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CADERNO DE DIREITO PENAL I

I UNIDADE:

12-02-2008

Avaliação I Unidade > 08-04-2008.


Avaliação II Unidade > 03-06-2008.
Avaliação 2ª Chamada > 10-06-2008.

Medida de Eficiência. Escola de Defesa Social e Escola de Chicago. Dia 04-03-2008. OK.
Medida de Eficiência. A.Dia 25-03-2008. não teve.

19-02-2008

DIREITO PENAL I

I. Conceito.
1. Introdução.

2. Denominação.
Direito Penal; Direito Criminal; Direito Repressivo; Direito Sancionador; etc.
Denomina tudo o que é ciência do Direito.

3. Conceito.
3.1. Ilícito Jurídico.
É agir contra a Norma. Todo Ilícito Penal é Ilícito Civil.
Civil – Exige a Reparação do bem jurídico lesionado, ou seja, dever de reparar
dano causado/Licitude Penal da Civil.
Penal – Penas Medida de Segurança. Conseqüência.
3.2. Finalidades.
Proteção dos Bens Jurídicos mais importantes.
3.3. Conceito Frederico Marques.
É o conjunto de normas que ligam o crime como fato e a pena como conseqüência, e
disciplinam também as relações jurídicas daí derivadas, para estabelecer a aplicabilidade de
penas e medidas de segurança e a tutela do direito de liberdade em face do poder de punir do
Estado (FUNÇÃO: garantidor do direito do cidadão).

4. Características do Direito Penal.


4.1. Ciência Cultural. Ciência do Dever Ser, o que seria ideal para todos nós.
4.2. Normativa. Utiliza-se das Normas.
4.3. Valorativo. Vai Valorar os Bens Jurídicos mais importantes.
4.4. Finalista. Busca proteger os Bens Jurídicos mais importantes.
4.5. Sancionador. Sanciona aquele que viola o Direito.
4.6. Dogmática. Imperativa, obriga a todos.

5. Posição do Direito Penal. Direito Público ou Direito Privado.


Está no campo do Direito Público.
6. Direito Penal Objetivo e Subjetivo.
- Objetivo. É o conjunto de normas que regulamenta a aplicação do Direito Publico.
- Subjetivo. É o Jus Puniend, o direito de punir do Estado.

7. Direito Penal Comum e Especial.


- Comum. Aplicado a toda e qualquer pessoa.
- Especial. Aplicado às pessoas e/ou fatos determinantes (extravagantes). Ex: Código de
Transito; ECA; Código Penal Militar.

8. Relação Direito Penal com Outras Ciências.


a) Direito Constitucional. O Direito Penal busca sua validade no Direito Constitucional.
b) Direito Processual Penal. Conjunto de normas que efetiva a aplicação da Norma
Penal.
c) Direito Administrativo. Retira vários conceitos do Direito Administrativo para
aplicar ao concreto no Direito Penal, e às pessoas que o aplicarão.
d) Direito Processual Civil. Utiliza alguns de seus conceitos.
e) Direito Internacional. Fazer valer a aplicação da Norma Penal.
f) Direito Privado. Civil/Comercial. Utiliza conceitos.
g) Direito do Trabalho. Utiliza conceitos, crimes contra o trabalho.
h) Direito Tributário e Financeiro.
i) Medicina Legal. Busca conceitos.
j) Criminalista. Busca conceitos.
k) Psiquiatria Forense. Buscam conceitos, ciências auxiliares na sua aplicação.
l) Sociologia Criminal. Estudo do crime como fato social.

II. Historia do Direito Penal.


1. Tempo Primitivo.
1.1. Vingança Divina.
a) Código Manu (Índia).
b) Cinco Livros (Egito).
c) Livro Cinco Penas (China).
d) Avesta (Pérsia).
e) Pentateuco (Povo de Israel).
1.2. Vingança Privada. Querer por conta própria resolver as pendências. Avanço:
Controle maior.
a) Código de Hamurabi.
b) Êxodo (Povo Hebraico).
c) Lei XII Tabuas (Roma).
1.3. Vingança Publica. Resposta Publica, o Estado absorveu e só cabe a ele fazer valer,
fazer a execução. É o Estado que determina e aplica a pena.

III. Direito Penal no Brasil.


1. Período Colonial (1500 – 1824).
a) Ordenações Afonsinas.
b) Ordenações Manuelinas (1521).
c) Ordenações Filipinas (1603).

2. Período Imperial (1824 – 1890).


a) Código Criminal (1830).
3. Período Republicano (1890 – até os dias atuais).
a) Consolidação Leis Penais (1932).
b) Código Penal 1940.
c) Código Penal 1969 (revogado em 1978).
d) Lei 7209/1984.
e) Lei 9099/1995.

26-02-2008

I. Princípios Constitucionais do Direito Penal.


1. Introdução.
2. Principio da Legalidade. É Fundamental.
É o principio segundo o qual a criação de tipo penais e a cominação de penas somente
terão validade se criadas a partir de leis.
A lei tem que prever o crime e a respectiva pena.
A criação de...
E a competência de TJ e CP é do...

1.1. Fundamentos. É uma garantia ao direito de liberdade do cidadão contra o arbítrio


do Estado. Evita que o Estado interprete um tipo penal ao seu interesse.
Ex.: Guilherme de Pádua.

1.2. Efeitos.
a) Irretroatividade. A lei penal que cria leis penais.
b) Taxatividade. A norma penal deverá vir de forma taxativa, clara, precisa na
definição dos tipos pessoais e nas cominações (previsões) de penas. Tem que ter objetivos
claros e diretos (Art. 155 do CP). O tipo pessoal.
CP, Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1o A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2o Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão
pela de detenção, diminuí-la de um terço a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
§ 3o Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
c) Lesividade. Os tipos penais só possuem validade e visam proteger os bens
jurídicos que sofrem alguma lesão.
d) “non bis in idem”. Não se pode punir um cidadão duas vezes pelo mesmo fato.
Não se podem aplicar duas normas que julguem um mesmo fato, crime, deve-se escolher a
mais (benéfica ao réu?).

1.3. Processo Legislativo: Quais as normas que podem vincular figuras criminais e
cominar penas. Somente a lei ordinária (absoluta) poderá trazer a criação de tipos penais e
condutas. Não pode decretar nem medida provisória.

3. Principio Retroatividade.
A lei penal poderá retroagir quando ela for benéfica ao réu.

4. Princípio de Individualização das Penas.


O aplicador da norma deverá, na medida de participação de cada um no crime,
fundamentar o limite da aplicação e execução da pena.

5. Principio da Personalidade da Pena.


A pena não ultrapassará a pessoa do condenado. Somente a pessoa condenada poderá
sofrer a pena.

6. Principio da Limitação das Penas.


Código Penal, Art.75 O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não
pode ser superior a trinta anos.
Não podemos aplicar pena de morte. Não podemos aplicar penas cruéis ou degradantes.
Não admitimos penas de caráter perpétuo.
Limite das penas
CP, Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a trinta anos.
§ 1o Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a trinta anos, devem
elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo.
§ 2o Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação,
desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido.

