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ÍNDICE
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Português
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Português
Parte 1 - Capítulo I
Fonologia
NOÇÕES GERAIS
A Fonologia é o estudo dos sons de um idioma, pois a pessoa, ao falar, emite sons linguísticos.
Vogais
SONS
LINGUÍSTICOS
Semivogais Consoantes
Vogais: São sons produzidos pela livre passagem do ar pela boca que estiver aberta ou entreaberta.
As vogais serão sempre centro da sílaba.
Consoantes: Há sempre um obstáculo na cavidade à passagem do ar pela cavidade bucal, ao
contrário do que ocorre nas vogais.
Semivogais: São situadas entre vogais e consoantes, que são quando os fonemas /i/ e /u/ junto à
consoante formam uma sílaba, todavia não desempenham a função de núcleo silábico.
As vogais podem ser classificadas com fundamentação articulatória quanto à articulação (anteriores ou
palatais, centrais ou médias, posteriores ou velares), quanto ao grau de abertura (abertas, semiabertas,
semifechadas e fechadas) e quanto ao papel das cavidades bucal e nasal (orais e nasais).
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Português
Abertas
Anteriores ou
Palatais
Semiabertas
Quanto à região Centrais ou Quanto ao grau
de articulação Médias de abertura
Fechadas
Posteriores ou
Velares
Semifechadas
Tônicas
Quanto à intensidade
Átonas
Intensidade e Acento
A Intensidade, como o próprio nome diz, é a emissão de um dependente da amplitude das cordas vocais,
ou seja, a intensidade ocorre quando existe força expiratória.
A Intensidade recebe a classificação de tônica quando a pronúncia da vogal nas sílabas possui maior
intensidade, que é quando utilizamos o acento tônico, enquanto que as vogais que não possuem esse
acento são chamadas de átonas.
As Vogais Orais são aquelas em que a passagem da corrente de ar somente passa pela boca, enquanto que
as nasais passam tanto pela boca, quanto pelas fossas nasais.
Exemplos de vogais orais: Rato, pato, pôs , etc.
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Português
Vogais Tônicas Orais
Nas Vogais Tônicas, encontramos o acento principal da palavra, sendo a única vogal considerada realmente
aberta.
As Consoantes podem ser classificadas quanto ao modo de articulação, quanto ao ponto de articulação e
quanto ao papel das cordas vocais.
Modo de Articulação
É o modo pelo qual as consoantes são articuladas, podendo ser classificadas da seguinte maneira:
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Português
Ponto ou Zona de Articulação
Classificam-se em:
Bilabiais: [p], [b], [m].
Sonoras: [d], [b], [g], [z], [l], [r], [~r], [m], [n] e outros.
As consoantes podem ser orais ou nasais. Sendo assim, quanto ao papel das cavidades bucal e nasal,
podem ser classificadas da maneira que segue abaixo.
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Português
Encontros Vocálicos
Ditongo: É o encontro de uma vogal com uma semivogal, ou vice versa, que são pronunciadas na
mesma sílaba.
ou
Os Ditongos podem ser classificados em decrescentes e crescentes, orais e nasais, conforme estudaremos a
seguir:
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Português
Tritongos: Os tritongos podem ser classificados quanto a sua natureza em: Tritongos Orais e
Nasais.
Os encontros vocálicos podem acontecer entre dois vocábulos ou no interior do vocábulo, podendo ser
Intraverbais ou Interverbais.
Encontros Consonantais
O encontro consonantal são os argumentos formados por mais de uma consoante sem vogal intermediária.
Há dois tipos de encontros consonantais:
Quando são formados por duas consoantes que pertencem a sílabas diversas.
Ex.: Porta, advogar etc.
Quando são formados do contato da consoante +l ou r, que ocorre na mesma sílaba.
Ex.: Brisa, bloco, claro , etc.
Dígrafos
É representado por apenas um som, pois é decorrente de duas letras que representam um único fonema.
Ex.: Ficha.
Existem dois tipos de dígrafos na Língua Portuguesa, que são: Dígrafos Consonantais e Dígrafos Vocálicos.
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Português
Dígrafos Consonantais
Dígrafos Vocálicos
Letras Exemplos
am Rampa, campo, etc.
an Antigo, planta, etc.
en Dente
im Limpo
om Computador, ombro
on Onda, ponta
um Nenhum, jejum , etc.
un Nunca, mundo, etc.
em Sempre
Observação: No fim de palavras, -am, -em, não são dígrafos, pois, foneticamente, representam dois
fonemas, formando, portanto, um ditongo nasal.
Ex.: Belém, bem, cantam
Sílaba
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Português
Classificação dos vocábulos quanto ao número de sílabas
Trissílabos Polissílabos
Monossílabos Dissílabos
Apresentam três Apresentam quatro ou
vogais mais vogais.
Apresentam Apresentam duas Ex.: Ca-de-la, Ex.: A-mi-ga-vel-men-te.
apenas uma vogal. vogais.
es-co-la
Ex.: Pé Ex.: Ra-to e pa-pel,
e outros.
Acento Tônico
O acento Tônico é a maior ênfase de voz na sílaba. No entanto, nem todas as sílabas tônicas são
acentuadas.
São pretônicas quando estiverem antes da tônica e postônicas as que se posicionam após a tônica.
Há também a sílaba subtônica, que é correspondente à tônica da palavra primitiva, sendo que ocorre
normalmente nas palavras derivadas.
Separação Silábica
Os dígrafos (rr, xc, ss, xc, sc, sç) devem ser separados: Ex.: Bar-ra, ex-ce-to.
As vogais do hiato devem ser separadas. Ex.: Ra-i-nha.
As sílabas devem ser separadas quando houver consoante interna que não for seguida de vogal,
devendo ficar na sílaba anterior. Ex.: Es-tre-la, af-ta, rap-to.
As sílabas não podem ser separadas nos seguintes casos:
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Português
Letras dos dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. NI-NHO, TRA-BA-LHO
Prosódia e Ortoépia
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Português
Parte 1 - Capítulo I
QUESTÕES
1 - IF-PA - 2015 - IF-PA - Professor
LETRAMENTOS E EDUCAÇÃO
Com as novas tecnologias, a comunicação mudou e muitos são os desafios colocados para a escola. Os
principais são tornar o aluno um produtor de conteúdo (considerando toda a diversidade de linguagem) e
um ser crítico. Vídeos que mostram um acontecimento, como a queda de um meteorito na Terra, ou que
transmitem em tempo real uma posse presidencial. Fotos que revelam a cultura de um povo. Áudios que
contam as notícias mais importantes da semana. A sociedade contemporânea está imersa nas novas
linguagens (algumas não tão novas assim). As informações deixaram de chegar única e exclusivamente por
texto. Tabelas, gráficos, infográficos, ensaios fotográficos, reportagens visuais e tantas outras maneiras de
comunicar estão disponíveis a um novo leitor. O objetivo maior da informação, seja para fins educacionais,
informativos ou mesmo de entretenimento, é atingir de maneira eficaz o interlocutor.
Às práticas letradas que fazem uso dessas diferentes mídias e, consequentemente, de diversas
linguagens, incluindo aquelas que circulam nas mais variadas culturas, deu-se o nome de multiletramentos.
Segundo a professora Roxane Rojo, esses recursos são “interativos e colaborativos; fraturam e transgridem
as relações de poder estabelecidas, em especial as de propriedade (das máquinas, das ferramentas, das
ideias, dos textos), sejam eles verbais ou não; são híbridos, fronteiriços e mestiços (de linguagens, modos,
mídias e culturas)".
Assim como na sociedade, os multiletramentos também estão presentes nas salas de aula. O papel da
instituição escolar, diante do contexto, é abrir espaços para que os alunos possam experimentar essas
variadas práticas de letramento como consumidores e produtores de informação, além de discuti-la
criticamente. “Vivemos em um mundo em que se espera (empregadores, professores, cidadãos, dirigentes)
que as pessoas saibam guiar suas próprias aprendizagens na direção do possível, do necessário e do
desejável, que tenham autonomia e saibam buscar como e o que aprender, que tenham flexibilidade e
consigam colaborar com a urbanidade", enfatiza Roxane. (V3_CADERNOS IFT_Multiletramentos.indd).
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Português
Se o raio gourmetizador já atingiu os restaurantes da sua cidade, é bem possível que a moda dos food
trucks também tenha chegado junto. Coloridos e modernos, os veículos (que são móveis, mas que
geralmente ficam permanentemente estacionados num lugar só) oferecem ao consumidor comidas bem
variadas: hambúrgueres, massas, coxinhas, brigadeiros, tapiocas, vinhos, wraps, comidas regionais típicas e
outras especialidades gastronômicas. Quem vê até pensa que essa moda surgiu agora, com essa história de
chefs de cozinha virarem estrelas de reality shows e a alta culinária ficar mais acessível. Mas o conceito do
food truck veio bem antes da primeira temporada de MasterChef na TV.
“Claro, ué! Lá na minha rua tem um carrinho de cachorro-quente estacionado há 30 anos, bem antes da
moda gourmet". É verdade. Mas a gente garante que a história do primeiro food truck também apareceu
antes do seu hamburgão de esquina favorito.
Em 1872, o americano Walter Scott vendia tortas, sanduíches e cafés em uma carroça. Seus clientes eram
os trabalhadores de jornais de Providence, no estado de Rhode Island, Estados Unidos. O modelo foi muito
copiado e se espalhou para outras regiões dos EUA. No final da década seguinte, um sujeito chamado
Thomas H. Buckley começou a fabricar carroças preparadas especialmente para servir comidas, com ímãs,
refrigeradores e até fogões acoplados. Os modelos eram muito coloridos e chamativos.
Após a Segunda Guerra Mundial, caminhões de comida móveis alimentavam os trabalhadores dos
subúrbios nos EUA, regiões que tinham poucos restaurantes e uma população cada vez maior. Nessa época,
os food trucks eram sinônimo de comida barata, sem muita preocupação com a qualidade. E foi mais ou
menos assim durante todo o século 20.
Até que veio a crise de 2008, que derrubou a economia americana e levou junto muitos restaurantes
tradicionais. Quando os EUA começaram a se recuperar, alguns empreendedores tiveram a ideia de levar
comida de qualidade pra rua investindo pouco. Outra vantagem dos carrinhos e trailers era a possibilidade
de mudar de lugar de acordo com a demanda da população. Pronto, estava aí a solução. Essa coisa meio
amadora, dos carrinhos de comida, foi incorporada ao conceito e os donos de food trucks resolveram
incrementar o cardápio, com itens gourmet.
A moda chegou ao Brasil em 2012, quando os primeiros food trucks gourmet surgiram em São Paulo.
Agora, os parques de food truck já fazem parte do roteiro turístico das grandes cidades brasileiras e da
paisagem urbana. Deu tão certo que a moda gourmet fez surgir uma outra tendência da ~alta gastronomia~
acessível: a das paletas mexicanas, que não existem no México. Mas isso é assunto para outro post.
Quanto à acentuação da sílaba tônica, são proparoxítonas encontradas no texto, EXCETO a apresentada
em:
a)gastronômicas
b)sanduíches
c)sinônimo
d)veículos
e)típicas
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Português
3 - Makiyama - 2015 - Banestes - Técnico Bancário
Em qual das palavras a seguir NÃO HÁ dígrafo consonantal?
a)Ninho
b)Prova
c)Queijo
d)Piscina
e)Assado
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Português
5 - IADES - 2015 - ELETROBRAS - Leiturista
a)No período “Furtar energia é crime e um grande risco de morte.”, o antônimo de “Furtar” é afanar.
b)De acordo com as regras de colocação pronominal, na oração “Divirta-se com pipas, mas longe dos fios.”,
é correto deslocar o pronome “se” para antes do verbo.
c)Na oração “Cuidado ao usar máquinas agrícolas perto da rede elétrica.”, as palavras “máquinas” e
“elétrica” são acentuadas por motivos diferentes.
d)Em “Nunca construa perto da rede elétrica.”, os vocábulos sublinhados pertencem à mesma classe de
palavras.
e).Em “Atenção ao instalar antenas.”, o termo sublinhado é uma conjunção.
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Português
Acerca de vocábulos do texto, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, uma palavra
paroxítona e uma proparoxítona.
Sobre a Ansiedade
[...]
Processar os dados
[...] se há um fator gerador de ansiedade que seja típico dos nossos tempos, esse é a informação. Sim,
são as coisas que você lê todos os dias nos jornais, recebe por email e aprende na SUPER. Diariamente, há
notícias de novos alimentos que causam câncer, de novos vírus mutantes que atacam o seu computador,
de novos criminosos violentos que estão à solta por aí. É ou não é de enlouquecer?
A velocidade com que a informação viaja o mundo é algo muito recente, com o qual os seres humanos
ainda não sabem lidar – e muito menos aprenderam a filtrar. Já foram cunhados até alguns termos para
definir a ansiedade trazida pelos novos meios de comunicação: technologyrelated anxiety (ansiedade que
surge quando o computador trava, que afeta 50% dos trabalhadores americanos), ringxiety (impressão de
que o seu celular está tocando o tempo todo) e a ansiedade de estar desconectado da internet e não saber
o que acontece no mundo, que já contaminou 68% dos americanos.
[...]
Poucas coisas mudaram tão rapidamente como a troca de informações. Em 1801, a notícia de que
Portugal e Espanha estavam em guerra demorou 3 meses para chegar ao Rio Grande do Sul. Quando
chegou, o capitão de armas do estado declarou guerra aos vizinhos espanhóis, sem saber que a batalha na
Europa já tinha terminado. Em 2004, quando um tsunami devastou o litoral do Sudeste Asiático, os
primeiros blogs já estavam dando detalhes da destruição em menos de duas horas.
Hoje em dia, ficamos sabendo de todos os desastres naturais, todos os ataques terroristas e todos os
acidentes de avião que acontecem ao redor do mundo, e nos sentimos vulneráveis. E, muito mais do que
isso, nos sentimos incapazes se não sabemos palpitar sobre a música da moda, a eleição americana ou o
acelerador de partículas na Suíça. Já que a informação está disponível, por que não sabemos de tudo um
pouco? Essa avalanche de informação também causa outro tipo de neurose.
O tempo todo, as TVs e revistas do mundo exibem corpos esculturais, executivos milionários e atletas de
alto rendimento. Na comparação com essas pessoas, nós, reles mortais, sempre saímos perdendo. “Claro
que nos comparamos com quem é bem sucedido e maravilhoso. Infelizmente, não estamos preparados
para viver com um grupo de comparação tão grande, e o resultado é que ficamos ansiosos e com baixa
autoestima", diz o filósofo Perring. O que ele quer dizer é que o ser humano sempre funciona na base da
comparação. Ou seja, se todo mundo ao seu redor tiver o mesmo número de recursos, você não vai se
sentir pior do que ninguém, mas, se, de repente, uma pessoa do seu lado ficar muito mais rica, bonita, feliz
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Português
e bem sucedida, você vai se sentir infeliz. Quer dizer, podemos não sofrer mais com a falta de comida ou
com doenças, mas sofremos porque não somos todos iguais ao Brad Pitt e a Angelina Jolie.
Adaptado de http://super.abril.com.br/saude/ansiedade-447836.shtml
Assinale a alternativa correta.
A lista de desejos
Rosely Sayao
Acabou a graça de dar presentes em situações de comemoração e celebração, não é? Hoje, temos listas
para quase todas as ocasiões: casamento, chá de cozinha e seus similares – e há similares espantosos,
como chá de lingerie –, nascimento de filho e chá de bebê, e agora até para aniversário.
Presente para os filhos? Tudo eles já pediram e apenas mudam, de vez em quando ou frequentemente,
a ordem das suas prioridades. Quem tem filho tem sempre à sua disposição uma lista de pedidos de
presentes feita por ele, que pode crescer diariamente, e que tanto pode ser informal quanto formal.
A filha de uma amiga, por exemplo, tem uma lista na bolsa escrita à mão pelo filho, que tem a liberdade
de sacá-la a qualquer momento para fazer as mudanças que ele julgar necessárias. Ah! E ela funciona tanto
como lista de pedidos como também de “checklist" porque, dessa maneira, o garoto controla o que já
recebeu e o que ainda está por vir. Sim: essas listas são quase uma garantia de conseguir ter o pedido
atendido.
Ninguém mais precisa ter trabalho ao comprar um presente para um conhecido, para um colega de
trabalho, para alguma criança e até amigo. Sabe aquele esforço de pensar na pessoa que vai receber o
presente e de imaginar o que ela gostaria de ganhar, o que tem relação com ela e seu modo de ser e de
viver? Pois é: agora, basta um telefonema ou uma passada rápida nas lojas físicas ou virtuais em que as
listas estão, ou até mesmo pedir para uma outra pessoa realizar tal tarefa, e pronto! Problema resolvido!
Não é preciso mais o investimento pessoal do pensar em algo, de procurar até encontrar, de bater perna
e cabeça até sentir-se satisfeito com a escolha feita que, além de tudo, precisaria estar dentro do
orçamento disponível para tal. Hoje, o presente custa só o gasto financeiro e nem precisa estar dentro do
orçamento porque, para não transgredir a lista, às vezes é preciso parcelar o presente em diversas
prestações...
E, assim que os convites chegam, acompanhados sem discrição alguma das listas, é uma correria dos
convidados para efetuar sem demora sua compra. É que os presentes menos custosos são os primeiros a
serem ticados nas listas, e quem demora para cumprir seu compromisso acaba gastando um pouco mais do
que gostaria.
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Português
Se, por um lado, dar presentes deixou de dar trabalho, por outro deixou também totalmente excluído
do ato de presentear o relacionamento entre as pessoas envolvidas. Ganho para o mercado de consumo,
perda para as relações humanas afetivas.
Os presentes se tornaram impessoais, objetos de utilidade ou de luxo desejados. Acabou-se o que era
doce no que já foi, num passado recente, uma demonstração pessoal de carinho.
Sabe, caro leitor, aquela expressão de surpresa gostosa, ou de um pequeno susto que insiste em se
expressar, apesar da vontade de querer que ele passe despercebido, quando recebíamos um mimo? Ou
aquela frase transparente de criança, que nunca deixa por menos: “Eu não quero isso!"? Tudo isso acabou.
Hoje, tudo o que ocorre é uma operação mental dupla. Quem recebe apenas tica algum item da lista
elaborada, e quem presenteia dá-se por satisfeito por ter cumprido seu compromisso.
Que tempos mais chatos. Resta, a quem tiver coragem, a possibilidade de transgredir essas tais listas.
Assim, é possível tornar a vida mais saborosa.
Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/
roselysayao/2014/07/1489356-a-lista-de-desejos.shtml
Assinale a alternativa correta quanto à grafia dos pares.
a)Excluído – excluzão.
b)Doce – dossura.
c)Presente – presenssa.
d)Transparente – transparência.
e)Insiste – insistênscia.
Relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) mostra
que há no mundo água suficiente para suprir as necessidades de crescimento do consumo, “mas não sem
uma mudança dramática no uso, gerenciamento e compartilhamento". Segundo o documento, a crise
global de água é de governança, muito mais do que de disponibilidade do recurso, e um padrão de
consumo mundial sustentável ainda está distante.
De acordo com a organização, nas últimas décadas o consumo de água cresceu duas vezes mais do que
a população e a estimativa é que a demanda cresça ainda 55% até 2050. Mantendo os atuais padrões de
consumo, em 2030 o mundo enfrentará um déficit no abastecimento de água de 40%. Os dados estão no
Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento de Recursos Hídricos 2015 – Água para um
Mundo Sustentável.
O relatório atribui a vários fatores a possível falta de água, entre eles, a intensa urbanização, as práticas
agrícolas inadequadas e a poluição, que prejudica a oferta de água limpa no mundo. A organização estima
que 20% dos aquíferos estejam explorados acima de sua capacidade. Os aquíferos, que concentram água
no subterrâneo e abastecem nascentes e rios, são responsáveis atualmente por fornecer água potável à
metade da população mundial e é de onde provêm 43% da água usada na irrigação.
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Português
Os desafios futuros serão muitos. O crescimento da população está estimado em 80 milhões de pessoas
por ano, com estimativa de chegar a 9,1 bilhões em 2050, sendo 6,3 bilhões em áreas urbanas. A
agricultura deverá produzir 60% a mais no mundo e 100% a mais nos países em desenvolvimento até 2050.
A demanda por água na indústria manufatureira deverá quadruplicar no período de 2000 a 2050.
Segundo a oficial de Ciências Naturais da Unesco na Itália, Angela Ortigara, integrante do Programa
Mundial de Avaliação da Água (cuja sigla em inglês é WWAP) e que participou da elaboração do relatório, a
intenção do documento é alertar os governos para que incentivem o consumo sustentável e evitem uma
grave crise de abastecimento no futuro. “Uma das questões que os países já estão se esforçando para
melhorar é a governança da água. É importante melhorar a transparência nas decisões e também tomar
medidas de maneira integrada com os diferentes setores que utilizam a água. A população deve sentir que
faz parte da solução."
Cada país enfrenta uma situação específica. De maneira geral, a Unesco recomenda mudanças na
administração pública, no investimento em infraestrutura e em educação. “Grande parte dos problemas
que os países enfrentam, além de passar por governança e infraestrutura, passa por padrões de consumo,
que só a longo prazo conseguiremos mudar, e a educação é a ferramenta para isso", diz o coordenador de
Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Ary Mergulhão.
No Brasil, a preocupação com a falta de água ganhou destaque com a crise hídrica no Sudeste. Antes
disso, o país já enfrentava problemas de abastecimento, por exemplo no Nordeste. Ary Mergulhão diz que
o Brasil tem reserva de água importante, mas deve investir em um diagnóstico para saber como está em
termos de política de consumo, atenção à população e planejamento. “É um trabalho contínuo. Não quer
dizer que o país que tem mais ou menos recursos pode relaxar. Todos têm que se preocupar com a
situação.
O relatório será mundialmente lançado hoje (20) em Nova Délhi, na Índia, antes do Dia Mundial da Água
(22). O documento foi escrito pelo WWAP e produzido em colaboração com as 31 agências do sistema das
Nações Unidas e 37 parceiros internacionais da ONU-Água. A intenção é que a questão hídrica seja um dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que vêm sendo discutidos desde 2013, seguindo orientação da
Conferência Rio+20 e que deverão nortear as atividades de cooperação internacional nos próximos 15
anos.
Texto adaptado - Fonte: http://afolhasaocarlos.com.br/noticias/ver_noticia/5215/controler:noticias
Qual das palavras a seguir NÃO apresenta dígrafo?
a)Prazo.
b)Crescimento.
c)Grande.
d)Ferramenta.
e)Questões.
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Português
10 - CESPE - 2015 - FUB - Nível Médio
Com relação às ideias e às estruturas do texto acima, julgue o item que se segue.
Os acentos gráficos das palavras “bioestatística" e “específicos" têm a mesma justificativa gramatical.
( )Certo ( )Errado
Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto I, julgue o item que se segue.
A palavra “cível" recebe acento gráfico em decorrência da mesma regra que determina o emprego de
acento em amável e útil.
( )Certo ( )Errado
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Português
12 - CONSULPLAN - 2015 - HOB - Agente Administrativo
Repolhos iguais
Sempre me impressiona o impulso geral de igualar a todos: ser diferente, sobretudo ser original, é
defeito. Parece perigoso. E, se formos diferentes, quem sabe aqui e ali uma medicaçãozinha ajuda. Alguém
é mais triste? Remédio nele. Deprimido? Remédio nele (ainda que tenha acabado de perder uma pessoa
amada, um emprego, a saúde). Mais gordinho? Dieta nele. Mais alto? Remédio na adolescência para parar
de crescer. Mais relaxado na escola? Esse é normal. Mais estudioso, estudioso demais? A gente se
preocupa, vai virar nerd (se for menina, vai demorar a conseguir marido).
Não podemos, mas queremos tornar tudo homogêneo: meninas usam o mesmo cabelo, a mesma roupa,
os mesmos trejeitos; meninos, aquele boné virado. Igualdade antes de tudo, quando a graça, o poder, a
força estão na diversidade. Narizes iguais, bocas iguais, sobrancelhas iguais, posturas iguais. Não se pode
mais reprovar crianças e jovens na escola, pois são todos iguais. Serão? É feio, ou vergonhoso, ter mais
talento, ser mais sonhador, ter mais sorte, sucesso, trabalhar mais e melhor.
Vamos igualar tudo, como lavouras de repolhos, se possível… iguais. E assim, com tudo o que pode ser
controlado com remédios, nos tornamos uma geração medicada. Não todos - deixo sempre aberto o
espaço da exceção para ser realista, e respeitando o fato de que para muitos os remédios são uma
necessidade -, mas uma parcela crescente da população é habitualmente medicada. Remédios para pressão
alta, para dormir, para acordar, para equilibrar as emoções, para emagrecer, para ter músculos, para ter
um desempenho sexual fantástico, para ter a ilusão de estar com 30 anos quando se tem 70. Faz alguns
anos reina entre nós o diagnóstico de déficit de atenção para um número assustador de crianças. Não sou
psiquiatra, mas a esta altura de minha vida criei e acompanhei e vi muitas crianças mais agitadas, ou
distraídas, mas nem por isso precisadas de medicação a torto e a direito. Fala-se não sei em que lugar deste
mundo louco, em botar Ritalina na merenda das escolas públicas. Tal fúria de igualitarismo esconde uma
ideologia tola e falsa.
Se déssemos a 100 pessoas a mesma quantidade de dinheiro e as mesmas oportunidades, em dois anos
todas teriam destino diferente: algumas multiplicariam o dinheiro; outras o esbanjariam; outras o
guardariam; outras ainda o dedicariam ao bem (ou ao mal) alheio.
Então, quem sabe, querer apaziguar todas as crianças e jovens com medicamentos para que não
estorvem os professores já desesperados por falta de estímulo e condições, ou para permitir aos pais se
preocuparem menos, ou ajudar as babás enquanto os pais trabalham ou fazem academia ou simplesmente
viajam, nem valerá a pena. Teremos mais crianças e jovens aturdidos, crianças e jovens mais violentos e
inquietos quando a medicação for suspensa. Bastam, para desatenção, agitação e tantas dificuldades
relacionadas, as circunstâncias da vida atual. [...]
Mudar de vida é difícil. Em lugar de correr mais, parar para pensar, roubar alguns minutos para olhar,
contemplar, meditar, também é difícil, pois é fugir do padrão. Então seguimos em frente, nervosos com
nossos filhos mais nervosos. Haja psicólogo, psiquiatra e medicamento para sermos todos uns repolhos
iguais.
( LUFT, Lya. Revista Veja - 07 de maio de 2014.)
Assinale a alternativa em que todas as palavras foram acentuadas pelo mesmo motivo.
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Português
No trecho “Em um plano, temos o tão celebrado ‘futebol--arte’ glorificado como a forma genuína de nosso
suposto estilo de jogo” (l 3-5), a palavra destacada é acentuada graficamente pelo mesmo motivo pelo qual
se acentua a palavra
a)além
b)declínio
c)ídolo
d)países
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Português
e)viés
a)Científica – ciência.
b)Impossível – impossibilidáde.
c)Romântica – românce.
d)Público – publicidáde.
e)Aparência – aparênte.
Suecos lançaram operação para localizar embarcação invasora em suas águas; russos negam envolvimento
no caso e apontam para a Holanda
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Português
helicópteros. Nesta segunda-feira, uma zona fechada para voos foi declarada na área de buscas.
Os primeiros alertas começaram a soar na sexta-feira e a suspeita logo recaiu sobre a Rússia, que negou
envolvimento no caso e ainda apontou para a Holanda. “É um submarino de propulsão diesel-elétrica
holandês Bruinvis que, na semana passada, realizava exercícios bem perto de Estocolmo”, afirmou uma
fonte do Ministério da Defesa russo.
Só que o porta-voz do ministério holandês da Defesa, Marnoes Visser, também negou sua participação. “O
submarino holandês não está envolvido e nós não estamos envolvidos nas operações de busca lançadas
pelas forças suecas”, declarou. “Participamos em manobras com a Suécia e outros navios, mas elas
terminaram na terça-feira da semana passada”.
Nas últimas semanas, a Suécia vem apontando uma série de invasões ao seu espaço aéreo por parte de
aviões russos, esfriando as relações entre os dois países. Sobre o submarino, especificamente, as
autoridades suecas limitaram-se a afirmar que receberam um alerta sobre “atividade submarina
estrangeira” no litoral. O primeiro-ministro Stefan Löfven disse que, por enquanto, as missões lançadas
pela Marinha são apenas para “coletar informações”.
Segundo uma reportagem do jornal Svenska Dagbladet publicada no fim de semana, o serviço secreto
sueco interceptou frequências de rádio em uma área entre o litoral de Estocolmo e o enclave russo de
Kaliningrado, onde está localizada grande parte da frota russa no Mar Báltico.
situação expõe a preocupação crescente sobre as intenções de Vladimir Putin na região. Em pouco mais de
um mês, surgiram informações sobre um agente de inteligência da Estônia que teria sido levado por forças
russas, a Finlândia reclamou da interferência de Moscou em um de seus navios de pesquisa e a Suécia fez
um protesto formal sobre uma “grave violação” quando caças russos entraram em seu espaço aéreo.
“Isso pode se tornar um divisor de águas para a segurança em toda a região do Mar Báltico”, escreveu o
chanceler letão, Edgars Rinkevics, em sua conta em uma rede social. Autoridades da Letônia apontaram um
aumento na presença de submarinos e navios russos perto de suas águas territoriais.
Histórico - Não é a primeira vez que um submarino provoca um estranhamento nas relações entre a Rússia
e a Suécia. A caçada desta semana ao submarino misterioso evoca as rotineiras invasões das águas
territoriais suecas por embarcações soviéticas durante os anos da Guerra Fria.
No incidente mais notável, ocorrido em outubro de 1981, um submarino a diesel soviético acabou
encalhando acidentalmente em uma praia sueca próxima de Karlskrona, onde está localizada a maior base
naval da Suécia. No momento mais tenso do episódio, navios de guerra soviéticos tentaram forçar
passagem entre a marinha sueca para resgatar o submarino. No final, os esforços de intimidação não
funcionaram e os soviéticos retrocederam. O episódio só acabou depois de dez dias de tensão, quando
rebocadores suecos acabaram levando o submarino para águas internacionais, onde ele foi entregue aos
soviéticos.
Houve também alarmes falsos, ocasiões em que a Suécia pensou ter detectado submarinos quando, na
verdade, os sinais haviam sido emitidos por lontras.
http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/cacada-por-submarino-provoca- queda-de-braco-entre-russia-e-
suecia
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à acentuação, assinale a alternativa em que
as palavras devam ser acentuadas, respectivamente, de acordo com as mesmas regras de acentuação das
palavras apresentadas abaixo.
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22
Português
Existe no Oceano Pacífico uma ilha feita de duas montanhas. É como se alguém tivesse colado dois grandes
montes de terra no meio do mar. A maior chama-se Tristeza e a menor, Alegria.
Dizem que há muitos anos atrás a Alegria era maior e mais alta que a Tristeza. Dizem também que, por
causa de um terremoto, parte da Alegria caiu no mar e afundou, deixando a montanha do jeito que está
hoje.
Ninguém sabe se isso é mesmo verdade. Verdade é que ao pé desses dois cumes, exatamente onde eles se
encontram, moram uma menina chamada Aleteia e sua avó.
Aleteia e a avó são como as montanhas: duas pessoas que estão sempre juntas.
Hoje Aleteia é menor, mais baixa que sua avó; acontece que daqui a algum tempo, ninguém sabe quando,
Aleteia vai acordar e estará mais alta que a avó. Aleteia vai crescer e eu acho que, quando esse dia chegar,
elas ainda estarão juntas. Igual às montanhas da ilha.
Um dia Aleteia perguntou: “Vovó, quem fez o mundo?”, e sua avó respondeu: “Deus”.
- Todo ele?
- Sim, todo.
- Sozinho?
- Sim, sozinho.
Aleteia saiu da sala com aquela conversa na cabeça. Não estava convencida. Pensou muito a respeito do
assunto. Para raciocinar melhor, saiu para caminhar e caminhou muito pela ilha. Pensava sozinha, pensava
em voz alta e começou a dividir seus pensamentos com as coisas que lhe apareciam pelo caminho: folhas,
árvores, pedras, formigas, grilos, etc. Deus tinha criado o mundo sozinho?
(KOMATSU, Henrique. A menina que viu Deus. p.3-6, formato eletrônico, fragmento.)
No trecho “Existe no Oceano Pacífico uma ilha feita de duas montanhas.”, a palavra grifada segue a mesma
regra de acentuação que:
a)árvores.
b)vovó.
c)também.
d)estará.
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23
Português
Os povos indígenas que hoje habitam a faixa de terras que vai do Amapá ao norte do Pará possuem uma
história comum de relações comerciais, políticas, matrimoniais e rituais que remonta a pelo menos três
séculos. Essas relações até hoje não deixaram de existir nem se deixaram restringir aos limites das
fronteiras nacionais, estendendo-se à Guiana-Francesa e ao Suriname.
Essa amplitude das redes de relações regionais faz da história desses povos uma história rica em ganhos
e não em perdas culturais, como muitas vezes divulgam os livros didáticos que retratam a história dos
índios no Brasil. No caso específico desta região do Amapá e norte do Pará, são séculos de acúmulo de
experiências de contato entre si que redundaram em inúmeros processos, ora de separação, ora de fusão
grupal, ora de substituição, ora de aquisição de novos itens culturais. Processos estes que se somam às
diferentes experiências de contato vividas pelos distintos grupos indígenas com cada um dos agentes e
agências que entre eles chegaram, dos quais existem registros a partir do século XVII.
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24
Português
É assim que, enquanto pressupomos que nós descobrimos os índios e achamos que, por esse motivo, eles
dependem de nosso apoio para sobreviver, com um pouco mais de conhecimento sobre a história da região
podemos constatar que os povos indígenas dessa parte da Amazônia nunca viveram isolados entre si. E,
também, que o avanço de frentes de colonização em suas terras não resulta necessariamente num processo
de submissão crescente aos novos conhecimentos, tecnologias e bens a que passaram a ter acesso, como à
primeira vista pode nos parecer. Ao contrário disso, tudo o que esses povos aprenderam e adquiriram em
suas novas experiências de relacionamento com os não-índios insere-se num processo de ampliação de suas
redes de intercâmbio, que não apaga - apenas redefine - a importância das relações que esses povos
mantêm entre si, há muitos séculos, “apesar” de nossa interferência.
(Adaptado de: GALLOIS, Dominique Tilkin; GRUPIONI, Denise Fajardo. Povos indígenas no Amapá e Norte
do Pará: quem são, onde estão, quantos são, como vivem e o que pensam? São Paulo: Iepé, 2003, p.8-9)
Verão de 2015. As filas para pegar água se espalham por vários bairros. Famílias carregam baldes e
aguardam a chegada dos caminhões-pipa. Nos canos e nas torneiras, nem uma gota. O rodízio no
abastecimento força lugares com grandes aglomerações, como shopping centers e faculdades, a fechar. As
chuvas abundantes da estação não vieram, as obras em andamento tardarão a ter efeito e o desperdício
continuou alto. Por isso, São Paulo e várias cidades vizinhas, que formam a maior região metropolitana do
país, entram na mais grave crise de falta d’água da história. (Época, 16/06/2014)
A correção na acentuação gráfica faz parte do cuidado com a norma culta na redação de um texto; a opção
que apresenta um vocábulo do texto 3 que é acentuado graficamente por razão distinta das demais é:
a)famílias;
b)país;
c)rodízio;
d)água;
e)desperdício.
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Português
GABARITO
11 - C 12 - D 13 - E 14 - A 15 - C
16 - D 17 - A 18 - C 19 - B 20 - B
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26
Português
Funções Morfossintáticas
Parte 1 – Capítulo II
Morfossintaxe
Sintaxe
O conceito de sintaxe já foi estudado acima, todavia se faz necessário dar ênfase à classificação das frases
quanto aos seus elementos constituintes, podendo ser:
Tipos de Frases
Além das classificações das frases realizadas em decorrência de seus elementos constituintes, as frases
também podem ser classificadas quanto ao seu sentido global em: frases interrogativas, imperativas,
exclamativas e declarativas.
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27
Português
Oração
É formada normalmente por dois termos (sujeito e predicado). A oração sempre possui verbos, porém,
algumas vezes, não há sujeito.
Ex.: Eu fui aprovada em primeiro lugar no concurso público. (Sujeito: Eu - Predicado: Fui aprovada em
primeiro lugar no concurso público).
Observe que os termos da oração podem ser divididos em: Essenciais, Integrantes e Acessórios.
Sujeito: É o termo sobre o qual se declara algo, podendo ser simples, composto, indeterminado e
inexistente.
Observe com atenção a classificação do sujeito e seus respectivos conceitos, pois é de suma importância tal
conhecimento para realização de concurso público.
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28
Português
Ex.: Elas já chegaram.
Predicado: É tudo que informa algo sobre o sujeito quando ele existe.
Ex.: Maria passou no concurso público.
Sujeito Predicado
Predicativo do Sujeito: Ocorre quando o termo informa uma qualidade ou estado do sujeito.
Ex.: O Mélvio estava feliz.
V.L P.S
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29
Português
Objeto Indireto: Complemento verbal introduzido obrigatoriamente por preposição.
Ex.: Tércio gosta de vatapá. Sujeito: (Tércio/Verbo Transitivo Indireto: gosta/Objeto indireto:
de vatapá)
Complemento Nominal: É o termo com preposição que completa o sentido de nomes (substantivo,
adjetivo ou advérbio) .
Ex.: Esta prova foi útil aos alunos. (Adjetivo: útil / complemento nominal: aos alunos).
Agente da Passiva: É o termo preposicionado que pratica a ação na voz passiva.
Ex.: O exame foi realizado por ela. (Sujeito paciente: o exame/ Agente da passiva: por ela).
Adjunto Adnominal: É o termo que possui função de adjetivo, pois modifica o substantivo. Pode ser
exercido por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais, pronomes adjetivos e orações adjetivas.
Ex.: O alegre espetáculo começou tarde.
Adjunto Adverbial: Modifica o sentido do verbo, adjetivo ou de outro advérbio.
Ex.: O tablet é muito legal. (muito é adjunto adverbial de intensidade)
Aposto: É o termo ou expressão que se junta a um substantivo com a finalidade de esclarecer, explicar,
desenvolver ou resumir esse.
Ex.: Tiago de Mello, o maior escritor nortista, nasceu em Manaus.
O terremoto causou muitas mortes, coisa já esperada.
“O ouro, os diamantes e as pérolas, tudo é terra e da terra.”
O mês de dezembro é repleto de comemorações.
Vocativo: Termo ou expressão que possui valor exclamativo utilizado para interpelar ou chamar alguém
ou alguma coisa. Não pertence nem ao predicado, nem ao sujeito, ou seja, é independente da estrutura
sintática da frase.
Note que o vocativo é sempre acompanhado de vírgula, conforme será verificado no exemplo abaixo:
Ex.: Ó irmão, reza por ela!
Funções da partícula SE e QUE
Pronome Apassivador ou Partícula Apassivadora
Pronome Reflexivo
Substantivo
Palavra Se
Conjunção Subordinativa Condicional
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Português
Pronome Relativo
Pronome Indefinido
Advérbio de Intensidade
Pronome Interrogativo
Preposição Acidental
Interjeição
Substantivo
Palavra SE
Pronome Apassivador: Ocorre com verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos na voz
passiva sintética. É admitida a alteração para voz passiva analítica.
Ex.: Entregou-se o dinheiro ao aluno que obteve melhor comportamento.
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Português
Pronomes Reflexivos: É usado quando o sujeito praticar e sofrer uma ação verbal sobre ele
próprio, ou seja, é utilizado para formar a voz reflexiva. Esse pronome também pode ser:
sujeito de infinitivo, objeto direto, objeto indireto.
Objeto Direto:
Ex.: Mario se arrumou.
Sujeito do Infinitivo:
Ex.: A garota deixou-se
levar pela turbulência.
Objeto Indireto:
Ex.: Maria se atribui pouco valor.
Conjunção Se
Parte integrante do verbo: Quando a palavra SE faz parte dos verbos, ou seja, é quando a
conjugação do verbo é realizada juntamente com o pronome, mas o SE não funciona como seu
complemento.
Ex.: O professor orgulhava-se com a aprovação do aluno.
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Português
Palavra QUE
A palavra que possui vários valores e funções sintáticas, todavia estudaremos algumas delas
abaixo.
Pronome Relativo: Quando a palavra QUE introduz uma oração subordinada adjetiva,
podendo ser substituída por O qual e suas flexões.
Ex.: O macaco que pulou naquela árvore está doente.
Pronome Indefinido: A palavra QUE é utilizada em frases exclamativas, contudo é unida a um
substantivo. Possui função de adjunto adnominal.
Ex. Que roupa vulgar!
Advérbio de Intensidade: É quando modifica um adjetivo nas frases exclamativas. Possui
função de adjunto adverbial de intensidade.
Ex.: Que perto você trabalha.
Pronome Interrogativo: É utilizado na frase para formar perguntas interrogativas diretamente
ou indiretamente.
Ex.: Que queres aqui?
Conjunção: Pode ser subordinativa ou coordenativa. É o conectivo entre as orações de um
período, podendo ser:
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Português
Partícula Expletiva ou de Realce: Ocorre quando o QUE pode ser tirado da frase, entretanto
seu sentido não é alterado.
Ex.: Há dois meses que ele não dorme.
Preposição Acidental: A palavra QUE é equivalente a outra preposição, normalmente pode ser
substituído por DE.
Ex.: Tenho que afagar a onça.
Substantivo: Quando a palavra QUE exercer classe gramatical de substantivo, sendo que na
frase é definida por um termo qualquer.
Ex.: O rapaz tem um quê de prepotência.
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Português
QUESTÕESParte
DE CONCURSOS
1 – Capítulo II
Questões
1-Noroeste Concursos - 2014 - CPOS - Eletrotécnico
“Alugam-se quartos.” Nessa oração, a partícula ‘se’ exerce função de pronome.
a) indefinido.
b) apassivador.
c) reflexivo.
d) pessoal recíproco.
Todos os candidatos prometem crescimento e austeridade. Entre os chavões mais batidos vem sempre a
reforma tributária, tema complexo, chato mesmo, acaba sempre em parolagem. Promete-se a simplificação
das leis que regulam os tributos, e a cada ano eles ficam mais complicados. Uma coletânea da legislação
brasileira pesa seis toneladas. Aqui vai uma contribuição, que foi trazida pelo Instituto Endeavor. Relaciona-
se com o regime de cobrança de impostos de pequenas empresas, aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões
por ano (R$ 300 mil por mês). É o Simples – pode-se estimar que ele facilita a vida de algo como 3 milhões
de empresas ativas.
(1) “Promete-se a simplificação das leis que regulam os tributos, e a cada ano eles ficam mais complicados.”
(2) “Relaciona-se com o regime de cobrança de impostos de pequenas empresas, aquelas que faturam até
R$ 3,6 milhões por ano (R$ 300 mil por mês).”
(3) “É o Simples – pode-se estimar que ele facilita a vida de algo como 3 milhões de empresas ativas.”
Nesses segmentos do texto 4 ocorre a presença do vocábulo SE; quanto à classificação desse vocábulo nos
três segmentos, pode- se afirmar corretamente que possuem:
a) a mesma classe em 1, 2 e 3;
b) diferentes classes em 1, 2 e 3;
c) a mesma classe em 1 e 2;
d) a mesma classe em 1 e 3;
e) a mesma classe em 2 e 3.
Nessa pergunta foi empregado o pronome SE com o mesmo valor morfossintático que ocorre na seguinte
frase:
a) Por que não se pensou nisso antes?
b) Por que não se falou nele antes?
c) Por que não se acreditou nela antes?
d) Por que não se esteve no local antes?
e) Por que não se contratou ninguém antes?
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35
Português
4-FJG - RIO - 2014 - Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Assistente Técnico
Em “... o feitiço indecente que solta a gente”, a palavra em negrito é um pronome relativo; idêntica é a
classificação do termo destacado em:
Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui, o verdadeiro valor do
homem é o seu caráter, suas ideias e a nobreza dos seus ideais.”
(Charles Chaplin)
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36
Português
37
Português
e) Aqui outrora retumbaram hinos.
11-FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Jurídico
“Pouco importa que a prisão por dívidas represente um retrocesso de 2600 anos – uma das reformas de
Sólon que facilitou a introdução da democracia em Atenas foi justamente o fim da servidão por dívidas – e
que é quase certo que, encarcerado, o pai da criança terá muito menor probabilidade de honrar seus
compromissos financeiros”.
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38
Português
Com referência às estruturas linguísticas do texto III, julgue o item a seguir. Na linha 20, o sujeito da forma
verbal “elegia" é o termo “o Tribunal Superior".
( )Certo ( )Errado
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39
Português
( ) Certo ( ) Errado
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40
Português
GABARITO
9-E 10 - A 11 - D 12 - B
13 - E 14 - C 15 - E 16 - E
17 - E 18 - D 19 - C 20 - D
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41
Português
Ortografia
Parte 1 - Capítulo III
Primeiramente, vale mencionar que a palavra Ortografia é de origem grega, formada por dois elementos,
quais sejam, orthós (correta) + grafia (escrita). Logo, o objetivo da Ortografia é definir normas para a grafia
correta das palavras.
EMPREGO DO "S"
Palavras terminadas pelos sufixos - ês, - esa, - isa (indicam origem, profissão, título de
nobreza). Ex.: marquês - marquesa.
Após ditongos.
Ex.: causa, Cleusa, coisa.
EMPREGO DO "Z"
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42
Português
EMPREGO DO "H"
EMPREGO DE "G/J"
EMPREGO DA "Ç"
EMPREGO DE "SC"
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43
Português
EMPREGO DO "SS"
X - Palavras como: exalar, exame, exaustão, extenso, paxa, excitante, taxa, xale, xícara,
faixa, engraxar, xeque (incidente no xadrez).
PARÔNIMOS E HOMÔNIMOS
Nos parônimos, os vocábulos são parecidos na grafia e na pronúncia e, por sua vez, diferentes no
significado. Em contrapartida, os homônimos possuem igual grafia e/ou pronúncia. Os homônimos podem
ser: Homônimos perfeitos, Homônimos homófonos e Homônimos homógrafos.
Parônimos Homônimos
Parecidos
na Significados Igual
Significados
pronúncia diferentes pronúncia
diferentes
e grafia e/ou grafia
Parônimos
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44
Português
USO DO PORQUÊ
Porque Utiliza-se PORQUE (junto e sem acento) quando for conjunção e puder ser
substituído por: visto que, uma vez que. Ter-se-á uma ideia de resposta.
Ex.: “Filo, porque o quis”.
Porquê Utiliza-se PORQUÊ (Junto e com acento) quando for substantivo e puder ser
substituído por o motivo, a razão.
Ex.: Não sei o porquê de você estar aqui.
Por que Utiliza-se POR QUE (separado e sem acento) quando houver uma interrogativa
direta; uma interrogativa indireta, e, neste caso, o termo pode ser substituído por por que razão, por que
motivo ou quando o que for pronome relativo e puder ser substituído por qual.
Ex.: Por que ela não vai?
Indaguei por que estava tão triste.
Os problemas por que (pelos quais) passei foram resolvidos.
Por quê Utiliza-se POR QUÊ (separado e com acento) quando estiver no fim de uma oração
interrogativa.
Ex.: Ela não irá à festa por quê?
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45
Português
Mal (Conjunção Subordinativa Temporal) O termo será conjunção subordinada temporal e poderá
ser substituído por LOGO QUE, ASSIM QUE.
Ex.: Mal (logo que) o Fluminense fez o gol, o Botafogo empatou.
Mau (Antônimo de bom) O termo será adjetivo e poderá ser substituído pelo seu antônimo bom.
Ex.: Sérgio é um mau (bom) menino.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra,
sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro,
micro, mini, multi, neo etc.).
Casos Gerais
2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a
outra palavra. Exemplos: micro-ondas, anti-inflacionário, sub-bibliotecário e
inter-regional.
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que
se inicia a outra palavra. Exemplos: autoescola, antiaéreo, intermunicipal,
supersônico, superinteressante, agroindustrial, aeroespacial e semicírculo
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas
letras. Exemplos: minissaia, antirracismo, ultrassom e semirreta.
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Português
Casos Particulares
Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos: sub-
região, sub-reitor, sub-regional e sob-roda.
Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m,n e vogal.
Exemplos: circum-murado, circum-navegação e pan-americano.
Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos:
além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro,
ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu,
recém-casado, recém-nascido, sem-terra e vice-rei.
O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste
último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras.
Exemplos: coobrigação, coedição, coeducar, cofundador, coabitação,
coerdeiro, corréu, corresponsável e cosseno.
Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l. Exemplos:
mal-entendido, mal-estar, mal-humorado e mal-limpo.
* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se
houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro e mal de sete dias.
Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o
hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar e O diretor foi receber os ex-alunos.
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47
Português
Casos Especiais
Abaixo / a baixo
Abaixo: Interjeição!
Ex.: Abaixo a ditadura!
Advérbio (Embaixo, em categoria inferior, depois).
Ex.: Abaixo de Deus, as mães.
Acima / A cima
Em graduação superior.
Ex.: Muito acima do tenente.
Afim / A fim de
A fim de: Com o propósito de, com o objetivo de, com a finalidade de.
Ex.: Trabalhou a fim de ganhar mais.
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48
Português
Afora / A fora
Ao encontro de / De encontro a
De encontro a.
Ex.: Minha moto foi de encontro a um carro.
Aparte / À parte
Substantivo: Interrupção.
Ex.: A professora recebeu um aparte.
À-toa / À toa
À-vontade / À vontade
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49
Português
Bem-posto: Elegante.
Ex.: O pai da noiva estava extremamente bem-posto.
Boa-vida: Brincalhão.
Ex.: Felipe é um boa-vida.
Abaixo-assinado: Documento.
Ex.: A turma fez um abaixo-assinado contra as aulas de Educação Religiosa.
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50
Português
Dantes / De antes
Debaixo / De baixo
Na dependência, em decadência.
Ex.: Marcos e Elizabeth estavam debaixo e foram rendidos.
Sob.
Ex.: Jaz agora debaixo da terra.
Em situação inferior a.
Ex.: Escondam-se debaixo da marquise.
Contrário a “a cima”.
Ex.: Verificamos de baixo a cima.
Demais / De mais
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51
Português
Desapercebido / Despercebido
Detrás / De trás
De trás: Atrás.
Ex.: Todo esse ruído vem lá de trás.
Devagar / De vagar
De vagar: De descanso.
Ex.: Vou à praia nos momentos de vagar.
Em vez de / Ao invés de
Enfim / Em fim
Em fim: No fim.
Ex.: Camila e Bianca estão em fim de carreira.
Enquanto / Em quanto
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52
Português
Nenhum / Nem um
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53
Português
Sem-cerimônia: Descortesia.
Ex.: A sem-cerimônia fez com que a plateia ficasse espantada.
Se não / Senão
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54
Português
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55
Português
Parte 1 – Capítulo III
QUESTÕES
1-Makiyama - 2015 - Banestes - Técnico Bancário
Assinale a alternativa que traz a única palavra grafada CORRETAMENTE:
a) Cabeleleiro
b) Mendingo
c) Bandeija
d) Coucha
e) Tigela
a) A energia elétrica faz uma grande viajem até chegar à casa do consumidor.
b) O progeto de implantação de eletricidade foi um sucesso.
c) Todos devem ter garantido o ascesso à energia elétrica.
d) Energia elétrica é um recurso esgotável, por isso deve ser economizada.
e) Não se pode cojitar que a sociedade fique sem energia elétrica.
a) Dimencionar.
b) Assosciação.
c) Capassitores.
d) Xoque.
e) Conversão.
a) Ocupa-se as faixas de terra que vão do Amapá ao norte do Pará com várias comunidades indígenas.
b) Faz pelo menos três séculos que esses povos partilham uma história de relações comerciais, políticas,
matrimoniais e rituais.
c) São comuns livros didáticos que, ao tratarem da condição dos índios do Brasil, contribui para divulgar
uma história de perdas culturais.
