Vous êtes sur la page 1sur 23

1

O LÚDICO COMO RECURSO PSICOPEDAGÓGICO DA LEITURA E


ESCRITA DAS CRIANÇAS COM DIFICULDADES NO PROCESSO DE
ENSINO APRENDIZAGEM

OLIVEIRA, Eliene Paulina de1


SOUSA, Marcos dos Santos2
SANTOS, Sandra Maria dos3
CORRÊA, Yara Raquel M.C4
RESUMO

Este artigo analisar o lúdico como recurso psicopedagógico da leitura e escrita das
crianças com dificuldades no processo de ensino aprendizagem em uma Escola Municipal
do Município de Magalhães de Almeida - MA. Nesta perspectiva o brincar lúdico
possibilita uma aprendizagem criativa e reflexiva no cotidiano escolar, incentivando suas
habilidades no desenvolvimento cognitivo. O estudo se materializa por meio do estudo
de caso com uma abordagem qualitativa e descritiva. Para fundamentar este estudo
utilizamos autores tais como: Vygotsky, Trivinõs, e Bogdan e dentre outros para adentrar.
Assim, a coleta de dados foi com base questionário aberto. Por outro lado, concluímos
que o uso dos jogos, brinquedos e brincadeira faz parte da infância das crianças
estimulando os aspectos cognitivos, físico, social e cultural, promovendo suas habilidades
no ensino aprendizagem da leitura e escrita do desenvolvimento humano. Ao longo do
estudo propomos o lúdico como recurso Psicopedagógico vem favorecendo o ato do
aprender mais significativos nas estruturas psicológicas das crianças e intervindo nos
entraves das dificuldades educativas.

Palavras- chaves: lúdico; crianças; ensino aprendizagem; dificuldades.

ABSTRACT

_______________________
ELIENE Paulina de Oliveira - Graduada em Licenciatura em Pedagogia pela Universidade do Maranhão
(UFMA), e Graduada em Licenciatura em História pelo Instituto de Ensino Superior (IESME).
2
MARCOS dos Santos Sousa - Graduado em Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do
Maranhão (UFMA.
3
SANDRA Maria dos Santos - Graduada em Licenciatura em Pedagogia pelo Instituto de Ensino Superior
(IESME).
4
YARA Raquel M.C. Corrêa – Professora Orientadora de Artigo pelo Instituto de Ensino Superior e
Múltiplo (IESM- Programa Nacional de Extensão /PRONEX), Pedagoga Licenciada em História pela
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Pós-Graduada em Docência do Ensino Superior, Libras,
Psicopedagogia, Psicologia da Educação e Acadêmica de Licenciatura em Música pela Universidade do
Estado do Maranhão (UEMA).
2

1- INTRODUÇÃO

O lúdico faz parte da vida dos seres humanos no meio que estão inseridos, na
construção dos aspectos intelectuais, psicomotor, físico, emocional, cultural e social.
Entretanto, o papel do psicopedagogo é de intervir nas atividades lúdicas das crianças
com dificuldades no processo de ensino aprendizagem da leitura e da escrita. Em virtude
dessa complexidade no processo de ensino aprendizagem e no âmbito social, cultural,
cognitivo e na inserção de jogos e brincadeiras, surgiu à necessidade de utilizar um termo
diferente, inovador “lúdico”.
A palavra lúdica tem origem do latim ludus que significa jogo, brinquedos e
brincadeiras dependentes do contexto social e cultural, o lúdico faz parte da vida do
cotidiano das crianças, no qual elas vivem no mundo de encantamento: alegria, sonhos e
realidade, onde o faz de conta se interligam. FRAGO e ESCOLANO (1998, p.69), “[...]
o espaço físico não apenas contribui para a realização da educação, mas em si uma forma
silenciosa de educar.” A ludicidade busca habilidade, socialização e estabelece vínculos
entre as pessoas que vivem e atuam nesse ambiente. Nesse contexto, aborda-se um estudo
sobre “O lúdico como recurso psicopedagógico da leitura e escrita das crianças com
dificuldades no processo de ensino aprendizagem”.
A escolha do tema surgiu das nossas inquietações como Graduado (a) de
Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão, do Programa de Formação de
Professores para a Educação do Plano de Ações Articuladas/ PROFEBPAR, ao visitarmos
uma referida Escola da rede Municipal de Magalhães de Almeida - MA, observamos que
ainda existem crianças, que precisam ser orientadas Psicopedagógico de forma lúdica.
Percebemos ainda que algumas crianças tinham dificuldades na leitura e escrita e isso
torna o processo de ensino aprendizagem das crianças para as professoras um grande
problema.
No entanto, a temática é relevante e de possível desenvolvimento na medida em
que, Cursando Pós-Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional do Instituto de
Ensino Superior Múltiplo do Programa Nacional de Extensão/PUNES, podemos abordar
o lúdico com recurso diante do processo psicopedagógico para crianças com dificuldade
no ensino aprendizagem da leitura e escrita. O papel psicopedagógico é relevante em
observar as crianças de maneira diferente ao nível de dificuldade do aprendiz que
frequenta a escola, compreendendo o processo de ensino aprendizagem, vivenciado por
dificuldades na leitura e escrita diferenciada no meio escolar.
3

Dessa forma, o lúdico como recurso Psicopedagogico faz parte do mundo


imaginário das crianças em um ambiente escolar permitindo um momento prazeroso e
criativo no desenvolvimento do aprender, construindo relações sociais entre ela e mundo
como forma de segurança nas suas potencialidades no contexto social e cultural do
aprendiz. O Psicopedagógico será mediador (a) entre o ambiente e a criança, onde o
mesmo deve criar atividades lúdicas para ajudar no processo de ensino aprendizagem na
leitura e escrita. Nesta perspectiva a Psicopedagogia tem como ferramenta contribuir no
processo de ensino aprendizagem para o desenvolvimento humano, de maneira reflexiva
e ética, buscando intervenção nos entraves educacionais das crianças com dificuldades no
contexto escolar da leitura e escrita. De acordo com BOSSA (2007, p.49), relata que:

“O profissional psicopedagogo, auxilia na intervenção realizando


diagnósticos que consideram o indivíduo na sua essência interna e
externa no processo de aprendizagem; compreende o sujeito a partir de
seu contexto cultural, cognitivo, psíquico e orgânico; aprofunda o
estudo dos processos e instrumentos de intervenção a partir dos
diferentes contextos de aprendizagem: lógica, letramento, espaço e
tempo, expressões musicais corporais e plásticas”.

