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ESCRITOS SOBRE A GEOGRAFIA CULTURAL

A geografia cultural é o campo da geografia humana, que se caracteriza pelo


estudo dos manifestos culturais e suas variações através dos espaços e dos
lugares. Centra-se nas descrições e analise das diferentes religiões, crenças,
rituais, formas de trabalho, economia, governo, dentre outros fenômenos
culturais, ou seja, nos ideais de um povo.

Durante sua evolução a geografia cultural recebeu grandes contribuições de


grandes geógrafos clássicos da geografia, dentre alguns deles : Friech Ratzel, Commented [D1]: Verificar termos repetidos!

Paul vidal de La blache , Otto schuter e sobretudo Paul Sauer, que por meio Commented [D2]: Organizar termos. Ex: Contribuições de
geógrafos clássicos, como: (fulano, siclano, ETC).
de seus estudos definiu a geografia cultural, apesar de haver estudos similares, Commented [D3]: Que apesar de estudos similares aos
como o dos geógrafos alemães e franceses e com Sauer no inicio do século seus, definiu a geografia cultural....
Commented [D4]: Quais geógrafos?? Precisa citá-los!
XX, em especial na escola de Berley nos Estados Unidos que a mesma é
denominada. O que não significa dizer que os geógrafos supracitados não Commented [D5]: Denominada de????

contribuíram para tais estudos, a implicância se da na forma como cada um


colocava a dimensão cultural, pois até então não havia uma rotulação. Commented [D6]: Melhorar tudo isso aqui! Finalizar a
ideia de modo mais claro.

Com Ratzel por exemplo, o termo cultura é introduzido pela primeira vez na
geografia alemã, através da sua obra antropogeografia edifica a base
conceitual da geografia humana, e com a mesma obra passa a ser considerado
o grande apostolo do ambientalismo. Segundo claval (2007), [...] A geografia Commented [D7]: Verificar normas da ABNT, verificar
modelo de TCC do seu curso!
concebida por ele atribui um lugar importante aos fatos da cultura, onde a
mesma é analisada sob os aspectos materiais, como um conjunto de artefatos
utilizados pelos homens em relação com o espaço.

Vidal de La blache , também forneceu relevantes contribuições na geografia


francesa, com ele a noção de gênero de vida é introduzido pela primeira vez na
geografia humana , para o mesmo a cultura é pertinente dos instrumentos que Commented [D8]: Mudar esse termo por: para ele; na
sua concepção, segundo ele, ....
as sociedades utilizam e das paisagens que modelam, os elementos não
ganham sentido se não são compreendidos como componentes dos gêneros
de vida, ou seja para ele a cultura só poderia ser interpretada quando Commented [D9]: Cuidado com as repetições!

relacionada ao modo de vida.


Na medida em que a geografia humana evoluía, conservando as relações entre
sociedade, ambiente natural e cultura, o conceito de paisagem humanizada
ganha ênfase e passa a ser objeto de estudo da ciência geográfica. Nessa
época a Alemanha ganha destaque através dos estudos da escola alemã, que
era baseado nas marcas que o homens produziam no espaço geográfico e
principalmente pela elaboração do conceito de paisagem cultural elaborado por
Otto Schuter.

O conceito de paisagem cultural é um dos mais antigos da geografia, incluise


foi um dos primeiros a serem trabalhado pelos geógrafos alemães e franceses Commented [D10]: Verificar o plural!

numa visão cultural, tal abordagem se desenvolvia de acordo com a analise Commented [D11]: Mudar termo.... Ex: essa;

morfológica da paisagem onde a cultura era aprendida através da analise das


técnicas e das transformações ocorridas das paisagens, e justamente por esse
fato o estudo geográfico era inspirado na concepção naturalista e positivista.

Como foi falado anteriormente, é nos Estados Unidos que a dimensão cultural, Commented [D12]: Mudar para: Como descrito
anteriormente!
obtém maior expressividade através de Sauer, que junto de seus discípulos
fundamentou a geografia no historicismo, dando ênfase a crença e a
diversidade cultural, valorizando o passado em detrimento com o presente,
assim como contingência e compreensão. Segundo Corrêa e Rosendah(2010), Commented [D13]: Veja se vc consegue colocar o
número da página!
seus estudos focalizavam especialmente nas sociedades tradicionais, pouco
Commented [D14]: Mudar termo com urgência!!! A não
reportando-se as sociedades urbana-industriais. ser que eles mesmos falem dessa maneira!

