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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas – CETEC


Graduandos em Engenharia Sanitária e Ambiental

RELATÓRIO: ENSAIO DE ABATIMENTO DE TRONCO DE


CONE - MÉTODO ABCP

Materiais de construção CET – 115

Docente: Cleidson Guimarães


Discentes:
Francelle Salvador
Luma Fiuza
Milany Santos
Naiara Carvalho
Valmir Santos

Cruz das Almas - BA


Julho de 2016
Sumário
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................3
OBJETIVOS ......................................................................................................................4
Objetivo Geral ................................................................................................................4
Objetivo Específico .........................................................................................................4
MATERIAIS E MÉTODOS ...............................................................................................4
Materiais ........................................................................................................................4
Métodos ..........................................................................................................................5
RESULTADOS E DISCUSSÃO .........................................................................................7
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 12
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 13
INTRODUÇÃO
O concreto é uma mistura de três ingredientes (cimento aglomerante, areia, pedra
britada e água), o ideal é que estejam limpos e livres de resíduos. Existem diversos tipos
de concreto que variam de acordo com a necessidade exigida e o custo/ beneficio,
alguns dos mais variados tipos são: concreto convencional, de alto desempenho,
armado, bombeável, de alta resistência inicial, auto adensável e outros.

O concreto armado, assim chamado devido a presença de armações feitas com


barras de aço dentro da estrutura, pode ser feito manualmente em caixa quando o seu
volume é pequeno, em betoneira ou usinado( feito de forma industrial e entregue na
obra). A resistência deste varia de acordo com a necessidade requerida, variando nas
proporções dos materiais utilizados. Os ingredientes deve ser tornar uma massa
homogênea apresentando mesma cor e textura.

O processo de preparação do concreto é simples, porém requer cuidados no


momento da dosagem, como por exemplo a utilização de medidores com volumes
conhecidos e tabelados, isso diminuirá erros de medidas.

No processo de aplicação alguns cuidados são fundamentais para a obtenção de


bons resultados como: compactação da massa dentro das fôrmas com batidas nas
laterais ou com equipamento chamados vibrador mecânico( isso faz com que os
matérias envolvidos sejam distribuídos igualmente, para que não tenha excesso de um
material em uma parte e ausência de material em outra) sem contar que ajuda na retirada
de ar que fica aprisionado no concreto, e ainda a cura do concreto que é um conjunto de
medidas que quando adotadas em um concreto contribuirá com sua durabilidade. O
concreto começa a endurecer em aproximadamente 2 horas e meia após adição da água,
no entanto o processo de cura dura em media 28 dias.

De acordo com Mehta e Monteiro (1994), o concreto como material de construção


é o material mais utilizado e o segundo material mais consumido pelo ser humano,
perdendo apenas para a água, e que essa demanda é devido a facilidade de
administração que o material apresenta como: consistência plástica, adequação em
fôrmas pré-fabricadas, resistência á águas, solidificação após algumas horas e outros.

Para Falcão Bauer a resistência de um concreto depende fundamentalmente do


fator água/cimento, isto é, quanto menor for este fator maior será a resistência do
concreto. Mas, deve-se ter um mínimo de água necessária para reagir com todo o
cimento e dar trabalhabilidade ao concreto, além disso, o tornar mais coeso, devido às
interações das forças físicas de atração existentes entre as partículas sólidas da
argamassa e as ligações químicas da pasta aglomerante. Quando se trata de resistência à
compressão, a resistência da pasta é o principal fator, por outro lado, a influência da
porosidade da pasta sobre a resistência do concreto depende do fator água/cimento e o
tipo de cimento, ou seja, para um mesmo tipo de cimento a resistência da pasta depende
unicamente do fator água/cimento.
Argamassa e concreto são elementos que pode fazer uma obra ser um sucesso ou
um fracasso a responsabilidade de quem os produz é grande, por isso a uma maneira
correta de fazer cada um.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Determinação de traço para concreto que obedeça aos requisitos de


trabalhabilidade, coesão e resistência á compressão, e que seja viável financeiramente.