O psicopedagogo (a) cria estratégias pedagógicas lúdicas para ajudar a superar


os obstáculos no processo de ensino aprendizagem da criança com dificuldade na leitura
e escrita. Por isso, o psicopedagogo (a) deve ter um olhar multidimensional e reflexivo
sobre o indivíduo, transformando o meio em que vive, levando sempre em conta o
conhecimento prévio da criança no processo de ensino aprendizagem. Assim,
consideramos o desenvolvimento desse tema na medida em que possibilitará uma
reflexão para os educadores (as) da escola em estudo sobre a importância dos recursos
lúdicos para um ensino aprendizagem da leitura e escrita mais significativa. PEREIRA
(2005, p.19-20), afirma que: “As atividades lúdicas são muito mais que momento
divertido ou simples passa tempo e, sim, momentos de descobertas, construção e
compreensão de si; estimulo a autonomia, a criatividade, a expressão pessoal”.
Considerando, as atividades lúdicas para o desenvolvimento das crianças, tem-se como
objetivo geral: Analisar o lúdico como recurso psicopedagógico da leitura e escrita das
crianças com dificuldades no processo de ensino aprendizagem.
E como objetivos específicos:
 Compreender o papel psicopedagogico na superação das dificuldades do processo
de ensino aprendizagem da leitura e da escrita;
4

 Identificar os fatores que estão ocasionando as dificuldades no desenvolvimento de


ensino aprendizagem da leitura e escrita das crianças;
 Proporcionar atividades com recursos lúdicos diversificados psicopedagógicos
para o ensino aprendizagem na leitura e na escrita no contexto escolar das
crianças.
Este estudo é composto de capítulos, assim distribuídos:
O capítulo 1 faz uma “Introdução” que remete ao aspecto geral deste estudo.
No capítulo 2, temos “O lúdico como recurso Psicopedagógico no processo de
ensino aprendizagem”, aborta ainda um contexto tendo em vista um foco “A
compreensão da leitura e da escrita das crianças com dificuldades no ensino
aprendizagem”.
O capítulo 3 discorre sobre o “O papel do lúdico no desenvolvimento da criança
com dificuldade de ensino aprendizagem” a abordando ainda sobre “em que a
Psicopedagogia contribui para solucionar as dificuldades em sala de aula”.
No capítulo 4, discorremos sobre os “Processos metodológicos”, deste estudo.
Por fim no capítulo 5, a “Considerações finais”, faz-se uma retomada dos
principais pontos a partir dos resultados alcançados.
Espera-se que este artigo de pesquisa favoreça de alguma maneira o processo de
ensino aprendizagem das crianças e o trabalho das professoras.
5

2- O LÚDICO COMO RECURSO PSICOPEDAGOGICO NO PROCESSO DE


ENSINO APRENDIZAGEM.

O estudo do lúdico surgiu na Antiguidade como “brincar de faz de conta” entre


os Egípcios como forma de divertimento de lazer no cotidiano das crianças. Atualmente
os jogos, brinquedos, brincadeiras vem passando de geração a geração como atividade
principal no meio educacional dos seres humanos independentemente de etnias, idades e
sexos.
Percebe-se que a linguagem de cada cultura e no contexto social, o lúdico faz
parte do cotidiano das crianças, pois elas vivem no mundo de fantasias, de alegrias e de
sonhos, onde o real e faz de conta se interligam. O lúdico psicopedagogico, contribuir
para a construção de valores moral, social e étnico durante o ensino aprendizagem,
proporcionando a vivencia mais plena em todos os âmbitos da convivência familiar com
a fantasia de imaginário. Segundo LUCSÉSIO, (2002, p.25), diz que:

No estado lúdico, o ser humano está inteiro, ou seja, está vivenciando uma
experiência que integra sentimentos de forma plena. As vivencias se dá níveis
corporais, emocional, e social, de forma integral. Esta experiência é própria de
cada indivíduo, se processa interiormente e de forma peculiar em todas as
pessoas.

Diante disso, a criança pode expressar de forma lúdica, ampliando condições


para o desenvolvimento do ensino aprendizagem superando as suas dificuldades na leitura
e escrita no meio que está inserido. Quando está brincando a criança experimenta
sensações de prazer e alegria, aprendendo espontaneamente, sem medo, sem estresse, e
adquire conhecimento sobre o mundo das pessoas e respeitando o direito do outros.
O trabalho do psicopedagógico reutilizou o lúdico, como recurso transformado
do processo de ensino aprendizagem da leitura e escrita com criança com dificuldades em
momento escolar, tornando- o uma atividade que faz parte na vida dos seres humanos,
onde a atividade lúdica envolve não somente o resultado da ação final, mais o momento
vivenciado e observado pelo psicopedagogo para futuras intervenções. PAPALIA
e MEYER, (2007, p.1), relatam que:

[...] para estabelecer se houve ou não aprendizagem é preciso que as mudanças


ocorridas sejam relativamente permanentes. Existem pelo menos sete fatores
fundamentais para que tal aprendizagem se efetive, são eles: saúde física e
6

mental, motivação, prévio domínio, amadurecimento, inteligência,


concentração ou atenção e memória.

A falta de um desses fatores cognitivos pode ser a causa de insucessos e das


dificuldades de ensino aprendizagem. O conceito de dificuldades de aprendizagem é
abrangente e inclui problemas decorrentes do sistema educacional, de características
próprias do indivíduo e de influências ambientais. A análise do psicopedagogo (a) da- se
no início da família e no meio social em que vive como ser pensante e reflexivo. Pois
inicia no seio familiar e vai aprimorando na escolar interagindo com outras pessoas.
Vale resaltar, que o lúdico diante da Psicopedagogia deve refletir como uma
ferramenta no desenvolvimento do ser humano, criando oportunidades e despertando a
curiosidade e estimulando a criatividade do aluno (a), no trabalho educativo construindo
esquema mental que ajuda nas dificuldades da leitura e escrita. Pois brincando a criança,
jovem, adulto aflora três pilares tais como: a psique, o motor e o cognitivo para o
crescimento sadio na vivencia com outras pessoas no ambiente escolar. VYGOTSKY
(1998, p.126), discorre:

O brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva.


