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Disciplina
Química Nuclear
(Versão 2014/1)
v
4.2.2. Os radionuclídeos primordiais......................................................65
4.2.3. Os radionuclídeos radiogênios.....................................................66
4.2.4. Exposição radioativa pelas radionuclídeos naturais....................72
4.2.5. O papel do radônio na exposição radioativa natural....................78
4.3. Radiação cósmica................................................................................82
4.3.1. Composição da radiação cósmica................................................82
4.3.2. A descoberta da radiação cósmica...............................................85
4.3.3. A identificação da radiação cósmica.............................................88
4.3.4. Radiação cósmica e a descoberta de partículas elementares.....89
5. Estabilidade e transmutação de nuclídeos.................................................93
5.1. Observações empíricas.......................................................................93
5.2. Localização dos nuclídeos estáveis na carta de nuclídeos.................95
5.3. Os números mágicos e o modelo de camadas...................................96
5.4. Defeito de massa e energia de ligação de nucleons média................98
5.5. O modelo da gotinha..........................................................................103
5.6. Energia e lei da desintegração radioativa..........................................108
5.6.1. Energia de desintegração radioativa..........................................108
5.6.2. Cinética da desintegração radioativa.........................................109
5.6.3. Dependência da desintegração radioativa do estado químico do
nuclídeo 111
6. Equilíbrios radioativos................................................................................113
6.1. Desintegrações seqüenciais..............................................................113
6.2. Equilíbrio radioativo secular...............................................................115
6.3. Equilíbrio radioativo transiente...........................................................117
6.4. Não-equilíbrio.....................................................................................119
6.4.1. Meia vida do nuclídeo mãe e do nuclídeo filha semelhante.......119
6.4.2. Meia vida do nuclídeo mãe menor que a do nuclídeo filha........120
6.5. Desintegração ramificada..................................................................121
6.6. Desintegrações sucessivas................................................................122
7. Os tipos de desintegração.........................................................................124
7.1. Exposição geral..................................................................................124
7.2. Desintegração .................................................................................125
7.2.1. Energia e esquema da desintegração .....................................125
7.2.2. Regra de Geiger – Nuttall...........................................................128
7.2.3. Efeito de tunelamento.................................................................130
vi
7.3. Desintegração ................................................................................132
7.3.1. Emissão de partículas -.............................................................132
7.3.2. Emissão de partículas +............................................................136
7.3.3. Captura de elétron ....................................................................137
7.3.4. Regras de seleção para desintegração e ............................137
7.4. Desintegração .................................................................................140
7.4.1. Tipos de radiação e regras de seleção.......................................140
7.4.2. Exemplos de esquemas de níveis de energia para diversos tipos
de núcleos.................................................................................................142
7.4.3. Isômeros nucleares (Internal Transition)....................................143
7.4.4. Transição sem radiação ...........................................................146
7.4.4.1. Elétrons de conversão (Internal Conversion)......................146
7.4.4.2. Criação de pares.................................................................147
7.4.4.3. Elétrons de Auger................................................................149
7.4.5. Exemplos de espectros observados...........................................150
7.5. Fissão espontânea.............................................................................153
7.6. Outros tipos de desintegração...........................................................164
7.6.1. Shake-off.....................................................................................164
7.6.2. Emissão de prótons e nêutrons..................................................164
7.6.3. Emissão de núcleos pesados (clusters).....................................165
7.6.4. Desintegrações duplas e múltiplas.............................................166
7.6.5. Desintegrações retardadas......................................................166
8. Medição de radioatividade........................................................................167
8.1. Eficiência da contagem de desintegrações.......................................167
8.2. Métodos de medição de radioatividade.............................................170
8.2.1. Métodos elétricos........................................................................170
8.2.1.1. Detectores de ionização......................................................170
8.2.1.2. Detectores de semi-condução.............................................175
8.2.1.3. Detectores de cintilação......................................................177
8.2.1.4. Comparação dos detectores elétricos.................................179
8.2.2. Métodos não elétricos.................................................................181
8.2.2.1. Métodos fotográficos...........................................................181
8.2.2.2. Detectores dielétricos..........................................................183
8.2.2.3. Detectores termoluminescentes..........................................183
8.2.2.4. Detecção de nêutrons.........................................................183
vii
8.2.3. Métodos espectroscópicos.........................................................184
9. Proteção contra radiação ionizante e dosimetria......................................186
9.1. Medidas preventivas..........................................................................186
9.2. Dosimetria..........................................................................................188
9.2.1. Considerações gerais.................................................................188
9.2.2. Dosimetro eletrométrico..............................................................189
9.2.3. Dosimétros fotográficos, de luminescência e rastos de núcleos189
10. Interação com a matéria........................................................................193
10.1. Propriedades de radiação ionizante...............................................193
10.2. Radiação .....................................................................................194
10.3. Radiação ......................................................................................198
10.4. Radiação .....................................................................................206
10.4.1. Adsorção de radiação e espessura de meio valor...............206
10.4.2. Processos de adsorção de radiação e coeficiente de adsorção
209
10.4.2.1. O Efeito Compton................................................................209
10.4.2.2. O efeito fotoelétrico..............................................................211
10.4.2.3. Efeito de criação de pares...................................................212
10.4.2.4. Outros processos de adsorção de radiação .....................212
10.4.2.5. Coeficiente de adsorção para radiação ............................213
10.5. Nêutrons.........................................................................................215
11. Os efeitos biológicos de radiação ionizante..........................................217
11.1. Observações empíricas no inicio do século 20..............................217
11.2. Ação de radiação ionizante e acidentes radiológicos....................219
11.2.1. Atuação de radiação ionizante em tecidos biológicos............219
11.2.2. Causas e exemplos de acidentes radiológicas.......................228
12. Radionuclídeos na diagnose e terapia médica.....................................234
12.1. Aplicações de rádio e radônio na medicina – entre charlatanearia e
ciência –234
12.1.1. Rádio como terapêutico..........................................................234
12.1.2. Terapia de radônio...................................................................237
12.2. Terapia radiológica.........................................................................239
12.2.1. Propriedades de radionuclídeos utilizados na terapia............239
12.2.2. Princípios fundamentais de radioterapia.................................240
13. Bibliografia.............................................................................................242
viii
13.1. Livros de texto:...............................................................................242
13.2. Páginas no web:.............................................................................242
13.2.1. Páginas brasileiras..................................................................242
13.2.2. Páginas estrangeiras (inglês ou alemão)................................242
13.3. Proteção Radiológica:....................................................................243
13.4. Cartas e Tabelas de Nuclídeos:.....................................................243
13.5. Calculador de radioatividade..........................................................243
13.6. Apostilas (em Alemão)....................................................................243
13.6.1. Radioquímica, Química nuclear e Física nuclear...................243
13.6.2. Medicina nuclear.....................................................................244
14. Referências............................................................................................245
ix
Índice de Figuras
Figura 1. Fator de qualidade para nêutrons como função da energia.................4
Figura 2. Titus Lucretius Carus (provavelmente 97 – 55 a.C.).............................7
Figura 3. Mapa das Minas antigas de Scaptensula.,...........................................7
Figura 4. “Doença de Schneeberg”......................................................................7
Figura 5. Schneeberg im Erzgebirge....................................................................8
Figura 6. Georg Agrícola (1494 – 1555), “De Re Metallica” 1556........................8
Figura 7. Tratado de Paracelsus (Theophrastus Bombastos von Hohenheim,
1493 – 1541) de 1567 sobre a Doença de Schneeberg......................................9
Figura 8. Martin Heinrich Klaproth (1743-1817) (a), descobriu o urânio como
elemento na pechblenda (uranita, UO2) (b)........................................................10
Figura 9. Jöns Jacob Berzelius (1779 – 1848) (a) descobriu o elemento Tório
na Torita (Th[SiO4]) (b)........................................................................................10
Figura 10. Minérios de urânio: (a) Cu(UO2)(PO4)2 10–12 H2O (Torbernita);
(b) Cu(UO2)(OH)4 (Vandenbrandenita)...............................................................11
Figura 11. Artigos de consumo contendo urânio................................................11
Figura 12. (a) Freiherr Carl Auer von Welsbach; (b) Meia para lampião a gás
(Auer-Glühstrumpf).............................................................................................12
Figura 13. (a) Wilhelm Conrad Röntgen (1845 – 1923); (b) 1ª radiografia da
mão de Anna Röntgen.,......................................................................................12
Figura 14. (a) Antoine Henri Bequerel (1852 – 1908); (b) placa fotográfica
escurecida pela radiatividade de urânio (a sombra do cruz de malta
posicionado entre a placa e o sal de urânio é claramente visível)....................13
Figura 15. 1898 Pierre (1859-1906) e Marie Curie (1867-1934).......................14
Figura 16. (a) Eletrômetro construído por Pierre Curie; (b) arranjo experimental
para determinação da condutividade do ar........................................................14
Figura 17. Comportamento de radiação a, b e g num campo elétrico (pólo
negativo no lado esquerdo/pólo positivo no lado direito)...................................15
Figura 18. (a) Joseph John Thomson (1856-1940); (b) arranjo experimental
para geração de raios de elétrons (raios catódicos)..........................................15
Figura 19. Charles Thomson Rees Wilson (1869-1959)....................................16
Figura 20. (a) Câmera de Wilson;(b) principio...................................................16
Figura 21. Formação de gotas na câmera de Wilson: (a) Ionização de uma
molécula pela radiação; (b) formação de gota pela atração das moléculas de
água....................................................................................................................17
Figura 22. Traços de radiação , e observados numa câmera de Wilson: (a)
radiação com duas energias diferentes; (b) radiação em campo magnético;
(c) radiação ; (d) radiação em campo magnético; (e) detecção indireta de
radiação ............................................................................................................18
x
Figura 23. Câmera de Wilson para demonstração de radiação radioativa no
Swiss Science Centrum (Technorama) em Winterthur.......................................18
Figura 24. (a) Robert Millikan (1868 – 1953); (b) arranjo experimental para
determinação da carga elementar. ....................................................................19
Figura 25. Arranjo experimental para geração de raios anódicos (raios de
canal).22...............................................................................................................20
Figura 26. Modelo atômica de Thomson (plum pudding model)........................20
Figura 27. (a) arranjo experimental para deflexão de partículas (M =
microscópio; S = tela luminescente; F = Folha de ouro; R = rádio, T = cano para
bomba de vácuo); (b) Ernest Rutherford 1st Baron Rutherford of Nelson (1871 –
1937); (c) Hans Geiger (1882 – 1945); (d) Sir Ernest Marsden (1889 – 1970). 21
Figura 28. Comparação dos modelos atômicos de: (a) Thomson e (b)
Rutherford e dos ângulos de deflexão de partículas a previstos e observados.
............................................................................................................................22
Figura 29. Exemplo de um alvo de área A com 4 centros de deflexão com área
..........................................................................................................................22
Figura 30. Elemento espacial angular................................................................24
Figura 31. Decurso de duas partículas defletidas num centro de deflexão S com
diferentes parâmetros de impacto bi..................................................................24
Figura 32. Princípio do Experimento de Marsden, Geiger e Rutherford............25
Figura 33. (a) Secção efetiva diferencial na deflexão de Rutherford; (b) decurso
da deflexão de 3Li3+ num núcleo de 28Ni em escala 1 : 31012 (para ângulos de
deflexão > 140° espera-se aberração do decurso da distribuição de ângulos de
Rutherford, mostrando o contato do núcleo alvo e do núcleo projétil)...............25
Figura 34. Dependência entre o ângulo polar e o ângulo de deflexão ........26
Figura 35. Fluxograma para determinação de um potencial de um centro de
deflexão pela adaptação do potencial aos dados experimentais......................27
Figura 36. Deflexão de partículas em ouro, comparação do
experimento/teoria..............................................................................................28
Figura 37. Secção efetiva diferencial como: (a) função do ângulo de deflexão;
(b) função da energia do projétil. .......................................................................29
Figura 38. Ângulo crítico de deflexão de Rutherford..........................................29
Figura 39. Energia cinética de elétron como função da incerteza x................31
Figura 40. (a) Sir James Chadwick (1891 – 1974); (b) Detecção experimental
de nêutrons por Chadwick em 1932...................................................................32
Figura 41. Arranjo experimental com qual Rutherford observou a reação
14
N(,p)17O..........................................................................................................33
Figura 42. A reação 14N(,p)17O observada numa câmera de Wilson...............33
Figura 43. Transmutações de núcleos por reações nucleares de baixa energia.
............................................................................................................................34
Figura 44. Enrico Fermi (1901 – 1954)..............................................................36
xi
Figura 45. (a) Lise Meitner (1878 – 1968); (b) Otto Hahn (1879 – 1968); (c) Fritz
Straßmann (1902 – 1980)..................................................................................37
Figura 46. Bancada do Laboratório de Hahn, Meitner e Straßmann
(Reprodução no Deutsches Museum) ...............................................................38
Figura 47. Princípio da cristalização fracionada utilizada na separação de bário
e rádio.................................................................................................................38
Figura 48. Otto Robert Frisch (1904 - 1979)......................................................39
Figura 49. Esquema da fissão de 235U induzida pela captura de um nêutron
térmico................................................................................................................39
Figura 50. (a) A explosão da primeira bomba atômica em Hiroshima
(06/08/1945); (b) Cidade depois do ataque........................................................40
Figura 51. O desastre de Chernobyl: (a) A usina nuclear destruída
em26/04/1986;(b) e (c) impressões da cidade de Pripyat com então 50.000
habitantes evacuada e abandonada depois do acidente (Fotos por volta de
2001).,.................................................................................................................40
Figura 52. O acidente de Goiânia em 13/09/1987: (a) documentação da IAEA;
(b) queimação típica causada pelo contato com 137Cs.,.....................................41
Figura 53. Conseqüências do acidente de Goiânia: (a) Pessoas contaminadas
vs. dose recebida; (b) áreas contaminadas.......................................................41
Figura 54. Mapa mostrando as áreas atingidas pelo “fall-out” der 137Cs depois
do acidente de Chernobyl...................................................................................42
Figura 55. (a) As usinas nucleares Angra I e Angra II; (b) a cidade de Rio de
Janeiro 150 km distante......................................................................................42
Figura 56. (a) Cidade de Nápoles com o Vesúvio; (b) área atingida pela
erupção do Vesúvio em 79.................................................................................43
Figura 57. John Dalton (1766 – 1844)................................................................44
Figura 58. William Prout (1785 – 1850)..............................................................44
Figura 59. Johann Wolfgang Döbereiner (1780 - 1849).....................................45
Figura 60. Dmitri Ivanovich Mendeleiev (1843 – 1923)......................................45
Figura 61. Esboço da Tabela periódica de Mendeleiev......................................45
Figura 62. Julius Lothar Meyer (1830 – 1895)...................................................45
Figura 63. Clemens Winkler (1838 – 1904)........................................................46
Figura 64. Henry Moseley (1887 – 1915)...........................................................46
Figura 65. (EK)1/2 para os elementos 20Ca-109Mt [] elementos desconhecidos
em 1913; [] elementos conhecidos em 1913..................................................47
Figura 66. Frederick Soddy (1877 – 1956).........................................................48
Figura 67. (a) Francis William Aston (1877 – 1945); (b) principio do
espectrógrafo de massas de Aston....................................................................48
Figura 68. Espectrogramas de massa de íons com número de massa A = 20
(as massas observadas variam entre 19,9878 e 20,0628 u..............................49
xii
Figura 69. Tabela periódica indicando os elementos estáveis e radiativos.......50
Figura 70. Extrato duma carta de nuclídeos......................................................51
Figura 71. Identificação de isótopos, isótonos, isóbaros e isódiaesferas..........52
Figura 72. Carta de nuclídeos N vs Z.................................................................53
Figura 73. Carta de nuclídeos de Karlsruhe.......................................................54
Figura 74. Extrato da carta de nuclídeos de Karlsruhe......................................55
Figura 75. O “Big Bang” e a formação do universo............................................60
Figura 76. Gênese de elementos pesados pelo: (a) ciclo CNO; (b) ciclo Mg-Al e
ciclo Ne-Na.........................................................................................................61
Figura 77. Gênese de elementos mais pesados A > 56 pela captura de
nêutrons seguida de desintegração -: (a) processo lento (s(low)-process); (b)
processo rápido (r(apid)-process)......................................................................63
Figura 78. Freqüência relativa à 28Si (= 106) dos elementos no sol com a
atribuição de processos de formação.................................................................63
Figura 79. Extrato da carta de nuclideos de Karlsruhe com os nuclideos 92Mo,
96
Ru, 102Pd, 106Cd e 112Sn ricos em prótons.........................................................64
Figura 80. Família radioativa de tório (4 n)........................................................67
Figura 81. Família radioativa de urânio – actínio (4 n + 3)................................67
Figura 82. Família radioativo de urânio – rádio (4 n + 2)...................................67
Figura 83. Kazimierz Fajans (1897 – 1975).......................................................68
Figura 84. Família radioativo de netúnio (4 n + 1).............................................69
Figura 85. Centros de cor (centro-F): (a) esquema de centro-F em NaCl; (b)
quartzo fumado; (c) instrumentos de laboratório utilizados na preparação de
RaCl2 puro...........................................................................................................70
Figura 86. Brometo de rádio (2,7 g) fotografado na própria luz.........................71
Figura 87. Areia preta (monazita) em Guarapari – ES.......................................73
Figura 88. (a) Localização das praias investigadas; (b) Localização das
reservas brasileiras de urânio............................................................................75
Figura 89. Morro de Ferro em Minas Gerais......................................................75
Figura 90. Atividade natural no homem..............................................................77
Figura 91. Dose efetiva anual e sua composição na Alemanha........................78
Figura 92. Contaminação do meio ambiente por rádio: (a) Formação e liberação
de radônio; (b) agregação de desagregação de radônio e seus produtos a
aerossóis; (c) Variações da concentração de radônio no meio ambiente; (d)
concentração de radônio e seus produtos de desintegração no interior de casa
como função do tempo e da ventilação..............................................................80
Figura 93. Fontes de contaminação em áreas de mineração. ..........................81
Figura 94. (a) Concentração de radônio no ar de solo; (b) Concentração de
radônio na água potável.....................................................................................82
xiii
Figura 95. Cascada de partículas elementares induzida pela radiciação
cósmica em cima do Piz Buin.............................................................................83
Figura 96. Dose de radiação recebida pelo homem devido a radiação cósmica.
