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FACULDADE INTEGRADA BRASIL AMAZÔNIA

SECRETÁRIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE PSICOPEDAGOGIA COM ENFÂSE EM NEUROPSICOPEDAGOGIA

ALANA AZEVEDO CÂNCIO


AUGUSTO CEZAR GONÇALVES BELLO
JOSIMARE PANTOJA BARROSO
LUANE MANUELLE M. TAVARES
RENATA DI PAULA M. DO NASCIMENTO
RONALDO GOMES DE SOUSA

LINGUAGEM (AFASIAS), AGNOSIAS E APRAXIAS

Belém
2017
ALANA AZEVEDO CÂNCIO
AUGUSTO CEZAR GONÇALVES BELLO
JOSIMARE PANTOJA BARROSO
LUANE MANUELLE M. TAVARES
RENATA DI PAULA M. DO NASCIMENTO
RONALDO GOMES DE SOUSA

LINGUAGEM (AFASIAS), AGNOSIAS E APRAXIAS

Trabalho de pesquisa apresentado a


disciplina de Fundamentos de
Neuropsicologia Aplicados à Pedagogia,
ministrada pela Prof.ª Ana Carla Silva Anijar,
como requisito avaliativo do curso de
Especialização em Psicopedagogia com
Ênfase em Neuropsicopedagogia.

