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O caráter “natural” da
maternidade Pesquisar
Duzentos e setenta
dias: desde sempre,
hora do parto. Sinais?
Pingos de sangue e as
primeiras dores – nos
livros de médicos do
século XVI ao XX,
chamadas de “puxos”.
Entre gente simples,
era a “perrengada”, o
“despacho” ou o
“rodiadô”, quando as
mulheres davam à luz
MARY DEL PRIORE
em casa. “Finalmente,
depois de dezesseis Historiadora e escritora,
horas de sofrimento, com mais de 36 livros
risos, cantoria e ginástica, as catorze e cinquenta do dia 3 de maio de publicados e diversos
1906, senti dores violentíssimas me rasgarem as entranhas […] Ai, prêmios nacionais e
aaaaai! Gritei desesperada agarrando-me ao pescoço de Valdomiro internacionais.
enquanto a criança entrava no mundo, escura, quase as�xiada pela
luta que tínhamos travado juntas. Rapidamente a parteira a pegou,
deu-lhe bofetadas e mergulhou alternadamente em bacias de água
quente e fria até que um chorinho assustado se �zesse ouvir”, registrou
Maria Isabel Silveira.
Não bastava gerar �lhos. Era preciso que a mãe fosse educadora
e dirigente moral da sociedade; era preciso pensar que o Brasil
necessitava de exércitos, de braços. A nova mãe possuiria
sentimentos cívicos. Nas revistas, publicavam-se fotogra�as com o
subtítulo “quando eu tiver vinte anos… serei um valente soldado
brasileiro”. O pequerrucho da foto contava apenas seis meses!
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04/12/2016 O caráter “natural” da maternidade
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