............................................................................................................................84
Figura 97. Exemplos de Aurora boreal: (a) emissão de = 558 nm; (b) emissão
de = 630 nm ....................................................................................................84
Figura 98. Eletrômetro de Wulf para determinação de radiação cósmica.........86
Figura 99. Victor Franz Hess (1883 – 1964) na gôndola do balão....................86
Figura 100. Ionização do ar vs. altitude relativa (valores da Tabela 26)............87
Figura 101. Dose efetiva na Europa central como função da altitude...............88
Figura 102. Walter Wilhelm Georg Bothe (1891 – 1957)...................................88
Figura 103. Werner Kolhörster (1887 – 1946)....................................................88
Figura 104. Hideki Yukawa (1907 – 1981).........................................................89
Figura 105. Os descobridores dos piones (-meson): (a) César Mansueti Giulio
Lattes (1924 – 2005); (b) Cecil Frank Powell (1903 – 1961).............................90
Figura 106. (a) Observatorio no Pic du Midi de Bigorre; (b) César Lattes no
Chacaltaya..........................................................................................................90
Figura 107. Microfotografia dos traços de um + meson (-meson)
desintegrando em um muon (-meson).............................................................91
Figura 108. Microfotografia dos traços de um - meson (-meson) resultado da
desintegração do núcleo P iniciando a desintegração do núcleo S...................91
Figura 109. Desintegração de 0 meson em fótons e cascadas de +, -
partículas e fótons..............................................................................................92
Figura 110. Extrato da carta de nuclídeos mostrando a Regra de Mattauch para
os isóbaros 46, 50, 54, 58, 64 e 70....................................................................93
Figura 111. Extrato de carta de nuclideos para: (a) 42Mo, 43Tc e 44Ru; (b) 60Nd,
61Pm e 62Sm........................................................................................................94
Figura 112. Faixa dos núcleos estáveis e instáveis no plano Z vs. N................95
Figura 113. Modelo de camadas para núcleos atômicos...................................97
Figura 114. Variações da forma de núcleos atômicos: (a) núcleo esférico; (b)
núcleo prolato (um eixo prolongado); (c) núcleo oblato (eixo de simetria menor);
(d) núcleo triaxial; (e) 294U; (f) 180Hf.....................................................................98
Figura 115. Albert Einstein (1879 – 1955)..........................................................99
Figura 116. Energia de ligação média de nucleons para os elementos
anisótopos.........................................................................................................101
Figura 117. Energia de ligação média em nuclídeos.......................................101
Figura 118. Energia de ligação média nos nuclídeos leves.............................102
Figura 119. Carl Friedrich Freiherr von Weizsäcker (1912 – 2007).................103
xiv
Figura 120. Contribuição dos termos L 1 (Kondensationsenergie), L2
(Oberflächenenergie), L3 (Coulombenergie) e L4 (Asymmetrie-Energie) do
modelo da gotinha á energia de ligação média................................................105
Figura 121. Exemplo para energias de ligação e transmutação para nuclídeos
com número de massa (A): (a) impar; (b) par..................................................105
Figura 122. Linha de estabilidade no plano N – Z........................................106
Figura 123. As cordilheiras de estabilidade b de nuclídeos no “mar da
instabilidade” como função de Z (Protonen) e N (Neutronen).........................107
Figura 124. O fim (preliminar) da carta de nuclídeos.......................................107
Figura 125. Barreira a de energia para a desintegração radioativa.................108
Figura 126. Atividade relativa vs. tempo (em unidades de t½)..........................110
Figura 127. Acerto de equilíbrio mãe – filha como função da razão t½(1)/t½(2).
..........................................................................................................................115
Figura 128. Equilíbrio secular: (a) Desintegração e formação de nuclídeo filho;
(b) Atividade do nuclídeo pai e do nuclídeo filho..............................................116
Figura 129. Equilíbrio transiente.......................................................................118
Figura 130. Não-equilíbrio: Decurso da atividade total para t½(mãe) < t½(filha).
..........................................................................................................................120
Figura 131. Atividades do nuclídeo mãe e dos nuclideos filha para
desintegração seqüencial de 218Po...................................................................123
Figura 132. Esquema de desintegração para: (a) 210Po; (b) 212Bi; (c) 212Po. .126
Figura 133. Espectro da radiação de 235U.....................................................127
Figura 134. (a) Relação Geiger-Nuttall para as famílias de desintegração (4n +
2), (4n) e (4n + 3); (b) diversos nuclideos par – par; (c) para os isótopos de
urânio................................................................................................................129
Figura 135. Decurso do potencial para desintegração .................................130
Figura 136. Decurso da parte real da função de onda para uma partícula com
uma barreira de energia retangular..................................................................131
Figura 137. Espectro - de 32P (t½ = 14,3 d).....................................................132
Figura 138. Wolfgang Ernst Pauli (1900 – 1958).............................................133
Figura 139. Direita: Clyde Lorrain Cowan jr. (1919 – 1974); esquerda: Frederick
Reines (1918 – 1998). .....................................................................................134
Figura 140. (a) Esboço do principio experimental para detecção do anti-
neutrino, (b) esboço do detector usado para detecção do anti-neutrino.........135
Figura 141. Espectro - de 13O (t½ = 8,9 ms)...................................................136
Figura 142. Esquema de desintegração de: (a) 64Cu, (b) 46Sc.......................139
Figura 143. Casos extremos para mudança do spin nucelar durante a
desintegração .................................................................................................142
xv
Figura 144. Diagramas dos níveis de energia da desintegração de 208Tl e 209Tl.
..........................................................................................................................143
Figura 145. Extrato da carta de nuclídeos de Karlsruhe mostrando “ilha de
núcleos isômeros”.............................................................................................144
234
Figura 146. Esquema de desintegração de Pa e 234mPa...............................145
Figura 147. Esquema de desintegração de 80Br e 80mBr...................................146
Figura 148. Esquema de desintegração de 16N...............................................148
Figura 149. Pierre Victor Auger (1899 – 1993).................................................149
Figura 150. Florescência de raios-X (a) origem; (b) nomenclatura.................149
Figura 151. Origem do efeito Auger..................................................................150
Figura 152. Esboço de espectro de desintegração com emissão simultânea
de elétrons de conversão.................................................................................151
Figura 153. Espectro de 137Cs.......................................................................151
137
Figura 154. Esquema de desintegração de Cs............................................152
Figura 155. Espectro de 137Cs.......................................................................153
Figura 156. Georgy Nikolayevich Flyorov (1913 – 1990).................................154
Figura 157. Núcleos formados (excesso de nêutrons) como produtos de fissão
de 235U...............................................................................................................155
Figura 158. Passos da fissão espontânea.......................................................156
Figura 159. Barreia de potencial para fissão espontânea no modelo de gotinha.
..........................................................................................................................157
Figura 160. Tempo de meia vida para fissão espontânea de núcleos par – par
como função do parâmetro de fissibilidade Z2/A..............................................158
Figura 161. Extrato da carta de nuclídeos de Karlsruhe, mostrando os
nuclídeos de Pu, Am, Cm e Bk como isômeros de fissão espontânea (sf).....159
Figura 162. Barreia de potencial para fissão espontânea no modelo de gotinha
modificado (barreira dupla)...............................................................................160
Figura 163. Distribuição de massa dos produtos da fissão espontânea de 257Fm.
..........................................................................................................................160
Figura 164. Distribuição de massa dos produtos da fissão de 257Fm induzido por
nêutrons térmicos.............................................................................................161
Figura 165. Distribuição de massa dos produtos da fissão de: (a) 242Cm; (b)
250
Cm e 250Cf......................................................................................................162
206
Figura 166. Rendimento de fissão induzida para Pb e 226Ra........................163
228
Figura 167. Fissão simétrica vs. fissão assimétrica para: (a) Ra; (b) 234U.. .164
234
Figura 168. Processos alternativos de desintegração observados para U.. 165
Figura 169. Adsorção de radiação de 45Ca em CaCO3 na própria amostra
como função da espessura da amostra...........................................................168
xvi
Figura 170. Reflexão de radiação como função da energia máxima e do
número atômica Z do refletor............................................................................168
Figura 171. Influencia do arranjo geométrico na eficiência da contagem de
desintegrações.................................................................................................169
Figura 172. Impulsos não contados como função do tempo morto do detector.
..........................................................................................................................169
Figura 173. Princípio para medição de radiação ionizante..............................170
Figura 174. Altura do pulso como função da força de campo..........................171
Figura 175. Contador proporcional de fluxo.....................................................172
Figura 176. Contadores proporcionais com geometria 2 e 4 .....................173
Figura 177. Número de contagem para radiação e num contador
proporcional como função de tensão aplicada.................................................173
Figura 178. Variações de contadores Geiger-Müller........................................174
Figura 179. Formas de detectores de semi-condução.....................................175
Figura 180. Eficiência de um detector HPGe com geometria co-axial............176
Figura 181. Influencia dos diversos efeitos de interação com a matéria ao
espectro de radiação em detectores de semi-condução...............................177
Figura 182. Esboço de um detector de cintilação NaI para espectroscopia . 178
Figura 183. Comparação de espectros de 60Co recordados com detector de
cintilação (NaI(Tl)) e de semi-condução (Ge(Li)).............................................180
Figura 184. Detecção de radionuclídeos por auto-radiografia: (a) Adsorção de
solução de sulfato marcada com 35S em folhas de phaseolus vulgaris L. (feijão);
(b) Adsorção de solução de fosfato marcada com 32P em frutas de solanum
lycopersicum (tomate); (c) Adsorção de compostos marcados com 14C em
rattus norvegicus..............................................................................................182
Figura 185. Auto-radiografia duma folha de ferro marcado com 59Fe mostrando
o inicio de corrosão numa gota de água..........................................................182
Figura 186. Influência da distancia amostra camada fotográfica na auto-
radiografia.........................................................................................................183
Figura 187. Construção de um dosimetro eletrométrico (dosimetro de caneta).
..........................................................................................................................189
Figura 188. (a) Construção de um dosimetro fotográfico (Distintivo de controle
de dose); (b) Aplicação.....................................................................................190
Figura 189. Detector (distintivo) de fotoluminescência para dosimetria e de
raios-X...............................................................................................................191
Figura 190. Dosimetros para detecção de dose parcial: (a) nos olhos; (b) nas
mãos.................................................................................................................192
Figura 191. Dosimetro para determinação da exposição por 222Rn: (a)
construção; (b) aplicação.................................................................................192
xvii
Figura 192. Comparação do alcance dos tipos de radiação ionizante na
matéria..............................................................................................................194
Figura 193. Ionização especifica de partículas de 210Po (E = 5,41 MeV) em ar.
..........................................................................................................................195
Figura 194. Número relativo de partículas de 210Po como função da distancia
da fonte.............................................................................................................195
Figura 195. Arranjo experimental para determinação do alcance de radiação
no ar..................................................................................................................196
Figura 196. Alcance de partículas a em ar (1), tecido (2), alumínio (3) e cobre
(4) como função da energia..............................................................................197
Figura 197. Adsorção de partícula de 32P (Emax = 1,7 MeV) em alumínio.....198
Figura 198. Origem da Bremsstrahlung (raios – X de freamento)...................199
Figura 199. (a) em alumínio; (b) em ferro (1), vidro pirex (2) , PVC (3), vidro
acrílico (4) e ar (5)............................................................................................200
Figura 200. Adsorção de elétrons de conversão ( 137mBa, E = 0,661 MeV) em
alumínio............................................................................................................201
Figura 201. Determinação de reflexão de radiação (Backscattering) no
adsorver............................................................................................................203
Figura 202. Pavel Alekseyevich Cherenkov (1904 – 1990).............................204
Figura 203. (a) Radiação Cherenkov no reator da Johannes Gutenberg-
Universität Mainz; (b) Cone de Mach para radiação Cherenkov......................205
Figura 204. Adsorção de radiação de 137Cs (E = 661 keV) em chumbo........206
Figura 205. Espessura de semi-redução para radiação como função da
energia de diversos materiais...........................................................................208
Figura 206. Arthur Holly Compton (1892 – 1962);...........................................209
Figura 207. Efeito de Compton.........................................................................209
Figura 208. Distribuição de energia de elétrons de Compton para radiação
monocromático.................................................................................................210
Figura 209. Energia do pico de reflexão da radiação (ER) e da
descontinuidade de Compton (EC)....................................................................211
Figura 210. Efeito fotoelétrico...........................................................................212
Figura 211. Criação de par...............................................................................212
Figura 212. Coeficientes de adsorção parcial e total para radiação em
chumbo.............................................................................................................213
Figura 213. Coeficientes de adsorção total para diversos metais...................214
Figura 214. Coeficiente de adsorção de massa para diversos materiais como
função da energia ..........................................................................................215
Figura 215. Marie e Irène Curie........................................................................217
xviii
Figura 216. radiação ionizante no inicio do século 20: (a) Exame de raios-X em
1906; (b) câncer de pele como conseqüência de uma dermatite de raios-X; (c)
Monumento do ano 1936 no Hospital St. Georg em Hamburgo/Alemanha, para
159 médicos que perderam suas vidas devido ao manuseio de radiação
ionizante............................................................................................................218
Figura 217. Efeito de radiação ionizante em cela biológica.............................219
Figura 218. Apresentação esquemática da distribuição de íons na célula depois
da radiação com doses iguais de raios-X (esquerda) e radiação (direita).. .220
Figura 219. Ação e manifestação de radiação ionizante em sistemas biológicas.
..........................................................................................................................221
Figura 220. Danos no DNA causados por radiação ionizante: (a) defeito de
base ( no meio); (b) quebra de cordão singular ( no lado esquerdo); (c) quebra
de cordão dupla ( no lado direito)..................................................................224
Figura 221. Interação de radiação ionizante (-) com o DNA: Acima: Interação
indireta; Abaixo: Interação direta......................................................................224
Figura 222. Ataque de base nucléica (timina) pelos produtos primários da
radiação ionizante.............................................................................................225
Figura 223. Quebra de cordão singular e dupla pela interação do DNA com
radiação - e , respectivamente.....................................................................225
Figura 224. Funcionamento de mecanismos de reparo do DNA.....................227
Figura 225. Tempo de repar para diveros danos radiológicos: BS = defeito de
base; ESB = quebra de cordão singular; DSB = quebra de cordão dupla......227
Figura 226. Aberrações de cromossomos depois exposição a radiação
ionizante: d = dicenter; f = fragmento; t = tricenter; r = anel (com centro)q =
quadricenter......................................................................................................228
Figura 227. Eritema secundário causado pela exposição a doses em torno de
15 Sv durante a troca da amostra num difratometro de raios-X: (a) depois de 4
semanas; (b) depois de 23 dias.......................................................................229
Figura 228. Queimação por raios-X: (a) dose de 9 Sv na mão direta; (b) dose
de 100 Sv..........................................................................................................229
Figura 229. Queimação causada por 192Ir (dose 50 Sv) depois de: (a) 14 dias;
(b) 23 dias; (c) 32 dias.I....................................................................................230
Figura 230. Queimação pela exposição a 60Co: (a) acima queimação inicial,
abaixo estado depois de 46 meses; (b) esquema do aparelho com a posição da
mão exposta.....................................................................................................230
Figura 231. Queimaduras causadas por 137CsCl espalhado na pele das vitimas
durante o acidente radiológico de Goiânia em 1987........................................231
Figura 232. Fonte de 137Cs utilizada na -grafia...............................................231
Figura 233. Dose recebida durante a exposição de 137Cs com uma atividade
de 21012 Bq por dois dias nas bolsas do overall..........................................232
Figura 234. Estado de queimação por 137Cs: (a) 1 mês depois do acidente; (b) 4
meses depois do acidente; (c) 9 meses depois do acidente...........................233
xix
Figura 235. Primeira terapia de câncer com raios-X em 1899........................234
Figura 236. Primeira terapia de câncer com rádio em 1907. ..........................234
Figura 237. O primeiro rádio-balneário em St. Joachimsthal (Império Austro-
Húngaro; hoje Jáchymov, República Tcheca)..................................................235
Figura 238. Rádio como suplemento alimentar................................................235
Figura 239. Diversos cosméticos contendo rádio é tório.................................236
Figura 240. Propaganda para medicamentos contendo rádio.........................236
Figura 241. Diversos medicamentos a base de rádio......................................236
Figura 242. “Ovo de radônio” comercializado 21º século no Japão................237
Figura 243. Emanator de Radônio...................................................................237
Figura 244. Galerias de radônio em: (a) Bad Gastein (740000 Bq/m 3; Áustria);
(b) Bad Kreuznach (300000 Bq/m 3; Alemanha)...............................................238
Figura 245. Modelos diversos para relação dose – efeito de radiação ionizante.
..........................................................................................................................238
Figura 246. Exemplos de complexos de tecnécio e ouro aplicados para fins
terapêuticos e diagnósticos: (a) miocrisin; (b) auranofin; (c) solganol; (d)
cardiolite; (e) Tc-MAG-3; (f) Tc(VII) difosfonato; (g) ceretec.............................240
Figura 247. Probabilidade de sobrevivência para células doentes (krankes
Gewebe) e células saudáveis (gesundes Gewebe).........................................241
xx
Índice de Tabelas
Tabela 1. Data das aulas e da prova....................................................................1
Tabela 2. Fator de qualidade (Q) para determinação da dose equivalente.........3
Tabela 3. Propriedades estudadas na Química Nuclear e suas unidades..........5
Tabela 4. Propriedades de radiação radioativa..................................................16
Tabela 5. Propriedades das partículas elementares conhecidas por volta de
1920 e do nêutron descoberta em 1932............................................................30
Tabela 6. Classificação de nêutrons segundo a energia cinética......................32
Tabela 7. Energia liberada pela fissão de 1 kg de urânio (correspondendo a
bomba de Hiroshima) em comparação com a combustão de 1 kg carbono e a
erupção do Vesúvio em 79.................................................................................39
Tabela 8. Propriedades previstas 1871 por Mendeleiev para Eka – silício em
comparação com as propriedades determinados para Germânio por Winkler em
1886....................................................................................................................46
Tabela 9. Modelo de próton – nêutron os nuclídeos para os quatro primeiros
elementos (P = Z = número de prótons; N = número de nêutrons)...................51
Tabela 10. Extintos radionuclídeos em matéria solar primitiva..........................65
Tabela 11. Os radionuclídeos primordiais...........................................................65
Tabela 12. Concentração de K, Th e U em diversos materiais naturais............66
Tabela 13. Minerais de Urânio e Tório................................................................70
Tabela 14. Propriedades dos radionuclídeos radiogênios.................................71
Tabela 15. Atividades típicas em materiais de construção.................................72
Tabela 16. Exposição radioativa anual...............................................................73
Tabela 17. Atividade radioativa em praias brasileiras........................................74
Tabela 18. Teor de atividade de água.................................................................76
Tabela 19. Teor de atividade de radionuclídeos naturais em alimentos............76
Tabela 20. Tempo de meia vida biológica de alguns radionuclídeos naturais.. .76
Tabela 21. Teor de atividade médio de radionuclídeos naturais no homem......77
Tabela 22. Propriedades de 222Rn e seus produtos de desintegração com curto
tempo de vida.....................................................................................................78
Tabela 23. Exposição radioativa do ar com radônio na Alemanha....................82
Tabela 24. Os radionuclídeos cosmogênios.......................................................85
Tabela 25. Exposição radioativa por radionuclídeos cosmogênios por ano......85
Tabela 26. Resumo da ionização do ar observado por Hess em 1912.............87
Tabela 27. Propriedades dos pions ( mesons) e do muon ( meson).............92
Tabela 28. Número de nuclídeos para as diversas paridades de núcleons......93
xxi
Tabela 29. Elementos do mar de instabilidade entre 84 < Z < 92......................96
Tabela 30. Números mágicos para nêutrons (N) e protons (Z)..........................96
Tabela 31. Massa das principais partículas elementares...................................99
Tabela 32. Defeito de massa para os elementos anisótopos..........................100
Tabela 33. Os termos da Fórmula de massa de Weizsäcker como função do
número de massa A e os valores de constantes.............................................104
Tabela 34. Mudança relativa do tempo de meia vida para 7Be em comparação
com Be metálico................................................................................................112
Tabela 35. Tipos de desintegração radioativa..................................................124
Tabela 36. Classificação de transmutações e regras de seleção.................138
Tabela 37. Tempo de meia vida para transições calculado com a Equação 64
e a Equação 65.................................................................................................141
Tabela 38. Tempo de meia vida (t½) parcial para fissão espontânea...............154
235
Tabela 39. Energia liberada na fissão de U..................................................155
Tabela 40. Nuclídeos mostrando desintegração n...........................................165
Tabela 41. Exemplo para cintiladores sólidos e líquidos e suas propriedades.
..........................................................................................................................178
Tabela 42. Aptidão de detectores elétricos para os diversos tipos de radiação
ionziante (adaptada de Lieser).........................................................................180
Tabela 43. Padrões para calibração de espectroscopia de radiação ionizante
(adaptada de Lieser, 2001)...............................................................................185
Tabela 44. Constantes de dose equivalente para diversos emissores de
radiação ..........................................................................................................186
Tabela 45. Reações possíveis para partículas ionizadas ou excitadas...........193
Tabela 46. Alcance de partículas de 214Po (E = 7,69 MeV) em vários materiais.
