Vous êtes sur la page 1sur 73

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

CLÉRIO GONÇALVES POSSI JÚNIOR


FÁBIO MARCEFRAN FERNANDES
MARCUS VINÍCIUS DA SILVA PESSOA

ABRANGÊNCIA E APLICAÇÃO DA NBR 5419:2015


PARA-RAIOS – SPDA EM EDIFICAÇÕES

RIO DE JANEIRO
2017
CLÉRIO GONÇALVES POSSI JÚNIOR
FÁBIO MARCEFRAN FERNANDES
MARCUS VINÍCIUS DA SILVA PESSOA

ABRANGÊNCIA E APLICAÇÃO DA NBR 5419:2015


PARA-RAIOS – SPDA EM EDIFICAÇÕES

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Universidade Estácio de
Sá como requisito parcial para obtenção
do título de Bacharel em Engenharia
Elétrica.

Orientador – Prof. Esp. Omar Ferreira


Ronca

RIO DE JANEIRO
2017
P856a Possi Júnior, Clério Gonçalves
Abrangência e aplicação na MBR 5419:2015: para raios- spda em
edificações / Clério Gonçalves Possi Júnior, Fábio Marcefran
Fernandes, Marcus Vinicius da Silva Pessoa.- Rio de Janeiro, 2017.

74f; 30cm.
Monografia (Graduação em Engenharia Elétrica) - Universidade
Estácio de Sá, 2017.

Bibliografia: f.56
Orientador: Omar Ferreira Ronca

1. Gaiola de faraday 2. Para-raios 3. Energia 4. Segurança


I. Fernandes, Fábio Marcefran II. Pessoa, Marcus Vinicius da Silva
III. Título.

CDD 621.3
07 de Novembro de 2017
``Nossas virtudes e nossos defeitos são
Inseparáveis, como a força e a matéria.
Quando separados, o homem não existe´´
(Nikola Tesla)
RESUMO
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica sobre a prevenção de descargas elétricas
produzidas por raios. No Brasil há grandes riscos de vida e prejuízos materiais às
edificações devido à grande incidência de raios. Neste sentido, propõe-se a
pesquisar a análise de risco no setor elétrico com base na segurança do trabalho e,
por outro lado, abordou-se a NBR 5419/2015 que regulamenta os SPDA (Sistema de
Proteção contra Descargas Atmosféricas) sobre como é feito o processo de
segurança, quais os equipamentos ideais (para-raios do tipo Franklin e Cabo do tipo
Faraday), que são bastante eficientes para evitar descargas elétricas atmosféricas.
Esta pesquisa tem como objetivo geral orientar através de estudos sobre a
importância do SPDA em edificações e conhecer o emprego do princípio da Gaiola
de Faraday para maior segurança. Como resultados da pesquisa, vê-se que os dois
equipamentos para a confecção de SPDA são os para-raios do tipo Franklin e os
Cabos do tipo Faraday, que devem cumprir as normas 5419/2015 elaborados por
profissionais da Engenharia. Os edifícios acima de 45 metros têm que mesclar os
dois equipamentos para cobrir todo o perímetro.

Palavras-chave: Gaiola de Faraday. Para-raios. Energia. Segurança.


ABSTRACT

This is a bibliographical research on the prevention of lightning discharges. In Brazil


there are great risks of life and material damages to the buildings due to the great
incidence of rays. In this sense, it is proposed to investigate the risk analysis in the
electrical sector based on work safety and, on the other hand, the NBR 5419/2015
regulating the SPDA (Atmospheric Discharge Protection System) was made the
safety process, which are the ideal equipment (Franklin-type cord and Faraday type
cable), which are very efficient to avoid atmospheric electrical discharges. This
research has as general objective to guide through studies on the importance of
SPDA in buildings and to know the use of the Faraday Cage principle for greater
security. As a result of the research, it is seen that the two equipments for the
manufacture of SPDA are the Franklin type arresters and the Faraday type Cables,
which must comply with the norms 5419/2015 elaborated by professionals of the
Engineering. Buildings above 45 meters have to merge the two equipment to cover
the entire perimeter.

Keywords: Faraday cage. Lightning rods. Energy. Safety.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Conexão entre as partes da NBR 5419:2015............................32
Figura 2 – Densidade de descargas atmosféricas NG - Mapa do Brasil....34
Figura 3 – Proteção tipo Gaiola de Faraday...............................................36
Figura 4 – Gaiola de Faraday formada por ferragens.................................39
Figura 5 – Interligações feitas com solda exotérmica.................................40
Figura 6 – Esquema de um prédio de seis andares...................................44
Figura 7 – Ângulo de Proteção classes SPDA, Haste de Franklin.............44
Figura 8 – Esquema de um prédio de 6 andares........................................45
Figura 9 – SPDA organizado em forma de Gaiola de Faraday..................46
Figura 10 – Verificação gráfica do QiSPDA, Franklin...................................48
Figura 11 – Verificação gráfica do QiSPDA, Gaiola de Faraday..................49
Figura 12 – Verificação gráfica do QiSPDA, Eletro Geométrico...................50
Figura 13 – Edifício Magazine, Rua da Lapa 180.........................................51
Figura 14 – Visão geral do programa integrado ao AutoCAD......................52
Figura 15 – Tela inicial de entrada de dados programa Pro-elétrica............53
Figura 16 – Dados de entradas de linhas e de sinais...................................54
Figura 17 – Classificação de probabilidade..................................................55
Figura 18 – Nível de proteção de descargas elétricas..................................56

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Paramentos de construção dos captadores para o SPDA..........43


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 11
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA.................................................................................. 11
1.2 HIPÓTESES........................................................................................................... 11
1.3 OBJETIVO GERAL................................................................................................ 12
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................. 12
1.5 METODOLOGIA.................................................................................................... 12
2 ESTRATÉGIA EM PROCESSOS COM O GERENCIAMENTO DE PROJETOS. 14
2.1 BENEFÍCIOS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS........................................18
2.2 PROCESSOS PADRONIZADOS........................................................................... 25
3 SISTEMA SPDA.................................................................................................... 30
3.1 COMPREENSÃO DA FORMAÇÃO DOS RAIOS..................................................31
3.2 MUDANÇAS NA NBR 5419-2015..........................................................................31
3.3 SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DO SPDA.............................................................34
3.4 FUNÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO SPDA........................................................36
3.5 O EMPREGO DA GAIOLA DE FARADAY NA CONSTRUÇÃO CIVIL...................39
4 PROGRAMAS PARA CÁLCULO E DETALHAMENTO DE SPDA.......................48
4.1 AVALIAÇÃO DE RISCO......................................................................................... 50
4.2 CÁLCULOS DE ANÁLISE DE RISCO...................................................................51
4.3 RELATÓRIO DA ANÁLISE DE RISCO GERADO PELO PROGRAMA.................56
5 CONCLUSÃO........................................................................................................... 58
REFERÊNCIAS........................................................................................................... 59
ANEXO A – Relatório gerado pelo Programa Pro-elétrica.....................................62
11

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho vem abordar um tema muito importante em uma edificação


para fins comerciais, industriais, agrícolas, administrativos, residenciais ou estruturas
especiais, o SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) e o
aterramento é de fundamental importância para a proteção de pessoas e de
sistemas elétricos. Quando corretamente executado e dimensionado, o sistema
viabiliza o escoamento para a terra de sobre tensões e sobre correntes indesejáveis
e perigosas a pessoas e equipamentos. Usou-se como base de pesquisa a norma
técnica de para-raios NBR 5419 que determina por cálculos complexos quando se
deve instalar para-raios em edificações residencial, condomínio, comercial, industrial
e agrícola no país, e ter em consideração: a finalidade do espaço, o índice
isoceraunico do município, o tipo de material da construção, o volume de pessoas, a
quantidade média de raios na região e as dimensões de cada edificação (altura x
comprimento x largura).
Destaca-se a Gaiola de Faraday como um aparato desenvolvido para
neutralizar o efeito de descargas elétricas e eletromagnéticas causadas por causas
naturais como os relâmpagos.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Como problema do trabalho tem-se a seguinte questão: como prevenir


acidentes com descargas elétricas em edificações de maneira a minimizar os riscos
a edificação e a vida?

1.2 HIPÓTESES

Durante a pesquisa, foram seguidas as hipóteses a seguir: o profissional


engenheiro eletricista utiliza a NBR 5419 – como referência para executar serviços e
obras para prevenir acidentes com eletricidade e descargas atmosféricas; somente
um engenheiro ou um técnico eletricista, atualizado na área, poderá promover com
segurança o melhor tipo de projeto de para-raios a ser utilizado.
12

1.3 OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem como objetivo orientar através de estudos sobre a


importância do SPDA na proteção de edificações e pessoas.

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Quanto aos objetivos específicos tem-se: explicar como funciona um SPDA e


mostrar como é um assunto sério na proteção de edificações contra as descargas
atmosféricas, popularmente conhecidas como raios. Até edifícios relativamente
novos correm o risco de estarem em desacordo com as normas. Isso porque a
instalação de para-raios deve seguir a norma técnica NBR 5419:2015, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); conhecer a ABNT NBR
5419:2015 – Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas; demonstrar o
emprego da Gaiola de Faraday na prevenção de acidentes com eletricidade.
O estímulo ao desenvolvimento do tema abordado surgiu a partir da
percepção de que até edifícios novos podem estar desprotegidos por estarem fora
da NBR 5419:2015, da ABNT; traz, assim, a preocupação da segurança das pessoas
que estão nestes ambientes.

1.5 METODOLOGIA

Para Richardson (1999), o método científico é a maneira que a sociedade


utiliza para dar legitimidade a um conhecimento que é adquirido empiricamente, ou
seja, por meio do método científico, para que todo pesquisador que seguir os
mesmos passos da investigação, sob as mesmas circunstâncias, obtenha resultados
semelhantes. Gil (2012) adota o método científico na busca de conhecimentos e
segue os seguintes passos: formulação do problema; construção de hipóteses;
operacionalização das variáveis; apresentação da generalização, tese ou lei. Köche
(2011) argumenta que há várias formas de conhecimento, mas a ciência moderna
deixou como legado um método bastante prático e coerente para buscar a verdade:
a experimentação; a formulação de hipóteses; repetição da experimentação por
outros cientistas; repetição dos experimentos para testes das hipóteses; formulação
13

das generalizações e leis. Deste modo, neste trabalho seguiu-se estas etapas para
chegar ao conhecimento científico.

2 ESTRATÉGIA EM PROCESSOS COM O GERENCIAMENTO DE PROJETOS


A criação de Projetos constituiu-se em uma forma estratégica de
planejamento elaborado pelas organizações para facilitar a inserção de novos
produtos e serviços no mercado, introduzir mudanças e implementar inovações nos
processos. Portanto a existência de Projetos não é recente e remonta aos
14

primórdios da civilização urbana com a criação de templos e grandes projetos


arquitetônicos como as pirâmides e a grande muralha da China.
A partir da Revolução industrial houve um aumento significativo na
complexidade com a evolução de um mercado competitivo que exige, assim, o uso
de princípios da gerência de projetos como forma de sistematização do trabalho.
O processo de evolução do gerenciamento de projetos também teve grande
influência na indústria bélica e naval durante a Guerra Mundial. Desta forma, na
década de 50, o Gerenciamento de Projetos assumiu características mais próximas
de um sistema, tendo seu foco voltado à indústria bélica e a engenharia civil. Em
seguida, nos anos 60, esta prática difundiu-se e passou a ser adotada em todo o
universo empresarial, vários setores da economia já adotavam estes princípios por
reconhecer como importante no ambiente de negócios. Nesta ocasião, também, o
gerenciamento de Projetos atingiu o setor de informática. (NONAKA; TAKEUCHI,
1997)
Em torno dos anos 70, os conceitos evoluíram e passaram a ser assimilados
como práticas contínuas na administração empresarial. Atualmente, os princípios
que nortearam a importância do Gerenciamento de Projetos permanecem de
maneira similar.
A grande evolução se estabeleceu a partir dos avanços tecnológicos,
principalmente, pela TI, que assegura a integração de várias frentes de trabalho e
permite a coordenação de todas as etapas de um projeto. Hoje em dia, inclusive, já
se constata o controle e acompanhamento de determinadas partes técnicas de um
projeto por um programa específico.
Dentre os exemplos de controle automatizado de gerenciamento de projetos,
pode-se citar o Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED) que tem as
funções de administrar informações, desde seu surgimento até o seu arquivamento.
Estas informações podem ser em textos escritos, em imagens, ou até mesmo, em
voz. Trata-se de um sistema que converte dados existentes para o digital. Os
documentos originais são digitalizados.
Neste processo de permanente evolução de conceitos e práticas, Dias e
Belluzzo (2003, p. 50) reforçam a ideia de mudanças nos processos organizacionais
e informa:
15

