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e, infelizmente, pelo extremismo islâmico. Esse dis- pedagogicamente essa singularidade universal do
cutível “resgate” vem sendo alardeado como con- Holocausto com exatidão fatual e, utilizando as
traponto às tentativas de relembrar o significado convenções culturais disponíveis na ciência, na li-
especificamente judaico do Holocausto, como se teratura e na arte, a escala e a densidade humana
a ênfase neste excluisse a priori ciganos, comunis- de uma tragédia sem precedentes. Como orientar-
tas e homossexuais do arco da memória da tragé- se para uma prática educativa de prevenção de no-
dia nazista. vos Holocaustos respeitando a dor dos judeus mas
Nos tempos atuais, o cenário modificou-se, mas reconhecendo, escutando e dialogando com sofri-
não favoravelmente. Recentemente, o bispo britâ- mentos e dores de outros grupos, como ciganos,
nico Richard Williamson, que teve a sua excomu- armênios, chineses, comunistas, índios e ruande-
nhão suspensa pela Igreja Católica, negou a exis- ses? Nesse sentido, é preciso frisar que o Holocaus-
tência de câmeras de gás, no que convergiu com o to, pelo caráter extraterritorial da perseguição eli-
atual presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. minacionista aos judeus e outros grupos, ajudou
Não é preciso ir longe de casa: o próprio cardeal a forjar uma consciência étnica diferencialista, que
arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, enterrou o sonho do século XIX da assimilação
tem dado declarações que visam a relativizar o Ho- nacional e religiosa dos judeus europeus. E não se-
locausto, diluindo-o na vala comum dos sofrimen- rá possível determinar o peso relativo da morte do
tos da guerra. Mas então entra-se no campo de di- sonho da assimilação – especialmente dos judeus
lemas de difícil ultrapassagem. Se o Holocausto é alemães – na intensificação deste trauma4.
um drama judaico excepcional, como humanizar Esta questão está relacionada ao amplo debate
e universalizar seu significado, comunicando-o com já aludido sobre o significado do Holocausto: se é
o de tantas outras vítimas de genocídios? Como um evento único e singular de significação transhis-
realizar uma pedagogia preventiva de novas catás- tórica e global ou se é universal e contextualizado,
trofes que sirva a judeus e não judeus? tendo seu sentido, nesse segundo caso, ora referido
ao contexto dos anos 1930 e 1940 ora sendo ape-
O campo ético da representação do nas um num catálogo de atrocidades que não o
Holocausto: uma singularidade universal tornaria diverso de Ruanda, Bósnia ou Armênia –,
o que remeteria para perigosos exercícios de com-
O Holocausto é uma tragédia judaica (e de ou- paração de genocídios, aliás tarefa esboçada com
tras minorias, em diferentes escalas) e questão hu- delicadeza em algumas obras de ciências humanas.
mana, tido por alguns como irrepresentável em Assim, a um singularismo romântico que reivin-
sua absoluta excepcionalidade e singularidade (e, dica reconhecimento universal se oporia um uni-
nesse sentido é uma tragédia cujas referências filo- versalismo que finalmente assimilaria os judeus na
sófica e políticas remontam às ênfases na singula- indistinção dos horrores da guerra. Como salien-
ridade do romantismo alemão do século XIX). No tam Susan Neiman (2003) e Rudy Koshar (2000),
entanto, a especificidade judaica desta tragédia – não se trata tanto de tomar posição nesse debate
seu significado para um grupo humano específico mas de educar as novas gerações para a tolerância
– comunica-se com a grave responsabilidade ética e o diálogo entre diferentes, prevenindo assim a
da questão humana que desvela: como transmitir ocorrência de novos Holocaustos e shoahs.

