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Amplificadores
O processamento de sinal mais simples é a amplificação. A resposta de um amplificador linear a um sinal
senoidal é um sinal senoidal de mesma frequência, em geral com amplitude e fase diferentes em relação
ao sinal de entrada.
│A│(dB) │A│(dB)
AM 3dB 3dB
AM
fH f (Hz) fL fH f (Hz)
Os amplificadores AC são aqueles que apresentam acoplamento capacitivo ou indutivo em algum ponto
do percurso do sinal entre o gerador e a carga e os amplificadores DC apresentam acoplamento direto.
Pode-se observar que a única diferença entre as respectivas respostas em frequência é que a do
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Resposta em frequência de amplificadores
superior ( f H ) . A frequência de corte, por definição, é aquela onde o ganho do amplificador é 3dB menor
BW = f H − f L (1.1)
Como normalmente f H ≫ f L ,
BW ≃ f H (1.2)
Uma figura de mérito para amplificadores é o produto ganho-banda passante (GB ) , definido como:
GB = AM ⋅ f H (1.3)
Mais tarde será visto que o GB do amplificador é constante e serve como parâmetro para se definir o
compromisso entre ganho e banda passante para um dado amplificador.
Função de transferência
A função de transferência de um amplificador é obtida analisando o circuito no domínio-s (Laplace). Neste
domínio, todos os capacitores são substituídos pela impedância 1 sC e os indutores por sL . Aplicando as
am s m + am −1s m −1 + … + a0
T (s) =
s n + bn −1s n−1 + … + b0
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Resposta em frequência de amplificadores
• Será visto mais tarde que, por questões de estabilidade do amplificador, os pólos da função de
transferência devem ter as partes reais negativas, isto é, devem estar localizados no SLE
(semi-plano lateral esquerdo) do plano complexo- s .
T ( s ) = am
( s − z1 )( s − z2 )⋯( s − zm )
( s − p1 )( s − p2 )⋯ ( s − pn )
Resposta em frequência
Por exemplo, conforme indicado na Fig. 2, considere uma fonte de sinal Vs , com impedância de saída Rs ,
saída ( Ro ) , e este, por sua vez, ligado a uma carga RL . O capacitor C1 é o capacitor de acoplamento entre
Vs Rs C1 + Ro +
C2
Vi Ri AVi Vo RL
− −
Ri
s
Ri Rs + Ri
Vi = Vs = Vs
Rs +
1
+ Ri 1
s +
sC1
C1 ( Rs + Ri )
rev.1a-15/mar/09 3
Resposta em frequência de amplificadores
1 RL
RL //
sC2 Ro + RL
Vo = AVi = AVi
Ro + RL //
1 Ro RL
sC2 sC2 + 1
Ro + RL
Ri RL
s
Vo ( s ) Rs + Ri Ro + RL
T (s) = = ⋅ A⋅
Vs ( s ) 1 Ro RL
s + sC2 + 1
C1 ( Rs + Ri ) Ro + RL
Vo ( s ) s 1
T (s) = = ⋅ AM ⋅
Vs ( s ) 1 Ro RL
s+ sC2 + 1
C1 ( Rs + Ri ) Ro + RL
ωL = 1 1
=
C1 ( Rs + Ri ) C1 Re q1
s 1 1 1
T (s) = ⋅ AM ⋅ , onde ωH = = (1.4)
( s + ωL ) s
+ 1 R R C2 Re q2
C2 o L
ωH Ro + RL
A = Ri ⋅ A ⋅ RL
M Rs + Ri Ro + RL
Observe que a Eq.(1.4) representa a associação em cascata de três blocos: um filtro passa-altas com
frequência de corte ω L , associada ao capacitor C1 , um filtro passa-baixas com frequência de corte ω H ,
Os capacitores de bypass de emissor, numa estrutura genérica apresentada na Fig. 3, também contribuem
para a frequência de corte inferior.