7. Principio do Respeito ao Preso.


Constituição Federal, Art. 5º XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física
e moral.
CF, Art. 5º, XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

8. Principio de Presunção de Inocência.


É uma presunção de que todos são inocentes. É um principio que considera a pessoa
inocente até o tramite julgado da sentença condenatória. CF, Art. 5º LVII. E o ônus da prova
cabe ao Estado.
CF, Art. 5º, LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

9. Principio de Proporcionalidade.
O legislador e o aplicador da norma deverão agir levando em consideração a proporção
entre o crime e a pena, para cada tipo penal ou bem jurídico protegido devera existir uma
pena adequada ou proporcional à importância desse crime.

10. Principio de Igualdade


Ela é absoluta.

II. Outros Princípios Fundamentais do Direito Penal.

1. Principio da Proibição da Analogia “in malem partem”.


A analogia é permitida para o Direito Penal desde que benéfica ao réu. CP, art. 246.
Abandono intelectual
CP, Art. 246. Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar:
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
É proibida a analogia para prejudicar o réu.

2. Principio da Fragmentalidade.
Nós temos um conjunto de bens jurídicos e o Direito Penal irá proteger somente aqueles
que nenhum ramo do Direito não conseguiu proteger, ou aqueles mais importantes
(fragmentos).
3. Principio da Intervenção Mínima.
O Direito Penal só deverá intervir nos casos extremamente necessários. O Direito Penal
só deverá ser utilizado em último caso.

4. Principio da Lesividade.
Um fato só deverá ser punido se ele efetivamente causar um dano ao bem jurídico
protegido ou um perigo real de dano.

5. Principio da Insignificância ou Bagatela.


Segundo esse principio o Direito Penal não pode se preocupar com fatos de pequena
monta, insignificante. Considera-se insignificante os valores inferiores ao salário mínimo.

6. Principio da Adequação Social.


Um tipo penal só terá validade se ele não for aceito ou adequado como normal, natural,
pela sociedade.

7. Principio da Culpabilidade.
No Direito Penal, o sujeito só será responsabilizado se ele agiu com Dolo ou com Culpa,
excluindo assim a responsabilidade objetiva.
Conduta > Resultado > Punição
Praticou uma conduta.
Causou o resultado.
Então ele será punido, responsabilidade.
CUL.PA s.f. 1 Falta contra a lei ou a moral. 2 Ato criminoso; delito; crime. 3 Ação repreensível; pecado.
DO.LO s.m. 1 Logro; fraude; astúcia; má fé. 2 Vontade conscientemente dirigida para obtenção de resultado
criminoso ou para assumir o risco de o produzir. 3 Espécie de punhal usado antigamente na Península Hispânica.

04-02-2008

FONTES DO DIREITO PENAL

1. Preliminares.
Fonte da Norma Jurídica é onde nasce a Norma Jurídica.

2. Fonte Material ou de Produção.


É a quem compete elaborar as Normas Jurídicas Penais.
CF, Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
XXI – normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das Polícias
Militares e Corpos de Bombeiros Militares;
XXII – competência da Polícia Federal e das Polícias Rodoviária e Ferroviária Federais;
XXIII – seguridade social;
XXVIII – defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias
relacionadas neste artigo.

3. Fonte Formal, de Cognição ou de Conhecimento.


A forma pela qual irá se exteriorizar é a Lei. A Fonte Formal Imediata é a Lei.
Características das Normas Penais.
- Exclusividade. Somente a Lei Penal da descrição de Fatos Típicos e a previsão das
respectivas Sanções.
- Imperatividade. A Lei é Autoritária, ela não permite o questionamento sobre a sua
existência.
- Generalidade. Todos devem obedecer a Norma.
- Abstratividade. Ela não se dirige a fatos concretos.
- Impessoalidade. A Norma não se refere a uma pessoa em especial, ela se refere a todos.

4. Classificação das Normas Penais.


a) Normas Penais Incriminadoras. São aquelas que prescrevem a conduta típica e suas
respectivas Sanções.
1º. É a descrição da conduta típica (ou seja, do fato típico).
2º.
3º.
b) Normas Penais Permissivas. Elas criam situações ou fatos excluindo a ilicitude do fato
ou a punibilidade de determinadas condutas.
Exclusão de ilicitude
CP, Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato:
I – em estado de necessidade;
II – em legítima defesa;
III – em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Excesso punível
Parágrafo único. O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou
culposo.
c) Normas Penais Finais, Complementares ou Explicativas. São as Normas Penais que
visam complementar outra normas, possibilitando a sua aplicação no caso concreto.
Violação de domicílio
Art. 150. Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem
de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
§ 1o Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou
por duas ou mais pessoas:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
§ 2o Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário público, fora dos casos legais, ou com
inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso do poder.
§ 3o Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:
I – durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência;
II – a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
§ 4o A expressão “casa” compreende:
I – qualquer compartimento habitado;
II – aposento ocupado de habitação coletiva;
III – compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
§ 5o Não se compreendem na expressão “casa”:
I – hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do no II do
parágrafo anterior;
II – taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.

5. Fonte Formal Mediata da Lei Penal.


São os Costumes e os Princípios Gerais do Direito.
Costumes. “Conjunto de Normas de Comportamento a que pessoas obedecem de maneira
uniforme e constante pela convicção de sua obrigatoriedade”. (Damásio)

6. Integração da Lei Penal.


7. Formas de Procedimento Interpretativo.
a) Equidade.
b) Doutrina.
c) Jurisprudência.
d) Tratados ou Convenções.

8. Interpretação da Lei Penal.

11-03-2008

LEI PENAL NO TEMPO

1. Introdução.
1.1. Principio “tempus regit actum”.
É o principio segundo o qual os fatos ocorridos serão regidos pela Lei que estiver em
vigor no momento da ação ou omissão.
a) Art. 1º do LICC.
LICC (DECRETO-LEI 4657/42), Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
b) “Vacatio Legis”.
Durante a Vacatio Legis a Lei não tem vigência.