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56
Português
d) O acúmulo de experiências de contato entre diferentes povos permitiram que ocorresse processos de
fusão e de separação de grupos.
e) Com o avanço das frentes de colonização em suas terras, foi trazido uma série de novos conhecimentos e
tecnologias.
a) Os povos indígenas mencionados no texto detêm uma extensão de terras que vai do Amapá ao norte do
Pará.
b) Na opinião das autoras, o discurso dos livros didáticos trás uma visão, por vezes, distorcida da história
dos índios brasileiros.
c) Os povos indígenas do Amapá e do norte do Pará manteram uma história em comum ao longo do tempo.
d) Alguns preconceitos serão desfeitos quando se fazer um estudo mais amplo a cerca dos povos indígenas
do Brasil.
e) As autoras se proporam a enfocar a história dos povos indígenas do Amapá e do norte do Pará por um
novo viéz.
a) Segundo a autora, o português de Dorica possue influência da língua indígena e do francês, e por isso às
vezes prejudicava o entendimento do que ela queria dizer.
b) Além das parteiras do Amapá, outras pessoas foram convidadas à fazer parte do livro de Eliane Brum, do
qual foi elogiado por jornalistas e amantes da literatura.
c) A autora emociona-se ao falar de Dorica, que o português é a segunda língua, mas que comunica-se com
grande poesia nesse idioma.
d) Dorica, Jovelina e outras parteiras reunem-se à fim de conduzir a jornalista em sua viagem pela floresta,
embora revelando seus segredos.
e) Em seu livro intitulado O olho da rua, Eliane Brum dedica-se à descrição do cotidiano de diversas
personagens que compõem a sociedade brasileira.
a) Homonímia
b) Polissemia
c) Conotação
d) Denotação
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57
Português
por que, por quê) de tal projeto ser levado a plenário em ano eleitoral. A resposta foi no sentido de que a
sociedade está __________ (afim, a fim) de uma solução para a questão ambiental e que ______ (há,
a) muito tempo a discussão se arrasta e ainda ressaltou que daqui ______(há, a) alguns anos colheremos os
benefícios. Em decorrência do calor que fazia em Brasília (DF), algumas pessoas passaram ______ (mau,
mal). Os ambientalistas assistiam ____(a, à) cena em silêncio.
a) (seção); (a); (sessão); (cessão); (porque); (a fim); (a); (há); (mal); (a).
b) (sessão); (a); (cessão); (seção); (porquê); (a fim); (há); (a); (mal); (à).
c) (seção); (à); (cessão); (sessão); (por quê); (a fim); (há); (a); (mau); (à).
d) (cessão); (a); (seção); (sessão); (por que); (afim); (a); (há); (mau); (a).
a) "Dizia, em meio a outras coisas, que sem crítica não se pode desenvolver um gosto..." / "Ficamos meio
cegos, incapazes de perceber...".
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Português
b) "... impede, entre outras coisas, uma clara visão da cultura e da arte" / "Apolo é o patrono das artes, o
deus da inspiração, entre outras coisas".
c) "...- inclusive as empulhações do nosso tempo, como a promoção da subliteratura..." / "...o eleitor venha
a ser um dia capaz de olhares altos e lúcidos como os dos argonautas...".
d) "...um livro que me iluminou particularmente sobre essas questões..." / "...episódio contado por
Apolônio de Rodes sobre os argonautas".
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Português
e) “embora” (l.4) por contudo.
Existe no Oceano Pacífico uma ilha feita de duas montanhas. É como se alguém tivesse colado dois grandes
montes de terra no meio do mar. A maior chama-se Tristeza e a menor, Alegria.
Dizem que há muitos anos atrás a Alegria era maior e mais alta que a Tristeza. Dizem também que, por
causa de um terremoto, parte da Alegria caiu no mar e afundou, deixando a montanha do jeito que está
hoje.
Ninguém sabe se isso é mesmo verdade. Verdade é que ao pé desses dois cumes, exatamente onde eles se
encontram, moram uma menina chamada Aleteia e sua avó.
Aleteia e a avó são como as montanhas: duas pessoas que estão sempre juntas.
Hoje Aleteia é menor, mais baixa que sua avó; acontece que daqui a algum tempo, ninguém sabe quando,
Aleteia vai acordar e estará mais alta que a avó. Aleteia vai crescer e eu acho que, quando esse dia chegar,
elas ainda estarão juntas. Igual às montanhas da ilha.
Um dia Aleteia perguntou: “Vovó, quem fez o mundo?”, e sua avó respondeu: “Deus”.
- Todo ele?
- Sim, todo.
- Sozinho?
- Sim, sozinho.
Aleteia saiu da sala com aquela conversa na cabeça. Não estava convencida. Pensou muito a respeito do
assunto. Para raciocinar melhor, saiu para caminhar e caminhou muito pela ilha. Pensava sozinha, pensava
em voz alta e começou a dividir seus pensamentos com as coisas que lhe apareciam pelo caminho: folhas,
árvores, pedras, formigas, grilos, etc. Deus tinha criado o mundo sozinho?
(KOMATSU, Henrique. A menina que viu Deus. p.3-6, formato eletrônico, fragmento.)
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Português
Para o preenchimento CORRETO das lacunas na frase “A menina não tinha o ________ costume de duvidar
da avó, _________, naquele assunto,________ havia terminado a conversa, ela foi perguntar à natureza.”,
empregam-se, respectivamente, as formas:
a) mau, mais, mal.
b) mau, mas, mal.
c) mal, mas, mau.
d) mal, mais, mal.
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Português
GABARITO
1-E 6-A 11 - C 16 - D
2-D 7-E 12 - C 17 - E
3-E 8-C 13 - A 18 - A
4-B 9-B 14 - C 19 - B
5-B 10 - B 15 - A 20 - A
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Português
Acentuação
Atualizada com a Nova Ortografia pelo Decreto nº 6.583/2008
Parte 1 - Capítulo IV
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Primeiramente, faz-se necessário entender a classificação dos vocábulos quanto à tonicidade. Vejamos!
REGRAS DE ACENTUAÇÃO
Acentuam-se os
monossílabos Ex.: pó, pá, pé, mês,
MONOSSÍLABOS tônicos terminados pôs, há.
em a(s), e(s), o(s)
REGRAS BÁSICAS
Acentuam-se os
OXÍTONOS terminados em a(s), Ex.: café, cajá, alguém.
e(s), o(s), em (ens).
Acentuam-se os que
não terminam em Ex.: hífen, biquíni, lápis,
a(s), e(s),o(s), em tórax, éter.
PAROXÍTONOS (ens).
Terminados em Ex.: fáceis, túneis, série,
ditongos. água, pônei.
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Português
Vale frisar também que existem outros casos em que se deve ter atenção na acentuação. Confira!
Acentuam-se com acento agudo a 2ª vogal do hiato, sendo i ou u tônica, seguida ou não de s.
Ex.: gaúcha, saída, país, baús etc.
ACENTO CIRCUNFLEXO
De acordo com a Nova Ortografia, determinada pelo Decreto n°. 6.583/2008, não se usará mais o
acento circunflexo nos casos abaixo. Vejamos!
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Português
ACENTO DIFERENCIAL
1) Nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo dos verbos TER, VIR e seus
derivados.
Ex.: Ele tem muitos amigos/ Eles têm muitos amigos.
Ele vem sempre aos domingos / Eles vêm sempre aos domingos.
Facultativo:
Em fôrma (substantivo) para diferenciá-la de forma (substantivo/verbo)
Vale ressaltar que os acentos diferenciais estudados aqui são aqueles relevantes para os concursos
públicos.
Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles)
arguem, (eu) enxaguo, (tu) enxaguas etc.
TREMA
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Português
Parte 1 – Capítulo IV
QUESTÕES
1 – CLIN - COSEAC - 2015 - GARI
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.
Existe no Oceano Pacífico uma ilha feita de duas montanhas. É como se alguém tivesse colado dois grandes
montes de terra no meio do mar. A maior chama-se Tristeza e a menor, Alegria.
Dizem que há muitos anos atrás a Alegria era maior e mais alta que a Tristeza. Dizem também que, por
causa de um terremoto, parte da Alegria caiu no mar e afundou, deixando a montanha do jeito que está
hoje.
Ninguém sabe se isso é mesmo verdade. Verdade é que ao pé desses dois cumes, exatamente onde eles se
encontram, moram uma menina chamada Aleteia e sua avó.
Aleteia e a avó são como as montanhas: duas pessoas que estão sempre juntas.
Hoje Aleteia é menor, mais baixa que sua avó; acontece que daqui a algum tempo, ninguém sabe quando,
Aleteia vai acordar e estará mais alta que a avó. Aleteia vai crescer e eu acho que, quando esse dia chegar,
elas ainda estarão juntas. Igual às montanhas da ilha.
Um dia Aleteia perguntou: “Vovó, quem fez o mundo?”, e sua avó respondeu: “Deus”.
- Todo ele?
- Sim, todo.
- Sozinho?
- Sim, sozinho.
Aleteia saiu da sala com aquela conversa na cabeça. Não estava convencida. Pensou muito a respeito do
assunto. Para raciocinar melhor, saiu para caminhar e caminhou muito pela ilha. Pensava sozinha, pensava
em voz alta e começou a dividir seus pensamentos com as coisas que lhe apareciam pelo caminho: folhas,
árvores, pedras, formigas, grilos, etc. Deus tinha criado o mundo sozinho?
(KOMATSU, Henrique. A menina que viu Deus. p.3-6, formato eletrônico, fragmento.)
No trecho “Existe no Oceano Pacífico uma ilha feita de duas montanhas.”, a palavra grifada segue a mesma
regra de acentuação que:
A) árvores.
B) vovó.
C) também.
D) estará.
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Português
02 - (PROVA: POLÍCIA FEDERAL - 2014 - CESPE – AGENTE DE POLÍCIA).
TEXTO 1
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Português
Observe os termos abaixo sublinhados. Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a justificativa
CORRETA para o acento existente no termo sublinhado.
A correção na acentuação gráfica faz parte do cuidado com a norma culta na redação de um texto; a opção
que apresenta um vocábulo do texto 3 que é acentuado graficamente por razão distinta das demais é:
A) famílias;
B) país;
C) rodízio;
D) água;
E) desperdício.
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Português
D) Pouco ocorreu neste interím.
E) Não conseguimos entender esta barbárie
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Português
12 - (PROVA: SES-DF - 2014 - IADES – TÉCNICO DE LABORATÓRIO - PATOLOGIA).
Considere a tirinha reproduzida abaixo.
Seguindo-se a regra determinada pelo novo acordo ortográfico, tal como referida no primeiro quadrinho,
também deixaria de receber o acento agudo a palavra:
A) Tatuí.
B) graúdo.
C) baiúca.
D) cafeína.
E) Piauí.
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Português
14 - (PROVA: CRN-GO - 2014 - QUADRIX – AUXILIAR ADMINISTRATIVO).
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Português
As palavras abaixo pertencem ao texto I. Assinale a única que é acentuada pela mesma razão de "fígado",
que aparece no segundo quadrinho da tirinha.
A) "cérebro".
B) "estável".
C) "saudável"
D) "vício".
E) "possível".
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Português
Os vocábulos "cinquentenário" e "império" são acentuados devido à mesma justificativa. O mesmo ocorre
com o par de palavras apresentado em
A) prêmio e órbita.
B) rápida e tráfego.
C) satélite e ministério.
D) pública e experiência.
E) sexagenário e próximo.
A palavra vírus, presente na tira, aparece corretamente acentuada. Assinale a alternativa em que todas as
palavras foram acentuadas corretamente,
A) nobél - recórde - tatú.
B) álbum - repórter - êmbolo.
C) jabutí - sábado - papeis.
D) hifens - gráfico - util.
E) pacú - ultima - palhêta.
Os livros vivem fechados, capa contra capa, esmagados na estante, às vezes durante décadas - é preciso
arrancá-los de lá e abri-los para ver o que têm dentro [...]. Já o jornal são folhas escancaradas ao mundo,
que gritam para ser lidas desde a primeira página. As mãos do texto puxam o leitor pelo colarinho em cada
linha, porque tudo é feito diretamente para ele. O jornal do dia sabe que tem vida curta e ofegante e
depende desse arisco, indócil, que segura as páginas amassando-as, dobrando-as, às vezes indiferente,
passando adiante, largando no chão cadernos inteiros, às vezes recortando com a tesoura alguma coisa que
o agrada ou o anúncio classificado. Súbito diz em voz alta, ao ler uma notícia grave, "Que absurdo!", como
quem conversa. O jornal se retalha entre dois, três, quatro leitores, cada um com um caderno, já de olho
no outro, enquanto bebem café. Nas salas de espera, o jornal é cruelmente dilacerado. Ao contrário do
escritor, que se esconde, o cronista vive numa agitada reunião social entre textos - todos falam em voz alta
ao mesmo tempo, disputam ávidos o olhar do leitor, que logo vira a página, e silenciamos no papel.
Renascemos amanhã.
A palavra “décadas” é acentuada com base na mesma regra que determina a acentuação de
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Português
A) arrancá-los.
B) indócil.
C) súbito.
D) café.
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Português
Os vocábulos “Paranoá” (linha 1) e “está” (linha 3) são acentuados graficamente por serem .
A) proparoxítonos.
B) paroxítonos terminados em vogal.
C) oxítonos terminados em a.
D) oxítonos terminados em hiato
E) proparoxítonos terminados em a.
Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima, julgue os itens a seguir.
A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos vocábulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”
( ) Certo ( ) Errado
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Português
23 - (PROVA: CRN-3ª REGIÃO - 2014 – QUADRIX – ADVOGADO).
A palavra "possível" aparece corretamente acentuada na tirinha. Essa acentuação se deve ao seguinte
motivo:
A) trata-se de uma proparoxítona terminada em "l".
B) trata-se de um caso de ditongo crescente.
C) trata-se de um hiato de uma palavra terminada em "l.
D) trata-se de uma paroxítona terminada em " l ".
E) tem a mesma razão que justifica a acentuação dos vocábulos oxítonos terminados em "l".
Nos dois primeiros períodos, foram empregadas, respectivamente, as formas “têm” e “tem”. Considerando
a norma-padrão e o contexto em que elas aparecem, é correto concluir que a acentuação gráfica do verbo
ter.
A) é facultativa quando ele for empregado na terceira pessoa do singular, mas é obrigatória quando estiver
na terceira pessoa do plural do presente do indicativo.
B) está inadequada nos dois casos, pois o uso do acento diferencial é obrigatório na terceira pessoa do
singular do presente do indicativo.
C) ocorre obrigatoriamente apenas quando ele estiver flexionado na terceira pessoa do plural do presente
do indicativo.
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Português
D) está inadequada no primeiro caso, pois a forma correta é têem.
E) é facultativa nos dois casos.
Acerca da acentuação e da ortografia dos vocábulos utilizados no texto, é correto afirmar que
A) “metrô” (linha 1) é acentuado por ser um monossílabo tônico terminado em vogal.
B) “Alguém” (linha 3) ilustra um caso especial da língua portuguesa: quando empregado no plural, deixa de
ser acentuado.
C) “crítica” (linha 6) e “Só” (linha 1) são acentuados por serem, respectivamente, proparoxítono e
monossílabo tônico terminado em “o”.
D) os autores deveriam ter empregado Mais no lugar de “Mas” (linha 9).
E) “mal” (linha 18) está grafado incorretamente, já que a forma correta seria mau.
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Português
B) A juíza, irresoluta, julgou improcedentes as acusações contra a púdica adolescente.
C) Os lêvedos contém grande quantidade de proteína.
D) O prêmio Nobel foi entregue ao avaro e polêmico diretor.
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Português
GABARITO:
11- A 12 - C 13 - C 14 - A 15 - A
16 - B 17 - B 18 - C 19 - D 20 - C
21 - C 22 - C 23 - D 24 - C 25 - C
26 - C 27 - C 28 - D 29 - B 30 - A
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Português
Parte 2 - Capítulo I
Estrutura e Formação de Palavras
Para que possamos entender o significado de uma palavra, é necessário conhecê-la em suas menores
unidades significativas, também é preciso conhecer a estrutura das palavras. A essas unidades significativas
dá-se o nome de morfemas e ao processo de decomposição das palavras em unidades mínimas denomina-
se análise morfológica.
Iniciaremos o estudo da estrutura das palavras através do Radical.
RADICAL
É caracterizado pela forma mínima da palavra, portanto indivisível em unidades menores. Através do
radical, palavras da mesma família são originadas, possuindo uma base comum de significação.
Ao radical podem se agregar morfemas gramaticais, que podem ser: desinência, afixo ou vogal temática.
Obs.: Quando nos referimos a palavras que apresentam um mesmo radical (raiz), falamos em palavras
cognatas (Ex.: Estrela, estelar, estrelar, estrelado, estrelante, estelante e estrelário).
DESINÊNCIAS
São caracterizadas como elementos colocados no final das palavras para indicar certos aspectos
gramaticais. Elas podem indicar:
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Português
VERBAIS
Exemplos:
PRESENTE
Pessoa Singular Plural
1ª -o - mos
2ª -s - is (des)
3ª - -m
PRETÉRITO PERFEITO
Pessoa Singular Plural
1ª -i - mos
2ª - ste -stes
3ª -u - ram
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Português
NOMINAIS
Exemplos:
alun-o aluno-s
alun-a aluna-s
AFIXO
Os afixos são elementos que têm a função de modificar de forma precisa o sentido do radical a que se
agregam. São chamados de prefixos os elementos colocados antes do radical e são chamados de sufixos os
elementos colocados depois do radical.
VOGAL TEMÁTICA
São denominadas de vogais temáticas os elementos que se juntam ao radical possibilitando a ligação entre
este e a desinência. Quando o radical se junta à vogal temática, forma-se o que se chama de tema.
Esses dois elementos servem para favorecer a junção das palavras, tornando a pronúncia delas mais
agradável ou mais fácil.
As vogais de ligação, assim como as consoantes de ligação, fazem a conexão entre o radical e o sufixo,
desinência ou outro radical. Sendo, portanto, despidas de significação.
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Português
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
DERIVAÇÃO PREFIXAL
As palavras primitivas agregadas de prefixos formam as palavras derivadas. Os prefixos caracterizam-se por
serem mais independentes que os sufixos, porque geralmente são originados de advérbios ou de
preposições.
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Português
Soto- Soto-mestre, sotopor
Posição inferior
Sota- Sota-vento, sota-voga
Sub- Subir, subalterno
Sus- Suspender, suster
Movimento de baixo para cima,
Su- Suceder, supor
inferioridade
Sob- Sobestar, sobpor
So- Soerguer, soterrar
Super- Superpor, superpovoado
Posição em cima, excesso
Sobre- Sobrepor, sobrecarga
Supra- Posição acima, excesso Supradito, suprassumo
Trans- Transpor, transalpino
Movimento para além de
Tras- Trasladar, traspassar
Posição além de
Tres- Tresvariar, tresmalhar
Ultra- Posição além do limite Ultrapassar, ultrassom
Vice- Vice-reitor, vice-cônsul
Substituição, em lugar de
Vis- (vizo-) Visconde, vizo-rei
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Português
Pará- (par-) Proximidade, ao lado de Paralogismo, paramnésia
Peri- Posição ou movimento em torno Perímetro, perífrase
Pró- Posição em frente, anterior Prólogo, prognóstico
Sin- (sim-, si) Simultaneidade, companhia Sinfonia, simpatia, sílaba
DERIVAÇÃO SUFIXAL
As palavras primitivas agregadas de sufixos também formam as palavras derivadas. Os sufixos podem ser:
nominais, verbais e adverbiais.
São denominados de sufixos nominais aqueles que se aglutinam a um radical para dar origem a um
substantivo ou a adjetivo.
Ex.: Bananeira, pontudo.
São denominados de sufixos verbais aqueles que se ligam a um radical, dando origem a um verbo.
Ex.: Amanhecer, festejar, interagir.
É denominado sufixo adverbial aquele que se liga a um radical, dando destaque ao sufixo mente, que é o
utilizado. Esse sufixo é acrescentado à forma feminina de um adjetivo.
Ex.: Uniformemente, lentamente, especialmente.
Cumpre mencionar também a existência dos sufixos aumentativos e sufixos diminutivos. Confira na tabela
abaixo os principais sufixos.
SUFIXOS AUMENTATIVOS
SUFIXO EXEMPLOS
-ão Caldeirão, paredão
-alhão Grandalhão, vagalhão
-(z)arrão Gatarrão, homenzarrão
-eirão Asneirão, toleirão
-aça Barbaça, barcaça
-aço Animalaço, ricaço
-ázio Copázio, gatázio
-uça Dentuça, carduça
-anzil Corpanzil
-aréu Fogaréu, povaréu
-arra Bocarra, naviarra
-orra Beiçorra, cabeçorra
-astro Medicastro, poetasto
-az Lobaz, roaz
-alhaz Facalhaz
-arraz Pratarraz
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SUFIXOS DIMINUTIVOS
SUFIXO EXEMPLO
-inho, -a Toquinho, vozinha
-zinho, -a Cãozinho, ruazinha
-ino, -a Pequenino, cravinha
-im Espadim, fortim
-elho, -a Folhelho, rapazelho
-ejo Animalejo, lugarejo
-ilho, -a Pecadilho, tropilha
-acho, -a Fogacho, riacho
-icho, a Governicho, barbicha
-ucho, -a Papelucho, casucha
-ebre Casebre
-eco, -a Livreco, soneca
-ico, -a Burrico, marica(s)
-ela Ruela, viela
Também chamada de derivação sucessiva, ocorre quando uma palavra possui prefixo e sufixo, sem que um
exija a presença do outro.
Segue a seguinte estrutura: prefixo + radical + sufixo.
Ex.: Infelizmente, deslealdade.
Infeliz, felizmente, desleal, lealdade.
DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA
Nesse processo, a palavra é acrescida de um prefixo e de um sufixo e ocorre quando uma palavra possui
esses dois elementos necessariamente ao mesmo tempo, isto é, um exige a presença do outro.
Ex.: Anoitecer, enlouquecer, amanhecer.
DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Nesse caso, a palavra primitiva sofre uma redução. Geralmente, são verbos que dão origem a substantivos
abstratos, havendo, portanto, perda de fonema.
Ex.: Trabalho (trabalhar), castigo (castigar), toque (tocar).
DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA
A palavra primitiva não sofre modificações. Em outras palavras, ela não recebe acréscimos nem reduções.
Ocorre quando a palavra muda de função num determinado contexto, por meio da mudança de sua classe
gramatical. Geralmente, ocorre a mudança de verbos, adjetivos, advérbios e conjunções em substantivos.
Ex.: O jantar, a circular, o não.
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HIBRIDISMO
No hibridismo, as palavras são caracterizadas por sua composição ser feita através da união de elementos
provenientes de línguas de origens diferentes.
Ex.: Televisão – tele (grego) + visão (latim).
Automóvel – auto (grego) + móvel (latim).
Burocracia – buro (francês) + cracia (grego).
Sambódromo – samba (africano) + dromo (grego).
ONOMATOPEIA
Consiste no processo da criação de palavras que procuram reproduzir determinados sons, vozes de animais
ou ruídos.
Ex.: Tique-taque, zunzum, cacarejar, miar.
ABREVIAÇÃO
SIGLA
Consiste num processo de reduzir longos títulos a simples siglas, constituídas das letras iniciais das palavras
que os compõem.
Ex.: MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola.
PFL – Partido da Frente Liberal.
VARIG – Viação Aérea Rio-Grandense.
REDUPLICAÇÃO ou REDOBRO
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Parte 2 – Capítulo I
QUESTÕES
1 - FGV – 2014 – PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS-SC – FISCAL DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Daniel Blair tem 4 aninhos e achou que seu cachorrinho de apenas uma semana de vida estava muito sujo.
O melhor jeito encontrado para um banho rápido foi atirar o animal na água do vaso sanitário – e dar
descarga. Por sorte, a mãe descobriu a tempo, e bombeiros resgataram o animalzinho ainda vivo no esgoto.
O caso aconteceu no início de junho, na Inglaterra, e chamou a atenção das câmeras do mundo inteiro.
Muitos perguntaram: será que Daniel seria um psicopata divertindo-se com o sofrimento do bicho?
Provavelmente não. Nesses casos, o que pode existir é o transtorno de conduta – comportamento que viola
regras sociais importantes.
TEXTO III
ESPADAS
NENHUMA OUTRA ARMA TINHA O MESMO GLAMOUR
Séculos depois de terem se tornado obsoletas, espadas ainda decoram brasões, bandeiras e insígnias
militares por todo o mundo. "A história da espada é a história da Humanidade", afirmou o aventureiro,
esgrimista e escritor britânico Richard Burton no século 19.
Uma espada é inteira letal. Com a ponta, o inimigo podia ser trespassado, como uma lança. Com os
lados, retalhado, como um machado - com a vantagem de a lâmina ser muito maior, e haver duas delas,
nos modelos com dois gumes. Até a empunhadura servia para atacar, batendo-a contra a cabeça do inimigo
- uma tática particularmente eficiente contra um oponente usando um elmo, que acabava desnorteado e
vulnerável para ser finalizado. A espada também pode bloquear eficientemente ataques inimigos, dando
origem à arte da esgrima, a complexa dança mortal entre movimentos defensivos e ofensivos. Ainda que
raramente fosse a arma principal de uma unidade lutando em formação, não havia nada mais eficiente
para combate próximo e pessoal - por isso, mesmo guerreiros equipados com lanças ou outras armas
longas, como os hoplitas espartanos, carregavam-na consigo como arma reserva, para um ataque final ou
como último recurso, quando a situação se degenerava num salve-se quem puder.
(...)
(Revista Superinteressante, Editora Abril, Edição 329-A, Edição especial Armas, fevereiro-
2014, p. 14)
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Português
Longe dos cientistas achar que a ciência é o único modo de conhecer o mundo e as pessoas, ou que a
ciência está sempre certa. Muito ao contrário, seria absurdo não dar lugar às artes, aos mitos e às religiões
como instrumentos complementares de conhecimento, expressões de como o mundo é visto por pessoas e
culturas muito diversas entre si.
Um mundo sem esse tipo de conhecimento não científico seria um mundo menor e, na minha opinião,
insuportável. O que existe é uma distinção entre as várias formas de conhecimento, distinção baseada no
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Português
método pertinente a cada uma delas. A confusão começa quando uma tenta entrar no território da outra, e
os métodos passam a ser usados fora de seus contexto.
Portanto, é (ou deveria ser) inútil criticar a astrologia por ela não ser ciência, pois ela não é. Ela é uma outra
forma de conhecimento. [...]
Essa caracterização da astrologia como não ciência não é devida ao dogmatismo dos cientistas. É
importante lembrar que, para a ciência progredir, dúvida e erro são fundamentais. Teorias não nascem
prontas, mas são refinadas com o passar do tempo, a partir da comparação constante com dados. Erros são
consertados, e, aos poucos, chega-se a um resultado aceito pela comunidade científica.
A ciência pode ser apresentada como um modelo de democracia: não existe o dono da verdade, ao menos
a longo prazo. (Modismos, claro, existem sempre.) Todos podem ter uma opinião, que será sujeita ao
escrutínio dos colegas e provada ou não. E isso tudo ocorre independentemente de raça, religião ou
ideologia. Portanto, se cientistas vão contra alguma coisa, eles não vão como donos da ve rd ad e, mas com
o mesmo ce t ic ism o que caracteriza a sua atitude com relação aos próprios colegas. Por outro lado, eles
devem ir dispostos a mudar de opinião, caso as provas sejam irrefutáveis.
astrologia lida com questões de relevância imediata na vida de cada um, tendo um papel emocional que a
astronomia jamais poderia (ou deveria) suprir.
A astrologia está conosco há 4.000 anos e não irá embora. E nem acho que deveria. Ela faz parte da história
das ideias, foi fundamental no desenvolvimento da astronomia e é testemunha da necessidade coletiva de
conhecer melhor a nós mesmos e os que nos cercam. De minha parte, acho que viver com a dúvida pode
ser muito mais difícil, mas é muito mais gratificante. Se erramos por não saber, ao menos aprendemos com
os nossos erros e, com isso, crescemos como indivíduos. Afinal, nós somos produtos de nossas escolhas,
inspiradas ou não pelos astros.
Há evidente equívoco na determinação do valor significativo do sufixo (em destaque) da seguinte palavra
empregada no primeiro parágrafo do texto:
a) cientISTA/profissão, ocupação
b) regulamentaÇÃO / ato ou resultado de ato
c) oportunIDADE /qu alida de ou estado
d) dogmatISM O /doutrina ou sistema
O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia
imaginar a reversão cultural que se deu no consumo do tabaco?
Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este jornal, em uma série de reportagens, nestes
dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo.
Surpreendentemente, houve entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso
típico de cidade rodoviária e dispersa.
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Português
Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade e contra o
aquecimento global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente básico. (A USP acaba de
divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.)
O transporte também esteve no centro dos protestos de junho de 2013. Lembremos: ele está
interrelacionado com a moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.
“A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”;
nesse trecho do texto 1, o segmento “acaba de divulgar estudo” poderia ser substituído por um termo
menos extenso, com a ajuda de um prefixo ou sufixo: “estudo recém-divulgado”. A frase abaixo em que
esse mesmo processo foi feito de forma INADEQUADA é:
A abreviatura oficial dos meses do ano é feita com as três primeiras letras do mês seguidas de ponto; nesse
caso, a única forma de abreviatura que, de fato, nada abrevia é:
a) Jan
b) Mai
c) Ago
d) Set
e) Dez
A intensa chuva de granizo que caiu sobre a cidade na tarde de domingo (18) deixou a cidade em estado de
atenção, que durou até as 17h35. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as chuvas
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Português
foram mais intensas nas zonas Sul e Oeste, mas moradores da zona Leste também registraram o fenômeno
climático. Placas de gelo formadas . no chão chamaram a atenção dos paulistanos, que , , , , . postaram
fotos da neve cobrindo as ruas nas redes sociais. No bairro da Aclimação, no centro, a Rua Pedra Azul
amanheceu coberta por gelo nesta segunda-feira (19).
(Fonte: http:/ /vejasp.abril.com.br)
No texto acima, o verbo amanhecer, no título, foi formado pelo processo de:
a) derivação prefixal
b) derivação sufixal
c) derivação parassintética·
d) derivação regressiva.
e) derivação imprópria.
a) ativistas /progressistas
b) discriminação / ampliação
c) marxista / feminista
d) jurídico / democrático
e) companheiro / financeiro
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Português
12 - IBFC - 2014 - SEDS-MG - Agente de ação social
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GABARITO
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Português
Parte 2 - Capítulo II
As Classes de Palavras
Para darmos início a este capítulo, falaremos da importância de analisar as funções
desenvolvidas pelas palavras nas frases, já que elas podem desempenhar diversas funções.
É muito comum utilizarmos uma palavra em sentido mais amplo, figurado, conotativo.
Nesse sentido, vale destacar também que as classes das palavras podem ser agrupadas em
variáveis e invariáveis, de acordo com suas flexões. Como palavras variáveis, destacam-se os
substantivos, os artigos, os adjetivos e certos numerais e pronomes que expressam gênero e
número; já os verbos, também variáveis, através das flexões de tempo, do modo, do aspecto,
do número e da pessoa. Denominadas de invariáveis, temos os advérbios, as preposições, as
conjunções e certos pronomes, classes essas que não permitem acréscimo de desinências
(flexões).
De modo a facilitar o entendimento das classes das palavras, segue um quadro com as
informações essenciais.
SUBSTANTIVO
Nomeia seres, coisas e ideias; o substantivo
Características semânticas e funcionais concreto nomeia seres e coisas; o substantivo
abstrato nomeia ações, estados e qualidades.
Flexões Gênero, número e grau.
Funções substantivas, a saber: núcleo do
sujeito, dos complementos verbais (objetos),
Função sintática do complemento nominal, do agente da
passiva, do predicativo, do aposto e do
vocativo.
ARTIGO
Precede o substantivo, indicando-lhe o
Características semânticas e funcionais gênero e o número; ao mesmo tempo
determina-o ou generaliza-o.
Flexões Gênero, número.
ADJETIVO
Modifica o substantivo, atribuindo-lhe um
Características semânticas e funcionais
estado, qualidade ou modo de ser.
Flexões Gênero, número, grau.
Funções adjetivas, a saber: adjunto
Função sintática
adnominal e predicativo.
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Português
ADVÉRBIO
Modifica o verbo, o adjetivo ou outro
Características semânticas e funcionais advérbio, exprimindo uma circunstância
(tempo, lugar, dúvida, intensidade, etc.).
Flexões Grau (apenas alguns).
Função sintática Função adverbial, a saber: adjunto adverbial.
PRONOME
Substitui ou acompanha o nome, fazendo seu
Características semânticas e funcionais
papel ou modificando-o.
Flexões Gênero, número, pessoa.
Funções substantivas (sujeito, obj.dir. etc.),
Função sintática
adjetivas (adjunto adnominal, predicativo).
NUMERAL
Características semânticas e funcionais Indica a quantidade dos seres.
Flexões Gênero, número, grau (alguns).
Função sintática Funções substantivas e adjetivas.
PREPOSIÇÃO
Liga termos de uma oração, estabelecendo
Características semânticas e funcionais
variadas relações entre eles.
Flexões Invariável.
Função sintática Nenhuma.
CONJUNÇÃO
Características semânticas e funcionais Liga termos de mesma função e orações.
Flexões Invariável.
Função sintática Nenhuma.
INTERJEIÇÃO
Características semânticas e funcionais Exprime emoções ou sentimentos.
Flexões Invariável.
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Português
VERBO
Indica uma ação, estado ou fenômeno da
natureza, ou seja, um processo, localizando-o
Características semânticas e funcionais
em função do tempo. (Apresenta sempre um
aspecto dinâmico)
Flexões Modo, tempo, número e pessoa.
Núcleo do predicado verbal ou verbo-
Função sintática
nominal.
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Parte 2 – Capítulo II
QUESTÕES
1 - VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia
Assinale a alternativa em que o termo em destaque expressa circunstância de posse.
a) Era razoável, e diante da testemunha abri a bolsa, não sem experimentar a sensação de
violar uma intimidade.
b) Hesitei: constrangia-me abrir a bolsa de uma desconhecida ausente; nada haveria nela que
me dissesse respeito.
c) Por isso, grande foi a minha emoção ao deparar, no assento do ônibus, com uma bolsa
preta de senhora.
d) Mas eu não estava preparado para achar uma bolsa, e comuniquei a descoberta ao
passageiro mais próximo.
e) ... e sei de um polonês que achou um piano na praia do Leblon.
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Português
Na linha 3, a correção gramatical do texto seria mantida caso a expressão “os quais” fosse
substituída por que ou fosse suprimida, desde que, nesse último caso, fosse suprimida
também a forma verbal “são”.
( ) Certo ( ) Errado
É correto afirmar que os advérbios destacados nas frases expressam circunstância de:
a) dúvida.
b) negação
c) intensidade.
d) modo.
e) afirmação.
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Português
“TUDO o QUE quiserem fazer – compras, contas, reservas – E tudo O que desejarem saber
estará ao alcance DE um dedo.”
a) bênção.
b) órfão.
c) cristão.
d) cidadão.
e) melão.
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a) “Essa definição aparece por último, como informal e recente”.
b) “Nada podia ser igual ao que a realeza usava”.
c) “Não foi possível manter esse controle por muito tempo”.
d) “As classes mais pobres passavam a ter acesso a cópias dos acessórios reais”.
a) posse.
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Português
b) modo.
c) tempo.
d) direção.
e) lugar.
a) ênfase
b) qualidade
c) autoridade
d) formalismo
e) estranhamento
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Português
I. O sentido da mensagem muda se a palavra “sujo” for entendida como verbo ou como
adjetivo.
II. Considerando-se a intenção do cartaz, entende-se que “sujo” é um adjetivo.
Está correto o que se afirma em
a) somente I
b) somente II
c) I e II
d) nenhuma
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Português
GABARITO
1–B 6–D 11 – D 16 – E
2–D 7–E 12 – E 17 – A
3–C 8–C 13 – A 18 – C
4–C 9–B 14 – C 19 – E
5-C 10 - D 15 – E 20 – C
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Português
Parte 2 - Capítulo III
Verbos
Regular - O radical fica inalterado. As desinências seguem um paradigma. (cantar, beber, partir)
Exemplo: Eu canto - Presente do Indicativo - Eu cantarei - Futuro do Presente - Que eu cante - presente
do subjuntivo.
Anômalo -Apresenta mais de dois radicais. (Ser e ir). Exemplo: Vou - Presente do indicativo - Ia -
Pretérito imperfeito - Fui - pretérito perfeito
Defectivo - Não se conjuga em todas as formas. (precaver-se, reaver, abolir, demolir, falir, colorir, etc.)
Exemplo: Tu colores - Ele colore - Nós colorimos - Vós coloris - Eles colorem
Abundante: Apresenta duas ou mais formas equivalentes. Exemplo: Anexar - Infinitivo - Anexado -
Partícipio regular - Anexo - Partícipio irregular
Conjugação é o conjunto das flexões de modo, tempo, pessoa, número e voz de um verbo,
seguindo uma ordem determinada. Modos são as formas que o verbo toma para indicar a atitude
da pessoa que fala em relação ao fato que enuncia. Há três modos: o indicativo, o subjuntivo e o
imperativo.
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Português
Indicativo
Pretérito Presente
Subjuntivo
Simples: Composto:
Que eu fale Quando eu Quando eu
falar. tiver (houver)
falado.
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Português
Imperativo
Afirmativo Negativo
Presente do Subjuntivo
Presente do Indicativo (1º conjugação- ar/ 2º conjugação -er/
(Radical da 1º pessoa) 3º conjugação - ir)
Cantar - canto Que eu caiba/que tu caibas/que ele
Caber - caibo caiba/que nós caibamos/que vós
caibais/que eles caibam.
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Português
Todos os verbos
terminados em EAR
são irregulares
Os verbos
terminados em IAR Todos os verbos
são regulares terminados em EAR e os
exceto: MEDIAR, cinco verbos irregulares
ANSIAR, REMEDIAR, terminados em IAR
INTERMEDIAR, apresentam uma
INCENDIAR E ODIAR. ditongação (EI) nas
formas risotônicas (1º,
2º, 3º pessoa do singular
e 3º pessoa do plural nos
tempos do PRESENTE).
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108
Português
Tempos Compostos
Formam-se com os auxiliares TER ou HAVER acompanhados do verbo principal particípio passado.
Mais-que-perfeito: Auxiliar no
Tinha estudado
imperfeito.
Indicativo
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Português
Gerúndio: É a forma verbal conhecida como forma nominal do verbo, juntamente com o infinitivo e
o particípio.
Modo indicativo: Indica que o falante assume uma atitude de certeza em relação ao fato expresso
pelo verbo.
Mais-que-perfeito: Auxiliar no
Tivesse estudado
imperfeito.
Chamam-se formas nominais, porque ao lado do seu valor verbal exercem função própria do substantivo,
do adjetivo e, até mesmo, do advérbio.
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Português
Infinitivo:
Impessoal: Exprime a ação de uma maneira vaga. É o
nome do verbo.
Pessoal: É o infinitivo ligado às pessoas do discurso.
Verbos (Semântica)
Modo subjuntivo: Expressa um fato incerto, duvidoso ou até irreal. Suas principais subdivisões são:
Futuro
Presente Pretérito Imperfeito
Pode indicar semanticamente
presente ou futuro: Indica uma ação eventual (que
Expressa uma ação posterior a pode ocorrer ou não) em um
outro fato na oração principal. momento futuro.
Ex.: Espero que eles estejam Ex.: Duvidei que ela viesse aqui. Ex.: Quando ele vier à praia,
bem. (Presente)
Gostaria que você trouxesse a entrará na água.
Espero que chova. (futuro) bolsa.
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Português
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112
Português
Regular:
•É o verbo cujo radical não sofre alteração fonética durante a conjugação. Também
as desinências ficam inalteradas. Ex.: amar, amo, amava, amará.
Irregular:
•É o verbo que sofre alterações no radical ou desinências ao ser conjugado.
Ex.: fazer, faço, fez, fiz.
Defectivo:
•É o verbo que não se conjuga em todas as pessoas, tempos ou modos.
Os mais importantes são:
• Abolir, colorir, banir, ruir, extorquir, feder: não possuem a 1ª pessoa
do singular (eu) do presente do indicativo e não se conjugam no
presente do subjuntivo; nos outros tempos são completos.
• Reaver, precaver-se, falir, remir, adequar: no presente do indicativo,
só se conjugam na 1ª e 2ª pessoas do plural (nós e vós) e não se
conjugam no presente do subjuntivo; nos outros tempos, são
completos.
• Doer, acontecer, ocorrer: conjugam-se em todos os tempos, mas
somente nas terceiras pessoas (ele e eles).
Abundante:
É o verbo que possui duas ou mais formas equivalentes, geralmente
no particípio. Ex. enxugado ou enxuto; matado ou morto; anexado ou
anexo; benzido ou bento.
Anômalo:
É o verbo formado por mais de um radical. Só existem dois verbos
anômalos: ser e ir.
Auxiliar:
É o primeiro verbo de uma locução verbal, aquele que se flexiona. Ex.: Estava
lendo.
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Português
Rizotônica: Quando a vogal tônica recai no radical. Ex.: ando luto, faço.
Arrizotônica: Quando a vogal tônica está fora do radical. Ex.: esperamos, queriam, voltarei.
Tempos compostos: Formam-se com os auxiliares TER ou HAVER acompanhados do verbo principal no
particípio passado.
Indicativo: Subjuntivo:
Verbos terminados em EAR: recebem um i nas formas rizotônicas (o acento tônico recai no radical), no
presente do indicativo e no presente do subjuntivo.
Pentear:
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Português
Há, porém, cinco verbos terminados em IAR que recebem um e nas formas rizotônicas no presente do
indicativo e no presente do subjuntivo.
Maquiar
Mediar/ Ansiar / Remediar/ Incendiar / Odiar (Perceba que as iniciais formam a palavra MARIO)
Pres. Indicativo: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam.
Pres. Subj.: odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem.
VERBOS CUJAS CONJUGAÇÕES DEVEM SER CONHECIDAS: (ter, reter, conter obter, reter, entreter).
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Português
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Português
Parte 2 - Capítulo III
Questões
1 - Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente Penitenciário - Conhecimentos Básicos
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Português
4 - Prova: FCC - 2014 - TJ-AP - Técnico Judiciário
Quando visitou a Amazônia, Eliane Brum ___________ com a índia Dorica, que, na ocasião, ___________à
jornalista que as parteiras realizavam um trabalho que ____________paciência.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o sublinhado acima está em:
a) ... que uns dizem com voz rouca ...
b) ... que existam pássaros ...
c) ... que ele entendia ...
d) ... o que lhes ensinam ...
e) ... que assim se chama.
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
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Português
Não era um gato,
Não era um rato.
O correto comentário sobre a classificação do sujeito das formas verbais em destaque está expresso em:
a) Sujeito desinencial, com referente textual claramente expresso no poema.
b) Sujeito simples, representado pela palavra “não”.
c) Oração sem sujeito, já que o verbo “ser” é impessoal.
d) Sujeito indeterminado, caracterizado pela utilização do infinitivo fexionado.
e) Sujeito oracional, representado pelo primeiro verso da estrofe em destaque.
a) o artigo definido do título justifica-se pela tentativa de evitar uma repetição desnecessária já que, no
primeiro verso, ele se refere ao bicho novamente.
b) o artigo indefinido do primeiro verso indica que o eu- lírico pretende criar um efeito de nostalgia em
torno do bicho em questão.
c) a mudança de artigo, do definido para o indefinido, reforça o efeito de surpresa causado no leitor pelo
eu- lírico que, embora saiba de que bicho se trata desde o título, opta por não revelá-lo de imediato.
d) trata-se de um recurso gramatical que, embora não acarrete alterações semânticas, produz substanciais
transformações sintáticas na estrutura do poema.
e) o eu-lírico pretendia chamar atenção para a importância do tema central do poema, por isso recorreu às
alterações morfossintáticas.
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Português
10 - Prova: VUNESP 2014 - SEDUC-SP - Analista de Tecnologia da Informação
Leia os quadrinhos para responder à questão.
Os segmentos abaixo, retirados do texto 2, que documentam formas de voz passiva são:
a) foi reagendado para as 7h05 / está sendo preparada pela Nasa;
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Português
b) está sendo preparada pela Nasa / o objetivo de enviar astronautas a Marte;
c) o objetivo de enviar astronautas a Marte / será dado nesta sexta-feira;
d) será dado nesta sexta-feira / o lançamento estava previsto;
e) o lançamento estava previsto / foi reagendado para as 7h05.
a) fora alardeado.
b) era alardeado.
c) tinha sido alardeado.
d) têm alardeado.
e) eram alardeados.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas, de acordo com a norma-padrão
da língua portuguesa.
a) haver ... encontra-se … empenhados
b) haver … se encontram … empenhados
c) haverem … se encontra … empenhado
d) haverem … encontram-se … empenhados
e) haver … encontra-se … empenhado
(...) Viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos
obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso não-ser... Quero dizer com isso que nós
temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhecem; e a subjetiva...
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Português
Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos – Quem somos? Não saberemos
dizer ao certo! Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam
nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x
essência. E você... O que pensa disso? (...) Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la...
Leia a oração abaixo transcrita do texto e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta o tempo e o
modo verbais corretos do termo destacado.
a) Ao tempo de Luís Gama, a um proprietário jamais se ...... (aplicar) quaisquer penas por atos que ......
(haver) representado uma tortura a um escravo.
b) Para Gramsci, os sofrimentos que para alguém ...... (advir) de uma decisão ...... (dever) ser levados em
conta por quem viesse a tomá-la.
c) ...... (ser) de se lamentar que tais ocorrências ainda ...... (ter) havido.
d) Caso ...... (continuar) a ocorrer tais fatos, ...... (haver) que se tomar providências.
e) ..... (ocorrer) a Luís Gama argumentos que jamais se ...... (ver) antes.
a) acabam demonizando.
b) acabam sendo demonizados.
c) acabará sendo demonizada.
d) acaba por ter sido demonizado.
e) acaba por ser demonizada.
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Português
22 – Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação
Se o mundo desaba , o caos impera .
Mantém - se correta correlação entre os tempos verbais da frase acima substituindo - se os verbos grifados,
respectivamente, por:
a) desabasse - imperaria
b) desabe - imperava
c) desaba - imperara
d) desabar - imperaria
e) desabava - imperara
A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de
15 mil casos da doença, segundo dados da Prefeitura.
As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe um protocolo para identificar os focos de
reprodução do mosquito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas quando alguém fica doente
e avisa as autoridades, não é bem isso que acontece.
(Saúde Uol)
Assinale a opção que indica a forma verbal que exemplifica a voz passiva.
a) Tem feito.
b) Foram registrados.
c) Dizem.
d) Identificar.
e) Avisa.
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Português
26 - FGV - 2014 - Prefeitura de Osasco - SP - Motorista de Ambulância
Se uma dupla com roupas que parecem de astronauta tocar a campainha da sua casa, não se assuste. O
traje especial é usado pelos exterminadores do mosquito da dengue. Mesmo fazendo um trabalho de
interesse público, nem sempre eles são autorizados a entrar.
(Bandnews)
Essa frase do texto encontra-se na voz passiva. A forma correspondente na voz ativa é
a) usa-se o traje especial pelos exterminadores do mosquito da dengue.
b) os exterminadores do mosquito da dengue usam o traje especial.
c) os exterminadores do mosquito da dengue usaram o traje especial.
d) Se o traje especial for usado pelos exterminadores do mosquito da dengue.
e) o traje especial sendo usado pelos exterminadores do mosquito da dengue.
I. A vaidade, uma vez justificável, deixa de ser um vício abominável. = Se a justificarmos, a vaidade já não
seria um vício abominável.
II. Ele toleraria a vaidade, desde que pudesse justificá-la. = A vaidade seria tolerada, desde que ela pudesse
ser justificada por ele.
III. Ele não vê como poderia justificar a vaidade que eventualmente o assalta. = A vaidade não é vista
justificada por ele, quando eventualmente é por ela assaltado.
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Português
d) As escadas do shopping não eram muito praticas.
e) Você vêm de longe só para comprar nesse shopping?
a) Os que levariam a vida pensando apenas nos valores absolutos talvez façam melhor se pensassem no
encanto dos pequenos bons momentos.
b) Há até quem queira saber quem fosse o maior bandido, entre os que recebessem destaque nos
popularescos programas da TV.
c) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gostam tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não
tenha aspirações a ser metafísica.
d) Se os adeptos da fama a qualquer custo levarem em conta nossa condição de mortais, não precisariam
preocupar-se com os degraus da notoriedade.
e) Quanto mais aproveitássemos o que houvesse de grande nos momentos felizes, menos precisaríamos
nos preocupar com conquistas superlativas.
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126
Português
GABARITO
1-E 6-B 11 - E 16 - B 21 - E 26 - B
2-A 7-E 12 - A 17 - B 22 - A 27 - C
3-B 8-A 13 - B 18 - A 23 - D 28 - D
4-D 9-C 14 - E 19 - D 24 - C 29 - B
5-C 10 - C 15 - E 20 - C 25 - B 30 - E
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127
Português
Parte 2 – Capítulo IV
Substantivo
DEFINIÇÃO: É a palavra que nomeia os seres em geral (pessoas, lugares, entidades, animais e coisas) e
também pode nomear ações, estados e qualidades, que são tomados como seres.
Homem
Paris
João
Raiva
Concretos
Abstratos
Os substantivos
classificam-se Próprios
em:
Comuns
Coletivos
Importante ressaltar que os substantivos podem ser classificados quanto à sua designação genérica ou
específica (comum/próprio) e quanto à sua existência (concreto/abstrato).
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128
Português
Veremos mais detalhadamente as classificações dos substantivos abaixo:
Quanto à designação
Quanto à existência
genérica ou específica
É necessário ressaltar que os substantivos ainda possuem outras classificações, que estudaremos abaixo:
Substantivo coletivo:
Designa um conjunto de seres da Substantvo simples:
mesma espécie, mesmo que esteja Possui um só radical.
no singular.
Ex.: porta, tempo, etc.
Ex.: Alcateia (agrupamento de
lobos), código, etc.
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129
Português
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
FLEXÃO DE GÊNERO
O gênero indica, na maioria das vezes, o sexo dos seres. Sendo assim, os substantivos podem ser
classificados em masculinos e femininos, quanto ao gênero.
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130
Português
COMUM-DE-DOIS-GÊNEROS
Mantêm a mesma forma para designar os
indivíduos dos dois sexos.
Ex.: o estudante - a estudante.
SOBRECOMUM
São os substantivos que têm uma só forma e
Substantivos uniformes: um só artigo para ambos os gêneros
Ex.: a criança, a testemunha, etc.
EPICENO
Designa apenas uma forma para o masculino
e para o feminino de certos animais.
Ex.: onça, barata, macho / fêmea, etc.
FLEXÃO DE NÚMERO
O substantivo pode apresentar-se no singular (indica um só ser ou grupo de seres) ou no plural (indica mais
de um ser ou grupo de seres).
A regra geral é que o plural é formado pelo acréscimo da letra “s” à forma singular.