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Resposta em frequência de amplificadores
VCC
RC
Rs Vo
R1
Vs
R3
R2 CE
Vo h fe RC
AV = =−
Vs 1
Rs + rπ + ( h fe + 1) R1 + R2 // + R3
sCE
h fe RC sCE ( R2 + R3 ) + 1
AV = −
sCE ( R2 + R3 ) Rs + rπ + ( h fe + 1) R1 + Rs + rπ + ( h fe + 1) ( R1 + R2 + sCE R2 R3 )
h fe RC sCE ( R2 + R3 ) + 1
AV = −
sCE {( R + R ) R + r + ( h + 1) R + ( h + 1) R R } + R + r + ( h + 1) ( R + R )
2 3 s π fe 1 fe 2 3 s π fe 1 2
h fe RC
− sCE ( R2 + R3 ) + 1
Rs + rπ + ( h fe + 1) ( R1 + R2 )
AV =
( R2 + R3 ) Rs + rπ + ( h fe + 1) R1 + ( h fe + 1) R2 R3
sCE + 1
Rs + rπ + ( h fe + 1) ( R1 + R2 )
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Resposta em frequência de amplificadores
h fe RC
− sCE ( R2 + R3 ) + 1
Rs + rπ + ( h fe + 1) ( R1 + R2 )
AV =
R +r
( R2 + R3 ) s π
+ R1 + R2 R3
( h fe + 1)
sCE +1
Rs + rπ
+R +R
( h fe + 1) 1 2
h fe RC
− sCE ( R2 + R3 ) + 1
Rs + rπ + ( h fe + 1) ( R1 + R2 )
AV =
R + r
s π + R1 R2
( h fe + 1)
+ R + 1
sCE R + r 3
s π + R1 + R2
( h fe + 1)
h fe RC s
− [ sCE Reqz + 1] A + 1
Rs + rπ + ( h fe + 1) ( R1 + R2 ) ω
AV = = Z (1.5)
sCE Req p + 1 s
+ 1
ωP
onde:
h fe RC
A=−
Rs + rπ + ( h fe + 1) ( R1 + R2 )
Re qz = ( R2 + R3 )
R +r
Re q p = R2 // s π + R1 + R3 (1.6)
( h fe + 1)
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Resposta em frequência de amplificadores
Pela Eq. (1.5) podemos concluir que, nesta configuração de circuito, o capacitor de bypass CE contribui
1 1
ωP = e ωZ = (1.7)
Req p CE Reqz CE
Observando a Fig. 3 e as Eqs. (1.5) (1.6) e (1.7), verificamos que para o cálculo das frequências do pólo e
do zero devemos considerar as impedâncias vistas pelo capacitor CE em duas situações diferentes. Para a
frequência do pólo consideramos a impedância equivalente vista por CE com o transistor em operação
normal ( Req p ). Para a frequência do zero consideramos a impedância equivalente vista por CE
Analogamente, é possível mostrar que este mesmo procedimento pode ser utilizado quando existe um
capacitor de bypass na base, usado comumente na configuração base-comum.
Podemos concluir que os capacitores de acoplamento entre estágios, como C1 , e os capacitores de
bypass, como CE , contribuem na formação de filtros passa-altas e, por este motivo, são responsáveis
pelos pólos de baixa frequência que definirão a frequência de corte inferior do amplificador. Por outro lado,
as capacitâncias parasitas, que sempre poderão ser modeladas como capacitores entre um nó qualquer do
circuito e terra, como C2 , formam filtros passa-baixas sendo, portanto, responsáveis pelos pólos de alta
frequência que definirão a frequência de corte superior do amplificador. Também podemos observar nas
Eqs. (1.4) e (1.7) que as frequências de corte, independentemente de sua atuação em frequência baixa ou
alta, são definidas pelos capacitores e pelas respectivas impedâncias que cada um vê.