Portanto, ao brincar as crianças experimentam seções de prazer e prende
a conviver no meio que o cerca. Portanto, o lúdico proporciona
momento de alegria e sensações de prazer, durante todo percurso de
nossa vida ao lado das pessoas que amamos.

O lúdico é objeto psicopedagógico para intervir na prática de forma lúdica,


possibilitando a criança conhecimento e habilidade, nos aspectos de emoções, medo,
alegria, ansiedade e dentre outros. O psicopedagógico institucional deverá observar a
capacidade cognitiva da criança, durante as suas atividades escolares. Percebe-se que a
intervenção do psicopedagogo (a) e educadores (a) se faz, necessário para o
desenvolvimento da criança, avaliando, diagnosticando e proporcionando atividades em
sala de aula para melhorar a coordenação motora e intelectual. GASPARIAN e
OLIVEIRA, (2007, p.80), em seu entendimento:

O trabalho do psicopedagogo na escola é amplo e complexo, pois envolve


vários indivíduos com níveis e funções intelectuais diferentes. Além disso, é
papel do psicopedagogo realizar um trabalho de ‘higienização’ na realidade
escolar, especificamente nos aspectos, didático-metodológicos que a
compõem.

A intervenção do psicopedagogo (a) lúdica com crianças no processo de ensino


aprendizagem, no decorrer de sua atividade escolar, tornar-se mais consciente ativo no
seu próprio ato de ensinar e aprender, com um olhar reflexivo e diferenciado na
7

intervenção para superar a adversidade educacional. No estado lúdico, a criança vai


desenvolvendo a leitura, escrita, na capacidade de perceber, sua habilidade motora de
criar, laços de afeto e confiança no meio que está inserido (a). Assim, a criança aos poucos
vai assimilando, aprendendo a interagir com os outros. OLIVEIRA (2002, p.40), relata
que:
Para a criança, as brincadeiras proporcionam um estado de prazer, o que leva
à descontração e, consequentemente, ao surgimento de novas ideias criativas
que facilitam a aprendizagem de novos conteúdos e interações conscientes e
inconscientes, favorecendo a confiança em si e no grupo em que está inserida.

Desse modo, o professor (a) precisa oferecer lúdico como ferramenta de ensino
aprendizagem para criança de forma coletiva. O lúdico é parte integrante da vida do ser
humano, oferecendo condições de transformá-la, em tudo que está ao seu redor, e
proporcionando momento divertido, agradável, durante o ensino aprendizagem da criança
no ambiente escolar. Assim, o lúdico, as crianças manifestam vários processos interno de
ensino aprendizagem, compreendendo os estágios de desenvolvimento cognitivo infantil.
VYGOTSKY (1989, p.30), no seu entendimento:

É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés


de agir numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências
internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos (As brincadeiras
que são oferecidas à criança devem estar de acordo com a zona de
desenvolvimento em que ela se encontra, desta forma, pode-se perceber a
importância do professor conhecer a o meio que está inserido).

Portanto, na educação da criança o professor (a) disponibiliza as brincadeiras,


jogos, brinquedos para a construção de novo conhecimento, para a vivencia da criança no
meio físico. O papel da escola é de forma cidadãos (ãs) como ser pensante e reflexivo de
sua própria habilidade no espaço escolar na sociedade em que vivemos e atuamos. O
lúdico como recurso psicopedagogico desperta o interesse pelo o gosto da leitura e escrita
na vida das crianças. Na visão do psicopedagogo (a) a criança encara o lúdico, como
forma de prazer e satisfação. O psicopedagogo (a) promove a aprendizagem das crianças
quando é necessário durante a dificuldade na elaboração dos conteúdos. BROUGÈRE
(1998, p.40) Existe:
A conciliação entre o jogar e o aprender, no contexto educacional, desde que
sejam respeitadas as características do jogo como atividade principal deve ser
planejado como conteúdos pedagógicos que venham possibilita à criança a
capacidade de aprender em diferentes aspectos, situações lúdicas.

Sendo assim, o professor (a) tem que fazer um planejamento voltado para a
ludicidade da criança, onde o mesmo explicará que não se “joga por jogar”, mas sim, em
se tratando o jogo de forma de ensino aprendizagem tem que ter regras como formas de
despertar o cognitivo e suas habilidades no âmbito escolar. Desta maneira, ele (a)
8

transformará o jogo em um recurso de conteúdo no processo de ensino aprendizagem da


criança.

2.1 A compreensão da leitura e escrita das crianças com dificuldades no ensino


aprendizagem

A discussão da dificuldade no processo ensino aprendizagem da criança surgiu


na pré-história em 1960 e está interligada no contexto social, cultural na aquisição da
linguagem da leitura e escrita, como forma de comunicação do ser humano, no qual a
criança trocavam-se, as mensagens, ideias, desejos, alegrias, e símbolo do desenho na
história da humanidade. Mas a dificuldade de ensino aprendizagem da criança se refere a
uma série de problemas: cognitivos, emocionais ou neurológicos, que podem afetar
qualquer área do desempenho escolar.
Estes problemas se acarretam na infância têm sempre forte impacto sobre a vida
da criança, familiares e a área do desenvolvimento pessoal, assim como de sua aceitação
e participação social. GRIGORENKO, STERNEMBERG (2003, p.29) afirma que:

Dificuldade de aprendizagem significa um distúrbio em um ou mais dos


processos psicológicos básicos envolvidos no entendimento ou no uso da
linguagem, falada ou escrita, que pode se manifestar em uma aptidão
imperfeita para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar ou realizar cálculos
matemáticos.

