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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

UNIDADE TAGUATINGA
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

RISCOS DE ACIDENTES AOS QUAIS OS PROFISSIONAIS DE


LAVANDERIA HOSPITALAR ESTÃO EXPOSTOS

Ana Cristina Araújo

JUNHO/ 2016
Riscos de acidentes aos quais os profissionais de lavanderia hospitalar estão
expostos
Ana Cristina Araújo1

RESUMO

Este artigo foi elaborado com o objetivo de verificar os riscosde acidentes aos quais
estão expostos os profissionais de lavanderia hospitalar e propor medidas de
controle adequadas para queeles venham ser assim minimizados, neutralizados ou
eliminados do ambiente laboral. A partir disto foram elaboradas as seguintes
hipóteses: há o fornecimento de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e
Equipamentos de Proteção Individual (EPI); os empregadores se preocupam com a
saúde dos trabalhadores; na lavanderia trabalha profissionais capacitados; os
profissionais da área estão conscientes dos riscos que estão expostos. É possível
justificar o tema afirmando que hoje mais do que nunca os hospitais necessitam
bastante da lavanderia hospitalar, contudo, os profissionais que estão envolvidos
nesta área, estão totalmente expostos a grandes riscos no local de trabalho, dentre
esses estão os riscos físicos, químicos, biológicose principalmente de acidentes.
Segundo a pesquisa de campo realizada pode-se verificar que os profissionais estão
despreocupados com sua segurança, de acordo com o questionário aplicado, eles
disseram que os EPI’s eram fornecidos, porém eles não tinham a consciência de
utiliza-los. A estrutura da lavanderia do hospitaleos equipamentossão bem antigos,
mostrando assim a despreocupação do empregador com os funcionários.

Palavras- chave: riscos de acidentes, lavanderia hospitalar, medidas de controle.

1INTRODUÇÃO

A lavanderia hospitalar é um dos setores de apoio mais importantes que


existem no ambiente hospitalar, pois dela depende a higiene das roupas utilizadas
pelos pacientes. A roupa bem lavada e higienizada oferece sensação de bem-estar
ao paciente e colabora com a prevenção de infecção hospitalar.
A lavanderia de um hospital, porém é uma área perigosa,sendorelevante que
os empregadores se preocupem com a segurança de seus funcionários.Dessa
forma, este artigo foi elaborado com o objetivo de verificar os riscos de acidentes
aos quais estão expostos os profissionais de lavanderia hospitalar e propor medidas
de controle adequadas para que eles venham ser assim minimizados, neutralizados
ou eliminados do ambiente laboral.
A partir disto foram elaboradas as seguintes hipóteses: há o fornecimento de
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamentos de Proteção Individual
(EPI); os empregadores se preocupam com a saúde dos trabalhadores; na
lavanderia trabalha profissionais capacitados; os profissionais da área estão
conscientes dos riscos que estão expostos. É possível justificar o tema afirmando
que hoje os hospitais necessitam da lavanderia hospitalar, entretanto, os
profissionais que da área estão totalmente expostos a grandes riscos no local de
trabalho, dentre esses estão os riscos físicos, químicos, biológicos e principalmente
de acidentes.
1 Ana Cristina Araujo aluna do curso Técnico em Segurança do Trabalho apresenta o seguinte artigo
pleiteando o certificado de Técnico em Segurança do Trabalho
O principal objetivo foi apresentar os riscos de acidentes aos quais os
auxiliares de lavanderia hospitalar estão expostos e propor métodos para controlá-
los. Os objetivos específicos foram:analisar a rotina das atividades realizadas,
propor medidas corretivas e conscientizar os trabalhadores envolvidos.
Para a realização deste trabalho elaborou-se a pesquisa bibliográfica e a
pesquisa de campo com um questionário e uma análise preliminar dos riscos de
acidentes.