..........................................................................................................................196
Tabela 47. Alcance máxima de partículas de energia diferentes em vários
materiais...........................................................................................................202
Tabela 48. Faixa de energia e origem de radiação e raios-X........................206
Tabela 49. Coeficiente de adsorção de massa para radiação de energia
diferente............................................................................................................215
Tabela 50. Elementos com alta secção efetiva para reações (n,)..................216
Tabela 51. Número médio de colisões necessárias para moderação de
nêutrons velozes (E = 2 MeV)..........................................................................216
Tabela 52. Desenvolvimento temporal da ação biológica de radiação ionizante.
..........................................................................................................................220
Tabela 53. Proliferação de tecidos humanos...................................................221
Tabela 54. Dose mínima para efeitos clínicos em homens depois radiação
corporal intera de curto tempo..........................................................................222
xxii
Tabela 55. Sintomas clinicas do síndrome de radiação agudo........................223
Tabela 56. Fatores influenciando os efeitos da radiação ionizante.................226
Tabela 57. Mecanismos para eliminação de danos radiológicos.....................226
Tabela 58. Diagnose e sintomas depois exposição a radiação ionizante........228
Tabela 59. Nuclídeos radiativos aplicados na radio-terapia.............................239
xxiii
Índice de Equações
Equação 1. Atividade especifica...........................................................................2
Equação 2. Dose de energia................................................................................2
Equação 3. Dose de íon.......................................................................................3
Equação 4. Dose equivalente...............................................................................3
Equação 5. Fator de qualidade para nêutrons com função da energia em MeV. 3
Equação 6. Razão de formação para reação nuclear..........................................4
Equação 7. Carga de gota como função da massa e do diâmetro no
experimento de Milikan.......................................................................................19
Equação 8. Número de deflexões no período dt................................................23
Equação 9. Probabilidade de deflexão...............................................................23
Equação 10. Secção eficaz para deflexões ou reações de partículas..............23
Equação 11. Secção eficaz diferencial...............................................................23
Equação 12. Secção efetiva total.......................................................................24
Equação 13. Secção efetiva diferencial como função do ângulo de deflexão .
............................................................................................................................25
Equação 14. Potencial entre uma partícula da carga Zé e um núcleo da carga
Ze.......................................................................................................................26
Equação 15. Desvio duma partícula num campo de Coulomb..........................26
Equação 16. Parâmetro de impacto b como função do ângulo de deflexão e
da energia da partícula.......................................................................................26
Equação 17. Fórmula de deflexão de Rutherford..............................................27
Equação 18. Fórmula de deflexão de Mott........................................................27
Equação 19. Soma de raios projétil/núcleo como função do ângulo crítico......29
Equação 20. Soma dos raios partícula /núcleo como função do número de
massa A..............................................................................................................29
Equação 21. Reação entre berílio e partículas ...............................................31
Equação 22. Desintegração de nêutrons livres..................................................32
Equação 23. Lei de Moseley para radiação K..................................................47
Equação 24. Massa de nuclídeo........................................................................98
Equação 25. Equação de Einstein.....................................................................99
Equação 26. Massa de nuclídeo........................................................................99
Equação 27. Defeito de massa........................................................................100
Equação 28. Energia de ligação do núcleons..................................................100
Equação 29. Energia de ligação no modelo da gotinha...................................103
Equação 30. Fórmula de massa de Weizsäcker..............................................104
xxiv
Equação 31. Condição energética para desintegração radioativa..................108
Equação 32. Atividade radioativa (Lei da desintegração)................................109
Equação 33. Tempo de meia vida....................................................................110
Equação 34. Atividade como função do tempo de meia vida...........................110
Equação 35. Tempo de vida média...................................................................111
Equação 36. Massa dos nuclídeos radiativos..................................................111
Equação 37. Mudança de Ni na desintegração seqüencial..............................113
Equação 38. Fórmula de regressão para solução do Esquema 21.................113
Equação 39. Condições de partida na desintegração seqüencial (t = 0).........113
Equação 40. Solução do sistema de equações diferenciais para desintegração
seqüencial de duas gerações...........................................................................114
Equação 41. Formação de nuclídeo filha no equilíbrio de desintegração
seqüencial de duas gerações...........................................................................114
Equação 42. Equilíbrio secular.........................................................................115
Equação 43. Equilíbrio transiente.....................................................................117
Equação 44. Relação das atividades no equilíbrio transiente..........................118
Equação 45. Massa de nuclídeos radiativos no equilíbrio transientes............118
Equação 46. Erro aceito na media do decurso da desintegração para nuclideos
com tempo de meia vida semelhante...............................................................119
Equação 47. Tempo necessário para ajuste de equilíbrio entre nuclideos com
tempo de meia vida semelhante.......................................................................119
Equação 48. Tempo para alcançar a atividade máxima do nuclídeo filha para
tempos de meia vida semelhantes...................................................................120
Equação 49. Atividade total para desintegração ramificada............................121
Equação 50. Número dos núcleos mãe como função de tempo na
desintegração ramificada.................................................................................121
Equação 51. Formação dos nuclídeos filha na desintegração ramificada......121
Equação 52. Número do nuclídeo k na desintegração seqüencial como função
do tempo...........................................................................................................122
Equação 53. Número do nuclídeo k na desintegração seqüencial como função
do tempo para equilíbrio secular......................................................................122
Equação 54. Coeficiente c1 para desintegração seqüencial no equilíbrio secular.
..........................................................................................................................123
Equação 55. Energia liberada na desintegração ..........................................125
Equação 56. Energia de recuo na desintegração .........................................125
Equação 57. Regra de Geiger-Nuttall para: (a) constante de desintegração l (b)
tempo de meia vida t½.......................................................................................128
xxv
Equação 58. Estimação do potencial de Coulomb para adição de partículas a
um núcleo.........................................................................................................131
Equação 59. Desintegração - de um nêutron formando um próton, um nêutron
e um anti-neutrino.............................................................................................133
Equação 60. Desintegração inversa.............................................................133
Equação 61. Desintegração +.........................................................................136
Equação 62. Captura de elétron ()..................................................................137
Equação 63. Estimação do valor f para desintegração .................................138
Equação 64. Constante de desintegração para radiação de multipólo elétrico.
..........................................................................................................................140
Equação 65. Constante de desintegração para radiação de multipolo
magnético.........................................................................................................141
Equação 66. Fator S da Equação 64 e da Equação 65...................................141
Equação 67. Regras de seleção para radiação .............................................141
Equação 68. Coeficientes de conversão..........................................................147
Equação 69. Coeficiente de conversão K como função de Z e E.................147
Equação 70. Energia cinética das partículas emitidas na criação de um par..148
Equação 71. Energias dos elétrons de Auger..................................................150
Equação 72. Parâmetro de fissão x.................................................................158
Equação 73. Relação desintegrações contadas/atividade..............................167
Equação 74. Fator de eficiência de contagem.................................................170
Equação 75. Força de dose equivalente..........................................................186
Equação 76. Força de dose equivalente para fontes pontuais........................186
Equação 77. Alcance de radiação a em ar como função de energia...............198
Equação 78. Intensidade de radiação como função da espessura do
adsorver............................................................................................................199
Equação 79. Adsorção de elétrons de conversão com função da espessura do
adsorver............................................................................................................202
Equação 80. Distribuição da perda de energia de radiação por emissão de
Bremsstrahlung e ionização.............................................................................202
Equação 81. Intensidade de radiação como função da espessura do adsorver.
..........................................................................................................................207
Equação 82. Espessura de semi-redução para radiação ..............................207
Equação 83. Aumento do comprimento de onda na deflexão de Compton.. . .210
Equação 84. Energia do fóton (a) e do elétron (b) defletido no Efeito de
Compton...........................................................................................................210
Equação 85. Energia de fotoelétrons...............................................................211
xxvi
Equação 86. Coeficiente total de adsorção de radiação ...............................213
Equação 87. Intensidade de radiação como função da espessura do adsorver.
..........................................................................................................................214
xxvii
Índice dos Esquemas
Esquema 1. Transmutação de nitrogênio em oxigênio via reação nuclear entre
nitrogênio e partículas .....................................................................................34
Esquema 2. Classificação de reações nucleares...............................................34
Esquema 3. Transmutação de platina em ouro..................................................35
Esquema 4. Transmutação de mercúrio em ouro..............................................35
Esquema 5. Transmutação de ouro em chumbo...............................................35
Esquema 6. Transmutação de iodo por nêutrons lentos....................................36
Esquema 7. Formação hipotética do elemento Z = 93 a partir de 238U..............36
Esquema 8. Possíveis nuclídeos esperados pelas reações (n,), (n,p), (n,d) e
(n,) em urânio...................................................................................................37
Esquema 9. Representação do único isótopo estável de Ouro.........................49
Esquema 10. Processos nucleares para gênese de núcleos leves...................60
Esquema 11. Gênese de elementos mais pesados pela queima de: (a) carbono;
(b) oxigênio; (c) silício.........................................................................................62
Esquema 12. Processo p para gênese de 126Xe: (a) pela captura de próton; (b)
pela perda de nêutron.........................................................................................64
Esquema 13. (a) 1ª lei da transposição para desintegração ; (b) 2ª lei da
transposição para desintegração -....................................................................68
Esquema 14. Os radionuclídeos extintos 244Pu e 247Cm como precursores das
seqüências de desintegração 4n e 4n + 3..........................................................69
Esquema 15. Distribuição dos elétrons numa molécula de H 2 segundo a teoria
da ligação de valência........................................................................................89
Esquema 16. Reação próton – próton da fusão nuclear no sol.......................102
Esquema 17. Fusão de deutereto de lítio (LiD) nas bombas de fusão nuclear.
..........................................................................................................................103
Esquema 18. Reação de desintegração radioativa.........................................108
Esquema 19. Atividade como função do tempo (reação de 1ª ordem)............109
Esquema 20. Desintegração seqüencial..........................................................113
Esquema 21. Sistema de equações diferenciais para desintegração seqüencial.
..........................................................................................................................113
Esquema 22. Exemplo de seqüência de desintegração com tempos de meia
vida semelhantes..............................................................................................119
Esquema 23. Desintegração ramificada..........................................................121
Esquema 24. Calculo dos coeficientes ck para desintegração seqüencial......122
Esquema 25. Exemplo para desintegração seqüencial sem equilíbrio secular.
..........................................................................................................................123
xxviii
Esquema 26. Transmutação de nuclídeos espelhos.......................................138
Esquema 27. Desintegração de 252Cf...............................................................153
Esquema 28. Difeniloxazois utilizados em cintiladores líquidos......................178
Esquema 29. Ionização (a) e excitação (b) por radiação ionizante ( )...........193
xxix
xxx
1. Introdução
Aula Data
Aula I 25/03/2014
Aula II 29/04/2014
Aula III 06/05/2014
Aula IV 13/05/2014
Aula V 20/05/2014
Aula VI 27/05/2014
Aula VII 03/06/2014
Aula VIII 10/06/2014
Aula IX 17/06/2014
Aula X 24/06/2014
Aula XI 01/07/2018
Aula XII 08/07/2014
PROVA 15/07/2014
EXAME 2/07/2014
1
A radioquímica aplicada estuda a aplicação de radionuclídeos na
bioquímica, medicina nuclear, agronomia e indústria. Outra aplicação da
química nuclear são os métodos radioanalíticos como análise de ativação,
marcação de compostos com nuclídeos radioativos para investigação de
mecânismos de reação e de transporte, métodos para determinação de idade
na geologia, cosmologia e arqueologia, a preparação de nuclídeos de alta
pureza ou a determinação do rendimento de reações nucleares, ambos
importante para a física nuclear experimental.
1.4.1. Atividade
A atividade A é uma medida para a força de uma amostra radioativa e é
definido como número de transformações por unidade de tempo. No sistema
internacional (SI) a unidade da atividade é o Bequerel (Bq) com a
dimensão 1 s-1.
Como atividade especifica (As) se entende a atividade de um
radioelemento ou radionuclídeo puro dividido pela massa como mostra
Equação 1.
2
Equação 3. Dose de íon.
dQ dQ
J
dm dV
3
Figura 1. Fator de qualidade para nêutrons como função da energia.
4
Tabela 3. Propriedades estudadas na Química Nuclear e suas unidades.
5
2. Desenvolvimento histórico
1
What direful stenches, too,
Scaptensula out-breathes from down below,
When men pursue the veins of silver and gold,
With pick-axe probing round the hidden realms
Deep in the earth?- Or what of deadly bane
The mines of gold exhale? O what a look,
And what a ghastly hue they give to men!
And seest thou not, or hearest, how they're wont
In little time to perish, and how fail
The life-stores in those folk whom mighty power
Of grim necessity confineth there
In such a task? Thus, this telluric earth
Out-streams with all these dread effluvia
And breathes them out into the open world
And into the visible regions under heaven.
2
Welch abscheulicher Dunst entströmt Scaptensulas Boden,
Wo man so gierig erschürft die Adern des Goldes und Silbers
Und das Verborgne der Erde durchwühlt mit eisernem Werkzeug!
Oder was dringt für giftige Luft aus den Goldbergwerken,
Wie entstellt sie des Menschen Gesicht, wie bleicht sie die Farbe!
Siehst du und hörst du nicht auch, in wie kurzer Zeit sie zu sterben
Pflegen und wie ihnen bald die Lebenskräfte entschwinden,
Wenn sie zu solcher Fronde des Lebens gewaltige Not zwingt?
Alle derartigen Dämpfe entwickelt also die Erde,
Die sie hinaus in das Weite verdampft und den offenen Himmel
6
Figura 2. Titus Lucretius Carus (provavelmente 97 – 55 a.C.). 4
7
Relatos sobre doenças de mineiros como a Schneeberger Krankheit
(Figura 4), denominado pela cidade alemão Schneeberg no Erzgebirge (Figura
5) com grandes explorações de minas, também se acham no século 16 por
Agrícola (Figura 6) e Paracelsus (Figura 7) nas suas obras “De Re Metallica”8 e
“Von der Bergsucht und anderen Bergkrankheiten”9, respectivamente.
8
Figura 7. Tratado de Paracelsus (Theophrastus Bombastos von
Hohenheim, 1493 – 1541) de 1567 sobre a Doença de Schneeberg. 11
9
(a) (b)
Figura 8. Martin Heinrich Klaproth (1743-1817) (a), descobriu o urânio
como elemento na pechblenda (uranita, UO 2) (b).Error: Reference source
not found
(a) (b)
10
Figura 9. Jöns Jacob Berzelius (1779 – 1848) (a) 12 descobriu o elemento
Tório na Torita (Th[SiO4]) (b)13
(a) (b)
11
Figura 11. Artigos de consumo contendo urânio.Error: Reference source
not found
(a) (b)
Figura 12. (a) Freiherr Carl Auer von Welsbach15; (b) Meia para lampião a
gás (Auer-Glühstrumpf).16
12
(a) (b)
Figura 13. (a) Wilhelm Conrad Röntgen (1845 – 1923); (b) 1ª radiografia da
mão de Anna Röntgen.17,18
13
(a) (b)
Figura 14. (a) Antoine Henri Bequerel (1852 – 1908);Error: Reference
source not found (b) placa fotográfica escurecida pela radiatividade de
urânio (a sombra do cruz de malta posicionado entre a placa e o sal de
urânio é claramente visível).19
14
Figura 15. 1898 Pierre (1859-1906) e Marie Curie (1867-1934).Error:
Reference source not found
(a) (b)
Figura 16. (a) Eletrômetro construído por Pierre Curie; 20 (b) arranjo
experimental para determinação da condutividade do ar.Error: Reference
source not found
15
Embora estes métodos de detecção não possam distinguir entre os
diversos tipos de radiação já em 1899 Rutherford detectou a existência de dois
tipos de radiação e e em 1900 Villard descobriu a radiação . A Figura 17
ilustra o comportamento desses três tipos de radiação num campo elétrico ou
magnético. Este comportamento indica que a radiação e a radiação +
possuem carga positiva e a radiação carga negativa, enquanto a radiação
é constituída de fótons neutros.
(a) (b)
16
Figura 18. (a) Joseph John Thomson (1856-1940);Error: Reference source
not found (b) arranjo experimental para geração de raios de elétrons
(raios catódicos).22
17
(a) (b)
Figura 21. Formação de gotas na câmera de Wilson: (a) Ionização de uma
molécula pela radiação; (b) formação de gota pela atração das moléculas
de água.24
18
(a) (b)
(c) (d)
(e)
19
2.3. Do descobrimento do núcleo atômico a sua fissão
(a) (b)
Figura 24. (a) Robert Millikan (1868 – 1953); 28 (b) arranjo experimental para
determinação da carga elementar. 29
Ele mostrou que os raios catódicos são formados por corpúsculos com
carga negativa e que a razão carga/massa era igual (1,759 1011 C/kg)
independente do material usado como cátodo. Este fato o levou a conclusão
que estes partículas, que ele chamou de elétrons, faziam parte de todos os
átomos. A carga elementar do elétron foi determinada por Millikan (Figura 24a)
em 1909 com um experimento esquematizado na Figura 24b.
20
Figura 25. Ao contrario dos raios catódicos os raios de canal ou anódicos
possuem a massa molecular do gás presente no tubo. A menor razão
carga/massa (9,579107 C/kg) é observada para hidrogênio como gás de
enchimento.
21
(a) (a)
(c) (d)
22
(a) (b)
Figura 28. Comparação dos modelos atômicos de: (a) Thomson e (b)
Rutherford e dos ângulos de deflexão de partículas a previstos e
observados.34
23
Neste caso a área coberto pelos centros de deflexão é A e o número
de deflexões por segundo N e dado pela Equação 8. Nessa Equação o fator
é a fração da área do alvo coberto pelos centros de deflexão que é igual à
probabilidade W que uma partícula incidente é defletida.
1
1 sr = 1 m2 na superfície de uma esfera com um raio de 1 m.
24
Equação 12. Secção efetiva total.
2 2
d d d d
T
0
d
d
0
sen d d 2
d
d
sen d
d d
25
(a) (b)
Figura 33. (a) Secção efetiva diferencial na deflexão de Rutherford; (b)
decurso da deflexão de 3Li3+ num núcleo de 28Ni em escala 1 : 31012 (para
ângulos de deflexão > 140° espera-se aberração do decurso da
distribuição de ângulos de Rutherford, mostrando o contato do núcleo
alvo e do núcleo projétil).Error: Reference source not found
Assim a secção efetiva diferencial pode ser calculada com a função (b,
E). Um exemplo para a deflexão de partículas num núcleo atômico, semelhante
ao experimento de Marsden, Geiger e Rutherford é mostrado na Figura 33b
para a deflexão de núcleos de lítio com uma energia de 20 MeV em núcleos de
níquel. Esta Figura revela que para altas energias o parâmetro de impacto
pode ser tão pequeno que as partículas entram em contato, o que resulta numa
aberração na distribuição angular de Rutherford, tal aberração não foi
observado por Marsden, Geiger e Rutherford, devido à baixa energia das
partículas utilizadas no experimento original.
Para descrever a deflexão de Rutherford assume-se um potencial de
Coulomb para o centro de deflexão e as partículas como mostra a Equação
14, onde C > 0 para um potencial de repulsão.