Contudo, a criança no ambiente escolar inicia a ler, os códigos tais como: as


imagens como forma peculiar na decodificação e soletração das palavras simples no
ensino aprendizagem. A escola é um ambiente onde a criança tem a oportunidade de se
desenvolver fisicamente e intelectualmente, no desenvolvimento de leitura e da escrita
para criança com dificuldade. O professor (a) para acompanhar o desenvolvimento do
ensino aprendizagem da criança se faz necessário muita atenção no aprendizado
significativo. As dificuldades de ensino aprendizagem geralmente acontecem
combinadas.
É bom que se pense sobre a “cura” das dificuldades de ensino aprendizagem
como algo que infelizmente nunca poderá ocorrer, são problemas permanentes, que
podem ser contornados com estratégias eficazes, novas metodologias e consciência da
própria pessoa quanto as suas limitações. O que se deve evitar é julgar algumas
dificuldades que encontramos no caminho da educação infantil como sendo dificuldades
de ensino aprendizagem. Segundo GUSMÃO (2001, p.33):
9

Dificuldade de aprendizagem representa uma falha no processo da


aprendizagem que originou não aproveitamento escolar. Pensando não
somente em termos de falhas na aquisição do conhecimento (aprendizagem),
mas também no ato de ensinar, este problema não se traduz somente como um
problema inerente ao sujeito aprendiz no sentido de competências e
potencialidades, mas sim em uma constelação maior de fatores e de sua inter-
relação, que envolvem direta ou indiretamente complexas.

A criança que apresenta dificuldade no ensino aprendizagem tem sintomas


diversos como: tristeza, timidez e a perda de iniciativa, agressividade, ansiedade,
dificuldade em se relacionar com os colegas e muitas vezes o professor (a) não percebe
que a criança tem problemas psicológicos nos aspectos Motor, Psíquico que precisa
observar diagnosticar os déficits da criança no processo educativo.
Os problemas de dificuldades de aprendizagem estão relacionados a fatores: A)
socioeconômico – são conflitos familiares e pessoal, ocasionando futuras complicações
de saúde no desenvolvimento do corpo, mente ao desenvolver o momento da leitura e
escrita de forma criativa e lúdica. B) biológico - ou seja, o comprometimento do cérebro
podendo causar sintomas de atenção, ansiedade, agitação.
A criança com dificuldade em sala de aula da leitura e escrita aos poucos vão
começando a ler, códigos de forma lúdica e peculiar na decodificação e soletração das
palavras simples no ensino aprendizagem. A escola é um ambiente onde a criança tem a
oportunidade de se desenvolver fisicamente e intelectualmente, e se faz necessário muita
atenção enquanto suas limitações física e intelectual.
De vários entraves que podem prejudicar a coordenação motora das crianças no
desenvolvimento da linguagem de comunicação no conceito educacional abordaremos
sobre a “dislexia” que é um bloqueio que a criança tem no ensino aprendizagem da leitura
e escrita no período de alfabetização que vem prejudicando o desenvolvimento intelectual
e social dos seres humano. Na visão de LIMA (2002, p.29), afirma que:

Dislexia é uma dificuldade duradoura na aquisição da leitura. Para constatar


uma dislexia, é preciso destacar algumas outras situações que não devem ser
confundidas, como por exemplo, a criança não deve ter bloqueios emocionais
que a impeçam de aprender, não deve ser nova demais para a alfabetização,
isto é, exclui-se a maturidade, deve ter tido pelo menos dois anos de
escolaridade, com uma didática adequada. Isto significa que apenas aos 8 ou 9
anos podemos afirmar que a criança é disléxica.

No entanto, as crianças que tem dificuldade para correlacionar sons e sinais


gráficos, o que afeta a alfabetização no desenvolvimento da leitura e escrita. Provocaram
10

problemas na representação fonológica têm como consequência à limitação da capacidade


de armazenar informações verbais na memória de curto prazo.
As crianças demonstram deficiência para mapear frequências de fonemas e letras
de palavras e dificuldade de nomeação, ou seja, para encontrar palavras que requerem um
acesso rápido a rótulos verbais, usando muitas vezes tentativas de adivinhações, palavras
ligeiramente inadequadas ou a descrição deste objeto. E os erros mais comuns a serem
observados tanto na leitura quanto na escrita e dentre outros estão assim distribuídos:
 Confusão de letras que possuem sons parecidos: b/d, p/q, d/t, m/b, etc.;
 Contaminação de sons: lalito em vez de dizer palito, etc.;
 Adição ou omissão de sons, sílabas ou palavras: casa em vez de casca, neca em
vez de boneca, etc.;
 Repetição de sílabas, palavras ou frases: mama caco, pai pai, etc.;
 Acompanhamento com o dedo da linha que está sendo lida, etc.;
 Dificuldade na memória auditiva imediata.
Vale salientar, que é preciso que o psicopedagógico faça analise de intervenção
e diagnostico com as crianças que venham apresentar alguns entraves educativos no
ensino aprendizagem no espaço escolar. Na teoria de FERNANDEZ (1991, p.39):

A palavra diagnóstica provém de dia (através de) e gnose (conhecimento). Se


nos atemos à origem etimológica e não ao uso comum (que pode significar
rotular, definir, etiquetar), podemos falar de diagnóstico como “um olhar-
conhecer através de”, que relacionaremos com um processo, com um
transcorrer, com um ir olhando através de alguém envolvido mesmo como
observador, através da técnica utilizada e, nesta circunstância, através da
família.

Por isso, para fazer um diagnóstico correto, deve-se verificar inicialmente, se na


história familiar existem casos de dislexia ou de dificuldades de ensino aprendizagem da
leitura e escrita da criança, se ocorreu um atraso na aquisição da linguagem, pois as
pessoas disléxicas pensam por meio de imagens e sentimentos, e não com sons e palavras,
sendo bastante intuitivas.
A conduta do psicopedagogo é analisar de forma lúdica e excluir as
possibilidades de outros distúrbios de origem neurológica, sensoriais, emocionais ou
mesmo dificuldades de ensino aprendizagem por falta de ensino adequado ou de
aprendizagem no meio sociocultural descontextualizado. O trabalho pedagógico em sala
de aula deve atuar de forma reflexiva para diminuir os problemas de ensino aprendizagem
de forma lúdica para o avanço educacional das crianças em período escolar na construção
do conhecimento intelectual. PIAGET (1993, p.33) afirma que:
11

O professor deve criar atividade lúdica e diversificada no ensino


aprendizagem. Atualmente a educação humana tem sido interagida com
recursos psicopedagógico para prevenção de problemas de dificuldades na
leitura e escrita das crianças na qualidade de vida no espaço escolar do ensinar
e aprender significativo.

