar a textualidade?

1. Questões preliminares

• O que faz de um texto um texto, isto é, em que consiste a


essência de um texto, que propriedade distingue textos de
não-textos?

Coerência – fator fundamental da textualidade

(p. 17)
Como avaliar a textualidade?

• Método:
• Corpus da pesquisa – redações de vestibulares
• Para avaliar (observação empírica) a coerência e a coesão,
toma-se como base as chamadas “meta-regras”, formuladas por
Charolles (1978) e, para os demais fatores da textualidade,
orienta-se pelo que propõe Breaugrande e Dressler (1983).

• Atenção: a aceitabilidade de um texto se prende à sua


identificação como “um emprego normal da língua”. Ora, em
situações diferentes, são diferentes as expectativas quanto ao
que seja “normal” e aceitável. (p. 18-19)
Como avaliar a textualidade?

2. Critérios para a análise da coerência e da coesão

 Coerência = configuração conceitual responsável pelo sentido do texto


 Coesão = é a expressão da coerência no plano linguístico

 Para Charolles (1978), um texto coerente e coeso satisfaz a quatro


requisitos: a repetição, a progressão, a não-contradição e a
relação. Renomeando-os, aqui, continuidade, progressão, não-
contradição e articulação.

(p. 21)
Como avaliar a textualidade?

2. Critérios para a análise da coerência e da coesão

2.1. Continuidade
 Diz respeito à necessária retomada de elementos no decorrer do discurso
 Coerência – retomada de conceitos, de ideias
 Coesão – emprego de recursos linguísticos, tais como: repetição de palavras,
artigos definidos, pronomes demonstrativos, pronomes anafóricos, termos
vicários (que substituem outros – verbos: ser e fazer, advérbios: lá ali, então
etc) e elipse.

 Avaliação
 Plano conceitual – verificar se há elementos que percorrem todo o
desenvolvimento do texto, conferindo-lhe unidade
 Plano linguístico – verificar se esses elementos são retomados
adequadamente (p. 21 a 23)
Como avaliar a textualidade?

2. Critérios para a análise da coerência e da coesão

2.2. Progressão
 Diz respeito à apresentação de novas informações a propósito dos elementos
retomados
 Coerência – soma de ideias novas às que já vinham sendo tratadas
 Coesão – emprego de mecanismos especiais para manifestar as relações entre
o dado e o novo. Exemplos: quando a, a respeito de, no que se refere a, até,
mesmo, o próprio etc.

 Avaliação
 Plano conceitual – relação bem expressa
 Plano linguístico – se essa relação é satisfatória, através dos mecanismos, de
maneira a dar ao texto mais coesão (p. 23-24)
Como avaliar a textualidade?

2. Critérios para a análise da coerência e da coesão

2.3. Não-contradição
 Diz respeito à não-contradição no âmbito interno e no âmbito das relações
do texto com o mundo a que se refere
 Coerência – refere-se aos princípios lógicos elementares (interno) e não
contradizer o mundo a que se refere (externo)
 Coesão – emprego correto de recursos linguísticos

 Avaliação
 Plano conceitual – não-contradição interna e externa
 Plano linguístico – verificar se os recursos linguísticos empregados
serviram ao bom funcionamento discursivo
(p. 24 a 27)
Como avaliar a textualidade?

2. Critérios para a análise da coerência e da coesão

2.4. Articulação
 Diz respeito à maneira como os fatos e conceitos apresentados no texto se encadeiam,
como se organizam, que papeis exercem uns com relação aos outros e que valores
assumem uns em relação aos outros
 Coerência – relação/ligação entre as ideias
 Coesão – mecanismos de junção (conjunções), articuladores (por exemplo, dessa
forma, por outro lado etc), recursos linguísticos que permitem estabelecer relações
temporais (conjunções, advérbios, numerais ordinais e alguns adjetivos)

 Avaliação
 Plano conceitual – verificar se as ideias têm a ver umas com as outras (além das
relações de continuidade, progressão e não-contradição, temos os aspectos de presença
e pertinência)
 Plano linguístico – verificar se os mecanismos coesivos estão presentes e se foram
utilizados adequadamente (p. 27-28)
Como avaliar a textualidade?

2. Critérios para a análise da coerência e da coesão

2.5. Para encerrar


 Aceita a proposta de Charolles (1978), avaliar a coerência de um texto é
verificar se ele apresenta os aspectos de continuidade, progressão, não-
contradição e articulação. E avaliar a coesão é verificar se os mecanismos
linguísticos utilizados pelo autor do texto servem à manifestação desses
aspectos citados.

 Dado o grande número de marcadores linguísticos de coesão e dada a


tremenda dificuldade de empregá-los, o julgamento dos textos, no
entendimento de Costa Val, deve se basear na intuição e no bom senso.
(p. 29-30)
Como avaliar a textualidade?

3. Critérios para a análise da informatividade

 A informatividade é entendida como a capacidade que tem um texto de


efetivamente informar seu interlocutor

 Imprevisibilidade intertextualidade
suficiência de dados

1. previsibilidade
Para sua avaliação: 2. mescla de originalidade e previsibilidade
3. inovação

 Avaliação da informatividade: medir o sucesso do texto em levar


conhecimento ao interlocutor, configurando-se como ato de comunicação
efetivo (p. 30 a 33)
Como avaliar a textualidade?

4. A subjetividade da avaliação

 A natureza do texto é melhor compreendida se se abre mão do rigor e da


exatidão tecnicista e se dá espaço para a intuição e para o bom senso.
 A textualidade de uma produção linguística depende, em grande parte, do
interlocutor (seus conhecimentos prévios, sua capacidade de pressuposição e
inferência, sua adesão ao discurso) e do contexto.

 Como, então, fixar critérios rígidos e objetivos para avaliação?


 A necessidade de preestabelecer parâmetros avaliativos deve ser entendida com
função qualitativa, ou seja, deve-se respeitar a natureza do objeto avaliado e
percebê-lo na sua totalidade.
(p. 33 a 36)
Como avaliar a textualidade?

4. A subjetividade da avaliação

 Deve ser levada em consideração a competência textual, que


determina a capacidade das pessoas de produzir e interpretar textos.

 A interação comunicativa de verdade é um processo essencialmente


intersubjetivo: são pessoas que produzem/interpretam textos, e
entram nesse jogo com toda sua individualidade.

(p. 36)
Como avaliar a textualidade?

5. A necessidade de uma avaliação global

 Um texto é uma unidade de sentido, na qual os elementos significam


uns em relação aos outros e em relação ao todo. O significado de
cada um isolado pode não coincidir com o sentido que assume em
relação ao conjunto, ou pode não ser relevante para esse sentido
global.

 O texto deve ser percebido e interpretado integralmente, cada


elemento avaliado em função do todo. Por isso, os critérios de
julgamento articulados por Costa Val conduzem a um exame global
do texto.
(p. 36 a 39)
Como avaliar a textualidade?

5. A necessidade de uma avaliação global

 No plano da coerência, não há como avaliar fragmentos. No plano da


coesão, o que importa é considerar o efeito dos elementos coesivos
no conjunto. Para julgar a informatividade, o que importa é verificar
se, em sua realização global, o texto equilibrou satisfatoriamente o
explícito e o implícito, o previsível e o inesperado, de modo a se
constituir num todo informativo e atraente.

(p. 36 a 39)
Referência

COSTA VAL, Maria da Graça. Como avaliar a textualidade? In: Redação e


Textualidade. São Paulo: Marins Fonte, 1991. (XEROX)

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