2. Princípios que regem o conflito de Leis no Tempo.


2.1. Principio da Irretroatividade da Lei mais Severa.
As Leis penais posteriores que de alguma forma prejudiquem o réu jamais poderão
retroagir para alcançar fatos anteriores a sua entrada em vigor.
2.2. Principio da Retroatividade da Lei mais Benigna.
As Leis Penais posteriores que de alguma forma beneficie o réu poderá retroagir regendo
fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor.
2.3. Principio da Ultra-atividade das Leis Penais Excepcionais ou Temporárias.
Lei excepcional ou temporária
CP, Art. 3º. A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
As Leis Excepcionais e Temporárias geram os fatos ocorridos durante a sua vigência e
mesmo após a sua morte.
As Leis Excepcionais tem uma atividade posterior a sua morte. Nascem com o intuito de
ser aplicada durante fatos excepcionais (guerra, etc.) e morrem quando esses fatos cessão,
mas apesar disso continuam sendo aplicadas.
As Leis Temporais

3. Hipóteses de Conflito.
3.1. Lei nova suprime normas incriminadoras anteriormente existentes (abolitio criminis).
Norma Penal posterior que deixa de considerar determinadas condutas como condutas
criminosas. Apaga todos os efeitos penais.
CP, Art. 2º. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude
dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda
que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
CP, Art. 107. Extingue-se a punibilidade:
III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
3.2. Lei nova incrimina fatos antes considerados lícitos (novatio legis incriminadora).
Novas Normas Penais que considera determinada conduta como infração penal prevendo
a sua respectiva sanção, essa conduta não era prevista anteriormente como crime.
3.3. Lei nova modifica o regime da Lei anterior, agravando a situação do agente (novatio
legis in pejus).
Vide 2.1. anterior, neste mesmo dia.
3.4. Lei nova modifica o regime anterior beneficiando o agente (novatio legis in melius).
Vide 2.2. anterior, neste mesmo dia.
3.5. Abolitio Criminis.
a) Definição. Norma Penal posterior que deixa de considerar determinadas condutas
como condutas criminosas.
b) Previsão Legal.
c) Natureza Jurídica. Extintiva.
d) Fundamento. Questão de Política Criminal.
e) Efeitos e Forma de Aplicação. Efeitos: apaga todos e quaisquer efeitos penais
(principal ou secundário, como a inclusão do nome do réu no rol dos culpados), sanção.

4. Apuração da Maior Benignidade da Lei.


A lei que é favorável ao réu, este responde qual lhe convêm.

5. Competência para Aplicação da Lei mais Benéfica (Sumula 611 STF e art. 66,I da
LEP)
Sumula do STF, 611. Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo das Execuções a
aplicação da Lei mais benigna.
LEP, Lei 7210/84, Art. 66. O Projeto declara que ao condenado e ao internado serão assegurados todos os
direitos não atingidos pela sentença ou pela lei (art. 3º). Trata-se de proclamação formal de garantia, que ilumina
todo o procedimento da execução.
5.1. Antes de Aplicar a Sentença.
Compete ao juiz do processo aplicar a Lei mais Benéfica.
5.2. Sentença em Grau de Recurso.
Compete ao juiz do segundo grau aplicar a Lei mais Benéfica.
5.3. Sentença Transitada em Julgado.
Compete ao juiz da aplicação.
IPC: Lei de Execuções Penais 7210/84

6. Lei Intermediaria.
Aquela que não estava em vigor no momento em que foi praticada a conduta nem no
momento em que foi aplicada a sentença. Mas é aplicada ao caso concreto, por ser mais
benéfica ao réu.

7. Combinação de Leis ou Terceira Lei.


A criação, do aplicador, de uma norma “intermediaria” que seja a favor do réu, a partir
de duas ou mais leis que se referem ao mesmo ato/crime.

8. Lei Excepcional ou Temporária.


8.1. Normas Penais em Branco e Direito Intertemporal (Caráter Ilícito do Fato).
As Normas Penais em Branco são as normas que necessitam de outras normas para
possibilitar a sua efetiva aplicação.
Homogêneas são complementadas por Lei de hierarquia igual.
Heterogêneas são complementadas por Lei de hierarquia inferior.
a) Norma Penal Incriminadora em Branco é totalmente revogada. Há o caso abolitio
criminis.
b) Norma Penal Incriminadora em Branco possui complemento que não tem caráter
de Excepcionalidade ou Temporalidade. Não há revogação da norma, mas sim de seu
complemento.
c) Norma Penal Incriminadora em Branco possui complemento que é revogado por
outro de natureza excepcional ou temporal, mais benéfico ao réu. Não há revogação da
norma, mas sim de seu complemento, contudo essa revogação não retira a criminalidade do
ato.

25-03-2008

9. Tempo do Crime.
Segundo a Teoria da Atividade considera-se praticado o crime o momento da ação ou
omissão. Ainda que outro seja o momento do resultado.
Tempo do crime
CP, Art. 4o Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento
do resultado.

TEORIAS.
a) Teoria Atividade. Considera-se praticado o crime o momento da ação ou omissão.
Ainda que outro seja o momento do resultado.
b) Teoria do Resultado. Considera-se praticado o crime no momento do resultado.
c) Teoria Ubiqüidade. Considera-se pratica do crime no momento da ação ou omissão
ou no momento do resultado.

O Crime Permanente é aquele que sua consumação se protrai no tempo, se renova a cada
instante. Se entrar em vigor uma Lei nova, no curso do crime, será aplicado a ele.
Seqüestro e cárcere privado
CP, Art. 148. Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado:
Pena – reclusão, de um a três anos.
§ 1o A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de sessenta anos;
II – se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
III – se a privação da liberdade dura mais de quinze dias;
IV – se o crime é praticado contra menor de dezoito anos;
V – se o crime é praticado com fins libidinosos.
§ 2o Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.

O Crime Continuado é aquele em que o delinqüente pratica vários crimes, mas só paga
por um crime só (de forma continuada).
Crime continuado
CP, Art. 71. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes
ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais
grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Parágrafo único. Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pes-
soa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente,
bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do artigo 70 e do artigo 75 deste Código.

* Algumas situações com relação ao tempo do crime (Sumula 711 STF)


Sumula do STF, 711. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua
vigência é anterior à cessação da continuidade ou permanência.

EFICÁCIA DA LEI PENAL NO ESPAÇO

1. Princípios.
1.1. Territorialidade. Divide-se em:
Absoluta – só e somente só a Lei Penal vigente no país é que será aplicada aos fatos
ocorridos no territorio nacional. Não admite-se em hipótese alguma aplicação de Lei Penal
exterior em casos ocorridos no país ou a aplicação de suas normas fora de seu territorio.
Relativa – será aplicada a Lei Penal vigente no país aos fatos ocorridos no territorio
nacional admitindo-se a aplicação de outras normas em respeito aos Tratados
Internacionais. O Brasil admite essa Teoria.
1.2. Nacionalidade ou Personalidade.
A Lei Penal a ser aplicada é a Lei da Nacionalidade do sujeito.
a) Personalidade Ativa. Se ele for Autor do crime.
b) Personalidade Passiva. Se ele for Vitima do crime.
1.3. Da Defesa, Real ou de Proteção.
A Lei Penal a ser aplicada ao caso concreto será a Lei Penal da Nacionalidade do
Bem Jurídico Violado/Lesado.
1.4. Da Justiça Penal Universal (Jurisdição Universal/Justiça Cosmopolita/Repressão
Universal).
Segundo esse Principio poderá ser aplicada a Lei Nacional para o autor do crime de
qualquer nacionalidade ou onde quer que tenha ocorrido o fato.
1.5. Da Representação (Principio da Bandeira/Principio do Pavilhão Nacional).
Os fatos ocorridos no interior de aeronaves ou embarcações em espaços aéreos
internacionais ou águas internacionais, respectivamente, será julgada onde estiver
registrada a aeronave ou embarcação.