1 1
ωC = ⇒ f C1 = (1.8)
1
Req1 ⋅ C1 2π Req1C1
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Resposta em frequência de amplificadores
1 1
ωC = ⇒ fCi = (1.9)
i
Reqi ⋅ Ci 2π Reqi Ci
Se todos os capacitores forem calculados para uma única frequência de corte, o amplificador apresentará
pólos múltiplos nesta frequência acarretando uma atenuação muito maior do que 3 dB. Desta forma, a
frequência de corte inferior do amplificador ficará muito deslocada para frequência mais alta, reduzindo a
banda de passagem. Para evitar este problema e outro relativo à estabilidade do amplificador que será
estudado mais adiante, podemos adotar um critério prático para o cálculo destes capacitores. Devemos
calcular cada um como sendo o único responsável pela frequência de corte desejada, para isso, os demais
devem ser considerados em curto-circuito (somente os capacitores responsáveis por frequência de corte
inferior). Em seguida, escolhemos um deles para ser o capacitor dominante, isto é, aquele que realmente
definirá a frequência de corte. Os demais devem ser recalculados para frequências mais baixas mantendo
um afastamento entre elas de pelo menos 5 vezes para minimizar a interferência de um pólo sobre o outro.
1 1
ωC = ⇒ f C1 = (1.10)
2
Req2 ⋅ C2 2π Req2C2
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Resposta em frequência de amplificadores
Entretanto, um amplificador pode apresentar mais de um nó com capacitância parasita associada. Neste
caso, cada um dos capacitores (C i ) contribui com uma frequência de corte conforme indicado na
Eq. (1.11), onde Reqi é a impedância equivalente vista por Ci , considerando os demais capacitores em
1 1
ωC = ⇒ fCi = (1.11)
i
Reqi ⋅ Ci 2π Reqi Ci
Teorema de Miller
Frequentemente, no cálculo da resposta em altas frequências, aparecem capacitâncias que estão ligadas
entre dois nós do circuito ao invés de ligadas a terra, tornando mais trabalhosa a análise. Um exemplo
desta situação é a capacitância entre coletor e base de um transistor usado na configuração emissor
comum. Entretanto, existe um teorema de circuito, conhecido como teorema de Miller, que permite a
substituição de um elemento suspenso por dois outros, ligados de cada nó para terra. Desta forma, se o
elemento suspenso for um capacitor, a Eq. (1.11) pode ser aplicada para cada um dos capacitores Miller
equivalentes, levando em consideração as respectivas impedâncias vistas.
Considere, como na Fig. 4(a), um circuito onde exista uma impedância ( Z ) conectada entre os nós 1 e 2,
sendo conhecido o ganho de tensão do nó 2 para o nó 1 ( A = V2 V1 ).
≡
1 2 1 2
+ + + +
V1 V2 Z µ1 V1 V2 Z µ2
− − − −
(a) (b)
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Resposta em frequência de amplificadores
V1 − V2 V1 − AV1 (1 − A)V1 V1 Z
I1 = = = ⇒ Z µ1 = =
Z Z Z I 1 (1 − A )
(1.12)
V2 1 − 1 V
V2 − 2
V2 − V1 A = A V2 AZ
I2 = = ⇒ Zµ2 = =
Z Z Z I 2 ( A − 1)
Observe que as Fig. 4(a) e (b) são equivalentes, uma vez que as correntes que saem do nó 1 e do nó 2 são
iguais nas duas situações.
Para Z = 1/ sC teremos:
Z 1 1
Z µ1 = = = ⇒ C µ 1 = C (1 − A )
(1 − A) sC (1 − A) sC µ 1
AZ 1 1 (A − 1)
Zµ2 = = = ⇒ C µ2 = C (1.13)
(A − 1) sC (A − 1) sC µ 2 A
A
Observe que se A for o ganho de um amplificador inversor, o capacitor C µ 1 do nó 1 para terra fica muitas
vezes maior do que o capacitor original (C ) acarretando uma redução na frequência de corte do
amplificador devido ao efeito Miller.
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Resposta em frequência de amplificadores
Exemplo:
Estimar a curva de resposta em frequência ( vo vs ) do amplificador emissor comum (EC) da Fig. 5.
