Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
FEDERAÇÃO
* Ler artigos 1º a 18 da Constituição Federal.
No Brasil (histórico):
Período Colonial e imperial: forma unitária de Estado.
A primeira Constituição a consagrar a forma federativa de Estado foi a
Constituição Republicana de 1891 – Sistema Federativo Dual.
A partir de 1934, passou-se a adotar o modelo federativo cooperativista
(modelo Alemão).
SOBERANIA E AUTONOMIA
A soberania representa a unidade de um Estado no plano internacional;
representa a unidade de um Estado perante os demais Estados.
A autonomia não interessa ao plano internacional; interessa apenas ao plano
interno.
Nenhum ente da federação brasileira possui soberania; todos eles são dotados
apenas de autonomia.
A União não possui a soberania. A soberania pertence ao Estado Brasileiro, isto
é, à República Federativa do Brasil. No entanto, a soberania é exercida pela União.
Portanto, a titularidade é da República Federativa, ao passo que o exercício fica a
cargo da União.
TIPOS DE FEDERALISMO
Quanto ao surgimento da federação:
-Agregação: vários Estados independentes e soberanos se agregam para formar
um Estado único. Cada Estado cede sua soberania e passa a ter apenas autonomia,
em prol da formação de uma unidade.
Vários domínios se reúnem e o poder vai para um único centro (movimento
centrípeto – federalismo norte-americano.).
-Segregação: o Estado unitário é desagregado, isto é, dividido em vários
domínios parcelares.
O movimento é centrífugo, ou seja, movimento segundo o qual o poder sai do
ente central e é repartido em várias unidades – federalismo brasileiro.
* Novo Município (§ 4º, do artigo 18 da CF): Tem qu e haver uma Lei Complementar
Federal estabelecendo um prazo para criação dos novos municípios, a lém do estudo
de viabilidade; consulta prévia da população envolvida, através de um plebiscito e Lei
Estadual que aprove.
b) Um Ente Federativo não pode recusar fé aos documentos públicos de outros Entes
Federativos;
Podendo ser:
a.1) Exclusiva: só a União pode legislar (art.21 da CF);
a.2) Comum : todos os Entes Federativos podem legislar (União, Estados Membros,
Distrito Federal e Municípios) – Art. 23 da CF.
* A superveniência de Lei Federal (a Lei Federal foi feita depois), suspenderá eficácia
da Lei Estadual no que lhe for contrário.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal,...
UNIÃO
-Detém competência legislativa exclusiva: a competência exclusiva não pode ser
delegada.
A primeira competência exclusiva pode ser constatada no artigo 49 da CF, o qual
trata da competência do Congresso Nacional. As competências do Congresso
Nacional são veiculadas por decreto legislativo (ato normativo primário).
A segunda competência exclusiva é a do artigo 48 da CF, o qual também trata de
competências do Congresso Nacional, cujas matérias só podem ser veiculadas por lei
(pois dependem de sanção do Presidente da República).
A terceira competência exclusiva é a do artigo 51 da CF, que trata da
competência da Câmara dos Deputados. A despeito de o artigo mencionar que a
competência é privativa, trata-se de competência exclusiva (indelegável). As
competências da Câmara são veiculadas por meio de resolução (ato normativo
primário).
Por derradeiro, a competência exclusiva do artigo 51, o qual trata das
competências do Senado. A despeito de o artigo mencionar que a competência é
privativa, trata-se de competência exclusiva (indelegável). Aqui, também, as matérias
são veiculadas por resolução (ato normativo primário).
-Detém competência legislativa concorrente (art. 24): os incisos XXI e XXVII, ambos
do artigo 22, tratam de matéria de competência concorrente, a despeito de estarem
previstos no rol de competência privativa da União: *XXI - normas gerais de
organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das
polícias militares e corpos de bombeiros militares;*XXVII - normas gerais de licitação
e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas,
autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de
economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;. Se a União elabora normas gerais,
significa que os Estados têm competência concorrente para a elaboração de normas
específicas.
Importante destacar, dentre as matérias de competência concorrente: Art. 24.
Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I
- direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (sistema
mnemônico: PUFET); II - orçamento; XI - procedimentos em matéria processual; XII -
previdência social, proteção e defesa da saúde;.
ESTADOS-MEMBROS
A denominação varia conforme o País: Länder, na Alemanha; Província, na
Argentina; Cantões, na Suíça.
O importante não é a denominação, mas sua autonomia. Quatro são as
autonomias que caracterizam os Estados-Membros:
-Autonomias municipais:
-Auto-organização (art. 29): Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica,
votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois
terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado....
