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INTRODUÇÃO
1
Biomédica.
Doutora
em
Ciências
Médicas
área
de
concentração
Neurociências
pela
Universidade
Estadual
de
Campinas.
Professora
do
departamento
de
anatomia
da
Universidade
Federal
do
Paraná.
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Os músculos respiratórios principais (músculo diafragma e músculos intercostais) e
acessórios (músculos abdominais, músculo serrátil anterior, músculos escalenos,
músculo esternocleidomastoide) são estruturas anexas ao sistema respiratório.
NARIZ
O nariz é uma estrutura ímpar, mediana, com formato de uma pirâmide triangular.
Apresenta-se como uma protuberância situada no centro da face contendo uma raiz,
um dorso, uma base e um ápice.
As narinas são duas aberturas situadas na base do nariz externo formadas pelas
cartilagens alares maiores do nariz. Essas aberturas procuram manter abertas as
vias aéreas superiores para facilitar a ventilação pulmonar. Internamente as narinas
apresentam pêlos especiais denominados de vibrissas. Essas estruturas procuram
contribuir com a filtração do ar inspirado e impedem a entrada de insetos na
cavidade nasal (Figura 1).
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Figura 1. Nariz e cavidade nasal.
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Figura 2. Vista inferior do crânio.
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mucosa, constituídas pelo osso etmóide (concha nasal superior e média) e pelo osso
concha nasal inferior.
O esqueleto ósseo do nariz é constituído pelos ossos nasais (02), osso etmoide (01),
osso concha nasal inferior (02), osso vômer (01), ossos maxilares (02) e ossos
palatinos (02).
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Figura 3. Vista anterior do crânio.
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Os ossos conchas nasais inferiores são pares, classificados como ossos irregulares.
São responsáveis pela constituição das conchas nasais inferiores, propriamente
ditas.
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Figura 4. Vista inferior da base do crânio.
Os seios paranasais são encontrados nos ossos circunvizinhos ao nariz como: osso
frontal (seio frontal), osso etmoide (células etmoidais), osso esfenoide (seio
esfenoidal) e os ossos maxilares (seios maxilares).
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O esqueleto cartilaginoso do nariz é formado pelas cartilagens laterais (02),
cartilagens alares maiores (02), cartilagens alares menores (número variável) e
cartilagem do septo nasal (01).
A cartilagem ala maior é uma cartilagem par com formato de uma letra U. É
responsável pelo contorno das narinas e por mantê-las abertas.
A cartilagem do septo nasal contribui com a formação do chamado septo nasal junto
com a lâmina perpendicular do osso etmoide e o vômer.
O revestimento interno do nariz ocorre por meio da mucosa nasal, que começa onde
termina a pele dos vestíbulos nasais. É uma membrana formada por epitélio ciliado,
altamente vascularizado e com muitas glândulas mucosas com o intuito de contribuir
com o mecanismo de filtração, aquecimento e umedificação do ar inspirado.
FARINGE
A faringe é uma estrutura em forma tubular que inicia nas coanas e segue
inferiormente em direção ao pescoço. A sua parede é constituída por músculos
esqueléticos revestidos internamente por uma túnica mucosa. Localizam-se
posteriormente às cavidades nasais e anteriormente as vértebras cervicais.
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A faringe é uma via comum aos sistemas respiratório e digestório. Atua como via
condutora de ar da cavidade nasal para a laringe e também como via condutora de
alimento da cavidade bucal em direção ao esôfago.
Figura 5. Faringe.
A faringe apresenta comunicação com a cavidade nasal por meio das coanas,
comunica-se com a cavidade oral através do istmo das fauces (garganta), com o
ouvido médio por meio do óstio faríngeo da tuba auditiva, com a laringe através do
adito da laringe e com o esôfago a partir de sua continuidade inferior.
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Figura 6. Regiões da Faringe
Nasofaringe ou rinofaringe
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A nasofaringe inicia nas coanas e segue até uma linha transversal imaginária na
altura da úvula.
Orofaringe ou bucofaringe
Laringofaringe ou hipofaringe
LARINGE
A laringe (Figura 7) é uma estrutura tubular que liga a faringe com a traquéia.
Apresenta-se situada na linha mediana do pescoço, anteriormente a quarta, quinta e
sexta vértebras cervicais.
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Figura 7. Laringe.
A parede da laringe é composta por nove cartilagens, sendo três ímpares e três
pares. São elas: cartilagem tireoide (01), cartilagem cricoide (01), cartilagem
epiglótica (01), cartilagens aritenoides (02), cartilagens corniculadas (02) e
cartilagens cuneiformes (02).
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A laringe além de atuar como via de condução de ar, desempenha função na
produção de som (órgão de fonação).
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TRAQUEIA
A traqueia é uma estrutura anatômica com formato tubular (Figura 9). Apresenta-se
como um tubo cilíndrico de 10 cm a 12,5 cm de comprimento e de 2,5cm de
diâmetro, dividindo duas porções, um cervical e outra torácica.
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Figura 9. Traquéia.