2. Territorialidade.
2.1. Conceito Território Nacional.
Considera-se território nacional, toda a extensão do solo, subsolo, rios e lagos
interiores, as ilhas, o mar territorial e o espaço aéreo correspondente. É também territorio
brasileiro todo e qualquer navio publico ou em serviço do governo brasileiro. Navio privado
brasileiro em alto mar, ou navio mercante, é considerado territorio nacional quando ele
estiver em águas internacionais.

3. Lugar do Crime.
a) Atividade.
b) Resultado.
c) Ubiqüidade.

4. Extraterritorialidade (CP, art. 7º).


É a aplicação da Lei Penal brasileira a fatos criminosos ocorridos fora do nosso
territorio.
Mesmo acontecendo fora do nosso país pode-se aplicar a Lei Penal Brasileira.
Extraterritorialidade
CP, Art. 7o Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I – os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de
empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
II – os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em terri-
tório estrangeiro e aí não sejam julgados.
§ 1o Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no
estrangeiro.
§ 2o Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a
lei mais favorável.
§ 3o A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reu-
nidas as condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.

4.1. Princípios Relativos à Extraterritorialidade Condicionada.


Ocorreu o fato fora do nosso país, preciso do preenchimento de outras condições
para que seja aplicada a Lei Brasileira (CP, art. 7º, § II).
4.2. Princípios Relativos à Extraterritorialidade Incondicionada.
É sem condição, aplica-se a Lei Penal Brasileira mesmo sendo fora do nosso país
(CP, art. 7º, § I).

5. Regra do “non bis in idem”.

01-04-2008

6. Eficácia da Sentença Penal Estrangeira (CP, art. 9º).


Compete ao STJ julgar e homologar a sentença estrangeira.
Eficácia de sentença estrangeira
CP, Art. 9o A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas
conseqüências, pode ser homologada no Brasil para:
I – obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;
II – sujeitá-lo a medida de segurança.
Parágrafo único. A homologação depende:
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou
a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.

7. Eficácia da Lei Penal em Relação a determinadas Funções Públicas.


7.1. Imunidade Diplomática.
A Imunidade Diplomática dá-se através de acordos internacionais. Os cônsules não
possuem a imunidade diplomática, mas se o ato estiver dentro das funções que ele exerce
então ele será julgado de acordo com as leis de seu país de origem. Os funcionários da
embaixada possuem a Imunidade. E a Embaixada é inviolável.
7.2. Imunidade Parlamentar.
a) Material (CF, art. 53, art. 27 e art. 29, §VIII).
O Deputado e/ou Senador não pode ser preso a não ser em caso de crime
inafiançável.
CF, Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supre-
mo Tribunal Federal.
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em
flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa
respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo
Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo
voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias
do seu recebimento pela Mesa Diretora.
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em
razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de
guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas
mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
CF, Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do
Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os
Deputados Federais acima de doze.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta Constituição
sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e
incorporação às Forças Armadas.
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de,
no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o
que dispõem os artigos 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos
de sua Secretaria, e prover os respectivos cargos.
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
CF, Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez
dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
VIII – inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circuns-
crição do Município;
b) Formal.

IPC: as imunidades não são dadas às pessoas, mas sim ao cargo que elas representam.

8. Contagem do Prazo (CP, art. 10).


Contagem de prazo
CP, Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo
calendário comum.

9. Fração não Computável da Pena (CP, art. 11).


Frações não computáveis da pena
CP, Art. 11. Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na
pena de multa, as frações de cruzeiro.

10. Legislação Especial (CP, art. 12).


Legislação especial
CP, Art. 12. As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não
dispuser de modo diverso.

IPC: todo ilícito penal é também ilícito em um outro ramo do direito, mas nem todo ilícito
em um outro ramo do direito caracteriza ilícito no penal.

A subsunção é um enquadramento do fato à norma.


Capes Damásio:
Só é crime um ato que constitui perigo ou dano ao bem jurídico produzido.
Crime é ação típica ilícita, ficando a culpabilidade como pressuposto da pena.
Bitencour:

Se você está portando para uso é crime.


Se você já usou a droga não é punido.

1. Infração Penal.
1.1. Crime ou Delito.
Dolo. Conduta Voluntária > Finalidade Ilícita. Dolo Direto é quando o cidadão
reproduz uma conduta querendo produzir resultado ilícito. Dolo Eventual é quando ele tem a
consciência, age de forma voluntária e ele assume o risco de produzir o resultado ilícito.
Culpa. Conduta Voluntária > Finalidade Licita (Resultado Ilícito). Responde-se pelo
resultado.
Preter Dolo. A conduta é dolosa e o resultado é culposo, é o crime qualificado pelo
resultado.
CP, Art. 18. Diz-se o crime:
Crime doloso
I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Crime culposo
II – culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime,
senão quando o pratica dolosamente.

Crime Comum é aquele que não exige qualidade especial do sujeito ativo, qualquer
pessoa pode praticá-lo. Ex: roubo, homicídio.
Apropriação indébita
CP, Art. 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Crime Próprio é aquele que exige qualidade especial do sujeito ativo, é possível co-
autoria.
Infanticídio
CP, Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
Pena – detenção, de dois a seis anos.
Peculato
CP, Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1o Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o
subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário.

Crime de Mão Própria só e somente só a própria pessoa pode praticar, não é possível
co-autoria.
Falso testemunho ou falsa perícia
CP, Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou
intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:
Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.
§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido
com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte
entidade da administração pública direta ou indireta.
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou
declara a verdade.

Crime de Dano são aqueles que exigem o efetivo dano ao bem jurídico protegido
para a sua consumação.
Dano
CP, Art. 163. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.

Crime de Perigo é aquele que basta causar o perigo de dano ao bem jurídico
protegido para a sua consumação.
- Perigo Abstrato ou Concreto. Respectivamente. Presume-se o perigo naquela
conduta descrita na norma. É aquele que deve ser provado em cada caso concreto se a conduta
do sujeito ativo levou perigo de dano ao bem jurídico protegido.
Arremesso de projétil (Abstrato)
CP, Art. 264. Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por
água ou pelo ar:
Pena – detenção, de um a seis meses.
Parágrafo único. Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; se resulta
morte, a pena é a do artigo 121, § 3o, aumentada de um terço.
Incêndio (Concreto)
Art. 250. Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena – reclusão, de três a seis anos, e multa.
Aumento de pena
§ 1o As penas aumentam-se de um terço:
I – se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio;
II – se o incêndio é:
a) em casa habitada ou destinada a habitação;
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura;
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
g) em poço petrolífero ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
Incêndio culposo
§ 2o Se culposo o incêndio, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos.
- Perigo Individual ou Coletivo. Respectivamente. Leva-se a perigo uma pessoa
determinada ou a um numero determinado de pessoas. Leva-se a perigo um numero
indeterminado, portanto coletividade, de pessoas.
Rufianismo (Individual)
Art. 230. Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar,
no todo ou em parte, por quem a exerça:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1o Se ocorre qualquer das hipóteses do § 1o do artigo 227:
Pena – reclusão, de três a seis anos, além da multa.
§ 2o Se há emprego de violência ou grave ameaça:
Pena – reclusão, de dois a oito anos, além da multa e sem prejuízo da pena correspondente à violência.
Incêndio (Coletivo)
Art. 250. Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena – reclusão, de três a seis anos, e multa.
Aumento de pena
§ 1o As penas aumentam-se de um terço:
I – se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio;
II – se o incêndio é:
a) em casa habitada ou destinada a habitação;
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura;
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
g) em poço petrolífero ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
Incêndio culposo
§ 2o Se culposo o incêndio, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos.

