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FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS - FCLAR

Grupo de Estudos - Sociologia do Trabalho

Justificativa
A ementa deste grupo de estudo tem por objetivo se debruçar sobre as relações de
trabalho na contemporaneidade, com o intuito de analisar, sob um viés crítico e teórico, as
transformações produtivas e seu impacto nas relações das lutas de classes.
Mesmo que as discussões sobre o trabalho informacional-cognitivo e as novas
tecnologias da informação e comunicação (NTICs) tenham se tornado sociologicamente
mais presentes apenas na primeira década do século XXI, é possível identificá-las desde o
último quartil do século XX. A reestruturação produtiva nos Estados Unidos, nos países da
Europa ocidental e no Japão também contribuíram no sentido de fomentar a ideia de que
uma nova era, para além do trabalho tipicamente fordista, estava se formando. Além de
uma série de transformações econômico-produtivas iniciadas nas décadas de 1960 e 1970,
com a inserção de novas lógicas de mercado advindas do toyotismo e de linhas de
automação, é possível indicar um movimento de relativo enxugamento dos postos de
trabalho nas indústrias advindos desse período.
As transformações tecnológicas, a rápida expansão das NTICs e a popularização
do acesso à internet nas últimas décadas, foram elementos que ganharam relevante
destaque na agenda sociológica contemporânea. A partir desse contexto, e somando-se aos
fatores que possibilitaram a expansão das NTICs no último quartil do século XX,
destacamos a criação da Arpanet nos EUA, programa militar que serviu de base para a
expansão das redes e desenvolvimento de softwares variados. Centralizado inicialmente
nos EUA e em alguns países da Europa Ocidental, como Alemanha e França na década de
1990, as tidas novas tecnologias popularizam-se a partir dos anos 2000 para as demais
partes do globo.

Objetivos
 Geral
- Apresentar ao estudante conceitos teóricos básicos da sociologia do trabalho e da
sociologia clássica.
 Específico
- Analisar o processo de produção no sistema capitalista contemporâneo e as relações
sociais de produção e consumo de mercadorias nela implicitas;
- Compreender os principais elementos que constituem a reestruturação produtiva no
sistema capitalista e uma leitura crítica sob as teses da “sociedade pós-industrial”;
- Analisar os efeitos das intituladas “novas tecnologias da informação”, relacionadas aos
conceitos de trabalho imaterial e de trabalho material.

Conteúdo programático
1. A mercadoria e o processo de produção;
2. Trabalho e reestruturação produtiva;

1
3. A contradição fundamental do regime capitalista e as crises periódicas de
superprodução;
4. O debate teórico sobre a emergência da sociedade pós-industrial;
5. Novas tecnologias da informação e trabalho imaterial;

Cronograma de Reuniões e Bibliografia

I. A MERCADORIA E O PROCESSO DE PRODUÇÃO


1. Introdução
Texto principal
MARX, Karl. "Capítulo I: A Mercadoria" In: O Capital: Crítica da Economia Política.
Livro I, O processo de produção do capital. Boitempo Editorial. 2014. pp. 113-158
Texto complementar
MARX, Karl, “Trabalho Estranhado e Propriedade Privada”. Manuscritos Econômico-
filosóficos, São Paulo, Boitempo Editorial, 2004. (tradução de Jesus Ranieri). (1844)

2. Trabalho e propriedade; A crítica da economia política.


Texto principal
MARX, Karl. Prefácio; Trabalho estranhado e propriedade privada; A relação da
propriedade privada; Propriedade privada e trabalho. In: _______. Manuscritos
econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2010. p. 19-21, 79-102.
Segundo texto principal
Edição da Expressão Popular:
MARX, Karl. Prefácio; O método da economia política. In: _______. Contribuição à
crítica da economia política. São Paulo: Expressão Popular, 2008. p. 45-50, 257-268.
OU (2ª Opção) | Edição da Martins Fontes:
MARX, Karl. Prefácio; O método da economia política. In: _______. Contribuição à
crítica da economia política. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 3-8, 246-258.