Objetivo Específico

Aplicar um método de dosagem, para o concreto convencional sem aditivos e


verificar as propriedades do concreto utilizando à areia fina da cidade cruz das
almas e cimento Portland.

MATERIAIS E MÉTODOS

Materiais
Os materiais utilizados segundo o método de dosagem foram:
●Cimento: CPII Z-32;
●Água;
●Areia Lavada;
●Brita tipo 1;
●Desmoldante para CDP`s;
●Cone
●Haste para golpear o concreto de 60cm;
●Pá;
As propriedades dos agregados usados foram

Areia Média: com modulo de finura em 2.4mm;

Brita Tipo 1: Com módulo de finura em 9.0 mm e granulometria contínua;

Curva granulométrica do agregado miúdo

100.00
90.00
80.00
70.00
60.00
50.00
40.00
30.00
20.00
10.00
0.00
0.1 1 10

Areia Zona utilizável inferior Zona utilizável superior


Zona ótima inferior Zona ótima superior

Traço teórico 1:0.9:1.88:0.49

Métodos
Preparação do concreto
Para este experimento utilizamos o método ABCP adaptado dos métodos da
ACI (American Concret Institute) para agregados Brasileiros. No laboratório de
materiais de construção iniciamos os procedimentos para o experimento. Calculamos
antes de tudo a densidade da areia, que ficou determinada em 1.450 kg/m3, assim
como sua umidade, que ficou definida em 11% determinada pelo método frigideira
ao fogo.
A partir do calculo do traço (1:0.9:,1.88:0,49) → (6.060kg:5,450 kg:11.420kg
: 2.040Lt) calculamos as devidas quantidades dos aglomerantes, agregados e água,
paralelo a isso, em pequenos sacos plástico separamos 10% de cada um dos materiais
caso fosse necessário fazer alguma correção, sendo estes cimento e areia. Como
outro grupo fez o experimento antes do nosso não foi necessário imprimar a
betoneira.
Foi adicionada a betoneira inicialmente brita e agua, rodando a betoneira por 3
minutos, adicionamos em seguida areia e cimento, retomando o movimento da
betoneira por mais alguns minutos.
Ao fim destas etapas foi perceptível que havia um barulho de metal com pedra,
neste caso a colher com as britas, e isso acontece por falta de argamassa, e também a
falta de coesão, deduzimos que ainda não seria possível obter o Slump, e fizemos a
primeira correção com 10% dos materiais já antecipadamente separados, retornamos
o movimento da betoneira por cerca de 5 minutos.
Posicionamos a placa e o cone e a cada camada de concreto (em um total de
três) com uma haste de metal foram dados 25 golpes em cada uma destas 3 camadas
de concretos, que tem como finalidade compactar melhor as camadas que estão
sendo preenchidas. Retiramos o cone de forma contínua e rente com um movimento
vertical, com uma régua medimos o slump que mediu 70cm.
Retornamos com a massa para betoneira e acrescentamos mais 10% do traço,
seguimos os mesmos procedimentos, após 5 retomamos os procedimentos já descrito
anteriormente e obtivemos um slump de 80 cm, sua estrutura lateral esta compacta,
ao golpearmos a lateral do concreto o mesmo comportou-se de forma coesa e sem
vazios que nos indica um bom teor de argamassa.
Pesamos um corpo de prova antes de molda-los e em seguida com os 4 corpos
de provas já preparados para molde concluímos o preenchimentos de cada um deles e
em seguida usamos um vibrador para melhor assentamento dos grãos e evitarmos ar
no interior dos moldes, que quando não retirados de forma adequada causa
porosidades nas amostras afetando sua resistência final e qualidade, e em seguida
pesamos um dos corpos de prova preenchidos de concreto.
Tabela 0 – Materiais usados
Composição do Concreto
Traço: 1:0.9:,1.88:0,49
MATERIAL Calculado USADO
Cimento 6.060Kg 7.272Kg
Areia 5.450Kg 6.540Kg
Brita 11.420Kg 11.420Kg
Agua 2,264Lt 1,765Lt

