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Direito Civil
Cristiano Sobral
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- é análogo a uma obrigação alternativa, pois o b) contemplativa (art. 540, 1ª parte, CC) – o
vendedor/consignatário poderá devolver o valor doador efetua a mesma por mera liberalidade,
inicialmente estimado ou a própria coisa; expressando o motivo;
- a coisa deve ser móvel e livre para alienação, c) remuneratória (art. 540, 2ª parte, CC) – se
não podendo estar gravada com cláusula de origina da realização de serviços prestados,
inalienabilidade; cujo pagamento o donatário não pode ou não
deseja cobrar;
Obs: nesta relação contratual, o consignante
possui o domínio, transferindo ao consignatário d) ao nascituro (art. 542, CC) – é válida desde
somente a posse do bem móvel. que aceita pelo seu representante legal. Trata-
se de modalidade que depende
4. DOAÇÃO necessariamente de condição suspensiva para
vigorar, pois condiciona a validade do contrato
4.1. Conceito de doaçãoao nascimento do feto com vida;
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Os deveres legais estão elencados no rol do Importante que se faça a leitura do art. 578 do
art. 569, do CC: Código Civil.
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a) é a única ação que o locador pode propor 5.12.1.3.3. Ação revisional de aluguel
para recuperar o imóvel objeto da locação;
a) pode ser proposta tanto pelo locador,
buscando o aumento do valor dos alugueres,
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b) este beneficio poderá ser utilizado somente d) nesta demanda será fixado o aluguel
pelo prazo de três anos, ainda que quem tenha provisório a ser devido após o término da
proposto a ação tenha sido a parte contrária; vigência do contrato de locação;
c) segue o rito sumário, conforme art. 68 da lei e) o aluguel fixado na sentença poderá ser
do inquilinato; cobrado imediatamente independentemente da
propositura do recurso;
d) o juiz fixará o aluguel provisório, através dos
elementos fornecidos pelo autor da ação, que f) não sendo renovada a locação, o juiz
será devido desde a citação; determinará a expedição de mandado de
e) na audiência de conciliação, conforme despejo, dentro do prazo de 30 (trinta) dias
recente alteração pela lei 12.112/09, deverá ser para a desocupação voluntária, se houver
apresentada a contestação, contendo a pedido na contestação.
contraproposta; caso exista discordância
quanto ao valor pretendido, tentará o juiz a 6. EMPRÉSTIMO
conciliação; em caso de impossibilidade,
determinará a realização de perícia, se 6.1. Aspectos gerais
necessária, designando, desde logo, audiência
de instrução e julgamento; Esse tipo de contrato abrange tanto o
comodato como o mútuo. Ambos os institutos
f) o aluguel fixado em sentença retroage à se assemelham por terem como objeto a
citação e a diferenças devidas durante a ação entrega da coisa para ser usada e restituída ao
de revisão abrangerá os alugueres vincendos, dono originário ao final do negócio
bem como os vencidos e não pagos; as estabelecido. Diferenciam-se em razão da
mensalidades locatícias serão pagas com natureza da coisa emprestada, pois se o bem
correção monetária exigível a partir do trânsito for fungível o contrato será de mútuo e,se o
em julgado da decisão que fixar o novo aluguel; mesmo for infungível, será comodato.
como também serão descontados os alugueres
provisórios já satisfeitos; 6.2. DO COMODATO (EMPRÉSTIMO DE
USO)
g) no final da ação locatícia serão cobradas as
diferenças locatícias entre o aluguel provisório 6.2.1. Conceito
e o definitivo;
Melhor definido pelo art. 579, do CC, “O
h) a ação de despejo poderá ser fundamentada comodato é o empréstimo gratuito decoisas
pelo inadimplemento dos alugueres provisórios; não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do
objeto”.
5.12.1.3.4. Ação renovatória de contrato
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c) informal e não solene – não possui forma cláusula penal típica do contrato de comodato.
prevista em lei;
6.2.6. Responsabilidade do comodatário
d) unilateral –confere obrigações somente ao
comodatário; Em situação de eminente risco da perda
dos bens do comodante e docomodatário e,
e) personalíssimo – extingue-se com a morte este último, tendo somente comosalvaguardar
do comodatário; os seus pertences abandonando os do
comodante, deverá ser responsabilizado pelo
f) fiduciário – como o próprio nome diz, é dano ocorrido, ainda que se trate de caso
baseado na confiança entre o comodante e fortuito ou força maior. Vale dizer, quemesmo
