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Universidade Estadual de Santa Cruz

Bioquímica

Prof Elizama

Rodrigo Santos Andrade

Fílipe

1. CORANTES-AZO

Poluição ambiental é um dos principais e mais importantes problemas do mundo


moderno. Diferente dos compostos orgânicos naturais, os compostos sintéticos são
extremamente resistentes a biodeteriorização, em especial compostos recalcitrantes como
pesticidas, polímeros sintéticos, corantes, etc.

Corantes são usados em grande escala por indústrias Têxteis, fotográfica,


Fotocopiadoras, farmacêutica, cosmético, alimentos, etc. A Sintetização dos corantes-Azo
representam cerca de 50% entre os produzidos e são principal insumo da atividade industrial,
além de notáveis indicadores da poluição hídrica. É estimado que durante o processo de
tingimento de indústrias têxteis, cerca de 10% dos corantes utilizados no processo são perdidos
para o ambiente e que somam ao grande impacto ambiental com consequências gravíssimas,
incluindo a elevação da toxicidade dos corpos hídricos, possibilidade de mutação genética de
organismos vivos e complicações a saúde.

Corantes-Azo são compostos aromáticos que apresentam um ou mais grupos -N=N- e


características deficientes em elétrons que os tornam resistente a degradação. Testes em
laboratórios são conduzidos em busca de novas alternativas de tratamento e possíveis reações
fisiológicas negativas, como a utilização de Ácido Sulfanílico e 1-amino-2-nepthol para a
degradação de alguns corantes e reação hepática em ratos. Muitos métodos de tratamento de
corantes são empregados atualmente, como adsorção, tratamento químico, extração par íons, etc.,
porém são tratamentos caros e que geram mais resíduos. Por outro lado, os tratamentos
biológicos apresentam potencial quanto a degradação desses compostos e incluem diversos
grupos taxonômico como fungos, bactérias, leveduras e algas que são capazes de degradar o
Corante-Azo em condições aeróbias e anaeróbias.

Na estrutura dos corantes-Azo (Figura1), suas ligações -N=N- são resistentes à clivagem,
principalmente com a presença de oxigênio, bem comum em sistemas de tratamento
convencionais de esgoto, sendo o seu tratamento mais eficiente e vantajoso em tratamentos
anaeróbios. O tratamento biológico de corantes-Azo está baseado na síntese de enzimas pelos
microrganismos, porém, certos tipos de corantes-Azo ainda podem resistir a degradação por
enzimas, além da necessidade de verificar a atividade enzimática de microrganismos em
substratos tão complexos quanto a desses corantes.

Figura 1: Estruturas de alguns corantes-Azo.

Quanto ao tratamento enzimático dos corantes-Azo, diferentes mecanismos enzimáticos


podem ser aplicados e tem como principal objetivo a redução da ligação –N=N- presente na
estrutura dos seus anéis. O processo de redução envolve diferentes mecanismos (Figura 2),
como enzimas, oxirredução de mediadores de baixo peso molecular, redução química, e a
combinação de mecanismos, podendo ocorrer em meio extracelular ou intracelular. No caso de
mecanismos enzimáticos, as enzimas mais destacadas são: Azoreductases e Laccases, dentre
outras como Manganese peroxide (MnP), Lignin peroxidase (LiP), Polyphenol oxidase (PPO).

Figura 2: Métodos de degradação

2. MECANISMO ENZIMÁTICO DA ENZIMA AZOREDUCTASES

Azoreductases são grupos de enzimas que podem ser classificadas quanto ao seu
aminoácido (Flavin dependente ou independente) e são expressas a partir de bactérias e fungos
degradadores de corantes-Azo. Estas enzimas só permitem a catalisação do processo
condicionalmente a presença de agentes como NADH, NADPH e FADH2, responsáveis pela a
doação de elétrons e a quebra da ligação azo presente na região intracelular ou extracelular da
membrana da bactéria, entretanto, atividades intracelulares podem ser duvidosas devido a
dificuldade de difusão do corante através da membrana celular.

Basicamente o mecanismo de redução usa o mediador sobe condições anaeróbicas para


promover uma oxirredução no citoplasma com o intuito de reduzir as enzimas para o
fornecimento de elétrons (Figura 3).