Crime Comissivo é necessário se provar:


- Por Ação. É uma ação e o resultado é a morte.
- Por Omissão. Basta a simples omissão para que a pessoa seja culpada pelo crime.
Omissão de socorro
CP, Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses
casos, o socorro da autoridade pública:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e tripli-
cada, se resulta a morte.
Omissão de notificação de doença
CP, Art. 269. Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
- Por Omissão. É um não fazer que vá produzir um resultado.
Relação de causalidade
CP, Art. 13. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Relevância da omissão
§ 2o A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de
agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.

1.2. Contravenção Penal.

2. A.
II UNIDADE

15-04-2008

MEDIDA DE EFICIÊNCIA:
Imutabilidade Penal e Redução da Maioridade Penal.
Entre 10 e 15 laudas.
Dia 6 de Maio de 2008.

Fato Típico + Antijuridicidade (Ilicitude) = Crime.


• Conduta. Dolosa ou Culposa.
• Resultado. Apenas nos crimes materiais.
• Nexo Causalidade. Relação entre a Conduta e o Resultado.
• Tipicidade. A descrição do fato.

Do fato típico

É o fato material que se amolda perfeitamente aos elementos constantes do modelo previsto
na lei penal.

Os quatro os elementos do tipo:


a) conduta dolosa ou culposa;
b) resultado (só nos crimes materiais);
c) nexo causal (só nos crimes materiais);
d) tipicidade.

1. A conduta punível: Conduta é a ação ou omissão, consciente e voluntária, dirigida a uma


finalidade.
1.1. Teorias da ação
a) Teoria causal-naturalista da ação: Segundo Bitencourt, “a ação consiste numa
modificação causal do mundo exterior, perceptível pelos sentidos, e produzida por uma
manifestação de vontade, isto é, por uma ação ou omissão voluntária”. (2004; p. 199). Assim,
a manifestação de vontade, o resultado e a relação de causalidade são os três elementos do
conceito de ação. Ex: suicida que pulasse na frente de um veículo em movimento. Esta teoria
já está superada;
b) Teoria final da ação: esta teoria se opõe ao conceito causal da ação. De acordo com
Welzel, citado por Bitencourt (2004; p. 202/3): “a ação humana é o exercício de atividade
final. A ação é, portanto, um acontecer ‘final’ e não puramente causal. A ‘finalidade’ ou o
caráter final da ação baseia-se em que o homem, graças a seu saber causal, pode prever,
dentro de certos limites, as conseqüências possíveis de sua conduta. Em razão de seu saber
causal prévio pode dirigir os diferentes atos de sua atividade de tal forma que oriente o
acontecer causal a um fim e assim o determine finalmente”. No que diz respeito as críticas
sofridas com relação aos crimes culposos, afirmou Welzel que “o conteúdo decisivo do
injusto nos delitos culposos consiste, por isso, na divergência entre a ação realmente
pretendida e a que devia ter sido realizada em virtude do cuidado necessário”;
c) Teoria social da ação ou teoria da adequação social: “propõe a teoria da adequação
social que um fato considerado normal, correto, justo e adequado pela coletividade, não pode
ao mesmo tempo produzir algum dano a essa mesma coletividade, e, por essa razão, ainda que
formalmente enquadrável em um tipo incriminador, não pode ser considerado típico”
(CAPEZ: 2003; p. 118).
1.2. Formas de conduta: Ação ou omissão.
1.2.1. A ação é a que se manifesta por intermédio de um movimento corpóreo tendente
a uma finalidade.
1.2.2. A omissão é a não-realização de um comportamento exigido que o sujeito tinha
possibilidade de concretizar. A omissão dó terá relevância quando o sujeito abastem-se de
realizar o comportamento, tendo o dever jurídico de agir. Pode ser:
a) omissivos próprios (ou puros): são os que se perfazem com a simples omissão
negativa do sujeito, independente da produção de qualquer conseqüência posterior. Ex: arts.
135, 236 (‘ocultando-lhe’), 244, 246, 257 (‘ocultar’), 269, 299 (‘omitir’) etc.
b) omissivo impróprios ou comissivos por omissão: são os delitos em que a
punibilidade advém da circunstância de o sujeito, que a isto se encontrava obrigado, não ter
evitado a produção do resultado, embora pudesse fazê-lo. É necessário que tenha o dever
jurídico de evitar o resultado. (art. 13, § 2º CP). Ao dever jurídico de agir e evitar a produção
do resultado, seja porque a Lei obriga, seja porque o agente cria o risco do resultado, ou seja
porque o agente é o garantidor.
1.3. Ausência de ação ou omissão
Não é punível a simples vontade de delinqüir. Faz-se necessário a exteriorização, um
comportamento externo, pelo menos, o início da execução do delito. Assim, há ausência de
ação na coação moral irresistível (vis absoluta) (CP, art. 22); atos reflexos; estados de
inconsciência; Não é voluntária, age sob coação moral irresistível.

2. Do resultado: é a modificação do mundo exterior provocada pelo comportamento humano


voluntário. Pode ser:
a) normativa ou jurídica (Crítica: lesão não é efeito do fato, mas atributo da conduta em
face da ilicitude). Vê a norma para se saber qual o resultado.
b) naturalística: é a teoria seguida pelos finalistas. Qual o resultado naturalístico da conduta