26
Equação 15. Como ilustra a Figura 34 o ângulo polar da Equação 15 pode
ser substituído pelo ângulo de deflexão e a Equação 15 pode ser reformulado
mostrando o parâmetro de impacto b como função de (Equação 16).
l 2 mC
r Figura 34. Dependência entre o
1 cos ângulo polar e o ângulo de
com deflexão .36
2 El 2 4 E 2b 2
2 1 1
mC 2 C2
27
W2
2
d
2 ZZ ´e 2 2
1
v
sin 2
d Mott
4
( qc) c 2
Experimento Teoria
Comparação Experimento/Teoria
Concordância sem
Modificação do Potencial
boa concordância
O potencial será aceito como ponto de partida para interpretação de outros experimentos
28
Figura 36. Deflexão de partículas em ouro, comparação do
experimento/teoria.37
(a) (b)
Figura 37. Secção efetiva diferencial como: (a) função do ângulo de
deflexão; (b) função da energia do projétil. Error: Reference source not
found
29
Figura 38. Ângulo crítico de deflexão de Rutherford.Error: Reference
source not found
Z Z e2 1
R1 R 2 1 2 1
2T1
sin cr
2
Equação 20. Soma dos raios partícula /núcleo como função do número
de massa A.
R A2 R r0 A2 b
r0 1,414 fm
b R 2,19 fm
30
†
Magnéton de Bohr:;
0e
b 1,1653 10 29V s m; com 0 constante do campo magnético
2me
31
Figura 39. Energia cinética de elétron como função da incerteza x.
32
Figura 40. (a) Sir James Chadwick (1891 – 1974); 38 (b) Detecção
experimental de nêutrons por Chadwick em 1932.Error: Reference source
not found
33
uma reação nuclear é causada por fatores externos. A primeira reação nuclear
foi observada por Ruherford em 1919 num experimento esboçado na Figura 41.
34
Uma descrição explícita dessa reação nuclear é mostrada no Esquema
1a e a equação abreviada no Esquema 1b. Esta reação foi a primeira vez que o
sonho dos alquimistas a transmutação dos elementos foi realmente alcançado.
(b) 14
7 N ( , p)178O
A a (deflexão elástica)
A * a´ (deflexão inelástica)
Aa
B1 b1
B2 b2 reações nucleares proprias
Bi bi
35
Estas reações nucleares possuam certa semelhança com as deflexões
de partículas nos núcleos com a deflexão de Rutherford (parágrafo 2.3.2,
página 21) como ilustra a classificação das reações nucleares no Esquema 2.
Mas como a energia dos projéteis nas reações nucleares é suficiente para
vencer a repulsão entre as cargas do núcleo e do projétil ocorre a incorporação
completa ou parcial dos núcleons do projétil no núcleo alvo. Além de partículas
com carga positiva como partículas (4He2+), prótons (1H+); deuterons ( 1 H ) e
2
Hg , 46 891Tl ( n, ) 81Tl
, 3, 78 a
203
50 203
, 59 d 204
204
82 Pb
36
Figura 44. Enrico Fermi (1901 – 1954).42
Por outro lado os nêutrons poderiam induzir reações do tipo (n,), (n,p),
(n,d) ou (n,) como pode ser concluído da Figura 43. Com os três isótopos
primordiais do urânio podia-se esperara pelo menos 12 nuclídeos diferentes
como mostra Esquema 8. Desses 12 nuclídeos três são isótopos de urânio com
dois nuclídeos não presente no urânio natural e seis isótopos de protactínio e
três isótopos de tório. Todos estes nuclídeos podem se transmutar
potencialmente em isótopos de rádio. Os isótopos artificiais de urânio sofrendo
duas desintegrações , os isótopos de protactínio via desintegração - seguida
de duas desintegrações e os isótopos de tório por desintegração .
37
U (n, ) 235
234
92 92 U
234
U (n, p) 234
92 91 Pa
234
U (n, d ) 233
92 91 Pa U (n, ) 231
234
92 90Th
U (n, ) 236
235
92 92 U
235
U (n, p) 235
92 91 Pa
235
U (n, d ) 234
92 91 Pa U (n, ) 23290Th
235
92
U (n, ) 239
238
92 92 U
238
U (n, p) 238
92 91 Pa
238
U (n, d ) 237
92 91 Pa U (n, ) 23590Th
238
92
38
Figura 46. Bancada do Laboratório de Hahn, Meitner e Straßmann
(Reprodução no Deutsches Museum) .46
39
A origem dos isótopos de bário foi explicada por Meitner (Figura 45a) e
seu sobrinho Frisch (Figura 48) como fissão do núcleo do urânio ( 235U) em
isótopos de bário e criptônio induzida pela captura de um nêutron como é
esboçada na Figura 49. Meitner e Frisch também calculavam a energia liberada
nesta fissão mostrado junto com valores de referência na Tabela 7.
Figura 48. Otto Robert Frisch (1904 Figura 49. Esquema da fissão de
- 1979).48 235
U induzida pela captura de um
nêutron térmico.49
40
2) o acidente na usina nuclear de Chernobyl (Figura 51a) no dia
26/04/1986 que matou imediatamente 30 pessoas e provocou a
evacuação e transferência permanente de mais que 336.000
pessoas entre outras todos os habitantes da cidade Privjat com
então 50.000 moradores (Figura 51b e c).
(a) (b)
Figura 50. (a) A explosão da primeira bomba atômica em Hiroshima
(06/08/1945); 50 (b) Cidade depois do ataque.51
(a) (b)
(c)
Figura 51. O desastre de Chernobyl: (a) A usina nuclear destruída
em26/04/1986;52(b) e (c) impressões da cidade de Pripyat com então
50.000 habitantes evacuada e abandonada depois do acidente (Fotos por
volta de 2001).53,54
41
3) Acidentes ocasionais causados pelo uso e manutenção
inadequados de fontes radioativos como, por exemplo, o acidente
com 137Cs no Goiânia em 13/09/1987 (Figura 52) causando a morte
direta de 4 pessoas e contaminando mais 250 (Figura 53) além de
contaminar grandes áreas da cidade (Figura 53).
(a) (b)
Figura 52. O acidente de Goiânia em 13/09/1987: (a) documentação da
IAEA;55 (b) queimação típica causada pelo contato com 137Cs.,56
(a) (b)
Figura 53. Conseqüências do acidente de Goiânia: (a) Pessoas
contaminadas vs. dose recebida; 57 (b) áreas contaminadas.58
42
137
Figura 54. Mapa mostrando as áreas atingidas pelo “fall-out” der Cs
depois do acidente de Chernobyl. 59
(a) (b)
Figura 55. (a) As usinas nucleares Angra I e Angra II; 60 (b) a cidade de Rio
de Janeiro 150 km distante.61
43
(a) (b)
Figura 56. (a) Cidade de Nápoles com o Vesúvio; 62 (b) área atingida pela
erupção do Vesúvio em 79.63
44
3. Isótopos, radioelementos e radionuclídeos
Figura 57. John Dalton (1766 – Figura 58. William Prout (1785 –
1844)65 1850).66
1
O peso atômico ou massa relativa de átomo é um número sem dimensões, que hoje, é igual
da razão entre a massa media por átomo de um elemento e um 1/12 da massa de um átomo
de 12C. Um 1/12 da massa de 12C corresponde à unidade de massa atômica (u) ou (amu) e
possui o valor de 1,6605402(10) 10-27 kg.
45
Figura 59. Johann Wolfgang Figura 60. Dmitri Ivanovich
Döbereiner (1780 - 1849).67 Mendeleiev (1843 – 1923).68
46
A Tabela periódica permitiu Mendeleiev à previsão de elementos
desconhecidos e suas propriedades, cuja existência era esperada, devido de
lacunas na Tabela periódica. Um exemplo dessas previsões mostra a Tabela 8
para o eka-silício posteriormente descoberto por Winkler e batizado de
Germânio. Em 1913 Moseley (Figura 64) mostrou que o principio de ordem dos
elementos não era como proposto por Mendeleiev o peso atômico, mas o
número de cargas no núcleo do átomo (Z) como mostra a Equação 23 que
revela que a raiz da energia de fluorescência de raios-X K é uma função linear
da carga nuclear Z como mostra a Figura 65. Esta Figura indica claramente
como a Lei de Moseley permitiu a previsão de elementos faltando.
Figura 63. Clemens Winkler (1838 – Figura 64. Henry Moseley (1887 –
1904).72 1915).73
47
Equação 23. Lei de Moseley para radiação K.
E K C Z 1 E K C '( Z 1)
2
48
em 1913 por Soddy (Figura 66) que diversos tipos de átomos deveriam ocupar
o mesmo lugar na Tabela periódica, cunhando para tais átomos o termo
isótopos (do grego: ΐσος = igual e τόπος = lugar). Tais isótopos diferem na sua
massa, mas não nas suas propriedades químicas, se a pequena influencia da
massa é desconsiderada.
(a) (b)
Figura 67. (a) Francis William Aston (1877 – 1945); 75 (b) principio do
espectrógrafo de massas de Aston.76
49
Figura 68. Espectrogramas de massa de íons com número de massa A =
20 (as massas observadas variam entre 19,9878 e 20,0628 u. 77
50
Figura 69. Tabela periódica indicando os elementos estáveis e
radiativos.78
51
Tabela 9. Modelo de próton – nêutron os nuclídeos para os quatro
primeiros elementos (P = Z = número de prótons; N = número de
nêutrons).
3
1 He 0,000137 estável
4
2 He 99,999863 estável
2
4 6
He - -, T½ = 806,7 ms
6 8
He - -, T½ = 119 ms
6
3 Li 7,5 estável
7
4 Li 92,5 estável
3 5 8
Li - -, T½ = 840,3 ms
6 9
Li - -, T½ = 178,3 ms
7 11
Li - -, T½ = 8,5 ms
3 7
Be - , T½ = 53,29 d
9
5 Be 100 estável
6 10
Be - -, T½ = 1,6·106 a
4
7 11
Be - -, T½ = 13,6 s
8 12
Be - -, T½ = 23,6 ms
10 14
Be - -, T½ = 4,35 ms
52
seja, os nuclídeos com o mesmo número de nêutrons, mas números de prótons
diferentes nas linhas paralelas à ordenada, como pode ser visto na Figura 71.
Para isóbaros, indicados na , a massa atômica, igual a soma N + Z é uma
constante e nuclídeos onde a diferença N – Z é constante são chamados de
isódiaesferas (ver Figura 71).
53
Figura 72. Carta de nuclídeos N vs Z.81
54
Figura 73. Carta de nuclídeos de Karlsruhe.82
55
Figura 74. Extrato da carta de nuclídeos de Karlsruhe.84
56
Figura 74. Extrato da carta de nuclídeos de Karlsruhe. (continuação)
57
Figura 74. Extrato da carta de nuclídeos de Karlsruhe. (continuação)
58
Figura 74. Extrato da carta de nuclídeos de Karlsruhe. (continuação)
59
Figura 74. Extrato da carta de nuclídeos de Karlsruhe. (continuação)
60
4. A radioatividade natural
1
H ( n, ) 2 H ( n, ) 3 H ( d , n) 4 He (t , ) 7 Li ( , ) 11 B ( n, ) 12 B ( , ) 12 C
61
A formação de núcleos mais pesados até A = 28, aconteceu nas estrelas
formadas a partir de 1·109 anos depois do “Big Bang” (14109 anos antes de
nosso tempo) pelos ciclos CNO, Mg-Al e Ne-Na esquematizados na Figura 76.
(a)
(b)
Figura 76. Gênese de elementos pesados pelo: (a) ciclo CNO; (b) ciclo Mg-
Al e ciclo Ne-Na.Error: Reference source not found
62
Elementos ainda mais pesados até 56Fe são gerados pela queima de
carbono (Esquema 11a), queima de oxigênio (Esquema 11b) e queima de
silício (Esquema 11c).
Esquema 11. Gênese de elementos mais pesados pela queima de: (a)
carbono; (b) oxigênio; (c) silício.
(a) (b) (c)
12
C C Mg
12 24 16
O O S
16 32 28
Si 24Mg
23Mg n 31P p 28
Si 32S
23Na p 31S n 32
S 36Ar
Ne
20
Si
28 36
Ar Ca
40
16O 2 24 Mg 2 40
Ca 44Ti 44Ca 2
44
Ca 48Ti
48
Ti 52Cr
52
Cr 56Fe
(a)
63
(b)
Figura 77. Gênese de elementos mais pesados A > 56 pela captura de
nêutrons seguida de desintegração -: (a) processo lento (s(low)-
process); (b) processo rápido (r(apid)-process).Error: Reference source
not found
64
Figura 78. Freqüência relativa à 28Si (= 106) dos elementos no sol com a
atribuição de processos de formação.Error: Reference source not found
Como revela a Figura 79 a gênese de alguns elementos como 78Kr, 84Sr,
92
Mo, 96Ru, 102Pd, 106Cd, 112Sn, 124Xe, 126Xe, 130Ba ou 132Ba não pode ser
explicado pela captura de nêutrons seguida de desintegração -. Portanto
assume-se que estes nuclídeos ricos em prótons foram formados pela captura
de prótons reação-(p,) ou pela perda de nêutrons reação (,n)., como é
esquematizada para gênese de 126Xe no Esquema 12. Os detalhes desse
processo-p, porém ainda não são muito bem entendidas.
126
Esquema 12. Processo p para gênese de Xe: (a) pela captura de próton;
(b) pela perda de nêutron.
( 43, 7%);t 1 13 d
(a) Te estável ( p, )126I
125 2
126 Xe
( 43, 7%);t 1 13 d
(b) 127
I estável ( , n)126 I
2
126 Xe
65
Figura 79. Extrato da carta de nuclideos de Karlsruhe com os nuclideos
92
Mo, 96Ru, 102Pd, 106Cd e 112Sn ricos em prótons.Error: Reference source
not found
66
Tabela 11. Os radionuclídeos primordiais.
67
radionuclídeos possuam tempos de meia vida elevadas entre 7105 e 2,11015 a
e a desintegração do nuclídeo mãe não mudar significativamente a composição
química e a atividade radioativa da amostra.
68
Figura 82. Família radioativo de urânio – rádio (4 n + 2).Error: Reference
source not found
Por outro lado para os nuclídeos 232Th, 235U e 238U observam-se
seqüências de desintegração de mais de 10 membros até a formação de um
nuclídeo estável. Nestas seqüências, ilustradas na Figura 80, na Figura 81 e na
Figura 82, respectivamente, observam-se somente desintegrações e -, mas
todas contêm pelo menos uma ramificação. Por exemplo, na seqüência de
desintegração de tório (Figura 80) o 212Bi desintegrar com uma probabilidade de
36,2 % via radiação em 208Tl ou com uma probabilidade de 68,8 % via
radiação - em 212Po. Ambos os nuclídeos filha desintegram via radiação - e ,
respectivamente, para o núcleo estável da seqüência de desintegração de tório
o 208Pb.
Como pode ser observado na Figura 81 e na Figura 82 também na
seqüência de desintegração de 235U e 238U as ramificações consistem na
desintegração /- competitiva do nuclídeo mãe resultando em nuclídeos filha
com atividade -/, respectivamente, o que forma para ambos os nuclídeos
filha um nuclídeo neta comum.
Como a radiação -, não muda o número de massa A do nuclídeo mãe
os membros de uma das seqüências de desintegração diferem no seu numero
de massa A em 4, como pode ser deduzida das leis de transposição mostradas
no Esquema 13, originalmente formuladas por Fajans (Figura 83) e Soddy
(Figura 66, página 49).
69
(a) A filha Amãe 4; Z filha Z mãe 2
(b) A filha Amãe ; Z filha Z mãe 1
70
Figura 84. Família radioativo de netúnio (4 n + 1).88
71
de brometo de rádio puro. No equilíbrio radiativo entre urânio e rádio a razão
Ra : U = 1 : 2,78106.
Concentração (%)
Mineral Composição Depósitos
U Th
Boêmia, Congo,
Pechblenda U3O8 60 – 90
Colorado (EUA)
Becquerelita 2 UO33 H2O 74 Bavária, Congo
Uraninita 65 -75 0,5 – 10 Japão, EUA, Canadá
Broeggerita UO2UO3 48 – 75 6 – 12 Noruega
Cleveita 48 – 66 3,5 – 4,5 Noruega, Japão, Texas
EUA, Congo, Rússia,
Carnotita K(UO2)(VO4)n H2O 45
Austrália
Casolita PbOUO3SiO2H2O 40 Congo
Liebigita Carbonatos de U e Ca 30 Áustria, Rússia
Thoranita (Th,U)O2 4 – 28 60 – 90 Sri Lanka, Madagascar
Thorita ThSiO4H2O 1 – 19 40 – 70 Noruega, EUA
Brasil, Índia, Rússia,
Monazita (Ce, La, Pr, Nd, Th, Y)PO4 0,1 – 15
Noruega, Madagascar
72
Figura 86. Brometo de rádio (2,7 g) fotografado na própria luz. 92
73
Tabela 14. Propriedades dos radionuclídeos radiogênios.Error: Reference
source not found
40 226 232
Material K (Bq/kg) Ra (Bq/kg) Th (Bq/kg)
Granito 600 – 4000 30 – 500 17 – 311
Barro/argila 300 – 2000 20 – 90 18 – 200
Tijolos/ladrilhos 100 – 2000 10 – 200 12 – 200
Concreto 50 – 1300 7 – 92 4 – 71
Azulejos 250 – 1000 15 – 100 25 – 130
Arenito/quartzito < 40 – 1100 13 – 70 15 – 70
Ardósia 760 – 930 34 – 45 56 – 73
Calcário/mármore < 40 – 240 4 – 41 2 – 20
74
exemplo, na costa atlântica do Brasil a dose equivalente anual pode atingir
valores de 175 mSv/a.
40 226 32
Número Praia Estado K (Bq/kg) Ra (Bq/kg) Th (Bq/kg)
1 Santos SP 444 36 49
75
Tabela 17. Atividade radioativa em praias brasileiras.
40
Número Praia Estado K (Bq/kg) 226Ra (Bq/kg) 32
Th (Bq/kg)
2 Caraguatatuba SP 888 51 23
3 Mambucaba RJ 824 169 963
4 Praia Brava RJ 793 40 7
5 Porto do Frade RJ 824 10 27
6 Angra dos Reis RJ 824 17 45
7 Mangaratiba RJ 888 42 73
8 Barra de Guaratiba RJ 127 7 18
9 Grumari RJ 63 5 10
10 Pontal RJ 63 8 7
11 Recreio RJ 63 31 7
12 Barra da Tijuca RJ 63 23 8
13 Ipanema RJ 95 5 26
14 Arpoador RJ 63 5 27
15 Copacabana RJ 63 27 25
16 Leme RJ 63 40 20
17 Piratininga RJ 127 16 29
18 Camboinhas RJ 32 5 11
19 Itaipu RJ 127 5 26
20 Itaipuaçu RJ 63 5 26
21 Marica RJ 63 5 17
22 Saquarema RJ 118 10 14
23 Arraial do Cabo RJ 602 35 49
24 Cabo Frio RJ 63 10 12
25 Búzios RJ 317 14 20
26 Rio das Ostras RJ 3 13 14
27 Gargaú-Guaxindiba RJ 95 22 37
28 Buena RJ 95 286 938
29 Maratízes ES 222 26 36
30 Itapemirm ES 412 5 11
31 Piuma ES 63 8 7
32 Anchieta ES 63 299 1387
33 Meaipe ES 127 1001 6422
34 Guarapari ES 63 4043 55537
35 Vila Velha ES 41 34 77
36 Vitoria ES 27 49 236
37 Serra ES 127 116 1330
38 São Mateus ES 63 793 1710
39 Porto Seguro BA 25 313 1735
40 Ilhéus BA 58 10 15
41 Itacaré BA 32 572 886
42 Salvador BA 62 15 16
43 Praia do Forte BA 34 10 14
Nas praias sombreados a atividade dos equivalentes de rádio é acima do valor máximo
(370 Bq/kg) recomendado pela OECD para materiais de construção.