2A FUNÇÃO DE UMA LAVANDERIA HOSPITALAR

Em virtude do aumento no número de contaminações em ambientes


hospitalares, tem se tornado indispensável o uso da lavanderia hospitalar. De acordo
com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA (2009), ela exerce atividade
de apoio que influência e muito na qualidade de vida tanto dos pacientes, como
também dos trabalhadores.2
O Ministério da Saúde (1986) versa a respeito do assunto, afirmando que a
lavanderia tem como finalidade a higienização e conservação da roupa, distribuindo
aos usuários em perfeitas condições e em quantidades suficientes.3
Porémos envolvidos na atividade estão expostos a riscos, que podem
colocar a saúde deles em perigo, por isso é necessário orientação às atividades que
os profissionais da lavanderia desenvolvem (ANVISA, 2009).
Como se podeobservar a lavanderia é um dos setores de apoio mais
importantes que existe no ambiente hospitalar.Por seruma área que apresenta riscos
aos trabalhadores, é necessário que os empregadores se preocupem com a
segurança de seus funcionários.

3CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES- CBO

Conforme o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), CBO é:

O documento que reconhece, nomeia e codifica os títulos e descreve as


características das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. Sua
atualização e modernização se devem às profundas mudanças ocorridas
no cenário cultural, econômico e social do País nos últimos anos,
implicando alterações estruturais no mercado de trabalho.

O CBO do auxiliar de lavanderia hospitalar é 5163-45. Segundo a descrição


das atividades realizadas do Ministério do Trabalho e Previdência Social, eles:

Executam serviços de lavanderia, tingimento e passadoria para pessoas,


empresas comerciais e indústrias, hospitais e diversos tipos de entidades,
usando equipamentos e máquinas. Recepcionam, classificam e testam
roupas e artefatos para lavar a seco ou com água. Tiram manchas, tingem e
dão acabamento em artigos do vestuário, sofás e tapeçarias de tecido e
couro; passam roupas. Inspecionam o serviço, embalam e expedem roupas
e artefatos.4

2Disponível em: www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/processamento_roupas.pdf: acesso em 20


de maio de 2016.
3 Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/lavanderia.pdf: acesso em 20 de maio de

2016.
4 Disponível em: http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/516345-auxiliar-de-lavanderia: acesso em 21

de maio de 2016.
De acordo com as tarefas desempenhadas pelo profissional lidas no CBO
acima, o profissional de lavanderia hospitalar tem uma rotina bem monótona e
cansativa, executando em suajornada de os serviçosde lavagem, secagem,
passagem até a distribuição das roupas em ótimo estado.

4PROCESSO IDEAL PARA LAVAGEM DAS ROUPAS

De acordo com a ANVISA (2009, p.16):

O processamento da roupa dos serviços de saúde abrange as seguintes


atividades: retirada da roupa suja da unidade geradora e seu
acondicionamento, coleta e transporte da roupa suja até a unidade de
processamento, recebimento, pesagem, separação e classificação da roupa
suja, processo de lavagem da roupa suja, centrifugação, secagem,
calandragem ou prensagem ou passadoria da roupa limpa, separação,
dobra, embalagem da roupa limpa, armazenamento, transporte e
distribuição da roupa limpa.

A seguir, será explicado de forma mais detalhada todo o processo, desde a


retirada da roupa suja da unidade geradoraaté a distribuição da roupa limpa aos
usuários.