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131
Português
REGRAS DO PLURAL DO SUBSTANTIVO
SUBSTANTIVOS TERMINADOS
EM VOGAL E DITONGO
Acrescenta "s" leis, troféus, etc.
TERMINADOS EM - M
Muda para - NS homens
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132
Português
Nesse contexto, é importante mencionar um pouco sobre a prosódia. Esta é a parte da gramática que
estuda a correta pronúncia das palavras quanto à sua acentuação tônica. Desta forma, não se pode olvidar
que existem palavras de dupla prosódia, tais como:
Ex.: reptil - reptis; réptil - répteis.
É necessário diferenciar o plural dos substantivos compostos, que são unidos por hífen daqueles que fazem
o plural como um substantivo simples.
Os radicais unidos por hífen do substantivo composto podem ocorrer nos seguintes casos:
Quando os elementos são ligados por preposição, somente irá para o plural o primeiro elemento.
Ex.: pé de moleque, pés de moleque.
Quando houver dois elementos variáveis (adjetivos, substantivos e numerais), os dois elementos
serão alterados para o plural.
Varia apenas o segundo elemento quando o primeiro elemento é palavra invariável ou verbo e o
segundo é adjetivo ou substantivo.
A palavra metafonia significa mudança de som, o que ocorre com os substantivos que, no singular, a vogal
tônica é fechada. E, quando passada para a plural, o som se transforma em vogal tônica aberta.
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133
Português
GRAU DO SUBSTANTIVO
É a possibilidade de indicar uma ideia de diminuição ou aumento de tamanho do ser que nomeia.
FORMAÇÃO DO GRAU DO SUBSTANTIVO
O substantivo pode estar nos graus diminuitivo, aumentativo e normal, sendo que podemos utilizar dois
processos para formar o grau do substantivo, conforme será estudado abaixo:
Sintético Analítico
Note que costumamos usar os substantivos no aumentativo sintético ou no diminuitivo sintético para
expressar afeto, carinho e menosprezo, e não para indicar tamanho do ser.
EMPREGO DO SUBSTANTIVO
O substantivo também pode figurar na oração como núcleo do sujeito, objeto direto, objeto indireto,
adjunto adverbial, complemento nominal, agente da passiva, aposto, vocativo, predicativo do sujeito, etc.
Todavia, tal estudo será realizado em capítulo próprio.
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134
Português
Parte 2– Capítulo IV
Questões
1- Prova: IDECAN - 2014 - DETRAN-RO - Administrador
Esta semana, uma revista de automóveis trouxe o lançamento de um novo modelo de carro e publicou o
seguinte comunicado: “Ele pode ser adquirido na cor verde-clara, já vem com porta-copo e alto-falante de
série”. Marque a alternativa que apresenta corretamente o plural dos substantivos compostos.
(http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comer-nozescontribui-com-a-longevidade 21.11.2013)
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, segundo a norma-
padrão da língua portuguesa.
a) porções - cidadãos - mantêm - de
b) porções - cidadões - mantêm - por
c) porçãos - cidadãos - mantêm - a
d) porções - cidadãos - mantem - de
e) porçãos - cidadões - mantem - por
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135
Português
5-Prova: CESPE - 2014 - TEM - Agente Administrativo
Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do texto acima, julgue os itens a seguir. Depreende-se do texto
que os termos “relação de trabalho” e “relação de emprego” são antônimos.
( )Certo ( )Errado
Um pé de milho
Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que
podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro na
frente da casa. Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do
tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era capim.
Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana.
Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros,
lança as suas folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca
tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um anteiro,
espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e
independente. Suas raízes roxas se agarra mão chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis.
Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de
milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor do meu pé de milho não será a mais linda. Mas
aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma
força e uma alegria que fazem bem. É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de
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136
Português
milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata
máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.
Na passagem do terceiro parágrafo – ... veio enriquecer nosso canteirinho vulgar... –, o substantivo,
empregado no diminutivo, contribui para expressar a ideia de:
a) exatidão.
b) desprezo.
c) simplicidade.
d) soberba.
e) abundância.
Em qual dos períodos abaixo, a troca de posição entre a palavra sublinhada e o substantivo a que se refere
mantém o sentido?
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137
Português
b) O mesmo porteiro me entregou o pacote na recepção do hotel.
c) Meu pai procurou uma certa pessoa para me entregar o embrulho.
d) Contar histórias é uma prazerosa forma de aproximar os indivíduos.
e) Grandes poemas épicos servem para perpetuar a cultura de um povo.
a) homem, passos.
b) alegria, medo.
c) diferença, raízes.
d) trabalho, tristeza.
“Não vou dar esse gostinho para Os Outros”. Assinale a alternativa cuja palavra em destaque NÃO constitui
um exemplo do grau diminutivo.
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138
Português
c) Ficar quieta em seu cantinho garantia uma distância do olhar dos Outros.
d) Os outros sempre criticam os namoradinhos daquelas meninas do bairro.
e) Ele sempre sonhou com o carinho e a compreensão dos Outros em relação às suas atitudes
Considere o trecho do penúltimo parágrafo: – Mas você não levou relógio nenhum, filha. Você esqueceu
ele na mesinha de cabeceira. O substantivo mesinha está empregado no diminutivo, com a intenção de
mostrar que se trata de um objeto de:
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139
Português
12-Prova: CETRO - 2013 - Prefeitura de Araraquara - SPP - Professor - Educação Infantil
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e em relação ao plural dos substantivos, assinale a
alternativa correta.
a) Hoje, estava tão cansado que deixei passar vários ônibus até encontrar um vazio e poder ir sentado.
b) De hoje em diante, para emagrecer, vou subir todos os degrais do meu edifício a pé.
c) Tenho três primos bem loirinhos, parecem três alemãozinhos.
d) Toda vez que vou à padaria, fico em dúvida de quantos pãozinhos comprar.
e) Fiquei encantada com aqueles edificeizinhos nas montanhas, cheios de florezinhas amarelas.
A palavra certo (flexionada ou não) ocorre várias vezes ao longo do texto. Assinale a ocorrência em que sua
função NÃO é a de caracterizar um substantivo.
a) Que sorte a nossa, pensaram todos — certo nesta hora, eis que nos aparece o grande Galeno.
b) Consta que Galeno, o maior médico da Roma amiga, chegou certa vez a uma cidade atingida pela peste
c) Houve certo desapontamento: mas é só isso que o nosso grande doutor tem para dizer?
d) Não há informações mais precisas nessa história, mas uma coisa é certa: ninguém que optou por
obedecer à sua prescrição morreu.
e) Mas sabia certas coisas interessantes.
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140
Português
No trecho do Texto I “capazes de sentar, interagir e celebrar com nossos semelhantes.” (L.15-16), o verbo
destacado dá origem ao substantivo derivado celebração, grafado com ç. Os dois verbos que formam
substantivos derivados grafados com ç são:
a) combinar, nomear
b) elaborar, agredir
c) permitir, denominar
d) progredir, coroar
e) trair, compreender
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141
Português
Para que mantivéssemos o significado contextual, só poderíamos substituir as palavras “lírico” (l. 11) e
“bufa” (l. 26) por:
a) sentimental – cômica
b) apaixonado – triste
c) emocional – triste
d) sentimental – melancólica
e) apaixonado – bizarra
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142
Português
GABARITO
1–A 6–C 11 – C
2–B 7–D 12 – A
3–D 8–C 13 – A
4–A 9–D 14 – A
5–E 10 – E 15 – A
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143
Português
Parte 2 - Capítulo V
Artigo
O Artigo é a palavra que precede o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número; ao mesmo tempo,
determina ou generaliza o substantivo.
Exemplos:
Cabe lembrar que poderemos encontrar 02 (dois) tipos de artigo, quais sejam: artigo definido e artigo
indefinido. O primeiro indica um substantivo específico, determinado. O segundo, por sua vez, vai indicar
um ser qualquer dentre diversos do mesmo grupo/espécie.
O UM
ARTIGO A ARTIGO UMA
DEFINIDO OS INDEFINIDO UNS
AS UMAS
Uma aluna me
A aluna me questionou.
questionou.
VARIAÇÕES: VARIAÇÕES:
Uma aluna me
A aluna me questionou.
questionou.
Um aluno me
O aluno me questionou.
questionou.
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144
Português
Nos exemplos acima, pode-se verificar que, quando se menciona “O ALUNO”, está implícita a ideia de que o
receptor da mensagem sabe quem é o aluno. Em contrapartida, em “UM ALUNO”, está claro que não se
especifica o aluno, podendo ser qualquer aluno; um aluno indeterminado.
*Semanticamente:
DETERMINADO
(DEFINIDO)
*Sintaticamente:
*Morfologicamente:
ADJUNTO
ARTIGO
ADNOMINAL
O aluno é
estudioso.
Sintaxe:
Semântica:
Morfologia: Estudo da função
Estudo do
que a palavra
Constitui a sentido, do valor
desempenha na
classe gramatical que a palavra
frase, nos
na frase. desempenha no
termos da
texto.
própria frase.
Por fim, verificamos que o artigo é uma palavra pequena, de aparência meio insignificante. Contudo, traz
em seu bojo um grande valor expressivo.
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145
Português
Parte 2 – Capítulo V
Questões
1-UFMT - 2014 - MPE-MT - Promotor de Justiça
I - O texto usa uma história amplamente conhecida pelos brasileiros para externar sua posição sobre os
erros e abusos da medicina no Brasil de hoje.
II - Ao dizer Consta que Galeno, o autor sugere que não há registro de que a história tenha sido exatamente
como conta.
III - A ideia de servir-se da inteligência para vencer a ignorância não está colocada no texto como deboche,
mas como maneira de obrigar-se a aprender.
IV - No último parágrafo, o articulista traz a situação para o Brasil, onde ocorrem coisas similares à contada
sobre Galeno.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II e IV, apenas.
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146
Português
b) II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I e IV, apenas.
Homenagem ao fracasso
Marcelo Gleiser
Numa sociedade em que o sucesso é almejado e festejado acima de tudo, onde estrelas, milionários e
campeões são os ídolos de todos, o fracasso é visto como algo embaraçoso e constrangedor, que a gente
evita a todo custo e, quando não tem jeito, esconde dos outros. Talvez não devesse ser assim.
Semana passada, li um ensaio sobre o fracasso no “New York Times” de autoria de Costica Bradatan,
que ensina religião comparada em uma universidade nos EUA. Inspirado por Bradatan, resolvi apresentar
minha própria homenagem ao fracasso.
Fracassamos quando tentamos fazer algo. Só isso já mostra o valor do fracasso, representando nosso
esforço. Não fracassar é bem pior, pois representa a inércia ou, pior, o medo de tentar. Na ciência ou nas
artes, não fracassar significa não criar. Todo poeta, todo pintor, todo cientista coleciona um número bem
maior de fracassos do que de sucessos. São frases que não funcionam, traços que não convencem,
hipóteses que falham. O físico Richard Feynman famosamente disse que cientistas passam a maior parte de
seu tempo enchendo a lata de lixo com ideias erradas. Pois é. Mas sem os erros não vamos em frente. O
sucesso é filho do fracasso.
Tem gente que acha que gênio é aquele cara que nunca fracassa, para quem tudo dá certo, meio que
magicamente. Nada disso. Todo gênio passa pelas dores do processo criativo, pelos inevitáveis fracassos e
becos sem saída, até chegar a uma solução que funcione. Talvez seja por isso que o autor Irving Stone
tenha chamado seu romance sobre a vida de Michelangelo de “A Agonia e o Êxtase”. Ambos são partes do
processo criativo, a agonia vinda do fracasso, o êxtase do senso de alcançar um objetivo, de ter criado algo
que ninguém criou, algo de novo.
O fracasso garante nossa humildade ao confrontarmos os desafios da vida. Se tivéssemos sempre
sucesso, como entender os que fracassam? Nisso, o fracasso é essencial para a empatia, tão importante na
convivência social.
Gosto sempre de dizer que os melhores professores são os que tiveram que trabalhar mais quando
alunos. Esse esforço extra dimensiona a dificuldade que as pessoas podem ter quando tentam aprender
algo de novo, fazendo do professor uma pessoa mais empática e, assim, mais eficiente. Sem o fracasso,
teríamos apenas os vencedores, impacientes em ensinar os menos habilidosos o que para eles foi tão fácil
de entender ou atingir.
Claro, sendo os humanos do jeito que são, a vaidade pessoal muitas vezes obscurece a memória dos
fracassos passados; isso é típico daqueles mais arrogantes, que escondem seus fracassos e dificuldades por
trás de uma máscara de sucesso. Se o fracasso fosse mais aceito socialmente, existiriam menos pessoas
arrogantes no mundo.
Não poderia terminar sem mencionar o fracasso final a que todos nos submetemos, a falha do nosso
corpo ao encontrarmos a morte. Desse fracasso ninguém escapa, mesmo que existam muitos que
acreditem numa espécie de permanência incorpórea após a morte. De minha parte, sabendo desse
fracasso inevitável, me apego ao seu irmão mais palatável, o que vem das várias tentativas de viver a vida o
mais intensamente possível. O fracasso tem gosto de vida.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2013/12/ 1388789-homenagem-ao-
fracasso.shtml
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147
Português
(http://www.cartacapital.com.br/sociedade/jovens-heroinasajudam- a-redefinir-a-infancia-como-uma-
situacaode- forca-7401.htm 25.10.2013. Adaptado)
Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem ser completadas, correta e
respectivamente, por:
a) à...à...a...a.
b) a...à...a...à
c) à...a...à...a.
d) à...a...a...à.
e) a...a...à...à.
(http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,governo-cria-grupo-exumar--restos-mortais-de-
jango,1094178,0.htm 07. 11.2013. Adaptado)
Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem ser completadas, correta e
respectivamente, por:
a) a ... à ... a ... a
b) as ... à ... a ... à
c) às ... a ... à ... a
d) à ... à ... à ... a
e) a ... a ... a ... à
148
Português
c) à – a – à – a – a
d) a – a – aos – a – à
e) à – à – a – à – à
O Jivaro
(Rubem Braga)
Um Sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à América do Sul, conta a um jornal sua conversa com
um índio jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de um morto até ela ficar bem pequenina. Queria
assistir a uma dessas operações, e o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um
inimigo.
O Sr. Matter:
- Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça de
um macaco.
E o índio:
- Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal!
Assinale a alternativa em que o vocábulo “a", destacado nas opções abaixo, seja exclusivamente um artigo.
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149
Português
d) “ele tinha contas a acertar com um inimigo"
e) “uma viagem de exploração à América do Sul"
Verdade ou mentira
Verdade ou mentira, o que eu vou contar aqui é meio esquisito e merece ser lido com alguma atenção.
[...]
Por mais impressionante que seja a história, procure controlar os nervos. [...]
Houve uma mulher que amou um amor de verdade.
Por mais estranho que pareça, foi isso que me contaram exatamente.
Um dia ela conheceu um homem, então descobriu que seu amanhecer já não era o mesmo, e os dois
trocaram juras eternas, e, o que é mais fantástico ainda, essa mulher, pelo que consta, amou mesmo esse
homem, só a ele, muito e sempre.
Parece que ele não era especialmente bonito, rico nem inteligente, era boa gente apenas e (segundo
fontes seguras) tinha um sorriso engraçado.
Ela também era uma pessoa normal (pelo menos aparentemente) e só apresentou esse comportamento
estapafúrdio em toda a sua vida.
Os motivos que levaram essa mulher a amar tanto esse tal homem, de forma tão descabida e excessiva,
nunca ficaram provados.
Primeiro levantaram a hipótese de um surto de loucura passageiro. (Um atestado de insanidade
resolveria a questão sem a necessidade de uma análise mais apurada.). Não era. [...]
O fato foi tomando proporções maiores à medida que o tempo passava e o amor daquela mulher não
diminuía. [...]
Houve quem apostasse que aquele amor todo era mentira da mulher, com a clara intenção de aparecer
na mídia. [...]
A mulher foi ficando meio assustada com aquela agonia de gente e flashes de repórter, confere daqui,
examina de lá, até que acabou fugindo, coitada. Aquilo já estava impossível.
O homem ficou muito triste, é óbvio, por perder um amor assim tão interessante.
Há quem garanta que até hoje ele passa o dia bebendo na esquina e chora constantemente.
Dela, nunca mais se teve notícia. Possivelmente se auto exilou em algum lugar ignorado.
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150
Português
Vários artigos foram utilizados para fazer referência às personagens do texto. Observe os pares de
enunciados abaixo.
I. Houve UMA mulher que amou um amor de verdade./ A mulher foi ficando meio assustada com aquela
agonia de gente [...]
II. [...] ela conheceu UM homem [...]/ O homem ficou muito triste é óbvio [...]
Por que, em cada par transcrito, a autora usa diferentes artigos para se referir ao homem e à mulher?
a) Em ambos os casos, a autora emprega, primeiramente, artigos definidos, porque se trata de seres
determinados; depois, usa os artigos indefinidos, para apresentar personagens ainda não conhecidos.
b) Primeiramente, a autora particulariza homem e mulher, com clara intenção de caracterizá-los; em
seguida, generaliza as ações, a fim de que o leitor se identifique comas personagens.
c) Em ambos os casos, a autora emprega, primeiramente, artigos indefinidos, porque se trata de seres
ainda indeterminados; depois, usa os artigos definidos, para que o leitor possa fazer uma representação
mais precisa de cada um deles.
d) No primeiro par, a autora faz referência genérica nas duas ocorrências do artigo; no segundo,
particulariza, a fim de tornar clara e precisa a representação dos seres.
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151
Português
13 - FEPESE - 2013 - DPE-SC - Técnico Administrativo
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152
Português
14- CESPE - 2013 - INPI - Todos os Cargos
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153
Português
GABARITO
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154
Português
Parte 2 - Capítulo VI
Adjetivo
*Morfologicamente:
ADJETIVO
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155
Português
ADJETIVO PÁTRIO
Entre os adjetivos, há um tipo que merece destaque especial: o adjetivo pátrio, ou seja, aquele que se
refere a países, estados, cidades, etc. A maioria desses adjetivos formam-se pelo acréscimo de um sufixo
(que indica origem, procedência) ao substantivo que denomina a localidade, como ocorre no adjetivo
manauense.
Adjetivo pátrio composto indica origem ou nacionalidade. Quando formamos, a tendência é sempre colocar
primeiro o adjetivo mais curto, deixando o mais longo como segundo elemento.
LOCUÇÃO ADJETIVA
É o conjunto de palavras equivalentes a um único adjetivo, normalmente são formadas por uma preposição
e um substantivo.
Exemplos:
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156
Português
FLEXÃO DOS ADJETIVOS
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
NÚMERO GRAU
GÊNERO
O adjetivo concorda em A mais complexa das
Concorda com o
número com o substantivo flexões, pois trata da
gênero do
por ele modificado, sendo o relatividade de
substantivo,
singular e o plural, igualdade,
podendo ser
flexionado. superioridade ou da
flexionado em
Ex.: a menina bonita - as inferioridade entre os
masculino ou
meninas bonitas seres, que são
feminino.
Obs.: os adjetivos podem ser modificados pelo
Inicialmente, é
formados por um único adjetivo. Apresenta
necessário
elemento (adjetivo simples) dois graus:
reconhecer dois
ou por mais de um elemento Comparativo e
tipos de adjetivos.
(adjetivo composto). superlativo
Comparativo Superlativo
Compara a qualidade de Indica
dois elementos. qualidade em
Ex.: Joaquim é mais feliz do grau elevado
que Pedro. ou intenso
Uniformes Biformes
Usa-se somente uma forma, Usa-se uma forma para o
tanto para o masculino como masculino como para o
para o feminino. Compreendem feminino.
a quase totalidade dos adjetivos A formação do feminino
terminados em: geralmente segue as
- a, - m, - l, - z e dos paroxítonos mesmas regras que os
terminados em substantivos.
- a: simples, infeliz, ágil, Ex.: O jogador brasileiro.
fluminense, etc. A jogadora brasileira
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157
Português
Parte 2 – Capítulo VI
QUESTÕES
1-Quadrix - 2014 - COBRA - Tecnologia S-A (BB) - Nível Superior
Leia a tira abaixo para responder à questãos.
Hagar- Dik Browne
Primavera
1 A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua
jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas
criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera
que chega.
2Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, - e
arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
3Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jaipur.
Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas
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158
Português
brancas e amarelas apressam-se pelos ares, - e certamente conversam: mas tão baixinho que não se
entende.
4 Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas
flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
5Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, - e só os poetas,
entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com
os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
6Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita
para as festas da sua perpetuação.
7Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que
desejarem, no momento em que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do
céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, - e os ouvidos que por acaso os
ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora, se entendeu e amou.
8Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos,
que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas
estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos
e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos
brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com
suas roupas de chita multicor.
9Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, - por fidelidade à obscura semente,
ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida - e efêmera.
(MEIRELES, Cecília. "Cecília Meireles - Obra em Prosa?, Vol. 1. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1998, p. 366.)
A opção em que estão expressos, respectivamente, os sinônimos dos adjetivos em destaque acima é:
a) caloroso / belíssima / passageira.
b) apaixonado / riquíssima / interminável.
c) experiente / amabilíssima / momentânea.
d) astucioso / agradabilíssima / perecedoura.
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159
Português
Assinale a opção que indica o adjetivo que é classificado como adjetivo de relação
a) "Como é linda a primavera!".
b) "A praça está cheia de flores e borboletas".
c) "O ar está mais tépido...".
d) "as pessoas trocam as roupas por outras mais leves"
e) "como se pode ficar livre dessa alienação escolar?"
No texto, a palavra meio expressa circunstância de modo. Assinale a afirmativa em que essa palavra NÃO
expressa esse sentido.
a) Na sua fala, a advogada não usou meio termo para se dirigir ao acusado.
b) João parecia meio confuso durante a entrevista.
c) Ele ficou meio aborrecido, porém permaneceu calado.
d) Ninguém pode ser meio feliz.
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160
Português
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item seguinte.
O adjetivo “extraordinária” (l.8) está empregado com o mesmo sentido que na seguinte frase: Hoje haverá
plantão extraordinário.
( )Certo ( )Errado
(http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comer-nozescontribui-com-a-longevidade 21.11.2013)
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, segundo a norma-
padrão da língua portuguesa.
a) porções... cidadãos ...mantêm... de
b) porções...cidadões...mantêm...por
c) porçãos...cidadãos...mantêm...a
d) porções...cidadãos...mantem...de
e) porçãos...cidadões...mantem...por
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Português
7-CESGRANRIO - 2014 - FINEP - Assistente - Apoio administrativo
A tipologia textual descritiva se evidencia no Texto II, dentre outros recursos, por meio do uso de
a) verbos de ação
b) advérbios de lugar
c) narrador-personagem
d) interjeições
e) formas adjetivas
Noção de palavra
O adjetivo “depurada”, negritado no poema, na segunda estrofe, concorda em gênero e número com:
a) peças invisíveis
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162
Português
b) quebra-cabeça
c) toda palavra
d) muitas pedras
No texto, o adjetivo expostas concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere. Esta
palavra qualificada é:
a) vezes.
b) drogas.
c) crianças.
d) escolas.
e) ruas.
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163
Português
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Português
c) I e II
d) nenhuma
I. O sentido da mensagem muda se a palavra “sujo” for entendida como verbo ou como adjetivo.
II. Considerando-se a intenção do cartaz, entende-se que “sujo” é um adjetivo.
Maneira de amar
O jardineiro conversava com as flores, e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a
uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque
não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não
ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam.
Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida.
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros,
aparentemente não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho.
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o
girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do
homem. “Você o tratava mal, agora está arrependido?” “Não, respondeu, estou triste porque agora não
posso tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava.”
Maneira de amar (ANDRADE, Carlos Drummond. A cor de cada um. Rio de Janeiro: Record, 1997. p. 30).
Assinale a alternativa que aponta, correta e respectivamente, a função sintática do adjetivo destacado.
a) predicativo do objeto – adjunto adverbial
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165
Português
b) predicativo do sujeito – adjunto adnominal
c) adjunto adnominal – adjunto adnominal
d) predicativo do sujeito – predicativo do objeto
e) predicativo do sujeito – predicativo do sujeito
A Nova Praga
Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas
essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o
étimo de nosso substantivo areia é o latim "arena". E, se qualquer pessoa sabe disso até por um instinto
primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos locutores e comentaristas de futebol,
debruçados sobre um gramado verde-verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante.
Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que já trazia latente a sua loucura final, quando via os
cristãos lutando contra os leões na arena. Nesse caso, se havia rictus de loucura na face do imperador, pelo
menos o termo era totalmente apropriado: o chão da luta dramática entre homem e fera era de areia. Está
aí para prová-lo até hoje o Coliseu.
(....) Mas - ora bolas! - , se o chão é de relva verdejante, é rigorosamente impróprio chamar de "arena"
nossos campos de futebol, como fazem hoje. O diabo é que erros infelizmente costumam se espalhar como
uma peste, e nem será exagero dizer que, neste caso, o equívoco vem sendo tão contagioso como a peste
negra que, em números redondos, matou 50 milhões de pessoas na Europa e na Índia no século XIV. E os
nossos pobres ouvidos têm sido obrigados a aturar os nossos profissionais que transmitem espetáculos
esportivos se referirem à arena daqui, à arena de lá, à arena não sei de onde. Assim, já são dezenas de
arenas por esse Brasilzão. O velho linguista e filólogo mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), a
cujo livro mais conhecido peço emprestado O título deste pequeno artigo, deve estar se revirando no
túmulo diante da violência de tal impropriedade. O bom Alves era cego, ou quase isso, mas via como
ninguém os crimes cometidos contra o idioma.
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166
Português
Pela lenda judaico-cristã, o homem nasceu em inocência. Mas a perdeu quando quis conhecer o bem e o
mal. Há uma distorção generalizada considerando que o pecado original foi um ato sexual, e a maçã ficou
sendo um símbolo de sexo.
Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia, Adão e Eva já tinham filhos pelos métodos que adotamos
até hoje. Não usaram proveta nem recorreram à sapiência técnica e científica do ex-doutor Abdelmassih.
Numa palavra, procederam dentro do princípio estabelecido pelo próprio Senhor: “Crescei e
multiplicaivos". O pecado foi cometido quando não se submeteram à condição humana e tentaram ser
iguais a Deus, conhecendo o bem e o mal. A folha de parreira foi a primeira escamoteação da raça humana.
Criado diretamente por Deus ou evoluído do macaco, como Darwin sugeriu, o homem teria sido feito
para viver num paraíso, em permanente estado de graça. Nas religiões orientais, creio eu, mesmo sem ser
entendido no assunto (confesso que não sou entendido em nenhum assunto), o homem, criado ou
evoluído, ainda vive numa fase anterior ao pecado dito original.
Na medida em que se interioriza pela meditação, deixando a barba crescer ou tomando banho no
Ganges, o homem busca a si mesmo dentro do universo físico e espiritual. Quando atinge o nirvana, lendo a
obra completa do meu amigo Paulo Coelho, ele vive uma situação de felicidade, num paraíso possível. Adão
e Eva, com sua imensa prole, poderiam ter continuado no Éden se não tivessem cometido o pecado. A
maçã de Steve Jobs não tem nada a ver com isso.
Repito: o pecado original não foi o sexo, o ato do sexo, prescrito pelo próprio latifundiário, dono de todas
as terras e de todos os mares. A responsabilidade pelo pecado foi a soberba do homem em ter uma
sabedoria igual à de seu Criador.
Da mesma forma que temos o adjetivo composto “judaico- cristã”, poderíamos ter outro adjetivo
composto formado com os adjetivos “técnica e científica”, no segundo parágrafo.
Nesse caso, assinale a opção que indica a forma correta desse adjetivo.
a) Técnico-científica.
b) Científica-técnica.
c) Científica-técnico.
d) Técnica-científica.
e) Técnico-cientifico.
Teresinha Saraiva
Nasci e vivi minha infância numa família constituída por três gerações, vivendo sob o mesmo teto,
harmoniosa e amorosamente: meus avós, meus pais, meus tios casados, minhas tias solteiras e nós, os oito
netos. Éramos 20 pessoas. Os homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da casa e à
educação das crianças. Na minha família só havia, inicialmente, uma mulher que trabalhava fora, minha
mãe, que era professora. Muitos anos depois, três de minhas tias solteiras foram trabalhar fora.
Lembro-me até hoje, embora muitas décadas tenham se passado, da enorme sala de jantar, com uma
grande mesa retangular onde se sentavam 12 adultos, para as refeições e para as prolongadas conversas, e
uma mesa oval, onde se sentavam as oito crianças e adolescentes – os netos.
Vivi uma infância tranquila numa família nuclear unida. Minha adolescência e juventude já foi passada
numa família constituída por meus pais, ambos trabalhando e contribuindo para o sustento da família, meu
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167
Português
irmão e eu. Todos os domingos nos reuníamos à família inicial, na enorme casa da Rua do Bispo, hoje
integrando o espaço físico ocupado pela Universidade Estácio de Sá, em inesquecíveis almoços e ceias.
No texto 3 há a presença de muitos adjetivos; a opção em que os adjetivos mostram valor diferente dos
demais, por ambos serem classificados como adjetivos de relação, é:
a) tios casados / tias solteiras;
b) enorme sala / grande mesa;
c) mesa retangular / enorme casa;
d) família brasileira / prolongadas conversas;
e) família nuclear / inesquecíveis almoços.
Na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o empolgado escrivão da frota de
Cabral, não conteria a euforia ao anunciar, em sua célebre epístola ao rei Dom Manuel, que as águas da
nova colônia eram não só muitas, mas “infindas”. Só não imaginava Caminha que com sua bela carta de
apresentação da ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais lusitanos poderia estar lançando as
sementes da arraigada e onipresente cultura de esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua
inesgotabilidade. Cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de desperdício explícito nas cidades e
no campo. E também na timidez de políticas públicas direcionadas à preservação e ao bom uso das reservas
do mineral.
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168
Português
GABARITO
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Português
Parte 2 - Capítulo VII
Advérbio
Definição: É a palavra invariável que, fundamentalmente, modifica o verbo indicando circunstância (tempo,
lugar, modo, intensidade, etc.). Pode também o advérbio modificar o adjetivo ou outro advérbio e, ainda,
uma oração inteira.
Advérbio
Modifica um adjetivo ou
É palavra invariável. advérbio.
Refere-se a verbo, ou
Ex.: A porta da sala estava Ex.: João e Maria dançam
seja, modifica o verbo.
meio aberta. O advérbio muito bem. O advérbio muito
meio é uma palavra Ex.: O carro parou modificou a ideia do advérbio
invariável, pois, ainda que a longe. O advérbio bem.
frase seja passada para o longe modifica o
plural, somente o advérbio verbo. Ex.: Eles são muito bonitos. O
não acompanhará. advérbio muito modificou a
ideia do adjetivo bonitos.
Cabe ressaltar que os advérbios são classificados conforme dita a circunstância que expressam. A
Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) reconhece 8 (oito) espécies de advérbios: de lugar, de modo, de
tempo, de negação, de dúvida, de intensidade, de afirmação e de interrogação.
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170
Português
ADVÉRBIOS
De lugar: De
De dúvida: afirmação: De negação:
De tempo: De modo : De
ali, aqui, lá, não,
atrás, perto, hoje, ontem, mal, bem, intensidade: talvez, sim,
longe, amanhã, depressa, bastante, quiçá, com certeza, tampouco,
abaixo, ao tarde, devagar, muito, demais, realmente, de jeito algum,
acaso,
lado, dentro, jamais, cedo, melhor, pior, mais, menos, porventura, sem dúvida
de modo algum,
embaixo , noite, manhã melhor, assim , tanto, tão, provavelmente , etc.
etc. , etc. etc. pouco , etc. , etc.
nunca
Ex.:
Ex.: Meu Ex.: Ele Ex.: Agi Ex.: Mariana , etc.
Ex.: Talvez eu Certamente
copo ficou chegou hoje. calmamente. dorme muito. viaje. iremos na Ex.: Maria não
aqui. festa dela. dormiu.
LOCUÇÃO ADVERBIAL
Locuções adverbiais
De tempo: De lugar: De negação: De De
De modo:
De dúvida: à noite, afirmação: intensidade:
às claras, à distância de, de forma
quem sabe, às cegas, de manhã, ao lado, nenhuma, com certeza, por completo,
ao acaso, à toa, à tarde, em volta, de jeito algum, na verdade, por demais,
etc. desse modo, em breve, por aqui, de modo de fato, de muito,
a pé, etc. hoje em dia, etc. algum, etc. por certo, etc. de pouco, etc.
etc.
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Português
GRAUS DO ADVÉRBIO
Sintético
Superlativo
Analítico
Grau de
advérbio De superioridade
Comparativo De igualdade
De inferioridade
Grau superlativo:
Classificam-se em:
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Português
Grau comparativo:
Forma-se o comparativo do advérbio da mesma forma que o comparativo do adjetivo. Pode ser classificado
em:
São palavras ou locuções invariáveis que se assemelham ao advérbio, todavia não modificam o verbo, nem
o adjetivo e o advérbio. Podendo ser classificadas da seguinte maneira:
De exclusão: De inclusão:
apenas, somente, exceto , até, ainda, além disso,
etc. também, inclusive, etc.
Ex.: Todos foram passear, Ex.: Todos passaram no
exceto Maria. concurso público, inclusive eu.
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Português
Parte 2 – Capítulo VII
QUESTÕES
1-VUNESP - 2015 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil
Leia a tira para responder a questão.
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Português
c) “Não foi possível manter esse controle por muito tempo”.
d) “As classes mais pobres passavam a ter acesso a cópias dos acessórios reais”.
Em um ano, uma equipe da farmacêutica Boehringer Ingelheim reduziu em 2 859 o número de e-mails por
funcionário. “Se você contar que perde cinco minutos com cada mensagem, isso representa um mês e meio de
trabalho por ano”, diz F. Rodrigues, gerente responsável pela iniciativa, motivada, segundo ele, pelo fato de a equipe
ter se tornado “escrava” da ferramenta.
Nessa empresa, a meta foi alcançada por meio de ações educativas, como mostrar quando enviar uma mensagem
era realmente necessário ou quando eram mais eficientes outras práticas. Responder, por exemplo, diversas vezes a
e-mails sobre o mesmo assunto é inútil. Nesses casos, a melhor solução é conversar pessoalmente ou por telefone
com o interessado.
Esse tipo de aprendizado é necessário para que o e-mail não se torne um “vilão” da produtividade, com os
profissionais perdendo tempo para responder a centenas de mensagens, em vez de, efetivamente, produzir.
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Português
Para especialistas, o principal pecado dos profissionais em relação aos e-mails é checá-los constantemente. O ideal é
estabelecer horários específicos para essa tarefa.
( )Certo ( )Errado
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Português
Em – Você podia me dar os 25 centavos agora e evitar a humilhação depois! –, os termos destacados
expressam, respectivamente, circunstâncias de:
a) afirmação e de afirmação
b) intensidade e de afirmação.
c) tempo e de tempo.
d) modo e de causa.
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Português
9-IBFC - 2013 - PC-RJ - Oficial de Cartório
Fé - Esperança - Caridade
(Sérgio Milliet)
Nos versos “A esperança vem do sul” e “Vem de mansinho”, um mesmo verbo relaciona-se com termos
distintos. Sobre a análise sintático-semântica desses dois termos destacados, é correto afirmar que:
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Português
moderno, compondo mensagens de toda ordem (Henri Lefebvre diria poeticamente
15 que “niágaras de mensagens caem sobre pessoas mais ou menos interessadas e
contagiadas”), transmitidas pelos mais diferentes canais, como a televisão, o cinema,
a imprensa, o rádio, o telefone, o telégrafo, os cartazes de propaganda, os desenhos,
a música e tantos outros. Em todos, a língua desempenha um papel preponderante,
seja em sua forma oral, seja através de seu código substitutivo escrito. E, através
20 dela, o contato com o mundo que nos cerca é permanentemente atualizado.
Nas grandes civilizações, a língua é o suporte de uma dinâmica social que
compreende não só as relações diárias entre os membros da comunidade, como
também uma atividade intelectual que vai desde o fluxo informativo dos meios de
comunicação de massa até a vida cultural, científica ou literária.
PRETI, Dino. Sociolinguística: os níveis de Fala. São Paulo: Edusp, s. d., p. 11-12.
O termo “já” aparece nas linhas 1 e 5 com diferentes sentidos nos contextos.
( )Certo ( )Errado
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179
Português
Texto 4
Na passagem “Prós e contras circulam teses apaixonadas e até boas piadas” (linhas 6 e 7), o vocábulo
destacado tem sentido equivalente a
a) sobretudo.
b) inclusive.
c) principalmente.
d) esporadicamente.
e) corriqueiramente.
14-IBFC - 2013 - EBSERH - Advogado
Considere as orações abaixo e assinale a alternativa correta.
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180
Português
A oração ‘Não é uma beleza?’ expressa uma pergunta retórica que corresponde à frase exclamativa É uma
beleza!, sendo o advérbio de negação empregado como termo de realce na sentença interrogativa.
( )Certo ( )Errado
Cultura matemática
Hélio Schwartsman
SÃO PAULO - Saiu mais um estudo mostrando que o ensino de matemática no Brasil não anda bem. A pergunta é:
podemos viver sem dominar o básico da matemática? Durante muito tempo, a resposta foi sim. Aqueles que não
simpatizavam muito com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas quais os números não encontravam
muito espaço, como direito, jornalismo, as humanidades e até a medicina de antigamente.
Como observa Steven Pinker, ainda hoje, nos meios universitários, é considerado aceitável que um intelectual se
vanglorie de ter passado raspando em física e de ignorar o beabá da estatística. Mas ai de quem admitir nunca ter lido
Joyce ou dizer que não gosta de Mozart. Sobre ele recairão olhares tão recriminadores quanto sobre o sujeito que
assoa o nariz na manga da camisa.
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
prática. Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma ponta de desprezo, torna-se cada vez mais
fundamental, mesmo para quem não pretende ser engenheiro ou seguir carreiras técnicas.
Como sobreviver à era do crédito farto sem saber calcular as armadilhas que uma taxa de juros pode esconder?
Hoje, é difícil até posicionar-se de forma racional sobre políticas públicas sem assimilar toda a numeralha que
idealmente as informa. Conhecimentos rudimentares de estatística são pré-requisito para compreender as novas
pesquisas que trazem informações relevantes para nossa saúde e bem-estar.
A matemática está no centro de algumas das mais intrigantes especulações cosmológicas da atualidade. Se as
equações da mecânica quântica indicam que existem universos paralelos, isso basta para que acreditemos neles? Ou,
no rastro de Eugene Wigner, podemos nos perguntar por que a matemática é tão eficaz para exprimir as leis da física.
(Folha de S.Paulo. 06.04.2013. Adaptado).
• Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas quais
os números não encontravam muito espaço... (1.º parágrafo)
• Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma ponta de desprezo, torna-se cada vez mais
fundamental... (3.º parágrafo)
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Português
No trecho – O estúdio usará ainda um programa capaz de simular… (4.º parágrafo) – a palavra destacada
estabelece sentido de.
a) modo
b) dúvida
c) lugar
d) inclusão
e) ordem
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Português
Parte 2 - Capítulo VIII
Pronome
É o termo que substitui o nome. Desta forma, sabendo-se que o nome abrange adjetivos e substantivos,
consequentemente o pronome irá funcionar como adjetivo ou substantivo. Daí, pronome adjetivo e
pronome substantivo. Todo pronome tem uma função sintática, que seria as funções próprias do
substantivo (sujeito e objeto) e as do adjetivo (adjunto adnominal e predicativo).
Observe:
O carro
Vejamos:
Possessivos Demonstrativos
Os pronomes
podem ser:
Pessoais Interrogativos
Relativos
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Português
Pessoais:
Sujeito
Sujeito ele/eles
Sujeito ela/elas
eu/nós tu/vós
Objetos diretos Objetos diretos
Objetos diretos o/os
me/nos te/vos a/as
Objetos indiretos Objetos indiretos Objetos indiretos
me/nos te/vos lhe/lhes
mim/nós vós/si ele/eles
ela/elas
Reflexivo
Objeto
Objetos diretos Objetos indiretos Comutativo
preposicionado
Se Se Si Consigo
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Português
PRONOMES PESSOAIS RETOS E OBLÍQUOS
RETO
RETOS
OBLÍQUOS
OBLÍQUOS:
Funcionam, geralmente, como complementos (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal ou
adjunto).
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Português
EXEMPLOS DE PRONOMES
Referem-se à mesma
Ex.: Eu me cortei.
pessoa,
correspondendo a : Ele se machucou.
Reflexivos
a mim mesmo e Trazia consigo muitas
lembranças.
a si mesmo
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Português
Após verbos CAUSATIVOS (mandar, deixar, fazer) e SENSITIVOS (ver, sentir, ouvir) com infinitivo, os
pronomes oblíquos átonos exercem a função sintática de sujeito do infinitivo.
Pronome Possessivo:
1ª pessoa: meu (s), minha 2ª pessoa: teu (s), tua 3ª pessoa: seu (s),
(s), nosso (s), nossa (s) (s), vosso (s), vossa (s) sua(s).
Note que:
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam
com o objeto possuído.
Exemplo: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.
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Português
A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor. Ex.:
Muito obrigado, seu José.
Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
Indicar afetividade. Ex.: Não faça isso, minha filha.
Indicar cálculo aproximado. Ex.: Ele já deve ter seus 40 anos.
Atribuir valor indefinido ao substantivo. Ex.: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
Pronome Demonstrativo:
Indicam posição de algo em relação às pessoas do discurso, indicam algo que está perto do falante,
situando-o no tempo e/ou no espaço. São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e
aquilo são invariáveis e são sempre pronomes substantivos.
Isto, este e esta Isto, este e esta (Mês Isto, este e esta
(Indicam algo que atual em que está (Indicam uma
está perto do vivendo e para informação que virá
falante). futuro próximo). adiante).
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Português
Se a informação mencionada está próxima, problema não há em se utilizar isto/este/esta.
Exemplo:
Mário e Paulo estudaram. Esses foram aprovados Retomamos os dois.
Aquele (Mário) e este (Paulo) foram aprovados Retomamos a cada substantivo de cada vez.
O pronome o (a, os e as) é demonstrativo quando aparece junto ao relativo que ou da preposição
de, equivalente a aquele (aquele, aquilo).
Ex.: Fiz a da direita.
= aquilo fez aquilo.
= aquela prefixo aquela.
Aparecem, ainda, como demonstrativos os vocábulos tal, mesmo, próprio e semelhante, quando
equivalerem aos casos já citados.
Ex.: Estamos no mesmo lugar. Aponta para um local já mencionado.
Pronomes Relativos
São aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam.
Introduzem as orações subordinadas adjetivas.
Exemplo: O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.
Que (afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema” e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a
palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo que.
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Português
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.
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190
Português
Pronomes Indefinidos
Algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, vários, tanto, quanto, qualquer, alguém, ninguém, tudo,
outrem, nada, cada, algo, mais, menos, que, quem.
Cada um, cada qual, qualquer um, quem quer, quem quer que, etc.
Pronomes
indefinidos
Variaveis
Singular Plural
Masculino Feminino
Feminino Masculino
alguma
nenhuma
algum toda
nenhum muita
todo pouca
algumas alguns
muito vária
nenhumas nenhuns
pouco tanta
todas todos
vário outra
muitas muitos
tanto quanta
poucas poucos
outro várias vários
quanto tantas tantos
outras outros
quantas quantos
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191
Português
qualquer quaisquer
Pronomes indefinidos
Invariáveis
alguém
ninguém
outrem
tudo
nada
algo
cada
Pronomes Interrogativos
São os pronomes indefinidos que, quem, qual e quanto, usados nas interrogações (diretas ou indiretas).
Exemplo:
Quem vai à praia, querida?
Desejo saber quem vai à praia, querida.
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes
indefinidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que,
quem, qual (e variações), quanto (e variações).
Exemplo:
192
Português
A colocação pronominal refere-se a colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos,
os, as, lhes) em relação ao verbo a que se referem.
É importante que você saiba que os pronomes átonos podem ocupar as seguintes posições:
Próclise-
antes do
verbo
Mesóclise-
No meio
do verbo
ênclise-Depois
do verbo
PRÓCLISE
São colocações pronominais antepostas ao verbo nas situações que estudaremos a seguir:
De modo
Não Ninguém Nunca Nada Jamais nem
algum
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193
Quando Se Porque Conforme Embora
Português
A próclise aparece em frases exclamativas, iniciadas por exclamação ou optativas que exprimem
desejo, como no exemplo que veremos a seguir:
Jesus te guie!
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194
Português
A próclise deverá ser utilizada quando houver a preposição “em” antes do verbo no
gerúndio.
Veja o exemplo:
MESÓCLISE
A mesóclise é o pronome oblíquo no meio do verbo, todavia somente é utilizada quando o verbo estiver no
futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo, a não se que haja palavras atrativas.
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195
Português
ÊNCLISE
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196
Português
Parte 2 – Capítulo VIII
QUESTÕES
1-(FGV - 2015 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Técnico em radiologia).
Texto 1
É justo que as mulheres se aposentem mais cedo?
A questão acerca da aposentadoria das mulheres em condições mais benéficas que aquelas
concedidas aos homens suscita acalorados debates com posições não somente técnicas, mas também com
muito juízo de valor de cada lado.
Um fato é certo: as mulheres intensificaram sua participação no mercado de trabalho desde a
segunda metade do século 20.
Há várias razões para isso. Mudanças culturais e jurídicas eliminaram restrições sem sentido no
mundo contemporâneo: um dos maiores e mais antigos bancos do Brasil contratou sua primeira
escriturária em 1969 e teve sua primeira gerente em 1984.
Avanços no planejamento familiar e a disseminação de métodos contraceptivos permitiram a redução
do número de filhos e liberaram tempo para a mulher se dedicar ao mercado de
trabalho.
Filhos estudam por mais tempo e se mantêm fora do mercado de trabalho até o início da vida adulta.
Com isso, o custo de manter a família cresce e cria a necessidade de a mulher ter fonte de renda para o
sustento da casa.
A tecnologia também colaborou: máquinas de lavar roupa, fornos micro-ondas, casas menores e
outras parafernálias da vida moderna reduziram a necessidade de algumas horas nos afazeres domésticos
e liberaram tempo para o trabalho fora de casa.
A inserção feminina no mercado de trabalho ocorreu, mas com limitações. Em relação aos homens,
mulheres têm menor taxa de participação no mercado de trabalho, recebem salários
mais baixos e ainda há a dupla jornada de trabalho. Quando voltam para a casa, ainda têm que se dedicar à
família e ao lar.
Essas dificuldades levam algumas pessoas a defender formas de compensação para as mulheres por
meio de tratamento previdenciário diferenciado. Já que as mulheres enfrentam
dificuldades de inserção no mercado de trabalho, há de compensá-las por meio de uma aposentadoria em
idade mais jovem.
A legislação brasileira incorpora essa ideia. Homens precisam de 35 anos de contribuição para se
aposentar no INSS; mulheres, de 30.
No serviço público, que exige idade mínima, as mulheres podem se aposentar com cinco anos a menos
de idade e tempo de contribuição que os homens.
“Há várias razões para isso.” A forma do pronome demonstrativo sublinhado é justificada pelo fato de:
a) se referir a um fato futuro na progressão do texto.
b) fazer alusão a um acontecimento do momento.
c) localizar o tema como de autoria do interlocutor.
d) se prender a uma afirmação feita anteriormente.
e) realizar a seleção entre dois termos, destacando o mais distante.
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197
Português
2 - (CAIP-IMES - 2015 - Consórcio Intermunicipal Grande ABC - Gestor Público).
O Poder da Comunicação
Nós seres humanos passamos tanto tempo preocupados em alcançar aquilo que não temos, que esquecemo-nos de
olhar e valorizar o que temos.
Somos seres extremamente privilegiados, pois nascemos com a capacidade de comunicação.
Talvez as adversidades da vida, não nos permitiram até o momento perceber o quanto esta capacidade é importante
para a nossa sobrevivência nesta terra.
O que seria de nós se porventura, não pudéssemos nos comunicar com outros seres humanos? Como expressaríamos
todos os nossos desejos e necessidades? Como exprimiríamos os nosso pensamentos e ideias? Com certeza não
sobreviveríamos muitos dias.
O que muitos de nós, seres humanos, ainda não entendemos é que essa capacidade além de nos ajudar a sobreviver
nesta terra, tem bastante influência no alcance de nossos objetivos. Mas preste atenção, não basta apenas se
comunicar, é preciso saber se comunicar.
Do que adianta saber falar, se não usamos as palavras certas, no momento certo? Já ouvi várias pessoas repetindo a
tal famosa frase: “Eu só sou responsável pelo que eu falo, não pelo o que você entende".
Não só discordo desta frase como também acredito que a mesma é sempre utilizada como escape. Afinal de contas, é
bem mais fácil para o emissor, colocar a responsabilidade da mensagem no receptor, não é mesmo?
Se quisermos ser, bem sucedidos em tudo o que fazemos é preciso aprender a responsabilizar-nos pelas mensagens
por nós transmitidas. Quando realmente temos interesse em transmitir a mensagem de maneira correta, não só
responsabilizamo-nos por aquilo que falamos, mas também por aquilo que o outro entende. A mensagem só é
enviada corretamente, quando emissor e receptor encontram-se na mesma sintonia. Quando um fala e o outro
entende.
Precisamos ter bastante cuidado com a mensagem que estamos transmitindo para a nossa liderança. Quando falamos
a mesma língua que a nossa família, nossos colegas de trabalho, amigos e liderança teremos como resultado o
nosso crescimento e o alcance de nossos objetivos. Mas é preciso jamais esquecer qual é a nossa posição. Todo bom
líder almeja uma equipe motivada, unida e que fale a mesma língua, porém é importante deixar claro que o intuito é
alcançar os objetivos da empresa e não destituir o líder.
Caso não aprendamos a passar a mensagem correta, nossos projetos correm grande risco de terminarem como a
Torre de Babel. Inacabados.
...
Texto adaptado
Mônica Bastos
Disponível em: http://www.rhportal.com.br/
Na margem esquerda do rio Amazonas, entre Manaus e Itacoatiara, foram encontrados vestígios de inúmeros sítios
indígenas pré-históricos. O que muitos de nós não sabemos é que ainda existem regiões ocultas situadas no interior da
Amazônia e um povo, também desconhecido, que teria vivido por aquelas paragens, ainda hoje não totalmente
desbravadas.
Em 1870, o explorador João Barbosa Rodrigues descobriu uma grande necrópole indígena contendo vasta gama de
peças em cerâmica de incrível perfeição; teria sido construída por uma civilização até então desconhecida em nosso
país. Utilizando a língua dos índios da região, ele denominou o sítio de Miracanguera. A atenção do pesquisador foi
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198
Português
atraída primeiramente por uma vasilha de cerâmica, propriedade de um viajante. Este informante disse tê-la adquirido
de um mestiço, residente na Vila do Serpa (atual Itacoatiara), que dispunha de diversas peças, as quais teria recolhido
na Várzea de Matari. Barbosa Rodrigues suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico de uma cultura
totalmente diferente das já identificadas na Amazônia.
Em seu interior as vasilhas continham ossos calcinados, demonstrando que a maioria dos mortos tinham sido
incinerados. De fato, a maior parte dos despojos dos miracangueras era composta de cinzas. Além das vasilhas
mortuárias, o pesquisador encontrou diversas tigelas e pratos utilitários, todos de formas elegantes e cobertos por
uma fina camada de barro branco, que os arqueólogos denominam de “engobe", tão perfeito que dava ao conjunto a
aparência de porcelana. Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho.
Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade de formas existentes nos sítios onde escavou,
destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica.
Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição elevada dentro do grupo. A cerâmica do sítio de
Miracanguera recebia um banho de tabatinga (tipo de argila com material orgânico) e eventualmente uma pintura
com motivos geométricos, além da decoração plástica que destacava detalhes específicos, tais como seres humanos
sentados e com as pernas representadas.
João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju tentou encontrar
Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas. Arqueólogos americanos também
vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no Equador, Peru e Guiana Francesa, no final dos anos de
1940. Como não conseguiram achar Miracanguera, “decidiram" que a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma
subtradição de agricultores andinos".
Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para aquela cultura, concluindo que o grupo
indígena dos miracangueras não era originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um mistério
relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado nas próximas décadas. Em pleno século 21, a cultura
miracanguera continua oficialmente “inexistente" para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.
(Adaptado de: Museu Nacional do Rio de Janeiro. Disponível em: https://saemuseunacional.wordpress.com. SILVA,
Carlos Augusto da. A dinâmica do uso da terra nos locais onde há sítios arqueológicos: o caso da comunidade Cai
N'água, Maniquiri-AM / (Dissertação de Mestrado) - UFAM, 2010)
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199
Português
Considere o seguinte enunciado:
Para eliminar as repetições viciosas, as expressões destacadas devem ser substituídas, de acordo com a
norma- padrão da língua portuguesa, respectivamente, por:
a) as entrevistou - lhes apresentar
b) entrevistou-nas - as apresentar
c) entrevistou-as - apresentá-las
d) entrevistou-lhes - apresentar-lhes
e) lhes entrevistou - apresentar-nas
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas,
respectivamente, com:
a) de que ... que ... em
O acordo de transição criou a fórmula “um país, dois sistemas”. A submissão da economia ao Estado e a
centralização da ditadura chinesa não seriam implantadas na região administrativa especial da ex-colônia
por 50 anos, período em que se manteriam o arcabouço democrático e a livre-iniciativa.
O compromisso foi quebrado por recente decisão que afeta as eleições marcadas para 2017: o governo
central arrogou-se o direito de aprovar previamente os candidatos que poderão participar do pleito.
A medida foi vista como um indício de que a China estaria disposta a intervir e ampliar seu controle sobre
Hong Kong, uma importante praça financeira internacional.
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200
Português
Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.
a) Se criou na China, com o acordo de transição, a fórmula “um país, dois sistemas”.
b) Por um período de 50 anos, manteriam-se o arcabouço democrático e a livre-iniciativa.
c) O governo chinês recentemente se arrogou o direito de aprovação prévia dos candidatos.
d) Os chineses têm questinado-se se o país pretende intervir e ampliar seu controle sobre Hong Kong.
e) Não respeitaram-se os princípios que presidiram a passagem de Hong Kong à China.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a lacuna na fala da personagem deve ser preenchida
com:
a) que
b) cujo
c) de que
d) ao qual
e) aonde se
201
Português
Leia o texto para responder a questão.
Invasão de danos
Como se resolver o problema do déficit habitacional já não fosse tarefa complexa, invasões orquestradas
por movimentos de sem-teto em empreendimentos populares inacabados adicionam à equação
dificuldades nada desprezíveis – e não apenas para as autoridades.
Também a população que vive em áreas de risco ou espera há anos por sua residência se vê prejudicada
por intervenções de grupos que, à margem da lei, decidem se apossar de conjuntos habitacionais
construídos com recursos públicos.
Na cidade de São Paulo, 1.427 famílias de baixa renda continuam à espera de moradias do programa
federal devido a danos causados por invasores.
Não satisfeitos em ocupar ilegalmente unidades quase prontas, que dependiam apenas de ligações de
água e de esgoto para serem entregues, os sem-teto depredaram e incendiaram instalações de oito
condomínios quando a polícia comandou uma ação de reintegração de posse.
O vandalismo tornou necessário reformar os empreendimentos. Assim, não se sabe quando as unidades,
em construção desde 2010, serão oferecidas às famílias. Agrava-se, pois, a situação de quem hoje vive em
condições precárias.
Os próprios sem-teto agradeceriam se os recursos não precisassem ser aplicados duas vezes no mesmo
apartamento.
Não satisfeitos em ocupar ilegalmente unidades quase prontas,____________ faltavam apenas ligações de
água e de esgoto para serem entregues, os sem-teto depredaram e incendiaram instalações…
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a lacuna do trecho deve ser preenchida com:
a) às quais
b) aonde
c) que
d) das quais
e) em cujas
a) Os sem-teto depredaram oito condomínios, por isso foi necessário que reformassem-lhes.
b) Os sem-teto depredaram oito condomínios, por isso foi necessário que reformassem eles.
c) Os sem-teto depredaram oito condomínios, por isso foi necessário que lhes reformassem.
d) Os sem-teto depredaram oito condomínios, por isso foi necessário que reformassem-nos.
e) Os sem-teto depredaram oito condomínios, por isso foi necessário que os reformassem.
202
Português
a) Me contaram casos horríveis a respeito daquela moça.
b) Ela é a pessoa que orientou-nos.
c) Não mostraram-nos as fotos do corpo.
d) Jamais cumprimentaram-se depois do ocorrido.
e) Mostrar-lhe-ei meus textos.
Se colocarmos o pronome oblíquo “o” após a forma do verbo “empobrecem”, a forma correta da frase
seria:
a) empobrecem-o;
b) empobrecem-no;
c) empobrecem-lo;
d) empobrece-no;
e) empobrece-lo.
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203
Português
Os projetos beneficentes,___________ ele tanto lutou, __________muita gente a sair de situações difíceis.
a) em que … ajudaram
b) de que … ajudou
c) a que … ajudaram
d) pelos quais … ajudaram
e) aos quais … ajudou
Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta e respectivamente, considerando a norma culta da
língua portuguesa.
Os projetos beneficentes, _____ ele tanto lutou, ______ muita gente a sair de situações difíceis.
a) em que … ajudaram
b) de que … ajudou
c) a que … ajudaram
d) pelos quais … ajudaram
e) aos quais … ajudou
“Comentou-se, mas comigo até agora ninguém falou. Em nenhum momento, colega meu de partido ou de
outras bancadas ou o presidente do partido falaram (n)esse assunto. A questão de renúncia nunca foi
por mim cogitada.”
No texto, foram destacados sete pronomes, mas, dentre eles, apenas três são pronomes substantivos.
( )Certo ( )Errado
17 - (FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária).
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:
a) sem levar em consideração os rótulos = sem levá-los em consideração
b) capaz de abstrair um conceito geral = capaz de abstraí-lo
c) suprissem suas necessidades = suprissem-nas
d) conferem “consciência” a criaturas = conferem-lhes consciência
e) que reconhecem seus parentes consanguíneos = que lhes reconhecem
18 - (FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária).
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204
Português
tão gostoso pronunciar este nome – sentimento de quem abençoa a vida – Opõe à morte aleluias festivas
A substituição dos elementos grifados acima pelos pronomes correspondentes, com os necessários ajustes,
foi realizada corretamente em:
a) tão gostoso pronunciá-lo - sentimento de quem a abençoa - Opõe-lhe aleluias festivas
b) tão gostoso pronunciar-lhe - sentimento de quem abençoa-a - Lhe opõe aleluias festivas
c) tão gostoso pronunciá-lo - sentimento de quem abençoa-lhe - Opõe-na aleluias festivas
d) tão gostoso o pronunciar - sentimento de quem a abençoa - A opõe aleluias festivas
e) tão gostoso lhe pronunciar - sentimento de quem lhe abençoa - Opõe-na aleluias festivas
19 – (FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação).
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada
de modo INCORRETO em:
a) contratar jovens efebos = contratar-lhes
b) não possui mecanismos = não os possui
c) resolver problemas = resolvê-los
d) compromete a qualidade = compromete-a
e) rejuvenescem seus quadros = rejuvenescem-nos
GABARITO
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205
Português
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206
Português
Parte 2 - Capítulo IX
Numeral
Definição: Esta classe especial de palavras é relativa à quantidade e exatidão de pessoas, coisas ou lugares
ocupados numa série. Palavra que se refere a um substantivo dando a ideia de número.
cardinais ordinais
numerais
fracionários multiplicativos
Numerais Cardinais
São aqueles utilizados para quantificar. Definem-se como números básicos, destinados à designação de:
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207
Português
Numerais Ordinais
Tem função de indicar a ordem de seres ou coisas. Definem-se como uma sucessão de objetos ou seres em
série, equivalentes a adjetivos que se substantivam facilmente. Primeiro, segundo, terceiro, etc.
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208
Português
Flexão dos
numerais ordinais
Numerais Multiplicativos
Podem
equivaler a
adjetivos
A
substantivos
com mais Pois vêm
frequência geralmente
antecedidos
de artigo
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209
Português
Flexão dos
numerais multiplicativos
Numerais Fracionários
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210
Português
Numerais Coletivos
Assim como os
substantivos Sua característica é Como exemplos,
coletivos, designam denotar o número podemos citar: novena,
um conjunto de de seres exatos. dezena, década, dúzia,
pessoas ou coisas. lustro, milhar, par.
Flexão de
numerais coletivos
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211
Português
Milhões de pessoas.
Numeral Locução Adjetiva
Substantivo
A metade do grupo.
Numeral Locução Adjetiva
Substantivo
Atenção à concordância:
EX:
10% da turma
chegaram/chegou
Num. Locução
Subst. Adjetiva
1% da turma chegou.
Num. Locução
Dupla Subst. Adjetiva
possibilidade de
concordância
Única
concordância
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212
Português
O primeiro aluno.
Numeral Substantivo
Adjetivo
Dois estudantes.
Numeral Substantivo
Adjetivo
Primeiro professor.
Numeral Substantivo
Adjetivo
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213
Português
Parte 2 – Capítulo IX
Questões
1 – (PROVA: CAMARA-SJC - 2009 - FIP - PROGRAMADOR).
Para responder às duas questões seguintes, observe o seguinte trecho de uma letra de canção: CORAÇÕES
A MIL (Gilberto Gil) Minhas ambições são dez. Dez corações de uma vez pra eu poder me apaixonar dez
vezes a cada dia, setenta a cada semana, trezentas a cada mês.
(Fonte: http://www.gilbertogil.com.br/sec_discografia_letra.php?id=182)
Na primeira frase do texto, a palavra "dez", sublinhada, tem duplo sentido. São eles:
A) o sentido de serem dez ambições (no caso, "dez" seria um numeral) e o sentido de os corações serem
apaixonados (no caso, "dez" seria um adjetivo).
B) o sentido de serem dez ambições e o sentido de serem dez corações (nos dois casos, "dez" seria um
numeral).
C) o sentido de serem dez corações e o sentido de serem dez vezes a cada dia (nos dois casos, "dez" seria
um numeral).
D) o sentido de serem dez ambições (no caso, "dez" seria um numeral) e o sentido de as ambições serem
de extrema qualidade (no caso, "dez" seria um adjetivo). XXX
E) o sentido de serem dez vontades boas (no caso, "dez" seria um substantivo) e o sentido de totalizarem
dez as paixões ambiciosas (no caso, "dez" seria um adjetivo).
A) se cada semana tem setenta paixões, o mês deveria ter duzentas e oitenta e não trezentas.
B) a semana tem sete dias e o mês indicado, exatos trinta dias.
C) "setenta" e "trezentas" é só um recurso pleonástico, e o sentido numeral é irrelevante no caso.
D) cada dia do mês em questão tem dez horas, denotando o sentido ilusório da paixão.
E) há evidente comparação com a velocidade das paixões, semelhante a 70 km/h e 300 Km/h.
214
Português
b) O adjetivo brasileira equivale ao termo “do Brasil” (linha 4), podendo, por isso, substituí-lo.
c) Na linha 6, o vocábulo “Presente” pode ser flexionado no plural, pois concorda com “regiões brasileiras”
d) O vocábulo obtido substitui corretamente a palavra “composto” (linha 7).
e) Na linha 6, é correto substituir o termo “todas as” pelo pronome algumas, mantendo-se o sentido da
informação.
Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro
de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar
um jeito; a capacidade de adiar.
A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no
entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático
contribua para isso.
Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo
que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz
fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável,
uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e
morte (esta última, se possível, também adiada).
Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que
protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em
reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras:
logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se
desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a
conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame
médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a
festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são
mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou
trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio,
Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de
Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”.
Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o
francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um
furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano
escolhe sempre a gravata mais colorida.
O brasileiro adia, logo existe.
A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o
Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil,
incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações
essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados,
estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:
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215
Português
Palavras
Hier: ontem
Aujourd’hui: hoje
Demain: amanhã
A única palavra importante é “amanhã”.
Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.
Há, no texto da crônica, um conjunto de elementos que expressam quantidade. A alternativa em que o
termo sublinhado NÃO tem esse valor é:
A) “Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de
todo o mundo”;
B) “Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se
desemparelham”;
C) “Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós”;
D) “encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra”;
E) “Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor
intercalou o seguinte tópico”.
A frase é encabeçada pelo substantivo “ideologia”, mas devemos observar que o verbo “querer” está
acompanhado de seu complemento direto. Se considerarmos que “uma” é um numeral cardinal e não um
pronome indefinido, estaremos levando em conta um contexto segundo o qual o enunciador quer “uma
ideologia” e não.
A) outra ideologia
B) uma filosofia.
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216
Português
C) algumas ideologias.
D) a morte.
E) duas ou três
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217
Português
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue os
itens que se seguem.
Se o numeral ordinal “73.ª” (l.8) fosse escrito por extenso, a forma correta seria: seteptuagésima terceira.
( ) Certo ( ) Errado
“Em maio, um abaixo-assinado, para que o parlamento extinga a lei ortográfica, tomou a 82ª Feira do Livro
de Lisboa.” O numeral ordinal destacado está corretamente escrito na alternativa:
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218
Português
A) Octagésima segunda.
B) Octogésima segunda.
C) Oitagésima segunda.
D) Oitogésima segunda.
a) Cardinal e multiplicativo
b) Ordinal e fracionário
c) Ordinal e multiplicativo
d) Cardinal e fracionário
e) Cardinal e ordinal
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219
Português
GABARITO
1–D 6–E 11 – E
2–B 7–B
3–B 8–E
4–C 9–B
5–A 10 – A
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220
Português
Parte 2 – Capítulo X
Preposição
É a palavra invariável que liga dois termos da oração, sendo que o sentido do primeiro termo é completado
pelo segundo termo, ou seja, o regente e o regido.
A preposição caracteriza-se
por ser um conectivo.
As preposições podem se unir a outras palavras. Dessa forma, há a COMBINAÇÃO quando, ao juntar-se a
outra palavra, não ocorrer a perda do elemento fonético; e há a CONTRAÇÃO quando a preposição, ao
juntar-se a outra palavra, acontecer a perda fonética.
COMBINAÇÃO CONTRAÇÃO
A + O = AO DE + O = DO
A + OS = AOS DE + UM = DUM
A + ONDE = AONDE EM + O = NO
A + AQUELA = ÀQUELA
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221
Português
CLASSIFICAÇÃO DAS PREPOSIÇÕES
As preposições podem ser classificadas em essenciais ou acidentais, conforme estudaremos abaixo.
VALORES DA PREPOSIÇÃO
Necessidade de escrever.
(Nesse caso, a palavra necessidade é um termo que exige a preposição de, pois quem necessita, necessita
de alguma coisa. Sendo assim, há um valor relacional entre a preposição de e o termo necessidade).
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222
Português
VALORES SEMÂNTICOS DA PREPOSIÇÃO
Pode indicar condição, meio, tempo, matéria, assunto, finalidade, instrução, modo, posse, tempo,
afirmação, lugar, etc.
LOCUÇÃO PREPOSITIVA
Podemos entender locução prepositiva como mais de uma palavra que funciona como preposição.
São exemplos de locução prepositiva: Abaixo de, junto de, antes de, de acordo com, a respeito de, com
objetivo de, em vez de, ao lado de, etc.
Exemplo.:
Diante de tanta violência, não poderia me calar.
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223
Português
Parte 2 – Capítulo X
Questões
1 - (PROVA: PC-DF – 2015 – FUNIVERSA – PAPILOSCOPISTA POLICIAL).
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224
Português
Considerando a norma padrão, assinale a alternativa em que as preposições foram empregadas
CORRETAMENTE.
A) Todos sabem disso, mas as atitudes das pessoas não correspondem com seu grau de conhecimento.
B) Atualmente, apenas 327 municípios dispõem de algum sistema público de coleta de lixo.
C) Todos os eventos realizados no Estádio Nacional de Brasília seguem rigorosamente às normas de
segurança em vigor.
D) Hoje se sabe que o inconsciente responde o que chega ao cérebro por meio das terminações nervosas
do corpo.
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225
Português
Ainda que já tivesse uma carreira solo de sucesso [...], sentiu que era a hora de formar seu próprio grupo.
Outra redação para a frase acima, iniciada por "Já tinha uma carreira..." e fiel ao sentido original, deve
gerar o seguinte elo entre as orações:
A) de maneira que.
B) por isso.
C) mas.
D) embora.
E) desde que.
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226
Português
D) Ainda não temos confirmação da organização do congresso, mas, se tudo der certo, vamos a Estocolmo
nas próximas férias de julho. (para)
Incorporar a premissa de respeito à natureza e do uso sustentável dos recursos naturais deve ser um
trabalho constante e doutrinário frente às populações que habitam ou que trabalham nos campos e áreas
rurais. Trabalhar para manter a biodiversidade local e evitar a erosão que destrói as áreas cultiváveis, além
de ser economicamente viável, representa manter, por muito mais tempo, a terra em condições de gerar
riquezas e de prover o sustento das populações que dela dependem.
Reciclar os dejetos oriundos das criações animais e dos refugos das plantações deve ser encarado não
como custo ou gasto “a mais”, mas sim como uma excelente oportunidade de gerar toda ou parte da
energia necessária para executar as atividades econômicas a que se propõem e também como fonte de
fertilizantes baratos e totalmente gratuitos, o que, sem dúvida, representará um salto na lucratividade de
qualquer propriedade rural.
Garantir a sustentabilidade do meio ambiente é garantir, antes de qualquer coisa, que a fome, a
pobreza e a miséria estarão afastadas definitivamente e, com isso, terminará a dura realidade que força as
pessoas a praticar a exploração predatória dos recursos disponíveis em determinadas áreas. Pois, só com
uma situação de vida regular, os habitantes de uma determinada região poderão tornar-se permeáveis às
“novas ideias”.
Reciclar os dejetos oriundos das criações animais e dos refugos das plantações deve ser encarado não como
custo ou gasto “a mais”, mas sim como uma excelente oportunidade de gerar toda ou parte da energia
necessária para executar as atividades econômicas (...)
Os termos em negrito podem ser substituídos, sem prejuízo do sentido e da correção, respectivamente,
por:
A) e - porém - a fim de
B) mas - todavia - a fim de
C) mas - porém - afim de
D) e - entretanto - afim de
E) porém - entretanto - a fim de
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227
Português
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue os itens a seguir.
A correção gramatical do texto seria preservada caso se eliminasse a preposição ‘de’ (l.5).
( ) Certo ( ) Errado
Muitas culturas ocidentais descrevem o estereótipo do jovem como corajoso, destemido, forte e indolente. Já a
figura do idoso é retratada como um peso morto, um chato em decadência corporal e mental. Percepção
preconceituosa que foi levada ao extremo no século XX pelos portugueses durante a ditadura de Antônio Salazar,
notório por usar a perseguição aos idosos como bandeira política. Atletas e artistas cotidianamente debatem o avanço
da idade com medo e desgosto, enquanto especial istas da saúde questionam se há deterioração ou mudança
adaptativa do corpo humano.
Nas culturas orientais, assim como na maioria das filosofias clássicas, a velhice é vista de um ângulo positivo, sendo
fonte de sabedoria e meta para uma vida guiada pela prudência. O sábio ancião, que personifica a figura do homem
calmo, austero, e que muitas vezes é capaz de prever certas situações e aconselhar, se destaca em relação ao jovem
cheio de energia e de hormônios instáveis. Porém, apesar dos filósofos apreciarem o avanço da idade, nem todos eles
tinham a mesma opinião sobre a velhice. O jovem Platão tinha como inspiração o velho filósofo Sócrates. Apesar de
ser desfavorecido materialmente, Sócrates possuía muita experiência e uma sabedoria ímpar que marcou a história do
pensamento. Em A República , Platão retrata uma discussão filosófica sobre a justiça ocorrida na casa do velho Céfalo,
homem importante e respeitável em Atenas, que propiciava discussões filosóficas entre os mais velhos e os jovens
que contemplavam os diálogos.Na sociedade ideal desse filósofo, os jovens muitas vezes eram retratados como
inconsequentes e ingênuos, a exemplo de Polemarco, filho de Céfalo.
Nesta sociedade ideal, crianças e adolescentes não recebiam diretamente o ensino da Filosofia. Por ser um
conhecimento nobre e difícil, [ela] era ensinada somente para pessoas de idade mais avançada.
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228
Português
Dentre os filósofos clássicos, o maior crítico sobre a construção filosófica da ideia de “velhice” era o estoico Sêneca.
Para ele, Platão, Aristóteles e Epicuro construíram uma concepção mitológica da figura do velho. Os idosos que ele
conheceu em Roma muitas vezes não eram tão felizes como descreviam os gregos. Muitos deles, observou Sêneca,
pareciam tranquilos, mas no fundo não eram. A aparente tranquilidade decorria de seu cansaço e desânimo por não
conseguir mais lutar por aquilo que queriam. Não buscaram a ataraxia enquanto jovens, ou seja, a tranquilidade da
alma e a ausência de perturbações frente aos desafios impostos pela vida.
Se envelhecer é uma “droga”, como afirma o ator Arnold Schwarzenegger, ou se *a velhice+ é a “melhor idade”,
como dizem muitos aposentados, esses discursos não contribuem para uma resposta definitiva para o estudo
científico.Afinal, o conceito de velhice não é um fenômeno puramente biológico, mas também fruto de uma
construção social e psicoemocional.
No período: “*...+ Por ser um conhecimento nobre e difícil, *ela+ era ensinada somente para pessoas de
idade mais avançada.” (§ 3) a preposição POR introduz a mesma circunstância que em:
Faça alongamentos
Alongue-se: estique as pernas, coloque a mão atrás do pescoço, depois traga o pescoço para frente, tentando tocar o queixo no
peito. Esses exercícios o deixarão relaxado.
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229
Português
É preciso ter fé nesse Brasil
nesse pau-brasil
nessas matas despovoadas
nessas praias sem pescadores
É preciso ter fé
Nesse norte de secas
e de literatura
A esperança vem do sul
Vem de mansinho
contagiosa e sutil
vem no café que produzimos
vem nas indústrias que criamos
A esperança vem do sul
do coração calmo de São Paulo
É preciso ter caridade
e ter carinho
perdoar o ódio que nos cerca
que nos veste
e trabalhar para os irmãos pobres...
(Poetas do Modernismo. INL-MEC, Rio de Janeiro, 1972)
A) lugar e lugar
B) lugar e meio
C) meio e meio
D) meio e tempo
E) lugar e tempo
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230
Português
Para o entendimento da crítica social presente no texto, é crucial, além da interpretação das imagens com
base no conhecimento histórico, o entendimento do sentido das preposições empregadas no título de cada
imagem.
( ) Certo ( ) Errado
Brinquedos de meninos
Existem fortes evidências a sugerir que as preferências de meninos e meninas por brinquedos específicos para cada gênero
envolvem mais do que preconceitos, estereótipos e a irresponsabilidade social de fabricantes. Ao que tudo indica, existe uma base
biológica para as distintas predileções.
Para começar, brincadeiras típicas de machos e fêmeas não são uma exclusividade humana. Em 2010, o primatologista Richard
Wrangham, de Harvard, ganhou manchetes ao publicar um estudo descrevendo como fêmeas jovens de chimpanzés brincavam
com pedaços de pau como se fossem bonecas. Elas chegavam a construir ninhos na floresta para acomodar os gravetos à noite.
Machos da mesma idade por vezes topavam brincar de casinha com elas, mas o uso preferencial que davam aos galhos era o de
armas simuladas.
Aparentemente, os níveis de exposição do feto a hormônios respondem ao menos em parte pela predisposição. Em 2009, Bonnie
Auyeung e colaboradores mostraram que meninas que estiveram expostas a mais testosterona durante a gravidez tendiam na
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Português
infância a engajar-se mais em brincadeiras típicas de garotos. No caso de animais não humanos, cientistas foram capazes de mudar
o comportamento de jovens manipulando os hormônios fetais.
Estudos com mamíferos revelam que fêmeas preferem cores mais quentes como vermelho e rosa. Em machos não há uma
predileção clara. No caso de humanos, esse padrão aparece mesmo quando lidamos com culturas bem distintas, como norte-
americanos e chineses.
A biologia talvez não explique todas as diferenças, mas revela que não somos uma tábula rasa de gênero.
No trecho – Elas chegavam a construir ninhos na floresta para acomodar os gravetos à noite. –, a palavra
em destaque estabelece uma relação de
A) modo.
B) finalidade.
C) instrumento.
D) posse.
E) comparação.
... um estudo descrevendo como fêmeas jovens de chimpanzés brincavam com pedaços de pau como se
fossem bonecas.
A) Nosso vizinho vive com a mãe e o irmão mais velho.
B) Admiro como ele é gentil com a esposa.
C) Depois de muita discussão, eles concordaram com o professor
D) Por não conseguirem abrir com a chave, elas abriram o cadeado com um alicate.
E) Ninguém pode negar que ela se parece muito com a mãe.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa.
A) a ... do
B) aos ... sobre
C) à ... do
D) a ... onde
E) aos ... que
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Português
Leia a tira.
Nas frases da personagem que está na fila, o termo “para” é empregado expressando ideia de.
A) causa.
B) modo.
C) lugar.
D) finalidade.
E) oposição.
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Português
GABARITO
11 - B 12 - B 13 - C 14 -B 15 - B 16 - D 17 - A 18 - D 19 - A 20 - B
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Português
Parte 2 – Capítulo XI
Conjunções
Podemos entender por conjunção os vocábulos gramaticais que têm a função de relacionar duas orações
ou dois termos semelhantes da mesma oração.
COORDENATIVAS SUBORDINATIVAS
Aditivas Causais
Adversativas Concessivas
Alternativas Condicionais
Conclusivas Finais
Explicativas Temporais
Consecutivas
Comparativas
Proporcionais
Conformativas
Integrantes
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a
mesma função gramatical. As conjunções coordenativas podem se subdividir em: Aditivas, Adversativas,
Alternativas, Conclusivas e Explicativas.
Aditivas
As conjunções aditivas estabelecem ideia de adição e servem para ligar simplesmente dois termos ou duas
orações de idêntica função. Destacam-se as seguintes conjunções aditivas: e, nem (= e não), tampouco.
Aditivas
TAMPOUCO NEM
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235
Português
Exemplificando...
Note que, no primeiro exemplo, a conjunção e estabelece uma relação de soma, já que o sujeito pratica as
duas ações (voltar e desfalecer). Já no segundo exemplo, a conjunção nem (= tampouco) promove uma
relação de adição, com sentido negativo, pois, neste caso, ocorre a soma de elementos negados.
Vale frisar que existem expressões que necessitam de outras expressões. São chamadas de correlativas,
pois uma exige a outra.
Adversativas
As conjunções adversativas interligam dois termos ou duas orações de igual função, configurando ideia de
contraste, adversidade, contrariedade, oposição. As adversativas mais comuns são: mas, porém, contudo,
todavia, entretanto, no entanto e não obstante.
MAS
NÃO PORÉM
OBSTANTE
Adersativas
mais comuns CONTUDO
NO
ENTANTO
ENTRETANTO TODAVIA
Exemplificando...
Não existiam muitas construções, nenhum edifício de apartamentos, porém sobravam grandes, extensos
terrenos baldios.
Note que o uso das conjunções porém e contudo iniciam uma oposição à expectativa criada na oração
anterior.
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Português
Alternativas
As conjunções alternativas ligam dois termos ou orações de sentido distinto, sinalizando que, ao cumprir-se
um fato, o outro não se cumpre. Destacam-se as conjunções: ou (repetida ou não) e quando repetidas, ora,
quer, seja, nem.
OU
NEM ORA
Alternativas
SEJA QUER
Exemplificando...
Ou o menino não compreendia bem ou não ouvia nada do que lhe dizia o seu companheiro.
Ora dança ora trabalha.
Note que, no primeiro exemplo, a conjunção ou estabelece uma opção, escolha. No segundo exemplo, o
sujeito da oração possui duas atividades, contudo os fatos não acontecem simultaneamente. Ou seja, eles
se alternam.
Conclusivas
As conjunções conclusivas servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão, dedução,
consequência. As mais comuns são: logo, pois, portanto, então, por conseguinte, por isso e assim.
LOGO
ASSIM POIS
Conclusivas
mais Quando deslocado na frase (no
POR ISSO comuns PORTANTO meio ou no final).
Aparece entre vírgulas.
POR
ENTÃO
CONSEGUINTE
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237
Português
Exemplificando...
Ficamos andando até tarde no Calçadão de Copacabana, logo não conseguimos ir ao banco.
Estou malhando muito, portanto ficarei em forma para o verão.
Note que a primeira oração exprime ideia de conclusão, e a segunda mostra um significado de dedução.
Explicativas
As conjunções explicativas ligam duas orações, a segunda justificando a ideia contida na primeira oração.
Essas conjunções introduzem ideia de explicação vinculada normalmente a uma ordem, advertência,
sugestão ou solicitação. As conjunções mais comuns são: que, porque, pois, porquanto, já que, visto que,
uma vez que, como e dado que.
QUE
DADO
QUE PORQUE
VISTO
QUE JÁ QUE
Exemplificando...
Note que, na primeira oração, a conjunção que inicia explicações para ordens indicadas na oração anterior.
Na segunda oração, choveu não seria consequência de as ruas estarem alagadas, portanto cabe aí apenas a
ideia de explicação.
Dentre as conjunções adversativas , apenas mas aparece
obrigatoriamente no começo da oração; já as conjunções todavia,
porém, contudo, entretanto e no entanto podem vir no início da oração
ou após um dos seus termos.
A conjunção pois, quando conclusiva, vem sempre posposta a um termo
da oração a que pertence.
Já as conjunções conclusivas logo, portanto e por conseguinte podem
variar de posição, conforme o ritmo, a entoação e a harmonia da frase.
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Português
CONJUNÇÃO "E"
Pode ter valor adversativo.
Pode iniciar frases de alta intensidade afetiva, com o valor próximo ao de interjeições.
Pode facilitar a passagem de uma ideia a outra, mesmo que não relacionadas, como em fórmulas que
imitam o estilo bíblico.
“E a minha terra se chamará a terra de Javé, e a tua se chamará a terra de Sem; e iremos às tendas
um do outro, e partiremos o pão da alegria e da concórdia”. (Machado de Assis, OC, II, 302).
CONJUNÇÃO "MAS"
Pode exprimir ideia de restrição.
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Português
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
São aquelas conjunções que ligam duas orações, uma das quais determina ou completa o sentido da outra.
As conjunções subordinativas classificam-se em Causais, Concessivas, Condicionais, Finais, Temporais,
Comparativas, Consecutivas, Integrantes, Conformativas e Proporcionais.
Causais
As conjunções causais iniciam uma oração subordinada que denota causa, ou seja, há uma relação de
causa-efeito. Assim, a causa irá representar um fato anterior e o efeito representará o fato posterior.
Destacam-se as causais mais comuns: porque, pois, porquanto, como (= porque), pois que, por isso que, já
que, uma vez que, visto que, visto como, que, etc.
PORQUE JÁ QUE
POR
ISSO POIS
QUE UMA VEZ
QUE
Causais QUE
Causais
mais mais
comuns comuns
POIS
PORQUANTO
QUE
VISTO VISTO
COMO COMO QUE
(= PORQUE)
Exemplificando...
Como os preços estavam altos, decidi optar pelo carro mais barato.
Ela ainda não fez o bolo, já que lhe faltou a farinha.
É importante alertar que causa se difere de explicação, não se podendo confundir conjunções causais com
conjunções explicativas.
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240
Português
CAUSA EXPLICAÇÃO
Toda vez que a oração em destaque se parecer com causa, pergunte se ela foi um fato que fez
com que outro ocorresse.
Para toda causa, haverá um efeito. Se você não achar um efeito, aquela ideia não era uma
causa e, sim, uma explicação.
Efeito Causa
Concessivas
As conjunções concessivas introduzem uma oração subordinada, cujo fato ocorrente não altera o fato da
outra oração. A oração introduzida admite um fato contrário à ação principal, mas incapaz de impedi-la.
Destacam-se as seguintes conjunções: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que,
se bem que, por mais que, por menos que, apesar de que, nem que, que, etc.
EMBORA SE BEM
QUE
Concessivas Concessivas
POR
POSTO AINDA NEM QUE MENOS
QUE QUE QUE
MESMO APESAR DE
QUE QUE
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Português
Exemplificando...
Note que a conjunção embora inicia uma oração que possui um fato incapaz de alterar o fato da primeira
oração. No primeiro período, a oração inicial tem sentido hipotético, todavia poderia apresentar sentido
concreto que não alteraria a oração segunda.
Condicionais
As conjunções condicionais iniciam uma oração subordinada em que se introduz ideia de hipótese ou uma
condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal. Essa ideia de condição é oposta à de
concessão. Desse modo, o fato sempre irá depender do outro. Destacam-se as seguintes conjunções: se,
caso, contanto que, salvo se, sem que (= se não), dado que, desde que, a menos que, a não ser que , etc.
SE
A NÃO SER
CASO
QUE
A MENOS CONTANTO
QUE QUE
Condicionais
DESDE
SALVO SE
QUE
Exemplificando...
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242
Português
Finais
As conjunções finais iniciam uma oração subordinada que indica ideia de objetivo, finalidade à oração
principal. Sendo conjunções finais: para que, a fim de que, porque (= para que).
A FIM DE QUE
PORQUE
PARA QUE
(= PARA QUE)
Finais
Exemplificando...
Note que, nos dois exemplos, as orações que não carregam as conjunções são geradoras da ação das
orações que trazem as conjunções finais.
Temporais
As conjunções temporais iniciam uma oração subordinada, indicadora de circunstância de tempo. São as
conjunções temporais: quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde
que, todas as vezes que, apenas (= quando), mal, que (= desde que), etc.
QUANDO ASSIM
QUE
Temporais Temporais
APENAS
ATÉ QUE (= QUANDO)
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243
Português
Exemplificando...
Fico com enxaqueca, cada vez que ouço esse tipo de música.
Todas as vezes que lhe encontro, chego atrasada ao trabalho.
Consecutivas
As conjunções consecutivas iniciam oração com a ideia de consequência do que foi declarado na oração
anterior. Destacam-se as seguintes conjunções: que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou
tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de
sorte que, etc.
QUE
DE SORTE DE FORMA
QUE QUE
Consecutivas
DE MODO DE MANEIRA
QUE QUE
Exemplificando...
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244
Português
Comparativas
As conjunções comparativas conferem ideia de comparação, iniciando uma oração que encerra o segundo
membro de uma comparação, de um confronto. Destacam-se as seguintes conjunções: que, do que (depois
de mais, menos, maior, menor, melhor e pior), qual (depois de tal), quanto (depois de tanto), como, assim
como, bem como, como se e que nem.
QUE
QUE
DO QUE
NEM
COMO
QUAL
SE
Comparativas
BEM
QUANTO
COMO
ASSIM
COMO
COMO
Exemplificando...
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245
Português
Integrantes
As conjunções integrantes são responsáveis por introduzir uma oração que funciona como sujeito, objeto
direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de uma oração. Destacam-se as
seguintes conjunções: que e se.
QUE Integrantes SE
Exemplificando...
Note que a segunda oração de cada período pode ser facilmente substituída pela palavra ISSO.
Conformativas
As conjunções conformativas iniciam uma oração subordinada em que se expressa a conformidade de um
pensamento com o da oração principal. Destacam-se as seguintes orações: conforme, como (= conforme),
segundo, consoante, de acordo com que, em consonância com que.
CONFORME
EM
CONSONÂNCIA COMO
COM QUE
Conformativas
DE ACORDO
COM QUE SEGUNDO
CONSOANTE
Exemplificando...
Note que, neste último exemplo, a conjunção conforme denota conformidade da ação com que foi
ordenado. Já no primeiro exemplo, a conjunção utilizada pode ser substituída pela própria conjunção
conforme.
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Português
Proporcionais
As conjunções proporcionais iniciam uma oração subordinada com ideia de proporção, que menciona um
fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal. Destacam-se as seguintes
conjunções: à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais... mais, quanto mais...
tanto mais, quanto mais... menos, quanto mais... tanto menos, quanto menos... menos, quanto menos...
tanto menos, quanto menos... mais, quanto menos... tanto mais.
quanto mais...
à medida que menos
quanto mais...
ao passo que tanto menos
Proporcionais
Proporcionais
quanto menos...
à proporção que menos
quanto menos...
enquanto tanto menos
quanto mais... quanto menos...
mais mais
quanto mais... quanto menos...
tanto mais tanto mais
Exemplificando...
À medida, porém, que os dias se passavam, mais ansiosa ela ficava pelo casamento.
Quanto mais ele comia, mais ele queria.
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Português
Parte 2 – Capítulo XI
Questões de Concursos
1 - (FCC - SEFAZ-PE - 2014 - AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL).
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de
Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito raras, interessam e
agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos.
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o
artista procedeu por uma sucessão de tentativas erradas.
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a
marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.
O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se
fixou pelo consenso do público.
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou graça: estava
desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física do tipo. Podia ser
jocosa também, mas não era mais Carlito.
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente extravagante.
Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco.
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem de
Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O circo.
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele
profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que
condescendem com o fácil gosto do público.
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior
força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua inteligência e em
sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o
fator comum de todas as expressões humanas.
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”.Crônicas da província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20)
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Português
2 - (CESPE - ANTA - 2014 - NÍVEL MÉDIO).
Bento XVI diz que os cristãos não deverão respeitar leis injustas. Mas, num país que conta mais de um milhão de leis, a única lei
que se cumpre sem exceção parece ser a da gravidade... Pois que se aja e se assuma resiliência, porque ainda há gente que se
importa. Numa época de injustiças como a nossa, façamos a nossa parte, façamos luz sobre os males de que o mundo padece, para
que sejam abertos rasgões de luz na cortina de escuridão que sobre ele caiu, e sob a qual prosperam ladrões e tiranos. Urge
debelar o medo, esse disfarce usado quando se faz o que sempre se fez, como se nada de indigno tivesse acontecido.
Diz-nos o dicionário que valor (do latim valore) é qualidade de quem pratica atos extraordinários e, eticamente, um princípio
passível de orientar a ação humana. Se assim for, convirá seguir o preceito do Dalai Lama: “Precisamos ensinar, do jardim de
infância até a Faculdade, que a moralidade é o caminho da felicidade. O sistema educacional moderno presta somente atenção ao
desenvolvimento do cérebro e não o desenvolvimento moral”. Porque, se a escola não é o primeiro lugar para se educar o
indivíduo, também não deverá ser o primeiro lugar para deseducá-lo; mas um lugar e tempo de aprendizagem de valores. Quando,
no quadro de uma reorganização curricular, instituiu-se “uma hora semanal de Educação para a cidadania”, eu questionei os
autores da proposta: por que razão não deveriam ser as restantes horas de “Educação na cidadania”? Quem nunca viu uma criança
furando a fila de merenda? Quem nunca viu a família dessa criança jogando lixo na rua e entupindo os bueiros? Até que ponto a
escola pode promover uma inútil acumulação cognitiva e se demitir da função de educar?
Clamemos por justiça, onde quer que os nossos atos possam promovê-la, atenuando a crise da sua ausência. Leonardo Boff nos
diz que a crise que nos afeta não é uma crise cíclica e que uma nova ordem mundial é necessária, um novo modo de habitar a
Terra. E Alain Touraine lança um alerta: “ou a crise acelera a formação de uma nova sociedade, ou virá um tsunami que poderá
arrasar tudo pela frente, pondo em perigo mortal a nossa própria existência no planeta”
“Precisamos ensinar, do jardim de infância até a Faculdade, que a moralidade é o caminho da felicidade. O
sistema educacional moderno presta somente atenção ao desenvolvimento do cérebro e não o
desenvolvimento moral”.
Esse pensamento do Dalai Lama é composto de dois períodos; o conectivo que estaria bem colocado entre
esses dois períodos é:
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Português
A) pois
B) porém
C) porque
D) embora
Tente imaginar esta cena: homens, animais e florestas convivendo em harmonia. Os homens retiram das plantas apenas os frutos
necessários e cuidam para que elas continuem frutificando; não matam animais sem motivo, não sujam as águas de seus rios e não
enchem de fumaça seu ar. Em outras palavras: as relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem, bem como as
influências que uns exercem sobre os outros, estão em equilíbrio. (...)
Nossa preocupação (de brasileiros) não é só controlar a exploração das florestas, mas também evitar uma de suas piores
consequências: a morte e o desaparecimento total de muitas espécies animais. Apesar de nossa fauna ser muito variada, a lista
oficial das espécies que estão desaparecendo já chega a 86 (dentre elas, a anta, a onça, o mico-leão, a ema e o papagaio).
E a extinção desses animais acabará provocando o desequilíbrio do meio ambiente, pois o desaparecimento de um deles faz
sempre com que aumente a população de outros. Por exemplo: o aumento do número de piranhas nos rios brasileiros é
consequência do extermínio de seus três inimigos naturais – o dourado, a ariranha e o jacaré.
(Nosso Brasil, 2002)
Leia o trecho.
“Nossa preocupação (de brasileiros) não é só controlar a exploração das florestas, mas também evitar uma
de suas piores consequências: a morte e o desaparecimento total de muitas espécies de animais.”
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Português
Considere o fragmento “faz dois meses que não piso na academia, mas tenho dormido bem”. Caso a
conjunção “mas” fosse substituída por “porque”, haveria mudança semântica e a segunda oração
apresentaria o sentido de:
A) finalidade
B) causa
C) consequência
D) tempo
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Português
6 - (VUNESP – PC-SP - 2014 - OFICIAL ADMINISTRATIVO).
Só entre 2011 e 2012, por exemplo, 867 mil brasileiros receberam um diploma, segundo a mais recente
Pesquisa Nacional de Domicílio (Pnad) do IBGE.
Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de
gerenciamento da água. Esse sistema hidráulico, aperfeiçoado por mais de mil anos, foi pesquisado por uma equipe norte-
americana.
As antigas civilizações têm muito a ensinar para as novas gerações. O caso do sistema de coleta e armazenamento de água dos
maias é um exemplo disso. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da
antiga cidade de Tikal, na Guatemala.
Durante o estudo, coordenado por Vernon Scarborough, da Universidade de Cincinnati, em Ohio, e publicado na revista
científica PNAS, foram descobertas a maior represa antiga da área maia, a construção de uma barragem ensecadeira para fazer a
dragagem do maior reservatório de água em Tikal, a presença de uma antiga nascente ligada ao início da colonização da região, em
torno de 600 a.C., e o uso de filtragem por areia para limpar a água dos reservatórios.
No sistema havia também uma estação que desviava a água para diversos reservatórios. Assim, os maias supriam a necessidade
de água da população, estimada em 80 mil em Tikal, próximo ao ano 700, além das estimativas de mais cinco milhões de pessoas
que viviam na região das planícies maias ao sul.
No final do século IX a área foi abandonada e os motivos que levaram ao seu colapso ainda são questionados e debatidos pelos
pesquisadores. Para Scarborough é muito difícil dizer o que de fato aconteceu. “Minha visão pessoal é que o colapso envolveu
diferentes fatores que convergiram de tal modo nessa sociedade altamente bem-sucedida que agiram como uma ‘perfeita
tempestade’. Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão severamente”, disse o pesquisador à Folha de S.
Paulo.
Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade, uma vez que eles dependiam muito dos
reservatórios que eram preenchidos pela chuva. É provável que a população tenha crescido muito além da capacidade do
ambiente, levando em consideração as limitações tecnológicas da civilização. “É importante lembrar que os maias não estão
mortos. A população agrícola que permitiu à civilização florescer ainda é muito viva na América Central”, lembra o pesquisador.
Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade, uma vez que eles dependiam
muito dos reservatórios que eram preenchidos pela chuva.
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Português
A locução conjuntiva grifada na frase acima pode ser corretamente substituída pela conjunção:
A) quando.
B) porquanto.
C) conquanto.
D) todavia.
E) contanto
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Português
Qual o valor semântico do conector sintático grifado no trecho acima?
A) Valor restritivo.
B) Valor comparativo.
C) Valor conformativo.
D) Valor aditivo.
E) Valor de atenuação.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou reforço na fiscalização das unidades de saúde do
País. Resolução da entidade publicada ontem lista uma série de procedimentos que deverão ser observados
em todo o País. "Unidades que não seguirem as especificações terão um prazo para atender às exigências",
afirmou o vice-presidente da entidade e relator da resolução, Emmanuel Fortes. As fiscalizações começam
em janeiro e irregularidades não resolvidas renderão relatório para o Ministério Público e Tribunais de
Contas. Médicos que atuarem no serviço em cargos de chefia poderão sofrer processos éticos.
"A ideia não é suspender o atendimento. É garantir a segurança da população", disse Fortes. De acordo
com ele, as exigências listadas na recomendação trazem itens já definidos pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. "Acrescentamos itens de instrumentação, que são indispensáveis e não eram
mencionados nas normas já existentes."
As exigências variam de acordo com o grau de complexidade de atendimento médico. Consultórios
simples, por exemplo, são obrigados a ter pia, sabonete, estetoscópio e balança. "Pode parecer óbvio, mas
existem serviços cujos consultórios não apresentam nem cadeira para pacientes e acompanhantes", diz
Fortes.
Veja:
As duas orações acima podem ser conectadas, fazendo-se as alterações necessárias, mais adequadamente
ao contexto, por meio de uma conjunção:
A) concessiva.
B) aditiva.
C) adversativa.
D) temporal.
E) final.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou reforço na fiscalização das unidades de saúde do País. Resolução da entidade
publicada ontem lista uma série de procedimentos que deverão ser observados em todo o País. "Unidades que não seguirem as
especificações terão um prazo para atender às exigências", afirmou o vice-presidente da entidade e relator da resolução, Emmanuel
Fortes. As fiscalizações começam em janeiro e irregularidades não resolvidas renderão relatório para o Ministério Público e
Tribunais de Contas. Médicos que atuarem no serviço em cargos de chefia poderão sofrer processos éticos.
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"A ideia não é suspender o atendimento. É garantir a segurança da população", disse Fortes. De acordo com ele, as exigências
listadas na recomendação trazem itens já definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. "Acrescentamos itens de
instrumentação, que são indispensáveis e não eram mencionados nas normas já existentes."
As exigências variam de acordo com o grau de complexidade de atendimento médico. Consultórios simples, por exemplo, são
obrigados a ter pia, sabonete, estetoscópio e balança. "Pode parecer óbvio, mas existem serviços cujos consultórios não apresentam
nem cadeira para pacientes e acompanhantes", diz Fortes.
Veja:
As duas orações acima podem ser conectadas, fazendo-se as alterações necessárias, mais adequadamente
ao contexto, por meio de uma conjunção:
A) concessiva.
B) aditiva.
C) adversativa.
D) temporal.
E) final.
A dor quebra a unidade vivida do homem, transparente para si mesmo enquanto goza de boa saúde,
confiante em seus recursos, esquecido do enraizamento físico de sua existência, desde que nenhum
obstáculo se interponha entre seus projetos e o mundo. De fato, na vida cotidiana o corpo se faz invisível,
flexível; sua espessura é apagada pelas ritualidades sociais e pela repetição incansável de situações
próximas umas das outras. Aliás, esse ocultar o corpo da atenção do indivíduo leva René Leriche a definir a
saúde como “a vida no silêncio dos órgãos”. Georges Canguilhem acrescenta que ela é um estado de
“inconsciência em que o sujeito é de seu corpo”.
(Adaptado de: BRETON, David Le. Antropologia da Dor, São Paulo, Editora Fap-Unifesp, 2013, p. 25-6)
... esse ocultar o corpo da atenção do indivíduo... ... definir a saúde como “a vida no silêncio dos órgãos”.
(final do texto)
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255
Português
16 - (FCC – TRT-15ª REGIÃO - 2013 - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JURÍDICA).
A sustentabilidade do meio ambiente deve ser a meta buscada por qualquer indivíduo ou grupo que
necessite de recursos naturais para sobreviver. E isso é um fato que não admite contestação.
Incorporar a premissa de respeito à natureza e do uso sustentável dos recursos naturais deve ser um
trabalho constante e doutrinário frente às populações que habitam ou que trabalham nos campos e áreas
rurais. Trabalhar para manter a biodiversidade local e evitar a erosão que destrói as áreas cultiváveis, além
de ser economicamente viável, representa manter, por muito mais tempo, a terra em condições de gerar
riquezas e de prover o sustento das populações que dela dependem.
Reciclar os dejetos oriundos das criações animais e dos refugos das plantações deve ser encarado não
como custo ou gasto “a mais”, mas sim como uma excelente oportunidade de gerar toda ou parte da
energia necessária para executar as atividades econômicas a que se propõem e também como fonte de
fertilizantes baratos e totalmente gratuitos, o que, sem dúvida, representará um salto na lucratividade de
qualquer propriedade rural.
Garantir a sustentabilidade do meio ambiente é garantir, antes de qualquer coisa, que a fome, a
pobreza e a miséria estarão afastadas definitivamente e, com isso, terminará a dura realidade que força as
pessoas a praticar a exploração predatória dos recursos disponíveis em determinadas áreas. Pois, só com
uma situação de vida regular, os habitantes de uma determinada região poderão tornar-se permeáveis às
“novas ideias”.
Os termos em negrito podem ser substituídos, sem prejuízo do sentido e da correção, respectivamente,
por:
A) e - porém - a fim de
B) mas - todavia - a fim de
C) mas - porém - afim de
D) e - entretanto - afim de
E) porém - entretanto - a fim de
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256
Português
18 - (FCC – TRT-15ª REGIÃO - 2013 - ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR).
Reciclar os dejetos oriundos das criações animais e dos refugos das plantações deve ser encarado não como
custo ou gasto “a mais”; mas sim como uma excelente oportunidade (...)
20 – (FCC - 2013 - TRT - 12ª REGIÃO (SC) - ANALISTA JUDICIÁRIO - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO).
As informações sensíveis a que temos acesso, embora restritas, não comprometeram nossa sobrevivência
no laboratório da vida. (5º parágrafo)
Mantendo - se a correção e a lógica, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase acima, o
elemento sublinhado pode ser corretamente substituído por:
a) conquanto.
b) contanto que.
c) entretanto.
d) porém.
e) no entanto.
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257
Português
22 - (FUNJAB-SC - 2010 - PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS - SC - MÉDICO - ECOCARDIOGRAFIA).
Leia o período abaixo.
Por mais que a validade das previsões da OMS relativas à pandemia da gripe A sejam questionáveis – sem
dúvida, são mais dependentes da pressão dos laboratórios que da realidade médica –, a constatação de que
95 países pobres necessitariam dos estoques excedentes de vacinas não deixa de ser expressiva. (op. cit.
BULARD, Martine)
Uma conjunção explicitaria o nexo entre as duas orações, caso os travessões do período acima fossem
substituídos por vírgula. Assinale a alternativa CORRETA que apresenta essa conjunção.
a) Embora
b) E
c) Como
d) Pois
e) Portanto
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258
Português
25 - (CESPE - 2011 - CORREIOS - AGENTE DE CORREIOS).
Na frase “Identificava-se, portanto, o responsável pelo fracasso na legitimidade das feições” (L.16-17), a
palavra sublinhada expressa o sentido de:
a) Condição
b) Oposição.
c) Explicação
d) Conclusão.
e) Finalidade
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259
Português
a) Logo
b) Então.
c) Portanto.
d) Pois.
e) Embora.