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Uma dos mais importantes sinais dos tempos é Velhos e novos revisionismos
a imersão do problema da representação e dos usos
po­­­líticos do Holocausto num novo e complexo Versões correntes sobre a morte do escritor ju-
ambiente intelectual pós-moderno, fragmentado e deu italiano Primo Levi, sobrevivente de Auschwitz,
contraditório. É bom lembrar que o termo Holocaus­ apontam para o suicídio. A razão seria um trauma
­­to, como sacrifício total (pelo fogo), é de origem adormecido e aparentemente “resolvido” em sua
grega, ligado à tradução da Bíblia Hebraica pelos obra literária sobre o Holocausto, aliás obra que
Septuaginta ou Setenta. Em hebraico o termo shoah pas­­­sa a abordar, com o tempo, temas diversos do
discorda dessa acepção vagamente teológica – co- Holocausto. Este trauma teria sido reativado com a
mo se o sacrifício tivesse um significado religioso eclosão do revisionismo nos anos 80, que fez o au­
de expiação coletiva de uma suposta culpa judaica ­­tor quebrar o relativo silêncio sobre o assunto, mas
– e aponta para o sentido de calamidade sem sen- ao mesmo tempo determinou seu fim prematu­­­ro.
tido ou precedentes contido no extermínio de in- A estrutura do argumento revisionista – aqui
desejáveis durante o nazismo. Essa política semân- suposto como versão acadêmica do negacionismo
tica, consignada em memóriais e datas – como no –, que tanto atormentou Levi, pretende minimizar
memorial do Holocausto e no Yad Vashem, em Is- o Holocausto reduzindo a singularidade da tragé-
rael, e no Yom Hashoah – é importante como par- dia judaica à mera contingência de guerra, baseado
te do reconhecimento do Holocausto não como em pretensão de dúvida metodológica das provas
uma questão judaica ou alemã mas como uma tra- históricas apresentadas. No dicionário filosófico
gédia de significado universal, que passa pelo reco­ de André Comte-Sponville, lemos que “singular é
­nhecimento de sua dimensão judaica como vítima o que vale para um só elemento de um conjunto
paradigmática do eliminacionisno nazista. Se o dado, opondo-se a universal (que vale para todos),
nazismo é a soma de todas as perversões humanas, a geral (que vale para a maioria) e a particular (que
como quer a psicanalista Elisabeth Roudinesco, o vale para alguns) (Comte-Sponville, 2003, p.
judeu é uma vítima emblemática que serviu para 553). No mesmo dicionário, a categoria filosófica
tornar o horror nazista viável, sendo uma espécie “contingência” é definida como o contrário da ne-
de paradigma para se iniciar um diálogo sobre as cessidade: “é contingente, para Leibniz, tudo aqui-
condições de simetrização da experiência do sofri- lo cujo contrário é possível” (Comte-Sponvil-
mento entre diferentes vítimas individuais, coleti- le, 2003, p. 124). Ou seja, sendo as provas supos-
vas, étnicas e nacionais do Terceiro Reich. tamente frágeis e os testemunhos incoerentes, a
Para que a ideia de Holocausto possa recobrar dúvida revisionista tenta aniquilar o genocídio pla-
sua memória – para que o genocídio dos judeus nejado e conduzido com metódica perversidade a
europeus sirva como um alerta com finalidades de um efeito contingente da guerra. Essa diluição –
prevenção de novas tragédias, é preciso descons- seja ela velada como revisionista, seja ela brutal,
truir a aliança do revisionismo com o anti-israelis- como negacionista – é conduzida, ora com base
mo, assim como urge ampliar o escopo da memó- na idolatria de um método histórico imparcial,
ria judaica para além do evento traumático funda- que buscaria o encerramento do processo do povo
dor da recente consciência trágica judaica, sem des- alemão por falta de provas, ora a partir de um cer-
caracterizar seu significado5. to cinismo pós-moderno, que veria as celebrações

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do Holocausto como parte de uma manipulação


sionista internacional. Aponta-se a incoerência dos
testemunhos para uma suposta falta de provas do-
cumentais definitivas do Holocausto e para a pos-
sibilidade de interpretações alternativas, configu-
rando o que Pierre Vidal Naquet (1988) chamou
de “inexistencialismo”.
Negacionistas como Mahmud Ahmadinejad,
assim como revisionistas franceses e americanos,
sabem que o Holocausto é um símbolo simultane-
amente secular e sagrado para os judeus. Atacá-lo
é um gesto de profanação da memória cuja eficá-
cia é medida pelo quantum de sofrimento inten-
cionalmente causado aos judeus. Não se quer afir-
mar que a memória histórica não possa conter er-
ros e que não é preciso avaliar com exatidão os
fatos, mas, nesse caso, a relativização da tragédia
judaica, conduzida em nome de um pretenso ob-
jetivismo revisionista, não tem outra finalidade
senão a de ofender a memória das vítimas, atin-
gindo direta e indiretamente a todos os que por
elas sentem simpatia ou identificação.