Belém
2017
LINGUAGEM (AFASIAS), AGNOSIAS E APRAXIAS

Quando se fala em afasias, agnosias e apraxias, estamos nos referindo a uma


alteração da linguagem admitida como sintomática ou se quisermos, patológica, que
ocorre após uma lesão cerebral e pode apresentar-se tanto como um “distúrbio de
expressão”, quanto de “compreensão” ou ambos. Deve-se assinalar que essas tais
alterações podem afetar a linguagem oral e/ou escrita. É comum, por outro lado, a
incidência de problemas associados como aquelesdisartria/disartrofonia,
apraxia/dispraxia e agnosia. A aproximação entre as afasias, as apraxias e as
agnosias tornou-se tão estreita que é comum existir a duvida se determinado quadro
deve ser rotulado entre as agnosias ou as afasias, e também há as dificuldades para
diferenciar uma afasia de uma apraxia. Com isto, buscamos evidenciar as
características que identificam as agnosias, as apraxias e as afasias, assim como seus
subgrupos quando existirem. Afasia é um comprometimento adquirido da linguagem
que afeta a compreensão e produção de palavras, frases e/ou discurso. Ela se
caracteriza tipicamente por erros na evocação ou escolha de palavras, incluindo:
Parafasias semânticas (substituição de uma palavra por outra semanticamente
relacionada, por exemplo, chamar um cavalo de vaca); Parafasias fonêmicas
(substituição de um ou mais sons na palavra, por exemplo, chamar uma faca de vaca
ou usar uma palavra inexistente, como gaca); Neologismos (uma série de sons que
não formam uma palavra e não são semelhantes à palavra-alvo) e Circunlocuções
(por exemplo, chamar um cavalo de um animal que você monta com uma sela). É
importante ressaltar que tanto a linguagem oral quanto a linguagem escrita são
afetadas. Contudo, apenas um mecanismo da percepção ou pratica é comprometido.
A afasia, por ser um problema na fala ou dos meios cognitivos que a envolvem, é
presente em pessoas com demência pelo menos, deficits igualmente graves na
memória episódica, nas habilidades visuoespaciais e/ou nas funções executivas (por
exemplo, organização, planejamento, tomada de decisões). Existem alguns meios de
classificação das afasias como a vascular e da fluência. Quanto a classificação
vascular, temos: A afasia de Broca é caracterizada pela emissão de fala não fluente,
mal articulada e agramática (tanto o discurso espontâneo quanto a repetição), com
uma compreensão de palavras relativamente preservada. Os indivíduos com afasia
de Broca frequentemente têm dificuldade de entender frases sintaticamente
complexas ou semanticamente reversíveis (por exemplo, "toque no nariz depois de
tocar no pé"), mas não têm muitos problemas para entender frases simples e
semanticamente não reversíveis. Esse conjunto de síndromes geralmente está
associado a uma isquemia ou outras lesões do córtex frontal póstero-inferior
esquerdo, na distribuição da divisão superior da artéria cerebral média (ACM)
esquerda. A afasia de Wernicke é caracterizada pela emissão de fala e repetição
fluentes, mas sem sentido, com má compreensão de palavras e frases. Ela decorre
tipicamente de uma isquemia no córtex temporal pósteros-superior, na distribuição da
divisão inferior da ACM esquerda. A afasia de condução é caracterizada pelo
comprometimento desproporcional da repetição de palavras associado a fala fluente.
Ela é tipicamente decorrente de isquemia que afeta o lobo parietal inferior. A afasia
transcortical é caracterizada pela repetição relativamente preservada. A afasia
transcortical sensitiva geralmente é resultante de isquemia envolvendo a zona de
fronteira entre os territórios da ACM esquerda e da artéria cerebral posterior (ACP)
esquerda. A afasia transcortical motora geralmente é resultante de isquemia
envolvendo a zona de fronteira entre os territórios da ACM esquerda e da artéria
cerebral anterior (ACA) esquerda. A afasia transcortical mista é resultante de
isquemia nesses dois territórios "de fronteira". A afasia anômica é caracterizada pela
incapacidade de evocação nominal e pelo dano tecidual no giro angular ou no córtex
temporal posterior médio/inferior. A afasia global denota grave comprometimento em
todos os aspectos da fala; a área de isquemia frequentemente envolve as áreas de
linguagem anterior e posterior (áreas de Broca e Wernicke). Em relação a
classificação da fluência, são decorrentes de lesões posteriores ao sulco central:
Afasia de Wernicke, com discurso fluente e com jargões e má compreensão; Afasia
transcortical sensitiva, caracterizada por capacidade de repetição bem preservada
no contexto de má compreensão e fala proposicional fluente, mas sem sentido; Afasia
de condução, na qual a fala fluente e espontânea é preservada, mas a repetição é
comprometida; Afasia anômica, com déficit de encontrar palavras e nomear coisas.
Afasias não fluentes englobam as regiões anteriores ao sulco central: Afasia de
Broca; Afasia transcortical motora, com dificuldade em iniciar e organizar
respostas, mas com repetição relativamente preservada; Afasia transcortical mista,
em que a ecolalia (repetição) é a única habilidade preservada da linguagem; Afasia
global, caracterizada por grave comprometimento na fala e na compreensão e por
expressões vocais estereotípicas. O tratamento das afasias é longo e deve fazer
parte do cotidiano da pessoa. A terapia baseia-se em exercícios que estimulem a
linguagem oral e escrita, para isso é importante planejar com antecipação as sessões
levando em conta a idade da pessoa, o grau de instrução e suas preferências
pessoais, além do grau de perda verificado. Além do tratamento médico, existe
também a opção de se trabalhar com o suporte das terapias fisioterápicas,
fonoaudiológicas, ocupacional e psicológica. Também, depois de identificar e tratar a
causa subjacente da afasia, os pacientes podem apresentar afasia residual. As
pessoas com afasia tendem a melhorar quando são encaminhados a um
fonoaudiólogo especializado em terapia de afasia. É importante que seja
individualizado para os deficits residuais, as necessidades e prioridades de
comunicação do indivíduo, além dos recursos disponíveis. A terapia aborda os
processos cognitivos comprometidos subjacentes ao desempenho alterado das
tarefas de linguagem do indivíduo. A apraxia é um distúrbio neurológico que tem como
principal característica ocasionar a perda da capacidade de realizar movimentos e
gestos precisos, embora a pessoa apresente vontade e habilidade física para tal. O
termo apraxia foi utilizado pela primeira vez no ano de 1871, por Steinthal. Este
distúrbio tem origem numa disfunção dos hemisférios cerebrais, que pode ser
consequência de traumas locais, tumores e entre outros fatores. Neste distúrbio as
pessoas apresentam dificuldades na pronúncia dos sons da fala, sendo que a
gravidade do quadro fica condicionada ao dano cerebral. Ele também ocasiona a
diminuição nas habilidades para execução de processos rotineiros como o de utilizar
objetos e de executar atos motores conhecidos. Os subgrupos são conhecidos como:
Apraxia ideativa onde a pessoa é incapaz de usar objetos comuns de forma
adequada ou a incapacidade de realizar movimentos sequenciais apesar de conservar
a capacidade para executar os movimentos individuais. Apraxia ideomotora é a
incapacidade de completar um ato de forma voluntária em resposta a uma ordem
verbal. O mesmo ato pode ser realizado pela pessoa de modo espontâneo. Tanto a
apraxia ideativa quanto a ideomotora são resultantes geralmente de lesão no
hemisfério esquerdo. Apraxia constitucional é a incapacidade de construir figuras
geométricas, montar quebra cabeças ou desenhar um cubo ou outras figuras
geométricas. Apraxia de vestimenta é a perda da capacidade para vestir-se,
mantendo-se as capacidades motoras simples e a cognição global. Tanto a apraxia
constitucional como a de vestimenta são resultado geralmente de lesões no hemisfério
direito. A apraxia de marcha é a incapacidade de executar o movimento
espontaneamente e organizar a atividade gestual da marcha em pequenos passos.
Essa apraxia resulta de lesões dos lobos frontais e subcorticais e de alterações
associadas à hidrocefalia de pressão normal. Apraxia bucofacial é a incapacidade
de realizar os movimentos voluntários da deglutição, movimentos voluntários da
língua, movimentos faciais ao comando, como lamber os lábios e soprar um fosforo.
Apraxia diagnóstica é retratada por alguns autores como a associação entre as
apraxias e agnosias, sendo por definição: apraxia – alteração das funções gestuais e
agnosias – alterações das funções cognitivas, ou seja, a pessoa não realiza os gestos
por não reconhecer o objeto e qual sua utilização. A apraxia diagonística consiste em
má cooperação entre as mãos na execução de tarefas bimanuais. Nas atividades
espontâneas, às vezes, pode estar evidente. O tratamento geralmente é baseado
por uma equipe medica que diversifica em diversos meios e técnicas. Os profissionais
geralmente são fonoaudiólogos, fisioterapeutas, neurologistas e psicólogos. As
agnosias são perturbações, sem muitas ocorrências, que se caracteriza pela
capacidade que algumas pessoas têm de ver e sentir os objetos, mas não
distinguir suas funções; consiste na distorção da capacidade de reconhecer objetos
como um lápis, pessoas, familiares ou até mesmo sua figura diante de um espelho.
Esta perturbação geralmente vem associada a anomalias cerebrais ou doenças
neurológicas, principalmente dos lobos temporal e parietal, onde se armazena a
memória e o conhecimento. Algumas pessoas com agnosia melhoram ou se
recuperam rapidamente, enquanto outras deverão se acostumar com sua
incapacidade, sem ter ainda um tratamento específico. Os subgrupos estão divididos
em visual que é aquela em que o paciente vê, porém perde a capacidade de identificar
o objeto; auditivas é aquela em que o paciente percebe sons e ruídos, mas não
identifica o objeto e tátil (Estereognosia) é aquela em que o paciente não identifica o
objeto, embora a sensibilidade táctil esteja íntegra. Para identificar as agnosias
estipulamos alguns processos, na visual mandamos o paciente identificar objetos e
cores; na auditiva mandamos o paciente identificar sons, ruídos, etc. e a táctil damos
objetos para que o paciente identifique, ou seja, a agnosia não é uma doença comum.
Esta condição pode ocorrer por várias razões, e em cada caso individual, manifesta-
se de formas diferentes. Portanto são fatores que complicam o diagnóstico da
agnosia, que muitas exige um exame neurológico mais profundo. Os profissionais de
saúde, para estabelecer um diagnóstico usam técnicas de imagem cerebral
(ressonância magnética, tomografia computadorizada), neuropsicológica e um exame
físico. Na primeira fase do diagnóstico, o profissional pede ao paciente para identificar
alguns objetos comuns, aplicando os diferentes sentidos. Após, lança-se mãos de
métodos de exame neuropsicológico, utilizando uma série de testes específicos, os
quais, o médico identifica os vários tipos de sensibilidade, e paralelamente analisa a
capacidade do paciente para utilizar os sentidos e identificar corretamente a
informação recebida. O tratamento tem como foco principal a reparação das causas
subjacentes. Algumas anormalidades neurológicas podem ser amenizadas por meio
de uma cirurgia cerebral, enquanto que a agnosia oriunda de um acidente vascular
cerebral não pode ser corrigida, ou seja, é permanente. O acompanhamento de
terapeuta ocupacional e da fala podem ajudar a melhorar os sintomas, e as mudanças
de rotina, com a adequação de novos hábitos e de estilo de vida com alguns cuidados
podem ajudar as pessoas com agnosia a estabelecer formas eficazes de lidar com os
sintomas. Os médicos normalmente sugerem que as pessoas com agnosia
desenvolvam métodos para aquisição de informações sensoriais através de outros
sentidos. No entanto, neste momento, não existe qualquer cura para a agnosia.