O papel do Psicopedagogo, Psicólogo e Fonoaudiólogo são essenciais para


avaliação e diagnóstico da dificuldade de ensino aprendizagem da criança, adolescente
por se tratar de questões sociais, cognitivas e biológicas de curto prazo e longo prazo no
ambiente escolar, adquirindo em determinados conteúdos, métodos diferenciados de
ensino aprendizagem a singularidade de cada caso no contexto cultural e social, alem de
intervir o processo de ensino aprendizagem, valorizando o aspecto cognitivo e social,
possibilitando a leitura e escrita das crianças com dificuldade.
O professor cria estratégia de ensino para melhorar o desenvolvimento humano
no hábito de ler e escrever para o desenvolvimento das crianças na interação entre ela e
mundo, aprimorando a curiosidade de nova descoberta no cotidiano da criança com
dificuldade de ensino aprendizagem em sala de aula.
O objetivo desse estudo foi investigar as estratégias lúdicas operacionalizadas
pelos professores na Educação Infantil, onde se percebe que as mais utilizadas são os
jogos e as brincadeiras, estratégias que oportunizam a descoberta de si mesmo e dos
outros.

3. O PAPEL DO LUDICO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA COM


DIFICULDADE DE ENSINO APRENDIZAGEM

O ato do brincar lúdico são eixos que proporcionam às crianças novas


possibilidade conquista de sua identidade na construção de suas habilidades do
12

conhecimento para uma aprendizagem significativa. No entanto, jogos, brinquedos e


brincadeira ajudam na construção dos valores e atitudes de situações de aprendizagem no
desenvolvimento escolar criando e recriando autoestima na formação das crianças.
VYGOTSKY (1998, p.30) reafirma que:

O ato de brincar na constituição do pensamento infantil, pois é brincando,


jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil,
motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo
de eventos, pessoas, coisas e símbolos.

Diante disso, a ludicidade é fundamental na infância que vem surgindo


gradualmente na fase da criança desde muito cedo melhorando a capacidade de agir e
pensar em nova descoberta do aprendizado. O papel do professor é imprescindível em
proporcionar atividades diversificadas na vivencia escolar para aprimorar a coordenação
motora e equilíbrio são elementos fundamentais para o desenvolvimento das crianças e
estimula criatividade, afetividade, durante a vivência cotidiana no meio social e cultural,
pois as crianças aprendem muito umas com as outras em sala de aula. Na visão de
VYGOTSKY (1998, p.40) relata que:

O brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e


realidade interagem na produção de novas formas de construir relações sociais
com outros sujeitos, crianças e/ou adultos. Tal concepção se afasta da visão
predominante da brincadeira como atividade restrita à assimilação de códigos
e papéis sociais e culturais, cuja função principal seria facilitar o processo de
socialização da criança e a sua integração à sociedade.

O brincar na educação infantil lúdico está inserido no dia a dia, entre criança e
adultos no contexto educacional que permite relaxamento, prazer e sensação de bem-estar
na atividade pedagógica em sala de aula, para recuperação física e psicológica, pois
contribuem no desenvolvimento do movimento do corpo. (BRASIL, 1998b, p.9)

Nessa perspectiva, as brincadeiras e os jogos são propostos como meios para


o equilíbrio e a recuperação psicológica. Esses momentos são catárticos e
servem para que a criança possa extravasar emoções reprimidas, frustrações e
sentimentos traumáticos causados por situações do cotidiano.

As atividades lúdicas são proporcionadas, no espaço escolar interno ou externo


contribuindo no desenvolvimento humano para manter o equilíbrio nos problemas de
ensino aprendizagem, na prática educativa das crianças por meio da linguagem simbólica,
imaginário, do mundo social e cultural. O lúdico faz parte do mundo infantil da vida de
todo ser humano. Os jogos e brinquedos fazem parte da infância das crianças, onde a real
e o faz de conta interligam, nos aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais.
MARROCOS (2008, p.30) ratifica que: “as funções cognitivas se correlacionam seja de
13

forma operacional ou dialética, juntamente no meio social à qual frequentam, é


imprescindível no aprender da criança durante a infância”.
A Ludicidade é caracterizada pelo simbolismo para alavancar a capacidade de
sonhar e imaginar na realidade circundante e significativa. No brincar lúdico, a criança
experimenta, descobre, inventa, adquire habilidades, estimula a criatividade, para o
desenvolvimento da linguagem e concentração de novos conhecimentos.
Nesta perspectiva, FREUD (1974, p.135), reflete sobre o lúdico para o
desenvolvimento do ensino aprendizagem para criança com dificuldade.

Errado supor que a criança não leva esse mundo a sério; ao contrário, leva
muito a sério sua brincadeira e despende na mesma muita emoção. A antítese
de brincar não é o que é sério, mas o que é real. Apesar de toda a emoção
com que a criança cauteriza seu mundo de brinquedo, ela o distingue
perfeitamente da realidade, e gosta de ligar seus objetos e situações
imaginados às coisas visíveis e tangíveis do mundo real.

Atualmente algumas pessoas tem uma visão distorcida da questão lúdica para
criança sem valores pedagógicos no âmbito social. Vale ressaltar, que os jogos,
brinquedos e brincadeiras oferece momento agradável e divertido nos fatores emocionais,
sociais, neurológicos gerando mudanças comportamentais dos seres humano. Para
VYGOTSKY (1984, p.103) “a aprendizagem e o desenvolvimento estão estritamente
relacionados, sendo que as crianças se inter-relacionam com o meio objetal e social,
internalizando o conhecimento advindo de um processo de construção”.
Portanto, para que ocorra aprendizagem é preciso que uma série de fatores se
interligue. O papel dos pais, professores e familiares são ferramentas fundamentais para
estruturação das crianças no contexto social para o desenvolvimento cognitivo da
infância. A escola tem papel relevante para organizar, situações lúdicas para o
desenvolvimento do aprendizado da criança e criando vínculos afetivos e sociais para
formação cultural e física. COLL, (2004, p.105) diz que:

A construção do conhecimento na sala de aula é um processo social e


compartilhado. A interação se dá em um contexto socialmente pautado, no qual
o sujeito participa de práticas culturalmente organizadas com ferramentas e
conteúdos culturais. As perspectivas socioculturais enfatizam a
interdependência entre os processos individuais e os sociais na construção do
conhecimento e por outros sistemas simbólicos.