76
(a) (b)
Figura 88. (a) Localização das praias investigadas;Error: Reference
source not found (b) Localização das reservas brasileiras de urânio. 94
77
Tabela 18. Teor de atividade de água.Error: Reference source not found
78
Tabela 21. Teor de atividade médio de radionuclídeos naturais no
homem.Error: Reference source not found
40 14 87 3 210 210 238 226
Radionuclídeo K C Rb H Pb Po U Ra outros
Tipo , +,
-
-
b- - -
-
t½ (a) 1,3109 5730 4,81010 12,3 22,3 0,379 4,5109 1600 -
Atividade (Bq) 4400 4000 300 20 14 12 1,1 1,7 1
79
A atividade emitida pelo homem padrão corresponde a
aproximadamente 4500 Bq. Considerando um casal que por 3000 h/a se
encontra numa distancia de 50 cm pode se estimar a dose equivalente,
somente devido a 40K, que cada um dos parceiros recebe do outro em
aproximadamente 0,1 Sv/a.
80
Estima-se que o teor de radônio no ar é aproximadamente 0,046 ppq (1 ppq ≡
1mL/km3). Porém, o maior perigo do radônio são seus produtos de
desintegração não voláteis com atividades ate 2109 vezes maior. Como mostra
a Figura 92b estes produtos agregados aos aerossóis e precipitados pela
chuva resultam na contaminação do solo de do ar.
(a)
(b)
81
(c)
(d)
Figura 92. Contaminação do meio ambiente por rádio: (a) Formação e
liberação de radônio; (b) agregação de desagregação de radônio e seus
produtos a aerossóis; (c) Variações da concentração de radônio no meio
ambiente; (d) concentração de radônio e seus produtos de desintegração
no interior de casa como função do tempo e da ventilaçãoError:
Reference source not found
82
Como ilustra a Figura 92c a exposição radioativa devida ao radônio e
seus produtos de desintegração varia bastante no meio ambiente.
Especialmente em ambientes fechados o acumulo de radônio aumenta a
exposição radioativa como ilustra a comparação da concentração de radônio
no ar interior com as janelas pouco abertas (Fenster leicht geöffnet) e as
janelas fechadas (Fenster geschlossen) mostrada na Figura 92d.
Especialmente em áreas com atividade de mineração a exposição com
radônio e seus produtos de desintegração é elevada. A causa é a emanação do
radônio das galerias das minas para o meio ambiente ou a infiltração dos
prédios pelo radônio saindo do solo como ilustra a Figura 93. Outra fonte de
radônio nas áreas de mineração são os vazadouros, que mostram em média
uma exposição radioativa de aproximadamente 50 – 60 nSv/h (valor máxima :
150 – 650 nSv/h).
83
Tabela 23. Exposição radioativa do ar com radônio na Alemanha.
(a) (b)
Figura 94. (a) Concentração de radônio no ar de solo; (b) Concentração de
radônio na água potável.Error: Reference source not found
84
, como é esquematizada na Figura 95. Devido a radiação cósmica a dose de
radiação recebida pelos homens cresce com a altura em cima do nível do mar
como mostra a Figura 96.
85
Figura 96. Dose de radiação recebida pelo homem devido a radiação
cósmica.96
(a) (b)
Figura 97. Exemplos de Aurora boreal: (a) emissão de = 558 nm; (b)
emissão de = 630 nm .97
86
Tabela 24. Os radionuclídeos cosmogênios.
Freqüência Tipo de
Nuclídeo T½ Origem (reação nuclear com)
relativa (%) desintegração
129
I - 1,57107 a - Te, Ba, Xe
81
Kr - 5
2,110 a Rb, Sr, Y, Zr
59
Ni - 4
7,510 a / +
Fe, Ni
53
Mn - 3,7106 a Fe, Ni
44
Ti - 47,3 a
41
Ca - 1,03105 a
39
Ar - 269 a - 40
Ar
36
Cl - 3,0105 a -, /+
32
Si - 101 a -
26
Al - 5
7,1610 a +
22
Na - 2,602 a + 20
Ne(,1p1n)22Na
14
C -10
1∙10 * 3
5,73∙10 a - 14
N(n,p)14C
10
Be - 6
1,610 a - 16
O(n,4p3n) Be;16O(p,5p2n)10Be
10
7
Be - 53,29 d Li
3
H 1∙10-15 † 1,23∙101 a - 14
N(n,t)12Cestável
*na bioesfera; †em água, na atmosfera aproximadamente 6 g total.
87
Figura 98. Eletrômetro de Wulf para determinação de radiação cósmica. 98
88
Estes experimentos inspiraram o físico austríaco Victor Franz Hess
(Figura 99) de determinar o coeficiente de adsorção de radiação no ar para
excluir radiação terrestre como causa da radiação observada em altitudes
elevadas. Com os resultados obtidos ele conclui que a radiação terrestre
deveria ser completamente adsorvida pelo ar em altitude acima de 500 m. Num
segundo passo Hess realizou em 1912 sete viagens de Balão e mediu a
radiação em diversas altitudes acima do solo, cujos resultados são resumidos
na Tabela 26. A comparação desses resultados, ilustrados na Figura 100 com a
dose efetiva como função da altitude na Europa Central (Figura 101) mostra
claramente que já estes primeiros resultados de Hess (ganhador do premio
Nobel de Física em 1936) indicam o aumento da radiação cósmica a partir de
aproximadamente 2500 m.
89
Figura 101. Dose efetiva na Europa central como função da altitude.Error:
Reference source not found
90
Figura 102. Walter Wilhelm Georg Figura 103. Werner Kolhörster
Bothe (1891 – 1957).100 (1887 – 1946).101
91
Figura 104. Hideki Yukawa (1907 – 1981).102
Foi Yukawa (Figura 104) que sugeriu que um mecanismo análogo seria
responsável pela ligação dos núcleons no núcleo atômico e propus como
partícula para o intercambio o meson. Estes mesons possuíam carga positiva
ou negativa e uma massa de aproximadamente 280 me1. Também se
esperava a existência de um meson neutro com a mesma ou aproximadamente
mesma massa. Também se esperava que mesons pudessem ser gerados pela
interação das partículas da radiação cósmica com a matéria.
A existência de mesons gerados pela radiação cósmica foi
primeiramente observada por Lattes (Figura 105a) no grupo de Powell (Figura
105b) em emulsões fotográficas posicionados no Pic du Midi de Bigorre nas
pirenéias francesas em altitudes de 2800 m (Figura 106a) e no Chacaltaya na
Cordilheira dos Andes boliviana em 5500 m (Figura 106b).
(a) (b)
1
me = massa de elétron = 9,1093810-31 kg
92
(a) (b)
Figura 106. (a) Observatorio no Pic du Midi de Bigorre; 105 (b) César Lattes
no Chacaltaya.106
A Figura 107, a Figura 108 e a Figura 109 mostram exemplos dos traços
gerados pelos diferentes mesons nas emulsões fotográficas. Na Figura 107
observa-se a desintegração de um + meson (-meson) em um muon1
(-meson). Ao contraio dos pions os muons de alta energia não interagem com
os núcleos atômicos com quais eles colidem e, portanto podem transversa-los
sem ser adsorvidos. Devido à baixa adsorção dos muons pela matéria eles
formam a parte duro (de alta energia) da radiação cósmica.
1
a partícula inicialmente denominado de -meson não é um meson mas um tipo de a partícula
diferente agora conhecida como muon.
93
Figura 108. Microfotografia dos traços de um - meson (-meson)
resultado da desintegração do núcleo P iniciando a desintegração do
núcleo S108
94
Tabela 27. Propriedades dos pions ( mesons) e do muon ( meson).
95
5. Estabilidade e transmutação de nuclídeos
Número de Número de
Número de prótons Combinação
nêutrons nuclídeos estaveis
par par par – par 158
par impar par – impar 53
impar par impar – par 50
impar impar Impar – impar 4 (2H, 6Li, 10B, 14N)
96
O tipo de desintegração depende aparentemente do número de ordem
Z. Por exemplo, para Z > 83 (Bi) observa-se preferencialmente desintegração
, enquanto elementos com número de ordem impar mostram principalmente
desintegração ou captura de elétrons (). Nestes tipos de desintegração o
número de massa fica constante e um próton é transformado em um nêutron
() ou um nêutron em um próton (-). Por exemplo, nuclídeos impar – impar
como 40K ou 74As são transformados por desintegração - ou captura de
elétrons nos nuclídeos estáveis 40Ca e 40Ar ou 74Se e 74Ge, respectivamente.
Este fato que o nuclídeo entre dois nuclídeos estáveis numa isóbara é
instável se reflete na regra de Mattauch que prevê a inexistência de isóbaros
vizinhados estáveis. Tais tripletos de isóbaros (estável – instável – estável) se
observam em diversas regiões da carta de nuclideos como, por exemplo, a
mostrado na Figura 110. Que mostra os tripletos 46Ca-46Sc*-46Ti; 50Ti-50V*-50Cr;
54
Cr-54Mn*-54Fe; 58Fe-58Co*-58Ni; 64Ni-64Cu*-64Zn; 70Zn-70Ga*-70Ge. A isóbara 50Cr,
50
V, 50Ti foi originalmente considerado como exceção da regra de Mattauch mas
investigações mais recentes mostravam que 50V também mostra desintegração
- e captura de elétron com um tempo de meia vida de 1,41017 a.
(a)
(b)
Figura 111. Extrato de carta de nuclideos para: (a) 42 Mo, 43 Tc e 44 Ru; (b)
60Nd, 61Pm e 62Sm.
97
com número de ordem menos um e mais um desses dois elementos possuam
um grande número de isótopos estáveis e assim isótopos estáveis para
tecnécio e promécio poderiam ser encontrados somente distante da linha de
-estabilidade, ou seja, numa área onde não há nuclídeos estáveis.
Figura 112. Faixa dos núcleos estáveis e instáveis no plano Z vs. N.109
98
Tabela 29. Elementos do mar de instabilidade entre 84 < Z < 92.
1
Bn e Bf é a energia de ligação de nêutrons e a energia de ativação de fissão, respectivamente.
2
Que a Figura 112 mostra para os prótons como número mágico 144 é um erro tipográfico.
99
136 138 139
estanho; N = 82, 7 isótopos estáveis Xe, Ba, La,
140
Ce, 141Pr, 142Nd, 144Sm);
(c) Os primeiros estados excitados de núcleos com números
mágicos possuam alta energia;
(d) Núcleos com as camadas completas (contendo números
mágicos para os prótons e nêutrons, “núcleos duplamente
mágicas”) possuam forma esférica enquanto,
especialmente núcleos grandes mostram grande variação
da forma como mostra Figura 114.
100
Figura 114. Variações da forma de núcleos atômicos: (a) núcleo esférico;
(b) núcleo prolato (um eixo prolongado); (c) núcleo oblato (eixo de
simetria menor); (d) núcleo triaxial; (e) 294U; (f) 180Hf.111
101
Tabela 31. Massa das principais partículas elementares.
102
Tabela 32. Defeito de massa para os elementos anisótopos.
103
Figura 116. Energia de ligação média de nucleons para os elementos
anisótopos.
Por outro lado a Figura 117 e com mais detalhes a Figura 118 mostra
que a fusão de núcleos leves (A < 56) também aumenta a energia média de
ligação dos núcleons. Como mostra esta Figura a diferença da energia de
104
ligação média causada pela fusão de 1H, 2H ou 3H para 4He é de
aproximadamente 4 – 6 MeV e portanto muito maior que a diferença de energia
média de ligação observado na fissão de urânio (0,9 MeV). Nas estrelas como
o sol este processo de fusão ilustrado no Esquema 16 é o principal processo
de geração de energia.
105
6
Li 2H 2 4 He
7
Li 2H 2 4 He n
106
(4) A energia de assimetria, proporcional a (Z – A/2)2 que
considera a diminuição da energia de ligação pelo excesso
de nêutrons;
(5) Uma correção empírica que considera a estabilidade maior
de nuclídeos par – par e a menor estabilidade dos
nuclídeos impar – impar.
Segundo Equação 27, página 103 a massa de um nuclídeo é igual à
soma das massas de seus prótons e nêutrons menos a energia de ligação
expressa como defeito de massa. Substituindo o efeito do defeito de massa em
Equação 27 pela Equação 29 obtemos a formula de massa de Weizsäcker
(Equação 30). Os diversos constantes dessa equação incluindo o fator 1/c 2 são
enumerados na Tabela 33.
L4 L4 a 4 99,692
assimetria A
a 5 A1 2 para núcleos par par
L5 Correção empírica L5 0 para núcleos par impar ou impar par
12,3
a 5 A1 2 para núcleos impar impar
107
Figura 120. Contribuição dos termos L 1 (Kondensationsenergie), L2
(Oberflächenenergie), L3 (Coulombenergie) e L4 (Asymmetrie-Energie) do
modelo da gotinha á energia de ligação média. 117
(a) (b)
Figura 121. Exemplo para energias de ligação e transmutação para
nuclídeos com número de massa (A): (a) impar; (b) par.118
108
Como revela a Equação 29 e a Equação 30 a energia de ligação média
é, para numero de massa A constante, uma função proporcional a Z2, ou seja, a
energia média de ligação de uma serie de isóbaros descreve uma parábola
como é ilustrada explicitamente na Figura 121 a e b, para as isóbaras A = 73 e
64, respectivamente. Como pode ser visto obtêm-se para A = impar,
correspondendo a nuclídeos impar – par ou par – impar uma única parábola
(Figura 121a) enquanto, devido ao termo empírica considerando a estabilidade
diferente de nuclídeos par – par e impar – impar duas parábolas diferentes,
correspondendo aos nuclideos par – par e impar – impar, são observados para
números de massa pares (Figura 121b).
Como revela a Figura 121 os nuclídeos de uma seqüência isóbara se
transformam por desintegração -/+ ou captura de elétrons () em nuclídeos
mais estáveis até o mínimo de energia seja alcançada. Determinado o decurso
da energia de ligação para todas as seqüências isóbaras pode-se determinar o
vale da estabilidade , também chamada linha de estabilidade (ver Figura
122), caracterizada pela maior estabilidade e a ausência de desintegração ou
de captura de elétron.
109
outros processos além de desintegração /, como por exemplo, fissão
espontânea ou desintegração .
110
assim a Figura 124 mostra que os nuclídeos nesta região possuam tempo de
meia vida relativamente grande com até 11 min ( 286Uub) e desintegram
principalmente por descaimento ou por fissão espontânea.
111
energia entre os dois estados esboçada na Figura 125. Esta Figura mostra a
diferença energética entre o nuclídeo mão (A) e o nuclídeo filha (B) e a(s)
partícula(s) emitida(s) (x). Portanto, para transformação do nuclídeo mãe nos
produtos B e x, é necessário que o núcleo A se encontra num estado excitado
permitindo à superar a barreira de energia ou que a barreira seja passada por
tunelamento quantomecânico, como será discutido para a desintegração no
parágrafo 7.2, página 128.
ln N ln N 0 t C 0 C
ln N ln N 0 t
N N o e t
A(t ) N 0 e t
112
N0 t 1
N 0e 2
2
ln 2 0,69315
t1
2
ou
ln 2
t1
2
(a) N (t ) N 0 1 2
t1
2
t
ln 2 1 t1
(b) A(t ) N0 2
t1 2
2
113
O tempo de vida média de um radionuclídeo obtém-se pelo cálculo
comum de um valor médio com o resultado mostrado na Equação 35, a qual
revela que depois t = o número de radionuclídeos diminuiu de N0 para N0/e.
114
7
Tabela 34. Mudança relativa do tempo de meia vida para Be em
comparação com Be metálico.
115
6. Equilíbrios radioativos
116
observação o nuclídeo filha é separado do nuclídeo mãe no momento t = 0,
também N20 = 0 e a Equação 40 se simplifica para a Equação 41a, que pode
ser rearranjada para a Equação 41b da qual surge pela substituição de por t½
a Equação 41c.
(b) N2
1
2 1
N1 1 e ( 2 1 ) t
t 1 (2) t 1 (1) t 1 ( 2 )t 1 (1) / t
1
N1 1
2 2
(c ) N2 2 2
1 t 1 (2) t 1 (1) 2
2 2
117
Figura 127. Acerto de equilíbrio mãe – filha como função da razão
t½(1)/t½(2).123
A1 A2
118
(a)
(b)
Figura 128. Equilíbrio secular: (a) Desintegração e formação de nuclídeo
filho; (b) Atividade do nuclídeo pai e do nuclídeo filho. 124
119
A ocorrência de um equilíbrio secular permite diversas aplicações
praticas:
(a) Determinação do tempo de meia vida do nuclídeo mãe pela
determinação do tempo de meia vida do nuclídeo filha e da razão de
massa do nuclídeo mão e nuclídeo filha:
Exemplo: o tempo de meia vida de 226Ra é obtido pela mediação
da atividade e do tempo de meia vida do nuclídeo filha 222Rn.
Assim se calcula o número de átomos de 222Rn com a Equação 32
e o tempo de meia vida de 226Ra é obtido com Equação 42;
O tempo de meia vida de 238U é determinado medindo a razão
226
Ra e 238U nos minerais de urânio e com o tempo de meia vida
de 226Ra calcula-se pela Equação 42 a do 238U.
(b) Calculo da razão de massa de todos os radionuclídeos num equilíbrio
secular com Equação 36;
(c) Calculo da massa do nuclídeo mãe a partir da atividade do nuclídeo
filha:
O teor de 238U numa amostra é determinado pela mediação da
atividade de 234Th ou 234mPa cuja radiação pode ser medida
facilmente como no equilíbrio A1 = A2 a massa de 238U é obtido
substituindo A em Equação 36 por A2 determinado
(d) Determinação da atividade do nuclídeo filha pela massa do nuclídeo
mãe.
Pesando uma amostra de U2O8 pode-se obter uma fonte de 234mPa
com atividade definida. A radiação do 238U é blindada por uma
folha de alumínio. A atividade de 238mPa no equilíbrio com A1 = A2
pode ser calculado com Equação 36. (1 mg de 238U emita 740
partículas - por minuto).
N2 t 1 ( 2)
2
N 1 t 1 (1) t 1 (2)
2 2
120
Equação 44. Relação das atividades no equilíbrio transiente.
A1 1 N 1 t 1 (2)
1 1 1 2
A2 2 N 2 2 t 1 (1)
2
121
6.4. Não-equilíbrio
122
Para responder a 2ª questão a 1ª derivada da Equação 41a deve ser
igual zero. Assim o tempo para alcance da atividade máxima do nuclídeo filha
se calcula pela Equação 48.
123
vizinhos intermediários de isóbaros estáveis como, por exemplo, 40K (ver
parágrafo 5.1, página 96). Em geral desintegração ramificada pode ser
representada pelo Esquema 23.
124
Equação 52. Número do nuclídeo k na desintegração seqüencial como
função do tempo.
N k c1 e 1t c 2 e 2t ... c k e k t
125
Figura 131. Atividades do nuclídeo mãe e dos nuclideos filha para
desintegração seqüencial de 218Po.127
126
7. Os tipos de desintegração
Tipo de
Símbolo Radiação emitida Observações
dsintegração
Preferencialmente para
Radiação Núcleos de hélio
4
2 He 2
Z > 83
Em baixo da linha de
- Elétrons
0
e
Radiação
1
estabilidade
0
+ Pósitrons 1 e
Acima da linha de
Raios-X característicos do estabilidade
Captura de elétrons
nuclídeo filha
Em geral depois (10-16 –
Radiação Fótons (h) 10-13 s) da desintegração
ou
Estados excitados
metaestáveis
Transição isomérica I Fótons (h)
(preferencialmente abaixo
de números mágicos)
Preferencialmente para
Elétrons de conversão e
Conversão interna e- energias de excitação
raios-X característicos
baixa (< 0,2 MeV)
Longe da linha de
Radiação de próton p Prótons
1
p
1
estabilidade
Preferencialmente para
Fissão espontânea sf Produtos de fissão e nêutrons
A > 245
127
Além desses tipos de desintegração observa-se para nuclídeos com A
232 a fissão espontânea. Para núcleos mais leves processos como
desintegração ou são preferenciais. Por exemplo, para 238U observa-se
somente uma fissão espontânea por 1 milhão de desintegrações . A
probabilidade da fissão espontânea aumenta com a massa do nuclídeo e para
250
Cm, por exemplo, observa-se exclusivamente fissão espontânea como um
tempo de meia vida de 9700 a.