3. Relação de Causalidade: Vide art. 13 do CP.


3.1. Teoria da equivalência dos antecedentes causais: Não há diferença entre causa e
condição, entre causa e concausa, entre causa e ocasião. "A conduta é causa quando,
suprimida mentalmente, o evento em concreto não teria ocorrido, como ocorreu, no momento
em que ocorreu".
3.2. Aplicação: nos crimes materiais e de forma vinculada.
3.3. Causalidade na omissão: A causalidade na omissão, na verdade, constitui uma ficção
jurídica, pois "o nada, nada causa". A causalidade na omissão ocorre quando o omitente tem o
dever legal e a possibilidade real de impedir o resultado (Delmanto) e, não obstante, se omite
ou pratica ato diverso. A causalidade na omissão reporta-se aos crimes omissivos impróprios.
Quem tem o dever de agir: a) quem tem o dever legal; b) o garantidor; e c) o criador do risco.
3.4. Da superveniência causal:
a) causas absolutamente independentes à conduta do sujeito (preexistentes,
concomitantes e supervenientes): excluem o nexo causal;
b) causas relativamente independentes em relação à conduta do sujeito:
b.1. preexistentes e concomitantes: não rompem o nexo causal;
b.2. supervenientes: excluem o nexo causal (§ 1º do art. 13 do CP).
4. Da tipicidade:
4.1 Conceito de tipicidade: "É a correspondência entre o fato praticado pelo agente e a
descrição de cada espécie de infração contida na lei penal incriminadora" (DAMÁSIO; 2003,
p. 260).
4.2 Elementos objetivos ou descritivos: Referem-se ao modo de execução, ao tempo e lugar
da infração. Os elementos objetivos do tipo "são os que exprimem juízos de realidade, isto é,
fenômenos ou coisas apreensíveis diretamente pelo intérprete (exemplo: ‘matar’, ‘coisa’,
‘filho’, etc)".
4.3. Elementos normativos do tipo: Referem-se à ilicitude. Apresentam-se sob a forma de
franca referência ao injusto ("indevidamente", "sem justa causa", "sem as formalidades
legais"), sob a forma de termos jurídicos ("documento", "função pública", "funcionário") ou
extra-jurídicos ("dignidade", "decoro", "saúde", "moléstia").
4.4. Elementos subjetivos do tipo: São elementos subjetivos os fenômenos anímicos do
agente, ou seja, o dolo, especiais motivos, tendências e intenções. Ex: a expressão "para si ou
para outrem" (furto, art. 155).

Crime de forma livre.


Crime de forma vinculada.

Superveniência Causal.
a) Causas Absolutamente Independentes. Rompem o Nexo de Causalidade.
- Preexistentes. Não tem relação com a conduta do sujeito ativo.
- Concomitantes. Rompe o nexo causal, o cidadão não responde
- Supervenientes.
b) Causas Relativamente Independentes. Não rompem o Nexo de Causalidade.
- Preexistentes e Concomitantes. Respectivamente: A conduta junto a um acaso produz o
resultado; A conduta provoca uma reação que causa a morte, se exclui uma a outra não
ocorreria.
- Supervenientes. Elas rompem o Nexo de Casualidade, (?)

22-04-2008

29-04-2008

4. Da tipicidade:
4.1 Conceito de tipicidade: "É a correspondência entre o fato praticado pelo agente e a
descrição de cada espécie de infração contida na lei penal incriminadora" (DAMÁSIO; 2003,
p. 260).
4.2 Elementos objetivos ou descritivos: Referem-se ao modo de execução, ao tempo e lugar
da infração. Os elementos objetivos do tipo "são os que exprimem juízos de realidade, isto é,
fenômenos ou coisas apreensíveis diretamente pelo intérprete (exemplo: ‘matar’, ‘coisa’,
‘filho’, etc)"
4.3. Elementos normativos do tipo: Referem-se à ilicitude. Apresentam-se sob a forma de
franca referência ao injusto ("indevidamente", "sem justa causa", "sem as formalidades
legais"), sob a forma de termos jurídicos ("documento", "função pública", "funcionário") ou
extra-jurídicos ("dignidade", "decoro", "saúde", "moléstia").
4.4. Elementos subjetivos do tipo: São elementos subjetivos os fenômenos anímicos do
agente, ou seja, o dolo, especiais motivos, tendências e intenções. Ex: a expressão "para si ou
para outrem" (furto, art. 155).

Art. 155 (furto): Subtrair; para si ou para outrem; coisa alheia; móvel.
Art. 157 (roubo): Subtrair; para si ou para outrem; coisa alheia; móvel; mediante violência
ou grave ameaça à pessoa.
Sujeito ativo é aquele que realiza o núcleo do tipo.

V. Do Sujeito do Delito

a) Sujeito ativo: é aquele que pratica o fato descrito como delito na norma penal
incriminadora. É o ser vivo, nascido de mulher. Nos crimes contra o meio ambiente pode ser
sujeito ativo pessoa jurídica. (CF/88, art. 225, § 3º).
b) Sujeito passivo: é o titular do bem jurídico atingido pela conduta delituosa. Ex: o Estado,
pessoa jurídica, a coletividade, o ser humano.
OBS: o morto não pode ser sujeito passivo de delito, nos crimes de vilipêndio a cadáver e
calúnia contra os mortos, em realidade, os sujeitos passivos são os familiares do falecido, na
mesma linha estão os animais e as coisas inanimadas. Quanto ao feto este pode ser sujeito
passivo de crime.
ATT: A pessoa pode ser simultaneamente sujeito ativo e passivo do crime em face de sua
própria conduta? Não. Nem exceção há ao princípio que veda seja alguém, ao mesmo tempo,
sujeito ativo e passivo de determinado delito. Ex: rixa, estelionato (CP, art. 171, V).
ATT2: Não se confundem sujeito passivo e prejudicado pelo crime. Em alguns casos o
sujeito passivo pode ser, também, o prejudicado pelo crime; em outros, não. Ex: Se eu
empresto uma jóia a terceiro e vem um ladrão e a furta, o sujeito passivo é o terceiro,
enquanto o prejudicado pelo crime fui eu.

VI – Objeto do crime

a) Material: É a pessoa ou coisa sobre a qual a conduta típica vai incidir.


b) Jurídico: É o bem ou interesse juridicamente protegido, visado pela conduta típica. Pode
haver crime sem objeto material (ato obsceno, p. ex.), mas não pode haver crime sem que
haja, a priori, objeto jurídico. Os termos bem jurídico, interesse jurídico e objeto jurídico se
equivalem.

TEORIA GERAL DO CRIME

I. Crimes Dolosos, Culposos e Preterdolosos.


1. Crime Doloso.
1.1. Conceito de Dolo.
É um elemento Subjetivo.
“É a vontade livre e consciente de concretizar as características objetivas do tipo”.
Damásio.
O crime doloso é a regra.
CP, Art. 18. Diz-se o crime:
Crime doloso
I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
1.2. Teorias do Dolo.
1ª Teoria. Teoria da Vontade. Segundo a teoria da vontade, o dolo é a representação
do fato acrescida da vontade de causar o resultado.
2ª Teoria. Teoria da Representação. Segundo a teoria da representação, o dolo é uma
previsão do resultado. Saber que é possível reproduzir tal resultado.
3ª Teoria. Teoria do Assentimento. Segundo a teoria do assentimento, o dolo é a
representação do resultado como certo, provável ou possível.
1.3. Elementos do Dolo.
a) Consciência da Conduta e do Resultado.
b) Consciência do Nexo Casual. Existente apenas nos crimes materiais.
c) Vontade de praticar a conduta e produzir o resultado. Livre e consciente.

2. Crime Culposo.
O tipo culposo é uma exceção, é um tipo penal aberto, pois não descreve a conduta
culposa, apenas informa que a pena é diferenciada no caso culposo, é genérico.
2.1. Normatividade do Crime Culposo.
É um elemento Normativo do tipo, a norma que diz.
a) Imprudente. Quando não tem cautela.
b) Negligente. Se omite na cautela que deveria ter; é aquele que não faz o que se
espera que ele faça: manutenção do carro.
c) Imperito. Tem conhecimento técnico, mas não o respeita e acaba causando o dano.
CP, Art. 18. Diz-se o crime:
Crime culposo
II – culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.

