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Manoel de Almeida
Novembro 2014
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Qual a Melhor Pressão do Vapor Vivo?
1. INTRODUÇÃO:
Uma pergunta que frequentemente os gerentes e diretores das Usinas, que vão
adquirir nova caldeira, nos fazem: “Qual a pressão mais indicada?”
A resposta a esta questão não é tão simples como parece.
Nas ampliações, para aquelas usinas com caldeiras a 21,0 kgf/cm², não há mais
dúvida: a nova caldeira deve ser de pressão maior para atender a cogeração
futura, pois acreditamos que em algum momento todas as usinas deverão fazer
a cogeração.
Pretendo com este artigo, dar informações aos interessados para entender
melhor este assunto no que diz respeito aos consumos de vapor e bagaço que
afinal, são os mais importantes.
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Tabela 1 – Consumo de vapor para Turbo geradores de 30 MW
Concluímos que:
O ganho é enorme quando se passa da pressão 21,0 kgf/cm2 para 45,0 ou
pressões maiores. Colocamos a título de comparação, porque não seria viável
instalar a 21,0 kgf/cm² um turbo gerador de 30 MW.
O que tem mais influência no consumo de vapor das turbinas é a temperatura do
vapor. A 70 kgf/cm2/ 480ºC não houve ganho nenhum, quando comparado a
pressão de 45 kgf/cm2/ 480ºC;
Se for adotada a pressão de 70 kgf/cm2, só se justifica em termos de consumo de
vapor, com temperatura acima de 510ºC.
Algumas usinas têm instalado nova caldeira com pressão de 42 kgf/cm2/420ºC.
Nestas condições o consumo específico de vapor é de 7,62 kg/kW. Não é uma
boa opção. Se for adotada esta pressão a temperatura do vapor deve ser de
480ºC.
Devemos lembrar que quanto maior a entalpia do vapor mais bagaço
necessitamos para gerar vapor, assunto abordado logo a seguir.
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3. Caldeira e Superaquecimento do Vapor:
Usinas que trabalham na pressão de 21,0 kgf/cm² e vão adquirir nova caldeira,
mas ainda mantendo a pressão de 21,0 kgf/cm², adquirem a nova caldeira
“preparada” para pressões maiores. Em 02 casos que examinamos
detalhadamente esta solução, não houve vantagens a não ser uma pequena
redução no investimento inicial.
A troca futura de válvulas, aumento da serpentina do superaquecedor e outras
modificações na caldeira encarecem demais os investimentos futuros e tudo
deve ser feito na entressafra, podendo atrasar o início da safra seguinte.
Se a nova caldeira é de pressão maior; que esta venha a ser instalada para
trabalhar assim. Haverá necessidade de uma válvula condicionadora de vapor
que fará a redução e o dessuperaquecimento do vapor vivo da nova caldeira, na
pressão e temp. de trabalho da usina.
Esta solução de já começar com a caldeira nova na pressão nominal desta,
não representa nenhuma “perda” futuramente de equipamento pois até a
condicionadora é reutilizada na redução da pressão/temp. do vapor vivo
quando da implantação da cogeração.
Superaquecimento do Vapor
Como o mais interessante é o superaquecimento do vapor, então é neste
parâmetro que devemos atuar.
A 45,0 kgf/cm2 a temp. do vapor saturado é de 257ºC. Podemos superaquecer
este vapor a 480/490ºC em dois estágios:
1º - até 320/330ºC utilizando materiais menos nobres no superaquecedor
com custos menores.
2º - de 320/330ºC até 480/490ºC se utiliza o aço A335 P11 para os
coletores e o A213 T22 para os tubos, necessários para atender estas
condições que tem custo mais elevado.
Para manter a temperatura do vapor constante não ultrapassando os
480/490ºC, se instala um dessuperaquecedor entre os estágios.
O aço P11 atende a temperatura até 490ºC. Para temp. até 520/530ºC o aço
recomendado é o A335 P22.
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4. Consumo de Bagaço
5. Considerações Finais:
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Como o objetivo final é gerar o máximo de energia elétrica com a menor
quantidade de bagaço, a caldeira tem mais importância que a turbina. Em
outras palavras, esgote todas as possibilidades para aumento da
eficiência da caldeira antes de fazer o mesmo com a turbina.