7.2. Desintegração
128
(a)
(b)
(c)
Figura 132. Esquema de desintegração para: (a) 210
Po;128 (b) 212
Bi;Error:
Reference source not found (c) 212Po129
129
(c) desintegração de estados excitados do nuclídeo mãe para o
estado fundamental do nuclídeo filha (preferencialmente para
nuclídeos para – par e A < 240).
Os esquemas da Figura 132 mostram que a transição entre os diversos
estados do nuclídeo mãe e do nuclídeo filha resulta na emissão de partículas
com energias discretas, indicadas nos esquemas. Também indicada nos
esquemas da Figura 132 são as diferentes probabilidades para as transições
entre os diversos estados do nuclídeo mãe e do nuclídeo filha.
Assim o espectro de uma desintegração mostra picos de energias
discretas cuja intensidade corresponde à probabilidade da desintegração para
um estado excitado definido como mostra a Figura 133 para 235U.
130
7.2.2. Regra de Geiger – Nuttall
Existe uma relação empírica entre o alcance da radiação no ar, que
por sua vez é uma função da energia cinética, e o tempo de meia vida do
respectivo nuclídeo criada em 1911 por Geiger (Figura 27) e Nuttall, que
observaram que a energia cinética de partículas aumenta com a diminuição
do tempo de meia vida do nuclídeo.
(a)
131
(b)
(c)
Figura 134. (a) Relação Geiger-Nuttall para as famílias de desintegração
(4n + 2), (4n) e (4n + 3); (b) diversos nuclideos par – par; 130 (c) para os
isótopos de urânio.Error: Reference source not found
132
7.2.3. Efeito de tunelamento
O tempo de meia vida para a desintegração varia entre 10-7 s para
213
At e 21019 a para 209Bi1 e as energias observadas para radiação variam
entre 3,1 kev e 9,08 Mev. Estas energias, porém são menores que a energia de
Coulomb que deve ser superado no processo inverso, esquematizada na
Figura 135, que corresponde a adição de uma partícula a um núcleo e que
pode ser estimado pela fórmula dada na Equação 58. Isto indica que na
desintegração a partícula emitida não precisa superara a barreira de energia
dado pelo potencial de Coulomb (Equação 58). Tal emissão de partículas sem
vencer a barreira de energia é na física clássica “proibida”.
1
Pierre de Marcillac et al, Experimental detection of alpha-particles from the radioactive decay
of natural bismuth, Nature 422, 876–878 (24. April 2003),
133
Equação 58. Estimação do potencial de Coulomb para adição de
partículas a um núcleo.
Z núcleo Z
VCoulomb [ MeV ]
3
A
Figura 136. Decurso da parte real da função de onda para uma partícula
com uma barreira de energia retangular. 132
Em concordância com a regra de Geiger – Nuttall a mecânica quântica
mostra também que uma grande probabilidade para o tunelamento resulta
134
numa alta energia das partículas , e em geral não se observa desintegração
se a energia cinética da partícula seria muito menor que 2 MeV.
7.3. Desintegração
135
partícula adicional, hoje conhecido como anti-neutrino a desintegração de um
nêutron no núcleo ou de um neutro livre pode ser descrito pela Equação 59.
136
Figura 139. Direita: Clyde Lorrain Cowan jr. (1919 – 1974); esquerda:
Frederick Reines (1918 – 1998). Error: Reference source not found
1
n. para 235U = 98,38 barn.
137
Considerando a massa do anti-neutrino como zero a balança energética
da desintegração - (zA z+1B + e-) mostra que a mesma é possível se m =
mA – mB possua um valor positiva.
(a)
(b)
Figura 140. (a) Esboço do principio experimental para detecção do anti-
neutrino, (b) esboço do detector usado para detecção do anti-neutrino. 134
138
7.3.2. Emissão de partículas +
Enquanto prótons livres são estáveis prótons em núcleos com excesso
de prótons podem desintegrar pela emissão de um pósitron (+) e se
transformar em um nêutron como mostra Equação 61. Pelas mesmas razões
discutidas para a desintegração - a desintegração + é acompanhado da
emissão de uma partícula adicional o neutrino que como o anti-neutrino não
possua massa nem carga e um spin de ½, e qual carrega parte da energia
liberada. Por isso observa-se, como mostra a Figura 141 para a desintegração
+ de 13O uma distribuição continua da energia das partículas + como no caso
da desintegração -.
139
A desintegração + (zA z-1B + e+ + e-) é possível se m = mA – mB – me+
- me- possua um valor positiva. Em geral o tempo de meia vida para
desintegração + varia entre 8,9 ms para 13O e 1,41017 a para 50V, e a energia
máxima da desintegração + entre 300 keV para 138La e 16,7 MeV para 13O.
140
(a) log f ( ) 4,0 log E 0,78 0,02 Z 0,005( Z 1) log E
2
E
(b) log f ( ) 4,0 log E 0,79 0,007 Z 0,009( Z 1) log
3
(c ) log f ( ) 2,0 log E 5,6 3,5( Z 1)
L Mudança de
Classificação
*
I†
paridade
log f t Exemplo
2,7 – N, 3H, 11C, 13N, 15O,
Permitido (favorecido) 0 0 não 17
3,7 F
12
0 ou B, 12N, 35S, 64Cu,
Permitido (normal) 0 não 4–7 69
1 Zn
14
Permitido (proibido-l) 2 1 não 6–9 C, 32P
111
0 ou Ag, 143Ce, 115Cd,
1º proibido 1 sim 6 – 10 187
1 W
1º proibido (casos 38
1 2 sim 7 – 10 Cl, 90Sr, 97Zr, 140Ba
especiais)
36 99 135
Cl, Tc, Cs,
2º proibido 2 2 não 11 – 14 137
Cs
2º proibido (casos
2 3 não 14 10
Be, 22Na
especiais)
87
3º proibido 3 3 sim 17 – 19 Rb
3º proibido (casos 40
3 4 sim 18 K
especiais)
4º proibido 4 4 não 23 115
In
141
(a)
(b)
Figura 142. Esquema de desintegração de: (a) 64Cu, (b) 46Sc.137
142
7.4. Desintegração
143
2 L 1
23 r A 13
2L
E
M 0,55 S A 10 21 ( s 1 )
0 197
Tipo de Mudança do P† Tempo de meia vida (s) para energias de:
radiação spin orbital 1 MeV 0,2 MeV 0,05 MeV
L*
E1 1 Sim 210-16 310-14 210-12
M1 1 Não 210 -14
210 -12
210-10
E2 2 Não 110 -11
310 -8
310-5
M2 2 Sim 910 -10
310 -6
310-3
E3 3 Sim 710 -7
610 -2
9102,**
M3 3 Não 710 -5
5 8104,††
E4 4 Não 810 -2
210 5,‡
41010,‡‡
M4 4 Sim 7 110 7,§
41012,§§
*Mudança do número de spin orbital; †P = mudança de paridade; ‡56 h; §116 d; **15 s;
††
22 min; ‡‡1270 a; §§126752 a.
144
Figura 143. Casos extremos para mudança do spin nucelar durante a
desintegração .139
1
Na camada eletrônica do átomo R = 1 Å, assim a radiação emitida possua um comprimento
de onda = 800 Å e a diminuição da probabilidade de E1 em relação a E2 é de 1/800 = 1,610-6.
145
Figura 144. Diagramas dos níveis de energia da desintegração de 208
Tl e
209
Tl.140
146
0,7 ns (214m Ra) e 241 a (192m Ir). Em alguns casos como, por exemplo, 192m Ir o
1 2 2
147
e I = 4, o que corresponde à emissão de uma radiação M 4, caracterizado por
uma probabilidade pequena (somente 0,074 % da desintegração).
234
Figura 146. Esquema de desintegração de Pa e 234mPa.141
148
Figura 147. Esquema de desintegração de 80Br e 80mBr.142
149
A emissão de elétrons de conversão também se observa como um
processo alternativo simultaneamente com a emissão de quanta e aumenta
nesse caso a probabilidade de transição para o estado fundamental. Neste
caso a constante de desintegração = +e, onde é a probabilidade da
radiação , que pode ser calculada pela Equação 64 e a Equação 65 e e a
probabilidade para o processo de conversão. Como foi discutido no parágrafo
5.6.3, página 114 o tempo de meia vida para a emissão de elétrons de
conversão depende da densidade de elétrons na camada eletrônica, ou seja,
do estado químico do elemento. Isto mostra que a emissão do elétron segue da
interação do núcleo excitado com a camada eletrônica é não da transferência
de um quantum primeiramente emitida pelo núcleo para um elétron.
Para a mesma transição energética a razão entre o número de elétrons
de conversão e o número de quanta emitida é chamada de coeficiente de
conversão . Como os elétrons convertidas podem surgir das diversas
camadas K, L, M etc. podem-se definir para cada camada um próprio
coeficiente de conversão como mostra Equação 68. A denominação dos
elétrons de conversão segue o mesmo esquema utilizado na espectroscopia de
raios-X (fluorescência de raios-X) ilustrado na Figura 150b, página 152.
150
espectros da desintegração - e + mostrados na Figura 137 e na Figura 141,
respectivamente.
151
Figura 149. Pierre Victor Auger (1899 – 1993).144
152
energia na camada eletrônica do átomo são na faixa entre 12,4 – 248 keV e as
diferenças de energias no núcleo atômico acima de 25 keV elétrons de
conversão e de Auger podem ser diferenciados geralmente pela diferença de
suas energias.
153
Figura 152. Esboço de espectro de desintegração com emissão
simultânea de elétrons de conversão. 147
154
mostra este esquema 137Cs desintegra emitindo partículas - com 94,4 % para o
estado excitado de 137mBa e com 5,6 % ao estado fundamental de 137Ba
(estável), estas transições correspondem ás energias máximas de 514 e
1176 keV, respectivamente.
137
Figura 154. Esquema de desintegração de CsError: Reference source
not found
155
Por outro lado se observam as energias baixas em torno de 50 keV os
picos de fluorescência de raios-X. Eventuais elétrons de Auger, também seriam
observados nesta faixa de energia.
156
96,8 % e para 256Fm a probabilidade de fissão espontânea em relação a
desintegração é 92 %. A Tabela 38 enumera os nuclídeos mostrando fissão
espontânea junto com os respectivos tempos de meia vida parciais.
Tabela 38. Tempo de meia vida (t½) parcial para fissão espontânea.151
Nêutrons Nêutrons
Nuclídeo t½ (fissão) Nuclídeo t½ (fissão)
liberados liberados
230
Th 1,51017 a 249
Cf 6,51010 a
232
Th > 1021 a 250
Cf 1,7104 a 3,53
232
U 81013 a 252
Cf 85 a 3,764
233 254
U 1,21017 a Cf 60 d 3,88
234 253
U 1,61016 a Es 6,4107 a
235 254
U 3,51017 a Es 2440 a
236
U 21016 a 255
Es 3,3 ms
238
U 91015 a 2,00 244
Fm 20 s
237
Np > 1018 a 246
Fm 60 h
236
Pu 3,5109 a 2,22 248
Fm 10 a
238 250
Pu 51010 a 2,28 Fm 115 a
239 252
Pu 5,510115 a Fm 246 d
240 254
Pu 1,41011 a 2,16 Fm 1,2104 a 3,99
242 255
Pu 71010 a 2,15 Fm 2,63 h
244 256
Pu 6,61010 a 2,30 Fm 120 a 3,83
241
Am 2,31014 a 257
Fm 380 s 4,02
242m
Am 9,51011 a 258
Fm 30 h
243
Am 3,31013 a 257
Md 7,5 s
240
Cm 1,9106 a 252
No 9104 s
242
Cm 6,5106 a 2,59 256
No 1500 s
244 258
Cm 1,3107 a 2,76 No 1,2 ms
246 256
Cm 1,8107 a 3,00 Lr > 105 s
248 257
Cm 4,2106 a 3,15 Lr > 105 s
250
Cm 1,4104 a 3,31 258
Lr 20 s
249
Bk 1,7109 a 3,64 261
Rf 65 s
246 261
Cf 2,0103 a 2,85 Db 8s
157
Tabela 38. Tempo de meia vida (t½) parcial para fissão espontânea.
Nêutrons Nêutrons
Nuclídeo t½ (fissão) Nuclídeo t½ (fissão)
liberados liberados
248
Cf 3,2104 a
235
Tabela 39. Energia liberada na fissão de U.
158
235
Tabela 39. Energia liberada na fissão de U.
159
Figura 158. Passos da fissão espontânea.153
Devido à repulsão eletrostática, que é muito maior que as forças
nucleares as duas partes se afastem, atingindo alta energia cinética (Figura
158b). Estes fragmentos altamente excitados emitem nêutrons (nêutrons
imediatos) e fótons (radiação imediata) e às vezes partículas carregadas
como prótons ou partículas (Figura 158c). Até este ponto o processo de
fissão decorreu em aproximadamente 10-15 s.
Estes produtos de fissão primários perdem sua energia de excitação
sofrendo várias transmutações -, acompanhadas de radiação até a formação
de nuclídeos estáveis (Figura 158d). Caso os nuclídeos intermediários
160
possuam alta energia de excitação observa-se também a emissão de nêutrons
(nêutrons retardados). Devido à liberação de nêutrons durante o processo de
fissão nuclídeos que mostram fissão espontânea são utilizados como fonte de
nêutrons. Especialmente aplicado neste campo é 252Cf1 que libera em cada
fissão aproximadamente 4 nêutrons.
1
Obtido em reatores nucleares pela captura sucessiva de nêutrons a partir de plutônio.
161
Figura 160. Tempo de meia vida para fissão espontânea de núcleos par –
par como função do parâmetro de fissibilidade Z2/A.155
Para núcleos par – par o tempo de meia vida parcial em respeito a fissão
espontânea como função do parâmetro x de fissão é mostrado na Figura 160.
Esta Figura mostra a tendência geral do aumento da probabilidade de fissão
espontânea com o aumento do parâmetro de fissão. Porém observa-se para
cada elemento um máximo para o tempo de meia vida. Também os tempos de
meia vida em respeito à fissão espontânea de núcleos par – impar, impar – par
e impar – impar são em diversos ordem de magnitude maior que os valores
extrapolados a partir dos valores observados para núcleos par – par (Figura
160). Este fato indica que o simples modelo da gotinha não permite a descrição
quantitativa da fissão espontânea.
162
Um outro fenômeno que não pode ser explicado com o simples modelo
da gotinha é a existência de isômeros de fissão. A Figura 161 mostra os
nuclídeos para quais são observados isômeros nucleares que desintegram
exclusivamente por fissão espontânea com tempos de meia vida na faixa de
nano- - micro-segundos.1 Por exemplo, para 242Am (t½ = 16 h; -,82,69 %; ,
17,29) existem dois isômeros 242mAm e 242nAm. O primeiro desintegra com um
tempo de meia vida de 141 a por transição interna (99,54 %), desintegração
(0,459 %) e fissão espontânea (1,4910-8 %) enquanto 242nAm desintegra com
tempo de meia vida de 1,410-2 s exclusivamente por fissão espontânea.
1
Isômeros de fissão também são observados para 237Np, 236U, 244Pu, 245Am e 246Am.
163
Figura 162. Barreia de potencial para fissão espontânea no modelo de
gotinha modificado (barreira dupla).Error: Reference source not found
164
O modelo de gotinha modificado por efeitos de camada pode também
explicar a fissão assimétrica na Figura 157 e na Figura 158c. Como revela a
Figura 159 o modelo simples da gotinha prevê a formação de fragmentos
simétricos pela fissão. Fissão simétrica, porém é observada somente
ocasionalmente na fissão espontânea de núcleos excitados como, por
exemplo, 257Fm, cuja distribuição de massa de fragmentos é mostrada na
Figura 163. Se a fissão é de 257Fm é induzido por nêutrons térmicos, ou seja,
depois do fornecimento de energia adicional a simetria dos fragmentos de
fissão aumenta ainda mais como mostra a Figura 164.
257
Figura 164. Distribuição de massa dos produtos da fissão de Fm
induzido por nêutrons térmicos.Error: Reference source not found
165
(a)
(b)
242
Figura 165. Distribuição de massa dos produtos da fissão de: (a) Cm; 157
(b) 250Cm e 250Cf.158
166
Figura 166. Rendimento de fissão induzida para 206Pb e 226Ra.159
(a)
167
(b)
228
Figura 167. Fissão simétrica vs. fissão assimétrica para: (a) Ra; (b)
234
U.160
7.6.1. Shake-off
A desintegração - aumenta a carga nuclear Z em 1. Assim os elétrons
da camada são ligados mais e a diferença de energia deve ser transmitida de
alguma forma para o ambiente. Para cada unidade de carga esta diferença é
aproximadamente 22,8Z0,4 eV, o que resulta em geral numa pequena correção
da energia de desintegração. Em alguns casos, porém o rearranjo da camada
eletrônica pode resultar na expulsão de elétrons das camadas externas. Por
exemplo, na desintegração - de 23Ne (t½ = 37,2 s) em 23Na (estável) 71,9 %
dos átomos de 23Na possuam uma carga positiva, como é esperado para
desintegração -. Por outro lado observa-se que 17,5 % dos cátions possuam a
carga 2+ e 2,85 % a carga 3+, e alguns átomos podem mostrar cargas de até
6+. Efeitos semelhantes observam-se na desintegração de 39Ar 29K e 41Ar
41
K e outros nuclídeos de gases nobres.
168
exemplo, para os nuclídeos 160Re (t½ = 0,79 ms; p = 91 %; = 9 %) e 156
Ta (t½ =
144 ms; p = 4,2 %; + = 95,8 %).
Para nuclídeos ricos em nêutrons a energia de ligação de nêutrons
externos é tão pequena (compare linha Bn = 0 na Figura 112, página 98), que o
núcleo pode emitir um nêutron transformando-se no isótopo com número de
massa igual A – 1. Este tipo de desintegração é indicado pela letra n e
exemplos de nuclídeos mostrando desintegrações n são enumerados na
Tabela 40.
169
Uma explicação para este processo pode ser o fato que os núcleos
pesados não são esféricos, o que facilita a separação de partículas esféricas.
Um exemplo da emissão de núcleos pesados como processo alternativo a
desintegração ou a fissão espontânea mostra a Figura 168 para 234U, além de
desintegração a e fissão espontânea pode emitir núcleos de 28Mg ou 24Ne.
170
8. Medição de radioatividade
171
Figura 169. Adsorção de radiação de 45Ca em CaCO3 na própria amostra
como função da espessura da amostra.162
172
Figura 171. Influencia do arranjo geométrico na eficiência da contagem de
desintegrações.164
173
A eficiência interna de contagem do detector 1 depende do tipo da
radiação de do detector e varia entre 0,01 er 1,0.
O tempo morto dos detectores D é o resultado que o mesmo necessita
um tempo de recuperação depois do registro de um evento até um novo evento
pode ser registrado. Tempos mortos prolongados na ordem de 100 – 500 s
são observados especialmente em contadores do tipo Geiger-Müller. A Figura
172 mostra o aumento do número de impulsos não registrados como função do
tempo morto do detector e do número dos impulsos registrados.