comodatário; nestes casos não será suprimida a culpa do
comodatário que pretere a coisa alheia
6.2.3. Legitimação para celebrar o contrato emprestada em prol de seus pertences.
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c) se o menor tiver bens ganhos com o seu a) se for de produtos agrícolas, até a próxima
trabalho, observando-se que a execução do colheita quando já estiverem prontos para o
credor não lhes poderá ultrapassar as forças; consumo ou para a semeadura;
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esteja sujeita às leis trabalhistas ou a lei Importante que se faça a leitura do art. 598 do
especial. Código Civil
7.6. Resilição do contrato
7.2. Natureza jurídica
O prazo para estabelecer a resilição
a) bilateral – gera deveres a ambas as partes; contratual ficará ao arbítrio de ambas as
partes, mediante prévio aviso. Todavia, a lei
b) comutativo – possuem o prévio estipula prazos gerais, caso as partes não
conhecimento das obrigações contratuais; pactuem previamente tais limites:
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a) de lavor – neste contrato o empreiteiro objetiva segundo a norma do art. 618, do CC,
somente contribui com o seu trabalho; cuja obrigação é de resultado;
b) mista – o empreiteiro contribui com o seu c) se a obra ficar paralisada sem justo motivo
trabalho como também com os materiais resolve-se em perdas e danos, podendo o
necessários para a sua realização; empreiteiro suspender a obra nos casos do art.
625, do CC;
c) de projeto – a obrigatoriedade do empreiteiro
é somente entregar o seu projeto final; 8.6. Subempreitada
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g) temporário – pode ser estipulado prazo final b) obter autorização do depositante para usar a
ou não nesta modalidade de contrato; coisa depositada;
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b) ser diligente na execução do contrato e estado de uma das partes, término do prazo e
indenizar no caso de prejuízo causado por sua conclusão do negócio.
culpa ou de quem substabeleceu;
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prestar a fiança, e não possua bens suficientes durante sessenta dias após a notificação do
para cumprir a obrigação; credor;
g) a fiança poderá ser prestada conjuntamente c) O fiador pode opor ao credor as exceções
a um só débito, por mais de uma pessoa, que lhe forem pessoais e as extintivas da
importando o compromisso de solidariedade obrigação que competem ao devedor principal,
entre elas se declaradamente não se se não provierem simplesmente de
reservarem o benefício da divisão, incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo
respondendo cada fiador unicamente pela feito a pessoa menor;
parte que, em proporção, lhe couber no
pagamento; d) O fiador, ainda que solidário, ficará
desobrigado se, sem consentimento seu, o
h) o fiador também tem direito perante o credor conceder moratória ao devedor; se por
devedor de ser ressarcido de todas as perdas e fato do credor, for impossível a sub-rogação
danos que vier a sofrer em razão da fiança; nos seus direitos e preferências; se o credor,
em pagamento da dívida, aceitar
i) poderá o fiador promover o andamento da amigavelmente do devedor objeto diverso do
execução contra o devedor nos casos em que que este era obrigado a lhe dar, ainda que
o credor, sem justa causa, demorar a executar; depois venha a perdê-lo por evicção;
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A culpa pode ser dividida em dois casos: f) in eligendo – culpa pela escolha;
a) culpa latu sensu, tendo o dolo como sua g) in custodiando – culpa pela custódia, por
modalidade mais grave, podendo o mesmo ser guardar;
encontrado nas seguintes formas:
h) culpa presumida – a culpa, nesse caso é
- dolo direto: o agente deseja a prática do essencial para o dever de reparar, geralmente
ilícito; a lei já faz o juízo de presunção, não sendo a
mesma adotada pelo CC/02 e, nos casos de
- dolo necessário: diz respeito a um efeito previsão em leis esparsas, a doutrina entende
colateral típico decorrente do meio que se considera caso de responsabilidade
escolhido e admitido, pelo autor, como certo ou objetiva;
necessário;
i) culpa concorrente – é a hipótese em que o
- dolo eventual: o agente, com a sua conduta, agente e a vítima contribuem para a prática do
assume o risco do ilícito; evento danoso, sendo devida, segundo a
doutrina, a divisão proporcional dos graus de
b) culpa strictu sensu (mera culpa): o agente culpa entre os mesmos;
pratica o ilícito com a
ausência do dever de 2.3. Dano
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2.3.1. Espécies
2.3.1.3. Dano material futuro
2.3.1.1. Dano material
Inexiste a possibilidade desta
Trata-se de uma efetiva lesão patrimonial, modalidade, vez que somente se pode exigir
podendo ser total ou parcial, suscetível de reparação por danos causados e não por
avaliação pecuniária. danos a causar, ou seja que poderão se dar
futuramente, inexistindo lesão patrimonial.