(Os principais objetivos de organizações ao efetuarem o planejamento


formal das atividades relacionadas com sistemas de informação e o incremento da
comunicação e o desenvolvimento e aperfeiçoamento de previsões de futuras a
partir da informação no mundo globalizado).
Portanto, compreende-se que as organizações também passaram por
constantes avanços da tecnologia e da Engenharia de Software para trazer eficácia
e melhoria dos processos e para favorecer a aos gerentes e administradores formas
simplificadas de resolver problemas.
As organizações tendem a realizar ações de controle e esforços que
favoreçam as práticas gerencias nas tomadas de decisões, o uso de ferramenta na
atualidade é indispensável na execução do projeto que se caracteriza por ser um
empreendimento com prazo para conclusão ou caráter temporário.
O gerenciamento de projetos tem base estrutural na implementação de
estratégias para uma composição mais qualificada na engenharia de software nas
organizações. O uso de ferramentas adequadas como o PMBOK favorece as ações
e posturas de caráter qualitativo nos processos que envolvem a redução de riscos e
de compatibilidade com os prazos exigidos pela clientela. (NONAKA; TAKEUCHI,
1997)
As organizações reconhecem a necessidade de implementar o
gerenciamento de projetos através de estratégias e processos formais que induzem
às boas práticas para favorecer a qualidade do produto e a execução dos esforços
da equipe de projetos nos requerimentos do negócio e as especificações
estabelecidas.
Neste sentido, o gerenciamento de projetos como nova forma de administrar
equipes de projetos, envolve planejamento, monitoramento e análise de resultados.
Todos estes processos tornaram-se possíveis através do uso de metodologias como
o uso do PMBOK nas organizações que favorece a administração dos
procedimentos, na medida em fornece vários tipos de ferramentas para favorecer a
habilidade de implantar e utilizar processos e práticas padronizadas.
A metodologia de gerenciamento de projetos exige um sistema de
informação e comunicação para adequar às necessidades do projeto e à melhoria
do desempenho organizacional, estruturado com a finalidade de desenvolver “uma
16

metodologia de aprendizagem vivencial para o desenvolvimento de competências”.


(CIDRAL, 2003, p. 1)
A PMI é uma instituição internacional, norte-americana sediada em Filadélfia,
fundada em 1969, que busca disseminar conceitos e técnicas para o correto
gerenciamento de Projetos e apontar os processos formais necessários à sua
implantação. E para tanto, editou o guia PMBOK (Project Management Body of
Knowledge), conhecido no Brasil como Corpo de Conhecimentos de Gerenciamento
de Projetos.
O documento PMBOK conjuga o somatório de conhecimentos de uma
Gerência de Projetos; pode ser interpretado como guia orientado para os
profissionais deste ramo de atividades. O uso de padrões nos processos permite
desenvolver um processo de comunicação eficiente para dar bons resultados no uso
de técnicas e ferramentas adequadas para a qualidade e rapidez do projeto.
Assim, entende-se que a utilização de padronização que estabelece os
procedimentos formais implica a necessidade da introdução de processos
estratégicos em gerenciamento de projetos para os principais contratos relativos aos
projetos de software, através de criação do planejamento dos processos e
alinhamento do uso das diretrizes de infraestrutura metodológicas, como o uso do
ERP que se soma às recomendações propostas pelo PMI/PMBOK.
O uso destas ferramentas tem funções específicas no processo de gestão
de contratos e a criação de princípios de boas práticas na gerência de Projetos, a
partir do embasamento teórico aplicáveis à maioria dos projetos.
Na verdade, trata-se de um modelo, mundialmente, aceito como de padrão
para o gerenciamento de Projetos. É, inclusive, reconhecido pelo instituto
internacional ANSI (American National Standards Institute), referência em Projetos.
Dada a sua representação em diversos países, foi criada a certificação PMP
(Project Management Professional), onde os concorrentes devem comprovar
experiência em Projetos conforme o modelo empregado no PMI. Como referência no
mercado, essa cultura está a ser sedimentada no Brasil. Existem casos em que
empresas privilegiam Gerentes de Projetos que possuem o PMP, assim como
prestadoras de serviço do segmento de informática que ganham destaque quando
possuem formação também como portadores da certificação PMP. Além disso, esta
17

metodologia foi empregada como base na formação da ISO (International Standards


Organization), certificação para os sistemas de qualidade.
Possi (2004) aponta que o PMI está estruturado em duas seções, com 12
capítulos que são marcados por diretrizes e orientações que servem de estrutura
para o gerenciamento de Projetos, onde são apresentados processos e mecanismos
de interação entre os diversos processos de gerenciamento através de nove áreas
de conhecimento que exigem conhecimentos holísticos e integração das equipes de
projetos.
O processo de coordenação dos processos envolve a integração das ações
para abranger tanto o desenvolvimento, quanto à execução do plano do Projeto e o
controle de mudanças, porventura, necessárias, já a partir do escopo que abrange
os processos relativos a atuação do Projeto.
Desta maneira, o escopo permite o planejamento do Projeto com objetivos
previamente definidos, inclusive no quesito ao prazo de consecução do Projeto para
que seja totalmente cumprido as sequências das atividades; onde favorece o
controle do prazo estimado para duração de cada etapa; favorece a visão da
composição do cronograma e ferramentas que serão empregadas no
acompanhamento e controle do próprio cronograma.
Menezes (2008) avalia que os processos formais em Gerência de Projetos
favorecem uma previsão orçamentária, na medida em que abrange o planejamento
de recursos ao englobar estimativas e levantamentos de orçamentos. Portanto, a
garantia e o controle de qualidade são fundamentais nos processos que asseguram
a qualidade do Projeto.
Nesta área de conhecimento são descritos os processos de geração,
captação, distribuição, armazenamento e apresentação dos dados do Projeto para
que as etapas sejam cumpridas corretamente e dentro do tempo estimado. Nos
riscos, devem ser considerados todos os processos inerentes de risco, ou seja, tudo
relacionado à possibilidade de riscos, análise da situação e soluções previsíveis.
Os processos de aquisições são considerados necessários à aquisição de
recursos extras à organização que desenvolve o Projeto, ou seja, materiais e
serviços. Nos processos formais da gerência de processos envolvem ferramentas
18

como fundamentais para o plano de aquisições, critérios de licitação, cadastramento


de fornecedores, administração de contratos e etc.
Na verdade, esta área de gerenciamento de Projetos adquiriu merecida
posição de destaque, com proporções importantes no contexto empresarial. Além da
PMI, hoje em dia, são encontradas outras metodologias de Gestão de Projetos.
Caracteriza-se, portanto, como área em expansão de estudos, pesquisas e
aprimoramentos.
Assim, seguir um padrão e um modelo de Gestão no caso de planejamento,
implantação, controle e avaliação de Projetos contribuem para resultados mais
precisos. Com conhecimento distribuído, o PMI congrega todas as atividades em
uma única direção.

2.1 BENEFÍCIOS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS


O mercado globalizado é competitivo e envolve características dinâmicas,
cuja estratégia exige inovações e rapidez nos processos. Neste sentido, a ideia de
gerenciamento de projetos surgiu da necessidade de favorecer as habilidades dos
colaboradores no concernente à atuação com o Gerenciamento de Projetos.
Assim, as práticas com o uso de metodologia de Gerência de Projetos foram
desenvolvidas para atender a qualquer tipo de Projeto. Portanto, pode ser
empregada em todos os segmentos, especialmente no gerenciamento de projetos.
O uso de ferramentas como o PMBOK favorece os processos necessários à
aquisição de recursos extras à organização que desenvolve o Projeto, ou seja,
materiais, serviços, plano de aquisições, critérios de licitação, cadastramento de
fornecedores, administração de contratos e etc. (ROCHA NETO; JAMIL;
VASCONCELOS, 2009)
As funções básicas do gerenciamento de projetos dependem do
planejamento, organização e o controle. Atualmente, o estilo de administração
passou a ser reconhecido como fator fundamental na competitividade do mercado.
Isto porque a velocidade das mudanças no contexto empresarial ameaça estruturas
e processos previamente definidos.
19

Neste contexto, a complexidade desenvolvida nas empresas de tecnologia


de software necessita de tecnologias avançadas e especializações cada vez mais
detalhadas no tocante às práticas organizacionais, hoje, reconhecidas como
modelos de Gestão.
Neste sentido a utilização de um novo paradigma administrativo frente aos
novos Sistemas de Gestão que promovem a condução dos processos das empresas
de forma integrada e participativa. Este cenário traz para o segmento de Projetos a
força e a importância de um instrumento de Gestão transformador, se bem
preparado, planejado e implantado.
A função básica de um gerente de projetos, segundo Arantes (1998) é a
capacidade de identificar no empreendimento todas as perspectivas existentes com
a finalidade de obter resultados para atender as perspectivas da organização.
Cabe ao gerente de projetos estabelecer o sistema de Gestão integrada com
base nos aspectos institucionais, gerenciais e operacionais e utilizar processos
formais ao introduzir a padronização de posturas e comportamentos para obedecer
ao estilo e modelo de orientação gerencial de uma metodologia aplicada ao
gerenciamento de projetos (PMI/PMBOK).
Quanto aos aspectos operacionais, estas devem englobar as ações da
empresa em relação à comunicação e interação entre empreendedores,
colaboradores clientes, fornecedores e entidades representativas da sociedade.
A partir daí a construção de sistemas de Gestão adequados à realidade e
cultura organizacional, obedecem às peculiaridades de cada empresa. Desta forma,
a integração de sistemas de Gestão promove uma conscientização maior de todas
as camadas da empresa, e passa a existir o comprometimento de todos pelo
sucesso dos negócios.
Neste cenário, o contexto empresarial brasileiro recebeu, nas últimas
décadas, uma demanda de sistemas integrados de Gestão, que exigem espaço para
o desenvolvimento e crescimento da TI (Tecnologia da Informação) como base para
a propulsão deste mercado ágil, competitivo e inovador.
Com herança de uma administração clássica que sofre diariamente
mudanças por conta da evolução tecnológica, o cenário que fez surgir este novo
20

modelo estava repleto de incertezas decorrentes da ausência de informações


importantes para o desenvolvimento de um Projeto.
O contexto empresarial moderno desenha uma área de Recursos Humanos
focada nos resultados, totalmente alinhada às metas estratégicas empresariais.
Como unidade de negócio, este segmento, deixou de lado as funções
exclusivamente operacionais, baseadas apenas em cumprimento de roteiros e
tarefas. Agora, a área de Recursos Humanos traduz importante valor ao ser
reconhecida como Gestão de pessoas.
No âmbito de Projetos, a área de recursos humanos qualificados apresenta
caráter estratégico para os respectivos Gestores, pois, envolve captação de talentos
até a sua retenção, através da motivação e crescimento pessoal e profissional de
cada uma das pessoas que compõem a empresa.
Administrar pessoas em processos formais é sempre muito mais complexo e
imprescindível quando se pretende reter e desenvolver talentos para a formação de
equipes de Projetos e primar pela especialização e qualificação profissional, bem
como pela formação por treinamentos internos, conforme o caso. (NONAKA;
TAKEUCHI, 1997)
Desta forma, ganha papel de suma importância o fator humano nos Projetos,
através do perfil do corpo funcional que consiste em buscar um diferencial
competitivo de mercado. Desta forma, o desafio de recrutamento e seleção é,
exatamente, encontrar pessoas que contribuam para empresa atingir seus melhores
resultados ao identificar as competências que vão garantir a manutenção do
sucesso. Em projetos, identificar os talentos e potenciais compatíveis com a
demanda da equipe a ser montada é tarefa deste setor.
As variáveis compreendidas nos processos de recrutamento e seleção
envolvem a adequação das exigências e expectativas da empresa às características
e expectativas dos candidatos. Na administração moderna o Gestor da posição a ser
preenchida participa ativamente das etapas de avaliação e seleção do candidato.
Assim, o segmento de recursos humanos atua de modo descentralizado e
participativo, com perfil de consultoria. O requisitante da vaga participa, diretamente,
de todo o processo, compartilha a responsabilidade na seleção final do candidato.
21