VCC=12V
R1 RC
50k 4k
C2
Rs Q1 2,5uF
C1
+
47uF
RL
1k Vo
Vs 12k
R2 RE CE
12k 1k 470uF
-
determinada pela Eq. (1.9). Para isso, devemos calcular a impedância equivalente que cada capacitor vê,
considerando os demais em curto-circuito, respectivamente, Re qC1 , Re qC 2 e Re q pCE . O capacitor CE
contribui, também, com um zero cuja frequência depende da impedância equivalente Re qzCE . Para o
circuito da Fig. 5, essas impedâncias podem ser calculadas conforme Eq. (1.14).
Re qC1 = Rs + R1 // R2 // ( rπ + rx )
Re qC 2 = RL + ( RC // ro )
( R // R2 // Rs ) + ( rπ + rx )
Re q pCE = RE // 1
h fe + 1
Re qzCE = RE (1.14)
Assim, as frequências dos pólos e do zero que atuam em baixas frequências podem ser determinadas
conforme indicado na Eq. (1.9). A frequência mais alta será a frequência de corte do amplificador, desde
rev.1a-15/mar/09 11
Resposta em frequência de amplificadores
que seja pelo menos três ou quatro vezes maior do que a segunda maior frequência. Para o exemplo dado,
temos:
Re qC1 ≅ 3, 4k Ω ⇒ f C1 ≅ 1Hz
Re qC 2 ≅ 16k Ω ⇒ f C 2 ≅ 4 Hz
Pelos resultados indicados na Eq. (1.15), a frequência de corte inferior do amplificador é definida pelo
capacitor de bypass ( CE ) em f L ≅ 17 Hz .
Para frequências inferiores a f L 3 , o capacitor CE pode ser considerado aberto, alterando as impedâncias
vistas pelos demais capacitores e, consequentemente, a posição dos respectivos pólos. A determinação
mais precisa dos demais pólos, depende de uma análise mais detalhada. A impedância Re qzCE não se
altera e Re q pC 2 é muito pouco afetada. Entretanto, a impedância Re q pC1 fica substancialmente alterada e
{ }
Re qC1 = Rs + R1 / / R2 / / rx + rπ + RE ( h fe + 1) ≅ 10k Ω ⇒ f C1 ≅ 0,33Hz (1.16)
Pode-se observar que, por coincidência, o pólo de C1 e o zero de CE estão posicionados em frequências
muito próximas e, portanto, os seus efeitos serão cancelados. A resposta em baixas frequências deste
amplificador terá o aspecto indicado na Fig. 6.
Av ( dB )
+20 dB/dec
+40 dB/dec
f C1 ≡ f zCE fC 2 f pCE f ( Hz )
Fig. 6 Estimativa da resposta em baixas frequências do amplificador da Fig. 5.
rev.1a-15/mar/09 12
Resposta em frequência de amplificadores
Aplicando o modelo Híbrido π ao circuito do amplificador da fig. 5 e analisando sob a influência do efeito
Miller, vem (Fig. 6):
RS B rx B′ Cµ C
VS +
gm vπ ( RC / / RL )
RB Cπ vπ rπ ro
−
E
vC
(a) Avo = = − g m Rac
vB′
RS B rx B′ C
+
VS gm vπ
RB Cπ CM 1 vπ rπ Rac CM 2
−
E
( Avo − 1)
CM 1 = Cµ (1 − Avo ) CM 2 = Cµ
Avo
(b)
Fig. 7 (a) Modelo híbrido π aplicado ao circuito da Fig.5 para a estimativa da resposta em altas frequências; (b) modelo
com a aplicação do efeito Miller.
Analogamente ao que foi visto para frequência de corte inferior, aos capacitores Ceq1 e Ceq 2 estão
associados pólos cujas frequências podem ser determinadas pela Eq.(1.11). Para isso, devemos calcular a
impedância equivalente que cada capacitor vê, respectivamente, Re q1 e Re q2 , considerando os demais
capacitores em circuito aberto. Para o circuito da Fig. 5, essas impedâncias podem ser calculadas
conforme Eq. (1.17).