I – À medida que os meses passavam, sentia-me mais preparado para o concurso de minha vida.
II – Apesar dos esforços constantes, a comunidade do bairro não logrou êxito na prefeitura para o asfalto
na linha de ônibus.
III – Ainda que tenha se esforçado, não conseguiu chegar a tempo para o baile.
IV – Assim que chegar, não se esqueça de trancar a porta.
a) Conseqüência – concessão – concessão – tempo;
b) Proporcionalidade – concessão – concessão – tempo;
c) Conseqüência – finalidade – concessão – tempo;
d) Proporcionalidade – concessão – concessão – condição.
e) Conseqüência – concessão – concessão – condição.
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260
Português
34 - (VUNESP - 2013 - FUNDUNESP - ENGENHEIRO DE SEGURANÇA).
… sua fabricante, Mattel, lançou nos Estados Unidos um estojo que une a boneca e blocos de montar, para
que as meninas construam e redecorem como quiserem uma mansão de brinquedo.
Conforme gerações de meninas criadas de forma mais igualitária tornam-se maioria nas escolas e chegam
ao mercado de trabalho, cresce a participação das mulheres em profissões das áreas de ciências exatas,
principalmente nas engenharias.
Procedendo-se às alterações necessárias, as expressões para que e Conforme poderiam ser substituídas,
respectivamente, sem alteração do sentido dos textos, por:
a) à medida que / Contanto que – e indicam uma conclusão e uma condição, nessa ordem.
b) assim / De acordo com – e introduzem uma condição e uma conclusão, nessa ordem.
c) desde que / De modo que – e iniciam uma ideia de finalidade e uma explicação, nessa ordem.
d) a fim de que / Da mesma maneira que – e expressam ideia de finalidade e de conformidade, nessa
ordem.
e) de modo que / Ainda que – e estabelecem ideia de conformidade e de oposição, nessa ordem.
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261
Português
38 - (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - ANALISTA JUDICIÁRIO).
Quando a bordo, e por não poderem acender fogo, os viajantes tinham de contentar-se, geralmente, com
feijão frio, feito de véspera.
Identificam-se nos segmentos grifados na frase acima, respectivamente, noções de:
a) Modo e consequência.
b) Modo e consequência.
c) Temporalidade e causa.
d) Modo e temporalidade.
e) Consequência e oposição
Uma conjunção explicitaria o nexo entre as duas orações, caso os travessões do período acima fossem
substituídos por vírgula.
Assinale a alternativa CORRETA que apresenta essa conjunção.
a) Embora
b) E
c) Como
d) Pois
e) Portanto
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262
Português
GABARITO
01- C 02-C 03 - B 04 - B 05 - B 06 - B 07 - B 08 - C 09 - D 10 - E
11 -E 12 - D 13 - C 14 - C 15 - E 16 - A 17 - E 18 - C 19 - A 20 - A
21 - E 22 - D 23 - E 24 -A 25 - D 26 - C 27 - E 28 - C 29 - D 30 - B
31 - C 32 - A 33 - C 34 - D 35 - C 36 - A 37 - A 38 - C 39 - B 40 - D
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263
Português
Parte 2 – Capítulo XII
Interjeição
Definição: É a expressão que procura expressar os sentimentos e as reações das pessoas, ou seja,
traduzem emoção, sensação, saudação e apelo.
É dificil classificar as interjeições, uma vez que, dependendo da entonação com que são pronunciadas,
podem ter mais de um sentido.
Seguem abaixo algumas das principais classificações das interjeições na Língua Portuguesa:
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264
Português
Calma! Cuidado!
Advertência
Devagar! Alerta! Perdão Desculpa!
LOCUÇÃO INTERJETIVA
A locução interjetiva ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com valor de
interjeição.
Meu Deus!
Ora bolas!
Alto lá!
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265
Português
Parte 2 – Capítulo XII
Questões
1-(FUNIVERSA - SEPLAG-DF - 2011 - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES URBANAS - TRANSPORTES).
Assinale a alternativa correta.
A) As palavras “ninguém”, “pé”, “você” são acentuadas pela mesma razão.
B) Na frase Deus me fez assim e pronto! encontra-se uma interjeição característica da linguagem coloquial.
C) Na frase “As pessoas encaram tudo como desculpas e justificativas”, há exemplo de gíria e de uma figura
da linguagem: a anáfora.
D) Na construção “O que tais pessoas talvez nunca percebam”, o pronome “tais” está empregado de modo
informal, com significado de brilhantes, grandiosas.
E) O “as” de “as vezes” deve receber o sinal indicativo de crase para ajustar-se à norma culta padrão.
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266
Português
Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens.
De acordo com o texto, nas sociedades tradicionais, os cidadãos sentem-se aliviados sempre que um
soberano decide infligir a pena de morte a um infrator porque se livram das ameaças de quem desrespeita
a moral que rege o convívio social, como evidencia o emprego da interjeição “que alívio!” (l.8).
( ) Certo ( ) Errado
Em “oxalá concluas a viagem” (L.8-9), o vocábulo “oxalá” pode ser substituído por tomara que, mantendo-
se, assim, o sentido do trecho em que se insere.
( ) Certo ( ) Errado
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267
Português
( ) A ocorrência de neologismos como violonófilos e cinturistas garante expressividade ao texto.
( ) O uso de interjeições como a-ha e claro caracteriza o registro formal adotado para o texto.
( ) A parodização de discurso solene causa efeito de humor: Espero que o país se una em torno do
restabelecimento do legítimo padrão nacional e que a mulher brasileira, pioneira natural solertemente
desviada por uma modernidade colonizada, reassuma sua estatuesca e inimitável majestade...
( ) A opção pelo diminutivo tem objetivo irônico, depreciador em: ...que não têm uma manchinha na pele,
uma estriazinha escondida, uma celulitezinha.
9 - Atribua às orações abaixo, uma interjeição correspondente ao contexto expresso pelas mesmas:
A - __________ que bom seria se não tivéssemos que nos preocupar com a falta de segurança.
B – Não consigo resolver esta questão. ________ estou bastante preocupada, pois não entendi toda a
matéria.
C - ________ você obteve o primeiro lugar na competição!
D – Acho que esta pessoa que está passando por ali é um amigo que não vejo há anos. ________ espere,
preciso falar contigo.
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268
Português
( ) Ufa! Terminamos o trabalho em tempo hábil.
( ) Credo! Não gostei do que você falou.
( ) Nossa! Que homem estranho está percorrendo pelas ruas do bairro.
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269
Português
GABARITO
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270
Português
Parte 3 – Capítulo l
Frase Oração e Período
FRASE
A frase pode ser definida por unidades comunicativas que exprimem ideias, emoções, ordens, apelos. É um
enunciado de sentido completo, uma unidade mínima de comunicação.
Elas podem ser constituídas:
Ex.: Basta!
As frases podem conter verbos, constituindo uma ou mais orações, assim como conter duas ou mais formas
verbais, integrando uma locução verbal (verbo auxiliar + verbo principal).
Tipos de Frases
De acordo com seu sentido geral, as frases podem ser classificadas em:
Frases Imperativas: São constituídas por um pedido ou uma ordem, utilizando o verbo no modo
imperativo.
Frases Exclamativas: Momento em que o emissor expressa um estado afetivo. Trazem entoação um pouco
mais prolongada.
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271
Português
Estrutura da Frase
As frases que possuem verbo, ou seja, as orações são estruturadas a partir de dois importantes elementos:
- Sujeito: O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Esse termo refere-se ao “ser de quem se
declara algo”.
- Predicado: É a parte da frase que contém a informação nova para o ouvinte. Promove uma declaração
referente ao sujeito.
Período
O período pode ser caracterizado pela frase organizada em oração ou em orações. Constitui-se como
período simples aquele formado por apenas uma oração. Já o período composto é formado por mais de
uma oração.
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272
Português
Parte 3 – Capítulo l
QUESTÕES
1-(CESGRANRIO - 2014 - PETROBRAS - Técnico de Administração e controle Jr -).
O trecho destacado na oração “apesar de conseguirem sobreviver no mundo da tecnologia”, mantendo-se
o sentido e a correção gramatical, é corretamente substituído por:
a) embora conseguirem.
b) caso consigam.
c) se conseguirem.
d) ainda que consigam.
e) se bem que conseguissem.
4-(FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária).
Não acredito que muitas pessoas sustentem nos dias de hoje uma versão tão forte da posição
cartesiana, mas a tradição de se considerar os animais “inferiores” como “menos capazes de sentir”
certamente persiste como um paliativo que ajuda a justificar nossa rapacidade - do mesmo modo como os
nossos ancestrais racistas argumentavam que os “insensíveis” índios eram incapazes de experimentar
alguma forma de dor conceitual ou filosófica pela perda de seu ambiente ou modo de vida (desde que os
territórios reservados suprissem suas necessidades corporais de alimento e segurança), e que os
“primitivos” africanos não lamentariam a terra natal e a família abandonadas à força uma vez que a
escravidão lhes assegurasse a sobrevivência do ponto de vista físico.
Mantém-se clara e correta a redação da frase acima caso, sem qualquer outra alteração, os elementos
sublinhados sejam substituídos, respectivamente, por:
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273
Português
a) embora - de modo que
b) contudo - contanto que
c) conquanto - porquanto
d) embora - contanto que
e) porém - antes que
6-(FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação).
Em primeiro lugar, menos de 40% das organizações pesquisadas reconhecem que quadros mais maduros
podem constituir alternativa à escassez de talentos. Consequentemente, a maioria das empresas não
possui mecanismos para atrair e manter tais quadros. As frases acima articulam- se num único período,
com correção, clareza e mantendo- se o sentido original, em:
a) Em primeiro lugar, menos de 40% das organizações pesquisadas reconhecem que quadros mais
maduros podem constituir alternativa à escassez de talentos, se bem que a maioria das empresas
não possui mecanismos para atrair e manter tais quadros.
b) Em primeiro lugar, menos de 40% das organizações pesquisadas reconhecem que quadros mais
maduros podem constituir alternativa à escassez de talentos, de sorte que a maioria das empresas
não possui mecanismos para atrair e manter tais quadros.
c) Em primeiro lugar, menos de 40% das organizações pesquisadas reconhecem que quadros mais
maduros podem constituir alternativa à escassez de talentos, por que a maioria das empresas não
possui mecanismos para atrair e manter tais quadros.
d) Em primeiro lugar, menos de 40% das organizações pesquisadas reconhecem que quadros mais
maduros podem constituir alternativa à escassez de talentos, contanto que a maioria das empresas
não possui mecanismos para atrair e manter tais quadros.
e) Em primeiro lugar, menos de 40% das organizações pesquisadas reconhecem que quadros mais
maduros podem constituir alternativa à escassez de talentos, ao passo em que a maioria das
empresas não possui mecanismos para atrair e manter tais quadros.
7-(FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - - Analista Judiciário - Área Judiciária).
Uma redação alternativa, em prosa, para os versos acima, em que se mantêm a correção e a lógica, está
em:
a) Os gritos, de uma estranha prisioneira, fazem estremecerem, em seu íntimo ignorado a estrutura
metálica.
b) No íntimo ignorado, onde habita os gritos de uma estranha prisioneira, estremecem a estrutura
metálica.
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274
Português
c) Estremecem a estrutura metálica, no seu íntimo ignorado, onde se encontra os gritos de uma
estranha prisioneira.
d) Os gritos de uma estranha prisioneira, estremecem no seu íntimo ignorado, a estrutura metálica.
e) Os gritos de uma estranha prisioneira, em seu íntimo ignorado, fazem estremecer a estrutura
metálica.
8-(TRT - FCC - 2013 - 12ª Região (SC) - - Analista Judiciário - Área Administrativa).
Uma redação alternativa em prosa para os versos acima, em que se mantêm a correção, a lógica e, em
linhas gerais, o sentido original, é:
a) Um silêncio perpétuo, cairia sem remédio, sobre aquela mágoa, considerada nula a partir desta
data.
b) Aquela mágoa sem remédio fora, considerada nula, a partir desta data, sobre ela restando um
silêncio perpétuo.
c) Aquela mágoa sem remédio seria, a partir desta data, considerada nula e, sobre ela, cairia um
silêncio perpétuo.
d) Considerando-se nula aquela mágoa a partir desta data, restando sobre ela, um silêncio perpétuo.
e) Aquela mágoa, sem remédio será, a partir desta data, considerada nula, caindo-se sobre ela, um
silêncio perpétuo.
9-(FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Administrativa).
- Van Gogh compôs um dos mais importantes conjuntos de obras plásticas do acervo da história das
artes mundiais.
- A obra de Van Gogh influenciou a produção de sucessivas gerações de artistas.
As frases acima se articulam com correção e lógica em:
a) Um dos mais importantes conjuntos de obras plásticas do acervo da história das artes mundiais foi
composto por Van Gogh, cujo pintor influenciou a produção de sucessivas gerações de artistas.
b) Um dos mais importantes conjuntos de obras plásticas do acervo da história das artes mundiais foi
composto por Van Gogh, cuja obra influenciou a produção de sucessivas gerações de artistas.
c) Van Gogh compôs um dos mais importantes conjuntos de obras plásticas do acervo da história das
artes mundiais, onde a produção de sucessivas gerações de artistas foram influenciadas pelo
mesmo.
d) Um dos mais importantes conjuntos de obras plásticas do acervo da história das artes mundiais fora
composto por Van Gogh, as quais influenciarão a produção de sucessivas gerações de artistas.
e) Van Gogh, que veio a compor um dos mais importantes conjuntos de obras plásticas do acervo da
história das artes mundiais, pelas quais a produção de sucessivas gerações de artistas foram
influenciadas.
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275
Português
a) Ao resultado de uma combinação de estilos individuais, na qual prevalecem os métodos dos
compositores que exerceram maior influência em seu tempo, chama-se estilo de uma época.
b) Uma combinação dos métodos dos compositores que exerceram a maior influência em seu tempo
geram estilos individuais que são designados estilo de época.
c) A soma de estilos individuais resultam no que se chama estilo de uma época, porém, devem
prevalecer os métodos dos compositores que exerceram mais influência em seu tempo.
d) O que resulta dos estilos individuais combinados é o que chamamos estilo de uma época, todavia,
prevalecem os métodos dos compositores cuja influência tinha-se conhecimento.
e) Estilo de uma época é o que designa uma combinação de estilos individuais, aonde os métodos dos
compositores definem uma maior influência em seu tempo.
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está empregado em:
a) ... os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade de Tikal...
b) ... que os maias não estão mortos.
c) ... que a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água.
d) ... o que de fato aconteceu.
e) .. .uma vez que eles dependiam muito dos reservatórios que...
276
Português
ser protegida, de modo que o prestígio do inventor/autor seja
reconhecido. A propriedade industrial é o ramo da propriedade
intelectual que trata das criações intelectuais voltadas para as
atividades de indústria, comércio e prestação de serviços.
Engloba a proteção das invenções (patente de invenção e modelo
de utilidade), das marcas (de comércio, de serviços e nomes
comerciais), dos desenhos industriais, das indicações geográficas
e dos cultivares.
Manual de Propriedade Industrial. ABIMAQ/IPD-Maq 7, Núcleo de apoio ao
patenteamento, p. 5. In: Internet: (com adaptações).
Considerando os aspectos relacionados à análise, compreensão e interpretação do texto, julgue os
seguintes itens.
O primeiro período do texto poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: Dotado o ser humano
de inteligência e sabedoria, é capaz de criar.
( ) Certo ( ) Errado
A substituição da preposição “a”, em “a dar recibos escritos das quantias guardadas” (l.20), pela preposição
de manteria a correção gramatical do texto, embora acarretasse alteração de sentido.
( ) Certo ( ) Errado
a) Assumindo-se como poeta menor, Manuel Bandeira, em meio às batalhas entre os ambiciosos,
poupou- se de buscar a glória máxima.
b) Em vez de escalar as hierarquias, Manuel Bandeira lutou o quanto pôde entre os menores, só assim
alcançando seu máximo galardão.
c) Ao se proclamar poeta menor, Manuel Bandeira se impôs sobre seus competidores, chegando desta
feita ao cume da realização poética.
d) Ao em vez de pretender o alto e o distante, o poeta menor Manuel Bandeira desistiu de competir por
prestígio, entre os tantos que o perseguiam.
e) Por lhe preferir o menor, Manuel Bandeira dispôs-se a recusar o maior, abandonando o pico da glória
por cuja todos batalhavam.
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277
Português
c) É premeditado.
d) É compulsório.
e) É descabido.
a) Nos EUA e na Europa, caso as pessoas se sintam ofendidas por uma biografia, processam o autor caso
queiram...
b) Nos EUA e na Europa, caso as pessoas se sentirem ofendidos por uma biografia, processa-se o autor
caso quererem...
c) Nos EUA e na Europa, caso as pessoas se sente ofendidas por uma biografia, processa o autor caso se
quer...
d) Nos EUA e na Europa, caso as pessoas se sintam ofendido por uma biografia, processam-se o autor
caso se quer...
e) Nos EUA e na Europa, caso as pessoas se sentem ofendido por uma biografia, processam o autor caso
querem...
a) Examinei a rua.
= Olhei atentamente a rua.
b) ... o caminhar tranquilo, muito suave, na calçada larga.
= o caminhar tranquilo, muito suave, na amplitude da calçada.
c) Nenhuma farmácia aberta.
= Farmácia nenhuma aberta.
d) Duas horas da manhã.
= Naquela madrugada, o relógio marcava duas horas da manhã.
e) Alguma farmácia haveria de plantão...
= Farmácia alguma estaria de plantão...
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278
Português
GABARITO
11 - A 12 - E 13 - C 14 - E 15 - C 16 - A 17 - B 18 - C 19 - A 20 - E
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Português
Parte 3 – Capítulo II
Crases
Consoante José de Nicola e Ulisses Infante, “as ocorrências de crase são uma questão da sintaxe da
regência”. A crase indica a união de idênticos sons, demarcados pelo acento grave, qual seja, a união de A
(preposição) + A (em sua maioria, artigo). Em outras palavras, é necessário que o termo antecedente seja
seguido da preposição A, que irá se unir ao artigo definido A(S) ou aos demonstrativos A(S), AQUILO,
AQUELA(S), AQUELE(S) ou ao A de A QUAL.
Confira!
Antecedente Consequente
É de fácil análise a existência da preposição, sendo possível a constatação através do verbo ou até mesmo do
nome em questão. Basta averiguar a presença do objeto indireto ou do complemento nominal originado pela
preposição A, que, ocorrendo, caberá tão-somente observar se no consequente necessita-se do artigo A.
Nesse contexto, a crase estará relacionada com os adjuntos adverbiais. A exemplo do verbo “ir” e “chegar”,
em que se entende “ir a algum lugar” e “chegar a algum lugar’, vejamos!
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280
Português
A CRASE E O PERÍODO COMPOSTO
Ao analisarmos o período composto, dois aspectos importantes devem ser observados, quais sejam, a
ocorrência da crase em algumas locuções conjuncionais (à medida que, à proporção que) e as construções
com pronomes relativos em que a crase pode ocorrer (que e a qual/as quais). Confira!
Ex.:
À proporção que a vida passa, ficamos mais experientes.
REGRAS BÁSICAS
1º REGRA
Ocorre claramente a crase quando substituimos o substantivo feminino por um substantivo
masculino e o termo que preceder este subtantivo puder ser trocado de A para AO.
2º REGRA
Em verbos com ideia de locomoção, não se aplica a 1º regra básica. O ideal é transfomar as
frases "dirigir-se a","locomover-se a", "ir a" por "volto". Quando puder ser utilizado após o
verbo "volto" a palavra "de", não haverá crase; aparecendo "da", usa-se acento grave.
Exemplo:
Fui a Niterói.
Fui à Bahia.
No 1º exemplo, não utiliza-se crase, pois "Volto de Niterói", no 2º exemplo, por sua vez,
utiliza-se acento grave, pois a frase pode ser substituída por "Volto da Bahia".
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281
Português
3º REGRA
A 3º regra básica, já vista superficialmente, tange ao uso do acento grave
quando a preposição A se une aos pronomes demonstrativos AQUILO, AQUELE,
AQUELES, AQUELA e AQUELAS.
Neste caso, para saber se há crase ou não, é importante que se tente substituir
os pronomes demonstrativos por outros, tais como: isto, essa, essas, esse,
esses, isso, esta, estas, este, estes. Se a preposição A for utilizada, há
necessidade do uso do acento grave.
Exemplo:
Conheço este professor. Conheço aquele professor.
Refiro-me a este professor. Refiro-me àquele professor.
CASOS ESPECIAIS
Em continuidade ao tema, verificaremos abaixo situações em que o uso do acento grave será facultativo.
Confira!
Artigo Antes
de pronome
possessivo.
feminino
adjetivo
singular
O artigo, antes de
África, Europa,
Acento grave
FACULTATIVO: Espanha, França,
Holanda, Escócia ,
etc.
Depois da Antes de
preposição nome de
ATÉ. mulher.
Exemplos: Escrevi a (à) minha amiga. Vou a (à) Espanha. Dei um presente a (à) Daniela. Fomos até a (à)
praça.
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282
Português
Vale frisar também situações em que a crase NUNCA ocorrerá, momento este em que se deve ter
especial atenção.
Por fim, vale analisar outras duas situações em que o uso da crase será obrigatório. Vejamos!
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283
Português
Parte 3 – Capítulo II
Questões
1 - IF-PA - 2015 - IF-PA - Professor
LETRAMENTOS E EDUCAÇÃO
Com as novas tecnologias, a comunicação mudou e muitos são os desafios colocados para a escola. Os
principais são tornar o aluno um produtor de conteúdo (considerando toda a diversidade de linguagem) e um
ser crítico. Vídeos que mostram um acontecimento, como a queda de um meteorito na Terra, ou que
transmitem em tempo real uma posse presidencial. Fotos que revelam a cultura de um povo. Áudios que
contam as notícias mais importantes da semana. A sociedade contemporânea está imersa nas novas
linguagens (algumas não tão novas assim). As informações deixaram de chegar única e exclusivamente por
texto. Tabelas, gráficos, infográficos, ensaios fotográficos, reportagens visuais e tantas outras maneiras de
comunicar estão disponíveis a um novo leitor. O objetivo maior da informação, seja para fins educacionais,
informativos ou mesmo de entretenimento, é atingir de maneira eficaz o interlocutor.
Às práticas letradas que fazem uso dessas diferentes mídias e, consequentemente, de diversas
linguagens, incluindo aquelas que circulam nas mais variadas culturas, deu-se o nome de multiletramentos.
Segundo a professora Roxane Rojo, esses recursos são “interativos e colaborativos; fraturam e transgridem
as relações de poder estabelecidas, em especial as de propriedade (das máquinas, das ferramentas, das
ideias, dos textos), sejam eles verbais ou não; são híbridos, fronteiriços e mestiços (de linguagens, modos,
mídias e culturas)".
Assim como na sociedade, os multiletramentos também estão presentes nas salas de aula. O papel da
instituição escolar, diante do contexto, é abrir espaços para que os alunos possam experimentar essas
variadas práticas de letramento como consumidores e produtores de informação, além de discuti-la
criticamente. “Vivemos em um mundo em que se espera (empregadores, professores, cidadãos, dirigentes)
que as pessoas saibam guiar suas próprias aprendizagens na direção do possível, do necessário e do
desejável, que tenham autonomia e saibam buscar como e o que aprender, que tenham flexibilidade e
consigam colaborar com a urbanidade", enfatiza Roxane. (V3_CADERNOS IFT_Multiletramentos.indd).
No ‘A’ de: Às práticas letradas que fazem uso dessas diferentes mídias (...)”, a crase se justifica:
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Português
a)a / a / à.
b)à / à / a.
c)à / à / à.
d)à / a / a
e)a / à / a
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Português
No que diz respeito aos aspectos linguísticos do texto Educação prisional, julgue o seguinte item.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, o sinal indicativo de crase poderia ser eliminado em ambas
as ocorrências no trecho “voltados à recuperação e à reinserção social” (R. 6 e 7).
( )Certo ( )Errado
Texto I
A lista de desejos
Rosely Sayao
Acabou a graça de dar presentes em situações de comemoração e celebração, não é? Hoje, temos listas
para quase todas as ocasiões: casamento, chá de cozinha e seus similares – e há similares espantosos, como
chá de lingerie –, nascimento de filho e chá de bebê, e agora até para aniversário.
Presente para os filhos? Tudo eles já pediram e apenas mudam, de vez em quando ou frequentemente, a
ordem das suas prioridades. Quem tem filho tem sempre à sua disposição uma lista de pedidos de presentes
feita por ele, que pode crescer diariamente, e que tanto pode ser informal quanto formal.
A filha de uma amiga, por exemplo, tem uma lista na bolsa escrita à mão pelo filho, que tem a liberdade
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Português
de sacá-la a qualquer momento para fazer as mudanças que ele julgar necessárias. Ah! E ela funciona tanto
como lista de pedidos como também de “checklist" porque, dessa maneira, o garoto controla o que já
recebeu e o que ainda está por vir. Sim: essas listas são quase uma garantia de conseguir ter o pedido
atendido.
Ninguém mais precisa ter trabalho ao comprar um presente para um conhecido, para um colega de
trabalho, para alguma criança e até amigo. Sabe aquele esforço de pensar na pessoa que vai receber o
presente e de imaginar o que ela gostaria de ganhar, o que tem relação com ela e seu modo de ser e de
viver? Pois é: agora, basta um telefonema ou uma passada rápida nas lojas físicas ou virtuais em que as listas
estão, ou até mesmo pedir para uma outra pessoa realizar tal tarefa, e pronto! Problema resolvido!
Não é preciso mais o investimento pessoal do pensar em algo, de procurar até encontrar, de bater perna e
cabeça até sentir-se satisfeito com a escolha feita que, além de tudo, precisaria estar dentro do orçamento
disponível para tal. Hoje, o presente custa só o gasto financeiro e nem precisa estar dentro do orçamento
porque, para não transgredir a lista, às vezes é preciso parcelar o presente em diversas prestações...
E, assim que os convites chegam, acompanhados sem discrição alguma das listas, é uma correria dos
convidados para efetuar sem demora sua compra. É que os presentes menos custosos são os primeiros a
serem ticados nas listas, e quem demora para cumprir seu compromisso acaba gastando um pouco mais do
que gostaria.
Se, por um lado, dar presentes deixou de dar trabalho, por outro deixou também totalmente excluído do
ato de presentear o relacionamento entre as pessoas envolvidas. Ganho para o mercado de consumo, perda
para as relações humanas afetivas.
Os presentes se tornaram impessoais, objetos de utilidade ou de luxo desejados. Acabou-se o que era doce
no que já foi, num passado recente, uma demonstração pessoal de carinho.
Sabe, caro leitor, aquela expressão de surpresa gostosa, ou de um pequeno susto que insiste em se
expressar, apesar da vontade de querer que ele passe despercebido, quando recebíamos um mimo? Ou
aquela frase transparente de criança, que nunca deixa por menos: “Eu não quero isso!"? Tudo isso acabou.
Hoje, tudo o que ocorre é uma operação mental dupla. Quem recebe apenas tica algum item da lista
elaborada, e quem presenteia dá-se por satisfeito por ter cumprido seu compromisso.
Que tempos mais chatos. Resta, a quem tiver coragem, a possibilidade de transgredir essas tais listas.
Assim, é possível tornar a vida mais saborosa.
Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/
roselysayao/2014/07/1489356-a-lista-de-desejos.shtml
Em “... às vezes é preciso parcelar o presente em diversas prestações...”, podemos afirmar que nesse caso a
crase foi utilizada
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Português
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto, assinale a alternativa correta.
a)É facultativo o emprego do acento indicativo de crase em “a sua vítima” (linhas 37 e 38).
b)O deslocamento da partícula “se”, em “vai-se exigir” (linha 38), para imediatamente após “exigir” –
escrevendo-se vai exigir-se – prejudicaria a correção gramatical do período.
c)Em “A acumulação da riqueza e do poder e a constituição do poder judiciário nas mãos de alguns” (linhas 8
e 9), a conjunção “e” liga, em ambas as ocorrências, termos que exercem a função sintática de complemento
nominal.
d)Na linha 13, o vocábulo “justiça” constitui o núcleo do complemento da forma verbal “Apareceu”.
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Português
e)O vocábulo “culpado”, pertence em ambas as ocorrências, à linha 37 e à linha 38, à mesma classe de
palavras.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da fala da personagem devem ser
preenchidas, respectivamente, com:
a)à ... à
b)a ... à
c)a ... a
d)à ... com
e)a ... com à
a)A mudança, começaram ...... senti-la apenas os descendentes dos escravos. (à)
b)Não foi apenas com o intuito de libertar ...... escravos que se promulgou a lei Áurea. (aos)
c)As condições iniciais dos libertos eram muito próximas ...... de escravidão. (as)
d)...... vésperas do século XXainda eram debatidas questões como a escravidão. (Às)
e)Muito embora lhes fosse conferida ...... condição de liberto, muitos continuavam subjugados. (à)
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10 - CESPE - 2015 - FUB - Nível Médio
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Português
precisa recuperar esse valor intrínseco.
Cada nova iniciativa em defesa da floresta tem trilhado os mesmos caminhos e pressionado as mesmas
teclas. Neste comportamento, identificamos o que Einstein definiu como a própria insanidade: “fazer a
mesma coisa, de novo, esperando resultados diferentes".
Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização dos interesses da
sociedade contemporânea com uma Amazônia viva e vigorosa. Para chegarmos lá, é preciso compenetração,
modéstia, dedicação e compromisso com a vida. Com os recursos tecnológicos disponíveis, podemos agregar
inteligência à ocupação, otimizando um novo uso do solo, que abra espaço para a reconstrução ecológica da
floresta. Podemos também revelar muitos outros segredos ainda bem guardados da resiliente biologia
tropical e, com isso, ir muito além de compreender seus mecanismos.
A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos princípios que guiam o
funcionamento da natureza. Uma lista curta desses princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus,
constata que a natureza é propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla todas
as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita os excessos internamente; e aproveita
o poder dos limites.
(Adaptado de: NOBRE, Antônio Donato.O Futuro Climático da Amazônia.
Disponível em: www.ccst.inpe.br)
a)O elemento sublinhado em Para chegarmos lá, é preciso compenetração, modéstia, dedicação e
compromisso com a vida(4 o parágrafo), no contexto, pode ser substituído por "A fim de que"
b)Considerando-se o contexto, o segmento o que Einstein definiu como a própria insanidade, (3° parágrafo)
não admite transposição para a voz passiva.
c)Identifica-se relação de concessão entre as orações Evoluída nos últimos 50 milhões de anos, a floresta
amazônica é o maior parque tecnológico que a Terra já conheceu(2° parágrafo)
d)O elemento sublinhado no segmento condições semelhantes às da primordial vida marinha(1 oparágrafo)
pode ser substituído por "à", sem prejuízo da correção.
e)Substituindo-se o elemento sublinhado em Cada nova iniciativa em defesa da floresta tem trilhado os
mesmos caminhos (3o parágrafo) por “Cada uma das novas iniciativas", o verbo “ter" deverá ser flexionado
no plural.
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Português
I. No segmento para aprofundar questões referentes à sincronicidade entre arte e ciência, o sinal indicativo
de crase deverá ser suprimido caso se substitua o elemento sublinhado por “sincronização".
II. Sem prejuízo para a correção e o sentido, o sinal de travessão pode ser substituído por dois-pontos no
segmento “usufruir uma obra de Tomie Ohtake propicia uma dupla experiência – incita a reflexão...
III. O segmento sublinhado em que para a sua elaboração prescinde da intencionalidade pode ser isolado
por vírgulas, sem prejuízo da correção.
a)I e III.
b)II e III
c)III.
d)I
e)I e II
Grave e solitário, o tronco vive num estado de impermeabilidade ao som, a que os humanos só atingem por
alguns instantes e através da tragédia clássica. Não logramos comovê-lo, comunicar-lhe nossa intemperança.
Então, incapazes de trazê-lo à nossa domesticidade, consideramo-lo um elemento da paisagem, e pintamo-lo.
Ele pende, lápis ou óleo, de nossa parede, mas esse artifício não nos ilude, não incorpora a árvore à
atmosfera de nossos cuidados. O fumo dos cigarros, subindo até o quadro, parece vagamente aborrecê-la, e
certas árvores de Van Gogh, na sua crispação, têm algo de protesto.
De resto, o homem vai renunciando a esse processo de captura da árvore através da arte. Uma revista de
vanguarda reúne algumas dessas representações, desde uma tapeçaria persa do século IV, onde aparece a
palmeira heráldica, até Chirico, o criador da árvore genealógica do sonho, e dá a tudo isso o título:
Decadência da Árvore. Vemos através desse documentário que num Claude Lorrain da Pinacoteca de
Munique, Paisagem com Caça, a árvore colossal domina todo o quadro, e a confusão de homens, cães e
animal acuado constitui um incidente mínimo, decorativo. Já em Picasso a árvore se torna raríssima, e a
aventura humana seduz mais o pintor do que o fundo natural em que ela se desenvolve.
O que será talvez um traço da arte moderna, assinala- do por Apollinaire, ao escrever: "Os pintores, se ainda
observam a natureza, já não a imitam, evitando cuidadosamente a reprodução de cenas naturais observadas
ou reconstituídas pelo estudo... Se o fim da pintura continua a ser, como sempre foi, o prazer dos olhos, hoje
pedimos ao amador que procure tirar dela um prazer diferente do proporcionado pelo espetáculo das coisas
naturais". Renunciamos assim às árvores, ou nos permitimos fabricá-las à feição dos nossos sonhos, que elas,
polidamente, se permitem ignorar.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. "A árvore e o homem", em Passeios na Ilha, Rio de Janeiro:
José Olympio, 1975, p. 7-8)
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15 - CESPE - 2015 - MPU - Técnico do Ministério Público
Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto I, julgue o item que se segue.
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a expressão “a acusação” (l.10) por à
acusação, pois, nesse caso, o emprego do sinal indicativo de crase é opcional.
( )Certo ( )Errado
A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do texto II, julgue o item subsequente.
Nas linhas 21 e 22, o emprego do sinal indicativo de crase em “às diferentes” justifica-se pela regência de
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Português
“desrespeito”, que exige complemento antecedido da preposição a, e pela presença de artigo feminino
plural antes de “diferentes”.
( )Certo ( )Errado
Julgue o item que se segue , relativo à estrutura linguística e ao sentido do texto II.
No trecho “Chama-lhe à minha vida uma casa” (l.7), é facultativo o emprego do sinal indicativo de crase.
( )Certo ( )Errado
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Português
Em “(...) em frente à tela foi empregado o acento grave obedecendo à norma culta, o que ocorre também
em:
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19 - CESGRANRIO - 2015 - Banco do Brasil - Escriturário
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Português
20 - CESGRANRIO - 2015 - Petrobras - Técnico de Administração e Controle Júnior
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o emprego do sinal indicativo da crase só é possível
em:
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a)O alto preço dos ingressos levou a redução do público em alguns estádios brasileiros.
b)A maior parte dos jogadores brasileiros está disposta a deixar o país para jogar na Europa.
c)Em época de Copa do Mundo, há um esforço crescente dos países para conquistar a taça
d)O futebol emociona tanto a população que os produtos ligados a ele têm alta vendagem.
e)A imprensa começa a criticar o excessivo endeusamento dos nossos jogadores de futebol.
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GABARITO:
11 - D 12 - B 13 - A 14 - E 15 - E 16 - C 17 - C 18 - C 19 - A 20 - A
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Português
Parte 3 – Capítulo III
Pontuação
A árdua guerra pelo aperfeiçoamento das escolas públicas deve ser mantida.
sujeito predicado
predicado sujeito
No que tange ao sujeito, a vírgula tão-somente será utilizada na separação dos núcleos em
face de um sujeito composto.
Exemplo:
sujeito composto
sujeito composto
Vale alertar que a vírgula não será utilizada entre sujeito e predicado mesmo quando a
oração seja predicado nominal e verbo-nominal.
Outra questão importante a ser observada é em relação aos objetos diretos ou indiretos e
os complementos nominais que integram os verbos e os nomes nas orações. Estes, por sua vez,
não devem ser separados por vírgula.
Os adjuntos adverbiais e os apostos são passíveis de serem separados por vírgula, ao
contrário dos adjuntos adnominais, que não se separam por vírgula.
Por fim, cumpre salientar sobre o vocativo. Este, por não fazer parte nem do sujeito, nem
do predicado, deverá estar sempre separado por vírgula, independentemente da sua posição na
frase.
Brasília, Capital da República, foi fundada em 1960. (aposto explicativo)
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Português
“Em um naufrágio, quem está só ajuda-se mais facilmente.” (adjunto adverbial)
Meu amigo, que horas são? (vocativo)
Podem existir casos em que as orações coordenadas venham separadas por ponto-e-
vírgula, principalmente nas orações adversativas ou naquelas que já possuem vírgulas.
Exemplo:
“Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros.” (Machado de Assis).
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Português
- NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
A pontuação nestes casos dependerá da posição das orações adverbiais no período.
Quando as orações subordinadas adverbiais estiverem pospostas à oração principal, podem ser
separadas por vírgulas, o que não a torna obrigatória. Quando antes da principal, devem ser
separadas por vírgulas.
Ponto e vírgula
O ponto-e-vírgula é usado para separar os itens de uma enumeração, para fazer a
separação de orações coordenadas assindéticas ou sindéticas conclusivas e adversativas, ou
estabelecer divisões bem marcadas entre uma ideia e outra.
PONTO
O ponto é utilizado para marcar fim de período, indicar uma abreviação, ou para marcar
uma pausa de máxima duração.
Exemplo:
EXCLAMAÇÃO
O ponto de exclamação é utilizado para expressar ordem e sentimentos: emoções, dor,
alegria e surpresa.
Exemplo:
Que legal!
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INTERROGAÇÃO
É utilizado para fazer interrogações diretas.
Exemplo:
DOIS PONTOS
Os dois pontos devem ser utilizados com o intuito de indicar a introdução de uma fala,
antes ou depois de uma enumeração, antes de citações, esclarecimentos ou exemplos.
Observe alguns exemplos abaixo:
RETICÊNCIAS
As reticências são utilizadas normalmente para marcar a interrupção de um pensamento,
realçar uma expressão, introduzir uma ideia de ironia e também para indicar continuidade.
Alguns exemplos da utilização de reticências seguem abaixo:
Exemplo de reticências
Exemplo de reticências
que marcam a Exemplo de reticências
realçando uma
interrupção de um indicando ironia:
expressão:
pensamento:
ASPAS
As aspas devem ser usadas para indicar estrangeirismo, gírias, vulgarismos, neologismos,
suspensão ou interrupção de pensamento, sendo que servem também para citar obras artísticas
ou científicas e indicar citações.
Veja alguns exemplos para que sirva de fixação para utilização das aspas:
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304
Português
PARÊNTESES
Os parênteses são utilizados para introduzir explicações acessórias ou qualquer comentário
num texto.
Exemplo:
TRAVESSÃO
O travessão é utilizado para iniciar a fala de uma personagem, indicar a mudança de
interlocutor nos diálogos e dar ideia de explicação ao texto.
"E logo me apresentou à mulher, – uma estimável senhora – e à filha." (Machado de Assis)
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Parte 3 – Capítulo III
Questões
1-CESPE - 2015 - DEPEN - Agente Penitenciário
Texto I
São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”, “quem nasce ali é assim”,
“música clássica é sempre chata”, “cuidado com quem lê muito” etc. Dispensamnos de pensar, de
reconhecer particularidades, de identificar a personalidade própria de cada um. “Detesto filmes franceses”,
me disse um amigo. “Todos eles?” − perguntei, provocador. “Quem viu um já viu todos”, arrematou ele,
coroando sua forma preconceituosa de julgar.
Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é sempre seletivo, mas ele
escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar. “Gosto porque gosto”, dizemos às vezes. Mas o
preconceito tem raízes sociais mais fundas: ele se dissemina pelas pessoas, se estabelece sem apelação, e
quando damos por nós estamos repetindo algo que sequer investigamos. Uma das funções da justiça
institucionalizada é evitar os preconceitos, e o faz julgando com critério e objetividade, por meio de leis.
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Português
Adotar uma posição racista, por exemplo, não é mais apenas preconceito: é crime. Isso significa que
passamos, felizmente, a considerar a gravidade extrema das práticas preconceituosas.
(Bolívar Lacombe, inédito)
O emprego das vírgulas está plenamente adequado na frase:
a)No segundo parágrafo, ao se valer de frases do cotidiano, o autor exemplifica, e com muita propriedade,
diga-se, vários casos em que um suposto falante expressa pontos de vista inteiramente preconceituosos.
b)No segundo parágrafo ao se valer de frases do cotidiano, o autor exemplifica, e com muita propriedade
diga-se, vários casos em que, um suposto falante expressa pontos de vista inteiramente preconceituosos.
c)No segundo parágrafo, ao se valer, de frases do cotidiano, o autor exemplifica e com muita propriedade,
diga-se, vários casos, em que um suposto falante expressa pontos de vista inteiramente preconceituosos.
d)No segundo parágrafo, ao se valer de frases do cotidiano o autor exemplifica, e com muita propriedade,
diga-se vários casos em que um suposto falante, expressa pontos de vista inteiramente preconceituosos.
e)No segundo parágrafo, ao se valer de frases do cotidiano, o autor exemplifica e com muita propriedade,
diga-se, vários casos, em que um suposto falante, expressa pontos de vista inteiramente preconceituosos.
a)Não fica muito claro, como os veteranos estudiosos da área poderiam abrigar o pensamento desse jovem
pesquisador, porque o ponto de vista dele é agudo e sobretudo, excêntrico.
b)Seria um equívoco atribuir ao procurador, daquela pessoa idosa, doente, e fragilizada a responsabilidade
pelos malfeitos que foram descobertos, pois ele a tem em alta consideração.
c)Se é justo valorizar a experiência de nossos antepassados, o saber advindo de nossas próprias vivências,
não deve ser tido como menos valoroso; ao contrário pode harmonizar-se com o saber herdado.
d)O conferencista comprovou que a contextualização é o traço mais forte na área da história das ideias que
mais avançou na última década: a história do pensamento político.
e)Sempre voltou seu olhar para as flores mais sensíveis e, de cultivo mais difícil, porém, ao longo de sua
trajetória valeu-se de cautelas mais adequadas ao cultivo de espécies mais resistentes.
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Português
Com base nas regras de pontuação, assinale a alternativa em que a vírgula não é obrigatória.
a)A Eletrobras é uma empresa global com foco em energia limpa e a maior companhia do setor elétrico da
América Latina. É responsável por mais de um terço da energia elétrica do Brasil e metade das linhas de
transmissão que cortam o território nacional.
b)A Eletrobras é uma empresa global com foco em energia limpa: maior companhia do setor elétrico da
América Latina – é responsável por mais de um terço da energia elétrica do Brasil; e metade das linhas de
transmissão que cortam o território nacional.
c)A Eletrobras é uma empresa global com foco em energia limpa. Maior companhia do setor elétrico da
América Latina; é responsável por: mais de um terço da energia elétrica do Brasil e metade das linhas de
transmissão que cortam o território nacional.
d)A Eletrobras é uma empresa global com foco em energia limpa – maior companhia do setor elétrico da
América Latina – é responsável por mais de um terço da energia elétrica do Brasil e metade das linhas de
transmissão que cortam o território nacional.
e)A Eletrobras é uma empresa global com foco em energia limpa e a maior companhia do setor elétrico da
América Latina: é responsável por mais de um terço da energia elétrica do Brasil; e metade das linhas de
transmissão que cortam o território nacional.
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Português
6-INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Técnico em Citopatologia
Sobre a Ansiedade
[...]
Processar os dados
[...] se há um fator gerador de ansiedade que seja típico dos nossos tempos, esse é a informação. Sim,
são as coisas que você lê todos os dias nos jornais, recebe por email e aprende na SUPER. Diariamente, há
notícias de novos alimentos que causam câncer, de novos vírus mutantes que atacam o seu computador,
de novos criminosos violentos que estão à solta por aí. É ou não é de enlouquecer?
A velocidade com que a informação viaja o mundo é algo muito recente, com o qual os seres humanos
ainda não sabem lidar – e muito menos aprenderam a filtrar. Já foram cunhados até alguns termos para
definir a ansiedade trazida pelos novos meios de comunicação: technologyrelated anxiety (ansiedade que
surge quando o computador trava, que afeta 50% dos trabalhadores americanos), ringxiety (impressão de
que o seu celular está tocando o tempo todo) e a ansiedade de estar desconectado da internet e não saber
o que acontece no mundo, que já contaminou 68% dos americanos.
[...]
Poucas coisas mudaram tão rapidamente como a troca de informações. Em 1801, a notícia de que
Portugal e Espanha estavam em guerra demorou 3 meses para chegar ao Rio Grande do Sul. Quando
chegou, o capitão de armas do estado declarou guerra aos vizinhos espanhóis, sem saber que a batalha na
Europa já tinha terminado. Em 2004, quando um tsunami devastou o litoral do Sudeste Asiático, os
primeiros blogs já estavam dando detalhes da destruição em menos de duas horas.
Hoje em dia, ficamos sabendo de todos os desastres naturais, todos os ataques terroristas e todos os
acidentes de avião que acontecem ao redor do mundo, e nos sentimos vulneráveis. E, muito mais do que
isso, nos sentimos incapazes se não sabemos palpitar sobre a música da moda, a eleição americana ou o
acelerador de partículas na Suíça. Já que a informação está disponível, por que não sabemos de tudo um
pouco? Essa avalanche de informação também causa outro tipo de neurose.
O tempo todo, as TVs e revistas do mundo exibem corpos esculturais, executivos milionários e atletas de
alto rendimento. Na comparação com essas pessoas, nós, reles mortais, sempre saímos perdendo. “Claro
que nos comparamos com quem é bem sucedido e maravilhoso. Infelizmente, não estamos preparados
para viver com um grupo de comparação tão grande, e o resultado é que ficamos ansiosos e com baixa
autoestima", diz o filósofo Perring. O que ele quer dizer é que o ser humano sempre funciona na base da
comparação. Ou seja, se todo mundo ao seu redor tiver o mesmo número de recursos, você não vai se
sentir pior do que ninguém, mas, se, de repente, uma pessoa do seu lado ficar muito mais rica, bonita, feliz
e bem sucedida, você vai se sentir infeliz. Quer dizer, podemos não sofrer mais com a falta de comida ou
com doenças, mas sofremos porque não somos todos iguais ao Brad Pitt e a Angelina Jolie.
Adaptado de http://super.abril.com.br/saude/ansiedade-447836.shtml
Em “Em 1801, a notícia de que Portugal e Espanha estavam em guerra demorou 3 meses para chegar ao
Rio Grande do Sul.”, a vírgula foi utilizada para separar
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Português
7-FCC - 2015 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação
Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber que a prática foi uma das maiores vergonhas da
humanidade. Mas é preciso corrigir o tempo do verbo. Foi? Melhor escrever a frase no presente. A
escravidão ainda é uma das maiores vergonhas da humanidade. E o fato de o Ocidente não ocupar mais o
topo da lista como responsável pelo crime não deve ser motivo para esquecermos ou escondermos a
infâmia.
Anos atrás, lembro-me de um livro aterrador de Benjamin Skinner que ficou gravado nos meus neurônios.
Seu título era A Crime So Monstrous (Um crime tão monstruoso) e Skinner ocupava-se da escravidão
moderna para chegar à conclusão aterradora: existem hoje mais escravos do que em qualquer outra época
da história humana.
Skinner não falava apenas de novas formas de escravidão, como o tráfico de mulheres na Europa ou nos
Estados Unidos. A escravidão que denunciava com dureza era a velha escravidão clássica - a exploração
braçal e brutal de milhares ou milhões de seres humanos trabalhando em plantações ou pedreiras ao som
do chicote. [...]
Pois bem: o livro de Skinner tem novos desenvolvimentos com o maior estudo jamais feito sobre a
escravidão atual. Promovido pela Associação Walk Free, o Global Slavery Index é um belo retrato da nossa
miséria contemporânea. [...]
A Índia, tal como o livro de Benjamin Skinner já anunciava, continua a espantar o mundo em termos
absolutos com um número que hoje oscila entre os 13 milhões e os 14 milhões de escravos. Falamos, na
grande maioria, de gente que continua a trabalhar uma vida inteira para pagar as chamadas "dívidas
transgeracionais" em condições semelhantes às dos escravos do Brasil nas roças.
Conclusões principais do estudo? Pessoalmente, interessam-me duas. A primeira, segundo o Global
Slavery Index, é que a escravidão é residual, para não dizer praticamente inexistente, no Ocidente branco e
"imperialista".
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo contrário, a existência de
movimentos abolicionistas que terminaram com ela. A escravidão sempre existiu antes de portugueses ou
espanhóis comprarem negros na África rumo ao Novo Mundo. Sempre existiu e, pelo visto, continua a
existir.
Mas é possível retirar uma segunda conclusão: o ruidoso silêncio que a escravidão moderna merece da
intelectualidade progressista. Quem fala, hoje, dos 30 milhões de escravos que continuam acorrentados na
África, na Ásia e até na América Latina? [...]
O filme de Steve McQueen, 12 Anos de Escravidão, pode relembrar ao mundo algumas vergonhas
passadas. Mas confesso que espero pelo dia em que Hollywood também irá filmar as vergonhas presentes:
as vidas anônimas dos infelizes da Mauritânia ou do Haiti que, ao contrário do escravo do filme, não têm
final feliz.
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Português
a)I e III.
b)I
c)I e II
d)II
e)II e III
Neste jantar, a que meus amigos deram o nome de banquete, em falta de outro melhor, reuni umas cinco
pessoas, conquanto as notícias dissessem trinta e três (anos de Cristo), no intuito de lhe dar um aspecto
simbólico.
No golpe do meio (coup du milieu, mas eu prefiro falar a minha língua), levantei-me eu com a taça de
champanha e declarei que acompanhando as ideias pregadas por Cristo, há dezoito séculos, restituía a
liberdade ao meu escravo Pancrácio; que entendia que a nação inteira devia acompanhar as mesmas ideias
e imitar o meu exemplo; finalmente, que a liberdade era um dom de Deus, que os homens não podiam
roubar sem pecado.
Pancrácio, que estava à espreita, entrou na sala, como um furacão, e veio abraçar-me os pés. Um dos meus
amigos (creio que é ainda meu sobrinho) pegou de outra taça, e pediu à ilustre assembleia que
correspondesse ao ato que acabava de publicar, brindando ao primeiro dos cariocas. Ouvi cabisbaixo; fiz
outro discurso agradecendo, e entreguei a carta ao molecote. Todos os lenços comovidos apanharam as
lágrimas de admiração. Caí na cadeira e não vi mais nada. De noite, recebi muitos cartões. Creio que estão
pintando o meu retrato, e suponho que a óleo.
Pancrácio aceitou tudo; aceitou até um peteleco que lhe dei no dia seguinte, por me não escovar bem as
botas; efeitos da liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco, sendo um impulso natural, não podia
anular o direito civil adquirido por um título que lhe dei. Ele continuava livre, eu de mau humor; eram dois
estados naturais, quase divinos.
Tudo compreendeu o meu bom Pancrácio; daí pra cá, tenho-lhe despedido alguns pontapés, um ou outro
puxão de orelhas, e chamo-lhe besta quando lhe não chamo filho do diabo; cousas todas que ele recebe
humildemente, e (Deus me perdoe!) creio que até alegre. [...]