O recrutamento usa técnicas para identificação do perfil da vaga a ser


preenchida a fim de melhor definir as fontes de levantamento de candidatos. De
igual modo, a seleção exige a adoção de técnicas e métodos específicos para
avaliação e escolha do candidato com perfil mais adequado possível ao
gerenciamento de projetos.
Neste caso, as operações de recrutamento e seleção na formação da equipe
do Projeto devem estar alinhadas às propostas estratégicas do mesmo e visar desde
a correta identificação do perfil da posição em aberto, até a seleção do candidato
com maior probabilidade de perfil ajustado à vaga.
Cabe ao gerente avaliar os indicadores de comportamentos que compõem o
perfil da vaga. Este estilo favorece os processos seletivos para montagem da equipe
do Projeto, pois usa como referencial básico às competências essenciais ao trabalho
a ser desenvolvido, assim como observar na evolução do projeto, o movimento de
captação, identificação e retenção de talentos. (NONAKA; TAKEUCHI, 1997)
A formação de uma equipe alinhada é resultado de um trabalho de seleção
de competências para a realização de arregimentação de adeptos. Para fazer o
diferencial de mercado e garantir a vantagem competitiva.
As competências são definidas dentro de programas específicos de
avaliação de desempenho e performances. São elaboradas com a participação da
direção e são conhecidas por todo o corpo funcional. Cada empresa define,
conforme o modelo de Gestão de pessoas, suas competências.
No caso de formação de equipe de Projetos, a atuação por competência
contribui para a coordenação dos esforços na mesma direção. Desta forma, o perfil
profissional dos integrantes da equipe deverá se assemelhar entre si e obedecem a
um padrão de qualificação.
Existem as competências universais e as mais específicas para áreas de
atuação. No caso de Projetos, podem ser consideradas como competências
essenciais, por exemplo, as abaixo relacionadas: capacidade de planejar;
relacionamento interpessoal; negociação; liderança; trabalho em equipe;
comunicação; solução de problemas.
Estas competências são um assunto relativamente novo nas práticas de
recursos humanos; Fleury e Fleury (2004, p. 47) esclarecem que a Gestão de
22

competências no gerenciamento de projetos envolve critérios para “adquirir, usar,


mobilizar, integrar, desenvolver e transferir conhecimentos, recursos, habilidades e
experiências que agreguem valor à organização e valor social ao indivíduo”.
As organizações tendem a qualificar seus quadros de recursos humanos nos
processos formais em gerenciamento de projetos e desenvolver um alinhamento
adequado com esses recursos humanos, principalmente, em relação à organização
de equipes para trabalho específico direcionado à execução de Projetos.
As organizações que tendem a orientar-se por modelos formais buscam a
adequação de um modelo integrado e estratégico de Gestão de Pessoas que exige
a construção de uma cultura própria e sedimentada em valores pessoais e sociais
para toda a organização.
O segmento de Treinamento e Desenvolvimento, hoje em dia, busca a
retenção e o desenvolvimento dos talentos empresariais. São utilizados diversos
métodos e programas para a melhoria de desempenhos.
Na equipe de Gestão de Projetos, o treinamento deve preceder qualquer
ação, como também permear todas as etapas. Isto assegura o perfeito equilíbrio
entre os conhecimentos e habilidades técnicas. Concomitante a questão do
treinamento, deve-se levar em conta o gerenciamento de desempenhos. Esta
gestão, também, por competência, representa o acompanhamento acerca do
desenvolvimento de cada funcionário e visa a orientação profissional e suporte para
melhoria contínua de seus perfis profissionais.
A atualização garante o constante desenvolvimento dos recursos humanos.
Nesta linha de evolução, como inovação associada às próprias expectativas de TI,
encontra-se o e-learning, que agiliza e intensifica a possibilidade de treinamento de
todo o corpo de funcionários de uma empresa.
Na verdade, a área de recursos humanos deve representar um verdadeiro
centro dinâmico de inovações no sentido de aprimorar cada vez mais a relação entre
empresa e funcionário.
Drucker (2003, p. 116) avalia o contexto da “próxima sociedade” ao
esclarecer que as grandes mudanças, sobretudo as decorrentes dos impactos
sociais da revolução da informação, serão a prioridade absoluta do executivo e,
portanto, será o diferencial que fará o sucesso ou o fracasso das empresas não
23

estará propriamente atrelado às mudanças econômicas; traz maiores desafios e


grandes oportunidades.
O gerenciamento de projetos exige nas organizações relações legais de
trabalho, pois esta área é regida pela legislação trabalhista, previdenciária e
tributária são assegurados os direitos e deveres do funcionário, sua relação com a
empresa. Nesta área, também, encontram-se, hoje em dia, os processos de
medicina e segurança do trabalho, que prezam pela saúde ocupacional.
Na verdade, todos estes aspectos assumem fundamental importância na
coesão e produtividade de uma equipe, que precisa estar confiante de sua relação
de trabalho. As novas tendências do mercado de trabalho, bastante competitivo,
exigem qualificação e aperfeiçoamento constante dos processos de uma empresa.
Portanto, neste cenário, cada vez mais, os recursos humanos são
identificados como capital intelectual, ou seja, toda a estrutura concreta, suas
instalações, maquinário, equipamentos e recursos financeiros são fundamentais
para o funcionamento de uma empresa, todavia, é o empreendimento das pessoas
que garante a sua consecução, com diferenciais próprios.
A concentração dos esforços gerenciais nos recursos físicos e financeiros é
reorientada para outros ativos considerados mais significativos: o capital humano.
Conforme Cidral (2003, p. 1), o gerenciamento de projetos exige modelos
diferenciados nas rotinas de trabalho em atividades geralmente não repetitivas,
exige integração. “Esta integração propiciaria uma melhor compreensão do tema e a
operacionalização de intervenções mais efetivas sobre os problemas relacionados à
implementação”.
Assim, o processo de qualificação da equipe de projetos é fundamental e
que esses conhecimentos e experiências do grupo sejam holísticos e diferenciados
para que seja possível a realização de etapas mais complexas e dinâmicas que não
são realizados dentro de um modelo de administração tradicional de atividades de
rotina.
Os conhecimentos na execução de um projeto de software exigem a
utilização de técnicas e ferramentas especiais para que os objetivos sejam
alcançados. Portanto, as organizações que pretendem implementar o gerenciamento
24

de projetos deverão utilizar uma abordagem diferenciada para que os resultados


possam ser positivos e mais precisos.
O gerenciamento de projetos trata-se da reunião de pessoas, sistemas e
técnicas utilizados como instrumentos para se alcançar com sucesso os objetivos
previamente traçados. (VALIATI, 2000)
O gerenciamento de projetos pode ser caracterizado, portanto, por diversos
aspectos tanto pela sua peculiaridade de ser adaptado às necessidades da
empresa, como a determinação necessária do tempo que poderá ser realizado
dentro de um planejamento determinado. A eficácia e eficiência das equipes de
gerenciamento precisam detalhar e seguir o cumprimento dos prazos estabelecidos
no projeto. (VALIATI, 2000)
Torreão (2007) avalia que a criação de padrões estabelecidos para o
gerenciamento de projetos tem sua aplicação devido à constante exigência da
vivência de novas mudanças significativas ao resultado de projetos. Neste sentido
que o gerenciamento de projetos se tornou uma atividade essencial nas
organizações na medida em que a necessidade de estratégias e controle sobre a
gerência de projetos se tornou uma forma de reduzir os riscos envolvidos.
Vavassori (2002) considera que a área de criação de software passou por
diversos problemas como o processo de omissão ou do mal-uso de metodologias e
técnicas adequadas neste tipo de engenharia.
O gerenciamento de projeto é uma forma estratégica de evitar problemas de
administração no processo evolução do produto, o gerenciamento exige a criação de
estratégias de planejamento e qualificação profissional dos Stakeholders em um
processo que envolve o conhecimento de metodologias e sua implantação, assim
como a utilização de técnicas e ferramentas que possam produzir resultados
eficientes.
Neste sentido, o gerenciamento de projetos é uma operação estrutural que
envolve todas as dimensões: objetivos, metas, prazos e orçamentos para a
realização de um determinado processo na organização.
25

2.2 PROCESSOS PADRONIZADOS

O processo de padronização implica no domínio do processo tecnológico em


projetos através de ferramentas como PMI/PMBOK que permitem que seja criada a
padronização para a obtenção de uma linha de orientação nos procedimentos e sua
aplicação nas diretrizes dos projetos.
Assim, o sucesso na realização do gerenciamento de projetos e implantação
de Escritório de Projetos depende da obtenção do domínio tecnológico que implica
no uso de ferramentas tecnológicas para a execução das tarefas.
A padronização constitui-se em um modelo que deverá ser aplicado dentro
dos princípios e requisitos necessários, conforme a sistematização implementada
por uma metodologia no processo de execução dos serviços. Segundo Fischer
(2002, p. 1): “a padronização é um caminho simples e efetivo para criar métodos e
unificar critérios para poder atingir a qualidade de um projeto”.
Segundo Fischer (2002), o método é a palavra correta quando se pretende
chegar a uma meta. Neste sentido a padronização é um processo metodológico que
define um modelo de gerenciamento metódico na execução de projetos de forma
sistematizada e rotinizada.
Portanto na concepção de Fischer (2002), o processo de sistematização
constitui-se no método para implementar um sistema de padronização, dentro de
processos de normalização, a exemplo do MPI/PMBOK.
A padronização é um processo para estabelecer padrões e atividades de
referência em procedimentos para operações através da aplicação dos padrões que
possibilitem a incorporação de melhorias do trabalho da qualidade e da
produtividade.
O processo de padronização em gerenciamento de projetos favorece o
espírito de auto responsabilidade ao implicar em um aumento de controle e de
verificação do cumprimento de prazo, da qualidade do produto e dos riscos
envolvidos. Conforme Fischer (2002, p. 7):
(A padronização propõe-se a unificação de critérios, métodos, procedimentos
e operações com o objetivo de simplificar as atividades desiguais a níveis de
montagens e execuções nas obras. Desta maneira, objetiva generalizar os trabalhos
26

em todos os níveis com a respectiva participação das partes envolvidas para


conseguir atingir as especificações de projeto).
Neste contexto, a padronização envolve o processo de controle, planejamento
e ações no processo de execução do trabalho cujos critérios têm a função de atingir
a agregação de valor ao produto e deve ser estabelecida e implementada de forma
objetiva e participativa, gerenciada e avaliada permanentemente, segundo
indicadores que permitam analisar os resultados dos processos.
Os processos formais seguem uma metodologia aplicada de forma
sistemática em uma organização. O uso de processos metodológicos na gerência de
projetos favorece a viabilização de projetos e redução de riscos de erros e
fracassos.
O gerenciamento de projetos se pauta em processos formais de padronização
que tem a finalidade de favorecer a projeção, controle, o monitoramento, a análise
dos resultados e refinamento dos padrões de trabalho em projetos.
Os processos formais exigem do gerente de projetos a criação de um espaço
de aprendizagem através da prática e a evolução de práticas como a criação de um
escritório de projetos.
Na visão de Santos (2006), os processos gerenciais dependem de ações
articuladas na medida em que os procedimentos envolvem a utilização de
documentos e para que a disseminação de conhecimento, permita-se uma maior
concentração de experiências favoráveis à equipe de projetos.
Para Nonaka & Takeuchi (1997), a equipe de projetos deverá concentrar seus
esforços na manutenção da uma cultura voltada aos processos formais de
planejamento e gerenciamento de projetos e no desenvolvimento de software. Esta
conquista em uma organização gera uma maior facilidade para lidar com os desafios
inerentes à criação e execução de projetos em software.
Neste sentido, a relevância de posturas da gerência de projetos na
disseminação de treinamento de práticas de gestão de integração e escopo
relacionadas com técnicas de análise e especificações funcionais são essenciais
para que os processos determinem o sucesso do projeto tanto no atendimento aos
usuários quanto à eficiência operacional.
27