4.1 PROCESSAMENTO DA ROUPA NA ÁREA SUJA

a) Retirada da roupa suja da unidade geradora e seu acondicionamento: o


processamento de lavagem da roupa é iniciado pela retirada da roupa suja na qual
esta foi utilizada. No processo da retirada é aconselhável que ocorra o menor
manuseio e agitação possível, fazendo a pesagem e nunca a contagem das roupas
para que microrganismosnão sejam dispersos no ar. A roupa suja deve ser colocada
imediatamente no saco hamper, observando sempre as medidas de precaução-
padrão (ANVISA, 2009).
b) Coleta e transporte da roupa suja até a unidade de processamento:da
mesma forma que a retirada da roupa suja da unidadegeradora, na coleta deve
haver o menor manuseio e agitação possível, e sempre observar as medidas de
precaução-padrão. No transporte é necessário utilizar carros que sejam de fácil
higienização (ANVISA, 2009).
c) Recebimento: conforme o Ministério da Saúde (1986, p.22), ”a área da
recepção, a roupa é retirada do carro de coleta, a fim de ser pesada eseparada”.
 Pesagem: a pesagem é realizada em dois momentos, quando acontece
o recebimento da roupa suja e após a separação e classificação para controlar os
gastos e também o limite de carga da lavadora (ANVISA, 2009).
 Separação/ classificação: de acordo com a ANVISA (2009, p.26), “essa
é a fase de processamento que oferece maior risco aos trabalhadores sob o ponto
de vista de infecção e saúde ocupacional”. A roupa é classificada de acordo com o
grau de sujidade: sujidade pesada ou sujidade leve, coloração da roupa: roupa
branca e cores claras, roupas de cores firmes e roupas de cores desbotáveis, tipo de
fibra têxtil, tecido, formato, tamanho e /ou tipo de raça: lisas, tecido felpudo, roupas
cirúrgicas, uniformes e paramentos e tecidos absorventes. (ANVISA, 2009).
d) Processo de lavagem da roupa suja: o processo de lavagem inicia-se
após a separação/classificação da roupa suja. A roupa é colocada dentro da
lavadora na área suja e retirada, por meio de uma abertura na área limpa. No
processo de lavagem a roupa é higienizada, sendo eliminados os microrganismos
patogênicos (ANVISA, 2009).
Assim a roupa é colhida, pesada, separada e classificada de acordo com
seu grau de sujidade, e logo após enviada para a lavadora. No processo de lavagem
há vários processos para que a roupa saia não apenas limpa visivelmente, mas
higienizada e livre de microrganismos patogênicos. Observe abaixo como se inicia o
processo de lavagem das roupas.
 Ciclos e processos de lavagem:
a) Umectação: uso de produtos que dilatam a fibra do tecido. Nessa fase
deve utilizar o produto em água à temperatura ambiente (ANVISA, 2009).
b) Pré-lavagem: nessa parte é retirada grande parte das sujidades
visíveis, por meio de produtos químicos (ANVISA, 2009).
c) Lavagem: de acordo com ANVISA (2009, p.29), ”os princípios de
lavagem são de ordem física:ação mecânica, temperatura e tempo e
química:detergência, alvejamento, desinfecção, acidulação e amaciamento”, a
combinação desses fatores tem a finalidade de remover o restante da sujidade.
Para exemplificar melhor, observe a quadro1 e 2, que mostra o que seriam
esses princípios de lavagem, segundo o Ministério da Saúde (1986):

QUADRO 1
ORDEM FÍSICA
Essa técnica consiste em bater, esfregar e torcer a roupa. Que no
Ação mecânica
caso a lavadora que fará esse trabalho.
Para cada tipo de roupa há uma temperatura adequada. Porém
Temperatura
água quente com temperatura de 85 a 90ºC destrói os
microrganismos em apenas 15 minutos, exceto os esporos.
O tempo é muito importante no processo de lavagem das roupas.
Tempo
É necessário saber determinar corretamente o tempo, para que
sejam retiradas todas as sujidades e que não ultrapasse o limite
para que às roupas não sejam desgastadas. Por exemplo, o tempo
para ensaboamento é indicado de 5 a 10 minutos.
Fonte: Elaborado pela autora
QUADRO 2
ORDEM QUÍMICA
É a ação química mais comum que tem a finalidade de dissolver
Detergência
gorduras e óleos.
É a ação do cloro e oxigênio para o branqueamento das roupas.
Alvejamento
Tem a finalidade de baixar o PH da roupa, com o objetivo de
Acidulação
retirar todo o cloro.
É um processo que adiciona um produto com glicerina para deixar
Amaciamento
as roupas mais leves e macias.
É o ultimo item do processo de lavagem das roupas. Para a total
Desinfecção
desinfecção é necessário colocar as roupas a uma temperatura de
85 à 95ºC.
Fonte: Elaborado pela autora

Realmente é no momento da lavagem que os microrganismos são de vez


eliminados. Como pode se observar, para que essa lavagem tenha bons resultados
é necessária à combinação tanto dos fatores físicos, como também dos químicos. A
interrupção de algum desses fatores irá ocasionar uma máhigienização das roupas.