Trauma: testemunho e narrativas


Dificuldades de representação tem a ver com o
pêndulo entre trauma e narrativa, a passagem da
compulsão de repetição da lembrança traumática
para o trabalho de luto efetuado pela narrativa.
Nesse sentido, Dominick LaCapra (2008) faz uma
importante distinção entre trauma e narrativa, que
nos permite contextualizar uma dimensão traumá-
tica da experiência individual e coletiva relaciona-
da a episódios históricos como genocídios e guer-
ras. Enquanto o trauma remeteria para a compul-
são de repetição de uma lembrança congelada co-

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penhados por monumentos, livros escolares, ritu- gação comum da ligação de alemães com o nazis-
ais, artes e ciências humanas. mo, na década de 1950. O nazismo foi outrificado
como entidade externa aos alemães comuns, estes
As instituições da memoria coletiva: estando desresponsabilizados, por consequência,
a ética da memória da desumanização e morte social e fisica dos ju-
deus. Não foi sem resistência, portanto, que a pro-
O Holocausto é um evento traumático históri- blemática do Holocausto judaico ganhou vulto,
co e coletivo que em sua singularidade abriu séries especialmente a partir da década de 1960, tendo
novas de memória e de narrativa e impôs desafios como marco o julgamento de Eichmann em Jeru-
conceituais emergentes no que se refere à sua re- salém. Como informa Sybil Milton (1992), é nessa
memoração e representação. Para o historiador nor- época que o Holocausto consolida-se como sím-
te-americano Rudy Koshar (2000), especializado bolo da identidade judaica moderna.
na história do pensamento germânico, os europeus A literatura e a arte já haviam se encarregado
estavam despreparados para memorializar o Ho- de discutir os aspectos expressivos da representa-
locausto porque suas referências eram antiquadas, ção, que transitou entre o irrepresentável e o literal
nacionalistas ou simplesmente inadequadas para (como no diário de Anne Frank, em Elie Wiesel e
dimensionar o horizonte existencial dos sobrevi- em Primo Levi6). A arte, especialmente nos EUA,
ventes da tragédia. Baseando-se em Hannah Aren- tem uma larga experiência na discussão conceitual
dt, Koshar salienta que os campos de concentração da representação do Holocausto (que símbolos uti-
eram “lugares de esquecimento organizado”, a par- lizar? como representar sem ofender, minimizar
tir de uma política extraterritorial de guerra e eli- ou deixar de lado a voz das vítimas? como manter
minação racial de indesejáveis cujo objetivo era a responsabilidade ética e a função didática sem
tratar as pessoas como se elas nunca tivessem exis- congelar a dimensão expressiva e conceitual de me-
tido. Koshar salienta que, desde o começo, os ar- moriais, pinturas e esculturas e sem banalizar o
tistas encarregados de representar o Holocausto Holocausto?). A representação do memorial do Ho-
consideravam a tarefa praticamente irrealizável. A locausto em Berlim como um grande cemitério
reintegração dos campos de concentração às dinâ- numa área central dramatiza o problema de saldar
micas socioeconômicas e urbanas do pós-guerra uma dívida histórica, agir de forma terapêutica pa-
diluiu o possível aspecto patrimonial envolvido ra lembrar os crimes dos nazistas, reconhecer o
na preservação da memória do Holocausto, assim componente judaico da história da Alemanha e
como nos países do antigo bloco comunista a me- possibilitar que a lembrança preventiva favoreça a
mória oficial lembrava apenas de “vítimas do fas- reconciliação expiatória do passado e a autoriza-
cismo”. Em vários países a memória do Holocaus- ção para viver o futuro através do trabalho de luto.
to foi nacionalizada, relembrando os sobreviventes
dos campos como heróis de guerra, criando uma Memoriais multiculturais:
cegueira em relação à questão judaica, que se repe- construindo o amanhã no diálogo
tiu inclusive em Auschwitz (Koshar, 2000, p. e comunhão entre dores diversas
202). Essa cegueira persistiu até os anos 1960, es-
tando relacionada a diversos fatores, como a rene- Essa dinâmica entre expiação do ofensor e luto