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Português
*Literalmente, “depois do golpe", “depois do fato". (Adaptado de: ASSIS, Machado de. "Bons dias!", Gazeta
de Notícias, 19 de maio de 1888)
a)I, II e III.
b)II e III, apenas.
c)I e III, apenas
d)I, apenas.
e)II, apenas.
Com relação às ideias e às estruturas do texto acima, julgue o item que se segue.
Seria mantida a correção gramatical do período caso o fragmento “Estação do ano mais aguardada pelos
brasileiros" (l.1) fosse deslocado e inserido, entre vírgulas, após “verão" (l.2) feitos os devidos ajustes de
maiúsculas e minúsculas.
( )Certo ( )Errado
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312
Português
10-CESPE - 2015 - FUB - Nível Médio
No que se refere aos sentidos, à estrutura textual e aos aspectos gramaticais do texto, julgue o item a
seguir.
Na linha 18, caso o travessão fosse substituído por dois-pontos, não haveria prejuízo para a correção
gramatical do texto.
( )Certo ( )Errado
Em 1870, o explorador João Barbosa Rodrigues descobriu uma grande necrópole indígena contendo vasta
gama de peças em cerâmica de incrível perfeição; teria sido construída por uma civilização até então
desconhecida em nosso país. Utilizando a língua dos índios da região, ele denominou o sítio de
Miracanguera. A atenção do pesquisador foi atraída primeiramente por uma vasilha de cerâmica,
propriedade de um viajante. Este informante disse tê-la adquirido de um mestiço, residente na Vila do
Serpa (atual Itacoatiara), que dispunha de diversas peças, as quais teria recolhido na Várzea de Matari.
Barbosa Rodrigues suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico de uma cultura totalmente
diferente das já identificadas na Amazônia.
Em seu interior as vasilhas continham ossos calcinados, demonstrando que a maioria dos mortos tinham
sido incinerados. De fato, a maior parte dos despojos dos miracangueras era composta de cinzas. Além das
vasilhas mortuárias, o pesquisador encontrou diversas tigelas e pratos utilitários, todos de formas
elegantes e cobertos por uma fina camada de barro branco, que os arqueólogos denominam de “engobe",
tão perfeito que dava ao conjunto a aparência de porcelana. Uma parte das vasilhas apresentava curiosas
decorações e pinturas em preto e vermelho. Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade
de formas existentes nos sítios onde escavou, destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés
altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica.
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313
Português
Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição elevada dentro do grupo. A cerâmica do
sítio de Miracanguera recebia um banho de tabatinga (tipo de argila com material orgânico) e
eventualmente uma pintura com motivos geomé- tricos, além da decoração plástica que destacava
detalhes específicos, tais como seres humanos sentados e com as pernas representadas.
João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju tentou
encontrar Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas. Arqueólogos
americanos também vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no Equador, Peru e Guiana
Francesa, no final dos anos de 1940. Como não conseguiram achar Miracanguera, “decidiram" que a
descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma subtradição de agricultores andinos".
Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para aquela cultura, concluindo que
o grupo indígena dos miracangueras não era originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se
de um mistério relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado nas próximas décadas.
Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente" para as autoridades
culturais do Brasil e do mundo.
(Adaptado de: Museu Nacional do Rio de Janeiro. Disponível
em: https://saemuseunacional.wordpress.com. SILVA, Carlos Augusto da. A dinâmica do uso da terra nos
locais onde há sítios arqueológicos: o caso da comunidade Cai N'água, Maniquiri-AM / (Dissertação de
Mestrado) - UFAM, 2010)
I. No segmento ...tabatinga (tipo de argila com material orgânico)... (4o parágrafo), os parênteses poderiam
ser substituídos por travessões, por isolarem uma explicação do termo imediatamente anterior.
II. No segmento ... destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as
quais lembram congêneres da Grécia Clássica (3o parágrafo), os verbos sublinhados possuem o mesmo
sujeito.
III. No segmento ... além da decoração plástica que destacava detalhes específicos... (4o parágrafo) pode-se
acrescentar uma vírgula imediatamente após o termo "plástica", mantendo-se a correção e o sentido
originais.
Está correto APENAS o que se afirma em:
a)I e II.
b)I.
c)III.
d)I e III.
e)II e III.
Grave e solitário, o tronco vive num estado de impermeabilidade ao som, a que os humanos só atingem por
alguns instantes e através da tragédia clássica. Não logramos comovê-lo, comunicar-lhe nossa
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Português
intemperança. Então, incapazes de trazê-lo à nossa domesticidade, consideramo-lo um elemento da
paisagem, e pintamo-lo. Ele pende, lápis ou óleo, de nossa parede, mas esse artifício não nos ilude, não
incorpora a árvore à atmosfera de nossos cuidados. O fumo dos cigarros, subindo até o quadro, parece
vagamente aborrecê-la, e certas árvores de Van Gogh, na sua crispação, têm algo de protesto.
De resto, o homem vai renunciando a esse processo de captura da árvore através da arte. Uma revista de
vanguarda reúne algumas dessas representações, desde uma tapeçaria persa do século IV, onde aparece a
palmeira heráldica, até Chirico, o criador da árvore genealógica do sonho, e dá a tudo isso o título:
Decadência da Árvore. Vemos através desse documentário que num Claude Lorrain da Pinacoteca de
Munique, Paisagem com Caça, a árvore colossal domina todo o quadro, e a confusão de homens, cães e
animal acuado constitui um incidente mínimo, decorativo. Já em Picasso a árvore se torna raríssima, e a
aventura humana seduz mais o pintor do que o fundo natural em que ela se desenvolve.
O que será talvez um traço da arte moderna, assinala- do por Apollinaire, ao escrever: "Os pintores, se
ainda observam a natureza, já não a imitam, evitando cuidadosamente a reprodução de cenas naturais
observadas ou reconstituídas pelo estudo... Se o fim da pintura continua a ser, como sempre foi, o prazer
dos olhos, hoje pedimos ao amador que procure tirar dela um prazer diferente do proporcionado pelo
espetáculo das coisas naturais". Renunciamos assim às árvores, ou nos permitimos fabricá-las à feição dos
nossos sonhos, que elas, polidamente, se permitem ignorar.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. "A árvore e o homem", em Passeios na Ilha, Rio de
Janeiro: José Olympio, 1975, p. 7-8)
Atente para as frases abaixo sobre a pontuação do texto.
I. No segmento ...genealógica do sonho, e dá a tudo isso o título... (3o parágrafo), a vírgula pode ser
corretamente suprimida, uma vez que é seguida da conjunção aditiva "e".
II. No segmento ...nossa intemperança. Então, incapazes de trazê-lo... (2o parágrafo), o ponto final pode ser
corretamente substituído por ponto e vírgula, feita a alteração entre maiúscula e minúscula.
III. No segmento ...seduz mais o pintor do que o fundo natural... (3o parágrafo), o acréscimo de uma vírgula
imediatamente após "pintor" acarretaria a separação equivocada do verbo e seu complemento.
Está correto o que se afirma APENAS em
a)II e III.
b)I.
c)I e II.
d)III.
e)II.
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Português
13 - CESPE - 2015 - MPU - Analista do Ministério Público
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316
Português
14-CESPE - 2015 - CGE-PI – Auditor
Julgue o item que se segue , relativo à estrutura linguística e ao sentido do texto II.
O emprego de dois-pontos em substituição à vírgula logo após a expressão “suas relíquias” (l.1) não geraria
erro gramatical.
( )Certo ( )Errado
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317
Português
15-CETAP - 2015 - MPCM - Técnico em Informática
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Português
16-CESGRANRIO - 2015 - Banco do Brasil – Escriturário
Considere-se a hipótese de que, antes de publicado no jornal, o texto foi revisto pelo seu editor, que
propôs a alteração do trecho “‘tendo como base a ética, a qualidade dos produtos e a boa prestação de
serviços ao consumidor’” (L. 20-21), pois o texto original continha uma vírgula antes da conjunção e.
Se for considerado que ele se baseou nas regras de emprego da vírgula adequado à norma-padrão, a
decisão do editor levou em conta a
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Português
17-CESGRANRIO - 2015 - Petrobras - Técnico de Administração e Controle Júnior
A frase que apresenta o uso da vírgula de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa é:
a) A Copa do Mundo campeonato mundial que ocorreu no Brasil em junho de 2014, foi marcada pelos erros
dos juízes, que deixaram de marcar várias faltas.
b) A paixão pelo futebol, sem dúvida, é um fenômeno que ocorre em todas as partes do mundo,
independente da origem social e geográfica dos torcedores.
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320
Português
c) O futebol, com certeza é o esporte que mais emociona o povo brasileiro, devido ao tão celebrado
“futebol-arte", que empolga os estádios e deslumbra os jornalistas.
d) Os clubes europeus e americanos, vêm adquirindo nossos melhores jogadores, além de retirar do país
jovens atletas que despontam nos clubes do interior.
e) A equipe inteira envolveu-se nos preparativos para o jogo decisivo do campeonato: técnico jogadores,
fisioterapeutas, médicos e preparadores físicos.
As frases isoladas acima compõem um único parágrafo, devidamente pontuado, com clareza e lógica, em:
a) Com o crescimento da vida urbana, aumentou-se a visibilidade das mulheres, às quais estão hoje menos
obrigadas a se consagrar exclusivamente a vida doméstica, assim como podem investir numa carreira. Para
diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social, veio a revolução das comunicações, tendo começado
com o telefone e prossegue no Facebook, que contribuiu para esse fato.
b) A visibilidade das mulheres, depois do crescimento da vida urbana, hoje estão menos obrigadas a se
consagrar exclusivamente à vida doméstica e poder investir numa carreira. Em razão da revolução das
comunicações, que começou com o telefone e prossegue no Facebook, o qual contribuiu para diluir as
fronteiras entre o isolamento e a vida social.
c) Hoje as mulheres estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica, com o
crescimento da vida urbana, que aumentou sua visibilidade, podendo investir numa carreira. E ainda a
diluição das fronteiras entre o isolamento e a vida social com a revolução das comunicações que, tendo
começado com o telefone, prossegue no Facebook, contribuiu para isso.
d) O crescimento da vida urbana aumentou a visibilidade das mulheres, que hoje estão menos obrigadas a
se consagrar exclusivamente à vida doméstica, além de poderem investir numa carreira. A revolução das
comunicações, que começou com o telefone e prossegue no Facebook, contribuiu para diluir as fronteiras
entre o isolamento e a vida social.
e) A revolução das comunicações começou com o telefone e prossegue no Facebook. Que contribuiu para
diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social. E ainda, com o crescimento da vida urbana aumentou
a visibilidade das mulheres. Hoje elas estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida
doméstica; que podem investir numa carreira.
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Português
19-FCC - 2015 - CNMP - Analista - Estatística
Falsificações na internet
Quem frequenta páginas da internet, sobretudo nas redes sociais, volta e meia se depara com textos
atribuídos a grandes escritores. Qualquer leitor dos mestres da literatura logo perceberá a fraude: a citação
está longe de honrar a alegada autoria. Drummond, Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Fernando Pessoa,
por exemplo, jamais escreveriam banalidades recheadas de lugares comuns, em linguagem capenga e estilo
indefinido. Mas fica a pergunta: o que motiva essas falsificações grosseiras de artistas da palavra e da
imaginação?
São muitas as justificativas prováveis. Atrás de todas está a vaidade simplória de quem gostaria de ser
tomado por um grande escritor e usa o nome deste para promover um texto tolo, ingênuo, piegas,
carregado de chavões. Os leitores incautos mordem a isca e parabenizam o fraudulento, expandindo a
falsificação e o mau gosto. Mas há também o ressentimento malicioso de quem conhece seus bem
estreitos limites literários e, não se conformando com eles, dispõe-se a iludir o público com a assinatura
falsa, esperando ser confundido com o grande escritor. Como há de fato quem confunda a gritante
aberração com a alta criação, o falsário dá-se por recompensado enquanto recebe os parabéns de quem o
“curtiu".
Tais casos são lamentáveis por todas as razões, e constituem transgressões éticas, morais, estéticas e
legais. Mas fiquemos apenas com a grave questão da identidade própria que foi rejeitada em nome de
outra, inteiramente postiça. Enganar-se a si mesmo, quando não se trata de uma psicopatia grave, é uma
forma dolorosa de trair a consciência de si. Os grandes atores, apoiando-se no talento que lhes é próprio,
enobrecem esse desejo tão humano de desdobramento da personalidade e o legitimam artisticamente no
palco ou nas telas; os escritores criam personagens com luz própria, que se tornam por vezes mais famosos
que seus criadores (caso de Cervantes e seu Dom Quixote, por exemplo); mas os falsários da internet, ao
não assinarem seu texto medíocre, querem que o tomemos como um grande momento de Shakespeare.
Provavelmente jamais leram Shakespeare ou qualquer outro gênio citado: conhecem apenas a fama do
nome, e a usam como moeda corrente no mercado virtual da fama.
Tais fraudes devem deixar um gosto amargo em quem as pratica, sobretudo quando ganham o ingênuo
acolhimento de quem, enganado, as aplaude. É próprio dos vícios misturar prazer e corrosão em quem os
sustenta. Disfarçar a mediocridade pessoal envergando a máscara de um autêntico criador só pode
aprofundar a rejeição da identidade própria. É um passo certo para alargar os ressentimentos e a
infelicidade de quem não se aceita e não se estima.
(Terêncio Cristobal, inédito)
Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
a) Atualmente, ocorre na internet com cansativa frequência, a atribuição de textos insípidos aos grandes
autores da nossa literatura, o que concorre certamente para a propagação do mau gosto, e a banalização
da fraude.
b) Atualmente ocorre na internet, com cansativa frequência, a atribuição de textos insípidos, aos grandes
autores da nossa literatura, o que concorre certamente, para a propagação do mau gosto e a banalização
da fraude.
c) Atualmente, ocorre na internet, com cansativa frequência, a atribuição de textos insípidos aos grandes
autores da nossa literatura, o que concorre, certamente, para a propagação do mau gosto e a banalização
da fraude.
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Português
d) Atualmente ocorre, na internet com cansativa frequência, a atribuição de textos insípidos, aos grandes
autores, da nossa literatura o que concorre, certamente, para a propagação do mau gosto e a banalização
da fraude.
e) Atualmente ocorre, na internet, com cansativa frequência a atribuição, de textos insípidos, aos grandes
autores da nossa literatura, o que concorre, certamente para a propagação do mau gosto, e a banalização
da fraude.
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Português
GABARITO
11 - A 12 - E 13 - E 14 - C 15 - A 16 - C 17 - B 18 - D 19 - C 20 - C
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Português
Parte 3 - Capítulo IV
Período Composto por Coordenação
ORAÇÕES COORDENADAS
Podemos entender como Orações Coordenadas aquelas que são independentes, ou seja, autônomas, já
que possuem sentido próprio.
Ex.: Estou fazendo um trabalho, depois irei à escola. (Cada verbo ou locução verbal em negrito indica uma
oração).
Para entender melhor as orações coordenadas, devemos saber que o período de uma oração pode ser
simples ou composto.
Periodo simples: É
formado por apenas Período composto: É
uma oração formado por mais de
uma oração
1ª oração 2ª oração
Note que, no exemplo de período composto, a 1ª oração não é sintaticamente dependente da 2ª oração.
Ou seja, não possuem relação sintática uma em relação à outra, apesar de haver ligação entre elas pelo
sentido.
As orações que não possuem dependência de período recebem o nome de coordenadas, enquanto que o
período formado somente por orações coordenadas é denominado de Período Composto por
Coordenação.
Exemplo
Maria saiu, passeou, foi ao museu.
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Português
Exemplo
Maria não pule, que você pode cair.
COORDENADA SINDÉTICA
As Orações Coordenadas Sindéticas podem ser classificadas em: Aditivas, Adversativas, Alternativas,
Conclusivas e Explicativas.
São orações introduzidas pelas conjunções aditivas, as quais dão ideia de adição, soma ou acréscimo.
As conjunções aditivas mais comuns são: e (nas afirmações) e nem (nas negações), mas também, como
também, outrossim, tampouco.
São orações introduzidas pelas conjunções adversativas, as quais exprimem ideia de contraste oposição à
oração anterior.
As conjunções adversativas mais comuns são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não
obstante, nada obstante.
Obs.: Note que a oração acima poderia ser escrita com a conjunção e ao invés de no entanto. Mesmo
assim, continuaria com ideia de adversidade.
São orações introduzidas pelas conjunções alternativas, as quais indicam escolha, pensamentos ou fatos
que se alternam, ou que se excluem, sendo que geralmente são repetidas.
As principais conjunções alternativas são: ora... ora, ou... ou, já... já, quer... quer, seja... seja.
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Português
Exemplo:
São as orações que exprimem conclusão, dedução, suposição de algo enunciado na oração anterior.
As conjunções conclusivas mais comuns são: logo, portanto, então, assim, pois (apenas quando vem
posposta ao verbo), por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso.
Ele foi demitido, por conseguinte não terá grana para pagar o aluguel.
São orações introduzidas pelas conjunções explicativas, as quais indicam o motivo, a justificativa de se ter
feito a declaração anterior. As orações explicativas exprimem valor de explicação.
As conjunções explicativas mais comuns são: que, porque, pois (anteposta ao verbo), já que, visto que,
porquanto (= porque).
Note que as Orações Coordenativas Sindéticas Explicativas e as Subordinadas Adverbiais Causais são
diferentes. Sendo assim, aprenderemos a diferenciá-las, abaixo:
Sempre que a oração em destaque for parecida com causa, verifique se foi um fato que fez com
que outro ocorresse, ou se é uma explicação do fato.
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Português
(Os olhos inchados de Maria não é a causa do choro de Maria).
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Parte 3 - Capítulo IV
Questões de Concurso
1-INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Diagnóstico por Imagem
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329
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Conferência Rio+20 e que deverão nortear as atividades de cooperação internacional nos próximos 15
anos.
Em qual das alternativas a seguir seria possível trocar a conjunção “e” em destaque pela conjunção “mas”
e, dessa forma, dar ênfase à ação da oração ou termo subsequente?
a) “Os aquíferos, que concentram água no subterrâneo e abastecem nascentes e rios, são responsáveis
atualmente por fornecer água potável à metade da população mundial”.
b) “...entre eles, a intensa urbanização, as práticas agrícolas inadequadas e a poluição, que prejudica a
oferta de água limpa no mundo”.
c) “...há no mundo água suficiente para suprir as necessidades de crescimento do consumo, ‘mas não sem
uma mudança dramática no uso, gerenciamento e compartilhamento’”.
d) “É importante melhorar a transparência nas decisões e também tomar medidas de maneira integrada
com os diferentes setores que utilizam a água.”.
e) “Relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)...”.
a) finalidade
b) conclusão.
c) contraste.
d) adição.
e) justificativa.
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330
Português
No que se refere aos sentidos, à estrutura textual e aos aspectos gramaticais do texto, julgue o item a
seguir.
O elemento coesivo “mas” (l.7) inicia uma oração coordenada que exprime a ideia de concessão em uma
sequência de fatos.
( )Certo ( )Errado
A aviação e o rádio nos aproximou. A própria natureza dessas coisas são um apelo eloquente à bondade do
homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante, a minha voz
chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas,
vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que podem me ouvir eu digo:
não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da
amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão,
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331
Português
os ditadores sucumbirão e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. Sei que os homens
morrem, mas a liberdade não perecerá jamais.
(Charles Chaplin)
Assinale a opção que indica a frase em que a conjunção e mostra valor adversativo.
a) “Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros?”
b) “A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.”
c) “O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza.”
d) “...tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios.”
e) “Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.”
LI-HU ANG-PÔ, vice-rei de Cantão, Império da China, Celeste Império, Império do Meio, nome que lhe vai a
calhar, notava que o seu exército provincial não apresentava nem garbo marcial, nem tampouco, nas
últimas manobras, tinha demonstrado grandes aptidões guerreiras.
Como toda a gente sabe, o vice-rei da província de Cantão, na China, tem atribuições quase soberanas. Ele
governa a província como reino seu que houvesse herdado de seus pais, tendo unicamente por lei a sua
vontade.
Convém não esquecer que isto se passou, durante o antigo regime chinês, na vigência do qual, esse vice-rei
tinha todos os poderes de monarca absoluto, obrigando-se unicamente a contribuir com um avultado
tributo anual, para o Erário do Filho do Céu, que vivia refestelado em Pequim, na misteriosa cidade
imperial, invisível para o grosso do seu povo e cercado por dezenas de mulheres e centenas de concubinas.
Bem.
Verificado esse estado miserável do seu exército, o vice- rei Li-Huang-Pô começou a meditar nos remédios
que devia aplicar para levantar-lhe o moral e tirar de sua força armada maior rendimento militar. Mandou
dobrar a ração de arroz e carne de cachorro, que os soldados venciam. Isto, entretanto, aumentou em
muito a despesa feita com a força militar do vice-reinado; e, no intuito de fazer face a esse aumento, ele se
lembrou, ou alguém lhe lembrou, o simples alvitre de duplicar os impostos que pagavam os pescadores, os
fabricantes de porcelana e os carregadores de adubo humano - tipo dos mais característicos daquela
babilônica cidade de Cantão.
Ao fim de alguns meses, ele tratou de verificar os resultados do remédio que havia aplicado nos seus fiéis
soldados, a fim de dar-lhes garbo, entusiasmo e vigor marcial.
Determinou que se realizassem manobras gerais, na próxima primavera, por ocasião de florirem as
cerejeiras, e elas tivessem lugar na planície de Chu-Wei-Hu - o que quer dizer na nossa língua: “planície dos
dias felizes”. As suas ordens foram obedecidas e cerca de cinqüenta mil chineses, soldados das três armas,
acamparam em Chu-Wei-Hu, debaixo de barracas de seda. Na China, seda é como metim aqui.
Comandava em chefe esse portentoso exército, o general Fu-Shi-Tô que tinha começado a sua carreira
militar como puxador de tílburi* em Hong-Kong. Fizera-se tão destro nesse mister que o governador inglês
o tomara para o seu serviço exclusivo.
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Português
Este fato deu-lhe um excepcional prestígio entre os seus patrícios, porque, embora os chineses detestem os
estrangeiros, em geral, sobretudo os ingleses, não deixam, entretanto, de ter um respeito temeroso por
eles, de sentir o prestígio sobre humano dos “diabos vermelhos”, como os chinas chamam os europeus e
os de raça europeia.
Deixando a famulagem do governador britânico de Hong- Kong,Fu-Shi-Tô não podia ter outro cargo, na sua
própria pátria, senão o de general no exército do vice-rei de Cantão. E assim foi ele feito, mostrando-se
desde logo um inovador, introduzindo melhoramentos na tropa e no material bélico, merecendo por isso
ser condecorado, com o dragão imperial de ouro maciço. Foi ele quem substituiu, na força armada
cantonesa, os canhões de papelão, pelos do Krupp; e, com isto, ganhou de comissão alguns bilhões de
taels* que repartiu com o vice-rei. Os franceses do Canet queriam lhe dar um pouco menos, por isso ele
julgou mais perfeitos os canhões do Krupp, em comparação com os do Canet. Entendia, a fundo, de
artilharia, o ex-fâmulo do governador de Hong-Kong.
O exército de Li-Huang-Pô estava acampado havia um mês, nas “planícies dos dias felizes”, quando ele se
resolveu a ir assistir-lhe as manobras, antes de passar-lhe a revista final.
O vice-rei, acompanhado do seu séquito, do qual fazia parte o seu exímio cabeleireiro Pi-Nu, lá foi para a
linda planície, esperando assistir a manobras de um verdadeiro exército germânico. Antegozava isso como
uma vítima sua e, também, como constituindo o penhor de sua eternidade no lugar rendoso de quase rei
da rica província de Cantão. Com um forte exército à mão, ninguém se atreveria a demiti-lo dele. Foi.
Assistiu às evoluções com curiosidade e atenção. A seu lado, Fu-Shi-Pô explicava os temas e os detalhes do
respectivo desenvolvimento, com a abundância e o saber de quem havia estudado Arte da Guerra entre os
varais de um cabriolet*.
O vice-rei, porém, não parecia satisfeito. Notava hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e exatidão nas
evoluções e pouca obediência ao comando em chefe e aos comandados particulares; enfim, pouca
eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China inteira, caso quisessem retirá-lo do
cômodo e rendoso lugar de vice-rei de Cantão. Comunicou isto ao general, que lhe respondeu:
- É verdade o que Vossa Excelência Reverendíssima, Poderosíssima, Graciosíssima, Altíssima e Celestial diz;
mas os defeitos são fáceis de remediar.
- Como? perguntou o vice-rei.
- É simples. O uniforme atual muito se parece com o alemão: mudemo-lo para uma imitação do francês e
tudo estará sanado.
Li-Huang-Pô pôs-se a pensar, recordando a sua estadia em Berlim, as festas que os grandes dignatários da
corte de Potsdam lhe fizeram, o acolhimento do Kaiser e, sobretudo, os taels que recebeu de sociedade
com o seu general Fu-ShiPô... Seria uma ingratidão; mas... Pensou ainda um pouco; e, por fim, num
repente, disse peremptoriamente:
- Mudemos o uniforme; e já!
(Lima Barreto)
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Português
O trecho abaixo transcrito revela a insatisfação de LI-HU ANG-PÔ, vice-rei de Cantão, com o seu exército.
Utilize-o para responder
“O vice-rei, porém, não parecia satisfeito. Notava hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e exatidão nas
evoluções e pouca obediência ao comando em chefe e aos comandados particulares; enfim, pouca
eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China inteira, caso quisessem retirá-lo do
cômodo e rendoso lugar de vice-rei de Cantão.
Comunicou isto ao general, que lhe respondeu:
- É verdade o que Vossa Excelência Reverendíssima, Poderosíssima, Graciosíssima, Altíssima e Celestial diz;
mas os defeitos são fáceis de remediar.”
A oração “que lhe respondeu” tem sua correta classificação sintática indicada em:
a) Oração subordinada adjetiva explicativa
b) Oração coordenada sindética explicativa
c) Oração subordinada substantiva apositiva
d) Oração subordinada adjetiva restritiva
“Nesses casos, o que pode existir é um transtorno de conduta”; esse segmento do texto 4 apresenta:
a) duas orações, sendo uma subordinada;
b) três orações, sendo uma reduzida;
c) quatro orações, sendo uma coordenada;
d) uma só oração, sendo absoluta;
e) três orações, sendo uma coordenada.
De acordo com as Nações Unidas, crianças nascidas no mundo desenvolvido consomem de 30 a 50 vezes
mais água que as dos países pobres. Mas as camadas mais ricas da população brasileira têm índices de
desperdício semelhantes, associados a hábitos como longos banhos ou lavagem de quintais, calçadas e
carros com mangueiras.
O banheiro é onde há mais desperdício. A simples descarga de um vaso sanitário pode gastar até 30
litros de água, dependendo da tecnologia adotada. Uma das mais econômicas consiste numa caixa d'água
com capacidade para apenas seis litros, acoplada ao vaso sanitário. Sua vantagem é tanta que a prefeitura
da Cidade do México lançou um programa de conservação hídrica que substituiu 350 mil vasos por modelos
mais econômicos. As substituições reduziram de tal forma o consumo que seria possível abastecer 250 mil
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334
Português
pessoas a mais. No entanto, muitas casas no Brasil têm descargas embutidas na parede, que costuma ter
um altíssimo nível de consumo. O ideal é substituí-las por outros modelos.
O banho é outro problema. Quem opta por uma ducha gasta até 3 vezes mais do que quem usa um
chuveiro convencional. São gastos, em média, 30 litros a cada cinco minutos de banho. O consumidor -
doméstico, industrial ou agrícola - não é o único esbanjador. De acordo com a Agência Nacional de Águas,
cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no caminho até as torneiras, devido à
falta de manutenção das redes, à falta de gestão adequada do recurso e ao roubo.
Esse desperdício não é uma exclusividade nacional. Perdas acima de 30% são registradas em inúmeros
países. Há estimativas de que as perdas registradas na Cidade do México poderiam abastecer a cidade de
Roma tranquilamente.
(Ambientebrasil, outubro de 2014)
“De acordo com as Nações Unidas, crianças nascidas no mundo desenvolvido consomem de 30 a 50 vezes
mais água que as dos países pobres. Mas as camadas mais ricas da população brasileira têm índices de
desperdício semelhantes, associados a hábitos como longos banhos ou lavagem de quintais, calçadas e
carros com mangueiras.”
No início do segundo período do texto 2 ocorre a presença da conjunção mas; trata-se de uma conjunção
adversativa, e o ponto que serve de elemento de oposição é:
a) a situação de desperdício detectada pela ONU e a situação de desperdício no Brasil;
b) o consumo de água nos países desenvolvidos e o consumo de água das classes mais ricas do Brasil;
c) o descuido com a água nos países ricos e o cuidado com a água nos países pobres;
d) o consumo de água nos países mais ricos e o consumo de água em alguns países pobres, como o Brasil;
e) o cuidado com a água nos países desenvolvidos e o descuido com o consumo nos países
subdesenvolvidos.
8-FJG - RIO - 2014 - Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Analista Legislativo - Direito
Frequentemente, o discurso sobre globalização é a história dos vencedores contada pelos próprios. Na
verdade, a vitória é aparentemente tão absoluta que os derrotados acabam por desaparecer totalmente de
cena. Proponho, pois, a seguinte definição: a globalização é o processo pelo qual determinada condição ou
entidade local estende a sua influência a todo o globo e, ao fazê-lo, desenvolve a capacidade de designar
como local outra condição social ou entidade rival. As implicações mais importantes desta definição são as
seguintes. Em primeiro lugar, perante as condições do sistema-mundo ocidental não existe globalização
genuína; aquilo a que chamamos globalização é sempre a globalização bem sucedida de determinado
localismo. Por outras palavras, não existe condição global para a qual não consigamos encontrar uma raiz
local, uma imersão cultural específica. Na realidade, não consigo pensar uma entidade sem tal
enraizamento local; o único candidato possível, mas improvável, seria a arquitetura interior dos aero-
portos. A segunda implicação é que a globalização pressupõe a localização. De fato, vivemos tanto num
mundo de localização como num mundo de globalização. Portanto, em termos analíticos, seria igualmente
correto se a presente situação e os nossos tópicos de investigação se definissem em termos de localização,
em vez de globalização. O motivo por que é preferido o último termo é, basicamente, o fato de o discurso
científico hegemônico tender a privilegiar a história do mundo na versão dos vencedores.
Em “a vitória é aparentemente tão absoluta que os derrotados acabam por desaparecer”, a oração em
destaque estabelece com a anterior a seguinte relação de sentido:
a) consequência
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335
Português
b) explicação
c) finalidade
d) concessão
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336
Português
10-CESPE - 2014 - TC-DF - Técnico de Administração
Com relação aos sentidos e aspectos linguísticos e textuais do texto acima, julgue os próximos itens.
No trecho “Quanto ao gênero deles, não sei que diga que não seja inútil” (l.8-9) a vírgula separa orações
coordenadas
( )Certo ( )Errado
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337
Português
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens subsequentes.
Sem prejuízo das relações semântico-sintáticas entre as orações, as duas primeiras orações do último
período do texto, “Enquanto uma (...) cuide de si” (l.14-15), poderiam ser assim estruturadas: À medida que
a primeira prioriza o momento efêmero, em detrimento do futuro.
( )Certo ( )Errado
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338
Português
As orações “que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando em um grupo fechado” (l.
40-42), ligadas entre si por uma relação de coordenação, exercem a função de complemento do nome
“importante” (l. 40).
( )Certo ( )Errado
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339
Português
A oração "que fechou o corte com grampos" pode ser classificada como:
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340
Português
a:
Considere as seguintes afirmações sobre o período “Acordei suando, felizmente era apenas um pesadelo.”,
transcrito do texto.
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341
Português
I. O período é composto por subordinação. A primeira oração (“Acordei suando ...”) é principal em relação à
segunda (“... felizmente era apenas um pesadelo.”).
II. O período é composto por orações coordenadas assindéticas.
III. O vocábulo FELIZMENTE, iniciando a segunda oração, é uma conjunção coordenativa e funciona como
conectivo.
Assinale a alternativa que aponta a(s) afirmativa(s) correta(s).
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342
Português
Medidas preventivas
As vítimas de ciberbullying têm o direito de prestar queixa e de pedir sanções penais. Caso o autor das
ofensas tenha menos de 16 anos, os pais serão processados por injúria, calúnia e difamação. Se tiver entre
16 e 18 anos, responderá com os pais. E se tiver mais de 18 anos, assumirá a responsabilidade pelos crimes.
Para garantias legais, salve e imprima as páginas da internet onde foram divulgadas as mensagens de
difamação ou ofensa sofrida e procure testemunhas. Não hesite em prestar queixa em delegacia comum ou
naquela especializada em crimes virtuais, se houver uma em sua cidade.
Outras dicas pedagógicas são fundamentais e podem ajudar na conscientização dos alunos: dialogue
com eles sobre o ciberbullying, para que não vejam esse ato como brincadeira.
Mostre a repercussão e a responsabilidade jurídica que esses atos podem levar. Converse também com
os pais, realize palestras com toda a comunidade escolar. Verifique se o regimento interno da escola prevê
sanções a quem pratica atos agressivos. Em caso negativo, discuta com colegas gestores a possibilidade de
incluir o tema.
Participe mais das redes sociais na internet, expresse suas opiniões, combata as agressões com diálogo;
é preciso assumir os espaços das redes sociais como espaço de aprendizagens, cooperação e formação.
Conheça as representações que os alunos possuem sobre sua prática pedagógica e reflita sobre elas. Assim,
poderemos começar a trilhar um caminho mais eficaz em relação ao combate ao ciberbullying.
a) As vítimas de ciberbullying têm o direito de prestar queixa e pedir sanções penais. (1º§)
b) Os pais serão processados por injúria, calúnia e difamação. (1º§)
c) Para garantias legais, salve e imprima as páginas da internet. (2º§)
d) Outras dicas pedagógicas são fundamentais e podem ajudar na conscientização dos alunos. (3º§)
e) Conheça as representações que os alunos possuem sobre sua prática e reflita sobre elas. (5º§)
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343
Português
17-CESPE - 2012 - Instituto Rio Branco - Diplomata
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344
Português
Considerando os aspectos morfossintáticos e semânticos dos fragmentos apresentados, assinale a opção
correta.
a) Na linha 5 do fragmento I, destaca-se, por meio da partícula expletiva “é que”, o sujeito simples da
oração absoluta “Essa criança é que chamaram de Macunaíma”.
b) Os trechos “filho do medo da noite” (L.2) e “Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba”
(L.10-11) exemplificam a linguagem conotativa que caracteriza o fragmento I.
c) No fragmento II, os termos “o endereço” (L.5) e “a literatura desta missiva” (L.6), no trecho “Não pouco
vos surpreenderá, por certo, o endereço e a literatura desta missiva” (L.5-6), são complementos do verbo
surpreender, assim como “vos”, que exerce a função de objeto indireto desse verbo.
d) No fragmento I, o período iniciado em “Si o incitavam a falar” (L.7) inclui uma frase em discurso direto
como complemento de verbo dicendi, seguida de oração coordenada, que se inicia em outra linha do texto.
e) No fragmento II, o autor da carta às icamiabas utiliza com ironia as expressões “voz espúria” (L.10) e
“dislates da erudição” (L.14) para mostrar a posição degradante dessas guerreiras em face do epíteto que o
homem branco lhes atribuiu.
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Português
GABARITO
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346
Português
Parte 3 - Capítulo V
Período Composto por Subordinação
ORAÇÕES SUBORDINADAS
As Orações Subordinadas são aquelas que atuam como termos essenciais, integrantes ou acessórios de
outra oração. Pode-se dizer que a oração subordinada desempenha uma função sintática da oração
principal.
Existem duas formas em que as Orações Subordinadas podem aparecer, pela forma Desenvolvida ou pela
forma Reduzida.
Apresenta verbo numa das formas
finitas (tempos do indicativo,
subjuntivo, imperativo).
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347
Português
Substantivas
As Orações Subordinadas
Adjetivas
podem ser classificadas como:
Adverbiais
Subjetivas
Completivas
Substantivas Nominais
Agentes da
Passiva
Predicativas
Apositivas
Subjetivas
Exemplo:
É possível que você esteja com a razão. (É possível isso)
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Português
Objetivas Diretas
As orações objetivas diretas exercem a função de objeto direto do verbo da oração principal.
Exemplo:
Eu perguntei se ela poderia vir hoje à aula. (Eu perguntei isso)
Objetivas Indiretas
As orações objetivas indiretas exercem papel de objeto indireto do verbo da oração principal.
Exemplo:
Completivas Nominais
As orações nominais funcionam como complemento nominal de um termo da oração principal.
Exemplo:
Tenho medo de que você não volte mais. (Tenho medo disso)
Agentes da Passiva
As orações agentes da passiva exercem função de agente da passiva da oração principal.
Nesse caso, é considerado inviável o uso da palavra isso.
Essas orações sempre apresentarão a mesma estrutura, estando necessariamente na voz passiva analítica.
Exemplo:
As provas serão feitas por quem tirou notas melhores.
Predicativas
As orações predicativas exercem função de predicativo do sujeito da oração principal.
Exemplo:
O bom é que temos saúde em abundância. (O bom é isso)
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349
Português
Apositivas
As orações apositivas funcionam como aposto de um termo da oração principal.
Geralmente, essas orações aparecem depois de dois pontos.
Exemplo:
Digo-lhe: que saia daqui agora!
Que o dinheiro ainda não era suficiente, essa foi minha tristeza.
Restritivas
Adjetivas
Explicativas
Restritivas
As orações restritivas são orações que delimitam, definem, especificam e restringem o sentido do
antecedente. Elas são indispensáveis ao sentido da frase e, como se ligam ao antecedente sem pausa, dele
não se separam, na escrita, por vírgula.
Exemplo:
O mundo onde quero viver nos próximos 50 anos pertence a outra dimensão.
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350
Português
Explicativas
As orações explicativas são orações que agregam ao antecedente uma qualidade acessória. Isto é,
esclarecem de forma mais satisfatória a sua significação. Nesse sentido, não são dispensáveis ao sentido
essencial da frase. Na fala, são separadas da oração principal por pausa forte, adquirindo função de um
aposto e, na escrita, essas separações se dão por meio de vírgula.
Exemplo:
Aquelas meninas, cujas roupas são chamativas, estão atrapalhando a passagem.
Causais
Concessivas
Condicionais
Adverbiais Temporais
Consecutivas
Proporcionais
Causais
As orações causais exprimem a causa, razão, motivo do que se declara na oração principal. A causa pode
ser definida como “aquilo ou aquele que determina um acontecimento”. As conjunções mais comuns para
essas orações são: pois, porque, como, já que, visto que, pois que e porquanto.
Exemplo:
É melhor que saia cedo de casa, visto que os bancos hoje não ficarão abertos até tarde.
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351
Português
Concessivas
As orações concessivas possuem uma oração cujo fato não modifica o acontecimento da outra oração. Em
outras palavras, essas orações expressam uma circunstância que se opõe à condição. A conjunção
concessiva típica é embora, mas também se destacam as conjunções: mesmo que, ainda que, conquanto
(sinônimo de embora), malgrado.
Exemplo:
Mesmo que volte, não será possível chegar a tempo.
Condicionais
As orações condicionais expressam uma condição necessária para que se realize ou se deixe de realizar o
fato contido na oração principal. Sendo assim, esse fato pode ser real ou hipotético. A conjunção
condicional típica é se, porém outras conjunções se destacam: caso, contanto que, desde que, salvo se,
exceto se, a não ser que, a menos que.
Exemplo:
Se todos aceitarem a proposta, assinaremos o contrato.
Finais
As orações finais indicam a intenção, o objetivo, a finalidade do que se declara na oração principal. A
conjunção típica é a fim de que, mas podemos destacar as conjunções: para que, que, porque (= para que).
Exemplo:
Comprei mais biscoitos para que todos fiquem satisfeitos.
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352
Português
Temporais
As orações temporais expressam as várias modalidades de tempo em que se pode situar o fato expresso na
oração principal: simultaneidade, anterioridade, posterioridade. Essas orações possuem ideia de marcação
de tempo, como se uma oração possuísse a função de marcar o tempo do outro fato. As orações temporais
são introduzidas pelas conjunções: quando, mal, apenas (sinônimo de quando), enquanto, assim que, logo
que, antes que, depois que, desde que.
Exemplo:
Desde que você nasceu, minha vida tornou-se mais feliz.
Consecutivas
As orações consecutivas expressam um fato que é consequência (efeito) do que se declara na oração
principal. Essas orações são iniciadas pelas conjunções e locuções que, de forma que, de sorte que, tanto
que e pelas estruturas tão... que, tanto... que, tamanho... que.
Exemplo:
Correu desesperadamente de forma que tropeçou e fez um estrago.
Escutava a música no último volume, tanto que estremecia as vidraças do antigo casebre.
Comparativas
As orações comparativas expressam o ser ou fato com que se compara o elemento presente na oração
principal. Podemos notar a semelhança ou dessemelhança entre esses seres e fatos. Essas orações são
introduzidas pela conjunção como ou pelas estruturas que formam o grau comparativo, que pode ser:
superioridade, igualdade ou inferioridade. As conjunções mais comuns são (do) que, como, além das
estruturas tão... como, mais (do) que..., menos (do) que... .
Exemplo:
Aquele ambiente exalava um mau cheiro, como os rios poluídos das grandes cidades.
Proporcionais
As orações proporcionais indicam ideia de proporção, exprimindo fatos que aumentam ou diminuem em
relação ao que se declara na oração principal. Essas orações são iniciadas pelas locuções à proporção que,
à medida que ou ao passo que. Também existem as estruturas tanto mais... quanto mais, tanto menos...
quanto mais, quanto mais... mais.
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Português
Exemplo:
À medida que o tempo ia passando, mais ela ia se preparando.
Orações Reduzidas
As orações reduzidas, diferentemente das orações desenvolvidas, são orações dependentes que não se
iniciam por pronome relativo nem por conjunção subordinativa, e que tem o verbo numa das formas
nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Substantivas:
Subjetivas
Ex.: É necessário pensar para agir.
Objetivas Diretas
Ex.: Espero aflita poder confiar em ti.
Objetivas Indiretas
Ex.: Encarregaram-me de procurar o carro
mais barato.
Orações Substantivas
Reduzidas de Infinitivo Completivas Nominais
Ex.: Estou tenso por vir recebê-lo.
Predicativas
Ex.: A sua vontade era mostrar a quantidade
de dinheiro restante.
Apositiva
Ex.: Lutar é: não desistir diante das
dificuldades.
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Português
Adjetivas:
Essas orações são pouco comuns no Brasil, mas vale destacar.
Exemplo:
Mas a visão logo se desvaneceu, ficando apenas os vidros, a
ocultarem, com o seu brilho, o que lá existia.
Adverbiais:
Causais
Ex.: Por serem trivialidades quotidianas tais virtudes,
ninguém repara nelas.
Concessivas
Ex.: Mesmo sem saber se vamos à praia, continuo
animada.
Condicionais
Ex.: A persistirem os sintomas, o médico deverá ser
consultado.
Orações Adverbiais
Reduzidas de Infinitivo
Consecutivas
Ex.: Correu com medo dos tiros, gritou ferozmente a
deixar todos ao seu redor apavorados.
Finais
Ex.: Junte todas as suas coisas para viajar para bem
longe.
Temporais
Ex.: As meninas caminhavam vagarosamente ao entrar na
casa abandonada.
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355
Português
Orações Adjetivas
Nessas orações, a construção do gerúndio expressa ideia de atividade atual e passageira.
Exemplo:
A mulher, virando o pescoço, falando baixinho, seguiu sem voltar.
Orações Adverbiais
As orações adverbiais reduzidas de gerúndio, na maioria dos casos, correspondem a orações subordinadas
adverbiais temporais.
Causais Concessivas
Condicionais
Ex.: Desconfiando que tudo Ex.: Com muita calma, ainda não
Ex.: Pensando por esse lado,
pudesse acabar mal, desistiu de sendo mãe, conseguiu cuidar dos
posso ajudar sim.
proseguir. menores abandonados.
As orações reduzidas de particípio, assim como as reduzidas de gerúndio, podem ser Adjetivas ou
Adverbiais.
Orações Adjetivas
Exemplo:
As flores da primavera, colhidas dos mais belos campos, exalavam um doce perfume.
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Português
Orações Adverbiais
São mais comuns as orações Temporais, mas podemos encontrar as orações Causais, Concessivas ou
Condicionais.
Orações
Adverbiais
Reduzidas de
Particípio
Condicionais Temporais
Causais Concessivas
Ex.: Feita essa Ex.: Postas as
Ex.: Aflita, quase Ex.: Acrediamos que, etapa, podemos faixas, a
nem conseguia se ainda resolvidas as pensar em multidão
alimentar. questões, precisamos avançar para as começou a se
rever todo o trabalho. próximas. aglomerar.
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Português
Parte 3 - Capítulo V
Questões
1-FGV - 2014 - Prefeitura de Florianópolis - SC - Fiscal de Serviço Público
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358
Português
Para responder à questão, considere o primeiro período do texto. Analise as assertivas que seguem.
a) Apenas I e II.
b) Apenas III e IV.
c) Apenas I, II e III.
d) Apenas II, III e IV.
e) I, II, III e IV.
Todas as vezes que ocorre um crime a provocar grande comoção nacional, parte da sociedade brasileira
- capitaneada por um discurso minimalista e conservador, com repercussão imediata na grande mídia -
clama por leis draconianas como lenitivo para diminuir a criminalidade violenta. Foi assim com a "criação"
da lei de crimes hediondos, por exemplo. O resultado desse tipo de medida repressiva e pontual -
objetivando o adensamento do estado penal - não apresenta resultado efetivo em termos de diminuição
dos crimes.
É admissível e compreensível que, diante de um crime bárbaro, os parentes da vítima desejem
vingança. Sob o ponto de vista privado, essa é uma prerrogativa do indivíduo; dos que sofrem a violência
desproporcional de qualquer forma e estão sob o impacto dela. Porém, o Estado não tem essa
prerrogativa. Considerando-se que o indivíduo pode, intimamente, desejar vingança (haja vista nossa
cultura judaico-cristã, que valoriza os atos sacrificiais), o Estado - mantenedor das conquistas do processo
civilizatório, cuja base está na garantia dos direitos humanos - não pode ser vingativo e passional em seus
atos.
A mesma indignação que move muitas pessoas a desejarem o recrudescimento penal (desde que seja
sempre direcionado para o outro) em momentos de comoção não é mobilizadora frente à violência e
carnificina generalizadas que atingem, cotidianamente, milhares de pessoas. Segundo o Ministério da
Saúde, do total de 1.103.088 mortes notificadas em 2009, 138.697 (12,5%) foram decorrentes de causas
externas (que poderiam ser evitáveis), representando a terceira causa mais frequente de morte no Brasil.
A resposta simplista, da sociedade e do Estado, para enfrentar a criminalidade violenta é o
encarceramento. Nos últimos 20 anos, nosso sistema prisional teve um crescimento de 450%. Hoje, são
mais de 550 mil presos (cerca de 60% cometeram crimes contra o patrimônio; 30%, crimes relacionados a
drogas e menos de 10% crimes contra a vida). Superlotado, o sistema prisional tem um déficit de cerca de
250 mil vagas. Em condições degradantes e subumanas, quase 80% dos egressos prisionais voltam a
praticar crimes. É neste sistema que desejamos trancafiar adolescentes autores de atos infracionais?
Paradoxalmente, nesse período de brutal encarceramento, as taxas de crimes violentos mantiveram-se
em patamares elevadíssimos. A Organização Mundial de Saúde informa que taxas de homicídio acima de 10
mortes por 100 mil habitantes são epidêmicas. A média brasileira, nesse quesito, é de 29 por 100 mil,
sendo que na maioria das capitais essa cifra supera 30 homicídios por 100 mil, chegando, por exemplo, em
Maceió, à estrondosa cifra de 86 por 100 mil, ou seja, oito vezes mais do que o aceitável. Segundo relatório
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359
Português
recente da ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal, dentre as 34 nações
mais violentas, o Brasil encontra-se em 13º lugar. No ranking das 50 cidades mais violentas do mundo, 15
são do Brasil. Por que assistimos a esse massacre com tanta passividade? [...]
(Excerto do Artigo publicado no Jornal Estado de Minas, de 25/05/2013, Caderno "Pensar e Agir").
TEXTO 1
RUI BARBOSA E O IMPOSTO SOBRE A RENDA MEMÓRIA DA RECEITA FEDERAL
O imposto sobre a renda teve em Rui Barbosa, primeiro Ministro da Fazenda do período republicano, um
ardente defensor. Seu relatório de janeiro de 1891 dedica, com erudição e brilhantismo, 38 páginas ao
tema. Mostra a história, as formas de aplicação do imposto e as propostas de adoção.
No relatório, Rui Barbosa lembrava as qualidades de um imposto justo, indispensável e necessário: “No
Brasil, porém, até hoje, a atenção dos governos se tem concentrado quase só na aplicação do imposto
indireto, sob sua manifestação mais trivial, mais fácil e de resultados mais imediatos: os direitos de
alfândega. E do imposto sobre a renda, por mais que se tenha falado, por mais que se lhe haja proclamado
a conveniência e a moralidade, ainda não se curou em tentar a adaptação, que as nossas circunstâncias
permitem, e as nossas necessidades reclamam”.
Resumidamente, a proposta de Rui Barbosa se sustentava nos seguintes pilares:
1. O imposto incidiria sobre as rendas provenientes de propriedades imóveis, do exercício de qualquer profi
ssão, arte ou ofício, de títulos ou fundos públicos, ações de companhias, juros e dívidas hipotecárias e de
empregos públicos;
2. Estariam isentas as rendas não superiores a 800$000, a dos agentes diplomáticos das nações
estrangeiras, rendimentos das sociedades de socorros mútuos e benefi cência e juros das apólices da dívida
pública possuídas por estrangeiros residentes fora do país;
3. A declaração do contribuinte seria o ponto de partida do lançamento. O Fisco devia procurar outras
fontes para a verificação fiscal, pois fi caria muito prejudicado caso se baseasse unicamente na declaração
do contribuinte. Discordou da posição de alguns em entregar a determinação da renda unicamente ao
arbítrio do Fisco. O arbitramento podia degenerar em arbítrio. Na sua visão, o arbitramento seria aceito se
a renda não fosse conhecida fixa e precisamente, mas sujeito a conhecimento e impugnação do
interessado, com todos os recursos do contencioso administrativo.
Suas sugestões, no entanto, não encontraram respaldo para serem postas em prática.
“Suas sugestões, no entanto, não encontraram respaldo para serem postas em prática”. A forma
desenvolvida equivalente à oração reduzida sublinhada é:
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360
Português
c) para que foram postas em prática.
d) para que fossem postas em prática.
e) para que eram postas em prática.
Julgue o item que se segue, acerca das ideias, das estruturas linguísticas e da tipologia do texto III.
A oração “que, dotado (...) pragas virtuais" (l. de 15 a 17) é de natureza restritiva.
( )Certo ( )Errado
1 A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem
possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata,
essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a
primavera que chega.
2 Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, - e
arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
3 Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jaipur.
Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas
brancas e amarelas apressam-se pelos ares, - e certamente conversam: mas tão baixinho que não se
entende.
4 Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas
flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
5 Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, - e só os poetas,
entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com
os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
6 Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se
enfeita para as festas da sua perpetuação.
7 Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que
desejarem, no momento em que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do
céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, - e os ouvidos que por acaso os
ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora, se entendeu e amou.
8 Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos,
que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas
estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos
e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos
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361
Português
brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com
suas roupas de chita multicor.
9 Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, - por fidelidade à obscura semente,
ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida - e efêmera.