4.2 PROCESSAMENTO DA ROUPA NA ÁREA LIMPA

a) Centrifugação: o processo de centrifugação tem como finalidade


excretar o excesso de água por meio de uma máquina centrifuga (ANVISA, 2009).
b) Secagem: De acordo com a ANVISA (2009, p.33), “a secagem é a
operação que visa retirar a umidade das roupas que não podem ser calandradas,
como uniformes de centro-cirúrgico, toalhas e roupas de tecido felpudo”.
c) Calandragem: É a secagem de roupas lisas a uma temperatura entre
120ºC à 180ºC (ANVISA, 2009).
d) Prensagem: Conforme o Ministério da Saúde (1986, p.29), é feita a
prensagem em ”uniformes e outras peças não passíveis de serem colocadas em
calandras, ou que tenham detalhes como pregueados e vincos”.
e) Passadoria a ferro: é realizada em peças pequenas ou para efeito de
acabamento (ANVISA, 2009).
f) Embalagem da roupa.
g) Estoque e armazenamento.
h) Distribuição da roupa limpa.
O processamento da roupa na área limpa começa quando as roupas já
estão lavadas, assim elas saem da lavadora e já são colocadas na centrifuga onde é
retirado o excesso de água, em seguida levadas as secadoras em que são secadas,
feita a calandragem. Quando as roupas estão secas e dobradas elas são estocadas,
armazenadas e por fim distribuídas.

5FLUXOGRAMA DO PROCESSO

O fluxograma do processo de lavagem das roupas apresenta área suja e


área limpa. Na área suja é realizada a separação/pesagem e lavagem das roupas.
Na área limpa é feito a centrifugação, secagem, calandragem, armazenagem e
distribuição das roupas. Veja a figura 1, que mostrará todo o processo:
FIGURA 1

Coleta
Área suja

Separação/
pesagem

Lavagem

Passagem da roupa

Centrifugação
Área limpa

Calandragem
Secagem

Dobragem

Armazenagem

Distribuição

Fonte: Elaborado pela autora.


6EQUIPAMENTOS

Os equipamentos, ou seja, as máquinas e aparelhos que são utilizados no


processamento de lavagem das roupas são indispensáveis, pois sem eles o
processo seria impossível de ocorrer. De acordo com a ANVISA (2009, p.55):

Para a aquisição desses equipamentos, é necessário verificar as


especificações de fabricação, instalação, níveis de ruído e segurança
presente em normas, além de recomendações do fabricante. Além disso,
devem ser firmemente assentados no piso, que deve ser liso e sem declive.

Segundo a Norma Regulamentadora nº12 (2016), do Ministério do Trabalho


e Emprego, o item 12.16 mostra que máquinas com instalações elétricas devem
possuir aterramento elétrico e isolamento das partes energizadas. Além do mais, a
mesma norma no item 12.56, mostra que as máquinas deverão ser equipadas de um
ou mais dispositivo de parada de emergência, para que ela seja interrompida em
situações de perigos.5
Conforme a NR12 (2016), o item 12.6 “nos locais de instalação das
máquinas e equipamentos, as áreas de circulação deverão ser demarcadas”, no
item 12.6.1 mostra que ”as vias principais de circulação nos locais de trabalho e as
que conduzem às saídas de emergência, devemter no mínimo 1,20m de largura”.
Por aplicar as orientações da norma, com certeza acidentes serão evitados.
Segundo a ANVISA (2009), os principais equipamentos utilizados no
processamento de lavagem de roupa são:
a) Lavadora: tem a função de higienizar a roupa, por meio da ação
mecânica e química, como pode ser visto na figura 2:

FIGURA 2

Fonte: Elaborado pela autora.