06-05-2008

2.2. Elementos do tipo culposo.


a) Conduta e Resultado. A conduta é livre e espontânea dirigida a um resultado licito,
mas o resultado que ocorre é licito e não desejado pelo agente.
b) Nexo de Causalidade. É a relação existente entre a conduta e o resultado (é a
conseqüência da conduta realizada pelo agente).
Descrição do tipo penal culposo – Tipicidade. O tipo penal culposo é um tipo penal
aberto, pois é uma exceção. Só há o culposo se vier expressamente na norma a determinação
do tipo.
Previsibilidade Objetiva. É a prevenção normal, possível a qualquer homem médio,
pois uma pessoa pode prever o resultado de seus atos.
2.3. Espécies de Culpa.
a) Culpa Consciente. É a culpa com previsão, quando o agente deixando de observar a
diligencia a que estava obrigado, prevê o resultado, previsível, mas confia convictamente que
ele não ocorra.
b) Culpa Inconsciente. É a culpa sem previsão, em que o agente não prevê o que era
previsível.
c) Culpa Imprópria ou Culpa por Extensão. Por equiparação, por assimilação, a
pessoa age com dolo, mas responde por crime culposo. O erro do tipo inescusável;
excludente de licitude.
2.4. Graus da Culpa.
O que define é a conduta.
Leve.
Médio.
Grave.
2.5. Compensação e Concorrência de Culpas.
Duas pessoa, um sem o conhecimento do outro, concorrem de forma culposa para o
resultado produzido pelo crime. Os dois respondem por crime culposo, como não há relação
entre eles, cada qual responde pelo crime correspondente. Sendo que não contribuem com o
crime do outro.
Não existe compensação de culpa, a culpa de um não exclui a culpa do outro.
2.6. Exclusão da Tipicidade.
a) Existência de Causa Necessária.
b) Princípios da Confiança.
c) Principio do Risco Tolerado.
2.7. Tipo Penal Aberto.

3. Crime Preterdoloso .
Dolo no antecedente e culpa no conseqüente.

4. Crimes Qualificados pelo Resultado. (Conduta – Resultado)


4.1. Dolo – Dolo. Art. 129, parágrafo 2º, IV.
CP, Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
§ 2o Se resulta:
IV – deformidade permanente;
4.2. Dolo – Culpa (Preterdoloso). Art. 129, parágrafo 2º, III.
CP, Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
§ 2o Se resulta:
III – perda ou inutilização de membro, sentido ou função;
4.3. Culpa – Culpa. Qualificado pelo resultado.
4.4. Culpa – Dolo. Ex: não dar socorro.
Existência de causa necessitada (fato atípica).
Principio da Confiança. Confiar que a outra pessoa vai respeitar as normas.
Principio do Risco Tolerado. A conduta é praticada, tendo-se em vista o risco que ela causa.

II. Crimes consumados e tentados.


1. Crime Consumado (Art. 14, I, CP).
O crime é consumado quando se realiza a conduta descrita na forma da Lei.
CP, Art. 14. Diz-se o crime:
Crime consumado
I – consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
1.1. Consumação em determinados crimes.
a) Materiais. Ocorre com a produção de seus resultados.
b) Formais. Não obstante a existência do resultado naturalístico, a consumação é
antecipada.
c) Mera Conduta. É aquele que não tem resultado naturalístico, a conduta já é a sua
consumação.
d) Permanentes. A consumação do crime se renova a cada instante. Ex: seqüestro.
Seqüestro e cárcere privado
CP, Art. 148. Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado:
e) Omissivos Puros. A consumação se dá quando ele deixa de realizar o que deve ser
realizado.
f) Omissivos Impróprios ou Comissivos por Omissão. É necessário a produção do
resultado, ele deveria agir para impedir a produção do resultado, se o resultado se produziu
então ele não agiu como deveria.
g) Continuado. Art. 71
Crime continuado
CP, Art. 71. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes
ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais
grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.

2. Tentativa (art. 14, II, CP).


CP, Art. 14. Diz-se o crime:
Tentativa
II – tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
2.1. Elementos da Tentativa.
a) Inicio de Execução. a
b) Não Consumação do Crime. a
2.2. Intercriminis.
a
2.3. Formas Tentativa.
a) Imperfeita. Quando é interrompido o processo executório, por circunstancias
alheias À vontade do agente.
b) Perfeita ou Crime Falho. É quando ele esgota a potencialidade lesiva, usa todos os
seus meios, e não há a consumação do crime.
c) Cruenta ou Incruenta (respectivamente). É aquela que deixa vestígios (acerta os
disparos e o sangue fica jorrando); É aquela que não deixa vestígios (não acerta nenhum dos
tiros disparados).
2.4. Infrações que não admitem Tentativa.
a) Culposo.
b) Preterdolosa.
c) Contravenções Penais. Art. 4º decreto-lei 3688/1943. Lei de Contravenções Penais.
d) Crimes Omissivos Próprios.
e) Habituais.

Fases do Crime:
1. Cogitação. Pensar no ato (vou matar)
2. Atos Preparatórios. Comprar os materiais necessários para praticar o ato. Pode ser
punido (porte de arma ilegal; formação de quadrilha; comprar os instrumentos destinados à
fabricação de moedas; pois são atos preparatórios).
3. Executória. Se inicia com a pratica de uma ato que pode produzir o resultado querido.
4. Consumação. Quando ele afeta ou ameaça o bem jurídico protegido.
5. Exaurimento (nos crimes formais). Obtenção da vantagem no caso de crime de extorsão,
afinal a tentativa de extorsão já é a consumação do crime.

10-05-2008
I. Da Antijudicidade.

1. Conceito.
O antijurídico seria ilícito.

2. Antijudicidade Penal X Extra Penal.


Toda conduta atípica é ilícita. Todo fato típico é ilícito no Direito Penal e
também em outro ramo do direito. Nem todos os ilícitos em outros ramos do
direito são ilícitos no Penal, mas todo ilícito Penal é ilícito também em outro
ramo do direito.

3. Causas Justificadoras e Excludentes (art. 23, CP).


Exclusão de ilicitude
CP, Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato:
I – em estado de necessidade;
II – em legítima defesa;
III – em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Excesso punível
Parágrafo único. O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.

4. Generalidades.
a) Estado de Necessidade. O agente age praticando fato típico com objetivo
de salvar de perigo atual o seu bem jurídico ou de terceiro em virtude de um
fato não praticado por ele, que não podia evitar de outro modo. Commodus
Discensus
b) Legitima Defesa. a
c) Estrito Cumprimento do Dever Legal.
d) Exercício Regulando Direito.

5. Causas Supra Legais.

6. Excesso.
a) Doloso.
b) Culposo.

II. Estado de Necessidade.

1. Conceito.
Estado de necessidade
CP, Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1o Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2o Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um terço a
dois terços.