O fator de eficiência , necessário para determinar a atividade absoluta
de uma amostra pode ser calculado com a Equação 74.
174
de radiação, da força do campo elétrico e da voltagem aplicado ao detector se
observa um impulso no circuito elétrico do detector.
Por exemplo, uma partícula a com uma energia de 38 MeV pode gerar
em ar aproximadamente 105 pares de íons/elétrons (energia de ionização de N 2
38 eV), resultam em um pulso elétrico (multiplicação com a carga elementar)
de 10-14 C, que pode ser amplificado e registrado. Por outro lado a ionização
gerada por partículas b é em um fator de 10 3 menor, o que impossibilita sua
detecção. Aumentando a voltagem no detector as partículas ionizantes ( ou )
são aceleradas e este ganho de energia permite a geração de pares
íons/elétrons adicionais aumentando o impulso do detector.
Câmeras de ionização
As câmeras de ionização trabalham numa faixa de campo elétrico que
permite o transporte de todas as cargas geradas aos elétrodos (50 –
200 V/cm). Assim a corrente detectada depende somente da intensidade da
175
fonte de radiação e é praticamente independente da tensão aplicada. A
vantagem das câmeras de ionização é a ausência de tempo morto, que permite
a mediação de altas atividades. Por outro lado, devido ao baixo número de
pares íon/elétron gerados por radiação e a aplicação de câmeras de
ionização é praticamente restrita a fontes de radiação .
Contadores proporcionais
O aumento da tensão aumenta como foi discutido acima, o número de
pares íon/elétron gerados no detector em um fator de 10 2 – 106, dependendo
do detector e do gás de preenchimento. Em geral usa-se em contadores
proporcionais um fluxo de metano ou gases nobres (Figura 175), e campos de
força entre 200 – 800 V/cm.
176
Devido aos estes fatos contadores proporcionais são amplamente
aplicadas para determinação de atividades absolutas de radiação ou , mas
devido à baixa eficiência interna i de contadores proporcionais para radiação
inadequados para mediação dessa radiação.
177
em um fator 108 e a ionização em torno do ânodo atinge o volume total do gás.
Assim o sinal detectado é independente da ionização primaria causada pela
interação da radiação ionizante com o gás no detector. Aumento da força de
campo acima de 1400 V/cm, porém resulta numa descarga continua do
detector independente da presença de radiação ionizante.
A desvantagem de contadores Geiger-Müller é a geração de fótons
durante a neutralização dos elétrons no fio do ânodo. Este fato leva a ionização
do gás ao redor do ânodo que gera uma camada positiva ao seu redor
diminuindo a força do campo elétrico a um ponto que não permite mais a
contagem de novos eventos e somente depois de um tempo de 100 – 500 s
os íons atingem o cátodo onde causam a emissão de elétrons secundários
desengatando uma nova descarga. Para diminuir este tempo morto contadores
Geiger-Müller necessitam providencias de diminuir a influência negativa dos
íons positivos.
Em geral adiciona ao gás no contador Geiger-Müller metanol ou bromo
para suprimir a descarga continua. Estes gases possuam uma menor energia
de ionização que o gás de contagem (gases nobres) cujos íons podem
transferir a carga para o gás de supressão cujos cátions porem não são capaz
de iniciar o disparo de novas ionizações.
Além do tempo morto relativamente longo os contadores Geiger-Müller
são equipados com janelas que impedem a detecção de radiação e de
baixa energia e também não permitem a discriminação da energia e detectam
radiação somente com uma eficiência interna i de no máximo 1 %. Por outro
lado eles não necessitam amplificação adicional do sinal sua construção
simples permite a construção de variações para uma ampla faixa de aplicações
como mostra a Figura 178.
178
8.2.1.2. Detectores de semi-condução
Detectores de semi-condução são semelhante ás câmeras de ionização
ou detectores proporcionais e medem a radiação através de cargas geradas no
detector posicionado entre dois elétrodos. Em vez de um gás, porem usa se um
sólido semicondutor em qual a radiação ionizante gerar pares de
elétrons/buracos pela promoção de elétrons da camada de valência para
camada de condução. Como material para detectores de semi-condução para
medição de radiação ionizante se usa silício, especialmente para detecção de
raios-X, ou germânio, para detecção de radiação .
A temperatura ambiente a zona proibida é 1,09 eV para Si e 0,79 eV
para Ge com energias para geração de um par eletro/buraco de 3,6 eV para Si
e 2,8 eV para silício que diminuam para aproximadamente 0,2 eV a 77 K. Estas
energias são muito menores que a energia de 35 eV, necessária para geração
de um par de íons nos detectores de ionização. Como conseqüência o número
de pares de cargas num detector semicondutor é muito maior que em
detectores de ionização é, portanto adequado para espectroscopia de todos os
tipos de radiação ionizante, incluindo radiação g e de raios-X. Detectores de
semi-condução também possuam um baixo tempo morto variando entre 0,1 ns
para 1 s (detectores Geiger-Müller 100 – 500 s).
O semicondutor do tipo HPGe (high-purity-Ge-detector) são produzidos
por difusão de Li (contato n) em uma camada de aproximadamente 0,5 mm de
espessura e implantação com aceleradores de B (contato p) em uma camada
de aproxiamadamente 0,3 mm). A este diodo se aplica uma tensão alta e a
migração dos elétrons e buracos de elétrons para os elétrodos gerar um
volume livre de cargas móveis. Para eliminar a excitação térmica de elétrons os
detectores de semi-condução devem ser resfriados com nitrogênio liquido a
77 K (-195,79 °C). Como mostra a Figura 179 detectores de semi-condução
podem ser construídos em diversos arranjos geométricos para o contato n e
contato p, para otimizar a eficiência do detector.
179
A eficiência, ou seja, a probabilidade de detecção de um foton ou
partícula depende além do material e do arranjo geométrico do detector do
volume ativo, do tipo de contato, da capa de proteção e da energia do fóton ou
partícula. Para um detector HPGe com geometria co-axial a eficiência como
função da energia do fóton é ilustrado na Figura 180.
180
fóton é elétron por impacto central (Compton-Kante na
Figura 181);
(3) No campo elétrico do núcleo atômico um
quantum com energia maior que 1022 keV possa criar um
par elétron/pósitron (ver parágrafo 10.4.2.3, página 217). O
pósitrons é aniliquilado, praticamente de imediato pela
reação com um elétron gerando dois quanta de 511 keV
(annihilation peak na Figura 181). Como a eficiência para
detecção de quanta é muito menor que 100 %, é possível
que um ou os dois quanta do aniquilamento escapem do
detector resultando na detecção de picos de escape com
energias em 511 ou 1022 keV menor (single e double
escape peak na Figura 181) que a energia total (photopeak).
181
um detector de cintilação NaI mostrado na Figura 182. O número dos quanta
emitidos pelo cintilador é proporcional a energia das partículas adsorvidas e,
portanto permite medições espectroscópicos.
N
O O
O
2,5-difeniloxazol 1,4-di-(2-(4-metil-5-feniloxazolil))benzeno
182
Cintiladores sólidos
Como mostra a Figura 182 no exemplo de um detector NaI(Tl) os quanta
emitidos pelo cintilador geram no fotocátodo (Photokathode) elétrons (0,2 –
0,2 elétrons/fóton). Estes elétrons são acelerados pela tensão alta do elétrodo
de focalização (Fokussierelektrode) e quando atingem o 1º dínodo elétrons
secundários são gerados os quais são novamente acelerados e geram uma
nova geração de elétrons secundários no próximo dínodo. Com 10 – 14
dínodos o número de fotoelétrons pode ser multiplicado com um fator de 10 5 –
106.
Como cintiladores sólidos são utilizados iodeto de sódio dopado com
tálio (NaI(Tl)) para espectroscopia , ou iodeto de césio dopado com tálio
(CsI(Tl)) para espectroscopia , como também ZnS dopado com prata. Sólidos
orgânicos como monocristais de antraceno que possuam um curto tempo morto
são utilizados na espectroscopia . Em detectores para tomografia de emissão
de pósitrons se usam germanatos de bismuto (Bi 4Ge3O12) como detectores de
cintilização.
Cintiladores líquidos
Na espectrometria de cintilação liquida se usa como cintilador (4 – 8 g/L)
um composto orgânico dissolvido junto com a amostra em compostos
aromáticos como, por exemplo, tolueno, p-xileno ou dioxanos que possuam
uma alta densidade de elétrons e, portanto são bons mediadores de energia
e adsorvem somente poucos fótons. Ao lado do frasco transparente com a
amostra encontram-se, em geral dois fotomultiplicadores, o que permite
medição em geometria 4 . Devido à mistura de detector e amostra na
espectrometria de cintilação liquida não há adsorção própria da radiação, nem
adsorção no ar ou na janela do detector e, portanto este método é muito
adequado para medição de radiação , e de radiação de baixa energia como,
por exemplo, trítio (3H) ou 14C.
183
detector influenciam sua performance. Uma comparação entre os diversos
tipos de detectores elétricos e sua aptidão para uma determinada radiação
encontra-se na Tabela 42.
184
Tabela 42. Aptidão de detectores elétricos para os diversos tipos de
radiação ionziante (adaptada de Lieser).
(a)
185
(b)
(c)
Figura 184. Detecção de radionuclídeos por auto-radiografia: (a) Adsorção
de solução de sulfato marcada com 35S em folhas de phaseolus vulgaris
L. (feijão); (b) Adsorção de solução de fosfato marcada com 32P em frutas
de solanum lycopersicum (tomate); (c) Adsorção de compostos marcados
com 14C em rattus norvegicus.Error: Reference source not found
186
59
Figura 185. Auto-radiografia duma folha de ferro marcado com Fe
mostrando o inicio de corrosão numa gota de água.175
187
detectores de rastos pode-se usar minerais, vidros, cristais inorgânicos ou
polímeros. Tais detectores de rastos sólidos são aplicados na investigação de
fissão espontânea, de radiação cósmica, na determinação da idade de minerais
ou na dosimetria de partículas e de nêutrons.
188
Para a espectroscopia e de raios-X são geralmente usados detectores
de semi-condução do tipo Ge(Li) com a vantagem de uma resolução de energia
de 0,2 – 0,4 keV para energia na ordem de 100 keV. A desvantagem desses
detectores é sua baixa eficiência interna i e o fato que eles necessitam
resfriamento permanente à temperatura de nitrogênio liquido. Para identificação
de emissores de radiação desconhecidos a altura do pulso deve ser calibrada
utilizando radionuclídeos com energia de emissão conhecido, como as
enumerados na Tabela 43. Os detectores são equipados com um pré-
amplificador, um amplificador, e um analisador de multi-canais em quais os
pulsos são ordenados de acordo com sua altura. Este analisador é geralmente
acoplado a um computador que possua um programa para procura de picos,
calculo de sua área, calibração de energia de identificação de radionuclídeos.
Também detectores de cintilação do tipo NaI(Tl) podem ser utilizados
para espectroscopia . Em comparação aos detectores de semi-condução
estes possuam uma maior eficiência interna i, não necessitam resfriamento,
mas possuam a desvantagem de uma menor resolução de energia (5 – 7 %
para energias g de 100 keV).
189
Tabela 43. Padrões para calibração de espectroscopia de radiação
ionizante (adaptada de Lieser, 2001).
190
dH
H ´ ( Sv / s )
dt
191
Radiação já é completamente adsorvida pelas células mortas da primeira
camada da pele (Stratum corneum) e, portanto uma blindagem dessa
radiação não é necessária como é também o caso para radiação de baixa
energia (< 100 keV). Já radiação com energias maiores como, por
exemplo, 14C pode ser completamente blindado por luvas de borracha e as
partículas da maioria dos nuclideos aplicados na radioquímica (ver Tabela
43) são completamente adsorvidas em vidro acrílico com uma espessura de
no máximo 1 cm. Como a interação de radiação com núcleos pesados
gera grandes quantidades de raios-X (Bremsstrahlung, ver parágrafo 10.3)
a blindagem de radiação com finas folhas de chumbo é absurda, uma vez
que a Bremsstrahlung gerado no chumbo não pode ser adsorvido em folhas
finas e assim a suposta blindagem é na verdade um gerador de raios-X.
Mais problemática é a blindagem de radiação e de raios-X que necessita
placas de chumbo de espessuras grandes e mesmo assim a radiação é
somente atenuada e não completamente adsorvida.
(3) Curteza de exposição
A Equação 75 revela que a dose efetiva aumenta com o tempo de
exposição à fonte de radioatividade. Portanto, como atividade baixa e
blindagem, exposição curta diminua significativamente a dose equivalente
recebida. Como os seres vivos não possuam um senso próprio para
radiação ionizante a presença de uma fonte radioativa pode ser
despercebida, portanto, o acesso a um laboratório radioquímico deve ser
restrito ao pessoal treinando e consciente dos perigos iminentes.
(4) Distância grande
A Equação 76 revela que a força de dose equivalente é inversamente
proporcional ao quadrado da distância entre fonte é tecido irradiado.
Proteção por aumento da distância é especialmente importante para
radiação com alto alcance na matéria ou radiação de alta energia, por
exemplo, de 32P (Emax = 1,710 keV). Na faixa de alguns metros a lei da
distancia descrito pela Equação 76 é valida para radiação de alta energia,
mas para distancias maiores a radiação é completamente adsorvida no ar.
Para radiação de baixa energia, como pro exemplo 3H (Emax = 0,0186 keV)
a adsorção no ar ocorre já em camadas de alguns centímetros. Também
blindagem de amostras com atividade é sem sentido uma vez que seu
alcance em ar é de no máximo 10 centímetros.
(5) Evitação da inalação
Fontes abertas de nuclídeos voláteis representam um perigo grande uma
vez que estes nuclideos podem deixar a fonte e assim espalhar a
radioatividade em uma área com extensão desconhecida. Como nuclideos
voláteis deve-se considerar cada espécie que pode ser incorporada em
compostos com pressão de vapor alta, por exemplo, os nuclideos de iodo
131
I (-, t½ = 8,02 d) e 125I (, t½ = 60,14 d) que na forma elementar são
voláteis e podem facilmente contaminar o meio ambiente. Nuclídeos com
atividade também representam um perigo grande, uma vez que a energia
de recuo transferida ao núcleo filha pode deslocar o mesmo é afastá-lo da
fonte. Estes núcleos filha são, geralmente, também nuclideos com atividade
a e curto tempo de meia vida que agregadas às partículas de pó dispersas
192
no ar podem entra no pulmão onde sua desintegração pode causar grandes
danos à saúde. A única proteção contra tais fontes voláteis são aparelhos
de respiração isolados indispensáveis em casos de combate a incêndio na
presença de fontes radioativas.
9.2. Dosimetria
193
Figura 187. Construção de um dosimetro eletrométrico (dosimetro de
caneta).Error: Reference source not found
194
(1) Não há necessidade de fornecimento externo de energia;
(2) Dosimetro mostra pouca interferência é está sempre apto
para medição;
(3) Analise em massa possível;
(4) Arquivamento dos filmes revelados a longo prazo permite
documentação da exposição.
As desvantagens desse dosimetro são:
(1) Grau de escurecimento depende da energia dos fótons;
(2) Sensibilidade baixa parta doses pequenas (limitação pela
radiação natural);
(3) Faixa de medição limitada.
(a) (b)
Figura 188. (a) Construção de um dosimetro fotográfico (Distintivo de
controle de dose)Error: Reference source not found; (b) Aplicação. 178
Também amplamente aplicados na dosimetria individual são detectores
de termo – ou fotoluminescência (ver parágrafo 8.2.2.3). Detectores de
fotoluminescência consistem, por exemplo, de vidros de fosfato de prata (45 %
AlPO3, 45 % LiPO3, 7 % AgPO3, 3 %B2O3). Nestes vidros a radiação incidente
ou gerada no vidro por reações nucleares entre nêutrons e o boro formam no
vidro íons de Ag2+, que representam centros de luminescência estáveis. Depois
irradiação com luz UV a fluorescência desses centros é medida e quantificada.
Como este processo não apaga os centros de luminescência a análise pode
ser repetida varias vezes permitindo o controle e documentação da dose
recebida a longo prazo. Um exemplo para um dosimetro de fotoluminescência
é mostrado na Figura 189.
Detectores de termoluminescência são constituídos, por exemplo, de
fluoreto de lítio (LiF dopado com Mg ou Ti), borato de lítio (Li 2B4O7, dopoado
como Mn ou SI) ou fluoreto de cálcio (CaF 2). Tais detectores que possuam um
teor elevado de 6Li, em vez da mistura de isótopos naturais, o que permite
195
detectar nêutrons térmicos que na reação com 6Li geram radiação (n, (6Li =
940)), que por sua vez gera os centros de termoluminescência (conversão). A
comparação com detectores que registram somente radiação ou de raios-X
permite discriminar a dose recebida por nêutrons térmicos. Nêutrons de maior
energia também podem ser detectados, depois de sua moderação em
materiais ricos em átomos de hidrogênio (por exemplo, polietileno).
196
(a) (b)
Figura 190. Dosimetros para detecção de dose parcial: (a) nos olhos; (b)
nas mãos.Error: Reference source not found
(a) (b)
222
Figura 191. Dosimetro para determinação da exposição por Rn: (a)
construção; (b) aplicação.179
197
10. Interação com a matéria
198
Além de gerar íons ou partículas excitados partículas , prótons ou
fótons com energia suficiente podem causar reações nucleares, enquanto
elétrons no campo de um núcleo perdem parte de sua energia em forma de
fótons (Bremsstrahlung = radiação de freamento). Nêutrons por sua vez
perdem sua energia cinética em colisões que podem também induzir reações
nucleares. Por outro lado, para a transferência de energia ocorre geralmente
em um passo (por exemplo, pelo efeito fotoelétrico).
Devido a grande número de íons formados ao longo do caminho de
partículas (transferência de energia em água 190 eV/nm) radiação é
facilmente adsorvido pela matéria, por exemplo uma folha de papel é suficiente
para adsorver radiação quantitativamente.
Por outro lado radiação transfere menos energia ao ambiente
(transferência de energia em água 0,2 eV/nm) e assim necessitam-se materiais
com alguns milímetros ou centímetros de espessura para adsorção quantitativa
de radiação .
Radiação por sua vez não é adsorvida quantitativamente pela matéria
e assim são necessárias paredes de chumbo ou muros grossos de concreto
para sua adsorção. Para a mesma energia a razão dos coeficientes de
adsorção para radiação , e é aproximadamente 104 : 102 : 1. O
comportamento diferente de adsorção dos diversos tipos de radiação é
esquematizado na Figura 192.
10.2. Radiação
Como revelam os traços da radiação na câmera de Wilson (Figura
22a, página 19) a mesma possua em matéria um alcance limitado como, por
exemplo, de somente alguns centímetros em ar. O curso das partículas é
praticamente não influenciado por colisões com elétrons e deflexão em núcleos
(ver parágrafo 2.3.2, página 21) ou captura por núcleos e indução de reações
nucleares (ver Figura 42, página 34) são raros.
199
A ionização especifica de partículas no ar é mostrada na Figura 193.
Esta Figura revela que o número de pares de íons cresce com a diminuição da
velocidade das partículas e diminua rapidamente quando as partículas
perdem praticamente toda sua energia formando como produto final átomos
neutros de hélio. A apresentação do número relativo de partículas como função
da distancia da fonte mostrada na Figura 194 permite a determinação do
alcance pela extrapolação ou diferenciação da função.
200
Figura 194. Número relativo de partículas de 210
Po como função da
distancia da fonte.182
Um arranjo experimental simples para determinação do alcance de
partículas a no ar é mostrado na Figura 195 e alguns valores experimentais
para radiação de 214Po (E = 7,69 MeV) em diversos materiais são
enumerados na Tabela 46.