b) Extratora/ centrífuga: tem como função a extração do excesso de água


da roupa, pode retirar até 60% da água proveniente da lavadora, observe a figura 3:

5Disponível em: http://www.mtps.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-


regulamentadoras: acesso em 24 de maio de 2016.
FIGURA 3

Fonte: Elaborado pela autora.

c) Secadora: tema função de secar roupas de tecido felpudo. É um


equipamento que libera muito calor, verifique a figura 4:

FIGURA 4

Fonte: Elaborado pela autora.

d) Calandra: é o equipamento responsável pela secagem e passagem de


roupas de tecido liso. De acordo com a NR32 (2011), item 32.7.3 a calandra deve
ter:
a. Termômetro para cada câmara de aquecimento, indicando a
temperatura das calhas ou do cilindro aquecido;
b. Termostato;
c. Dispositivo de proteção que impeça a inserção de segmentos
corporais dos trabalhadores junto aos cilindros ou partes móveis da
máquina.
d.
A figura 5 mostra a calandra encontrada no ambiente da lavanderia:

FIGURA 5

Fonte: Elaborado pela autora.

7RISCOS OCUPACIONAIS

Segundo ENERGIAS DE PORTUGAL (s.d.), consideram-se riscos


ocupacionais a probabilidade de um profissional sofrer algum, dano em seu
ambiente de trabalho, esses riscos estão associados a causas de natureza humana,
de natureza técnica ou ainda a fatores exteriores ao trabalho. Assim o MTPS, por
meio da Norma Regulamentadora nº05 (2011), classifica os riscos ocupacionais em
cinco tipos, sendo eles riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de
acidentes.
Para a Norma citada anteriormente, risco de acidentes significa qualquer
fator que coloque o trabalhador em situação de insegurança e que venha assim
afetar a sua integridade física e mental. De acordo com CAMPOS (1999), os riscos
de acidentes são representados por deficiências em máquinas ou equipamentos,
que consequentemente por terem deficiências ou serem inadequados eles
constituirão riscos que poderão afetar a integridade física e mental do trabalhador.
De acordo com a FIOCRUZ (s.d.),são considerados riscos geradores de
acidentes: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção,
ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade,
probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais
peçonhentos e outras situações que poderão contribuir para a ocorrência de
acidentes.
Com relação ao quefoi citado acima, os riscos de acidentes podem trazer
grandes prejuízos aos trabalhadores, pois além de poder afetá-lo fisicamente, pode
afetá-lo mentalmente. Por isso, é necessário que se tome cuidados para que a
saúde dos funcionários seja preservada.
8RESULTADOS

8.1 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS

Os profissionais da lavanderia hospitalar estão expostos aos riscos


físicos,químicos, biológicos e de acidentes, porémpôde-se observar na pesquisa de
campo realizada que o risco predominante no local é o risco de acidentes,assim a
análise realizada foi a de acidentes que pode ser observada no anexo 01 do trabalho
e com mais explicação abaixo.
Na área suja os profissionais estão expostos a riscos de acidentes por meio
dos agentes, máquinas e equipamentos sem proteção em que as fontes geradoras
são as lavadoras em funcionamento. A principal medida de controle proposta é a
proteção adequada nas correias, polias e transmissores de força da máquina,
instalar dispositivos de emergência e se possível trocar as máquinas por umas mais
modernas. Outro agente de risco a que esses trabalhadores estão expostos é a
eletricidade em que a fonte geradora consiste nos fios energizados sem proteção, a
medida corretiva é a instalação de aterramento elétrico, outras situações de risco
que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes, que no caso seria o corte,
onde os perfuro cortantes são a fonte geradora, e a medida de controle adequada a
tomar é a utilização de luvas de borracha e ter a vacinação em dia.
Na área limpa eles estão expostos aos agentes bem parecidos ao da área
suja, que são máquinas e equipamentos sem proteção, em que a calandra, a
centrífuga e a secadora em funcionamento que são as fontes de geração e a medida
mais adequada nesse caso é a instalação do dispositivo de parada de emergência e
se possível trocar as máquinas por umas mais modernas. No agente de eletricidade
a fonte geradora são os equipamentos energizados sem proteçãoea medida
corretiva seria a adoção de aterramento elétrico.Outras situações de risco poderão
contribuir para a ocorrência de acidentes como as queimaduras, como fonte
geradora é a transmissão de calor por meio dos maquinários, secadora e
calandra.Como medida corretiva é adequadousar luvas térmicas.