3. A mercadoria (Parte I)
Texto principal
Retomada de discussão do texto:
MARX, Karl. "Capítulo I: A Mercadoria" In: O Capital: Crítica da Economia Política.
Livro I, O processo de produção do capital. Boitempo Editorial. 2014. pp. 113-124
1. “Os dois fatores da mercadoria: valor de uso e valor
2. “O duplo caráter do trabalho representado nas mercadorias”

4. A mercadoria (Parte II)


Texto principal
MARX, Karl. "Capítulo I: A Mercadoria" In: O Capital: Crítica da Economia Política.
Livro I, O processo de produção do capital. Boitempo Editorial. 2014. pp. 124-158
3. “A forma de valor ou o valor de troca”
4. “O caráter fetichista da mercadoria e seu segredo”

2
5. Taylorismo, gerência e o princípio da reestruturação produtiva
Texto principal
BRAVERMAN, Harry. Parte I: Trabalho e Gerência. Cap. I ao V. In: Trabalho e Capital
Monopolista: A degradação do Trabalho do Século XX. Zahar Editores, Rio de Janeiro,
1980. pp. 49-124.
Texto complementar
PINTO, Geraldo. Cap. 2. Origens da expressão 'Organização do trabalho' & Cap. 3. 'O
sistema de Taylor'. In: A organização do trabalho no século 20: taylorismo, fordismo e
toyotismo. Expressão Popular, São Paulo. pp. 17-38

II. TRABALHO E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA

6. A linha de produção fordista


Texto principal
GRAMSCI, Antonio. "Caderno 22 (1934): Americanismo e fordismo". In: Cadernos do
Cárcere, Vol. 4. Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 2001. (*) p. 239-282.
Texto complementar
TUDE DE SOUZA, Angela. "Sobre Americanismo e Fordismo de Antonio Gramsci". In:
Revista História e Perspectivas, Uberlândia, Jul-Dez. 1991.

7. Lukács
Bibliografia à ser verificada.

8. Reestruturação produtiva no final do século XX: Sociedade pós-industrial e


pós-fordismo
Texto principal
HARVEY, David. Parte II - “A Transformação político-econômica do capitalismo do Final
do Século XX”. In: Condição pós-moderna. Edições Loyola, São Paulo, 2013 (1992). Pp.
115-177. (*)
Texto complementar
KUMAR, Krishan. Cap. III. “Fordismo e Pós-Fordismo”. In: Da sociedade pós-
industrial à pós-moderna: novas teorias sobre o mundo contemporâneo. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 1997. pp. 48-77.

9. Movimento operário e organização coletiva


Texto principal
BIHR, Alain. Parte I: A herança. In: Da grande noite à alternativa: O movimento operário
europeu em crise. Boitempo Editorial, São Paulo, 1998. pp. 17-67.
Texto complementar
ALMEIDA, Maria. "O Sindicato no Brasil: novos problemas, velhas estruturas". In:
Debate & Crítica, n. 6, Julho de 1975.

3
III. NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E
TRABALHO IMATERIAL: A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NA
SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

10. Trabalho imaterial no século XXI


Texto principal
HUWS, Ursula. “A construção de um cibertariado? Trabalho virtual num mundo real.” In:
Infoproletários: degradação real do trabalho virtual. Boitempo Editorial, São Paulo, 2011.
pp. 37-59.
Texto complementar
ABÍLIO, Ludmila. Cap. 5. A subsunção contemporânea do trabalho e acumulação. In:
Sem Maquiagem: o trabalho de um milhão de revendedoras de cosméticos. Boitempo, São
Paulo, 2014. (*) pp. 171-221.

11. A precarização do trabalho e as novas frações de classes


Texto principal
BRAGA, Ruy. “Memorabilia” e "4. A angústia dos subalternos". In: A política do
precariado: do populismo à hegemonia lulista. São Paulo: Boitempo Editorial, 2012. p.
15-40; p. 181-221
Texto complementar
STANDING, Guy. "Capítulo 1: O precariado". In: O precariado: A nova classe perigosa.
Coleção Invenções Democráticas - Volune IV. Nupsi-USP, Autêntica. 2012. p. 15-49

12. A organização do trabalho imaterial nos setores tecnológicos


Texto principal
CASTILLO, Juan José. “O trabalho do conhecimento na sociedade da informação: a
análise dos programadores de software”. In: Infoproletários: degradação real do trabalho
virtual. Boitempo editorial, São Paulo, 2011. pp. 15-37.
Texto complementar
BRIDI, Maria aparecida; MOTIM, Benilde Lenzi. "Trabalho e trabalhadores na indústria
de informática". In: Revista Contemporânea. v. 4, n. 2 p. 351-380, Jul.–Dez. 2014

OUTROS TEXTOS DE REFERÊNCIA:


ALVES, Giovanni. Dimensões da precarização do trabalho: ensaios de sociologia do
trabalho. Bauru: Canal 6, 2013.
AMORIM, Henrique. "Valor-trabalho e trabalho imaterial nas ciências sociais
contemporâneas" In: Revista CADERNO CRH, Salvador, v. 23, n. 58, p. 191-202,
Jan./Abr. 2010.
_________. Cap. 1. “Das análises deterministas das condições objetivas às análises da
subjetividade operária”. Item. “As novas formas do embate classista”. In: Teoria Social e
reducionismo analítico. Educs, Rio grande do Sul, 2006. pp 23-43
ANDERSON, Perry. “Balanço do neoliberalismo”. In: SADER, Emir (Org.). Pós-
neoliberalismo: as políticas sociais e o Estado Democrático. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1995.

4
ANTUNES, Ricardo; BRAGA, Ruy. (orgs). (2009) Infoproletários: degradação real do
trabalho virtual. São Paulo: Boitempo editorial, 2011.
ANTUNES, Ricardo. (1999) Os Sentidos do Trabalho (Ensaio sobre a Afirmação e a
Negação do Trabalho, Ed. Boitempo, 1999, São Paulo.
BELL, Daniel. O advento da sociedade pós-industrial: uma tentativa de previsão social.
São Paulo: Cultrix, 1973.
BENSAÏD, Daniel. "As classes ou o sujeito perdido". In: Marx, o intempestivo. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1999, p. 141-174.
BRAGA, Ruy. A política do precariado: do populismo à hegemonia lulista. São Paulo:
Boitempo editorial, 2012.
DIAS, Edmundo Fernandes. “Reestruturação produtiva: forma atual da luta de classes”.
In: Revista Outubro, nº 3, p. 45-52. São Paulo: Instituto de Estudos Socialistas, 2006.
FUKUYAMA, Francis. O fim da história e o último homem. Trad. Aulyde Soares
Rodrigues. Rio de Janeiro: Rocco, 1992.
GORZ, André. O Imaterial: Conhecimento, valor e capital. Ed. Annablume, São Paulo,
2005.
_______. (1980) Adeus ao proletariado: para além do socialismo. Rio de Janeiro:
Forense, 1987.
HARDT, Michael; NEGRI, Antônio. (2004). Multidão: Guerra e Democracia na Era do
Império. Tradução: Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Record, 2005.
_______. (2000). Império. Editora Record, São Paulo, 2005b.
HUWS, Ursula. Vida, Trabalho e Valor no século XXI: desfazendo o nó. In: Revista
Caderno CRH, Salvador, v. 27, n. 70, p.13-30, 2014.
______. Mundo material: o mito da economia imaterial. Revista Outubro, n.21 2º
semestre, 2013.
LOJKINE, Jean. A Revolução Informacional. São Paulo: Cortez, 1992.
MARX, Karl. (1941). Grundrisse - Manuscritos econômicos de 1857-1858: Esboços da
crítica da economia política. São Paulo: Boitempo Editorial, 2011a.
_______. (1851). O 18 de Brumário de Luís Bonaparte. São Paulo, Boitempo Editorial,
2011b.
_______. O Capital. (1867). Vol. 1. 2ª ed., São Paulo: Boitempo, 2013.
MAZZUCCHELLI, Frederico. "Capítulo I - A CONTRADIÇÃO EM PROCESSO." In:
Capitalismo: Tendência e crises (uma reflexão a partir de Marx). Tese de Doutoramento
apresentada ao Departamento de Economia e planejamento do Instituto de Filosofia e
Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas.
NETTO, J. P. Introdução ao estudo do método de Marx. São Paulo: Expressão Popular,
2011.
OFFE, Claus. Capitalismo desorganizado: transformações contemporâneas do trabalho e
da política. São Paulo, Brasiliense, 1989.
SALAMA, Pierre; VALIER, Jacques. "Capítulo 1. O valor das Mercadorias." In: Uma
Introdução à Economia Política. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Editora
Civilização Brasileira. 1975. pp. 5-14
SANTOS, Vinicius. “Capítulo 3 – A produção capitalista e o trabalho imaterial”. In:
Trabalho imaterial e teoria do valor em marx. Expressão popular, São Paulo, 2013. pp.
111-153.
STANDING, Guy. (2011). A Precariat Charter: From Denizens to Citizens. London:
Bloomsbury, 2014.

5
________. (2011). O Precariado: a nova classe perigosa. Belo Horizonte: Editora
Autêntica, 2013.

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