2.3.1.1.1. Dano emergente, lucro cessante e
perda de uma chance 2.3.1.4. Dano moral
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danoso, de forma que tudo irá concorrer para o - risco proveito – todo ônus deve ser suportado
evento considerado causador; por quem recebe o bônus;
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Importante mencionar que somente no Tanto nos casos dos hospitais, clínicas
caso de não possuir a guarda ou não exercer o e outros estabelecimentos similares, bemcomo
poder familiar, o genitor não será às escolas, enquanto estiverem no referido
responsabilizado. local, aplica-se a teoria da guarda.
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geralmente ocorrendo nos colégios. Logo há aplica a Teoria da Pulverização dos Danos,
responsabilidade pedagógica do respondendo todos os condôminos por não se
estabelecimento de ensino, sob pena de conseguir individualizar a conduta.
infração administrativa, conforme art. 245, do
ECA(Art. 245 do ECA “Art. 245. Deixar o Já a responsabilidade por fato do
médico, professor ou responsável por animal, é aplicada também a teoria da
estabelecimento de atenção à saúde e de guarda,devendo o dono ou o detentor de
ensino fundamental, pré-escola ou creche, de animal ressarcir o dano causado pelo animal.
comunicar à autoridade competente os casos Esta regra é aplicável tanto a adestrador
de que tenha conhecimento, envolvendo quanto a estabelecimentos especializados.
suspeita ou confirmação de maus-tratos contra Para estes casos são aplicáveis a isenção de
criança ou adolescente:Pena - multa de três a responsabilidade mediante produção probatória
vinte salários de referência, aplicando-se o da culpa exclusiva da vítima ou força maior.
dobro em caso de reincidência”).
7. Responsabilidade civil no Código de
Em relação aos que gratuitamente Defesa do Consumidor
houverem participado nos produtos do crime,
será responsabilizado objetivamente até a Antes de entrarmos nesse tema, iremos
concorrente quantia da qual tirou o proveito caracterizar as relações de consumo com
efetivo, consagrando o Princípio da reparação osconceitos de fornecedor e consumidor.
do indevido.
7.1. Elementos
Deve ser destacada norma do art.934
da lei civil, que trata do direito de regresso. Existem 2 elementos referentes às
Somente no caso do inc. I do art.932 não será relações jurídicas de consumo: elementos
cabível tal direito. Atenção! subjetivos e elementos objetivos. Os elementos
subjetivos referem-se às partes envolvidas na
5.1. Independência das responsabilidades relação jurídica de consumo. Já os elementos
civil e criminal objetivos, são o produto ou serviço que recaem
sobre a relação jurídica mencionada.
A responsabilidade civil e criminal possui
comunicação, no entanto irá prevalecer de 7.1.1. Elementos subjetivos
forma absoluta o reconhecimento do fato e de
autoria na justiça penal (art. 935 do CC). Não 7.1.1.1. Consumidor
corre a prescrição antes do trânsito em julgado
da sentença penal condenatória (art. 200 do Segundo a Lei 8.078/90, “consumidor é
CC) e a sentença penal formará título executivo toda pessoa física ou jurídica queadquire ou
judicial na jurisdição civil, conforme inciso II do utiliza produto ou serviço como destinatário
art. 475-N, do CPC. final” . Acerca da expressão “destinatário final”
trazida pela lei, temos três teorias discutindo
esta matéria.
6. Responsabilidade por fato da coisa ou do
animal A Teoria finalista/subjetiva preceitua
que a pessoa,física ou jurídica, que retira o
No caso da responsabilidade pelo fato produto do mercado, possui fins de
da coisa, a responsabilidade será sempredo necessidade pessoal e não há a intenção de
dono do imóvel e não de eventuais ocupantes, revendê-lo, mantendo-o na cadeia econômica.
como locatário, comodatário, dentre outros.
Segundo a Teoria maximalista/objetiva,
Quando não é possível identificar de um basta retirar o produto da cadeia deconsumo,
prédio com diversos blocos o autor do independentemente de se tratar de uso pessoal
lançamento de objetos, a ou não.
doutrina entende que se
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da Lei 8.078/90. Um exemplo seria um e) nos casos dos arts. 25 e 51, inciso I da Lei
consumidor que compra uma passagem para 8.078/90;
um determinado horário e não comparece, a
companhia não é obrigada a devolver o valor f) nos casos do art. 247 da Lei 7.565/86
da passagem em razão do serviço ter sido (Código Brasileiro de Aeronáutica);
prestado adequadamente e o consumidor não
ter se beneficiado pelo seu não Requisitos para a validade da cláusula de não
comparecimento. indenizar:
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