Atualmente as organizações utilizam uma grande variedade de metodologias,


que tem a função de estabelecer um processo formal de padronização de posturas
profissionais no tocante ao gerenciamento por diretrizes e nos processos gerenciais
como forma de apoio. (NONAKA; TAKEUCHI, 1997)
Os processos formais por gerenciamento por diretrizes são aplicáveis aos
processos que determinam os indicadores de desempenho para análise e
monitoramento da qualidade. Portanto, é um processo que se presta a determinar e
facilitar o detalhamento e instrução de trabalho na execução do projeto.
Neste sentido, o procedimento ou metodologia de maneira mais específica
que favorece o Padrão de Processo de Gerenciamento de Projetos, constitui-se no
PMBOK. Esta ferramenta de metodologia se aplica à utilidade, melhoria contínua e
flexibilidade na execução de projetos. Estas regras dão uma noção geral de
elementos importantes de serem salientados quando padronizam ou utilizam um
padrão.
As vantagens da padronização no gerenciamento de projetos é a manutenção
de atos e posturas que mantenham o conhecimento dinâmico ao considerar que na
atualidade existe uma grande rotatividade de mão-de-obra qualificada nas
organizações.
O desenvolvimento de metodologias nos processos organizacionais evoluiu
na medida em que o mercado e as relações comerciais complexibilizaram e
introduziram de forma mais extensiva nas organizações o uso da abordagem de
gerenciamento de projetos.
O conhecimento tornou-se muito importante e agregador de valores para as
empresas, este fator tem exigido a eliminação de riscos potenciais e a qualificação
de gerentes de projetos.
Nonaka & Takeuchi (1997) avaliam que não é suficiente haver nas
organizações um grande número de profissionais qualificados (de forma individual),
mas é preciso tornar os conhecimentos agregados a um conjunto de fatores que
possam servir ao grupo ou a equipe de projetos. Esta postura em relação ao
conhecimento favorece a redução de problemas nas formas diferentes de tratar os
projetos.
28

O insucesso de um projeto poderá ocorrer se houver, por exemplo, grandes


diferenças entre as equipes de projetos, como a linguagem e níveis de
conhecimentos entre estes profissionais, e consequentemente a qualidade dos
diversos produtos ou serviços gerados como resultado destes projetos.
O processo de padronização é realizado através de processos metodológicos
que definem as posturas no gerenciamento de projetos e favorece a orientação para
todos os gerentes de projetos. Este processo de padronização favorece também o
uso de recursos como às ferramentas para gerir os processos com qualidade.
Assim o processo de padronização tem a finalidade de criar os mecanismos
de qualidade e o desempenho do ambiente de trabalho com projetos, cujas ações
demandam uma grande complexidade. Os profissionais de gerência de projetos,
assim como os stakeholders, devem seguir todas as orientações que envolvem a
padronização no ambiente de projeto para que sejam cumpridos os devidos prazos.
29

3 SISTEMA SPDA
A Norma Internacional IEC 61024-1-2 foi elaborada pelo Comitê Técnico 81
da IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional): Proteção contra raios. Parte 1-2:
Princípios gerais – Guia B – Concepção, instalação, manutenção e inspeção de
sistemas de proteção contra descargas atmosféricas.
1) A IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional) é uma organização mundial
de normalização que compreende todos os comitês eletrotécnicos nacionais
(comitês Nacionais da IEC). O objetivo da IEC é promover a cooperação
internacional em todas as questões relativas à padronização nos campos elétrico e
eletrônico. Para este fim e além de outras atividades, a IEC publica Normas
Internacionais. A sua preparação é confiada a comissões técnicas; Qualquer Comitê
Nacional da IEC interessado no assunto tratado pode participar neste trabalho
preparatório. Também participam nesta preparação as organizações internacionais,
governamentais e não governamentais que trabalham em ligação com a IEC. A IEC
colabora estreitamente com a Organização Internacional de Normalização (ISO) de
acordo com as condições estabelecidas por acordo entre as duas organizações.
2) As decisões ou acordos formais da CEI em matéria técnica expressam, na
medida do possível, um consenso internacional de opinião sobre os temas
relevantes, uma vez que cada comitê técnico tem representação de todos os
Comitês Nacionais interessados.
30

3) Os documentos produzidos têm a forma de recomendações para uso


internacional e são publicados sob a forma de normas, relatórios técnicos ou guias e
são aceites pelos Comitês Nacionais neste sentido.
4) A fim de promover a unificação internacional, os comitês Nacionais da IEC
comprometem-se a aplicar as Normas Internacionais da IEC de forma transparente,
na medida do possível, nas suas normas nacionais e regionais. Qualquer
divergência entre a Norma IEC e a norma nacional ou regional correspondente deve
ser claramente indicada nesta última.
5) A IEC não prevê qualquer procedimento de marcação para indicar a sua
aprovação e não pode ser responsabilizada por qualquer equipamento declarado em
conformidade com uma das suas normas.
6) Chama-se a atenção para a possibilidade de que alguns dos elementos
desta norma possam ser objeto de direitos de patente. A IEC não se responsabiliza
pela identificação de qualquer ou todos os direitos de patente.

3.1 COMPREENSÃO DA FORMAÇÃO DOS RAIOS

A NBR 5419 traz o conceito de raio como um impulso elétrico de uma


descarga atmosférica para a superfície terrestre. Quando há condições atmosféricas
propícias ocorre uma separação de cargas no interior da nuvem que coloca as
cargas positivas na parte superior e as negativas na base. Pelo fato da terra ser
carregada de cargas positivas começam a ocorrer pequenas descargas, que se
originam na nuvem e seguem em direção a superfície terrestre, as denominadas
correntes eletrônicas.

3.2 MUDANÇAS NA NBR 5419-2015

A ABNT NBR 5419-2015 está dividida em quatro capítulos, a saber:


Parte 1: Princípios Gerais; ABNT NBR 5419-1:2015 denominado Proteção
contra descargas atmosféricas;
Parte 2: Gerenciamento de Risco; ABNT NBR 5419-2:2015 denominado
Proteção contra descargas atmosféricas;
31

Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida; ABNT NBR 5419-3:2015


denominado Proteção contra descargas atmosféricas;
Parte 4: Sistemas Elétricos e eletrônicos internos na abertura; ABNT NBR
5419-4:2015 denominado Proteção contra descargas atmosféricas.

A nova norma NBR 5419:2015, que entrou em vigor em 22 de junho de 2015


tem a seguinte divisão:
Parte 1) Princípios gerais com 67 páginas;
Parte 2) Gerenciamento de risco com 104 páginas;
Parte 3) Danos físicos a estruturas e perigos à vida com 51 páginas e
Parte 4) Elétricos e eletrônicos internos na estrutura com 87 páginas.

Gonçalves Jr. (2016) sugere que os profissionais que atuam no setor devem
tomar providências urgentes para se adequar à nova norma de modo a atender
satisfatoriamente as exigências deste documento: no setor público, os órgãos
fiscalizadores (CREA e Corpo de Bombeiros) deverão receber treinamento para se
adequar as fiscalizações às novas diretrizes para projetos SPDA. Estas novas
medidas da NBR 5419 exigirão a utilização de programas especializados que
realizem os cálculos e simulações necessárias para a obtenção da proteção ideal do
empreendimento. É necessário dominar as regras e ter domínio de ferramentas para
colocá-las em prática.

(Agora, SPDA e MPS passam a fazer parte de um conceito mais abrangente


denominado PDA (proteção contra descargas atmosféricas), um sistema completo
de proteção. No entanto, esta mudança não faz uma divisão entre proteção externa
e interna. O SPDA continua tratando da proteção contra danos físicos à estrutura e
risco à vida. As MPS, por sua vez, são voltadas à proteção dos sistemas elétricos e
eletrônicos instalados na estrutura a ser protegida.) (GONÇALVES JR, 2016).
O SPDA deixa de ter exclusividade para dar lugar às MPS (Medidas de
Proteção contra Surtos), na figura 1 vemos a estruturação da nova norma.
32

Figura 1 – Conexão entre as partes da NBR 5419:2015

Fonte: ABNT NBR 5419-1:2015 – Princípios Gerais

O caminho percorrido é tortuoso e, normalmente se ramifica; as descargas


são descontínuas e processadas em etapas de algumas dezenas de metros e com
intervalo de repouso de algumas dezenas de microssegundos. Às primeiras
descargas dá-se o nome de descargas piloto que ao aproximarem-se da terra,
recebem descargas originadas na terra, que provocam uma corrente iônica que ao
subir formam a descarga principal que tem grande intensidade.
33

No Brasil temos altos índices de descargas atmosféricas, conforma mostra a figura


2, a vários pontos do mapa que os níveis chegam próximos ao nível máximo. Os
estados Amazonas, Pará, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio de
janeiro são uns dos que detém os maiores índices.

Figura 2 - Densidade de descargas atmosféricas NG - Mapa do Brasil

Fonte: ABNT NBR 5419-2:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas

Apesar da época em que foram descobertos, os sistemas criados por


Faraday e Franklin são muito utilizados. A decisão de proteger uma estrutura contra
raios pode ser uma exigência legal tanto a nível federal, quanto estadual, ou ainda a
nível municipal. Assim como podem ser apenas uma precaução para evitar danos às
estruturas, já que podem causar incêndios, danos físicos e mortes.
34

3.3 SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DO SPDA

Com a mudança ocorrida em 2015, o SPDA teve aumentado seu conteúdo


de 42 páginas para mais de 306 páginas; contém a normatização sobre a proteção
de estruturas contra descargas atmosféricas, o que o deixou mais completo e com
complexidade que depende de programas para a implementação de projetos.
(Com a promessa de ser uma revolução no ambiente normativo para
equipamentos de proteção contra descargas atmosféricas, o Comitê Brasileiro de
Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações (Cobei), por meio da
Comissão de Estudos (CE) 64.10, está desenvolvendo o projeto de revisão da
norma ABNT NBR 5419: 2005, atual texto que trata da proteção de estruturas contra
descargas atmosféricas.) (MOREIRA, 2013)
Segundo Moreira (2013), a NB-165 de 1970 foi a que primeiro estabeleceu
normas no Brasil no âmbito da proteção contra descargas atmosféricas; para tanto,
baseou-se em documentos da Bélgica e foi redigida durante as décadas de 1940 e
1950.
Seu status atual é de “Cancelada”, porque em 29 de dezembro de 1977 ela
foi substituída pela NBR 5419/1977 pela ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) com base em documentos norte-americanos, cujo objetivo explicitado era
o seguinte:
(Esta Norma fixa os requisitos mínimos exigidos nos estudos, projetos e
instalações de para-raios comuns em edificações, no sentido de protegê-las contra
descargas elétricas atmosféricas, bem como na escolha dos materiais a serem
empregados e no sistema de controle e manutenção dos para-raios instalados.)
(NBR 5419/1977).
No ano de 1977 ocorreu a segunda revisão quando passou a denominar-se
de NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas elétricas atmosféricas.
Nesta versão, o documento foi aumentado de 6 para 16 páginas.
(Depois disso, a norma só seria revisada novamente em 1993, desta vez
tomado como fundamento, em sua totalidade, a IEC 61024-A e B. Segundo Modena,
esta revisão foi considerada a “mola” para o primeiro grande salto, a primeira grande
revolução no que concerne ao conteúdo técnico relacionado com a normalização da
proteção contra descargas atmosféricas no Brasil.) (MOREIRA, 2013)
35

A norma teve validade até março de 2001 e sofreu nova revisão em agosto
de 2005, quando recebeu alterações que incluíram um anexo que contém ilustração
para mostrar a forma como devem ser feitas medições da continuidade das
armaduras de concreto dos edifícios que serão utilizados como condutores de
descargas atmosféricas.