8.2 ENTREVISTA COM O AUXILIAR DE LAVANDERIA HOSPITALAR

A lavanderia hospitalar está localizada na parte externa do hospital. As


pessoas que prestam serviço são pessoas concursadas, regidas pela Lei nº
8.112/1990. Esta Lei institui o regime jurídico dos servidores públicos civil da União,
das autarquias, inclusive as em regime especial, e das Fundações publicas federais.
Laboram neste setor, sete funcionários por dia, sendo que três ficam na área suja e
quatro na área limpa, destes, três são do sexo feminino e quatro do sexo masculino.
Eles trabalham em turnos de 12x24hs, ou seja, dia sim dia não, de 07 às 19hda
noite.
A pesquisa de campo foi realizada no dia 03 de junho de 2016, das 13 às
16h da tarde. Por meio de um questionário que pode ser visualizado no anexo 2, que
foi aplicado aos sete funcionários, sobre a função e a percepção dos riscos aos
quais eles estão expostos, e também a realização de uma análise preliminar dos
riscos de acidentes do hospital visitado.
De acordo com o questionário realizado, foi feito uma análise a respeito da
percepção dos auxiliares de lavanderia hospitalar sobre os riscos ocupacionais(veja
gráfico 1), sobre treinamentos( veja gráfico 2) e também sobre a utilização de EPI’s(
veja gráfico 3) . Observe abaixo:

PERCEPÇÃO DOS AUXILIARES DE LAVANDERIA SOBRE OS RISCOS DE


OCUPACIONAIS

De acordo com a pesquisa elaborada, na lavanderia hospitalar, 70% dos


profissionais relatam que o maior risco ocupacional que eles estão expostos é o de
acidentes ocasionados pelas máquinas e 30% afirmam ser o risco biológico sendo o
maior preocupante.

GRÁFICO 01

Riscos ocupacionais na percepção do


auxiliares de lavanderia hospitalar

70 % RISCO DE ACIDENTES
30% RISCO BIOLÓGICO

Fonte: Elaborado pela autora

Como mostrado acima, os profissionais estão cientes de que o risco


predominante na lavanderia do hospital analisado é o de acidentes, até porque as
máquinas do local são bem ultrapassadas, sem trazer nenhuma segurança aos
trabalhadores. Esta pergunta foi elaborada para confirmar que os profissionais da
área estão conscientes dos riscos que estão expostos.

PERCEPÇÃO DOS AUXILIARES DE LAVANDERIA QUANTO A REALIZAÇÃO DE


TREINAMENTO DE SEGURANÇA

De acordo com o questionário aplicado, 60% dos profissionais disseram que


recebem treinamento periodicamente de pelo semestralmente, enquanto 40%
afirmaram receber treinamento anualmente.
GRÁFICO 02

Treinamentos de segurança

60% SEMESTRALMENTE
40% ANUALMENTE

Fonte: Elaborado pela autora

Percebe-se que houve uma controvérsia por parte dos colaborados, uns
dizendo que recebem treinamentos semestralmente e outros anualmente. Contudo é
importante ressaltar que apesar de o empregador fornecer EPI’s e treinamento de
segurança, ele não se importa o bastante com a segurança de seus funcionários.