As atividades escolares, de conhecimento prévio são adquiridos pelo próprio


sujeito na qual ele faz parte. A família é à base de toda solidificação do meio concreto
integral da criança onde é construída a interação entre criança e adultos. O objetivo do
lúdico é facilitar o desempenho da criança com dificuldade de ensino aprendizagem em
14

leitura e escrita, melhorando a potencialidade e capacidade nos aspectos psicomotora em


desempenho escolar como caminho de equilíbrio entre ela e mundo que lhe cerca para
resolução dos problemas educacionais. ALMEIDA (1994, p.41), relata:

A educação lúdica, contribuir na formação da criança e do adolescente,


possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integra-
se ao mais alto espírito de uma prática democrática enquanto investe em uma
produção séria do conhecimento.

O uso do lúdico favorece hábitos saudáveis para o crescimento do corpo como


troca de afetos, com outras crianças para futuras experiências no processo de ensino
aprendizagem de sua identidade. A educação por meio do lúdico favorece o crescimento
da criança, investindo numa elaboração íntegra do conhecimento infantil, jogar e brincar,
podem ser recriados conceitos cotidianos, compreendendo, encenando, reelaborando a
realidade, contribuindo assim para uma maneira melhor de se relacionar com o outro e
desenvolvendo sua identidade e autonomia.

Por outro lado, o ser humano vem passando por grandes transformações sociais
em aspectos: biológicos, intelectuais, sociais e culturais que permite ao sujeito construção
e reconstrução de sua identidade intelectual na socialização da criança em conhecimento
de formas significativa em diferente relação social, familiar e cultural estimulando ensino
aprendizado promovendo atividades lúdicas prazerosas. Os jogos, brinquedos e
brincadeiras são importantes para o desenvolvimento do ensino aprendizagem da criança.
PIAGET (1976, p.15) diz que: “as atividades lúdicas é um berço obrigatório das
atividades lúdicas intelectuais da criança”. Dessa forma, as brincadeiras lúdicas não são
simples passatempo e sim uma forma de enriquecer o cognitivo da criança. Atualmente o
lúdico está sendo discutindo como instrumento pedagógico para construção do próprio
conhecimento da criança, como fenômeno cultural e social na sociedade em que vivemos
e atuamos.

Nessa perspectiva, as atividades lúdicas na educação infantil e promove vínculos


sociais na interação com outras pessoas. Pois, o mundo infantil lúdico é fundamental para
a estimulação do desenvolvimento cognitivo da criança para estimular a capacidade
pensar, memorizar, a coordenação motora como forma de expressão corporal. BOCK
(2002, p.98) diz que: “o desenvolvimento humano refere-se ao intelectual, mental e ao
crescimento orgânico é construção contínuo, que se esturram mentais.” Nesse sentido, no
entendimento autor, jogos, brinquedos e brincadeiras facilita a comunicação da criança
na construção da autonomia e da criatividade estabelecendo, uma relação interpessoal
para prevenir futuros problemas de aprendizagem. O jogo, brinquedos, brincadeira do
15

ponto de vista educacional desenvolvem integralmente de forma lúdica na construção do


pensamento em ensinar e aprender em contexto social e cultura.

3.1 Em que a Psicopedagogia contribuir para solucionar estas dificuldades

A intervenção psicopedagógico, visa contribuir no desenvolvimento da criança


focando no diagnóstico e tratamento adequado dos obstáculos. O psicopedagogo faz uma
análise entorno dos entraves das crianças no processo de ensino aprendizagem. Quando
os professores (as) e educadores (as) têm uma relação psicopedagógico é mais fácil
analisar o porquê das crianças, e os fatores que levam a ter dificuldade no processo de
ensino aprendizagem. Faz necessário o papel do psicopedagogo (a), como profissional
que também se dedica ao assessoramento da escola, visando assegurar condições
necessárias para uma melhor compreensão do complexo processo de ensinar e aprender.
Em virtude, à grande complexidade dos problemas de ensino aprendizagem, a
psicopedagogia passa a ter um caráter multidisciplinar, buscando conhecimento em
diversas áreas, além da psicopedagogia e da pedagogia. Como HELOÍSA LÜCK (1999,
p.28), cita:
Entender a complexidade e as inúmeras interações dos múltiplos componentes
da realidade torna-se, portanto, uma necessidade inadiável. É mediante e na
medida desta compreensão que o homem se eleva da dimensão de objetivo e
engrenagem, numa máquina social, e supera o senso comum que domina o seu
cotidiano.

A psicopedagogia tem por objetivo conhecer mais sobre o outro, para poder
ajudá-lo a vencer suas dificuldades, superar seus problemas de ensino aprendizagem e
compreender os elementos que interferem nesse processo, em busca de autoria de
pensamento, como seu maior desafio, “aprender a conhecer”, “aprender a fazer” e
“aprender a ser”. A busca do conhecimento, da autonomia, permeia a dimensão social,
em valores e atitudes, dos seres humanos.
Portanto, as intervenções psicopedagógicos estão voltadas aos movimentos
subjetivos entre ensinar e o aprender frente ao conhecimento da construção do sujeito.
Por meio dos conhecimentos vinculados pela psicopedagogia, acreditamos que as
dificuldades de ensino aprendizagem no processo de aquisição da leitura e da escrita,
possam estar abertas à busca constante de significados de um olhar diferenciado à própria
vida. O psicopedagogo (a), na construção do conhecimento, objetivando o crescimento
pessoal na interação da linguagem simbólica da criança por meio da descoberta do próprio
16

corpo capaz de produzindo o desenvolvimento psíquico, cognitivo, proporcionar de forma


lúdica possibilidade de melhorar o ensino das crianças com dificuldade em sala de aula.

4. O PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa ocorreu, em uma Escola Municipal do Município de Almeida- S/N,


no Centro. O tipo de pesquisa se materializar por meio de estudo de caso, que consoante
TRIVNÕS (1987, p.133), “é uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se
17

analisa aprofundada mente”. No entanto, o estudo de caso caracteriza-se por sua natureza,
analisar os fenômenos de uma comunidade, grupos, a história de vida, objetos e dentre
outros. Neste procedimento, a coleta de dados é rigorosamente controlada pelo
experimentador, ao passo pelo pesquisador da pesquisa observando tudo que está ao seu
redor no contexto cultural e social de uma realidade significativa.
Abordagem do estudo é de cunho qualitativo. BOGDAN, (1983, p.55) tem como
características tais:
A pesquisa qualitativa tem um ambiente natural como fonte direta dos dados e
pesquisador como instrumento chave;
A pesquisa qualitativa é descritiva;
Os pesquisadores qualitativos estão preocupados com processo dos resultados
dos produtos;
O significado é a preocupação essencial na abordagem qualitativo.