No dia posterior retiramos os moldes e os mergulhamos em uma solução de agua


e Cal, ficou imerso por 15 dias. Ao décimo quinto dia foram retirados os corpos de
prova, aguardamos secar. Em seguida, carpíamos os corpos de prova com enxofre, para
que ao fazermos o teste de resistência sua superfície fosse uniforme e não dissipasse as
forças rompendo-os de forma irregular.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com as características almejadas de trabalhabilidade, resistência do
cimento após 28 dias, diâmetro a ser utilizado de agregado miúdo e graúdo, dentre
outras características, o traço unitário foi determinado a partir do método da ABCP
(Associação Brasileira de Cimento Portland), para dosagem de concreto; o mesmo pode
ser visualizado na tabela 1, a seguir:

Tabela 01: Traço unitário para dosagem

C/C A/C B/C A/C

1 0,90 1,88 0,49

Tendo em vista que o traço unitário é uma aproximação para iniciar o


proporcionamento dos materiais a serem utilizados antes da dosagem, o traço inicial foi
alterado em virtude das adições de cimento, areia e redução na quantidade de água.
Foram feitas duas correções para o cimento e para a areia, ou seja, houve um aumento
de 20%, com relação á quantidade inicial, tanto de cimento quanto de areia. Como a
água é um fator fundamental para que ocorram as reações do cimento e ao mesmo
tempo é o responsável por reduzir significativamente a qualidade final do material
produzido, a sua quantidade estimada inicialmente foi fracionada e adicionada á massa
com muita cautela. Além disso, reduziu-se 11% do valor inicial em virtude da umidade
presente na areia utilizada, o ensaio para a determinação desse percentual foi enunciado
na metodologia deste trabalho. Ao final do processo, percebeu-se que foi utilizada uma
quantidade de água inferior á estipulada inicialmente. O traço final está apresentado na
tabela 2, como segue:
Tabela 02: Traço final do concreto

C/C A/C B/C A/C

1 0,90 1,57 0,28

Foram realizadas quatro aferições para o slump. Antes da realização do primeiro


slump, verificou-se que o atrito era bastante considerável, e que a mistura se encontrava
sem coesão, necessitando principalmente de cimento e água. Então, prosseguindo de
modo adequado, adicionou-se 0.606 kg de cimento, 0.545 Kg de areia e 0.5L de água.
Nesta etapa, o abatimento encontrado foi de 2 cm. A quantidade de material usada está
descrita na próxima tabela:
Tabela3: Relação e quantidade de materiais no slump1
MATERIAL Qnt. Usada (Slump1)
Cimento 6.666 Kg
Areia 5.995 Kg
Brita 11.420 Kg
Água 1,5 L

È importante salientar que a primeira correção foi realizada antes do primeiro


ensaio de abatimento. Após as consideráveis alterações, prosseguiu-se no ensaio e foi
identificado que o concreto ainda não estava adequado, uma vez que ao remover o
tronco de cone, as partículas simplesmente esfarelaram, indicando péssima
trabalhabilidade e falta de coesão. Assim, completou-se a massa do concreto com mais
10% de cimento, 10% de areia e 0.250L de água. O segundo slump obtido foi de 7 cm.
A quantidade de materiais utilizados para o slump2 está descrita na próxima tabela:
Tabela 4: Relação e quantidade de materiais no slump2
MATERIAL Qnt. Usada (slump2)
Cimento 7.272 Kg
Areia 6.540 Kg
Brita 11.420Kg
Água 1,750 L

Na determinação do segundo abatimento já foi possível detectar a melhora


significava na trabalhabilidade, coesão e homogeneidade do concreto, no entanto, não se
tinha chegado ao valor de abatimento necessário (9 ± 1cm) e prosseguiram-se as
correções apenas com água.

A obtenção do terceiro slump foi um fato, no mínimo, curioso para a equipe,


uma vez que se esperava, senão atingir, mas chegar muito próximo ao resultado
almejado. Contudo, para a surpresa geral, houve redução do slump, e esse de 7cm caiu
para 5cm na etapa três. A perda de abatimento ocorrida é justificada pelo tempo que se
passou manipulando o concreto, já que as reações químicas se tornaram relativamente
avançadas para o ensaio, o que gera o consumo de água nas reações intermoleculares de
hidratação e a sua evaporação, fazendo com que haja redução da fluidez do concreto.