(MEIRELES, Cecília. "Cecília Meireles - Obra em Prosa?, Vol. 1. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1998, p. 366.)
"Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos,
que dão beijinhos para o ar azul." (§ 8)
Das alterações feitas na oração adjetiva do período acima, está INADEQUADA ao padrão culto da língua a
seguinte:
a) prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, aos quais são atribuídas funções primaveris.
b) prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, sob os quais reflete o nascer do sol.
c) prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, para os quais a natureza acena.
d) prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, cujos beijinhos tanto agradam ao ar azul.
8-FJG – RIO - 2014 - Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Analista Legislativo - Direito
Texto I
Mundo sustentável
Cada um de nós, independentemente do poder aquisitivo, pode fazer a sua parte na construção de uma
nova sociedade de consumo, em que a compra de cada produto ou serviço seja precedida de alguns
pequenos cuidados. Dar preferência aos fabricantes ou comerciantes comprometidos com energia limpa,
redução e reaproveitamento de resíduos, reciclagem de água, responsabilidade social corporativa e outras
iniciativas sustentáveis é um bom começo. Assim como checar se o que pretendemos adquirir é realmente
necessário e fundamental. O conceito de necessário varia de pessoa para pessoa, é assunto de foro íntimo.
Mas podem-se descobrir, nesse exercício, os sintomas de uma doença chamada oneomania, ou consumo
compulsivo, que, de acordo com pesquisa do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo,
acomete aproximadamente 3% da população brasileira, em sua maioria mulheres. É gente que usufrui
apenas do momento da compra, para muito rapidamente deixar o produto de lado e, não raro, mergulhar
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Português
num sentimento de culpa. Muitos endividados que tomam empréstimos em bancos ou em agiotas são
oneomaníacos.
Nessa frase, o vocábulo em destaque retoma um termo antecedente e introduz uma oração adjetiva,
portanto classifica-se como pronome relativo. Também é pronome relativo a palavra destacada em:
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Português
9-TJ-RS - 2014 - TJ-RS - Oficial de Justiça
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Português
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a classificação gramatical correta para as
conjunções se (l. 28), portanto (l. 59) e embora (l. 76).
Julgue o próximo item , relativos aos sentidos e aspectos gramaticais do texto acima.
As orações “onde é muito frio” (L.4) e “que banha o litoral” (L.10) têm natureza explicativa, o que justifica o
fato de estarem isoladas por vírgulas.
( )Certo ( )Errado
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365
Português
12-CESPE - 2014 - MTE - Contador
Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima, julgue os itens a seguir.
No trecho “Não são poucos os chefes que não sabem como tratar um tema que envolve seus
subordinados” (l.3-4), há duas orações de natureza restritiva, uma referente a “os chefes” e outra a “um
tema”.
( )Certo ( )Errado
SEMPRE AS RELATIVAS
Sírio Possenti
1º § Tostão, o que foi jogador de futebol, abandonou a carreira por causa de problemas em seu olho, fruto
de uma bolada. Estudou medicina, psicanálise, foi professor. Abandonou esta nova carreira há uns dez anos
(ou mais?) para tornar-se comentarista esportivo (na TV), espaço que também abandonou. Há alguns anos
é colunista da Folha, que o publica duas vezes por semana.
2º § Na coluna de 13/10/2013, afirma sobre si mesmo que é um colunista que foi jogador, não um jogador
que se tornou colunista. E se queixa de que tem gente que não entende.
3º § Analisa futebol. De vez em quando, cita poemas e evoca a psicanálise. Alguns o consideram um
estilista da língua, outros elogiam sua perspicácia, incluindo sua análise estranha do idiomatismo “correr
atrás do prejuízo”, que ele acha um erro, porque ninguém faria isso, isto é, correr atrás do prejuízo. Mas
isso é argumento? Mas esqueceu que se trata de um idiomatismo. Também não chove a cântaros e
ninguém bate um papo, literalmente.
4º § Sem dúvida, Tostão é uma boa fonte para o português culto de hoje. É um representante da cultura e
escreve profissionalmente. Com um viés regional, claro, mas uma língua falada em território(s) tão
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366
Português
extenso(s) há de ter vários padrões.
5º § Uma de suas marcas é a ausência dos pronomes em casos como “formei em medicina”. Não tenho
certeza absoluta (isto é, não disponho de dados quantitativos), mas diria que Minas - em algumas regiões,
pelo menos - é onde esta variante inovadora está mais assentada. E é culta, não apenas popular, como se
poderia pensar. Tanto que Tostão a emprega em suas colunas.
6º § Outra marca que se espalha cada vez mais, e que está firme em Minas (mas não só lá) é a chamada
relativa cortadora. Tostão forneceu bons exemplos em sua coluna de 9/10/13, na mesma Folha (Esporte, p.
D4). Escreveu:
7º § “Parafraseando o poeta (ele cita muito Fernando Pessoa), “Tabacaria” pode não ser o mais belo poema
da literatura universal, mas é, para mim, o mais belo, pois é o que mais gosto”. Depois: “Já o Cruzeiro não é
o mais belo time do Brasileiro somente porque é o time que mais gosto e que tenho mais laços afetivos”.
8º § Cortadora é a adjetiva que elimina a preposição. Em vez das formas “de que mais gosto” e “com que /
com o qual tenho mais laços”, ocorrem as formas “que mais gosto” e “que tenho mais laços”.
9º § Uma observação importantíssima: quem usa essas formas não diz “gosto isso” (diz “gosto disso”) nem
“tenho ele mais laços afetivos” (diz “com o qual tenho…”). Ou seja: a queda da preposição só ocorre nas
relativas. É uma regra sofisticada!
10º § Já se pensou que esta variante ocorria apenas ou predominantemente nas regiões rurais. Mas ela se
espalha cada vez mais. Tarallo (A pesquisa sociolinguística, São Paulo, Ática) pesquisou a ocorrência das
relativas desde 1725. Quantificou a ocorrência das diversas formas e descobriu que a cortadora ocorria
muito pouco em 1725. Sua presença nos documentos foi aumentando paulatinamente até 1825. Desde
então, cresce vertiginosamente: sua ocorrência é de cerca de 70% já em 1880!
11º § É evidente, mas é bom anotar, que os dados analisados por Tarallo são todos de língua escrita. E é
provável que os números fossem mais altos na língua falada também naquele tempo, como são claramente
hoje.
12º § As outras relativas, além da cortadora, são a ainda considerada padrão (do tipo “o time de que mais
gosto”) e a que retém o pronome pessoal - como se redobrasse o nome retomado por “que” ou “qual”
(como em “o time que mais gosto dele”).
13º § A história da língua revela, quase sem exceções, que, para cada alternativa (variante), existe
documentação antiga. Ou seja, praticamente não se inventa nada quando parece que se “criam” novas
formas de falar. Dizendo melhor: quando parece que se cria alguma forma nova, ou ela é velha ou resulta
da aplicação de uma regra antiga.
Tendo em conta os períodos acima, resultantes da junção das frases “O advogado é um profissional
competente e renomado.” e “Estamos falando do advogado.”, pode-se afirmar que os diferentes formatos
de orações relativas (orações adjetivas, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira) discutidos pelo
autor do texto estão representados apenas em:
a) I e III.
b) II e III.
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367
Português
c) I, II e III.
d) I, II e IV.
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior
universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que,
salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas
populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos.
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin:
foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas erradas.
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez
lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar
habitual de Carlito.
O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas,
cartolinha - também se fixou pelo consenso do público.
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não
achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela
destruía a unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito.
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de
especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se
dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco.
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização
da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto,
Em busca do ouro e O circo.
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico. Não obstante, se não
houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à
vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao
contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em
seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível
humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as
expressões humanas.
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”.Crônicas da província do Brasil. 2. ed. São Paulo,
Cosac Naify, 2006, p. 219-20)
Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse
processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
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Português
15-CESPE - 2015 - MPU - Técnico do Ministério Público
Julgue o item que se segue, acerca das ideias, das estruturas linguísticas e da tipologia do texto III.
A oração “que, dotado (...) pragas virtuais" (l. de 15 a 17) é de natureza restritiva.
( )Certo ( )Errado
a) causal.
b) concessiva.
c) final.
d) conformativa.
Mariana Sgarioni
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369
Português
Daniel Blair tem 4 aninhos e achou que seu cachorrinho de apenas uma semana de vida estava muito sujo.
O melhor jeito encontrado para um banho rápido foi atirar o animal na água do vaso sanitário – e dar
descarga. Por sorte, a mãe descobriu a tempo, e bombeiros resgataram o animalzinho ainda vivo no esgoto.
O caso aconteceu no início de junho, na Inglaterra, e chamou a atenção das câmeras do mundo inteiro.
Muitos perguntaram: será que Daniel seria um psicopata divertindo-se com o sofrimento do bicho?
Provavelmente não. Nesses casos, o que pode existir é o transtorno de conduta – comportamento que viola
regras sociais importantes.
“Nesses casos, o que pode existir é um transtorno de conduta”; esse segmento do texto 4 apresenta:
20-FJG - RIO - 2014 - Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Analista Legislativo - Direito
Texto I
Mundo sustentável
Cada um de nós, independentemente do poder aquisitivo, pode fazer a sua parte na construção de uma
nova sociedade de consumo, em que a compra de cada produto ou serviço seja precedida de alguns
pequenos cuidados. Dar preferência aos fabricantes ou comerciantes comprometidos com energia limpa,
redução e reaproveitamento de resíduos, reciclagem de água, responsabilidade social corporativa e outras
iniciativas sustentáveis é um bom começo. Assim como checar se o que pretendemos adquirir é realmente
necessário e fundamental. O conceito de necessário varia de pessoa para pessoa, é assunto de foro íntimo.
Mas podem-se descobrir, nesse exercício, os sintomas de uma doença chamada oneomania, ou consumo
compulsivo, que, de acordo com pesquisa do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo,
acomete aproximadamente 3% da população brasileira, em sua maioria mulheres. É gente que usufrui
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Português
apenas do momento da compra, para muito rapidamente deixar o produto de lado e, não raro, mergulhar
num sentimento de culpa. Muitos endividados que tomam empréstimos em bancos ou em agiotas são
oneomaníacos.
Nessa frase, o vocábulo em destaque retoma um termo antecedente e introduz uma oração adjetiva,
portanto classifica-se como pronome relativo. Também é pronome relativo a palavra destacada em:
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Português
GABARITO
01 - A 02 - D 03 - C 04 - D
05 - C 06 - B 07 - C 08 - D
09 - A 10 - C 11 - C 12 - C
13 - C 14 - A 15 - B 16 - C
17 - D 18 - A 19 - C 20 - D
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372
Português
Parte 3 - Capítulo VI
Concordância Verbal e Nominal
De início, vale esclarecer o significado em gramática de concordância verbal e concordância nominal. A
primeira estabelece a circunstância do verbo variar em número e pessoa de acordo com o seu sujeito. Por
outro lado, a segunda estabelece um adjetivo (e classes com função adjetiva) variando em gênero e
número, de acordo com o substantivo a que se refere.
Neste contexto, torna-se importante frisar alguns critérios básicos que envolvem o tema:
1) Existem REGRAS GERAIS para os casos de concordância.
2) Existem CASOS ESPECIAIS que possam gerar dúvidas.
3) Em alguns casos, não há norma definida.
4) A concordância, nos casos especiais, pode ser determinada por “preferências subjetivas”, ou
seja, por questões de estilo.
Sendo assim, verificaremos em cada tema as regras gerais e também os casos especiais mais comuns na
Língua Portuguesa. Vejamos!
CONCORDÂNCIA VERBAL
Já é de conhecimento que o sujeito é “o ser que declara algo” e o predicado “é a declaração que se refere
ao sujeito”. Logo, não se pode olvidar que há uma íntima relação entre esses termos, o que torna
importante a necessidade de o verbo concordar (em número e pessoa) com o sujeito.
Tipos de
Sujeito
SUJEITO SIMPLES
O verbo concordará necessariamente com ele em número e pessoa. Neste caso, a concordância é direta.
Exemplo:
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373
Português
Plural Plural
Singular Singular
SUJEITO COMPOSTO
Ocorre quando o sujeito apresenta mais de um núcleo. Desta forma, consequentemente, o verbo irá para o
plural. Ou seja, quando o sujeito estiver anteposto ao verbo, o verbo estará no plural; quando o sujeito
estiver posposto ao verbo, o verbo ficará no plural ou concordará com o núcleo mais próximo.
Confira!
= nós
(ANTEPOSTO AO VERBO)
(POSPOSTO AO VERBO)
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374
Português
Continuaremos a ver abaixo os CASOS ESPECIAIS:
Exemplificando:
Exemplificando:
Exemplificando:
ENFATIZA AS PARTES.
Exemplificando:
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375
Português
Exemplificando:
Ninguém
Exemplificando:
Núcleos em gradação.
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376
Português
Sujeito composto formado por verbos
substantivados no infinitivo:
Verbo no singular.
Exemplificando:
Exemplificando:
Precisa-se de professores.
É formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura destas
orações:
Sujeito Predicado
-------- Havia formigas na casa.
-------- Nevou muito este ano em Nova Iorque.
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um
fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no
processo verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da Língua Portuguesa ocorrem com:
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377
Português
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos
meteorológicos:
Ser:
Exemplo:
É noite. (Período do dia)
Estar:
Exemplo:
Está tarde. (Tempo)
Fazer:
Exemplo:
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Haver:
Exemplo:
Basta de lamúrias.
Chega de fofocas
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378
Português
SUJEITO ORACIONAL
Acontece sempre quando o sujeito é constituído por uma oração subordinada substantiva subjetiva. Neste
caso, o verbo ficará sempre na 3º pessoa do singular.
Exemplificando:
Visto os tipos de sujeito, cumpre ainda demonstrar outros casos especiais significativos sobre o tema em
pauta. Vejamos!
CASOS ESPECIAIS DIVERSOS
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379
Português
QUANDO...
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380
Português
Ultrapassado o tema sobre concordância verbal, e após terem sido verificados os principais tópicos sobre
esse tema, verificaremos a seguir a concordância nominal. Vejamos!
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Vale agora examinar com cautela a concordância nominal. Esta é a concordância estabelecida entre um
nome (palavra com valor de substantivo ou o próprio substantivo) e palavras com que este se relaciona,
tais como adjetivos ou palavras com valor de adjetivo (artigos, numerais, pronomes adjetivos e particípios).
Concordância
Classes
Variáveis Invariáveis
Palavra
Artigo Substantivo Adjetivo Pronome Numeral Advérbio
denotativa
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381
Português
SUBSTANTIVOS POSPOSTOS: Caso o adjetivo possua função predicativa, a concordância poderá ocorrer no
singular ou no plural com a devida observância na concordância verbal.
Exemplo:
VERBO SER
Existindo, no sujeito do verbo “ser”, um adjunto adnominal, o predicativo do sujeito acompanhará o gênero
do adjunto adnominal. Por outro lado, inexistindo, o predicativo deverá ficar neutro, ou seja, no masculino.
Exemplo:
Comida é ótimo.
A comida é ótima.
O termo muito obrigado é utilizado por homens, por outro lado, muito obrigada deverá ser utilizado pelas
mulheres.
Exemplo:
A garota falou muito obrigada.
HAJA(M) VISTA
Nesta hipótese, estamos diante de um termo utilizado para exemplificação. Se o exemplificado estiver no
singular, consequentemente o verbo deverá estar no singular. Contudo, estando no plural, este tanto
poderá estar no singular como no plural.
Exemplo:
SÓ
Quando variável, terá o sentido de sozinho; quando invariável, o sentido de somente.
Exemplo:
Ela fez a pesquisa só. / Elas fizeram a pesquisa sós. (SÓ = SOZINHO)
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382
Português
MEIO
Quando numeral, será variável; quando advérbio, invariável.
Exemplo:
Meia-noite; meias-noites.
BASTANTE
Quando for advérbio, é invariável; quando pronome indefinido, variável.
Exemplo:
ALERTA
Trata-se de advérbio, logo é invariável.
Exemplo:
Ficaremos constantemente alerta.
QUITE
Por ser adjetivo, “quite” pode sofrer variação.
Exemplo:
Ficamos quites.
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383
Português
Parte 3 - Capítulo VI
Questões
1 - Makiyama - 2015 - Banestes - Técnico Bancário
Quanto à concordância verbal, assinale a alternativa INCORRETA:
a) I, II e III.
b) I e III, apenas.
c) I, apenas.
d) II, apenas.
e) III, apenas.
384
Português
Julgue o próximo item, relativo às ideias e às estruturas linguísticas do texto II.
A forma verbal “são” (L.3) está no plural porque concorda com “Esses indivíduos” (L. 2 e 3).
( )Certo ( )Errado
Preconceitos
Preconceitos são juízos firmados por antecipação; são rótulos prontos e aceitos para serem colados no
que mal conhecemos. São valores que se adiantam e qualificam pessoas, gestos, ideias antes de bem
distinguir o que sejam. São, nessa medida, profundamente injustos, podendo acarretar consequências
dolorosas para suas vítimas. São pré-juízos. Ainda assim, é forçoso reconhecer: dificilmente vivemos sem
alimentar e externar algum preconceito.
São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”, “quem nasce ali é assim”,
“música clássica é sempre chata”, “cuidado com quem lê muito” etc. Dispensam-nos de pensar, de
reconhecer particularidades, de identificar a personalidade própria de cada um. “Detesto filmes franceses”,
me disse um amigo. “Todos eles?” − perguntei, provocador. “Quem viu um já viu todos”, arrematou ele,
coroando sua forma preconceituosa de julgar.
Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é sempre seletivo, mas ele
escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar. “Gosto porque gosto”, dizemos às vezes. Mas o
preconceito tem raízes sociais mais fundas: ele se dissemina pelas pessoas, se estabelece sem apelação, e
quando damos por nós estamos repetindo algo que sequer investigamos. Uma das funções da justiça
institucionalizada é evitar os preconceitos, e o faz julgando com critério e objetividade, por meio de leis.
Adotar uma posição racista, por exemplo, não é mais apenas preconceito: é crime. Isso significa que
passamos, felizmente, a considerar a gravidade extrema das práticas preconceituosas.
a) Os preconceitos, ao se firmar, acabam por promover injustiças que nunca mais se repara.
b) Não deveriam caber aos preconceituosos insistirem em difundir seus juízos falsos e precipitados.
c) Consta, entre as convicções do autor, a certeza de que não nos seriam lícito eliminar todos os
preconceitos.
d) Uma das prerrogativas da justiça está em reconhecer e penalizar as ações em que se promove o
preconceito.
e) Qualificam-se como crime, na legislação atual, toda e qualquer manifestação de racismo.
Lendo os clássicos
Deveria existir um tempo na vida adulta dedicado a revisitar as leituras mais importantes da juventude.
Se os livros permanecem os mesmos (mas também eles mudam, à luz de uma perspectiva histórica
diferente), nós com certeza mudamos, e o reencontro é um acontecimento totalmente novo. De fato,
poderíamos dizer que toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta.
Essas considerações valem tanto para os clássicos antigos como para os modernos. Se leio a Odisseia,
leio o texto de Homero, mas não posso esquecer tudo aquilo que as aventuras de seu protagonista, o herói
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385
Português
Ulisses, passaram a significar através dos séculos, e não posso deixar de perguntar-me se tais significados
estavam implícitos no texto ou se são incrustações, deformações ou dilatações que se acresceram com as
sucessivas leituras. E se leio um clássico mais próximo de nós, como Os possuídos de Dostoiévski, não posso
deixar de pensar em como suas personagens continuaram a reencarnar-se até os nossos dias.
(Adaptado de: CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. São Paulo: Penguin, 2009)
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se concordando com o elemento sublinhado na frase:
a) As leituras que, ao longo da História, se (fazer) das obras clássicas, constituem uma corrente de
interpretações reveladoras.
b) A cada geração em que se (interpretar) as obras clássicas, comprova-se a riqueza da significação delas.
c) De todas as interpretações a que se (sujeitar) um autor clássico, valorizemos sobretudo as dos
especialistas.
d) Nunca é tarde para se ler um clássico, pois em sua linguagem se (revelar) valores vivos dentro dos
antigos.
e) Há autores modernos cuja obra já (promover) à condição de um clássico seus leitores mais aplicados.
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Português
9 - VUNESP - 2015 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário
Assinale a alternativa que preenche, respectivamente, as lacunas do enunciado a seguir, observando a
concordância nominal e verbal de acordo com a norma--padrão.
Numa definição solta, a floresta tropical é um tapete multicolorido, estruturado e vivo, extremamente
rico. Uma colônia extravagante de organismos que saíram do oceano há 400 milhões de anos e vieram para
a terra. Dentro das folhas ainda existem condições semelhantes às da primordial vida marinha. Funciona
assim como um mar suspenso, que contém uma miríade de células vivas, muito elaborado e adaptado. Em
temperatura ambiente, usando mecanismos bioquímicos de complexidade quase inacessível, processam-se
átomos e moléculas, determinando e regulando fluxos de substâncias e energias.
A mítica floresta amazônica vai muito além de um museu geográfico de espécies ameaçadas e
representa muito mais do que um simples depósito de carbono. Evoluída nos últimos 50 milhões de anos, a
floresta amazônica é o maior parque tecnológico que a Terra já conheceu, porque cada organismo seu,
entre trilhões, é uma maravilha de miniaturização e automação. Qualquer apelo que se faça pela
valorização da floresta precisa recuperar esse valor intrínseco.
Cada nova iniciativa em defesa da floresta tem trilhado os mesmos caminhos e pressionado as mesmas
teclas. Neste comportamento, identificamos o que Einstein definiu como a própria insanidade: “fazer a
mesma coisa, de novo, esperando resultados diferentes".
Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização dos interesses da
sociedade contemporânea com uma Amazônia viva e vigorosa. Para chegarmos lá, é preciso
compenetração, modéstia, dedicação e compromisso com a vida. Com os recursos tecnológicos disponíveis,
podemos agregar inteligência à ocupação, otimizando um novo uso do solo, que abra espaço para a
reconstrução ecológica da floresta. Podemos também revelar muitos outros segredos ainda bem guardados
da resiliente biologia tropical e, com isso, ir muito além de compreender seus mecanismos.
A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos princípios que guiam o
funcionamento da natureza. Uma lista curta desses princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus,
constata que a natureza é propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla todas
as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita os excessos internamente; e
aproveita o poder dos limites.
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387
Português
(Adaptado de: NOBRE, Antônio Donato.O Futuro Climático da Amazônia
Disponível em: www.ccst.inpe.br)
Mantendo-se a correção, o verbo que pode ser flexionado em uma forma do singular, sem que nenhuma
outra alteração seja feita na frase, encontra-se sublinhado em:
(Adaptado de: MESTIERI, Gabriel. Disponível em: entretenimento.uol.com.bre CHAIA, Miguel. Disponível em:
institutotomieohtake.org.br)
a) Em São Paulo, destaca-se obras como os grandes painéis que Tomie Ohtake fez para a Estação
Consolação do Metrô, assim como a pintura em parede, na Ladeira da Memória.
b) Tomie Ohtake afirmou-se como artista devido aos estudos das relações entre forma e cor que marcaria
toda a sua carreira, passando por formas ovais, quadradas, retangulares, entre outras.
c) Localizado no Memorial da América Latina, um painel em tapeçaria de aproximadamente 800 metros
quadrados, foi desenhada por Tomie Ohtake em 1989 sob encomenda de Niemeyer para a inauguração do
conjunto.
d) As quatro grandes lâminas de concreto em forma de onda na avenida 23 de Maio, em São Paulo,
simboliza quatro gerações de japoneses que vivem no Brasil, formando uma colônia de mais de 1,5 milhões
de pessoas.
e) Do extenso currículo de Tomie Ohtake constam mais de quinze participações em bienais por todo o
mundo, além de 26 prêmios e 31 esculturas localizadas em diversos espaços públicos no Brasil.
a) A estrutura narrativa do drama, base da narrativa cinematográfica, cujos temas e escolhas estilísticas
variam muito, permanecem inalteradas até hoje.
b) Aparece na maioria das vertentes do drama como a prova definitiva do estofo de seus heróis grandes
questões morais, colocadas em forma de dilema.
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388
Português
c) O drama apoia-se fundamentalmente na capacidade de o protagonista descobrir que seus talentos,
mesmo quando mandado para as galés, como Ben-Hur, seja imediatamente útil e acessível.
d) Existe excelentes motivos para a prevalência do drama como gênero-mestre do cinema: sua
universalidade é um deles.
e) Embora a catarse das comédias possa ser mais poderosa que a do drama, algo na nossa natureza nos
indica que chorar é mais nobre do que rir.
a) Sobressai, na igreja projetada por Brunelleschi, os nove anéis circulares horizontais que se estende pelos
oito lados da cúpula.
b) Imagina- e que devam haver outras referências ao poeta Dante Alighieri nos projetos arquitetônicos de
Brunelleschi.
c) Famoso por sua ousadia, nunca inquietou Brunelleschi os nove anéis circulares horizontais que seriam
embutidos ao longo dos oito lados da cúpula da igreja.
d) Quando deparam com a Catedral de Florença, os turistas não imaginam que tantas intempéries, como a
peste negra, por exemplo, detiveram sua construção.
e) Cada um dos círculos que se encontra na cúpula da igreja projetados por Brunelleschi foram inspirados
no Paraíso de Dante Alighieri.
15 - FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
O verbo empregado no plural que, sem prejuízo das normas de concordância verbal, também poderia ser
empregado no singular está grifado neste fragmento de um poema de Cora Coralina:
16 - FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação
O verbo empregado no singular que também poderia ter sido empregado no plural, sem prejuízo do
respeito às normas de concordância verbal, está grifado em:
a) Uma pesquisa recente [...] procurou avaliar como o mundo corporativo se prepara para o fenômeno.
b) A juniorização, por ser realizada com o propósito de reduzir custos, compromete a qualidade da gestão...
c) Então, o trabalho emperra, os clientes reclamam, mas a planilha de custos fala mais alto.
d) Em terceiro lugar, há poucas iniciativas para garantir maior qualidade de vida e para ter quadros mais
saudáveis no futuro.
e) Consequentemente, a maioria das empresas não possui mecanismos para atrair e manter tais quadros.
17 - FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação
Diferentes tradições de estudos e pesquisas, não só em comunicação como em outras áreas disciplinares,
...... possibilitado a ampliação do desenvolvimento de trabalhos, sobretudo a partir de 1980, envolvendo
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389
Português
análises sobre a interação entre recepção e comunicação. A questão não é nova e ...... sendo pesquisada
desde o início do século, especialmente no que se ...... às relações entre os veículos de comunicação e o
receptor.
(Mauro Wilton de Sousa. “Recepção e comunicação: a busca do sujeito < b>Sujeito, o lado oculto do
receptor. São Paulo: Brasiliense. 1995. p.13)
Preenchem corretamente as lacunas do texto acima, na ordem dada:
a) A comunicação e a confiança dos filhos serão aumentadas se os pais responderem às perguntas feitas
por eles com clareza e simplicidade.
b) A comunicação e a confiança dos filhos será aumentadas se os pais responderem às perguntas feitas por
eles com clareza e simplicidade.
c) A comunicação e a confiança dos filhos será aumentada se os pais responderem às perguntas feitas por
eles com clareza e simplicidade.
d) A comunicação e a confiança dos filhos serão aumentada se os pais responderem às perguntas feitas por
eles com clareza e simplicidade.
e) A comunicação e a confiança dos filhos serão aumentadas se os pais responderem às perguntas feita por
eles com clareza e simplicidade.
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Português
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391
Português
GABARITO:
11 - B 12 -E 13 - E 14 - D 15 - D 16 - E 17 - C 18 - C 19 - A 20 - A
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392
Português
Parte 3 – Capítulo VII
Predicação Verbal
A predicação verbal constitui o resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito e o verbo
e entre os verbos e os complementos. Quanto à predicação, os verbos podem ser
intransitivos, transitivos ou de ligação. Os verbos transitivos e intransitivos exprimem
normalmente ação, fenômeno e movimento. Daí serem denominados de nocionais.
Verbo Intransitivo:
Exemplo
Adjunto Adjunto
adverbial de adverbial de
intensidade tempo
Estava em casa.
Adjunto
adverbial de
lugar
Sujeito Adjunto
adverbial de
lugar
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393
Português
Verbo Transitivo:
O verbo transitivo é o verbo que não se constitui por si só, ele precisa
de um complemento. Caso contrário, não possui sentido pleno.
VERBOS TRANSITIVOS
Exigem complemento (objetos) para que tenham sentido completo. Podem ser:
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394
Português
O verbo oferecer é transitivo direto e indireto. Quem oferece, oferece alguma coisa a alguém.
Ofereceu alguma coisa = Um brinquedo (sem preposição).
Ofereceu para alguém = ao colega (com preposição).
DIRETO
Completa o verbo sem preposição obrigatória. (Amar, ajudar, adorar, namorar, estimar, usufruir, desfrutar
e etc.).
Exemplo:
INDIRETO
Completa o verbo com preposição obrigatória. (Obedecer, desobedecer, aludir, anuir, referir e etc.).
Exemplo:
Aspiramos ao sucesso.
Procedi ao inquérito.
Procedi à reunião.
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395
Português
Verbo de Ligação:
Na maioria das vezes, indica um estado, e não uma ação. Quando isso acontecer, o verbo
poderá ou não ter outra predicação.
Exemplos :
Eu sou feliz.
(predicativo do sujeito)
(Nesse caso, indica um estado, e não uma ação).
Nem sempre os verbos ser, permanecer, parecer, ficar, andar, etc., são de ligação.
Exemplo:
O homem anda depressa (adjunto adverbial de modo).
Sujeito Verbo Intransitivo
(Nesse caso, o verbo andar indica a maneira que o homem anda, logo é um verbo
intransitivo, e não um verbo de ligação).
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396
Português
LEMBRETES:
Exemplos:
Eu falei a verdade.
VTD OD
VTI OI
VTDI OD OI
(o que) (para quem)
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397
Português
Estudei com o colega.
Estudei o assunto.
VTD OD
VTDI OD OI
CONTÉM
TIPOS DE PREDICADO VERBO EXEMPLOS
PREDICATIVO
Ação
Verbo Intransitivo
Alguns brincam mais do
VERBAL Verbo Transitivo Direto Não
que outros.
Verbo Transitivo Indireto
Verbo Transitivo Direto e Indireto
Sim
NOMINAL De ligação (Predicativo do Ele parece feliz.
sujeito)
Ação
O soldado chegou
Verbo Intransitivo Sim (Predicativo ferido ao
do sujeito ou do acampamento.
VERBO/NOMINAL Verbo Transitivo Direto
objeto) Vi as crianças alegres.
Verbo Transitivo Indireto
Chamei-lhe de egoísta.
Verbo Transitivo Direto e Indireto
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Português
Exemplo:
VI Adjunto adverbial de
modo
VTD OD predicativo do
sujeito
VL predicativo do
sujeito sujeito
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399
Português
CHEGAR
Não se pode dizer na língua culta “chegar em” - com sentido de lugar - pois o correto é “chegar a”.
Exemplo:
GOSTAR
No sentido de ter afeição, aprovar, adorar - Verbo Transitivo Indireto exigindo a preposição DE;
Exemplo:
PRESIDIR
No sentido de administrar - Verbo Transitivo Direto.
Exemplo:
No sentido de coordenar, organizar - Verbo Transitivo Direto ou Indireto (com preposição A).
Exemplo:
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400
Português
ASPIRAR
No sentido de respirar, puxar o ar, sorver - O verbo será Transitivo Direto.
Exemplo:
Aspiro o ar.
Aspiro a fumaça.
Aspiro ao cargo.
Aspiro à chefia.
ASSISTIR
No sentido de ver, presenciar - Verbo Transitivo Indireto, exigindo a preposição A.
Exemplo:
Assisto ao filme.
Assisto à novela.
No sentido de dar assistência, ajudar, atender - Pode tanto ser considerado verbo transitivo direto como
verbo transitivo indireto.
Exemplo:
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401
Português
No sentido de caber, pertencer, ser pertinente - O verbo será Transitivo Indireto (a);
Exemplo:
No sentido de morar - O verbo será Intransitivo, contudo exige a ocorrência da preposição EM (no adjunto
adverbial de lugar).
Exemplo:
Assisto em Copacabana.
ATENDER
No sentido de deferir - Verbo Transitivo Direto;
Exemplo:
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402
Português
CHAMAR
Será transitivo direto no sentido de mandar vir.
Exemplo:
Chamei o menino.
Chamei-o.
Chamei-o de mestre.
Chamei-lhe de mestre.
Exemplo:
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403
Português
INSURGIR
No sentido de rebelar-se, revoltar-se - Verbo Pronominal Transitivo Indireto, exigindo a presença da
preposição CONTRA.
Exemplo:
No sentido de sair, emergir - Verbo Transitivo Indireto, exigindo a ocorrência da preposição DE.
Exemplo:
OBEDECER e DESOBEDECER
Serão sempre transitivos indiretos, regendo a preposição A.
Exemplo:
Desobedeço-lhes
CUSTAR
No sentido de ter valor - Verbo Intransitivo (adjunto adverbial de preço);
Exemplo:
OBS.: Neste caso, o verbo só pode ser conjugado na terceira pessoa do singular,
tendo como sujeito a coisa que é difícil (expressa por um verbo no infinito) e a
pessoa para a qual a coisa é difícil é objeto indireto.
Exemplo:
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404
Português
NAMORAR
Exige complemento sem preposição.
Portanto, é errado dizer “João namora com Maria”. A forma correta é:
“João namora Maria”.
PENSAR
No sentido de raciocinar - Verbo Transitivo Indireto, regendo a preposição EM.
Exemplo:
Vale a pena observar este verbo em um sentido especial: “Cuidar, aplicar curativos”. Neste sentido, é
transitivo direto.
Exemplo:
SERVIR
No sentido de ser útil - Verbo Transitivo Indireto.
Exemplo:
No sentido de pôr a mesa - Verbo Intransitivo ou Transitivo Direto ou Transitivo Direto e Indireto.
Exemplo:
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405
Português
Exemplo:
No sentido de prestar serviços, ajudar - Verbo Transitivo Direto ou Indireto com preposição A.
Exemplo:
QUERER
No sentido de desejar - Verbo Transitivo Direto.
Exemplo:
Eu quero dinheiro.
Eu o quero.
PAGAR e PERDOAR
Exigem objeto direto para a coisa que se paga ou perdoa e objeto indireto para a pessoa a quem se paga ou
perdoa.
Exemplo:
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406
Português
Quando o verbo é transitivo direto e indireto, somente seu objeto direto pode passar a ser sujeito da voz
passiva. Portanto, pode-se dizer: “O salário foi pago”, “O pecado foi perdoado”; mas nunca poderá ser dito:
“O empregado foi pago”. “O pecador foi perdoado”. Nestas duas últimas frases, os objetos indiretos da voz
ativa se transformaram em sujeitos da voz passiva, o que é proibido na Língua Portuguesa.
PROCEDER
No sentido de agir - Verbo Intransitivo.
Exemplo:
No sentido de ser oriundo - Verbo Intransitivo, com adjunto adverbial de lugar exigindo a preposição DE.
Exemplo:
SITUAR
Verbo Intransitivo que exige a presença a preposição EM. É usado principalmente nas formas de particípio
(sito/situado).
Exemplo:
PREFERIR
Nunca se poderá utilizar a palavra MAIS, e a preposição obrigatória é A. A construção correta é: “preferir
uma coisa a outra” e NUNCA “preferir mais uma coisa do que outra”.
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407
Português
Exemplo:
OBS.: Vale a pena observar que, na comparação dos termos, se utilizamos artigo
antes de um dos termos, temos que utilizar artigo antes do outro; se não
utilizarmos artigo antes de um dos termos, não podemos utilizar artigo antes do
outro. Não se esqueça de que a PREPOSIÇÃO A É OBRIGATÓRIA.
RESPONDER
No sentido de dar a resposta em referência ao questionamento - Verbo Transitivo Indireto.
Exemplo:
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408
Português
Exemplo:
USUFRUIR
No sentido de utilizar-se, gozar de - Verbo Transitivo Direto.
Exemplo:
Exemplo:
Não há tempo para usufruirmos de nossa casa de praia.
IMPLICAR
No sentido de ter implicância - Verbo Transitivo Indireto, regendo a preposição com;
Exemplo:
Todos implicam com o topete do Itamar
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409
Português
LEMBRAR e ESQUECER
Utilizando-se o pronome oblíquo, será obrigatório o uso da preposição DE. Neste caso, o verbo é transitivo
indireto.
Exemplo:
Lembro-me de você.
Esquecemo-nos do mundo.
“Cala-te, Isaura... até quando pretendes lembrar-te desse maldito incidente?” (Bernardo Guimarães).
Não se utilizando o pronome oblíquo, também não se poderá usar a preposição. Neste caso, o verbo é
transitivo direto.
Exemplo:
Lembro o fato.
Esquecemos o mundo.
Exemplo:
Lembro do fato.
Esquecemos do mundo.
Estas duas últimas frases estão, por este motivo, totalmente erradas.
O verbo LEMBRAR também pode ser utilizado no sentido de INFORMAR, AVISAR, ALERTAR... A regência de
LEMBRAR se fará tal quais estes verbos.
Exemplo:
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410
Português
O verbo ESQUECER também pode ser utilizado na acepção de “cair no esquecimento”, tornando-se o
elemento olvidado sujeito do verbo e a pessoa que efetivamente não se recorda do objeto.
Exemplo:
VISAR
No sentido de mirar - O Verbo será transitivo direto.
Exemplo:
O arqueiro visou o alvo.
No sentido de desejar - A maioria das gramáticas considera o verbo neste valor como transitivo indireto.
Exemplo:
Visei ao cargo .
Visei à posição .
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411
Português
SUCEDER
Nos sentidos de vir depois, substituir, ser sucessor, "Suceder" é Transitivo Indireto regido da preposição a:
Exemplo:
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412
Português
a) Somente intransitivo.
b) Transitivo direto e indireto.
c) Transitivo direto e intransitivo.
d) Somente transitivo.
Artur Ribeiro
AMOR MENINO
Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo às
colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! São as afeições como as vidas, que não há mais certo
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413
Português
sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas, que partem do centro para
a circunferência, que, quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente
pintaram o amor menino; porque não há amor tão robusto que chegue a ser velho. De todos os
instrumentos com que o armou a natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que já não atira;
embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos, com que vê que não via; e faz-lhe crescer as
asas com que voa e foge. A razão natural de toda essa diferença é porque o tempo tira a novidade às
coisas, descobre-lhe os defeitos, enfastia-lhe o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas.
Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor? O mesmo amar é causa de não amar e o ter amado
muito, de amar a menos.
Pe. ANTÔNIO VIEIRA. Sermões. São Paulo, Ed. das Américas, 1957.v.5.p.159-60
Marque a alternativa que relaciona correta e ordenadamente as classes gramaticais de cada uma das
palavras usadas no verso “Petróleo bruto faz nascer cabelo!” do TEXTO 5
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Português
a) presente do subjuntivo.
b) imperativo afirmativo.
c) presente do indicativo.
d) futuro do subjuntivo.
e) infinitivo pessoal.
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Português
O verbo “ouviram” é transitivo. Assinale a alternativa que apresenta o núcleo do objeto referente a
“ouviram”:
a) Margens Plácidas.
b) Ipiranga.
c) Povo Heroico.
d) Brado Retumbante.
O primeiro verso da letra do samba diz: “A cigana leu o meu destino". Já que essa frase possui um verbo
transitivo direto, é possível experimentar sua transposição para a voz passiva. Isso mostrará que a opção do
compositor foi a mais adequada para o conteúdo de sua canção e para o ajustamento à linha melódica.
Comprova a afirmação acima a seguinte reescritura exata da frase na voz passiva:
416
Português
c) Ao meu destino lera a cigana.
d) Tinha sido lido pela cigana o meu destino.
e) O meu destino leu a cigana.
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417
Português
13-CIEE - 2015 - AGU - Estágio - Direito
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à classe de palavras, assinale a alternativa
em que o verbo destacado esteja conjugado de forma correta.
a) infinitivo pessoal.
b) futuro do presente.
c) futuro do subjuntivo.
d) imperfeito do subjuntivo.
e) pretérito mais que perfeito do indicativo.
Na frase do primeiro parágrafo – Alunos com dificuldades nos colégios da região enxergam ali a
possibilidade de um recomeço. –, o verbo enxergar tem o mesmo sentido e emprego que o destacado em:
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418
Português
16-FUNCAB - 2015 - FUNASG - Técnico de enfermagem
Vejo sangue no ar, vejo o piloto que levava urna flor para a noiva, abraçado com a hélice. E o violinista em
que a morte acentuou a palidez, despenhar-se com sua cabeleira negra e seu estradivarius1. Há mãos e
pernas de dançarinas arremessadas na explosão. Corpos irreconhecíveis identificados pelo Grande
Reconhecedor. Vejo sangue no ar, vejo chuva de sangue caindo nas nuvens batizadas pelo sangue dos
poetas mártires. Vejo a nadadora belíssima, no seu último salto de banhista, mais rápida porque vem sem
vida. Vejo três meninas caindo rápidas, enfunadas2, como se dançassem ainda. E vejo a louca abraçada ao
ramalhete de rosas que ela pensou ser o paraquedas, e a prima-dona3 com a longa cauda de lantejoulas
riscando o céu como urn cometa. E o sino que ia para uma capela do oeste, vir dobrando finados pelos
pobres mortos. Presumo que a moça adormecida na cabine ainda vem dormindo, tão tranquila e cega! Ó
amigos, o paralítico vem com extrema rapidez, vem como uma estrela cadente, vem com as pernas do
vento. Chove sangue sobre as nuvens de Deus. E há poetas miopes que pensam que é o arrebo!4.
LIMA, Jorge de. Poesia completa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1980,2v,v.1,p.237).
Em “E o sino que IA para uma capela do oeste”, o verbo em destaque poderia ser substituído, sem prejuízo
de sentido básico, por uma forma no:
a) Infinitivo impessoal;
b) Infinitivo pessoal;
c) Gerúndio;
d) Particípio;
e) Imperativo afirmativo.
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Português
18-CAIP-IMES - 2015 - Consórcio Intermunicipal Grande ABC - Gestor Público
Colocando os verbos destacados no período abaixo no Pretérito Perfeito do Indicativo temos:
“Nós seres humanos passamos tanto tempo preocupados em alcançar aquilo que não temos, que
esquecemo-nos de olhar e valorizar o que temos.”
a) passávamos – tínhamos – esquecíamo – tínhamos.
b) passaremos – teremos – esqueceremo – teremos.
c) passamos – tínhamos – esqueceremo – tivemos.
d) passamos – tivemos – esquecemo – tivemos.
Nos dias 08 e 09 de novembro de 2014, _____________ -se as provas do ENEM. Cerca de 29% dos candidatos inscritos
_____________ de ________________.
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420
Português
GABARITO
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Português
Parte 3 Capítulo VIII
Vozes verbais
As vozes se baseiam nos sujeitos, isto é, se o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo, a voz é ativa. Se o
sujeito sofre a ação, a voz é passiva. Se o sujeito pratica e recebe a mesma ação verbal, a voz é reflexiva.
VOZ
Passiva: Indica que a ação expressa pelo verbo é
recebida pelo sujeito, ou seja, o sujeito sofre a ação.
Ex.: O quadro foi pintado por mim.
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Português
A voz passiva pode ser analítica ou sintética.
Voz Passiva
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Português
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Português
Parte 3 - Capítulo VIII
Questões
1 - CESPE - 2015 - DEPEN - Agente Penitenciário
Texto I
Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo Coutinho, mestre dos
documentários, morto em 2014, está em sua recusa aos paradigmas que atropelam nossa visão de mundo.
Em vez de contemplar a distância grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa,
surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada expressões coletivistas como
“os moradores do Edifício”, os “peões de fábrica”, “os sertanejos nordestinos”: os famigerados “tipos
sociais”, usualmente enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de quem
ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está falando, de repercutir as
palavras e os silêncios do morador de um povoado da Paraíba.
Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro deveria ser o primeiro
passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e
ouve, sabendo ver e ouvir, para conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado,
não para ajustar ou comprovar conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é similar à que tem pela arte, o
que torna quase impossível, para ele, distinguir uma da outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a
perspectiva do fato. Fazendo dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu como um
homem/artista crítico para quem já existe arte encarnada no corpo e suspensa no espírito do outro: fixa a
câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se, mostra-se, mostra-o, mostra-nos.
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425
Português
Ocorre a transposição correta da voz ativa para a passiva, preservando-se a concordância adequada, no
segmento:
I. Em vez de contemplar a distância grupos, classes ou segmentos = em vez de ser contemplado a distância
por grupos e segmentos
II. para conhecer a história de cada um = para se conhecer a história de cada um
III. fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos = a câmera é fixada, os olhos e os ouvidos são abertos
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Quando me pergunto o que deverá desaparecer nos próximos anos, por conta dos avanços tecnológicos
que mudam ou suprimem hábitos e valores tradicionais, incluo os álbuns de fotografias. Na verdade, são as
fotografias mesmas, aquelas reveladas em papel, que estão desaparecendo para dar lugar às imagens
arquivadas num celular ou num computador. Não é mais o tempo que as torna apagadas ou amareladas; é
o nosso súbito desinteresse que as remove de vez ao toque de um “delete”. Nem pensar em armazená-las
naqueles álbuns de capa dura e folhas de papelão, alguns encadernados em pano, álbuns de família, que se
acumulavam em baús ou velhos armários. São monumentos remotos, de um tempo em que a memória ia
longe, chegava aos avós e aos bisavós.
Pergunto-me se não é a qualidade mesma da nossa memória, do nosso interesse pelas recordações, se
não é o valor mesmo da memória que está mudando de forma radical. Parece estar havendo um crescente
desprestígio de tudo o que se refere ao passado, ainda quando esse passado seja recente. Com isso, o
tempo se reduz ao instante que está passando e ao aguardado amanhã, do qual se exigem novas
revelações, novos milagres. Um álbum de fotografias, nessa velocidade, é um objeto de museu,
testemunha de tempos mais ingênuos e de imagens paralisadas.
Enquanto não morrem de vez, ainda me detenho em alguns desses álbuns. Quase sempre são de gosto
duvidoso, com capas pretensiosas, ilustradas com flores coloridas, gatinhos meigos, paisagens poéticas e
outros mimos. Dentro deles surpreendo a vida que já foi, os olhares que nos apanham em nossa vez de ser
modernos. Aí me ocorre que nossas imagens não irão parar em álbuns caprichosos, talvez nem mesmo em
arquivos digitais: não estarão em lugar nenhum. É o preço que se paga pelo desapego à memória.
a) tenho surpreendido.
b) fora surpreendida.
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426
Português
c) estou surpreendendo.
d) será surpreendida.
e) é surpreendida.
Na margem esquerda do rio Amazonas, entre Manaus e Itacoatiara, foram encontrados vestígios de
inúmeros sítios indígenas pré-históricos. O que muitos de nós não sabemos é que ainda existem regiões
ocultas situadas no interior da Amazônia e um povo, também desconhecido, que teria vivido por aquelas
paragens, ainda hoje não totalmente desbravadas.
Em 1870, o explorador João Barbosa Rodrigues descobriu uma grande necrópole indígena contendo vasta
gama de peças em cerâmica de incrível perfeição; teria sido construída por uma civilização até então
desconhecida em nosso país. Utilizando a língua dos índios da região, ele denominou o sítio de
Miracanguera. A atenção do pesquisador foi atraída primeiramente por uma vasilha de cerâmica,
propriedade de um viajante. Este informante disse tê-la adquirido de um mestiço, residente na Vila do Serpa
(atual Itacoatiara), que dispunha de diversas peças, as quais teria recolhido na Várzea de Matari. Barbosa
Rodrigues suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico de uma cultura totalmente diferente das
já identificadas na Amazônia.
Em seu interior as vasilhas continham ossos calcinados, demonstrando que a maioria dos mortos tinham
sido incinerados. De fato, a maior parte dos despojos dos miracangueras era composta de cinzas. Além das
vasilhas mortuárias, o pesquisador encontrou diversas tigelas e pratos utilitários, todos de formas elegantes
e cobertos por uma fina camada de barro branco, que os arqueólogos denominam de “engobe", tão
perfeito que dava ao conjunto a aparência de porcelana. Uma parte das vasilhas apresentava curiosas
decorações e pinturas em preto e vermelho. Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade
de formas existentes nos sítios onde escavou, destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos,
as quais lembram congêneres da Grécia Clássica.
Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição elevada dentro do grupo. A cerâmica
do sítio de Miracanguera recebia um banho de tabatinga (tipo de argila com material orgânico) e
eventualmente uma pintura com motivos geomé- tricos, além da decoração plástica que destacava detalhes
específicos, tais como seres humanos sentados e com as pernas representadas.
João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju tentou
encontrar Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas. Arqueólogos
americanos também vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no Equador, Peru e Guiana
Francesa, no final dos anos de 1940. Como não conseguiram achar Miracanguera, “decidiram" que a
descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma subtradição de agricultores andinos".
Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para aquela cultura, concluindo
que o grupo indígena dos miracangueras não era originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues.
Trata-se de um mistério relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado nas próximas
décadas. Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente" para as
autoridades culturais do Brasil e do mundo.
(Adaptado de: Museu Nacional do Rio de Janeiro. Disponível
em: https://saemuseunacional.wordpress.com. SILVA, Carlos Augusto da. A dinâmica do uso da terra nos
locais onde há sítios arqueológicos: o caso da comunidade Cai N'água, Maniquiri-AM / (Dissertação de
Mestrado) - UFAM, 2010)
Caso o segmento Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia... seja
transposto para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) tinham vasculhado
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Português
b) foram vasculhadas
c) vasculhavam-se
d) eram vasculhadas
e) foram vasculhando
Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto I, julgue o item que se segue.
Caso se substituísse “iniciou-se” (l.14) por foi iniciada, a correção gramatical do período seria prejudicada.
( )Certo ( )Errado
Cada item a seguir apresenta uma proposta de reescrita de trecho do texto II — indicado entre aspas —,
que deve ser julgada certa se estiver gramaticalmente correta e mantiver o sentido do texto, ou errada, em
caso contrário.
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428
Português
“Logo a seguir, (...) sob vigilância” (l. de 8 a 10): Em seguida, retiram-se os equipamentos dos seus locais de
origem e levam-se, ainda no sábado, para as sedes dos TREs, onde as quais permanecem sob vigilância
( )Certo ( )Errado
Falsificações na internet
Quem frequenta páginas da internet, sobretudo nas redes sociais, volta e meia se depara com textos
atribuídos a grandes escritores. Qualquer leitor dos mestres da literatura logo perceberá a fraude: a citação
está longe de honrar a alegada autoria. Drummond, Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Fernando Pessoa,
por exemplo, jamais escreveriam banalidades recheadas de lugares comuns, em linguagem capenga e estilo
indefinido. Mas fica a pergunta: o que motiva essas falsificações grosseiras de artistas da palavra e da
imaginação?
São muitas as justificativas prováveis. Atrás de todas está a vaidade simplória de quem gostaria de ser
tomado por um grande escritor e usa o nome deste para promover um texto tolo, ingênuo, piegas,
carregado de chavões. Os leitores incautos mordem a isca e parabenizam o fraudulento, expandindo a
falsificação e o mau gosto. Mas há também o ressentimento malicioso de quem conhece seus bem
estreitos limites literários e, não se conformando com eles, dispõe-se a iludir o público com a assinatura
falsa, esperando ser confundido com o grande escritor. Como há de fato quem confunda a gritante
aberração com a alta criação, o falsário dá-se por recompensado enquanto recebe os parabéns de quem o
“curtiu".