Diante disso, o estudo qualitativo contempla o ambiente escolar, procurando


meios eficientes para elaboração dos seus dados e chegando as seguintes conclusões da
pesquisa campo. A capacidade de compreender os fenômenos relacionado a escola em
relação teoria e pratica no processo de ensino aprendizagem com crianças com
dificuldade com o meio social e cultural das relações dos seres humano.
O lúdico como recurso psicopedagógico na aprendizagem das crianças com
dificuldade tem influências educativa nos aspectos que compreendem a formação integral
da personalidade infantil, para discursão e reflexão crítica da autoestima do conhecimento
na pratica educacional. A alfabetização lúdica é sempre um aprendizado significativo do
domínio sistemático das habilidades de ler e escrever em contexto cultura e social que
estão inseridos. O jogos, brinquedos e brincadeiras é um auxilio psicopedagógico que
possibilita as crianças no espaço escolar. Nesta perspectiva a mediação de forma lúdica
proporciona uma nova construção de aprendizagem, entre os adultos e crianças para uma
reconstrução de conhecimentos efetivos, mental, intelectual e social. OLIVEIRA (1995,
p.10) diz que:

Durante o brincar lúdico, ela se solta e se permite mais, além do


comportamento habitual para sua idade e de suas atitudes diárias. Ela se torna
maior do que realmente é na realidade. Assim, o brincar das funções
psicológicas consolidadas do indivíduo.

Sendo assim, o objetivo do lúdico na educação infantil tornar o ensino


aprendizagem conteúdos mais agradável, atrativo e prazeroso para crianças, promovendo
sua habilidade e criatividade, atenção e socialização e dentre outros. O lúdico no processo
de ensino aprendizagem são elementos principais do mundo criança, e ainda são
instrumento psicopedagógico em sala de aula.
18

Diante do exposto, lúdico são recursos para o desenvolvimento físico e mental


da criança, facilitando na construção do seu conhecimento e na sua socialização,
englobando aspectos cognitivos e afetivos. O lúdico é eixo pedagógico que tem auxílio
de melhorar os problemas de ensino aprendizagem com criança com dificuldade da leitura
e escrita. O objetivo deve estar voltado para a criança e respeitando sua faixa etária de
idade em sala de aula.

O professor mediador entre a criança e meio deve oferecer atividade lúdica


gratificante e atraente, para estimular o aprendizado das mesmas. Vale ressaltar, que a
formação lúdica possibilita o desbloqueio de entrave de futura doença para o
desenvolvimento do corpo e mente. O papel do psicopedagógico, professores, pedagogos
em sala de aula observa e avalia a potencialidade educativa de algumas crianças que
apresenta dificuldade na questão da leitura e escrita no desenvolvimento psicomotor.

Em outras palavras os mesmos precisam criar e recriar os sinais que representa


a leitura de forma lúdica. FREIRE (2000, p.11) aborda que: “a leitura de mundo deve
preceder a leitura das palavras’’. Sendo assim, a criança aprende através dos códigos,
pequenos textos, imagens ilustradas são forma de se comunicar da linguagem verbal e
corporal para construir suas próprias necessidades ao lidar com suas emoções e conflitos
no desenvolvimento humano.

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

O papel dos jogos, brinquedos e brincadeira da criança na educação infantil de


forma lúdica, desenvolve a coordenação motora e física, para estimular o crescimento da
capacidade de armazenar as informações verbais de linguagem na memória de curto prazo
para que a criança aprenda, de forma simples e criativa. VYGOTSKY (1984, p.50)
19

“atribui o papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil”. Por isso,


brincar no estado lúdico a criança desenvolvem seu cognitivo, visual, auditivo, motor
compreender coisas e símbolos do meio em que vivem para superação da dificuldade em
sala de aula.
A prática psicopedagogia lúdica educativa, proporciona a criança uma
aprendizagem significativa. Atualmente os jogo, brinquedo e brincadeira está sendo
discutido como instrumento psicopedagógico indispensável no desenvolvimento como
forma de equilíbrio entre ela e mundo. Sendo assim, cabem os professores (as) criarem
aprendizado significativo na educação infantil. A formação lúdica possibilita
psicopedagógico reconhecer seu papel como cidadão, mostrando uma visão clara sobre a
importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança, do jovem e do adulto.
Partimos de uma sociedade em que o domínio do código escrito se faz necessário
em vários contextos e em várias práticas sociais. São cada vez mais comuns as situações,
nas quais temos que preencher um formulário, ou mesmo um cupom para participarmos
de um sorteio; que temos que ler um folheto explicativo de um eletrodoméstico que
compramos; e assim por diante. Então, a interação e a afetividade vem como suporte de
uma pedagogia que se alicerçar na arte/magia interdisciplinar do ensinar/aprender de
forma lúdica na educação infantil.
Nesta perspectiva CAGLIARI, (1998, p.49) afirma que:

[...] A atividade fundamental lúdica desenvolvida pela escola e pelos


Professores para a formação das crianças é a leitura. É mais importante saber
ler do que escrever. Se a criança não se sair muito bem nas outras atividades,
mas se for uma boa leitora, penso que a escola cumpriu em grande parte sua
tarefa. A leitura é a extensão escola na vida das pessoas.

Comprovamos durante o estudo que a prática psicopedagógica lúdica é


fundamental na vida dos seres humano dependente de contexto social e cultural,
auxiliando no processo de ensino aprendizagem com instrumento pedagógico como
forma de ensinar e aprender. O lúdico tem por objetivo adentrar o mundo imaginário e o
real como elemento indispensável nos aspectos afetivo, cognitivo e emocional da criança,
contribuindo para a construção de um mundo mais equilibrado e saudável.
Percebemos durante as observações na escola campo que os professores (as)
trabalham com algumas ludicidades tais como: quebra-cabeças, alfabeto móvel, músicas
e textos diversificados para ajudar as crianças com dificuldade na leitura e escrita
proporcionando o desenvolvimento de habilidade, competência cognitiva para construir
seu pensamento de linguagem. VYGOTSKY (1984, p.97) discorre:
20

A brincadeira cria para as crianças uma “zona de desenvolvimento proximal”


que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento
determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e
o nível atual de desenvolvimento potência determinada através da resolução de
um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um
companheiro mais capaz.