2. Natureza Jurídica.
Causa excludente de ilicitude.

3. Requisitos.
a) Ameaça a Direito Próprio ou Alheio. “perigo atual” – ameaça ao bem
jurídico.
b) Existência Perigo Atual.
c) Inexigibilidade do Sacrifício do Bem Ameaçado.
d) Situação de Perigo não Causada pelo Agente.
e) Inexistência Dever Legal enfrentar o Perigo.
f) Conhecimento da Situação Justificante.

4. Causa Diminuição da Pena (art. 24, § 2º, CP).


Estado de necessidade
CP, Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 2o Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um terço a
dois terços.

III. Legitima Defesa (art. 25, CP).

1. Conceito.
Quem usando moderadamente os meios necessários repele injusta
agressão atual ou iminente a direito seu ou de outrem conhecendo essas
circunstancias (conhecimento da causa justificante).

2. Natureza Jurídica.
Causa Excludente de Ilicitude.

3. Requisitos.
a) Agressão Injusta.
b) Perigo Atual ou Iminente.
c) Repulsa com os Meios Necessários.
d) Moderação na Repulsa.

4. Legitima Defesa Putativa.

5. Ofendículos.

Diferenciação Básica.
Estado de Necessidade: Legitima Defesa:
Perigo Atual. Perigo Atual ou Iminente.
Fato Perigo, não provocado pelo Injusta Agressão.
agente.
Razoabilidade. Uso de Meios Moderados.
Conhecimento. Conhecimento.

IV. Estrito Cumprimento de Dever Legal e Exercício Regular de Direito.

1. Estrito Cumprimento de Dever Legal.


Deve ter ordem legal, e tal deve ser cumprida.
1.1. Requisitos:
a) Estrito Cumprimento.
b) Dever Legal.

2. Exercício Regular de Direito.


Se a Lei permite certa conduta, tal conduta não pode se considerada crime.

13-05-2008

Apresentação de MEs.

20-05-2008

CONTINUAÇÃO DE TEORIA GERAL DO CRIME

I. Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz (art. 15, CP).


1. Conceito.
São dois institutos jurídicos que tratam da Tentativa Abandonada. Busca incentivar aos
criminosos a não consumar o crime, por vontade própria voluntária, a fim de não produzir o
seu resultado, para serem beneficiados.
CP, Art. 15. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se
produza, só responde pelos atos já praticados.
2. Natureza Jurídica.

3. Elementos da Tentativa Abandonada.


a) Inicio Execução. É necessário que o Agente já tenha iniciado a execução do crime de
forma que se continuado seja conseguido o resultado desejado.
b) Não Consumado. O agente deve desistir da execução do crime antes da reprodução de
seu resultado esperado.
c) Interferência de Vontade do Próprio Agente. Ele por si só, voluntariamente, por vontade
própria, decide frear a execução do crime.

4. Espécies.
a) Desistência Voluntária (Tentativa Inacabada).
- Inicio Execução.
- Interrupção Voluntária dos Atos Executórios.
- Não Consumação.
b) Arrependimento Eficaz (Tentativa Imperfeita ou Crime Falho).
- Realização de Todo Processo Executivo.
- Não Produção do Resultado para Intervenção Voluntária do Autor.

II. Crime Impossível (art. 17, CP).


1. Conceito. É quando o meio utilizado é absolutamente incapaz de produzir resultados.
(pegar com alguém). Ex.: Matar um morto é um crime impossível. Atirar uma pedra de
algodão em um ônibus é crime impossível.

2. Natureza Jurídica. Causas geradoras de atipicidade de fato.


3. Hipóteses.
a) Ineficácia Absoluta do Meio.
b) Impropriedade Absoluta do Objeto Material. Ex: não há mais vida na pessoa e alguém dá
facadas nela.

III. Arrependimento Posterior (art. 16, CP).


1. Natureza Jurídica.

2. Conceito.

3. Objetivo.

4. Requisitos.
a) Crimes Cometidos sem Violência ou Grave Ameaça à Pessoa.
b) Reparação do Dano. (Ex.:restituição de objeto furtado)
c) Ato Voluntário. Ex.: Ladrão pega bolsa de uma pessoa. A pessoa grita "Pega ladrão".
Todos olham e o ladrão que estava correndo joga a bolsa pra trás. Esse ato de devolução da
bolsa NÃO é voluntário.
d) Momento Anterior ao Recebimento Denúncia ou Queixa.
Denúncia – peça inicial da ação penal pública. (Ministério Público.).
Queixa – peça inicial ação penal privada
Recebimento - ato pelo qual juiz, preenchidos os requisitos, diz que recebe a queixa ou
denúncia. (defere a denúncia ou queixa.). Na delegacia não se dá queixa, se dá notícia
criminosa, informa, noticia ou registra o acontecimento do crime.

IV. Delito Putativo por Erro do Tipo (Criminosos Incompetentes). O agente age acreditando
que está cometendo um crime, quando, na verdade, é um indiferente penal.

V. Delito Putativo por Obra do Agente Provocador. (Flagrante Preparado) É aquele que não
há possibilidade de haver a consumação do crime. É só uma peça... Uma brincadeira de mau
gosto....

VI. Agravação pelo Resultado.

VII. Erro do Tipo Essencial (exclui o dolo) ou Acidental.


1. Erro Acidental (não exclui o dolo e não exclui a culpa, porque recai sobre circunstâncias
que não são elementos do tipo.).
a) Erro Sobre o Objeto (Error In Objecto). Ex.: Alguém furta um objeto falsificado com a
intenção de levar o original. A pessoa responde pelo crime do furto do objeto original.
b) Erro Sobre a Pessoa (Error In Persona – art. 20, §3º, CP). Ex.: É aquela falsa percepção
da realidade. Alguém imagina que é uma pessoa, quando é outra. A pessoa responde pelo
crime da pessoa contra quem ele teve a intenção de agir, de matar, por exemplo.
c) Erro na Execução (Aberratio Ictus – art. 73, CP). Ex.: Arma apontada para uma pessoa e
atinge outra. Responde como se tivesse matado a pessoa que ele queria matar. É um erro de
pessoa a pessoa. E se atingir as duas, responde pelos dois crimes.
d) Resultado Diverso do Pretendido (Aberratio Criminis – art. 74, CP.). Ex.: Alguém joga
uma pedra na janela de alguém com a intenção de quebrar a janela. Mas na hora que esse
alguém joga a pedra, o morador (ou quem quer que seja que esteja lá na casa) da casa abre a
janela e a pedra lhe causa lesões corporais. A pessoa responde
e) Aberratio Causai - erro sobre o curso da causa. É um erro acidental. Ex.: Alguém vai
matar uma pessoa por esganadura, porém a pessoa não morre. Mas esse alguém pensou que a
pessoa, na verdade, tinha morrido. Daí amarra uma corda no pescoço do indivíduo, para ficar
parecendo que foi suicídio. Neste momento, o indivíduo morre por enforcamento. A pessoa
responde pelo resultado, ou seja, pelo enforcamento, e dessa forma, e é e não excluindo a
culpa e o dolo.

(Suma 554 do STF)


27-05-2008

03-06-2008
PROVA =(

10-06-2008
RESULTADO DA PROVA =`((

17-06-2008

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