De acordo com Wagner e Mikessell no livro introdução a geografia cultural de


Correa e Rosendah (2010), a escola de Berkeley beneficiou cinco principais
temas a saber: cultura, paisagem cultural, áreas culturais, história da cultura e
ecologia cultural, nesses estudos incluíam-se estudos sobre limites, contatos e
mudanças culturais, difusão espacial, migrações, língua, religião, dieta
alimentar, gênero de vida, nome dos lugares, tipos de casas, habitat rural,
domesticação de plantas e animais, sistemas agrícolas, regiões agrícolas,
diversidade e unidade regional e impactos ambientais devido á ação humana.

E com essas temáticas de estudo a escola supracitada recebeu inúmeras


criticas, tanto dos geógrafos vinculados a correntes sauerianas, quanto
também de outras correntes, pois tais estudos não tinham uma sensibilidade
social e critica nos estudos das sociedades tradicionais, não havia uma
preparação com as mudanças sofridas a partir das sociedades urbano-
industrial.

Outro campo de criticas era o conceito de cultura adotado por Sauer, onde era
admitida como uma entidade supra- orgânica, com suas próprias leis, pairando
sobre os indivíduos considerados como mensageiros da cultura sem
autonomia. A cultura era assim concebida como algo exterior aos indivíduos de
um dado grupo social, sua internalização se faz por mecanismo de
condicionamentos, gerados de hábitos, entendidos como cultura. Nesta
perspectiva, os processos de mudança se realizariam por meio das forças
externas e não em função de contradições( Correa e Rosendah apud
Duncan2010).

Porém, essa visão de cultura supra- orgânica não se sustentou por muito
tempo, pois com as mudanças epistemológicas dentro e fora da geografia e até
mesmo a própria dinâmica do mundo contemporâneo, tornou-se insuficiente.

Em 1960, a geografia cultural entra em declínio, pois com o progresso técnico e


sua difusão, acarretou-se uma homogeneização nos instrumentos, nas formas
de produção, habitação, cidades, enfim uma igualdade justamente nos
aspectos materiais da cultura que ate então eram os aspectos que
fundamentavam a mesma, onde buscava-se distinguir as áreas geográficas e
cultura através destes elementos, e por fim o conceito de gênero de vida que
não permitia a compreensão da diversidade social que habita as grandes
cidades modernas( Neto apud claval 2013).

Com as mudanças epistemológicas na geografia humana e marxista, a


geografia cultural não resistiu as criticas feitas por ambas, pelo seu modelo de
analise espacial de padrões mapeáveis de fenômenos concretos. O que a
deixa totalmente destituída de objeto de pesquisa e sem instrumentos para
construir novos. Porem da mesma forma que seus limites foram apontados,
também foram estimulados para a sua renovação.

[...] No contexto social, aparecem novas formas de afirmação dos


grupos submetidos a processos homogeneizantes, a experiência
urbana coloca não o fim do cultural, mas sua transformação, a cultura
de massa ao invés de homogeneizar, produziu uma fragmentação no
social nunca antes vista, novos movimentos sociais vem reivindicando
o direito a diferença contestando velhos valores culturais, no que se
popularizou como politica de identidade. Todos estes fatores indicam
que a cultura tornou-se uma dimensão importante para compreender
as próprias transformações por que passava a sociedade
contemporânea [...] Neto, 2013 p.42.

E a partir dai a geografia cultural passa por um processo de renovação que se


da no contexto de valorização da cultura, sendo colocada como centro de
preocupação das ciências sociais e humana. No que diz Correa e Rosendah
(2010), p.12

No processo de renovação e revalorização da geografia


cultural diversas influencias se fazem presentes. De um lado, a
própria tradição saueriana e o legado vidaliano. Do outro, a
influência das filosofias do significado , especialmente da
fenomenologia, e do denominado materialismo cultural de
Raymond Williams. Um grande relacionamento com as
humanidades em geral enriqueceu a geografia cultural. A
geografia social também se constituiu em um dos ingredientes
dos quais se revigora a geografia cultural.

Nesse processo de transformação o conceito de cultura é redefinido, e deixar


de ser vista como um com junto homogêneo de hábitos, costumes utensílios e
tradições de um povo transmitido de geração para geração e passa a ser
entendida como um reflexo, uma dimensão e uma condição social, que nas
palavras de Correa e Rosendah (2010), não tem poder explicativo, ao contrario
precisa ser explicada.

