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RESENHA CRÍTICA: TECNOLOGIAS EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DE PROFESSORES

Prof. Dr. Rógis Juarez Bernardy


Curso de Educação a Distância – Preparação de material para EaD – 2007

Esta resenha está embasada em obra intitulada “tecnologias em educação a


distância de professores”, que apresenta artigo de Maria Umbelina Caiafa Salgado.
Esta aborda as “características de um bom material impresso para a educação a
distância, no âmbito nacional”.
A referida autora é Coordenadora pedagógica, atua na Formação Superior de
Professores – Curso normal superior da Secretaria da Educação do Estado de
Minas Gerais e do consórcio de Instituições de Ensino Superior, entre outras
atividades profissionais.
O texto aborda o Ensino a distância como uma forma de diversificação e
ampliação de possibilidades de formação profissional, amparada na legislação
federal. Neste contexto, o texto enfatiza os aspectos menos favoráveis quanto a
produção de material didático e o respectivo alcance ao público alvo.
Na seqüência aborda os distintos pontos capazes de atingir o público, que em
determinados casos, depende de um conjunto de “formas de comunicação” como a
combinação de diversos meio de comunicação como a televisão, a internet, o rádio,
o material impresso e outros.
Ao abordar as formas de transmissão da comunicação, Salgado (s/d), enfatiza
que “a sincronia/assincronia de recepção, a disponibilidade de acesso pela
população [...], a existência de um esquema eficiente e rápido de manutenção dos
equipamentos e o custo”.
O texto evidencia a importância da complementaridade na elaboração de
diversos tipos de material, seja impressos ou em meio digital, para atingir os grupos
interessados. Quanto a sua caracterização a autora lembra que o “bom material para
educação a distância tem características específicas, decorrentes das
peculiaridades do processo de ensino e aprendizagem, mediado por qualquer tipo
de dispositivo que substitua a interação face a face”.
Para a autora, “no processo de ensino aprendizagem, determinadas
características são fundamentais como: sensibilização para a importância da
temática; percepção para as dificuldades de aprendizagem; proposição de reforços,
entre outros”.
Nesta estrutura de ensino, a autora enfatiza as potencialidades da internet e da
televisão, em relação a “imagem e o movimento” e do próprio material impresso.
Para a mesma, os primeiros “favorecem os aspectos atrelados a visualização de
processos e seqüências, o desenvolvimento de características afetivas e sociais”. O
segundo, “o uso de signos não verbais é restrito e a imagem desempenha um papel
complementar ao texto”.
Neste enfoque, a estrutura do texto em Ensino a distância deve possuir uma
flexibilidade, ser mais simples e atrelado ao cotidiano que permite ao aluno, a partir
de seus recursos, ampliar a capacidade de extrair informações dos mesmos.
Entre as características para o desenvolvimento de um texto em educação a
distância, Salgado (s/d) enfatiza “partir de um caso, problema ou atividade
relacionada ao cotidiano do aluno; utilizar diferentes tipos de atividades para
mobilizar conhecimentos prévios; promover a recuperação de informações ou de
experiências; inserir atividades de estudo destinadas a auxiliar a compreensão do
tema e dos subtemas e atividades práticas e de auto-avaliação, propondo questões
com o mesmo formato que será utilizado nas provas presenciais e disponibilizar
material gráfico”.
A autora finaliza efetivando uma defesa do material impresso, uma vez que
considera uma “importante ferramenta” e o principal meio para atingir o público alvo,
especialmente em regiões onde não existe disponibilidade de tecnologias para
transmissão como televisão e internet.
Embora o texto de Salgado (s/d) esteja atrelado as características textuais no
ensino a distância, deve-se ressaltar as dificuldades impostas para difusão desta
forma de comunicação no território nacional.
A qualidade de textos torna-se efetiva quando atinge o público e neste caso
existem restrições, para as distintas formas de comunicação no Brasil. Na
abordagem das diferenças espaciais, constitui-se um “equívoco” não considerar as
disparidades do território nacional o que significa admitir que o alcance das
comunicações de apenas 17,5% do território (Sudeste e Sul) não é válida para as
demais regiões.
Aliado a este assunto, especificamente relacionado à internet, dados
divulgados pelo IBGE (2007), “apontam que apenas 32,1 milhões de brasileiros,
cerca de 21,9% da população, acima de 10 anos de idade, utilizaram a rede mundial
de computadores, a internet, no país”. Quando comparado com a população total,
representa apenas 17,7% da população brasileira irregularmente distribuída,
portanto, permitindo deduzir que expressivas parcelas territoriais não possuem
quaisquer formas de comunicação.
Além das dificuldades da difusão da comunicação, de forma sistemática
individual ou de distintas formas, em todo o território nacional, ressalta-se a estrutura
social brasileira que “não estimula a produção do conhecimento de forma
autônoma”, - auto-aprendizagem. Ao contrário, existe expressiva necessidade de
estímulos externos, no caso do sistema de ensino, especificamente em sala de aula,
determinada pelas características acadêmicas de cada docente.
Nesta temática, quando o texto aborda o “aprofundamento do raciocínio e cria
boas oportunidades para o desenvolvimento da capacidade de produção”, ressalta-
se que esta não é uma característica implícita da população brasileira, tampouco da
comunidade acadêmica, conforme anteriormente mencionado.
Neste enfoque a educação a distância, não promove a condição da
“observação direta”, proporcionada na relação presencial, entre docente e discente.
Este fator é ampliado pela falta de vivência e contato com todos os elementos de
uma “estrutura escolar como centros acadêmicos, estruturas institucionais, formação
complementar coletiva, entre outras”.
Por um lado, o texto destaca as potencialidades de “imagens e movimentos”
quando utiliza-se determinados tipos de comunicação, como a internet e a televisão.
Por outro, aborda a produção textual que possui diversas potencialidades.
Especificamente, deve-se ressaltar a capacidade de textos de “não transmitirem a
informação pronta e acabada”, ou seja, existe a necessidade que seja efetivada
relações de acordo com as especificidades do acadêmico, dinamizando
determinados domínios cognitivos.
O texto aborda o ensino a distância, uma vez que deve “possuir uma
flexibilidade, atrelada ao cotidiano, que permite ao aluno, a partir de seus recursos,
ampliar a capacidade de extrair informações”. Ressalta-se que esta condição, pela
configuração estrutural da sociedade brasileira – inclusive acadêmica - que não
acessa de forma sistemática, autônoma e espontânea a leitura e outras formas de
informações – exceto a televisão -, contribui para a continuidade da restrição da
“visão de mundo” do discente – e em determinados casos, inclusive do docente.
Finalmente, questiona-se como “utilizar diferentes tipos de atividades para
mobilizar conhecimentos prévios; promover a recuperação de informações ou de
experiências” conforme sugere a autora? A autora efetiva reflexões sobre uma
estrutura textual que não extrapola o modelo convencional utilizado em ambiente
presencial, exceto em ínfimos casos.

REFERÊNCIAS
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil ocupa 62ª posição no
mundo em relação ao uso da internet. Brasília. 2007. Disponível em:
http://www.agenciabrasil.gov.br. Acessado em 14 de junho de 2007.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Características do território


nacional. Brasília. 2007 Disponível em http://www.ibge.gov.br/estadosat/. Acessado
em 14 de junho de 2007.

SALGADO, Maria Umbelina Caiafa. “Características de um bom material impresso


para a educação a distância no âmbito nacional”. In: Tecnologias em educação a
distância de professores. Disponível em:www.tvebrasil.com.br. Acessado em 13
de junho de 2007.

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