201
Uma melhor comparação da adsorção da radiação a pelos diversos
materiais é possível multiplicando o alcance (cm) com a densidade (g/cm 3) do
material. Como revela a Tabela 46 o alcance em g/cm2 é semelhante para os
diversos materiais e cresce significativamente com o número de ordem. Uma
comparação do alcance (mg/cm2) de radiação em diversos materiais como
função da energia mostra a Figura 196.
202
Equação 77. Alcance de radiação a em ar como função de energia.
3
R (cm) 0,318 E 2
com E em MeV
10.3. Radiação
A interação de radiação com a matéria é menor que a da radiação .
Enquanto uma partícula (E = 3 MeV) possua um alcance em ar de
aproximadamente 1,7 cm uma partícula da mesma energia possua um
alcance em torno de 10 m e os pares de íons gerados por milímetro são de
alguns milhares per milímetro para partícula mas somente 4 por milímetro
pela partícula . Por outro lado partículas são defletidas facilmente por
colisões com outros elétrons o que resultado num curso ziguezague das
partículas como revela Figura 22c, página 19).
203
contínua das partículas e da deflexão no adsorbato e pode ser descrito por
uma equação exponencial mostra na Equação 78.
204
A Figura 199 e a Tabela 47 mostram o alcance máxima de radiação em
diversos materiais como função da energia máxima, que pode estimada com o
uso das curvas na Figura 199.
(a)
205
(b)
Figura 199. (a) em alumínio;188 (b) em ferro (1), vidro pirex (2) , PVC (3),
vidro acrílico (4) e ar (5).189
206
observado para energias > 0,2 MeV e pode ser descrito pela Equação 79,
enquanto para energias < 0,2 MeV se observa desvio da linearidade.
207
Figura 201. Determinação de reflexão de radiação (Backscattering) no
adsorver.192
208
Caso as partículas se movem no meio mais rápido que a luz 1 as ondas de
átomos vizinhos não podem mais interferir destrutivamente uma vez que a
interferência das ondas é mais lenta que sua geração e as ondas emitidas
podem ser observadas em água como luz azul (Figura 203a).
A emissão da radiação de Cherenkov pode ser entendida como análoga
de um objeto se movendo com velocidade supersônica. Como neste caso a
radiação de Chernekov descreve ao redor da trajetória do elétron um cone de
Mach cujo ângulo de abertura depende da relação entre a velocidade do
eltron (ve = βc) e a velocidade da luz num meio com o índice de refração n (c´=
c/n) como é mostrado na Figura 203b.
1
Velocidade da luz em água 225.000.000 m/s; em comparação: velocidade da luz no vácuo
299.792.458 m/s.
209
(a)
(b)
Figura 203. (a) Radiação Cherenkov no reator da Johannes Gutenberg-
Universität Mainz;194 (b) Cone de Mach para radiação Cherenkov.195
210
10.4. Radiação
211
Como radiação não é como radiação e uma radiação de partículas
os mecanismos de adsorção são diferentes. Enquanto partículas perdem sua
energia no impacto com outras partículas em diversos passos a energia de
radiação eletromagnética é transferida em um único passo e devido à falta de
carga a interação dos fótons com a matéria é extremamente fraca. Assim não
se pode determinar um alcance máximo para radiação e sua adsorção,
exemplificado na Figura 204, segue para radiação monocromática, feixes
estreitas e adsorvers finos uma equação exponencial dada na Equação 81.
Esta equação possua a mesma forma que a Equação 78 para adsorção de
radiação , mas neste caso a dependência exponencial da intensidade da
espessura do adsorver é mera coincidência e não pode ser explicado por
processos físicos.
212
Figura 205. Espessura de semi-redução para radiação como função da
energia de diversos materiais.197
213
10.4.2. Processos de adsorção de radiação e coeficiente de
adsorção
214
Equação 83. Aumento do comprimento de onda na deflexão de Compton.
h
(1 cos )
mc
215
mostra a energia da descontinuidade de Comptom e a energia do respectivo
fóton espalhado como função da energia inicial do fóton, e permite a atribuição
de eventuais picos no espectro ou à interação de radiação observada com
os elétrons da matéria.
216
Figura 210. Efeito fotoelétrico.202
217
(1) Difração de radiação pelos átomos do adsorver,
análoga a difração de raios-X;
(2) Fótons de alta energia podem induzir reações
nucleares como (,n) ou (,p);
(3) Difração de Thomson e de Compton no núcleo.
218
para o coeficiente de adsorção total um mínimo em torno de 2 MeV, que resulta
da dependência diferente dos diversos processos de absorção da energia. A
presença desse mínimo explica o máximo observado no decurso da espessura
de semi-redução mostrado na Figura 205 na página 213.
Uma comparação de coeficientes de adsorção total em diversos
materiais é mostrada na Figura 213, que revela que chumbo possua para todas
as energias o maior coeficiente de adsorção total. Especialmente para altas
energias o coeficiente de adsorção é devido à criação de par (Z2) alto.
219
adsorver é calculada com a Equação 87. Coeficientes de adsorção de massa
como função de energia são, para diversos, materiais enumerados e mostrados
na Tabela 49 e na Figura 214, respectivamente.
E (MeV) N2 H2O C Na Al Fe Cu Pb
0,1022 0,1498 0,165 0,1487 0,1532 0,1643 0,3589 0,4427 5,30
0,2554 0,1128 0,1255 0,1127 0,1086 0,1099 0,1186 0,1226 0,558
0,5108 0,0862 0,096 0,0862 0,0827 0,0833 0,0824 0,0814 0,149
1,022 0,0629 0,0697 0,0629 0,0603 0,0607 0,0590 0,0580 0,0682
2,043 0,0439 0,0488 0,0438 0,0422 0,0427 0,0420 0,0414 0,0442
5,108 0,0270 0,0298 0,0266 0,0271 0,0286 0,0312 0,0315 0,0434
10,22 - 0,0216 - - 0,0226 - - 0,0537
10.5. Nêutrons
Nêutrons são liberados na fissão espontânea de núcleos pesados e
desintegram com um tempo de meia de 10,25 min emitindo partículas -. Além
da desintegração - nêutrons podem induzir reações nucleares como (n,),
(n,), (n,p), (n,d), (n,2n) ou (n,f). Elementos com alta secção efetiva para
adsorção de nêutrons térmicos induzindo reações (n,) são enumerados na
Tabela 50.
220
Tabela 50. Elementos com alta secção efetiva para reações (n,).
Elemento Nuclídeo com maior (n,) Freqüência natural (%) (n,) (barn)
10
B B 20 3837
113
Cd Cd 12,22 19910
149
Sm Sm 13,8 41000
Eu 151
Eu 47,8 9200
152
Gd Gd/155Gd/157Gd 0,2/14,80/15,65 1100/61000/254000
Dy 164
Dy 28,2 2700
221
11. Os efeitos biológicos de radiação ionizante
222
(a)
(b)
(c)
Figura 216. radiação ionizante no inicio do século 20: (a) Exame de raios-
X em 1906; (b) câncer de pele como conseqüência de uma dermatite de
raios-X; (c) Monumento do ano 1936 no Hospital St. Georg em
Hamburgo/Alemanha, para 159 médicos que perderam suas vidas devido
ao manuseio de radiação ionizante.
223
Tais queimaduras causadas por radiação ionizante, especialmente de
raios-X foram inúmeras vezes observados no inicio do século 20,
especialmente em radiologistas da época (Figura 216a) e resultaram até na
formação de câncer de pele (Figura 216b). Que tais acidentes eram comum
nesta época mostra o monumento (Figura 216c) de 1936 para 159 médicos,
cientistas e enfermeiros que perderam suas vidas devido ao manuseio de
rádio, raios-X e outras fontes de radiação ionizante no Hospital St. Georg em
Hamburgo, um dos primeiros hospitais com um departamento de radiologia e
medicina nuclear da Alemanha.
224
Figura 218. Apresentação esquemática da distribuição de íons na célula
depois da radiação com doses iguais de raios-X (esquerda) e radiação
(direita).211
225
Figura 219. Ação e manifestação de radiação ionizante em sistemas
biológicas. 212
226
danos determinísticos é em geral a morte das células, ou seja, a perda da sua
capacidade de proliferação (ver Tabela 53). Tecidos com alta capacidade de
proliferação são mais sensíveis e, portanto danificados por doses menores
como revela a Tabela 54 que compara as doses mínimas1 necessárias para a
manifestação de danos radiológicos em diversos tecidos.
Tabela 54. Dose mínima para efeitos clínicos em homens depois radiação
corporal intera de curto tempo.214
1
Dose mínima necessário para manifestação de danos em 1 – 5 % dos atingidos.
227
Tabela 55. Sintomas clinicas do síndrome de radiação agudo. 215
Dose Risco de
Incubação Sintoma principal Órgão Terapia Prognostico
(Gy) morte (%)
Medula
1 >5h hemograma alterado desnecessário Muito bom 0
óssea
Medula
1–2 >3h Diminuição de leucócitos e plaquetas Tratamento sintomático Bom 0 – 10
óssea
Alterações graves do hemograma, dor de cabeça, Transfusão de sangue,
Medula
2 – 10 0,5 – 2 h fraqueza, febre, infecções, cansaço, sangramento antibiótica, transplantação de Incerto 0 – 90
óssea
interno, queda de cabelo medula óssea
Remédios para aliviar os
10 – 15 0,5 h Diarréia, Febre, vomito, distúrbios dos eletrólitos Intestino Muito ruim 90 – 100
sintomas
Cãibras, tremor, distúrbios do movimento, Sistema Sem
> 50 minutos Tratamento sintomático 100
hipersomnia nervoso esperança
228
Como danos estocásticos entendem-se danos cuja probabilidade
aumenta com a intensidade da radiação recebida, mas cuja gravidade não
depende da dose. Estes danos estocásticos são defeitos singulares como
mutações da DNA, sem perda da possibilidade de proliferação da célula, que
podem resultar na gênese de um carcinoma (dano somático) ou na formação
de doenças genéticas nos descendentes (dano genético). Ao contrario dos
danos determinísticos não há relação temporal entre a exposição radiológica e
a manifestação do dano estocástico, que aparece em geral anos ou décadas
depois da exposição á radiação ionizante.
Danos estocásticos são, em geral, resultante da danificação do DNA
pela radiação ionizante. Possíveis defeitos do DNA são ilustrados na Figura
220 e podem ser identificados como:
(a) defeito de base
(b) quebra de cordão singular;
(c) quebra de cordão dupla.
Figura 220. Danos no DNA causados por radiação ionizante: (a) defeito de
base ( no meio); (b) quebra de cordão singular ( no lado esquerdo); (c)
quebra de cordão dupla ( no lado direito).216
229
Figura 221. Interação de radiação ionizante ( -) com o DNA: Acima:
Interação indireta; Abaixo: Interação direta. 217
A danificação do DNA pela radiação ionizante pode acontecer direta- ou
indiretamente como mostra a Figura 221 para radiação -, que pode induzir a
homólise duma molécula de água em dois radicais cuja ataque danifica o DNA.
Interação indireta, ou seja, a ataque de íons, elétrons ou radicais livres
gerados pela radiação ionizante (Figura 222), provavelmente modifica a
estrutura das bases nucléicas resultando na perda da possibilidade de formar
ligações de hidrogênio e da formação de um par de bases.
230
Figura 223. Quebra de cordão singular e dupla pela interação do DNA com
radiação - e , respectivamente.
Interação direta da radiação ionizante é a causa mais provável para a
quebra de cordão singular ou dupla do DNA como é esquematizado na Figura
223. O efeito de radiação ionizante na geração de defeitos no DNA depende de
diversos fatores enumerados junto com a respectiva influência na Tabela 56.
Fator Influência
Dose de energia e tipo
Propabilidade de anos aumenta com dose e poder de ionização
de radiação
Aumenta com teor de DNA e com a taxa de proliferação das
Sensibilidade do tecido
células
Aumento com sensibilizadores (exemplo: cafeína), dimunua com
Fatores do ambiente
protetores (exemplo cisteina)
Processos de conserto e
Efetivo em tecidos de alta proliferação
recuperação
231
Figura 226. A Tabela 58 resuma os sintomas clínicos observados depois da
exposição ionizante e os métodos de diagnose.
232
Figura 225. Tempo de repar para diveros danos radiológicos: BS = defeito
de base; ESB = quebra de cordão singular; DSB = quebra de cordão
dupla.219
Dose
Exame Observação tempo mínima
(Sv)
Anamnese Mal estar, vômito Dentro de 48 h 1
Avermelhamento da pele, bolinhas Dentro de horas – dias 3
Estado
Queda de cabelo Dentro de 2 – 3 semanas 3
Hemograma Linfócitos < 1000 mm3 Dentro de 24 h 0,5
Analise de
Dicenter etc. Dentro de 24 h 0,1
cromossomos
Esperma > 20 milhoes/mL Depois 7 semanas 0,15
233
de raios-X) e fontes radioativas perdidas que são encontrados por pessoas que
não conhecem suas propriedades. A seguir são mostrados alguns exemplos de
acidentes radiológicos. O perigo das queimações radioativas se deve ao fato
que a ação da radiação não é percebida e assim os primeiros sintomas
aparecem somente depois de um período de incubação relativamente longo
(mais de alguns dias).
A Figura 227, por exemplo, mostra eritemas secundários causados pela
exposição a doses em torno de 15 Sv durante a troca da amostra num
difratometro de raios-X e a Figura 228 mostra exemplo de queimaduras
causadas pela exposição a raios-X durante um exame radiológico.
(a) (b)
Figura 227. Eritema secundário causado pela exposição a doses em torno
de 15 Sv durante a troca da amostra num difratometro de raios-X: (a)
depois de 4 semanas; (b) depois de 23 dias.222
(a) (b)
Figura 228. Queimação por raios-X: (a) dose de 9 Sv na mão direta; (b)
dose de 100 Sv.
234
(a) (b) (c)
192
Figura 229. Queimação causada por Ir (dose 50 Sv) depois de: (a) 14
dias; (b) 23 dias; (c) 32 dias.223I
(a) (b)
Figura 230. Queimação pela exposição a 60Co: (a) acima queimação inicial,
abaixo estado depois de 46 meses; (b) esquema do aparelho com a
posição da mão exposta.224
235
pele das vitimas são mostrados na Figura 231. Ainda hoje alguns das vitimas
possuam ferimentos abertos.
236
Figura 233. Dose recebida durante a exposição de 137Cs com uma
atividade de 21012 Bq por dois dias nas bolsas do overall.Error:
Reference source not found
237
(a)
(b)
(c)
Figura 234. Estado de queimação por 137Cs: (a) 1 mês depois do acidente;
(b) 4 meses depois do acidente; (c) 9 meses depois do acidente.
238
12. Radionuclídeos na diagnose e terapia médica
239
Figura 237. O primeiro rádio-balneário em St. Joachimsthal (Império
Austro-Húngaro; hoje Jáchymov, República Tcheca).Error: Reference
source not found
240
Figura 239. Diversos cosméticos contendo rádio é tório.Error: Reference
source not found
241
Figura 241. Diversos medicamentos a base de rádio.Error: Reference
source not found
Uma compilação de tais curas pode ser encontrada na página das
Universidades Associadas de Oak Ridge. 228 Ate hoje são comercializados
produtos a base de radionuclídeos naturais com ação supostamente positiva
para a saúde, como por exemplo, o “ovo de radônio” (Figura 242). Este ovo
contém aproximadamente 1 Ci de 232Th e mostra o descaimento mostrado
na Figura 80 na página 68 formando o isótopo 224Rn com um tempo e meia-vida
de 55,6 s. O ovo deve ser colocado na banheira 3 horas antes do banho para
enriquecer a água com radônio.
242
imersão em água termal contendo radônio dissolvido, resultando na adsorção
pela pele e 2º a inalação de radônio em galerias subterrâneas (Figura 244).
Indicações para esta terapia são dores reumáticos, doenças crônicas
degenerativas ou inflamatórias das articulações, distúrbios climatérios e pre-
climatérios e moléstias geriátricas.
(a) (b)
Figura 244. Galerias de radônio em: (a) Bad Gastein (740000 Bq/m 3;
Áustria); (b) Bad Kreuznach (300000 Bq/m3; Alemanha).
Nestas galerias a terapia consiste em 10 – 12 sessões de
aproximadamente 1 h durante um mês. Embora o alívio subjetivo das dores é
comprovado,não é litigioso se existe realmente um efeito curativo nesta terapia
e qual seria o mecanismo de ação da radiação ionizante. Em geral se
suponhava no inicio da radio-balneologia um efeito biopositivo segundo qual
doses baixas de radiação possuam um efeito positivo e doses altas radiação
um efeito negativo. A radioproteção moderna, porém é contrario ao termo de
ação biopositivo, mas mesmo assim se discute ainda a ação biopositivo de
radiação ionizante, mas sobre o novo termo Hormesis (do grego =
estimular). O problema desse efeito de horesis é que a ação negativa de doses
grande de radiação é facilmente detectada, porem o efeito de doses pequenas
é dificilmente observado, e não pode ser separado da radiação de fundo.
243
somente acontece se a dose ultrapassa um valor mínimo (Schwellenwert), que
a razão de danos diminua na aplicação de doses pequenas (Hormesis), ou que
a relação dose – efeito pode ser descrito por diversos modelos matemáticos
como quadrático-linear (linear-quadratisch), linear (linear) ou convexo (konvex.)
Uma possível explicação do efeito de hormesis pode ser que o
mecanismo de reparo biológico é estimulado por estímulos externos, ou seja,
que a capacidade de eliminar partes defeitos aumenta em um ambiente
prejudical á saúde do individuo. Assim o dano pela radiação é mais que
compensado pelo aumento da função dos mecanismos de reparo. Por
exemplo, se observou na Suíça, que pessoas mornado na zona alpina, como
uma radiação de fundo maior possuam um menor risco de desenvolver
sarcomas e leucemia qeue pessoas morando na zona de Jura, com somente a
metade da radiação de fundo.Error: Reference source not found Com uma
outra possível explicação se discute o efeito do “adaptive response” que
diminua a sensibilidade contra a radiação ionizante depois da radiação anterior
com uma dose pequena.
CO2Na
Au S
NaO2C
(a)
244
H3C
CH2
O
O OH
H3C O H
CH2 P(C2H5)3 H O Au
O HO
O Au S
O H
HO OH
S
H2C O OH H H
O C
H3C n
H2C
CH3
(b) (c)
R +
O
N
R R O
N C N O
N N
C C
Tc Tc
C C S N
N C N
R R O
N
CO2-
R
(d) (e)
O
HO OH
Tc N O N
O O
OH OH Tc
P P
-
O N N
OH
R R O O
H
(f) (g)
Figura 246. Exemplos de complexos de tecnécio e ouro aplicados para
fins terapêuticos e diagnósticos: (a) miocrisin; (b) auranofin; (c) solganol;
(d) cardiolite; (e) Tc-MAG-3; (f) Tc(VII) difosfonato; (g) ceretec.
245
Figura 247. Probabilidade de sobrevivência para células doentes (krankes
Gewebe) e células saudáveis (gesundes Gewebe).Error: Reference source
not found
Principalmente pode se diferenciar entre dois tipos de radioterapia. A
teleterapia (grego = distante) e a brachiterapia (grego = perto).
No primeiro caso a fonte da radiação ionziante é distante do tecido a ser
tratado enquanto no segundo caso a fonte radiativa é colocado em contato
direto com o tecido cancerígeno.
246
13. Bibliografia
CODATA ((http://www.codata.org)
247
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CERN (http://public.web.cern.ch/Public/Welcome.html )
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