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Bioquímica
Prof Elizama
Fílipe
1. CORANTES-AZO
Na estrutura dos corantes-Azo (Figura1), suas ligações -N=N- são resistentes à clivagem,
principalmente com a presença de oxigênio, bem comum em sistemas de tratamento
convencionais de esgoto, sendo o seu tratamento mais eficiente e vantajoso em tratamentos
anaeróbios. O tratamento biológico de corantes-Azo está baseado na síntese de enzimas pelos
microrganismos, porém, certos tipos de corantes-Azo ainda podem resistir a degradação por
enzimas, além da necessidade de verificar a atividade enzimática de microrganismos em
substratos tão complexos quanto a desses corantes.
Azoreductases são grupos de enzimas que podem ser classificadas quanto ao seu
aminoácido (Flavin dependente ou independente) e são expressas a partir de bactérias e fungos
degradadores de corantes-Azo. Estas enzimas só permitem a catalisação do processo
condicionalmente a presença de agentes como NADH, NADPH e FADH2, responsáveis pela a
doação de elétrons e a quebra da ligação azo presente na região intracelular ou extracelular da
membrana da bactéria, entretanto, atividades intracelulares podem ser duvidosas devido a
dificuldade de difusão do corante através da membrana celular.
Lacasses são enzimas que pertencem à família de proteínas multicopper oxidase, sendo as
mais conhecidas as suas origens em fungos e plantas, foram descobertas na seiva da árvore
japonesa Rhus vernicifera, tendo suas características metálicas descobertas mais tarde em 1985
por Bertrand. Suas características como a não necessidade de cofatores, limitação de capacidade
oxidativa, menos especificidade de substrato e grande potencial degradador de xenobióticos,
fazem essa enzima ser de grande interesse para a degradação de corantes-Azo, além disso, a
presença de mediadores pode tornar o seu processo significativamente eficiente.
O principio de seu mecanismo começa com a oxidação do anel fenólico para gerar um
radical que será oxidado mais uma vez pela enzima e produzir um íon carbônico do qual a carga
está no anel fenólico. Ataque nucleofílico pela água produz compostos instáveis na presença de
oxigênio, que se oxidará para um radical fenólico (Figura 4)
Outras enzimas também vêm sendo estudas como é o caso da Lignina Peroxidase
(LiP), que é uma enzima derivada da fermentação de resíduos do tratamento de esgoto, e
mostram bons resultados quanto a descoloração de corantes.
Polifenol oxidase é uma enzima que contem 6 átomos de cobre cada estrutura molecular e
que apresentam capacidade de ligação com compostos aromáticos e oxigênio. Sua capacidade
oxiredutiva envolve a remoção de aromáticos de vários ambientes contaminados, demonstrando
uma vasta janela de substratos com capacidade de remoção orgânica em nível de pequenas
concentrações. Sua obtenção é coordenada através de sua extração de folhas de plantas como a
Parthenium hystephorus, Akternathera sessilis e Jatropha curcas.