Todavia, o brincar lúdico, a criança se reinventa no seu cotidiano, reelaborando


experiências criativas em meio social e contribuindo no desenvolvimento da inteligência,
afetividade, motricidade, sociabilidade na inserção da história do pensamento
educacional, ao longo dos tempos se fez presente no dia a dia da criança na educação
infantil como recursos pedagógicos.
Desse modo geral, verificamos, que a ludicidade é fundamental no
desenvolvimento, habilidade motoras e cognitivas, pois os jogos e brincadeiras as
crianças se sentem estimuladas. Assim, também a experiência da aprendizagem tende a
construir um processo vivenciando prazerosamente.
Assim as contribuições deste estudo são análise psicopedagogico (a) que sirvam
como instrumento de forma lúdica de “reflexão” metodológica para os Professores (as)
uma vez que, ainda persistam método tradicional de ensino passivo desvinculado do
cotidiano da criança, ou seja, da vivencia escola, e para todos que no estudo se
envolveram e que possam contribuir com seu crescimento profissional e educacional no
meio que vivemos e atuamos.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, A. Ludicidade como instrumento pedagógico. São Paulo-SP, Saraiva,


1994, 41 p.
21

BOCK, Ana Mercês Bahia. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13, ed.
Reform. e ampl. – São Paulo: Saraiva 2002, 98 p.

BOGDAN, R., Biklen, S. Investigação Qualitativa em Educação: uma introdução à teoria


e aos métodos. Porto: Porto Editora. 1983, 55 p.

BOSSA, Nádia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 3, ed –


Porto Alegre: Artmed, 2007, 49 p.

BRASIL. Ministério da Educação e Desporto, Secretaria de Educação Fundamental.


Coordenação Geral de Educação Infantil. Referencial Curricular Nacional para
Educação Infantil. Brasília, DF: MEC/SEF/COEDI, 1998b, 9 p.

BROUGÈRE, Gilles. A Criança e a Cultura Lúdica, Rev. Fac. Educ. vol. 24 nº 2. São
Paulo jully/Dec, 1998, 40 p.

CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem o bá-bé-bi-bó-bu. São Paulo: Scipione, 1998, 49


p.

COLL, C. Desenvolvimento psicológico e educação. 2, ed. – Porto Alegre: Artmed,


2004, 105 p.

ESCOLANO, Agustin. Espaço escola e currículo: currículo, espaço e subjetividade. A


arquitetura como programa. Rio de Janeiro: DP&A Editora. Tradução Alfredo Veiga-
Neto. 1998, 69 p.

FERNANDEZ, Alicia. A Inteligência Aprisionada: Abordagem Psicopedagógica


Clínica e sua Família. Porto Alegre: Artmed, 1991, 39 p.

FRAGO, Antonio V. Currículo no espaço e subjetividade: arquitetura como programa.


Tradução: Alfredo Veiga - Neto. Rio de Janeiro. 1998, 69 p.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas a outros escritos. São


Paulo: UNESP, 2000, 11 p.

FREUD, S. Escritores Criativos e Devaneios. Vol. IX. Rio de Janeiro. Imago, 1974, 135
p.

GASPARIAN, M. C. C. Psicopedagogia institucional sistêmica: contribuições do


modelo racional. São Paulo: Lemos. 2007, 80 p.

GUSMÃO, Bianca B. de. Dificuldade de aprendizagem: um olhar crítico. Pará: UAM,


2001, 33 p.

GRIGORENKO, Elena L. Sternemberg J. Criança rotuladas: o que é necessário saber


sobre a dificuldade de aprendizagem, Porto Alegre: Artmed, 2003, 29 p.

LIMA, PA. Educação Inclusiva e igualdade social. São Paulo; AVERCAMP, 2002, 29
p.

LÜCK, Heloísa. Pedagogia interdisciplinar: fundamentos teórico-metodológicos. 6. ed.


Petrópolis: Vozes, 1999, 28 p.
22

LUCSÉSIO, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar, São Paulo, Cortez


Editora, 2002, 25 p.

MARROCOS Sônia Maria Santos. Aspectos da dificuldades de aprendizagem.


Itabuna-Ba: IMES/FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências, 2008, 30 p.

MEYER, R. Diferenciar Antecedentes de Comprometimento Organizacional: Uma


Prova de março e Modelo de Simon, Journal of Organizational Behavior, Vol. 19. 2007,
1p.

OLIVEIRA, M. K. de. Aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico.


São Paulo: Scipione, 1995, 40 p.

OLIVEIRA, Vera Barros de (org.). O Brincar e a Criança do Nascimento aos Seis


Anos. 4ª ed. Petrópolis: Vozes, 2002,40 p.

OLIVEIRA, Mari Ângela Calderari. Psicopedagogia: a instituição educacional em foco.


Curitiba: IBPEX, 2007, 80 p.
PAPALIA, Diane E. Desenvolvimento Psicossocial no Início da Vida da criança,
Jovem e adulto. Porto Alegre: Artmed: AMGH, 2007, 1 p.

PEREIRA, B. O. Para uma escola sem violência: estudo e prevenção das práticas das
atividades lúdicas entre crianças. Fundação Caloueste Gulbenkian. Fundação para a
Ciência e tecnologia. Ministério da Ciência e Tecnologia. Porto: Ed. Imprensa
Portuguesa, 2005, 19-20 p.

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1976, 15 p.

____________. A Formação do Símbolo na Criança: imitação, jogo e sonho.


Rio de Janeiro: Zahar, 1993, 33 p.

TRIVINÕS, Augusto N. S. Introdução á pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa


qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987, 133 p.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984, 50,
97, 103 p.

____________. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fonte. 1989, 30 p.

_____________. O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 3. ed.


São Paulo: Martins Fontes, 1998, 30, 40, 126 p.
23

Vous aimerez peut-être aussi