PERCEPÇÃO DOS AUXILIARES DE LAVANDERIA HOSPITALAR QUANTO A


UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

De acordo com o questionário aplicado 100% dos profissionais disseram que


são fornecidos Equipamentos de Proteção Individual, porém após a observação da
realização da atividade, notou-se que 30% utilizavam os EPI’s de forma completa,
10% de forma incompleta e 60% não utilizavam. A forma completa seria o uso
debotas, gorro, máscara cirúrgica, luva de borracha e avental.
GRÁFICO 03

Utilização de Equipamentos de Proteção


Individual

30% FORMA COMPLETA


10% FORMA INCOMPLETA
60% NÃO UTILIZAVAM

Fonte: elaborado pela autora

Conforme foi mostrado acima, deve haver uma maior conscientização por
parte dos auxiliares de lavanderia, pois o fornecimento dos EPI’s está acontecendo
de forma correta, o problema está sendo na utilização deste.

8.3 PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO

De acordo com o que já havia sidomencionado, os auxiliares de lavanderia


do hospital estão mais expostos aos riscos de acidentes, devido às máquinas do
setor seremmuito antigas. Assim os profissionais trabalham em um local em que
máquinas e equipamentos estão sem proteção, àfiação sem proteção e a
probabilidade do risco de cortes e queimaduras é imensa.
Para minimizar os agravantes dos riscos de acidentes, foi proposto que se
possível houvesse uma troca das máquinas antigas, aplicar proteção adequada nas
correias, polias e transmissores de força da máquina, instalar dispositivos de
emergência. Na parte da eletricidade como os fios estavam expostos, fazer um
aterramento elétrico, no caso dos perfuro cortantes fazer a utilização das luvas de
borracha e realizar a vacinação adequadamente. Para minimizar as ocorrências de
queimaduras, fazer o uso de luvas térmicas.

9CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo foi elaborado com o objetivo de verificar os riscos de acidentes


aos quais estão expostos os profissionais de lavanderia hospitalar e propor medidas
de controle adequadas para que eles venham ser assim minimizados, neutralizados
ou eliminados do ambiente laboral.
O artigo foi elaborado por pesquisas bibliográficas referentes aos riscos de
acidentes, e elaborado uma pesquisa de campo no dia 03 de junho de 2016, com 07
auxiliares de lavanderia hospitalar para verificação dos riscos a que estes
trabalhadores estão expostos, se há o fornecimento de EPC’s e EPI’s e se os
profissionais da área estão conscientes dos riscos que estão expostos.
Com base nos estudos e no questionário realizado, todos os auxiliares da
lavanderia recebem os Equipamentos de Proteção Individual, porém quando foi
observada a realização da tarefa, 30% dos funcionários utilizavam os EPI’s de forma
completa, 10% de forma incompleta e 60 % não utilizavam. Conforme foi mostrado
acima, deve haver uma maior conscientização por parte dos auxiliares de
lavanderia, pois o fornecimento dos EPI’s esta acontecendo de forma correta, o
problema está sendo na utilização deste.
O objetivo geral deste artigo foi verificar os riscos de acidentes aos quais
estão expostos os auxiliares da lavanderia hospitalar e propor medidas de controle
adequadas para que os riscos verificados venham ser assim minimizados,
neutralizados ou eliminados do ambiente laboral.Duas das hipóteses levantadas
foram verídicas, sendo elas que haviam o fornecimento de EPC’s e EPI’s, e os
funcionários estavam cientes dos riscos que estavam expostos, duas não
procederam em que não havia profissionais capacitados e pode-se concluir que o
empregador não se importava com a saúde de seus funcionários, assim é
necessária uma maior preocupação pela saúde e integridade física dos auxiliares de
lavanderia hospitalar por parte dos empregadores.

REFERÊNCIAS

ANVISA. Lavanderia hospitalar. 2009. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/


servicosaude/manuais/processamento_roupas.pdf>. Acesso em: 20 maio 2016.

BRASIL. Constituição (1990). Lei nº 8112, de 11 de dezembro de 1990. Publicação


Consolidada da Lei Nº 8.112, de 11 de Dezembro de 1990.

CAMPOS, Armando. CIPA- Comissão Interna de Prevenção de Acidentes: Uma


nova abordagem. 4. ed. São Paulo: Senac, 1999.