Figura 3: Mecanismo proposto para a degradação usando Azoreductase

Os compostos mediadores são outros produtos metabólicos de certos substratos usados


pela bactéria ou que devem ser adicionados externamente, sendo que para processos aeróbios a
redução será impedida devido à preferencia de redução do oxigênio pelo mediador do que pela
estrutura do corante.

3. MECANISMO ENZIMÁTICO DA ENZIMA LACCASES

Lacasses são enzimas que pertencem à família de proteínas multicopper oxidase, sendo as
mais conhecidas as suas origens em fungos e plantas, foram descobertas na seiva da árvore
japonesa Rhus vernicifera, tendo suas características metálicas descobertas mais tarde em 1985
por Bertrand. Suas características como a não necessidade de cofatores, limitação de capacidade
oxidativa, menos especificidade de substrato e grande potencial degradador de xenobióticos,
fazem essa enzima ser de grande interesse para a degradação de corantes-Azo, além disso, a
presença de mediadores pode tornar o seu processo significativamente eficiente.
O principio de seu mecanismo começa com a oxidação do anel fenólico para gerar um
radical que será oxidado mais uma vez pela enzima e produzir um íon carbônico do qual a carga
está no anel fenólico. Ataque nucleofílico pela água produz compostos instáveis na presença de
oxigênio, que se oxidará para um radical fenólico (Figura 4)

Figura 4: Mecanismo proposto para a ação enzimática Laccase.

4. MECANISMO ENZIMÁTICO DA ENZIMA Peroxidases

Fungos possuem uma das melhores capacidades de degradação de corantes-azo devido à


síntese de enzimas como a Peroxidases e fenóis oxidases. Peroxidases são proteínas catalisadoras
que pertencem a uma família comum e pode ser reproduzida por quase todos os organismos, e
podem ser caracterizadas quanto a sua ligação ao substrato como heme d, limite c, e um triptofan
exposto. Sua utilização é essencial para tratamento de corantes provindos da indústria
fotográfica, pois a base catalítica desta enzima é ativada na presença de peroxido de hidrogênio,
uma vez que a descoloração de resíduos dessa indústria está na forma aquosa.

O mecanismo proposto para enzimas Peroxidases, como o Manganês Peroxidase, envolve


a oxidação do íon manganês que será ligado a ácido orgânico para sua difusão no sítio ativo da
enzima para sua conseguinte oxidação do corante-azo (Figura 5).
Figura 2: Mecanismo de degradação do corante-azo através de enzimas peroxidases

Outras enzimas também vêm sendo estudas como é o caso da Lignina Peroxidase
(LiP), que é uma enzima derivada da fermentação de resíduos do tratamento de esgoto, e
mostram bons resultados quanto a descoloração de corantes.

5. MECANISMO ENZIMÁTICO DA ENZIMA Polyphenol oxidase

Polifenol oxidase é uma enzima que contem 6 átomos de cobre cada estrutura molecular e
que apresentam capacidade de ligação com compostos aromáticos e oxigênio. Sua capacidade
oxiredutiva envolve a remoção de aromáticos de vários ambientes contaminados, demonstrando
uma vasta janela de substratos com capacidade de remoção orgânica em nível de pequenas
concentrações. Sua obtenção é coordenada através de sua extração de folhas de plantas como a
Parthenium hystephorus, Akternathera sessilis e Jatropha curcas.

Esta enzima, no seu estado purificado, possui grandes eficiências na descoloração de


corantes-azo das indústrias têxteis, como é o caso dos corantes vermelho 5B e azul GLL,
apresentando também menor tempo de degradação. A Figura 6 mostra o mecanismo de
descoloração da enzima purificada da polpa da banana.

Figura 3: Mecanismo de descoloração da enzima Polyphenol oxidase obtida da polpa da banana


6. CONCLUSÃO

Corantes sintéticos descartados no ambiente causam considerável poluição nas águas e no


solo, pois podem ser tóxicos, carcinogênicos, mutagênicos e clastogênicos para
organismos vivos. Diferentes métodos para a degradação de corantes são utilizados,
sendo um dos mais eficientes o tratamento biológico do resíduo, pois esses métodos
sofrem devido a sérias limitações, como custo alto, baixo eficiência, limite de
versatilidade, e produção de posteriores resíduos. Os microrganismos capazes de usar as
moléculas de corantes como fonte de carbono, nitrogênio, e energia são de especial
interesse e significância, pois consomem o corante para realizar o seu crescimento e
atividades enquanto tratam o resíduo.

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