BRÔNQUIOS
O brônquio principal direito se apresenta mais largo e mais curto do que o esquerdo,
o que explica a consequência do maior afluxo de corpos estranhos que nele
penetram. Após sua inserção no hilo pulmonar, o brônquio principal direito se divide
em brônquios lobares ou de segunda ordem, superior, médio e inferior.
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Figura 10. Arvore brônquica.
O mesmo não ocorre com o brônquio principal esquerdo que se apresenta dividido
apenas em brônquios superior e inferior, visto que a secção do pulmão esquerdo
ocorre apenas pela fissura oblíqua, dividindo-o em lobos superior e inferior.
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Dos brônquios lobares seguem os brônquios segmentares ou de terceira ordem,
responsáveis pela ventilação dos lobos pulmonares e que se ramificam inúmeras
vezes até darem origem aos bronquíolos, um para cada alvéolo pulmonar, até se
estabelecer a árvore bronquial (Figura 10).
PULMÕES
Cada pulmão tem uma forma piramidal com um ápice, uma base, três bordas e três
faces.
A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face superior
do músculo diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profunda
que a do esquerdo devido à presença do fígado.
Cada pulmão apresenta três margens: uma anterior, uma posterior e uma inferior. A
borda anterior é delgada e estende-se à face ventral do coração. A borda anterior do
pulmão esquerdo apresenta uma incisura produzida pelo coração, à incisura
cardíaca. A borda posterior é romba e projeta-se na superfície posterior da cavidade
torácica. A borda inferior apresenta duas porções: (1) uma que é delgada e projeta-
se no recesso costofrênico e (2) outra que é mais arredondada e projeta-se no
mediastino.
O pulmão apresenta três faces, sendo elas: a face costal ou lateral (relativamente
lisa e convexa voltada para a superfície interna da cavidade torácica); a face
diafragmática ou face inferior (face côncava que assenta sobre a cúpula
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diafragmática) e a face mediastínica ou face medial (possui uma região côncava
onde se acomoda o coração).
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I. Pulmão Direito: lobo superior, apical, anterior e posterior; lobo médio, medial
e lateral; lobo inferior, apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal
medial e basal lateral.
PLEURA
O líquido pleural tem a função de diminuir o atrito entre pleuras visceral e parietal
facilitando o deslizamento entre elas durante os movimentos respiratórios de
inspiração e expiração.
HILO PULMONAR
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O conjunto de estruturas que passam no hilo pulmonar é denominado em grupo de
pedículo pulmonar.
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MECANISMO DE INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO
HEMATOSE
A grande eficiência das trocas gasosas nos seres humanos ocorre devido à grande
área de superfície alveolar, à sua parede extremamente fina e à sua ampla rede de
vasos capilares sanguíneos alveolares.
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
Para que a mobilização do ar ocorra por meio das vias aéreas, que caracteriza o ato
de respirar - há necessidade do aumento e diminuição do volume da caixa torácica.
Durante a inspiração a cúpula diafragmática move-se para baixo aumentando o
volume da caixa torácica no sentido longitudinal, que ocorre devido à ação do
principal músculo da inspiração, o diafragma. Depois, os músculos intercostais
externos e os músculos cervicais (esternodeidomastoideo e escalenos) elevam a
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parte anterior da caixa torácica, diminuindo o ângulo das costelas com o eixo
vertical, aumentando o diâmetro anteroposterior da caixa torácica.
Isto reduz o volume da cavidade torácica e aumenta a pressão nos pulmões, até que
a mesma fique um pouco superior à pressão atmosférica, havendo a saída do ar, até
que as pressões intrapulmonares e atmosféricas entrem novamente em equilíbrio.
Após uma expiração forçada, existe sempre uma determinada quantidade de ar que
permanece nos alvéolos, que nunca chegam a esvaziar-se completamente em
condições normais, ou seja, a capacidade residual funcional, num máximo de 1,2 l.
Por fim, a capacidade pulmonar total, que equivale ao máximo de ar que se pode
conter nos pulmões após uma inspiração forçada, é de cerca de 4 l no sexo feminino
e de aproximadamente 6 l no sexo masculino.
MEMBRANA RESPIRATÓRIA
É definida como toda a superfície pulmonar que permite a difusão dos gases do ar
alveolar para as hemácias.
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Incluem os bronquíolos respiratórios, os ductos alveolares, os anéis ventriculares, os
sacos alveolares e os alvéolos, constituindo uma superfície de troca de
aproximadamente 70 m².
Essa membrana é bastante delgada, facilitando a difusão dos gases através dela.
Outras características que permitem o transporte de gases através da membrana
respiratória são:
Epitélio Alveolar
O epitélio que forra os alvéolos contém dois tipos de células alveolares, além de
células fagocitárias. As células alveolares podem ser do tipo I e do tipo II.
REFERÊNCIAS:
2. ELIS, H., LOGAN, B., DIXON, A. Anatomia Seccional Humana. São Paulo,
Editora Santos, 2001.
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3. FLECKENSTEIN, P.; TRANUM-JENSEN, J. Anatomia em Diagnóstico por
Imagens. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2004.
4. GUYTON AC, Hall JE. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier; 2006.
11. Van de Graaff KM. Anatomia Humana. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2003.
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