rev.1a-15/mar/09 13
Resposta em frequência de amplificadores
Assim, as frequências dos pólos que atuam em altas frequências podem ser determinadas conforme
indicado na Eq. (1.11). A frequência mais baixa será a frequência de corte do amplificador. Para o exemplo
dado, temos:
Re q1 ≅ 0, 7k Ω
Re q2 ≅ 2,8k Ω
h fe
gm = = 0, 064 A Avo = − g m R eq 2 = −180 V
rπ V V
Ceq 2 = CM 2 = Cµ
( Avo − 1) ≅ C = 3,5 pF
µ
Avo
Temos então:
f1 ≅ 353kHz
1
fCi = ⇒
2π Reqi Ci f ≅ 16 MHz
2
Pelos resultados obtidos, estimamos a frequência de corte superior ( f H ) como a mais baixa das duas
50
+20 dB/dec
(18.193,39.370)
(5.0119K,42.370) -20 dB/dec
+40 dB/dec
0 (367.175K,39.359)
rev.1a-15/mar/09 14
Resposta em frequência de amplificadores
Amplificador Cascode
Ganho
O amplificador formado pela associação em cascata de um estágio emissor comum (EC) e outro base
comum (BC) é denominado de amplificador cascode.
Considere rπ = 3125Ω , ro = 50k Ω , h fe = 200 , Cµ = 3,5 pF e Cπ = 11 pF .
VCC=12V
RC
R1 4k C2
42k Ro
Q2 2.5u
+
RL
BC547B 12k vo
CB
Z iQ 2
1000u R2 −
8k
Rs Q1 vCQ1
C1 vBQ1
47u
1k BC547B
Vs
R3 RE
12k 1k CE
470u
(a)
Q1
Rs Q2
+
+ vCQ1 +
Vs vCQ1 Z iQ 2 Rac
RbQ1 vBQ1 vo
−
− −
(b) (c)
Fig. 9 (a) Amplificador na configuração cascode; (b) circuito equivalente do estágio emissor comum;
(c) circuito equivalente do estágio base comum.
Como os transistores são idênticos e com a mesma corrente de polarização, podemos considerá-los com
os mesmos parâmetros, ou seja, g m1 = g m 2 = g m ; rπ 1 = rπ 2 = rπ e ro1 = ro 2 = ro . Temos, então:
rπ
RbQ1 = ( R2 / / R3 ) ; ZiQ 2 = ; Rac = ( RC / / RL / / Ro ) (1.18)
( h fe + 1)
rev.1a-15/mar/09 15
Resposta em frequência de amplificadores
Onde Ro é a impedância de saída do amplificador cascode que, conforme será visto mais adiante, é muito
maior do que ro .
O ganho total do amplificador cascode pode ser estimado pelo produto dos ganhos de cada estágio.
vBQ1 vCQ1 vo
Av = ⋅ ⋅
vS vBQ1 vCQ1
vBQ1 RbQ1 / / rπ
=
vS Rs + ( RbQ1 / / rπ )
vCQ1
vBQ1
(
= − g m ZiQ 2 / / ro
≫
) ≅ −g Z m iQ 2 ≅−
g m rπ
h fe + 1
g r
= − m π ≅ −1
g m rπ + 1
vo
= g m Rac
vCQ1
RbQ1 / / rπ
Av = − ⋅ g m Rac
Rs + ( RbQ1 / / rπ )
Deve-se observar que o ganho de tensão da configuração cascode é igual ao ganho da configuração
emissor comum (EC). A vantagem da configuração cascode sobre a emissor comum fica evidente quando
se comparam as respectivas impedâncias de saída e respostas em altas frequências, conforme será visto a
seguir.
rev.1a-15/mar/09 16
Resposta em frequência de amplificadores
Impedância de saída
Ro Ro
B2 C2
+
gmvπ 2 ro g m vπ 2 ro
vπ 2 rπ
↑ it
−
+ +
E2
B1
C1 Vt ≡ Vt
− − −
+ vπ 2 ( rπ / / ro )
Rs RbQ1 vπ 1 rπ gmvπ 1 ro
+
−
E2
(a) (b)
Fig. 10 (a) Circuito equivalente do amplificador cascode para o cálculo da impedância de saída;
(b) circuito equivalente com simplificações.