3.4 FUNÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO SPDA

O sistema de captação de para-raios é necessário sobre as edificações para


atrair descargas elétricas e deverá observar a diretriz regulamentadora da ABNT
para compor um sistema seguro e eficiente. De acordo com a norma NBR 5419:05,
há basicamente dois sistemas de captação de para-raios: “os captores do tipo
Franklin montados com mastros e o sistema de gaiola de Faraday, que é composto
de uma malha de captação que pode ser executada com cabos de cobre nu, cabos
de alumínio ou fitas de alumínio, sobre a edificação”. (SISTEMA, 2011)

Figura 3 - Proteção tipo Gaiola de Faraday

Fonte: Sistema, 2011

Ao estudar o SPDA, Coutinho; Altoé (2003) descartam o método da Gaiola


de Faraday, conforme figura 3, e afirma que em torno dela, a corrente deve circular
de maneira uniforme, pois o campo só será nulo no centro da gaiola, porém nas
“proximidades dos condutores haverá sempre um campo que poderá dar tensões
induzidas em condutores das instalações elétricas que estejam paralelos aos
condutores da malha”. Descartam o método porque entendem que a área de
proteção é muito ampla, o que descarta a utilização da gaiola para este fim. “A
36

proteção máxima no caso do método de Faraday é obtida quando a estrutura é


envolvida por uma caixa metálica de paredes soldadas e de espessura suficiente
para suportar o efeito térmico do raio no ponto de impacto”. (COUTINHO; ALTOÉ,
2003, p. 25)
A posição a seguir é adversa à dos autores citados acima, pois a Gaiola de
Faraday aparece como parte de um sistema para a captação de para-raios tornando
a instalação bastante segura, pois neutraliza a propagação das ondas
eletromagnéticas (evita sua entrada e barra sua saída).
(A Gaiola de Faraday, de acordo com a norma técnica de para-raios NBR
5419:05, constitui-se em uma forma eficaz de obter captação de para-raios,
instalando-se “cabos de cobre nu com 35 mm2 de seção, em torno de todo perímetro
da edificação, mais cabos transversais, formando uma grande gaiola de Faraday ou
através de fitas de alumínio com no mínimo 70 mm 2 de seção. A gaiola de Faraday
tem a característica de blindar melhor o volume a proteger e se for considerado as
ferragens da estrutura do concreto armado ou as estruturas metálicas, diversas
gaiolas de Faraday existirão naturalmente, reforçando o sistema de para-raios.
NOTA – toda estrutura a ser protegida por sistema de para-raios, que tenha
mais de 10 metros de altura em relação ao solo deve receber um cabo em torno de
todo perímetro, como complemento do sistema de para-raios, sendo uma exigência
da NBR 5419:05, norma técnica de para-raios.) (INSTALAÇÃO, 2010, p. 1)
O princípio da gaiola de Faraday é que o volume a proteger terá uma
blindagem contra a entrada de ondas eletromagnéticas, bem como a saída de ondas
eletromagnéticas, desde que a gaiola de Faraday esteja devidamente aterrada ao
sistema de para-raios (SPDA). Para efeitos de cálculos e projetos, serão
considerados os raios como componentes de fortes ondas eletromagnéticas, na
ordem de mega-hertz. (INSTALAÇÃO, 2010)
Sabe-se que boa parte das novas tecnologias existentes atualmente são
produtos desenvolvidos e experimentados com a finalidade bélica. Segundo Gomes
(2006), em 1941, iniciou-se o aterramento com a utilização de armaduras (ferragens)
em concreto armado. Durante a Segunda Guerra Mundial, o engenheiro Herb Ufer
idealizou um sistema para armazenamento de bombas guardadas nos depósitos da
base aérea americana Davis Monthan, em Tucson, no Arizona.
37

(Foi desenvolvida nos tempos remotos da Guerra Fria com o nome de


ArphaNet para manter a comunicação das bases militares dos Estados Unidos,
mesmo que o Pentágono fosse riscado do mapa por um ataque nuclear. Quando a
ameaça da Guerra Fria passou, ArphaNet tornou-se tão inútil que os militares já não
a consideravam tão importante para mantê-la sob a sua guarda. Foi assim permitido
o acesso aos cientistas que, mais tarde, cederam a rede para as universidades as
quais, sucessivamente, passaram-na para as universidades de outros países,
permitindo que pesquisadores domésticos a acessassem, até que mais de 5 milhões
de pessoas já estavam conectadas com a rede e, para cada nascimento, mais 4 se
conectavam com a imensa teia da comunicação mundial.) (BOGO, 2000)
(Os objetivos deste sistema eram proteger contra descargas atmosféricas e
eletricidade estática, esta última causada por vento e tempestades de areia. Anos
mais tarde, Ufer inspecionou as instalações e concluiu que eletrodos de aterramento
com a utilização de armaduras do concreto, promoviam uma menor e mais
consistente resistência de aterramento que as próprias hastes, especialmente em
regiões com valores altos de resistividade. Devido a esta antiga utilização, o uso das
armaduras e/ou cabos e hastes inseridos nas fundações e baldrames de concreto é
frequentemente chamado de “aterramento Ufer”.) (GOMES, 2006, p. 54)
Na década de 60, a União Alemã das Centrais Elétricas estabeleceu as
diretrizes para a “utilização das armaduras das fundações como eletrodos de
aterramento. Em 1979 foi publicada a norma alemã (caderno 35 da VDE) sobre a
inclusão do sistema de aterramento nas fundações dos edifícios residenciais”.
(GOMES, 2006, p. 54)
(Em fins da década de 70, as recomendações americanas incluíram
sistemas de aterramento com condutores embutidos em concreto, sendo que em
1978 o “National Electrical Safety Code” (ANSI-C2)-NEC incluiu pela primeira vez
especificações para eletrodos de aterramento embutidos nas fundações. Também o
“Green Book” (ANSI/IEEE Standard 142-1982), que trata especificamente de
aterramento, ressalta em várias seções as vantagens de se utilizarem as armaduras
do concreto das fundações como eletrodos de aterramento.) (GOMES, 2006, p. 54)
38

A figura 4 ilustra a Gaiola de Faraday formada pela grande quantidade de


metal das estruturas pré-moldadas que devem estar interligadas e também a todo o
sistema de aterramento para captação de para-raios.

Figura 4 - Gaiola de Faraday formada por ferragens

Fonte: Gomes, 2006

3.5 O EMPREGO DA GAIOLA DE FARADAY NA CONSTRUÇÃO CIVIL

As normas alemãs foram fonte de inspiração para a elaboração das


diretrizes em outros países, mas ao considerar a utilização do aterramento iniciado
por Ufer, a Alemanha já utiliza esse sistema há mais de 70 anos.
(Pode-se então dizer que os aterramentos utilizados das armaduras das
fundações como eletrodos de aterramento, e a proteção contra descargas
atmosféricas pelo método gaiola de Faraday com a utilização das estruturas
metálicas (telhas e/ou seus suportes metálicos) e as armaduras do concreto, são
prática mundialmente consagradas. [...] Isso foi inclusive reconhecido por
importantes normas e recomendações publicadas ao longo desse período, como as
39

normas brasileiras NBR 5419 e NBR 5410, a norma internacional IEC 61024-1-2 e
os documentos estrangeiros ASE 4022, ANSI/IEEE std.142, BS 6651, entre outros.
As vantagens, descritas não só nas publicações mencionadas, mas também
resumidas a seguir, encorajam cada vez mais esta prática, tanto em edificações
novas quanto nas já existentes.)
Gomes (2006), alerta que no método de construção que utiliza estruturas
pré-moldadas, os pontos de interligação devem vir preparados para dar continuidade
a todo o isolamento, portanto tem que ser preparado já na fase das ferragens, antes
de receber o concreto, deixa os pontos da parte externa da estrutura para permitir
toda a interligação com a Gaiola de Faraday.
(Estes pontos devem ser disponibilizados externamente aos diversos
componentes pré-moldados, possibilitando que estes sejam interligados, figura 5,
(normalmente por solda exotérmica) após sua montagem final, de modo a formar
uma gaiola de Faraday.) (GOMES, 2006)

Figura 5 - Interligações feitas com solda exotérmica

Fonte: Gomes, 2006

No estudo de Gomes (2006), são apresentados dois estudos de caso para


mostrar a utilização para mostrar a necessidade e a instalação de um sistema de
40

aterramento que contém as ferragens das colunas associada com uma Gaiola de
Faraday: Abrigo (house) ferroviário e CPD – Centro de Processamento de Dados.
(Nos abrigos ferroviários, onde geralmente se necessita de um plano de
referência para os ETI’s e de uma dissipação eficiente das correntes associadas às
descargas atmosféricas, também é possível aplicar a técnica de utilização das
ferragens das colunas e lajes para formar uma gaiola de Faraday e as armaduras
das fundações como aterramento, que mostra uma haste de captação do caso-
exemplo. No caso aqui referido, uma malha de referência de sinal (MRS) foi
devidamente projetada e instalada, com o objetivo de obter um plano de referência
de terra o mais constante possível para os equipamentos sensíveis. A MRS foi
embutida no piso, para evitar roubo e vandalismo. Cabe observar que, quando se
utilizam ferros específicos (dedicados) para captação das correntes dos raios, estes
ferros devem ser instalados na periferia das colunas e interligados com os demais
ferros estruturais constituintes desta.) (GOMES, 2006, p. 62)
Em ambos os empreendimentos é utilizada a MRS – Malha de Referência de
Sinal, no entanto, enquanto no abrigo ferroviário é utilizada a Gaiola de Faraday, no
CPD utiliza-se um reforço extra de aterramento com eletrodos complementares.
(Em CPD’s é ainda mais justificado obter-se uma referência de sinal
constante, o que normalmente é realizado com uma MRS convenientemente
dimensionada para equalizar frequências em uma larga faixa. A malha deve ser
interligada à barra de equalização local (BEL), e esta ser interligada às armaduras
das fundações dos pilares (de preferência nos pilares centrais), que no caso aqui
relatado são utilizadas como eletrodos de aterramento complementares.) (GOMES,
2006, p. 62)
De modo geral, os sistemas de segurança durante a construção dos
empreendimentos aqui elencados e outros similares contemplam o aterramento e
seguem a diretriz da Norma da ABNT NBR 5419:2005.
A norma regulamentadora NBR 5419:2001 denominada “Proteção de
estruturas contra descargas atmosféricas” foi publicada com o intuito de estabelecer
os parâmetros a serem seguidos em segurança contra raios. Baseados nesta norma
são elaborados os SPDA (Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas.
41

(Esta Norma fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção


de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas, bem
como de pessoas e instalações no seu aspecto físico dentro do volume protegido.
Esta Norma aplica-se às estruturas comuns, utilizadas para fins comerciais,
industriais, agrícolas, administrativos ou residenciais, e às estruturas especiais
previstas no anexo A.) (ABNT, 2001, p. 1)
A NBR5419:2001 estabelece classes de proteção que devem ser
observadas em detrimentro a necessidade proteção da edificação a ser avaliada.
São quatro classes de SPDA (I, II, III e IV) que devem ser definidas como um
conjunto de regras de construção, baseadas nos correspondentes níveis de
proteção (NP). Cada conjunto inclui regras dependentes do nível de proteção (por
exemplo, raio da esfera rolante, largura da malha etc) e regras independentes do
nível de proteção (por exemplo, seções transversais de cabos, materiais etc).
No projeto, os captores; podem-se utilizar três metodologias distintas,
conforme a necessidade: a) ângulo de proteção (método Franklin); e/ou b) esfera
rolante ou fictícia (modelo eletrogeométrico); e/ou c) condutores em malha ou gaiola
(método Faraday).
Para a utilização de cada tipo de captador a NBR 5419:2015 estabelece
parametros que definem a sua eficiencia de proteção em relação a classe de
proteção definida no projeto. Estes paramentros definem quanto a contrução e
necessidade minina a ser utilizado de cada um dos tipos de captador. As definições
para a utilização dos captadores tipo Eletrogeométricos e gaiola de Faraday podem
ser observadas na figura 6.

Tabela 1 - Paramentos de construção dos captadores para o SPDA

_ Método de proteção
42

Raio da esfera Máximo afastamento dos Ângulo de


Classe do
rolante – R condutores da malha proteção
SPDA
m m a°

I 20 5x5

II 40 10 x 10 Ver Figura 7

III 45 15 x 15

IV 60 20 x 20

Fonte: ABNT NBR 5419-3:2015 – Danos físicos a estruturas e perigos à vida

(NOTA – Captores em malha consistem em uma rede de condutores


dispostos no plano horizontal ou inclinado sobre o volume a proteger. Gaiolas de
Faraday são formadas por uma rede de condutores envolvendo todos os lados do
volume a proteger.)