REFERENCIAS

Agnosia, apraxia, aphasia. Their value in cerebral localization. J. M. Nielsen. 2.a


edição. Paul B. Hoeber, New York, 1946.

CLAVREUL, J. O ser em sofrimento. O doente. In: A ordem médica: poder e


impotência do discurso médico. São Paulo: Brasiliense, 1983, p. 151-161.

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos


mentais. Porto Alegre: Artmed, 2011.

VAZ, Elaine. FONTES, Sissy. FUKUJIMA, Marcia. Testes para Detecção de


Apraxias por Profissionais da Saúde. Revista Neurociências, disponível online em
https://goo.gl/2uQ3Sa

VIEIRA, C. H. Um percurso pela história da afasiologia: estudos neurológicos,


lingüísticose fonoaudiológicos. 1992. 256f. (Mestrado em Linguística de Língua
Portuguesa), Universidade Federal do Paraná.
Sites

Afasia: de Broca, de Wernicke. O que é afasia? Disponível em:


http://www.gentside.com.br/afasia/afasia-de-broca-de-wernicke-o-que-e-
afasia_art5672.html Gentside. Acesso em 24/01/2018.

Afasia; Débora Carvalho Meldau. Disponível em: https://goo.gl/S2xRq8 Acesso em:


22/01/2018.

Agnosia–Apraxia–Linguagem; Maria do Carmo Parente Viana. Disponível em:


http://estudossobresaude.com.br/agnosia-apraxia-linguagem/ Acesso: 23/01/2018.

Agnosia - Causas e tratamento de agnosia; disponível em:


http://www.saudecomdieta.com/2016/02/agnosia-causas-tipos-tratamento.html;
Acesso: 22/01/2018.

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