FIOCRUZ. Riscos de acidentes. Disponível em:


<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_de_acidentes.html>.
Acesso em: 28 jun. 2016.

PORTUGAL, Energias de. Riscos ocupacionais. Disponível em:


<https://www.edp.pt/pt/sustentabilidade/Risco/PrevRiscoLaboral/Pages/RiscoOcupac
ional.aspx>.
Acesso em: 28 jun. 2016.

SAÚDE, Ministério da. Lavanderia hospitalar. 1986. Disponível em:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/lavanderia.pdf>. Acesso em: 20 maio
2016.
SOCIAL, Ministério do Trabalho e Previdência. CBO do auxiliar de lavanderia
hospitalar. Disponível
em:<http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTituloResultado.jsf
>. Acesso em: 21 maio 2016.
SOCIAL, Ministério do Trabalho e Previdência. NR5. 1995. Disponível em:
<http://www.mtps.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR5.pdf>. Acesso em: 27 jun.
2016.

SOCIAL, Ministério do Trabalho e Previdência. NR12. 2015. Disponível em:


<http://www.mtps.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-12-seguranca-no-trabalho-em-
maquinas-e-equipamentos>. Acesso em: 24 maio 2016.

SOCIAL, Ministério do Trabalho e Previdência. NR32. 2005. Disponível em:


<http://www.mtps.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR32.pdf>. Acesso em: 24
maio 2016.
ANEXOS
Anexo 1 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS

Avaliado por: Ana Cristina Almeida

Setor: área suja da lavanderia hospitalar

Agente Fonte Meio de Medidas de controle propostas


geradora propagação

Máquinas e Lavadoras em Contato Aplicar proteção adequada nas


equipamentos funcionamento correias, polias e transmissores de
sem proteção força da máquina, instalar
dispositivos de emergência e se
possível trocar as máquinas por
umas mais modernas.

Eletricidade Fiosenergizad Contato Aterramento elétrico


os expostos

Outras Pefuro Contato Uso de luvas de borracha e


situações de cortantes vacinação em dia.
risco que
poderão
contribuir para a
ocorrência de
acidentes

Corte

Setor: área limpa da lavanderia hospitalar

Agente Fonte Meio de Medidas de controle propostas


geradora propagação

Máquinas e Funcionamento Contato Dispositivo de parada de emergência


equipamentos de maquinários: em local de fácil acesso e se possível
sem proteção calandra, trocar as máquinas por umas mais
centrífuga e modernas.
secadora

Eletricidade Equipamentos Contato Aterramento elétrico


energizados

Outras Funcionamento Contato Uso de luva térmica


situações de dos
risco que maquinários:
poderão secadora,
contribuir para a calandra
ocorrência de
acidentes

Queimaduras
Anexo 2QUESTIONÁRIO

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SIM NÃO Observação


São fornecidos
Equipamentos de Proteção
Coletiva/ Individual?
Os Equipamentos de
Proteção Individual (EPI)
são suficientes para a
demanda de serviço?

Já sofreu algum tipo de


acidente?

Como se sente no final da


jornada de trabalho?

Todos os funcionários são


vacinados contra hepatite
B, difteria e tétano, febre
amarela, sarampo,
caxumba, rubéola,
tuberculose, influenza,
pneumococos, varicela e
hepatite A?
No caso de manutenção
ou quebra de uma
máquina, como o hospital
procede?

Existe sala de estar


(descanso) e vestuário
para os funcionários?
Há lavatório adequado
para lavagem das mãos
(dispensador com sabão
líquido, suporte de papel
toalha e lixeira com
acionamento por pedal)?
Os saneantes são
utilizados de maneira
adequada? (portaria
n°15/88)
Há a realização de
capacitação técnica?
Existe realização de
treinamentos de
segurança?
As máquinas utilizadas no
processo estão em bom
estado?

Você vê alguma utilidade


no termômetro, termostato
e dispositivo de
emergência da calandra?
É realizada hora extra?

Você sabe quais os riscos


ambientais a que está
exposto?

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