A NBR 5419:2015 estabelece como raio de proteção de um para-raios tipo


Franklin na classe de proteção III o perímetro de um cone formado desde a ponta do
para-raios até o entorno do prédio de 20 metros, correspondente a 6 andares num
raio calculado em 45º do centro do para-raios, como exemplifica a Figura 6:
43

Figura 6 - Esquema de um prédio de seis andares

Fonte: EBANATAW, 2014

A angulação diminui conforme a maior altura do prédio da seguinte forma:


para um edifício com 30 metros ou 10 andares, a área protegida fica no perímetro
formado dentro de um ângulo de 35º; no edifício de 45 metros ou 15 andares, o
ângulo diminui para 25º, na figura 7 o gráfico faz a relação entre a altura da
edificação e ângulo de proteção em detrimento a classe do SDPA utilizado. A NBR
5419:2015 estabelece que edifícios que têm acima de 45 metros, apenas os 15
andares mais altos estão protegidos pelo para-raios, tipo Franklin.

Figura 7 - Ângulo de Proteção classes SPDA, Haste de Franklin

Fonte: ABNT NBR 5419-3:2015 – Danos físicos a estruturas e perigos à vida


44

Para suprir tal limitação do para-raios, a NBR 5419/2015 recomenda a


proteção que assemelha-se à Gaiola de Faraday. Assim, na distância de 45 metros é
instalado um cabo tipo Cabo de Faraday que protege uma distância menor (apenas
20 metros), mas cobre o perímetro formado por um raio de ângulo de 45º. Assim, um
prédio de 105 metros ou 35 andares terá além do captor tipo Franklin no topo do
edifício, mais 3 captores do tipo Cabo de Faraday, conforme a Figura 8:

Figura 8 – Esquema de um prédio de 6 andares

Fonte: EBANATAW, 2014


No entanto, o SPDA pode ser organizado em forma de Gaiola de Faraday
que reveste o edifício inteiro, como se pode observar na Figura 9:
45

Figura 9 – SPDA organizado em forma de Gaiola de Faraday

Fonte: EBANATAW, 2014

Existem vários subsistemas em um SPDA de um prédio:


 Captação (por cima): Condutor por cima da platibanda onde é
percorrido todas as periferias dos diferentes níveis horizontais.
 Captação (na lateral): Condutor na lateral externa da platibanda onde é
percorrido todas as periferias horizontais.
 Descidas: Condutores verticais dispostos preferencialmente nas quinas
da edificação e distribuídas pelo perímetro da edificação.4. Anéis de Cintamento
Horizontal (captação lateral): Condutores horizontais com seção mínima de 35mm,
instalados a cada 20 metros de altura, percorrendo a periferia externa do prédio e
interligando as descidas.
 Malha de Aterramento: Cabo de cobre nu, com seção mínima de
#50mm, onde é circunda a periferia do prédio no subsolo, distancia-se em
aproximadamente 1 m da edificação, enterrado a 0,5 m de profundidade e
46

conectado no mínimo a uma haste “Copperweld” de alta camada para cada descida.
Esta conexão deverá ser de preferência com solda exotérmica.
 Equalização de Potenciais: Interligação de todas as malhas de
aterramento e massas metálicas na referência do SPDA, através de uma caixa de
equalização. Deverão ser realizadas no subsolo e a cada 20 metros de altura, em
coincidência com os anéis de cintamento. Horizontal.
47

4 PROGRAMAS PARA CÁLCULO E DETALHAMENTO DE SPDA


Os programas QiSPDA e Pro-Elétrica consistem em possibilidades de
cálculo baseados na nova Norma NBR 5419-2015 e baseia-se no lançamento dos
elementos SPDA: área de exposição, captores, descidas, cordoalhas, demais
sistemas do sistema de aterramento, que geram um modelo tridimensional ao
considerar a edificação como um todo, com uma representação realista dos
pavimentos e de seus elementos.
A partir das definições dos parâmetros dos projetos em função do nível de
proteção definido, o programa possibilita uma verificação gráfica, dinâmica e
automatizada do dimensionamento que indicará se a estrutura está
convenientemente protegida, total ou parcialmente. As áreas de edificação
desprotegidas serão destacadas diretamente em planta onde se deve ver a solução
adequada e definir uma nova proteção; o resultado da verificação gráfica se dará
com base nos métodos de proteção recomendada pela NBR 5419:
- Franklin consiste na utilização de mastros com captores lançados de modo
que todo volume da edificação a ser protegida fique dentro de uma zona espacial de
proteção de sistema no interior do cone de proteção criado pelo para-raios,
conforme Figura 10;

Figura 10 – Verificação gráfica do QiSPDA, Franklin

Fonte: QiSPDA, 2016

- Gaiola Faraday na qual as dimensões das quadrículas lançadas pelo


usuário serão verificadas e comparadas com as quadrículas-padrão designadas pela
48

NBR 5419, com isto, proporciona dimensionamento mais preciso, seguro e rápido do
projeto, conforme figura 11;

Figura 11 – Verificação gráfica do QiSPDA, Gaiola de Faraday

Fonte: QiSPDA, 2016

Eletro geométrico esfero rolante – método de verificação de projetos para se


obter a zona de proteção tridimensional de um sistema de proteção por conta das
descargas atmosféricas; esta verificação é realizada pelo QiSPDA de uma maneira
tridimensional e eficaz, que garante resultado desejado e redução do tempo de
execução do projeto, conforme figura 12.

Figura 12 – Verificação gráfica do QiSPDA, Eletro Geométrico


49

Fonte: QiSPDA, 2016

Além da verificação por meio dos métodos Franklin, o programa faz a


verificação da proteção das laterais da estrutura através da combinação do
lançamento de anéis de cintamento com as descidas no qual o programa com base
no perímetro, altura, nível de proteção indica graficamente e através de relatórios as
necessidades mínimas. Com isto, o projetista poderá verificar a situação real de
proteção da área de exposição definida, auxilia na tomada de decisão da definição
dos elementos sem a necessidade de efetuar diversos cálculos em planilhas para
simular cada situação desejada. Gera também detalhamentos como cortes, detalhes
isométricos, memorial de cálculo detalhado e lista de materiais sempre atualizados a
cada alteração do projeto.

4.1 AVALIAÇÃO DE RISCO

A nova NBR 5419:2015 incrementou bastante a avaliação de risco e os


programas QiSPDA e Pro-Elétrica encontram-se com os recursos atualizados para
calcular os riscos envolvidos em determinado empreendimento a ser protegido.
O risco trata-se do valor da perda média anual provável (pessoas e bens)
devido à descarga atmosférica, em relação ao valor total (pessoas e bens) da
estrutura a ser protegida. Os programas avaliam os riscos com rapidez e precisão,
onde calculam-se as suas componentes para cada tipo de perda que pode aparecer
na estrutura. Com isto, auxilia o projetista na verificação da necessidade de proteção
da estrutura e também gera o memorial de cálculo completo de forma automática,
que poderá ser adicionado ao projeto.
A avaliação de risco é essencial para um projeto de proteção contra
descargas atmosféricas, porque é por meio desta que o projetista terá condições de
implementar a edificação com os equipamentos necessários para proteger a
50

estrutura, as pessoas que no local habitam ou trabalham, os equipamentos


(computadores, eletrodomésticos...) e seu entorno. (NOVA, 2015)

4.2 CÁLCULOS DE ANÁLISE DE RISCO

Como base de exemplificação da análise de risco de um empreendimento


comercial, foi analisado o caso do Edifício Magazine. Edifício localizado na Rua da
Lapa, número 180 – Rio de janeiro – RJ – Brasil, com as dimensões de: 30 metros
de comprimento, 22 metros de largura e 45 metros de altura, sua fachada pode
visualizada na figura 13.

Figura 13 – Edifício Magazine, Rua da Lapa 180

Fonte: Google Maps, acesso em 02/11/2017


Para esta avaliação de risco foi utilizado o programa Pro-elétrica, programa
este que é executado sob a plataforma do programa AutoCAD. Na figura 14 é
possível ver a integração do seu conjunto de ferramentas através da barra lateral
direita da tela.
51

Figura 14 – Visão geral do programa integrado ao AutoCAD

Fonte: Tela captura programa Pro-elétrica

No programa serão solicitados os dados da edificação a ser avaliada, na


figura 15 podemos ver a solicitação da região de localização da edificação, as suas
dimensões e das edificações adjacentes.

Figura 15 – Tela inicial de entrada de dados programa Pro-elétrica


52

Fonte: Tela captura programa Pro-elétrica

Nesta próxima etapa, figura 16, serão selecionadas as informações das


linhas de entrada da edificação. As linhas são classificadas quanto a seu tipo: de
Energia ou de Comunicação. Para as entradas de linhas de energia será solicitado o
seu tipo de entrada, tipo (baixa tensão ou alta tensão) e a o ambiente de instalação.
Para as entradas de comunicação serão solicitados os mesmos dados com exceção
de ser baixa ou alta tensão.

Figura 16 – Dados de entradas de linhas e de sinais


53

Fonte: Tela captura programa Pro-elétrica

Segundo a ABNT NBR 5419-2:2015 existem quatro classes de SPDA (I, II, III
e IV) que são definidas como um conjunto de regras de construção, baseadas nos
correspondentes níveis de proteção (NP). Cada conjunto inclui regras dependentes
do nível de proteção (por exemplo, raio da esfera rolante, largura da malha etc) e
regras independentes do nível de proteção (por exemplo, seções transversais de
cabos, materiais etc). Neste exemplo foi utilizado a Classe III, podendo ver a sua
configuração na figura 17.

Figura 17 – Classificação de probabilidade


54

Fonte: Tela captura programa Pro-elétrica

Os níveis de proteção (NP) juntamente com os dados do sistema


coordenado de DPS conforme a ABNT NBR 5419-4 nos informando para o qual os
DPS foram projetados. No programa podemos selecionar esses dados, assim como
na figura 18.

Figura 18 – Nível de proteção de descargas elétricas


55

Fonte: Tela captura programa Pro-elétrica

4.3 RELATÓRIO DA ANÁLISE DE RISCO GERADO PELO PROGRAMA

Após o preenchimento dos dados solicitados no programa Pro-eletrica, foi realizado


a geração do relatório contido no ANEXO A, então pode-se retornar o que foi
avaliado na análise de risco e quanto a necessidade de utilizar um SDPA.
Sendo os riscos estando dentro do tolerado pela norma forem atingidos, a
solução deverá ser implantada, porém, se esta não for atendida, então devemos
retornar ao gerenciamento de risco e analisar o que poderá ser melhorado para que
o mesmo fique dentro dos limites tolerados. Isso pode ser feito, por exemplo, com a
56

indicação de um nível de proteção mais rigoroso, dividindo a edificação em zonas,


refinando a proteção interna com DPS coordenados, ou blindagens espaciais, etc.
57

5 CONCLUSÃO
Através dos estudos realizados para apresentação deste trabalho, podemos
verificar a importância da utilização do SPDA na proteção de edificações e pessoas,
pois a descarga atmosférica é um fenômeno natural imprevisível e aleatório
impossível de se controlar, com magnitudes também imprevisíveis tanto no âmbito
elétrico, quanto no âmbito destrutivo e com altos índices de descargas no Brasil,
trazendo riscos a vida e prejuízos a edificações.
Devido a grande incidência de raios no país fez-se necessário a criação de
uma norma que estabelecesse requisitos para se cumprir os meios de proteção
contra esse fenômeno e, através dos anos, atualizações que melhorassem a
implantação deste sistema quando necessário, chegando nos dias atuais a englobar
os aparelhos eletroeletrônicos, antes não protegidos, de uma forma direta, pelo
SPDA.
Podemos observar que devido a complexidade nos cálculos para avaliar os
riscos, que ira definir a implantação ou não de um SPDA em uma edificação,
programas, que utilizam a NBR 5419/2015 como referência técnica, foram criados
para facilitar, informando, entre outras coisas, o dimensionamento de todos os
materiais a serem utilizados e suas características.
58

REFERÊNCIAS

ABNT. NBR 5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Maio


de 2015.

ABNT. NBR 5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.


Fevereiro de 2001.

ARANTES, Nélio. Sistemas de gestão empresarial. São Paulo: Atlas, 1998.


BARRETO, Marcelo. NBR5419:2015 – Nova norma de Para-raios (SPDA). 25 de
junho de 2015. Disponível em: <http://www.marcelobarreto.eng.br/nbr54192015-
nova-norma-de-para-raios-spda/>. Acesso em: 20 Set. 2017.

