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Tempo do Advento

Aproxima-se a celebração do Natal do Senhor. Em nossas atividades pastorais e na vida da Igreja


acontecem, nesta época do ano, muitas celebrações, assembleias, avaliações das atividades e
outras festividades de encerramento dos trabalhos. No entanto, é necessário perceber, no afã
de tantos afazeres, que estamos nos colocando mais uma vez na expectativa do Senhor, que
vem a nós manifestando-se como Luz que ilumina o mundo, Ele que se fez homem para nos
salvar. Como preparar-se, então, para viver na fé este acontecimento? Eis aí, pois, o sentido
maior do tempo do Advento.

1. Deus não nos deixou sozinhos.


Primeiro é necessário redescobrir a alegria pela presença de Deus entre nós.
A própria palavra advento, que pode ser traduzida como chegada, vinda, nos ajuda
nesta compreensão.
Antes de tudo, o Advento celebra a vinda de Cristo, a chegada do Salvador, sua
manifestação na carne.
Este mistério, da encarnação do verbo, o Filho de Deus, no seio da virgem Maria, por
obra do Espírito Santo, nos indica uma primeira realidade: Deus veio a nós em seu Filho,
como uma primeira vinda, que celebramos no Natal. É um “admirável intercâmbio”, em
que Deus assume nossa humanidade e nos comunica sua vida divina. Por isso, não se
trata do aniversário de Jesus, mas sua manifestação ao mundo, salvação para a
humanidade. Esta é, por assim dizer, a finalidade da encarnação: “e por nós, homens, e
para nossa salvação, desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da
virgem Maria, e se fez homem” reza o símbolo da fé que professamos na Liturgia. Como
nos atestam os textos da Escritura que ouvimos na liturgia do Advento, a vinda do
Messias foi longamente preparada, por meio de “ritos e sacrifícios, figuras e símbolos
da ‘Primeira Aliança’” (cf. Catecismo da Igreja Católica, 522-524). A liturgia, portanto,
atualiza e dá sentido a esta espera do Senhor. Tudo isso é a nós um convite a perceber
a presença de Deus, que nos visita de muitos modos.
2. Cristo virá novamente, em sua glória.
O Advento também nos lança na contemplação da vinda de Cristo em sua glória, no final
dos tempos. A fé na segunda vinda de Cristo torna-se a súplica de toda a Igreja, que
como um povo escolhido por Deus deve preparar-se bem para ir ao seu encontro, estar
diante dele que nos ama e nos julga em sua misericórdia. Esta prece da Igreja, já
expressa na Escritura, “Vem, Senhor Jesus”, nos indica, mais uma vez, o sentido da obra
redentora de Cristo e do intercâmbio dos dons celestes: “Revestido de sua glória, ele
virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que hoje,
vigilantes, esperamos” (da Liturgia da Missa, Prefácio do Advento I). Esta é a esperança
cristã, que nos dá sabedoria e paciência para viver bem nosso presente.
3. Deus quer habitar entre nós.
O Advento quer ser para nós um tempo de preparação para o Natal do Senhor, que veio,
vem e virá sempre ao nosso encontro. É como se fosse um presente contínuo, uma
presença perene, da qual precisamos nos atentar para não perder a graça do encontro
com Deus. Que as 4 semanas do Advento nos ajudem a fazer uma revisão de vida, tendo
em vista a chegada de Jesus em nossa casa, em nossa família. Que nossos presépios
indiquem a morada interior que queremos preparar para o Senhor. Que sua vinda
também nos converta aos valores do seu reino, reino de Deus e não das vontades
humanas. Que Maria, Mãe de Deus que se fez homem e nossa mãe, nos conduza pela
mão neste itinerário de fé.

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