No intuito de superar a perda de abatimento, retomou-se a dosagem com mais


água e alcançou-se o quarto e último slump, que nos forneceu um abatimento de 7,5 cm.

Decidiu-se não mais adicionar água á mistura, uma vez que o tempo decorrido
na execução do trabalho já estendia o ideal. A equipe, por fim, averiguou que a
incorporação de água não levaria a resultados expressivos, uma vez que o slump poderia
ser atingindo, no entanto com uma quantidade de água além da que de fato seria
necessária para conseguir o efeito almejado.

Gráfico 01: Representação dos abatimentos no tronco de cone em centímetro


Abatimento do concreto
Abatimento (cm)

7 7.5
5
2

Slump 1 Slump 2 Slump 3 Slump 4


.

Posteriormente á confecção do concreto recorreu-se aos moldes para a confecção


dos corpos de prova e então o pesamos vazio e preenchido com o concreto. O resultado
da pesagem pode ser visualizado na tabela 5 a seguir:

Tabela 5: Massa do molde vazio e preenchido por concreto


MOLDE MASSA (Kg)
Vazio 3.084 Kg
Com concreto 6.820 Kg

Deste modo, sabe-se que a massa do concreto fresco foi de 3.736 Kg.
Submetidos á cura em água e cal, após 15 dias, 3 corpos de prova de concreto
foram submetidos á ruptura para dimensionamento da resistência alcançada. O desvio
padrão utilizado na determinação da resistência foi de 4 Mpa, devido aos materiais
terem sido dosados em massa e a água ter sido corrigida com a umidade presente na
areia. O gráfico 2 expõe a resistência para cada corpo de prova:

Gráfico2: Resistências á compressão de 3 corpos de prova de concreto.

RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO (Mpa)


C.P 1 C.P 2 C.P 3
45
38

15

Resistência
É possível observar que os corpos de prova apresentaram valores de resistência
muito desiguais, no entanto é necessário frisar que esses resultados foram obtidos com a
quantidade de dias inferior á necessária para que os corpos atendessem ao desvio padrão
e a resistência almejada. Entretanto, apesar das desigualdades obtidas, as resistências em
apenas quinze dias são satisfatórias, e isso pode ter sido conseguido em virtude da
qualidade da areia utilizada e da sua granulometria quase uniforme. Além da quantidade
de dias serem insuficientes, o capeamento pode ter sido irregular, o que interfere
significativamente na resistência á compressão do concreto ensaiado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da análise dos dados foi possível concluir que fazer dosagem de
concreto vai além de apenas misturar materiais, mas que envolve sim conhecimentos
técnicos que quando disponíveis são significativos, como por exemplo identificar se o
material está coeso, barulho de brita na betoneira e outros. Conhecer as características
dos materiais(granulometrias, teor de umidade, tipo de cimento e outros) é um fator
fundamental para a dosagem uma vez que isso permite a identificação dos diversos
fatores que contribuirão com a qualidade do concreto em questão.

Contudo um fator relevante e interessante durante a realização do slump foi a


redução inesperada do mesmo na terceira etapa, fator justificado pelo tempo de
manipulação, fazendo com que tivesse aumento da demanda do consumo de água nas
reações intermoleculares de hidratação e consequentemente sua evaporação. De modo
geral o presente trabalho não alcançou o valor referência de abatimento necessário (9 ±
1cm).

Os valores de resistência encontrados foram diferentes, porém a quantidade de


dias ideal pra realizar a ruptura é de 28 dias e os corpos de prova foram rompidos com
15 dias. Entretanto foi satisfatório o valor encontrado, uma vez que a areia utilizada
apresentava granulometria uniforme, o que não é indicado e o capeamento pode ter sido
irregular, comprometendo a resistência à compressão do concreto.
REFERÊNCIAS
 Mehta e Paulo Monteiro, Concreto Microestrutura, Propriedades e Materias - 2ª Ed.
2008 - Editora Ibracon
 FALCÃO BAUER, L. A. Materiais de Construção. Ed. Livros Técnicos e
Científicos Ltda., 5. Ed., V. 1 e 2, 1997

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