Ainda na concepção dos autores citados anteriormente, nesses caminhos


podem ser considerados tanto a dimensão material da cultura como a sua
dimensão não material, tanto o presente como o passado, tanto objetos e
ações em escala global como regional e local, tanto os aspectos concebidos
quanto os vivenciados, tanto espontâneos como planejados, tanto aspectos
objetivos como subjetivos. O que os une em torno da geografia cultural é que
esses aspectos são vistos em termos de significado e como parte integrante da
espacialidade humana.
A definição da cultura está longe de ser elaborada, pois definida objetivamente
é negar sua subjetividade, pois ela não se restringe as consagradas diferenças
sociais, étnicas, linguísticas ou religiosas ela vai muito além, segundo Correa e
Rosendah apud Williams (2010), a cultura é elaborada por meio dos
significados comuns em um dado grupo social, ou seja, a partir da analise do
significado dos saberes, técnicas, crenças, trazidas em representações e
praticas, as quais dão sentido a vida do grupo.

A renovação da geografia cultural não deixou de lado o passado, mas


privilegia o presente ou o passado recente, não há uma escala geográfica que
seja a priori melhor que a outra, ela se interessa-se tanto em estudar os
significados construídos em minúsculas áreas, como uma rua, um vale ou até
mesmo um prédio, não há limites para a pesquisa cultural seja a geografia
saeriana ou geografia cultural renovada, a escolha da escala geográfica irá
depender dos questionamentos que forem elaborados e para cada escala
adotada o geografo cultural ou não deve-se ter em mente o foco de
investigação. Correa (2009)

,
O LUGAR COMO CATEGORIA DE ANALISE DA GEOGRAFIA

O conceito de lugar tem sido abordado com diversas interpretações ao longo do


tempo nos mais variados campos de conhecimento. Na geografia em particular é
considerado com um de seus conceitos-chaves, porém é um dos mais problemáticos
da disciplina, pois além de ser um dos mais confundidos e esquecidos no âmbito dos
estudos geográficos, quando comparado aos demais é o mais prejudicado, por que
seu conceito é aplicado de maneira incorreta.

A principio a ideia de lugar era associado a região e localização geográfica


(Moreira,2007). Isso se deu pelo fato de que a geografia em seu primórdio era
considerada como uma ciência meramente descritiva e comparativa onde os
conceitos privilegiados eram paisagem e região, tal conceito foi utilizado por grandes
clássicos da geografia entre eles Vidal de la blache e Sauer, porém era utilizado sem
grandes aprofundamentos.

No que diz por Bartoly (2007), p.68:

O lugar possui uma localização no espaço, contém o local, mas vai muito
além dele. Para Susanne Langer, o lugar é culturalmente definido, já o local é
uma qualidade incidental do lugar, definida pela cartografia (Relph, 1976).
Fred Lukermann acredita que um lugar não é só o onde de alguma coisa, mas
é o local somado a tudo que está implícito como o aspecto essencial da base
fenomenológica da geografia (apud Relph, 1976).

E com essa acepção deixa-se claro que a ideia de lugar não pode está apenas
ligado a local, pois envolve tudo o que contido nele. No que se refere ao interesse
pelo mesmo como categoria de analise geográfica, só veio se concretizar de forma
significativa com o advento das correntes humanística e critica, a partir da década de
1970. Apesar de ambas terem posturas teóricas metodológicas diferentes, tem em
comum a oposição ao positivismo. Na qual fazem critica a ciência logica cuja
centralização é o objetivismo fundamentado apenas nos conceitos baseados na
matemática e estatística, deixando de lado os aspectos sociais (Rodrigues, 2015).

Buscando uma renovação conceitual teórica e metodológica, a corrente


humanística fundamenta-se nas filosofias de significado, principalmente,
na fenomenologia e no existencialismo. Prioriza a micro escala, propondo
uma análise do lugar como mundo das experiências intersubjetivas dos
indivíduos. Desse modo, a categoria ascende á condição de peça chave
da geografia, fundamental para entender os sentimentos espaciais a partir
da experiência cotidiana, do simbolismo e do apego pelo lugar
(Rodrigues,2015, p.5038).