COUTINHO, F. N.; ALTOÉ, C. A. Levantamento de estruturas que necessitam de


SPDA na UnB e análise de seus efetivos sistemas de proteção. Brasília: UnB,
2003. 88p.

DE STÉFANI, Rodrigo Verardino. Metodologia de Projeto de Sistema de Proteção


contra Descargas Atmosféricas contra Edifício Residencial. 2011. 53 f.
Monografia (Graduação em Engenharia Elétrica) – Escola de Engenharia de São
Carlos, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

GONÇALVES JR, Francisco. Nova NBR 5419: ambientação e aplicação em projetos


de SPDA. 2016. Disponível em: <http://maisengenharia.altoqi.com.br/wp-
content/uploads/2015/08/nova-norma-spda.pdf>. Acesso em: 3 Set. 2017.

GURGEL JUNIOR, Garibaldi Dantas; VIEIRA, Marcelo Milano Falcão. Qualidade


total e administração hospitalar: explorando disjunções conceituais. Ciênc. Saúde
coletiva, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 325-334, 2002. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232002000200012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 13 Set. 2017.

INSTALAÇÃO de Para-raios (SPDA). Grupo Manhattan. 2010. Disponível em:


<http://www.provedores.com.br/>. Acesso em: 18 Set. 2017.

KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica: teoria da ciência e


iniciação à pesquisa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

LEITE, Maria Marta. Pressupostos para a implantação de estratégias de


relacionamento com os clientes em pequenas e médias organizações: Uma
abordagem baseada em gerenciamento de projetos. Tese de Doutorado. 324 fls.
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2004.

MICCOLI, Wilson R. V; CLETO, Marcelo G. Gerenciamento de projetos nas


indústrias do setor metal-mecânico da Grande Curitiba: Um estudo de caso.
ABM – Annual Congress. Belo Horizonte, julho de 2005.
59

MODELO de maturidade em gerenciamento de projetos organizacionais


(OPM3®). Making Project Management. PMI. 2008. Disponível em:
<http://www.pmisp.org.br/arquivos/ks_opm3_Port_v2.pdf>. Acesso em: 5 Set. 2017.

MOREIRA, Bruno. Norma para SPDA a caminho. Portal o Setor Elétrico. Edição 91
– agosto de 2013. Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?
q=cache:ZEJJTwlRzNwJ:www.osetoreletrico.com.br/web/a-revista/edicoes/1072-
norma-para-spda-a-caminho.html+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 20
Set. 2017.

MTE. NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade (110.000-9). Portaria do


Ministério de Estado do Trabalho e Emprego nº 598 de 07-12-2004. Brasília/DF:
Planalto, 2004.

NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. Criação de Conhecimento na empresa:


Como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro:
Editora Campus, 1997.

NOVA NBR 5419:2015 - Avaliação de risco com QiSPDA. [. Audiovisual online]. 3 de


junho de 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=42aN2rKIatM>.
Acesso em: 19 Set. 2017.

OLIVEIRA, Carla et al. ABC das Ondas ElectroMagnéticas. Lisboa: IST, 2003.
Disponível em: <http://193.136.221.5/item/docs/ABC_OEM.pdf>. Acesso em: 19 Set.
2017.

POSSI, Marcus. Capacitação em gerenciamento de projetos. Rio de Janeiro:


BRASPORT, 2004.

SATO, Leny. Conceito de trabalho penoso. Revista CIPA, v. 15, n. 179, 1984.

SILVA, Carlos Eduardo Sanches da; ALMEIDA, Bruno Faria; SOUZA, Hélder J.
Celani, et al. Relação de maturidade e os atributos do sistema de medição de
desempenho em gerenciamento de projetos. XXVI ENEGEP, Fortaleza, Ce,
outubro de 2006.

SISTEMA de captação Faraday. 2011. Disponível em:


<http://www.fazfacil.com.br/reforma_construcao/eletricidade_raios_3.html>. Acesso
em: 18 Set. 2017.

TERMOTÉCNICA. SPDA externo. 2014. Disponível em:


<http://www.tel.com.br/informacoes-tecnicas/tipos-de-protecao/spda-interno/>.
Acesso em: 1 Set. 2017

TERMOTÉCNICA. SPDA externo. 2014. Disponível em:


<http://www.tel.com.br/informacoes-tecnicas/tipos-de-protecao/spda-interno/>.
Acesso em: 1 Set. 2017.

VALIATI, Antônio César. Gerenciamento de projetos em indústrias de regime


permanente: Uma proposta de organização por equipes autônomas.
60

Dissertação de Mestrado. Fls. 164. Universidade Federal de Santa Catarina.


Florianópolis, 2000.
61

ANEXO A – Relatório gerado pelo Programa Pro-elétrica

NBR-5419:2015
SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas)

Projeto: TCC-EdifícioMagazine

1) Densidade e descargas atmosféricas para a terra [Ng]

Ng = 5.2 [Descargas / km²/ano]


Fonte = Mapa - Sudeste

2) Geometria da Estrutura

Comprimento [L] = 38 m
Largura [W] = 22 m
Altura [H] = 45 m

3) Ad - Área de exposição equivalente [em m²]

Ad = L * W + 2 * (3 * H) * (L + W) + PI * (3 * H)^2
Ad = 38 * 22 + 2 * (3 * 45) * (38 + 22) + 3.1416 * (3 * 45)^2
Ad = 74291.53 m²

4) Geometria da Estrutura Adjacente

Comprimento [Lj] = 38 m
Largura [Wj] = 22 m
Altura [Hj] = 40 m

5) Adj - Área de exposição equivalente [em m²]

Adj = Lj * Wj + 2 * (3 * Hj) * (Lj + Wj) + PI * (3 * Hj)^2


Adj = 38 * 22 + 2 * (3 * 40) * (38 + 22) + 3.1416 * (3 * 40)^2
Adj = 60474.93 m²

6) Fatores de Ponderação

6.1) Fator de Localização da Estrutura PRINCIPAL - Cd (Tabela A.1)

Estrutura cercada por objetos mais altos


Cd = 0.25

6.2) Fator de Localização da Estrutura ADJACENTE - Cdj (Tabela A.1)

Estrutura ADJACENTE cercada por objetos mais altos


Cdj = 0.25
62

6.3) Comprimento da Linha de Energia

Ll = 1000 [m]

6.4) Fator de Instalação da Linha ENERGIA - Ci (Tabela A.2)

Enterrado
Ci = 0.5

6.5) Fator do Tipo de Linha ENERGIA - Ct (Tabela A.3)

Linha de Energia ou Sinal


Ct = 1.0

6.6) Fator Ambiental da Linha ENERGIA - Ce (Tabela A.4)

Urbano com edifícios mais altos que 20m


Ce = 0.01

6.7) Comprimento da Linha de Sinal

Llt = 1000 [m]

6.8) Fator de Instalação da Linha SINAL - Cit (Tabela A.2)

Enterrado
Cit = 0.5

6.9) Fator do Tipo de Linha SINAL - Ctt (Tabela A.3)

Linha de Energia ou Sinal


Ctt = 1.0

6.10) Fator Ambiental da Linha SINAL - Cet (Tabela A.4)

Urbano com edifícios mais altos que 20m


Cet = 0.01

6.11) Nd - Número de Eventos Perigosos para a Estrutura [por ano]

Nd = Ng * Ad * Cd * 10^-6
Nd = 0.0966

6.12) Ndj - Número de Eventos Perigosos pela Estrutura Adjacente [por


ano]

Ndj = Ng * Adj * Cdj * 10^-6


Ndj = 0.0786

6.13) Nm - Número médio anual de eventos perigosos devido a descargas


atmosféricas perto da estrutura [por ano]
63

Nm = Ng * Am * 10^-6
Am = 2 * 500 * (L + W) + Pi * 500^2
Am = 845398.16
Nm = 4.3961

6.14) Nl - Número médio anual de eventos perigosos devido a descargas


atmosféricas na linha de Energia [por ano]

Nl = Ng * Al * Ci * Ce * Ct * 10^-6
Al = 40 * Ll
Al = 40000
Nl = 0.001

6.15) Ni - Número médio anual de eventos perigosos devido a descargas


atmosféricas perto da linha de Energia [por ano]

Ni = Ng * Ai * Ci * Ce * Ct * 10^-6
Ai = 4000 * Ll
Ai = 4000000
Ni = 0.104

6.16) Nlt - Número médio anual de eventos perigosos devido a descargas


atmosféricas na linha SINAL [por ano]

Nlt = Ng * Al * Cit * Cet * Ctt * 10^-6


Alt = 40 * Llt
Alt = 40000
Nlt = 0.001

6.17) Nit - Número médio anual de eventos perigosos devido a descargas


atmosféricas perto da linha SINAL [por ano]

Nit = Ng * Ait * Cit * Cet * Ctt * 10^-6


Ait = 4000 * Llt
Ait = 4000000
Nit = 0.104

6.18) Proteção da Estrutura - Pb (Tabela B.2)

Estrutura protegida por SPDA - Classe III


Pb = 0.1

6.19) Tipo de linha externa Energia - Cld e Cli (Tabela B.4)

Linha enterrada não blindada


Cld = 1
Cli = 1

6.20) Tipo de linha externa SINAL - Cldt e Clit (Tabela B.4)

Linha enterrada blindada (energia ou sinal)


Blindagem não interligada ao mesmo barramento de
equipotencialização
que o equipamento
Cldt = 1
64

Clit = 0.3

6.21) Ks1

Ks1: leva em consideração a eficiência da blindagem por malha


da estrutura, SPDA ou outra blindagem na interface ZPR 0/1;
Dentro de uma ZPR, em uma distância de segurança do limite
da malha no mínimo igual à largura da malha Wm,
fatores Ks1 e Ks2 para SPDA ou blindagem tipo malha
espacial podem ser avaliado como: Ks1 = 0,12 x Wm1
Ks1 = 1

6.22) Uw Energia

Uw: é a tensão suportável nominal de impulso do sistema a ser


protegido, expressa em quilovolts (kV).
Uw = 2.5

6.23) Ks4 Energia

Ks4: leva em consideração a tensão suportável de impulso do


sistema a ser protegido. Ks4 = 1 / Uw
Ks4 = 0.4

6.24) Uwt Sinal

Uwt = 1.5

6.25) Ks4t Sinal

Ks4t = 0.67

6.26) Nível de Proteção NP - Peb (Tabela B.7)

DPS Classe III


Peb = 0.02

6.27) Roteamento, blindagem e interligação ENERGIA - Pld (Tabela B.8)

Linha aérea ou enterrada, não blindada ou com a blindagem não


interligada ao mesmo
barramento de equipotencialização do equipamento (Uw=2.5)
Pld = 1

6.28) Roteamento, blindagem e interligação SINAL - Pldt (Tabela B.8)

Linha aérea ou enterrada, não blindada ou com a blindagem não


interligada ao mesmo
barramento de equipotencialização do equipamento (Uw=1.5)
Pldt = 1

6.29) Pv - Probabilidade de Descarga na linha de Energia Causar danos


físicos
65

Pv = Peb * Pld * Cld


Pv = 0.02

6.30) Pvt - Probabilidade de Descarga na linha de Sinal Causar danos


físicos

Pvt = Peb * Pldt * Cldt


Pvt = 0.02

7) Zonas da Edificação

7.1) Zona: Z1 (salas comerciais)

7.1.1) Número de pessoas na Zona

nz = 400

7.1.2) Número total de pessoas na Estrutura

nt = 300

7.1.3) Tempo de presença das pessoas na Zona (h/ano)

tz = 8760

7.1.4) Tempo de presença das pessoas em locais perigosos fora da


estrutura (h/ano)

te = 0

7.1.5) L1 - Perda de vida humana incluindo ferimento permanente

Considerar

7.1.6) L2 - Perda inaceitável de serviço ao público

Desprezar

7.1.7) L3 - Perda inaceitável de patrimônio cultural

Desprezar

7.1.8) L4 - Perda econômica

Desprezar

7.1.9) Risco de Explosão / Hospitais

Não
66

7.1.10) Medidas de Proteção (descargas na linha) - Ptu (Tabela B.6)

Não aplicável (área externa)


Ptu = 0

7.1.11) Ks2

Ks2 = 1

7.1.12) Nível de Proteção NP ENERGIA - Pspd (Tabela B.3)