( )
Vt = it − g m vπ 2 ro − vπ 2 = it ro − 1 + g m ro vπ 2
( )
(
vπ 2 = −it rπ / / ro )
Vt = it ro + it (1 + g m ro )( r π / / ro )
Vt
( )(r ) ≅r ( )
≫ ≪
Ro = = ro + 1 + g m ro π / / ro π + 1 + g m rπ ro
it
(
Ro ≅ 1 + g m rπ ro ) ou (
Ro ≅ h fe + 1 ro ) (1.19)
Pode-se observar pela eq. (1.19) que, na configuração cascode, a impedância de saída vista no coletor é
muito maior do que a impedância vista na configuração emissor comum (EC).
rev.1a-15/mar/09 17
Resposta em frequência de amplificadores
No circuito da Fig. 9, o capacitor CB tem a função de colocar a base do transistor Q2 no potencial de terra,
configurando o estágio base comum. Normalmente este capacitor é calculado de modo a posicionar o pólo
por ele gerado numa frequência mais baixa do que aquelas dos pólos ou zeros introduzidos pelos demais
capacitores que atuam em baixas frequências ( C1 , C2 e CE ). As frequências dos pólos e zeros
produzidos por estes capacitores podem ser estimadas da mesma forma mostrada para o amplificador
emissor comum da Fig. 5. Para o amplificador cascode da Fig. 9, as frequências serão muito semelhantes,
uma vez que os valores das impedâncias vistas por C1 , C2 e CE são muito próximos dos calculados para
o emissor comum.
Cµ
Q2
Q1
RS
+ +
+
vCQ1 Cµ Rac vo
VS RbQ1 C vBQ1
Cπ −
π −
−
(a)
Q2
Q1
RS
+
+ CM 2 +
VS + Cπ Cµ vo
Cπ vCQ1 Z iQ 2 Rac
vBQ1 vCQ1
RbQ1 −
CM 1 − −
−
(c )
(b)
Fig. 11 Circuito equivalente para altas frequências: (a) amplificador cascode; (b) estágio emissor comum aplicando o
rev.1a-15/mar/09 18
Resposta em frequência de amplificadores
Considerando o efeito Miller sobre o capacitor Cµ do transistor Q1 da Fig. 11(a) e lembrando que
AvoQ1 ≅ −1 , vem:
CM 1 = Cµ (1 − AvoQ1 ) ≅ 2Cµ CM 2 = C µ
(A
voQ1 − 1)
≅ 2Cµ
AvoQ1
As respectivas impedâncias equivalentes podem ser calculadas conforme indicado na eq. (1.21)
Onde:
rπ
RbQ1 = ( R2 / / R3 ) ; Z iQ 2 = e Rac = ( RC / / RL / / Ro )
( h fe + 1)
Assim, as frequências dos pólos que atuam em altas frequências podem ser determinadas conforme
indicado na Eq. (1.11). A frequência mais baixa será a frequência de corte do amplificador. Considerando o
circuito da Fig.9 (a), temos:
R e q1 ≅ 0, 68k Ω Ce q1 = 18 pF
Re q2 ≅ 15,5 Ω Ce q 2 = 18 pF
Re q3 ≅ 3, 0k Ω Ce q 3 = 3,5 pF
Temos então:
f1 ≅ 13MHz
1
f Ci = ⇒ f 2 ≅ 570 MHz
2π Reqi Ci f ≅ 15MHz
3
rev.1a-15/mar/09 19
Resposta em frequência de amplificadores
Pelos resultados obtidos, estimamos a frequência de corte superior ( f H ) como a mais baixa das
frequências calculadas, que no exemplo dado é definida pelo capacitor equivalente Ceq1 em,
aproximadamente, f H = 13MHz .
Pode-se observar que a frequência de corte superior da configuração cascode é consideravelmente maior
do que a do emissor comum.
(
CASCODE → Ro ≅ h fe + 1 ro ) >> EC → ro
rev.1a-15/mar/09 20
Resposta em frequência de amplificadores
rev. 1a - 15/3/2009
acréscimo de resumo no final do assunto
correção da fórmula de CM2 (pág. 13, 14 e 19)
rev.1a-15/mar/09 21