Nesse contexto a corrente humanística volta-se principalmente para a


valorização das relações de afetividade construída pelos seres humanos em
relação a seu ambiente para analisar o lugar, através da experiência dos
indivíduos e a significância que atribui-se a ele. Dentre os grandes
representantes da mesma destacam-se, Edward Relph, Yi-Fu-Tuan, Ane
Buttimer, Fred Lukermann , dentre outros.

Segundo Ferreira apud Relph ( 2015), o lugar é definido como centro profundo
da existência humana, cujo a essência estaria na intencionalidade
grandemente não- autoconsciente, o significado básico do lugar portanto não
provém de sua localização, função ou comunidade que ocupa ou de
experiências mudanas nem superficiais, mas sim da identidade dos lugares em
função das experiências subjetivas e das aparências.

Porém, a maior contribuição do referenciado autor ao estudo geográfico e ao


conceito de lugar foi considera-lo em sua dimensão fenomenológica , pois para
ele tal categoria só adquire identidade e significado por meio das intenções
humanas e sua relação com ele, no entanto vai além disso, pois se reflete em
seus atributos físicos e objetivos.

(...) Tuan (1983), acrescenta que os lugares, assim com os objetos


são núcleos de valor, e só podem ser totalmente apreendidos através
de uma experiência total englobando relações intimas, próprias do
residente(insider),e relações externas, próprias do turista (outsider). O
lugar torna-se realidade, portanto , a partir da nossa familiaridade
com o espaço, não necessitando entretanto, de ser definido através
de uma imagem precisa, limitada. O lugar se distingue, deste modo
de espaço. Este transforam-se em lugar a medida que o conhecemos
melhor e o dotamos de valor (TUAN,1983:6) adquirindo definição e
significado(Ferreira apud Tuan,2000, p.67)

Nessa acepção Tuan, também parte da experiência para definir o lugar, onde
mostra que o mesmo ganha interpretação a partir da medida que o
conhecemos e damos significado seja residente dele ou não o que vai o torna-
lo como tal é a nossa familiaridade com ele.

Buttimer, por sua vez propõe um dialogo entre a fenomenologia e a geografia,


através da conexão entre a fenomenologia com a experiência humana e o
existencialismo com as questões da vida, medo, esperança, desespero, etc.
(...) A fenomenologia existencial buscaria um caminho para a compreensão do
mundo vivido.(....) (FERRREIRA,2002 p.56).Porém, a maior contribuição de
Buttimer, para o pensamento fenomenológico geográfico no lugar foi através
da elaboração dos conceitos de lar (home) e horizontes de alcance (horizons of
reach) (Ferreira,2002).

A geografia humanística de base fenomenológica não centra-se apenas com a


formação e a experiência dos lugares, ela busca objetivar as ações presentes
no mundo contemporâneo, globalizado que destroem e rejeita a importância
do lugar.

De acordo com Rodrigues (2015), Relph afirma que o interesse pelo conceito
de lugar foi motivado, pela erosão da paisagem. Fenômeno ocorrido em 1950,
que trouxe rápidas mudanças ao mundo, sobretudo com o advento dos
projetos de arquitetura moderna sem ligação nenhuma com as histórias locais.
E com o progresso técnico e o surgimento das grandes multinacionais, criou-se
paisagens sem lugares, resultando assim em perdas de diversidade e
identidades geográficas.

E com essa certificação esse mesmo autor irá desenvolver a ideia de


deslugaridade, que segundo este ,na sociedade atual a diminuição do numero
de lugares significantes e paisagens diferenciadas estariam apontando para o
surgimento de uma geografia do deslugar, ou seja com as ações e interesses
da sociedade contemporânea o lugar vem perdendo sentido e sua importância.
Segundo Ferreira 2002, Relph procura entender como a deslugaridade é
transmitida e com isso intensificará cinco meios: a comunicação em massa, a
cultura de massa, os grandes negócios, a autoridade e o sistema econômico o
qual engloba todos os outros. Estes não estão isolados uns com os outros, mas
se completam e se combinam.

Apesar da corrente humanística ter contribuído para o conhecimento e maior


visibilidade do conceito de lugar na geografia e com a corrente critica e as
abordagens mais atuais que os estudos, da categoria é explorada
profundamente. Entre os geógrafos que se destacam nessa corrente
pensamento está: David Harvey, Milton Santos, Doreen Massey, Robert Sack,
Nicolas Entrikin, dentre outros.

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