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liga-se à discussão sobre o papel educativo de ritu- pectivas e sensibilidades, sempre num fraterno es-
ais, memoriais e museus apenas na medida em que pírito de tolerância e prevenção crítica do ódio
estes possam abrir novas janelas de diálogo entre racista. Não se pretende que este texto escape aos
o sofrimento dos judeus e os sofrimentos de ou- dilemas e apostas propostos na representação do
tras vítimas de traumas históricos para além do Holocausto: trata-se apenas de chamar atenção pa-
papel catártico que o reconhecimento do Holo- ra o papel estratégico que a dimensão multicultu-
causto teve nas últimas décadas. Enquanto o trau- ral da representação do Holocausto joga nos dias
ma do Holocausto pertence a uma dimensão étni- de hoje. Salienta-se, para concluir, a importância
ca profundamente entranhada da memória e da crucial de investir-se em memoriais interculturais
identidade judaica, a interpelação multiculturalis- – onde as dores dos diferentes possam entrar em
ta clama por uma comensurabilidade da experiên- comunhão – para desassociar excepcionalismo ju-
cia do Holocausto judaico com a do Holocausto daico e isolamento judaico.
cigano7. Enquanto Holocausto, nazismo e racismo
passam a circular e ressignificar práticas, identida-
des e memórias de diversos grupos na esfera glo- notas
bal, é nesse momento que o povo judeu sofre nova
interpelação, seja pela simetrização e reconheci- Y$SUHVHQWD&"RPLQLVWUDGDQRSDLQHO
Holocausto, Trauma e
mento de outras experiências de Holocausto seja Memória GD)XQGD&"R0 ULR0DUWLQV3RUWR$OHJ
6HWHPEURGHZXXa$JUDGH&RDVVXJHVW4HVG
pela atualidade da questão de Israel e Palestina,
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onde Israel é abusivamente comparado aos nazis-
UHVSRQVDELOL] ORVSHORVSUREOHPDVHSRV
tas. Nesse longo desgaste, o risco de isolamento da VXVWHQWDGDV
posição judaica é real, como resultado de uma es-
Z$UHWLILFD&"RUHYLVLRQLVWDGRVQ9PHUR
pécie de inflação de metáforas pelo abuso desses
PDJQLWXGHGDWUDJ(GLD"1"RHVLP’RDOWRGH
termos ou então pelo abismo no não reconheci- LQGLJQD&"RVDEHPRVTXHDLQMXVWL&DQD]L
mento na humanidade comum dos diferentes su- Q"RSRGHULDWHUVXDPRQVWUXRVLGDGHPLQ
jeitos em relação no mundo contemporâneo. FRUUH&4HVQXP(ULFDV0DVGR
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Trata-se, neste caso, de discutir, numa perpecti- UHYLVLRQLVWDFDGDMXGHXPRUWRDPHQRV
va cosmopolita de prevenção de novos Holocaus- DUHODWLYL]D&"RGDWUDJ(GLDMXGDLFD’LJD
UHWLILFD&"RGDHORTX)QFLDGRVVHLVPLOK4
tos, as condições de simetrização (no sentido de
PRUWRVTXHFKHJDDSURSRUDUHGX&"RGRVG,
Latour, 1992) de sofrimentos comparáveis de ju-
RFRUULGRDMXGDDHQFDL[DUR+RORFDXVWR
deus, ciganos, homossexuais e outras minorias sem GRVKRUURUHVGD*XHUUDDUJXPHQWRUHYLV
diluir a especificidade da experiência de cada um QDG(FDGDGHYa‘XSRU3LHUUH9LGDO1DTXHWY
ou menosprezar os aspectos incomensuraveis da DFHUEDSRO)PLFDFRPQHJDGRUHVGR+RORFDX
dor do outro. Talvez a instituição de memoriais SDQRUDPDGDUHIOH["RWHRO2JLFDVREUHR+R
multiculturais possa servir de um começo utópico VHUHQFRQWUDGRHP1HLPDQZXX[H%UDLWHU
para o necessário diálogo e reconhecimento dos [$SURIXQGLGDGHGDTXHVW"RGDPHP2ULDFRO
diferentes sujeitos, sem banalização. Não há outro WUDGL&"RMXGDLFDTXHVW"RGLVWLQWDHS
caminho para a prevenção senão a educação e a UHJLPHVGHYHUGDGHGDKLVWRULRJUDILDPR
SRU<HUXVKDOPLYaaZ
abertura cosmopolita para diferentes sujeitos, pers-

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