DPS Classe II
Pspd = 0.02

7.1.13) Fiação Interna ENERGIA - Ks3 (Tabela B.5)

Cabo não blindado - sem preocupação no roteamento no sentido


de evitar laços
Condutores em laço com diferentes roteamentos em grandes
edifícios
(área do laço da ordem de 50 m2)
Ks3 = 1

7.1.14) Nível de Proteção NP SINAL - Pspdt (Tabela B.3)

Nenhuma sistema de DPS coordenado


Pspdt = 1

7.1.15) Fiação Interna SINAL - Ks3t (Tabela B.5)

Cabo não blindado - sem preocupação no roteamento no sentido


de evitar laços
Condutores em laço com diferentes roteamentos em grandes
edifícios
(área do laço da ordem de 50 m2)
Ks3t = 1

7.1.16) Pc - Probabilidade de Descarga na Estrutura causar Danos em


sistemas internos

Pc = Pspd * Cld
Pc = 0.02

7.1.17) Pct - Probabilidade de Descarga na Estrutura causar Danos em


sistemas internos SINAL

Pct = Pspdt * Cldt


Pct = 1

7.1.18) Pms

Pms = (Ks1 * Ks2 * Ks3 * Ks4)^2


Pms = 0.16
67

7.1.19) Pmst

Pmst = (Ks1 * Ks2 * Ks3t * Ks4t)^2


Pmst = 0.4489

7.1.20) Pm - Probabilidade de Descarga perto da Estrutura causar Danos


em sistemas internos

Pm = Pspd * Pms
Pm = 0.0032

7.1.21) Pmt - Probabilidade de Descarga perto da Estrutura causar


Danos em sistemas internos SINAL

Pmt = Pspdt * Pmst


Pm = 0.4489

7.1.22) Pu - Probabilidade de Descarga na linha causar ferimentos a


seres vivos por choque

Pu = Ptu * Peb * Pld * Cld


Pu = 0

7.1.23) Put - Probabilidade de Descarga na linha causar ferimentos a


seres vivos por choque SINAL

Put = Ptu * Peb * Pldt * Cldt


Put = 0

7.1.24) Pw - Probabilidade de Descarga na linha Causar falha de


sistemas internos

Pw = Pspd * Pld * Cld


Pw = 0.02

7.1.25) Pwt - Probabilidade de Descarga na linha Causar falha de


sistemas internos SINAL

Pwt = Pspdt * Pldt * Cldt


Pwt = 1

7.1.26) Pli

Pli para Uw = 2.5 kV


Pli = 0.3

7.1.27) Plit

Plit para Uwt = 1.5 kV


Plit = 0.5

7.1.28) Pz - Probabilidade de Descarga perto da linha Causar falha de


sistemas internos
68

Pz = Pspd * Pli * Cli


Pz = 0.006

7.1.29) Pzt - Probabilidade de Descarga perto da linha Causar falha de


sistemas internos SINAL

Pzt = Pspdt * Plit * Clit


Pzt = 0.15

7.1.30) Medidas de Proteção (descargas na estrutura) - Pta (Tabela B.1)

Nenhuma medida de Proteção


Pta = 1

7.1.31) Tipo de superfície do solo ou piso - Fator de redução rt (Tabela


C.3)

Agricultura, concreto (Resistência de contato <= 1 ohm)


rt = 0.01

7.1.32) Providências para reduzir consequências de incêndio - Fator de


redução rp (Tabela C.4)

Uma das seguintes providências: extintores, instalações fixas


operadas manualmente,
instalações de alarme manuais, hidrantes. compartimentos à
prova de fogo,
rotas de escape
rp = 0.5

7.1.33) Risco de incêndio ou explosão na estrutura - Fator de redução rf


(Tabela C.5)

Incêndio: Risco Baixo


rf = 0.001

7.1.34) Perigo Especial - Fator hz (Tabela C.6)

Nível médio de pânico (por exemplo, estruturas designadas


para eventos culturais
ou esportivos com um número de participantes entre 100 e 1000
pessoas)
hz = 5

7.1.35) Pa - Probabilidade de Descarga na estrutura causar ferimentos a


seres vivos por choque

Pa = Pta * Pb
Pa = 0.1

7.1.36) L1 - Perda de vida humana incluindo ferimento permanente


69

7.1.36.1) Lt

Lt = 0.01

7.1.36.2) D2 - Danos Físicos - Lf (Tabela C.2)

Industrial, comercial
Lf = 0.02

7.1.36.3) D3 - Falhas de sistemas internos - Lo (Tabela C.2)

Não Aplicável
Lo = 0

7.1.36.4) La

La = rt * Lt * (nz / nt) * (tz / 8760)


La = 0.0001

7.1.36.5) Lu

Lu = La = 0.0001

7.1.36.6) Lb

Lb = rp * rf * hz * Lf * (nz / nt) * (tz / 8760)


Lb = 0.0001

7.1.36.7) Lv

Lv = Lb = 0.0001

7.1.36.8) Lc

Lc = Lo * (nz / nt) * (tz / 8760)


Lc = 0

7.1.36.9) Lm Lw Lz

Lm = Lw = Lz = Lc = 0

7.1.37) Riscos da Zona

7.1.37.1) Ra

Ra = Nd * Pa * La
Ra = 0.0966 * 0.1 * 0.0001
Ra = 0.0013*10^-3

7.1.37.2) Rb
70

Rb = Nd * Pb * Lb
Rb = 0.0966 * 0.1 * 0.0001
Rb = 0.0006*10^-3

7.1.37.3) Rc

Rc = Nd * Pc * Lc
Rc = 0.0966 * 0.02 * 0
Rc = 0

7.1.37.4) Rm

Rm = Nm * Pm * Lm
Rm = 4.3961 * 0.0032 * 0
Rm = 0

7.1.37.5) Ru

Ru = (Nl + Ndj) * Pu * Lu
Ru = (0.001 + 0.0786) * 0 * 0.0001
Ru = 0

7.1.37.6) Rut

Rut = (Nlt + Ndj) * Put * Lu


Rut = (0.001 + 0.0786) * 0 * 0.0001
Rut = 0

7.1.37.7) Rv

Rv = (Nl + Ndj) * Pv * Lv
Rv = (0.001 + 0.0786) * 0.02 * 0.0001
Rv = 0.0001*10^-3

7.1.37.8) Rvt

Rvt = (Nlt + Ndj) * Pvt * Lv


Rvt = (0.001 + 0.0786) * 0.02 * 0.0001
Rvt = 0.0001*10^-3

7.1.37.9) Rw

Rw = (Nl + Ndj) * Pw * Lw
Rw = (0.001 + 0.0786) * 0.02 * 0
Rw = 0

7.1.37.10) Rwt

Rwt = (Nlt + Ndj) * Pwt * Lw


Rwt = (0.001 + 0.0786) * 1 * 0
Rwt = 0

7.1.37.11) Rz

Rz = Ni * Pz * Lz
71

Rz = 0.104 * 0.006 * 0
Rz = 0

7.1.37.12) R1z

R1z = Ra + Rb + Ru + Rv + Rut + Rvt


R1z = 0.0013*10^-3 + 0.0006*10^-3 + 0 + 0.0001*10^-3 + 0 +
0.0001*10^-3
R1z = 0.0021*10^-3

8) Risco Total

8.1) R1

Ra + Rb = 0.0019*10^-3
R1 = 0.0021*10^-3
Rt1 = 1 * 10^-5
R1 <= Rt1
(Ra + Rb) <= Rt1
[OK]

8.2) Estrutura Protegida.

R1 <= Rt1

9) Nível de Proteção adotada: III

10) Método Utilizado

10.1) Método Eletrogeométrico

Raio da Esfera Rolante [Nível de Proteção III]

R = 45 m

11) Cálculo do Número de descidas [N]

Area = 836 m2.


Altura = 45 m.
Perímetro = 120 m.
Cantos Salientes da Estrutura = 4

Nível de Proteção III: Espaçamento médio = 15m

N = Perímetro / 15m + (número de cantos salientes) [N = 12]


para Nível de Proteção: III
N = Altura / 15m + (número de cantos salientes) | N = 45 / 15
+ 4 | N = 7
N >= 2 (Para descidas não naturais)

N = 12 descidas.
72

12) Cálculo do Comprimento da Haste Vertical ou Inclinada

Haste Vertical ou Inclinada

r = 100 ohms.m [resistividade do solo]


R = 5 ohms [Resistência de aterramento]
L = Comprimento da Haste em (m)

L = r / R
L = 100 / 5
L = 20 m

L(min) = 5 m

L = 20 m

13) Anéis horizontais de interligação das descidas

Instalação de 1 Anél horizontal de aterramento enterrado


Altura: 45m > 15m
Instalação de 2 anéis horiontais intermediários.
Espaçamento vertical = 15m

14) Seções mínimas

14.1) Condutores de Captação, Hastes Captoras e Condutores de


Descidas
Cobre - Fita maciça 35mm2 Espessura 1.75 mm
Cobre - Arredondado maciço 35mm2 Diâmetro 6 mm
Cobre - Encordoado 35mm2 Diâmetro de cada fio
da oordoalha 2.5mm
Cobre - Arredondado maciço (b) 200mm2 Diâmetro 16 mm
Alumínio - Fita maciça 70mm2 Espessura 3 mm
Alumínio - Arredondado maciço 70mm2 Diâmetro 9.5mm
Alumínio - Encordoado 70mm2 Diâmetro de cada
fio da cordoalha 3.5mm
Alumínio - Arredondado maciço (b) 200mm2 Diâmetro 16 mm
Aço Cobreado IACS 30% - Arredondado maciço 50mm2
Diâmetro 8 mm
Aço Cobreado IACS 30% - Encordoado 50mm2
Diâmetro de cada fio da cordoslha 3 mm
Alumínio Cobreado IACS 64% - Arredondado maciço 50mm2
Diâmetro 8 mm
Alumínio Cobreado IACS 64% - Encordoado 70mm2
Diâmetro de cada fri da axdoeêia 3.6 nwn
Aço Galv.a quente - Fita maciça 50mm2 Espessura
mínima 2.5mm
Aço Galv.a quente - Arredondado maciço 50mm2 Diâmetro
8 mm
Aço Galv.a quente - Encordoado 50mm2 Diâmetro
de cada fio cordoalha 1.7 mm
Aço Galv.a quente - Arredondado maciço (b) 200mm2 Diâmetro
16 mm
Aço Inoxidável - Fita maciça 50mm2 Espessura 2
mm
73

Aço Inoxidável - Arredondado maciço 50mm2 Diâmetro 8


mm
Aço Inoxidável - Encordoado 70mm2 Diâmetro de
cada fio cordoalha 1.7 mm
Aço Inoxidável - Arredondado maciço (b) 200mm2 Diâmetro 16
mm

(b) - Aplicável somente a minicaptores. Para aplicações onde


esforços
mecânicos, por exemplo, força do vento, não forem
críticos, é
permitida a utilização de elementos com diametro mínimo
de 10mm
e comprimento máximo de 1m.

14.2) Eletrodo de Aterramento


Cobre - Encordoado - 50 mm2 - Diâmetro de cada fio -
cordoalha 3 mm
Cobre - Arredondado maciço - 50mm2 - Diâmetro 8 mm
Cobre - Fita maciça - 50 mm2 - Espessura 2mm
Cobre - Arredondado maciço - Eletrodo cravado 15mm
Cobre - Tubo - Eletrodo cravado 20mm - Espessura da parede 2
mm
Aço Galv.a quente - Arredondado maciço - Eletrodo cravado
16mm
Aço Galv.a quente - Arredondado maciço - Eletrodo não cravado
10mm
Aço Galv.a quente - Tubo - Eletrodo cravado 25mm - Espessura
da parede 2 mm
Aço Galv.a quente - Fita maciça - 90 mm2 - Espessura 3 mm
Aço Galv.a quente - Encordoado - 70 mm2
Aço Cobreado - Arredondado maciço - Eletrodo cravado 12.7mm
Aço Cobreado - Encordoado 70 mm2 - Diåmetro de cada fio da
cordoalha 3.45 mm
Aço Inoxidável - Arredondado maciço - Eletrodo cravado 15mm
Aço Inoxidável - Arredondado maciço - Eletrodo não cravado
10mm
Aço Inoxidável - Fita maciça - 100mm2 - Espessa minima 2 mm

Vous aimerez peut-être aussi