A Lei Orgânica situa-se abaixo da Constituição Federal e abaixo da Constituição
Estadual. Porém, ela se situa acima das Leis Municipais, complementares ou
ordinárias.
Lei Municipal que viola o disposto na Lei Orgânica Municipal é considerada
inválida e ilegal (≠inconstitucional).
Aspectos importantes da Lei Orgânica:
-quanto aos vereadores: imunidade material ou inviolabilidade aos vereadores
na circunscrição do município: a imunidade foi uma inovação da CF/1988. Para
alguns, a imunidade é válida somente no território do Município (critério territorial),
ao passo que para outros a imunidade ultrapassaria esse limite, protegendo o
vereador que atuasse em outra localidade, dês que no interesse do seu Município
(critério do interesse municipal).
-quanto ao julgamento do Prefeito: por crimes comuns, TJ. Segundo o STF
(Súmula 702), não apenas o TJ tem competência para julgar o Prefeito, mas também
o TRF e o TRE, conforma a natureza do delito. O TJ só tem competência para o
julgamento de crimes da Justiça Comum. Se o crime for de interesse da União, a
competência será do TRF. Se o crime for eleitoral, a competência será do TRE.
O Município não pode estabelecer prévia licença da Câmara Municipal para
processar o Prefeito (Decreto-Lei 201/67, art. 1º).
A competência para julgar o Prefeito por crimes de responsabilidade é da
Câmara Municipal (Decreto-Lei 201/67, art. 4º).
-quanto à iniciativa popular: a iniciativa popular da lei municipal não segue o
parâmetro do artigo 61, §2º. No âmbito municipal, o critério para iniciativa popular
consta do artigo 29, XIII, segundo o qual se exige 5% do eleitorado.
-Autolegislação/autonomia legislativa: duas são as competências exclusivas
para legislar:
-art. 30, I: tratar de assuntos de interesse local: o interesse não precisa ser
exclusivamente local; basta que seja um interesse predominantemente local.
-art. 30, II: suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber: está
relacionada, sobretudo, com a competência legislativa concorrente da União, dos
Estados e do DF (art. 24).
O Município pode suplementar legislação de competência exclusiva da União
ou do Estado? Não. O Município só pode suplementar competência legislativa
concorrente.
As matérias de competência privativa da União (art. 22) não podem ser
delegadas aos Municípios.
-Autogoverno (art. 29, I a IV): capacidade para eleger seus próprios governantes
(Prefeitos e Vereadores).
DISTRITO FEDERAL
O DF, ao longo dos anos, assumiu várias naturezas.
Hoje, para alguns, o DF seria tanto um Estado quanto um Município (natureza
híbrida). Isso se justifica pelo fato de o DF possuir competências atribuídas aos
Estados e aos Municípios.
Para José Afonso da Silva, o DF não é nem Estado e nem Município. O DF é uma
unidade federada com autonomia parcialmente tutelada.
O DF é mais que um Estado, pois detém, além da competência legislativa
atribuída aos Estados, a competência legislativa atribuída aos Municípios. Por outro
lado, o DF também é menos que um Estado, pois competências há que só foram
atribuídas aos Estados.
Segundo o STF, o Distrito Federal se aproxima mais da configuração de um
Estado que de um Município. Isso se justifica, dentre outras razões, pelo fato de o DF
ter Poder Judiciário próprio, Governador próprio etc.
-Autogoverno (art. 32, §§2º e 3º): o DF elege seu Governador, seus Deputados
Distritais para a Câmara Legislativa, seus Deputados Federais e Senadores.
INTERVENÇÃO FEDERAL.
- INTERVENÇÃO ESPONTÂNEA
Neste caso o Presidente age de ofício (art. 34º, I, II, III e V – CF);
EFETIVAÇÃO DA INTERVENÇÃO
CONTROLE DO CONGRESSO
ART. 36 § 1º. E 2º.
i) para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial (art. 34º,
VI – CF);
ii) assegurar a observância dos princípios constitucionais, quando houver
afronta (art. 34º, VII – CF);
INTERVENÇÃO ESTADUAL
- deixar de ser paga, semmotivo de força maior, por 2 anos consecutivos, a dívida
fundada;
- não forem prestatadas as contas devidas, na forma da lei;
- falta de aplicação do mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços de saúde;
- quando o tribunal de Justiça der provimento à representação de princípios indicados
na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou decisão
judicial;