Tais casos são lamentáveis por todas as razões, e constituem transgressões éticas, morais, estéticas e
legais. Mas fiquemos apenas com a grave questão da identidade própria que foi rejeitada em nome de
outra, inteiramente postiça. Enganar-se a si mesmo, quando não se trata de uma psicopatia grave, é uma
forma dolorosa de trair a consciência de si. Os grandes atores, apoiando-se no talento que lhes é próprio,
enobrecem esse desejo tão humano de desdobramento da personalidade e o legitimam artisticamente no
palco ou nas telas; os escritores criam personagens com luz própria, que se tornam por vezes mais famosos
que seus criadores (caso de Cervantes e seu Dom Quixote, por exemplo); mas os falsários da internet, ao
não assinarem seu texto medíocre, querem que o tomemos como um grande momento de Shakespeare.
Provavelmente jamais leram Shakespeare ou qualquer outro gênio citado: conhecem apenas a fama do
nome, e a usam como moeda corrente no mercado virtual da fama.
Tais fraudes devem deixar um gosto amargo em quem as pratica, sobretudo quando ganham o ingênuo
acolhimento de quem, enganado, as aplaude. É próprio dos vícios misturar prazer e corrosão em quem os
sustenta. Disfarçar a mediocridade pessoal envergando a máscara de um autêntico criador só pode
aprofundar a rejeição da identidade própria. É um passo certo para alargar os ressentimentos e a
infelicidade de quem não se aceita e não se estima.
(Terêncio Cristobal, inédito)
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429
Português
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: “A crase não existe para
humilhar ninguém". Entenda-se: há normas gramaticais cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso
escrito, valendo como ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de alguém.
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para humilhar ninguém",
entendendo-se com isso que os artistas existem para estimular e desenvolver nossa sensibilidade e
inteligência do mundo, e não para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no
terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam, não aquilo que alguém
determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a pena discutir: estamos mesmo em
condições de escolher livremente as músicas de que gostamos?
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um carro passa com o som
altíssimo de graves repetidos praticamente sem variação, num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se
perguntar: houve aí uma escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado
pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece muitos outros ritmos, as
canções de outros países, os compositores de outras épocas, as tendências da música brasileira, os
incontáveis estilos musicais já inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está
vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e enganoso do “vende porque é bom, é
bom porque vende"?
Não digo que A é melhor que B, ou que X é superior a todas as letras do alfabeto; digo que é
importante buscar conhecer todas as letras para escolher. Nada contra quem escolhe um “batidão" se já
ouviu música clássica, desde que tenha tido realmente a oportunidade de ouvir e escolher compositores
clássicos que lhe digam algo. Não acho que é preciso escolher, por exemplo, entre os grandes Pixinguinha e
Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forró e a música eletrônica das baladas, entre a música
dançante e a que convida a uma audição mais serena; acho apenas que temos o direito de ouvir tudo isso
antes de escolher. A boa música, a boa arte, esteja onde estiver, também não existe para humilhar
ninguém.
Transpondo-se para a voz passiva a frase Eles alardeavam o insuportável som instalado nos carros, obtém-
se a forma verbal.
a) fora alardeado.
b) era alardeado.
c) tinha sido alardeado.
d) têm alardeado.
e) eram alardeados.
430
Português
Os segmentos abaixo, retirados do texto 2, que documentam formas de voz passiva são:
Todos queremos viver em liberdade e procuramos construir caminhos para alcançar esse propósito. Se um
problema atravessa nossas vidas, nos sentimos impossibilitados de estar plenamente livres, pois há
limitações e dificuldades de atuar. Ficamos em uma rua sem saída.
Felizmente, a inteligência nos permite encontrar soluções e nos possibilita criar alternativas. O pensamento
liberta! Não nos contentamos em conhecer, não nos basta possuir, não somos seres passivos. Nossos
projetos buscam conectar-se à realidade e ampliá-la. Por exemplo, milhares de pessoas leem livros de
autoajuda, pois desejam mudar sua própria realidade, ainda que os resultados sejam pequenos. Então, por
que continuam lendo? Porque a simples ideia de que “se pode” mudar enche o coração de esperança.
Em muitas ocasiões, nos sentimos presos à realidade, sem poder agir, limitados pelas contingências da vida.
Felizmente, a inteligência nos diz que, dentro de certos limites - a morte é um deles -, a realidade não está
totalmente decidida; está esperando que acabemos de defini-la. A realidade não é bela nem feia, nem justa
nem injusta, nem exultante nem deprimente, não há maniqueísmo. A vida é um conjunto de possibilidades
que devem ser construídas. Por isso, nada é definitivo, tudo está por vir. As coisas adquirem propriedades
novas quando vamos em direção a elas com novos projetos.
Observemos essa explosão do real em múltiplas possibilidades. Cada coisa é uma fonte de ocorrências,
cada ponto se converte na intersecção de infinitas retas, ou de infinitos caminhos. Cada vez mais se
desfazem os limites entre o natural e o artificial. 4
A frase do texto 1 que se encontra na voz passiva é:
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431
Português
11 - IBFC - 2014 - PC-RJ - Papiloscopista Policial
Texto III
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África Ocidental despertou a atenção da comunidade
internacional, mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para refrear o avanço da doença
tenham sido eficazes.
Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000 contaminações registradas neste ano ocorreram nas
últimas três semanas, e as mais de 2.000 mortes atestam a força da enfermidade. A escalada levou o
diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a afirmar que a
epidemia está fora de controle.
O vírus encontrou ambiente propício para se propagar. De um lado, as condições sanitárias e
econômicas dos países afetados são as piores possíveis. De outro, a Organização Mundial da Saúde foi
incapaz de mobilizar com celeridade um contingente expressivo de profissionais para atuar nessas
localidades afetadas.
Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se explica por problemas financeiros. Só 20% dos
recursos da entidade vêm de contribuições compulsórias dos países-membros – o restante é formado por
doações voluntárias.
A crise econômica mundial se fez sentir também nessa área, e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão
de seu orçamento bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para comparação, o CDC dos EUA contou, somente
no ano de 2013, com cerca de US$ 6 bilhões.
Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis. A agência passou a dar mais ênfase à luta contra
enfermidades globais crônicas, como doenças coronárias e diabetes. O departamento de respostas a
epidemias e pandemias foi dissolvido e integrado a outros. Muitos profissionais experimentados deixaram
seus cargos.
Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para reconhecer a gravidade da situação. Seus
esforços iniciais foram limitados e mal liderados.
O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais possível enfrentá-lo de Genebra, cidade suíça
sede da OMS. Tornou-se crucial estabelecer um comando central na África Ocidental, com representantes
dos países afetados.
Espera-se também maior comprometimento das potências mundiais, sobretudo Estados Unidos,
Inglaterra e França, que possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e Guiné, respectivamente.
A comunidade internacional tem diante de si um desafio enorme, mas é ainda maior a necessidade de
agir com rapidez. Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo perdido conta a favor da doença.
Na frase “Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se explica por problemas financeiros. “(4°§), a
construção em destaque ilustra:
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Português
Pela lenda judaico-cristã, o homem nasceu em inocência. Mas a perdeu quando quis conhecer o bem e o
mal. Há uma distorção generalizada considerando que o pecado original foi um ato sexual, e a maçã ficou
sendo um símbolo de sexo.
Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia, Adão e Eva já tinham filhos pelos métodos que adotamos
até hoje. Não usaram proveta nem recorreram à sapiência técnica e científica do ex-doutor Abdelmassih.
Numa palavra, procederam dentro do princípio estabelecido pelo próprio Senhor: “Crescei e
multiplicativos". O pecado foi cometido quando não se submeteram à condição humana e tentaram ser
iguais a Deus, conhecendo o bem e o mal. A folha de parreira foi a primeira escamoteação da raça
humana.
Criado diretamente por Deus ou evoluído do macaco, como Darwin sugeriu, o homem teria sido feito
para viver num paraíso, em permanente estado de graça. Nas religiões orientais, creio eu, mesmo sem ser
entendido no assunto (confesso que não sou entendido em nenhum assunto), o homem, criado ou
evoluído, ainda vive numa fase anterior ao pecado dito original.
Na medida em que se interioriza pela meditação, deixando a barba crescer ou tomando banho no
Ganges, o homem busca a si mesmo dentro do universo físico e espiritual. Quando atinge o nirvana, lendo a
obra completa do meu amigo Paulo Coelho, ele vive uma situação de felicidade, num paraíso possível. Adão
e Eva, com sua imensa prole, poderiam ter continuado no Éden se não tivessem cometido o pecado. A
maçã de Steve Jobs não tem nada a ver com isso.
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Português
Repito: o pecado original não foi o sexo, o ato do sexo, prescrito pelo próprio latifundiário, dono de todas
as terras e de todos os mares. A responsabilidade pelo pecado foi a soberba do homem em ter uma
sabedoria igual à de seu Criador.
(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo)
Assinale a opção que indica a frase que se apresenta na voz passiva.
O conceito de indústria cultural foi criado por Adorno e Horkheimer, dois dos principais integrantes da
Escola de Frankfurt. Em seu livro de 1947, Dialética do esclarecimento, eles conceberam o conceito a fim de
pensar a questão da cultura no capitalismo recente. Na época, estavam impactados pela experiência no
país cuja indústria cultural era a mais avançada, os Estados Unidos, local onde os dois pensadores alemães
refugiaram-se durante a Segunda Guerra.
Segundo os autores, a cultura contemporânea estaria submetida ao poder do capital, constituindo-se num
sistema que englobaria o rádio, o cinema, as revistas e outros meios - como a televisão, a novidade daquele
momento -, que tenderia a conferir a todos os produtos culturais um formato semelhante, padronizado,
num mundo em que tudo se transformava em mercadoria descartável, até mesmo a arte, que assim se
desqualificaria como tal. Surgiria uma cultura de massas que não precisaria mais se apresentar como arte,
pois seria caracterizada como um negócio de produção em série de mercadorias culturais de baixa
qualidade. Não que a cultura de massa fosse necessariamente igual para todos os estratos sociais; haveria
tipos diferentes de produtos de massa para cada nível socioeconômico, conforme indicações de pesquisas
de mercado. O controle sobre os consumidores seria mediado pela diversão, cuja repetição de fórmulas
faria dela um prolongamento do trabalho no capitalismo tardio.
Muito já se polemizou acerca dessa análise, que tenderia a estreitar demais o campo de possibilidades de
mudança em sociedades compostas por consumidores supostamente resignados.O próprio Adorno chegou
a matizá-la depois. Mas o conceito passou a ser muito utilizado, até mesmo por quem diverge de sua
formulação original. Poucos hoje discordariam de que o mundo todo passa pelo "filtro da indústria
cultural", no sentido de que se pode constatar a existência de uma vasta produção de mercadorias culturais
por setores especializados da indústria.
Feita a constatação da amplitude alcançada pela indústria cultural contemporânea, são várias as
possibilidades de interpretá-la. Há estudos que enfatizam o caráter alienante das consciências imposto pela
lógica capitalista no âmbito da cultura, a difundir padrões culturais hegemônicos. Outros frisam o aspecto
da recepção do espectador, que poderia interpretar criativamente - e não de modo resignado - as
mensagens que lhe seriam passadas, ademais, de modo não unívoco, mas com multiplicidades possíveis de
sentido.
(RIDENTI, Marcelo. Indústria cultural: da era do rádio à era da informática no Brasil. In: Agenda brasileira.
São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 292 a 301)
... no sentido de que se pode constatar a existência de uma vasta produção de mercadorias culturais por
setores especializados da indústria.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva analítica, a forma verbal resultante será:
a) pode ser constatado.
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Português
b) podem ser constatados.
c) constata-se.
d) pode ser constatada.
e) constatam-se.
A invocação do passado constitui uma das estratégias mais comuns nas interpretações do presente. O que
inspira tais apelos não é apenas a divergência quanto ao que ocorreu no passado e o que teria sido esse
passado, mas também a incerteza se o passado é de fato passado, morto e enterrado, ou se persiste,
mesmo que talvez sob outras formas. Esse problema alimenta discussões de toda espécie - acerca de
influências, responsabilidades e julgamentos, sobre realidades presentes e prioridades futuras.
Pouquíssima atenção tem sido dedicada ao papel privilegiado, no meu entender, da cultura na experiência
moderna, e quase não se leva em conta o fato de que a extraordinária extensão mundial do imperialismo
europeu clássico, do século XIX e começo do XX, ainda lança sombras consideráveis sobre nossa própria
época. Em nossos dias, não existe praticamente nenhum norte-americano, africano, europeu, latino-
americano, indiano, caribenho ou australiano - a lista é bem grande - que não tenha sido afetado pelos
impérios do passado. *…+ Esse tipo de domínio ou possessão lançou as bases para o que, agora, é de fato
um mundo inteiramente global. As comunicações eletrônicas, o alcance mundial do comércio, da
disponibilidade dos recursos, das viagens, das informações sobre padrões climáticos e as mudanças
ecológicas unificaram até mesmo os locais mais remotos do mundo. Esse conjunto de padrões foi, a meu
ver, possibilitado pelo imperialismo.
SAID, Edward. Cultura e Imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 33-36. [Adaptado]
a) No primeiro período do texto, a forma verbal “constitui” está no singular por concordar com a expressão
partitiva “uma das estratégias mais comuns”.
b) No segundo parágrafo, estão na voz passiva analítica as orações: “Pouquíssima atenção tem sido
dedicada ao papel privilegiado da cultura *…+” e “Esse conjunto de padrões foi possibilitado e inaugurado
pelos impérios modernos”.
c) Cada uma das expressões sublinhadas “do passado”, “do presente” (primeiro período do primeiro
parágrafo) e “da cultura” (primeiro período do segundo parágrafo) está funcionando como complemento
nominal de um substantivo abstrato derivado de verbo.
d) No primeiro parágrafo do texto, as palavras sublinhadas “passado”, “presentes” e “futuras” estão
funcionando como adjetivos caracterizadores de diferentes momentos temporais
e) No segundo parágrafo, os constituintes sintáticos “pouquíssima atenção”, “sombras consideráveis” e “os
locais mais remotos do mundo” estão funcionando como objeto direto de verbos de ação: “tem sido
dedicada”, “lança” e “unificaram”, respectivamente.
Não é incomum que julguemos o que chamamos “nossos” direitos superiores aos direitos do “outro”.
Tanto no nível mais pessoal das relações como nos fatos sociais costuma ocorrer essa discrepância, com as
consequências de sempre: soluções injustas.
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Português
Durante um júri, em que defendia um escravo que havia matado o seu senhor, Luís Gama (1830 - 1882),
advogado, jornalista e escritor mestiço, abolicionista que chegou a ser escravo por alguns anos, proferiu
uma frase que se tornou célebre, numa sessão de julgamento: "O escravo que mata o senhor, seja em que
circunstância for, mata sempre em legítima defesa". A frase causou tumulto e acabou por suspender a
sessão do júri, despertando tremenda polêmica à época. Na verdade, continua provocando.
Dissesse alguém isso hoje, em alguma circunstância análoga, seria aplaudido por uns e acusado por
outros de demonizar o “proprietário”. Como se vê, também a demonização tem duas mãos: os partidários
de quem subjuga acabam por demonizar a reação do subjugado. Tais fatos e tais polêmicas, sobre tais
direitos, nem deveriam existir, mas existem; será que terão fim?
O grande pensador e militante italiano Antonio Gramsci (1891-1937), que passou muitos anos na prisão
por conta de suas ideias socialistas, propunha, em algum lugar de sua obra, que diante do dilema de uma
escolha nossa conduta subsequente deve se reger pela avaliação objetiva das circunstâncias para então
responder à seguinte pergunta: “Quem sofre?” Para Gramsci, o sofrimento humano é um parâmetro que
não se pode perder de vista na avaliação das decisões pessoais ou políticas.
Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado na frase os partidários de quem subjuga acabam
por demonizar a reação do subjugado, ele deverá assumir a seguinte forma:
a) acabam demonizando.
b) acabam sendo demonizados.
c) acabará sendo demonizada.
d) acaba por ter sido demonizado.
e) acaba por ser demonizada.
O menino estava morrendo de medo, tapando a cara para não ver a cena de terror na TV e o pai acudiu
dizendo “Calma, isso é só um filme”. O que equivale a um “é tudo de mentirinha, seu bobo”. Bem que o filho
poderia responder: “Mas o meu medo é de verdade!” - e estaria com isso reconhecendo o efeito vivo e
material que as simulações, as representações e as simbolizações da arte e dos jogos têm sobre todas as
criaturas.
A convicção de que toda representação artística, por ser uma representação, é contrária a qualquer
verdade, mostra-se muito bem, quando queremos escapar do poder real dos “fingimentos” da arte e
apelamos para a “realidade do mundo” - como se esta só existisse numa autonomia plena, em si mesma,
sem permitir se expressar de modo criativo. Quem se inicia, por exemplo, no universo mágico do escritor
Guimarães Rosa, mergulhando no grande sertão cósmico-mineiro a que ele deu nova vida, em nova e
surpreendente linguagem, e tem que suspender a leitura para ir ao mercado poderá pensar, na rua,
invertendo a equação: “Mas isso é só o mundo...”
Ao ouvirmos aquela sonata ou aquela canção especial, não deveríamos chorar, pois aquilo “é só música”.
A ingênua alegação de que a arte é “só” arte, de que um símbolo é “apenas” um símbolo, pretende
trabalhar contra nossa humanidade profunda, contra essa condição em que a disposição emocional se alia
à nossa energia afetiva e inteligente, por vezes levando-nos num salto para a plataforma do sublime, esse
estágio tão alto de beleza que parece não haver mais nada acima dele. Quando nos comovemos de verdade
com qualquer manifestação artística, fica impossível acusar o artista de mentiroso: a linguagem que ele
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Português
concebeu e que nos encantou passou a fazer parte da nossa verdade.
A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de
15 mil casos da doença, segundo dados da Prefeitura.
As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe um protocolo para identificar os focos de
reprodução do mosquito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas quando alguém fica doente
e avisa as autoridades, não é bem isso que acontece.
(Saúde Uol)
Assinale a opção que indica a forma verbal que exemplifica a voz passiva.
a) Tem feito.
b) Foram registrados.
c) Dizem.
d) Identificar.
e) Avisa.
Essa frase do texto encontra-se na voz passiva. A forma correspondente na voz ativa é
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Português
20 - FEPESE - 2014 - MPE-SC - Administrador
Texto 2
No tempo do futebol-arte
Entusiasta da miscigenação, Gilberto Freyre ajudou a criar a ideia de um modo tipicamente brasileiro de dar
espetáculo com a bola nos pés.
A interpretação da identidade brasileira a partir da mestiçagem rendeu à obra de Gilberto Freyre (1900-
1987) o reconhecimento e a controvérsia que ela merece. Seria de estranhar que um pensador dedicado a
esses temas não incluísse em suas análises os significados do futebol para o país. E ele incluiu.
No clássico Casa-Grande & Senzala, publicado em 1933 e dedicado à formação da vida íntima da
família patriarcal brasileira durante a Colônia, Freyre já menciona jogos com bola praticados por índios.
Três anos depois, dá sequência às suas teses em Sobrados & Mocambos, e não deixa de pontuar os
esportes como vias de acesso do mulato à ascensão social. O emergente esportista do final do século XIX
situa-se ao lado do eminente bacharel, com diploma universitário.
Ao erigir em ícone os termos “futebol mulato” e “futebol arte”, a linguagem freyriana contribuiu para
cristalizar uma autoimagem, hoje tão arraigada e compartilhada pelos brasileiros como uma espécie de
segunda natureza.
1. Em “Três anos depois, dá sequência às suas teses em Sobrados & Mocambos *…+” (segundo parágrafo), o
sinal indicativo de crase é opcional em “às”.
2. Em “*…+ capitalizava os aspectos positivos que lhe interessavam ressaltar no futebol brasileiro *…+”
(terceiro parágrafo), o pronome oblíquo sublinhado pode ser corretamente substituído por “o”, mantendo-
se a mesma regência verbal.
3. O primeiro período do terceiro parágrafo (“A ideia…”) é constituído por uma oração na voz passiva.
4. Em “A nação se ressentia de certa inferioridade em face do futebol praticado *…+” (terceiro parágrafo), a
expressão sublinhada pode ser corretamente substituída por “em face ao” ou pela forma reduzida “face
o”.
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Português
5. Em “Ao erigir em ícone os termos “futebol mulato” e “futebol arte” *…+”, (último parágrafo), a expressão
sublinhada poderia ser substituída por “tombar como relíquia”, sem prejuízo do sentido da frase.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
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Português
GABARITO
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Português
Parte 4 – Capítulo I
Figuras de Linguagem Estilísticas
A figura de linguagem é utilizada pelo falante com o intuito de realçar e tornar mais expressiva a sua
mensagem.
FIGURAS DE SOM
Anáfora: É quando ocorre a repetição de uma palavra ou grupo de palavras que iniciam orações,
períodos, ou versos.
Exemplo:
Vi o céu, vi a lua, vi as estrelas, vi você tão linda e bela como todas elas. (repetição do vi)
Anástrofe ou inversão: É quando a ordem da frase é inversa, pois é realizada a inversão da ordem
habitual e direta da frase.
Exemplo:
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441
Português
Assíndeto: É a figura de linguagem que omite as conjunções ou conectivos entre as orações, tendo
como consequência orações justapostas ou separadas por vírgula.
Exemplo:
Hipálage: É a figura de linguagem que atribui uma qualidade ou uma ação a um sujeito, sendo que essa
qualidade ou ação atribuída pertence a outro ser da mesma frase.
Exemplo:
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442
Português
Silepse: É quando a concordância na frase não é feita com o que está expresso na oração, mas com o
que está subtendido e oculto. A silepse é uma concordância ideológica, que pode ser dividida em
silepse de gênero, de número e de pessoa, conforme pode ser observado abaixo.
Silepse
De gênero: Vossa Senhoria foi muito
caridoso.
Polissíndeto: É o emprego de repetição das conjunções de forma intencional entre orações ou palavras.
Ou seja, ocorre quando as conjunções são repetidas mais vezes do que exigem as regras gramaticais.
Exemplo:
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443
Português
FIGURAS DE PENSAMENTO
ANTíTESE: EUFEMISMO:
É a oposição entre dois É o emprego de termos HIPÉRBOLE:
ou mais termos, que agradáveis utilizados para É o exagero excessivo
normalmente atenuar uma expressão das coisas.
encontram-se na mesma desagradável.
oração. Ex.: Mélvio está
Ex.: Ele foi convidado a se retirar morrendo de fome.
Ex.: Não existiria o ódio, da sala de audiência pelo juiz.
se não existisse o amor. (Suaviza o termo foi expulso)
PARADOXO OU PROSOPOPEIA,
IRONIA: OXÍMORO: PERSONIFICAÇÃO:
Consiste em dizer o É uma contradição, Atribui ação e qualidades
contrário do que se pensa, que aproxima ideias humanas a seres
porém deixando entender o contrárias. animados, inanimados ou
que realmente pensa. Ex.: "O amor é fogo imaginários.
Ex.: Meu adorável marido que arde sem se ver/ Ex: As árvores não falam.
nunca me deu presente É ferida que dói e não
nenhum. se sente."
FIGURAS DE PALAVRAS
Antonomásia: Ocorre quando há substituição de um nome por outro ou por expressão relacionada ao
termo substituído. A antonomásia também é identificável quando designamos uma pessoa pela qualidade
que com ela se relaciona.
Exemplo:
Catacrese: É a figura de linguagem que consiste no emprego impróprio de uma palavra ou expressão por
outra mais específica.
Exemplo:
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444
Português
Comparação ou Símile: É quando existe uma ideia de comparação, utilizando-se conectivos apropriados.
Exemplo:
Metáfora: Ocorre quando há uma comparação em que o conectivo comparativo fica implícito. Outorga a
uma coisa ou a uma pessoa uma característica diferente da habitual, que coerentemente não lhe seja
cabível.
Exemplo:
Ela é uma fera e João é um gato.
Sinestesia: É a figura de linguagem que tem o escopo de ligar na mesma expressão as sensações
percebidas por diversos órgãos do sentido (olfato, audição, paladar, visão e tato).
Exemplo:
Vícios de Linguagem
Os vícios de linguagem ocorrem quando há qualquer desobediência às regras gramaticais. Podem ocorrer
por Arcaísmo, eco, colisão, ambiguidade, cacófato, barbarismo, arcaísmo, pleonasmo, plebeísmo, etc.
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445
Português
Ambiguidade: Esse tipo de vício ocorre quando a palavra apresenta dúbio sentido, ou seja, mais de um
sentido.
Exemplo:
(Tem duplo sentido, pois o cachorro pode ser o
Como está o cachorro do seu namorado no sentido cafajeste, ou no sentido de
namorado? perguntar pelo animal, que é o cachorro).
Arcaísmo: É o emprego de palavras ou construções que não são mais utilizadas na Língua Portuguesa,
por já terem caído em desuso.
Exemplo:
Onde vosmecê colocou minha ceroula branca? (Vosmecê = você, ceroula = cueca).
Barbarismo: É um vicio decorrente da violação das regras de português que ocorre na grafia ou na
pronúncia.
Exemplo:
(O termo correto seria seja, notando-se
Desejo que você seje o 1º
assim um vício de linguagem por
aprovado.
ocorrência do barbarismo).
Cacófato: É a produção de um som desagradável aos ouvidos em decorrência da junção das palavras ou
expressões, ocasionando a ridicularidade.
Exemplo:
Ela tinha muitas provas para fazer ontem. (latinha)
Plebeísmo: Ocorre quando houver o uso indevido de palavras, gírias ou expressões triviais. Sendo
assim, não são aceitos pela língua culta.
Exemplo:
Tô ferrado.
Pleonasmo: Esse vício de linguagem consiste na utilização de repetição de palavras e expressões inúteis
e desnecessárias.
Exemplo:
(O verbo desceram já expressa a ideia de que os
Os alunos desceram para
alunos foram para baixo, tendo sido desnecessário
baixo.
utilizar o termo “para baixo”)
Eco: Consiste na utilização de palavras ou expressões que rimam, sendo terminadas com o mesmo som.
Exemplo:
Colisão: É ocasionada pela repetição das mesmas consoantes, ocasionando um efeito acústico
desagradável ao receptor da mensagem.
Exemplo:
Querido, quero que você não a queira mais.
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446
Português
Solecismo: É quando ocorre um desvio na construção sintática, ocasionando erro de concordância,
regência ou de colocação.
Exemplo:
(A forma correta é: Esta apostila é pra eu
Esta apostila é pra mim estudar. estudar. Sendo assim, utilizar o mim, no caso
em tela, ocasiona o solecismo).
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447
Português
Parte 4 – Capítulo I
Questões de Concursos
1 - VUNESP - 2013 - PC-SP - Investigador de Polícia
Emprega-se a linguagem figurada na seguinte passagem do texto:
a) ... o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e
intimidade.
b) ... mas os copos e garrafas afastados para os lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da
mesa.
c) A Constituição provê que os historiadores e biógrafos se voltem para a história do país e reconstituam
seu passado ou presente...
d) ... a Constituição, que garante a liberdade de expressão, de imprensa e de acesso à informação.
e) É a que se propõe a Associação Nacional dos Editores de Livros: arguir no Supremo Tribunal Federal a
inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
Notícia de Jornal
(Fernando Sabino)
Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, 30 anos presumíveis,
pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada
durante 72 horas, para finalmente morrer de fome.
Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma ambulância do Pronto Socorro e uma
radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era
da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.
O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe
dele, senão que morreu de fome.
Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um
vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa - não é
um homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas
todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo
piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os
homens, sem socorro e sem perdão.
Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada?
Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer de fome.
E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-
se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades
nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos
outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.
E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição, tombado em plena rua, no centro mais movimentado da
cidade do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, um homem morreu de fome.
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448
Português
Em “Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens.” (7º§), pode-se reconhecer a
seguinte figura de linguagem:
a) Metonímia
b) Paradoxo
c) Antítese
d) Ironia
e) Eufemismo
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449
Português
No que concerne à linguagem e às estruturas linguísticas empregadas no texto, assinale a opção correta.
a) Na pergunta que inicia o texto, foi empregada linguagem figurada, como evidencia a função de sujeito
exercida pelo substantivo “Brasília”.
b) Considerando-se a estrutura dos dois períodos iniciais do texto, seria correta e mais adequada a
seguinte ordem no início da primeira pergunta: “Por que Brasília deveria”, porque seria estabelecido
paralelismo sintático entre as duas perguntas que iniciam o texto.
c) O conector que inicia as duas perguntas estaria empregado corretamente na seguinte frase: Brasília foi
construída por que era necessário incrementar a integração entre os estados brasileiros.
d) A relação de oposição de ideias e a correção gramatical do período seriam preservadas, caso o conector
“Entretanto” (L.12) fosse substituído pela conjunção “Embora”.
e) O conector “onde” poderia substituir corretamente a conjunção que inicia a oração “que se supõe”
(L.12 e 13).
A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem psíquica, do nosso DNA, assim como a capacidade de
cuidar, de ser solidário e pacífico. Somos esse novelo de dons. O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente
familiar, educação, exemplos, tendência pessoal, circunstâncias concretas, algumas escolhas individuais. Vivemos
numa época violenta. Temos medo de sair às ruas, temos medo de sair à noite, temos medo de ficar em casa sem
grades, alarmes e câmeras, ou bons e treinados porteiros. As notícias da imprensa nos dão medo em geral. Não são
medos fantasiosos: são reais. E, se não tivermos nenhum medo, estaremos sendo perigosamente alienados. A
segurança, como tantas coisas, parece ter fugido ao controle de instituições e autoridades.
Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos shoppings, onde, aliás, há mais tempo aqui e ali vêm
ocorrendo furtos, às vezes assaltos, raramente noticiados. O que preocupa são movimentos adolescentes que
reivindicam acesso aos shoppings para seus grupos em geral organizados na internet.
(...)
(Revista Veja. Editora ABRIL. Edição 2358 - ano 47 - nº 5. 29 de janeiro de 2014. Por Lya Luft - p. 20)
A linguagem por meio da qual interagimos no nosso dia a dia pode revestir-se de nuances as mais diversas:
pode apresentar-se em sentido literal, figurado, metafórico. A opção em cujo trecho utilizou-se linguagem
metafórica é
a) O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente familiar.
b) Temos medo de sair às ruas.
c) Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos shoppings.
d) Somos esse novelo de dons.
e) As notícias da imprensa nos dão medo em geral.
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450
Português
A cadeia coesiva do texto é estabelecida por recursos linguísticos, expressos em etapas descritivas
sucessivas, que contribuem para a progressão do texto. Os recursos linguísticos que concorrem para a
construção dos sentidos do texto são:
a) metonímia e paragoge.
b) paráfrase e paródia.
c) metáfora e hiperônimo.
d) paranomásia e antítese.
Texto 4
Murar o medo
O medo foi um dos meus primeiros mestres. Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas, aprendi a temer
monstros, fantasmas e demônios. Os anjos, quando chegaram, já era para me guardarem, os anjos atuavam como
uma espécie de agentes de segurança privada das almas. Nem sempre os que me protegiam sabiam da diferença
entre sentimento e realidade. Isso acontecia, por exemplo, quando me ensinavam a recear os desconhecidos. Na
realidade, a maior parte da violência contra as crianças sempre foi praticada não por estranhos, mas por parentes e
conhecidos. Os fantasmas que serviam na minha infância reproduziam esse velho engano de que estamos mais
seguros em ambientes que reconhecemos. Os meus anjos da guarda tinham a ingenuidade de acreditar que eu estaria
mais protegido apenas por não me aventurar para além da fronteira da minha língua, da minha cultura, do meu
território. O medo foi, afinal, o mestre que mais me fez desaprender. Quando deixei a minha casa natal, uma invisível
mão roubava-me a coragem de viver e a audácia de ser eu mesmo. No horizonte vislumbravam-se mais muros do que
estradas. Nessa altura, algo me sugeria o seguinte: que há neste mundo mais medo de coisas más do que coisas más
propriamente ditas.
No Moçambique colonial em que nasci e cresci, a narrativa do medo tinha um invejável casting internacional: os
chineses que comiam crianças, os chamados terroristas que lutavam pela independência do país, e um ateu barbudo
com um nome alemão. Esses fantasmas tiveram o fim de todos os fantasmas: morreram quando morreu o medo. Os
chineses abriram restaurantes junto à nossa porta, os ditos terroristas são governantes respeitáveis e Karl Marx, o
ateu barbudo, é um simpático avô que não deixou descendência. O preço dessa narrativa de terror foi, no entanto,
trágico para o continente africano.
COUTO, Mia. Discurso pronunciado nas Conferências do Estoril da Fundação Cascais. Disponível em: . Acesso em: 13
mar. 2014.
A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem psíquica, do nosso DNA, assim como a
capacidade de cuidar, de ser solidário e pacífico. Somos esse novelo de dons. O equilíbrio ou desequilíbrio
depende do ambiente familiar, educação, exemplos, tendência pessoal, circunstâncias concretas, algumas
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Português
escolhas individuais. Vivemos numa época violenta. Temos medo de sair às ruas, temos medo de sair à
noite, temos medo de ficar em casa sem grades, alarmes e câmeras, ou bons e treinados porteiros. As
notícias da imprensa nos dão medo em geral. Não são medos fantasiosos: são reais. E, se não tivermos
nenhum medo, estaremos sendo perigosamente alienados. A segurança, como tantas coisas, parece ter
fugido ao controle de instituições e autoridades.
Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos shoppings, onde, aliás, há mais tempo aqui e
ali vêm ocorrendo furtos, às vezes assaltos, raramente noticiados. O que preocupa são movimentos
adolescentes que reivindicam acesso aos shoppings para seus grupos em geral organizados na internet.
(...)
(Revista Veja. Editora ABRIL. Edição 2358 - ano 47 - nº 5. 29 de janeiro de 2014. Por Lya Luft -
p. 20)
A linguagem por meio da qual interagimos no nosso dia a dia pode revestir-se de nuances as mais diversas:
pode apresentar-se em sentido literal, figurado, metafórico. A opção em cujo trecho utilizou-se linguagem
metafórica é.
(José de Nicola e Ernani Terra. Gramática de hoje. São Paulo: Scipione, 2008. p. 371).
Diante do exposto, marque a resposta em que a figura de linguagem corresponde à frase apresentada.
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452
Português
11 - ND - 2014 - CEFET-MG - Técnico de Laboratório - Informática
A figura de linguagem está corretamente indicada, entre parênteses, em:
a) Necessita-se de mais escolas para jovens esforçados. (eufemismo)
b) Sabe-se que os impostos é necessário pagá-los. (pleonasmo)
c) Encontra-se hoje, nas grandes cidades, decorrente da poluição, um céu escuro, antes muito claro.
(paradoxo)
d) Fala-se que o pavão é um arco-íris de plumas. (hipérbole)
e) Pensou-se em redução de salário. Que belo presente de Natal! (metáfora)
Assinale a opção que apresenta, CORRETA e respectivamente, a classificação das figuras de linguagem
acima.
a) Metáfora, ironia, sinestesia, catacrese.
b) Metonímia, hipérbole, metáfora, ironia.
c) Catacrese, sinestesia, metonímia, eufemismo.
d) Ironia, paradoxo, catacrese, sinestesia.
e) Sinestesia, metonímia, eufemismo, catacrese.
453
Português
a) onomatopeia.
b) hipérbole.
c) metáfora.
d) catacrese.
e) sinestesia.
Na frase – Hoje vivemos o supremo paradoxo: nunca se tiraram tantas fotos; nunca elas tiveram tão pouco
valor. –, a palavra paradoxo expressa ideia de
a) contradição.
b) padronização.
c) igualdade.
d) modéstia.
e) descontentamento.
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454
Português
a) metáfora;
b) metonímia;
c) hipérbole;
d) pleonasmo;
e) catacrese
Havia começado a ler o romance uns dias antes. Abandonou-o por negócios urgentes, voltou a abri-lo
quando regressava de trem a fazenda; deixava-se interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos
personagens. Essa tarde, depois de escrever uma carta a seu procurador e discutir com o capataz uma
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455
Português
questão de parceria, voltou ao livro na tranquilidade do escritório que dava para o parque de carvalhos.
Recostado em sua poltrona favorita, de costas para a porta que o teria incomodado como uma irritante
possibilidade de intromissões, deixou que sua mão esquerda acariciasse uma e outra vez o veludo verde e
se pôs a ler os últimos capítulos. Sua memória retinha sem esforço os nomes e as imagens dos
protagonistas; a ilusão romanesca o ganhou quase em seguida. Gozava do prazer quase perverso de ir se
afastando linha a linha daquilo que o rodeava, e sentira o mesmo tempo que sua cabeça descansava
comodamente no veludo do alto respaldo, que os cigarros continuavam ao alcance da mão, que além dos
janelões dançava o ar do entardecer sob os carvalhos. Palavra a palavra, absorvido pela sórdida desunião
dos heróis, deixando-se levar pelas imagens que se formavam e adquiriam cor e movimento, foi
testemunhado último encontro na cabana do monte.
Como dito, o excerto que você acabou de ler pertence a um conto, isto é, um tipo de texto literário cuja
linguagem é trabalhada pelo autor para que sejam alcançados determinados efeitos estéticos. As figuras de
linguagem são poderosos recursos estilísticos que contribuem para a criação desses efeitos. No que se
refere às figuras de linguagem, os trechos “de costas para a porta que o teria incomodado como uma
irritante possibilidade de intromissões” e “além dos janelões dançava o ar do entardecer sob os carvalhos”
constituem, respectivamente:
a) personificação e comparação
b) símile e prosopopeia
c) personificação e símile
d) personificação e prosopopeia
e) símile e comparação
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Português
GABARITO
11 - B 12 - E 13 - B 14 - B 15 - C 16 - C 17 - A 18 - C 19 - B 20 - B
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Português
Parte 4 – Capítulo II
Interpretação de Texto
Para se compreender um texto, é necessário buscar as suas principais ideias, todavia o leitor deverá
aprender a ter uma leitura informativa e de reconhecimento para uma perfeita interpretação.
O texto sempre possui um tema referente ao assunto que será discutido no texto.
OS MANDAMENTOS DA INTERPRETAÇÃO
Ler duas vezes o texto. A primeira, para ter contato com o assunto; a
segunda, para observar como o texto está desenvolvido.
Não se deve considerar o que o autor quis dizer, mais sim o que ele disse,
escreveu no texto.
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Português
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Português
Contextualização: Linguagem Real e Figurada
Denotação: Conotação:
►Tipologia Textual
É a forma como os acontecimentos serão apresentados em um texto. A saber, pela tradição: narração,
descrição e dissertação.
Narrar é contar, é a modalidade textual em que se contam fatos envolvendo personagens, tendo como
principal material a ação. O tempo predominante é o passado.
Exemplo:
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460
Português
Descrição: Refere-se ao ato de descrever. Descrevem-se: coisas, bichos, pessoas, seres, objetos, paisagens,
situações, sensações, sentimentos. Imagine você diante de uma fotografia, a ela só nos cabe descrever,
uma vez que os elementos desta foto estão estáticos (parados), fato oposto ao texto narrativo. Nesse, os
elementos estão em ação.
Exemplo:
A escola era muito ampla, suas salas eram muito espaçosas e seus mobiliários modernos.
Nela existiam repartições organizadas e bons profissionais.
Apresenta a ideia que vai ser discutida, a tese a ser defendida. Cabe à
Introdução: introdução colocar de maneira objetiva, situar o leitor a respeito do
que será argumentado nos próximos parágrafos.
Exemplo:
O brasileiro, nos últimos anos, tem revelado uma profunda descrença nas instituições políticas do
país. Vários fatores têm concorrido para isso. Entre eles, podem se citar a incapacidade do governo
de controlar o processo inflacionário, a impunidade dos que fazem mau uso do dinheiro público e o
mau funcionamento dos legislativos.
As condições de bem-estar e de comodidade nos grandes centros urbanos como São Paulo são
reconhecidamente precárias por causa, sobretudo da densa concentração de habitantes num espaço
que não foi planejado para alojá-los. Com isso, praticamente todos os polos da estrutura urbana
ficam afetados: o trânsito é lento; os transportes coletivos insuficientes; os estabelecimentos de
prestação de serviço, ineficazes.
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Português
Discurso Direto:
- Que nada. Isso é lenda. Uns amigos do trabalho que estudam lá, disseram que há várias
formas de descontos e, do mais, além de um curso reconhecido, você se sente mais segura, não
acha?
- Sabe o endereço?
- Boa sorte!
- Obrigada.
Discurso Indireto:
Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse que havia sonhado que
iria faltar feijão. Não era a primeira vez que esta cena ocorria. Dona Abigail, consciente de seus
afazeres de dona de casa, vivia constantemente atormentada por pesadelos desse gênero. E de
outros gêneros, quase todos alimentícios. Ainda bêbado de sono, o marido esticou o braço e
apanhou a carteira sobre a mesinha de cabeceira perguntando quanto ela queria.
"- Devia bastar, disse ela; eu não me atrevo a pedir mais." (M. de Assis)
Discurso indireto.
Ela disse que deveria bastar, que ela não se atrevia a pedir mais.
Discurso direto.
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Português
Discurso indireto.
Discurso direto.
Discurso indireto.
Discurso indireto.
Discurso direto.
Discurso indireto.
►Paráfrase
Parafrasear consiste em reescrever com suas palavras as ideias centrais de um texto, mantendo o mesmo
sentido. Nele, há síntese, clareza e precisão vocabular.
Exemplo: Citado por Affonso Romano Sant'Anna em seu livro "Paródia, paráfrase & Cia" (p. 23):
I - Texto Original
Conforme as ideias apresentadas no texto ,a legislação escrita era mais confiável que a legislação
instrumentalizada pela repetição de usos.
( )Certo ( )Errado
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Português
a) ao organizar minuciosa e cronologicamente os episódios da Segunda Guerra Mundial, ressalta os fatos
que foram mal retratados nas comemorações dos 70 anos do fim do conflito.
b) ao trazer sua visão pessoal sobre os principais acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, defende que
a imprensa privilegie o ângulo particular com que o profissional observa os fatos.
c) ao apresentar informações e comentários sobre a Segunda Guerra Mundial, toma-a como legítima
justificativa para a publicação de matéria que tem como objeto questões pessoais e íntimas.
d) ao confessar sobressalto pelo que tinha ocorrido no dia anterior, 8/5, explica-o tanto pela associação de
fatos históricos a questões pessoais, quanto pela interpretação de que há um Dia das Esperanças Perdidas.
e) ao citar a volta dos combatentes brasileiros, critica a euforia das saudações, pois evidenciava que o povo
não tinha percebido que o conflito, na mesma configuração de 1939 a 1945, continuava.
a) (linha 1) a história pessoal se impõe às percepções conjunturais / o relato da própria pessoa infunde
veracidade aos fatos da conjuntura.
b) (linhas 5 e 6) incorporou-se ao meu calendário íntimo / passou a fazer parte de minhas memórias
negativas mais intensas.
c) (linha 6) e o cimentou definitivamente às efemérides históricas / e o conectou por fim às catástrofes
históricas.
d) (linha 11) A capitulação da Alemanha tornara-se inevitável / a fragmentação da Alemanha era
considerada indiscutível.
e) (linhas 20 e 21) camuflada por diferentes nomenclaturas / disfarçada sob o véu de distintos nomes.
LETRAMENTOS E EDUCAÇÃO
Com as novas tecnologias, a comunicação mudou e muitos são os desafios colocados para a escola. Os
principais são tornar o aluno um produtor de conteúdo (considerando toda a diversidade de linguagem) e
um ser crítico. Vídeos que mostram um acontecimento, como a queda de um meteorito na Terra, ou que
transmitem em tempo real uma posse presidencial. Fotos que revelam a cultura de um povo. Áudios que
contam as notícias mais importantes da semana. A sociedade contemporânea está imersa nas novas
linguagens (algumas não tão novas assim). As informações deixaram de chegar única e exclusivamente por
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Português
texto. Tabelas, gráficos, infográficos, ensaios fotográficos, reportagens visuais e tantas outras maneiras de
comunicar estão disponíveis a um novo leitor. O objetivo maior da informação, seja para fins educacionais,
informativos ou mesmo de entretenimento, é atingir de maneira eficaz o interlocutor.
Às práticas letradas que fazem uso dessas diferentes mídias e, consequentemente, de diversas
linguagens, incluindo aquelas que circulam nas mais variadas culturas, deu-se o nome de multiletramentos.
Segundo a professora Roxane Rojo, esses recursos são “interativos e colaborativos; fraturam e transgridem
as relações de poder estabelecidas, em especial as de propriedade (das máquinas, das ferramentas, das
ideias, dos textos), sejam eles verbais ou não; são híbridos, fronteiriços e mestiços (de linguagens, modos,
mídias e culturas)".
Assim como na sociedade, os multiletramentos também estão presentes nas salas de aula. O papel da
instituição escolar, diante do contexto, é abrir espaços para que os alunos possam experimentar essas
variadas práticas de letramento como consumidores e produtores de informação, além de discuti-la
criticamente. “Vivemos em um mundo em que se espera (empregadores, professores, cidadãos, dirigentes)
que as pessoas saibam guiar suas próprias aprendizagens na direção do possível, do necessário e do
desejável, que tenham autonomia e saibam buscar como e o que aprender, que tenham flexibilidade e
consigam colaborar com a urbanidade", enfatiza Roxane. (V3_CADERNOS IFT_Multiletramentos.indd).
Para a linguagem veiculada nas redes sociais sejam eles “verbais ou não; são híbridos, fronteiriços e
mestiços (de linguagens, modos, mídias e culturas)”, conforme o texto é muito comum denominamos na
linguagem informal de:
a) Linguagem erudita.
b) Internetês.
c) Gíria.
d) Baixo Calão.
e) Nível culto formal.
Se o raio gourmetizador já atingiu os restaurantes da sua cidade, é bem possível que a moda dos food
trucks também tenha chegado junto. Coloridos e modernos, os veículos (que são móveis, mas que
geralmente ficam permanentemente estacionados num lugar só) oferecem ao consumidor comidas bem
variadas: hambúrgueres, massas, coxinhas, brigadeiros, tapiocas, vinhos, wraps, comidas regionais típicas e
outras especialidades gastronômicas. Quem vê até pensa que essa moda surgiu agora, com essa história de
chefs de cozinha virarem estrelas de reality shows e a alta culinária ficar mais acessível. Mas o conceito do
food truck veio bem antes da primeira temporada de MasterChef na TV.
“Claro, ué! Lá na minha rua tem um carrinho de cachorro-quente estacionado há 30 anos, bem antes da
moda gourmet". É verdade. Mas a gente garante que a história do primeiro food truck também apareceu
antes do seu hamburgão de esquina favorito.
Em 1872, o americano Walter Scott vendia tortas, sanduíches e cafés em uma carroça. Seus clientes eram
os trabalhadores de jornais de Providence, no estado de Rhode Island, Estados Unidos. O modelo foi muito
copiado e se espalhou para outras regiões dos EUA. No final da década seguinte, um sujeito chamado
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Português
Thomas H. Buckley começou a fabricar carroças preparadas especialmente para servir comidas, com ímãs,
refrigeradores e até fogões acoplados. Os modelos eram muito coloridos e chamativos.
Após a Segunda Guerra Mundial, caminhões de comida móveis alimentavam os trabalhadores dos
subúrbios nos EUA, regiões que tinham poucos restaurantes e uma população cada vez maior. Nessa época,
os food trucks eram sinônimo de comida barata, sem muita preocupação com a qualidade. E foi mais ou
menos assim durante todo o século 20.
Até que veio a crise de 2008, que derrubou a economia americana e levou junto muitos restaurantes
tradicionais. Quando os EUA começaram a se recuperar, alguns empreendedores tiveram a ideia de levar
comida de qualidade pra rua investindo pouco. Outra vantagem dos carrinhos e trailers era a possibilidade
de mudar de lugar de acordo com a demanda da população. Pronto, estava aí a solução. Essa coisa meio
amadora, dos carrinhos de comida, foi incorporada ao conceito e os donos de food trucks resolveram
incrementar o cardápio, com itens gourmet.
A moda chegou ao Brasil em 2012, quando os primeiros food trucks gourmet surgiram em São Paulo.
Agora, os parques de food truck já fazem parte do roteiro turístico das grandes cidades brasileiras e da
paisagem urbana. Deu tão certo que a moda gourmet fez surgir uma outra tendência da ~alta gastronomia~
acessível: a das paletas mexicanas, que não existem no México. Mas isso é assunto para outro post.
a) Porte.
b) Posse.
c) Domínio
d) Aquisição.
e) Existência.
I. Com o início dos reality shows de culinária, como o MasterChef, surgiu também a moda dos food
trucks, nos quais alimentos da alta culinária são vendidos a preços mais acessíveis.
II. As comidas oferecidas nos food trucks são restritas a hambúrgueres, massas, coxinhas, brigadeiros,
tapiocas, vinhos, wraps e comidas regionais típicas.
III. Os food trucks costumam ficar permanentemente estacionados num só lugar, muito embora sejam
móveis.
Está DE ACORDO com o texto o apresentado em:
a) I, apenas.
b) II, apenas
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II e III, apenas
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Português
a) A história do primeiro food truck apareceu há mais de trinta anos, durante o século XIX.
b) O americano Walter Scott fazia muito sucesso vendendo tortas, sanduíches e cafés em uma carroça, para
clientes em todo o país.
c) As primeiras carroças para a venda de comida, ao contrário do que se tem hoje, não eram tão coloridas e
chamativas.
d) No final da década de 1872, Thomas H. Buckley começou a fabricar carroças preparadas especialmente
para servir comidas.
e) Thomas H. Buckley começou a adaptar carroças já prontas a fim de servir comida, colocando nelas ímãs,
refrigeradores e acoplando fogões.
a) Uma das vantagens dos carrinhos e trailers de comida é a possibilidade de mudança de lugar de acordo
com a demanda da população, mas trata-se de um investimento bem caro.
b) A moda das food trucks chegou ao Brasil durante a crise na economia americana, no ano de 2008,
quando muitos restaurantes tradicionais faliram.
c) Uma novidade da alta gastronomia acessível, no Brasil, é a paleta mexicana, um sorvete inspirado nas
paletas existentes no México.
d) Após a segunda guerra mundial, nos subúrbios nos EUA, que tinham população em constante
crescimento, os food trucks vendiam comida que não tinha tanta qualidade, mas tinha preço baixo.
e) O surgimento dos primeiros food trucks gourmet aconteceu simultaneamente em São Paulo e em
parques das grandes cidades brasileiras, e eles já fazem parte dos roteiros turísticos dessas cidades.
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Português
13 - CESPE - 2015 - DEPEN - Especialista
Julgue o próximo item, referente às ideias do texto Educação prisional. Qualquer detento no Brasil tem
direito à educação prisional e, consequentemente, à remição de pena por meio da leitura.
( )Certo ( )Errado
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Português
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Português
19 - CESPE - 2015 - DEPEN - Agente Penitenciário
Texto II
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Português
GABARITO
11 - A 12 - D 13 - E 14 - E 15 - E
16 - C 17 - C 18 - C 19 - E 20 - C
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Português
Parte 4 – Capítulo II
Interpretação de Texto
Para se compreender um texto, é necessário buscar as suas principais ideias, todavia o leitor deverá
aprender a ter uma leitura informativa e de reconhecimento para uma perfeita interpretação.
O texto sempre possui um tema referente ao assunto que será discutido no texto.
OS MANDAMENTOS DA INTERPRETAÇÃO
Ler duas vezes o texto. A primeira, para ter contato com o assunto; a
segunda, para observar como o texto está desenvolvido.
Não se deve considerar o que o autor quis dizer, mais sim o que ele disse,
escreveu no texto.
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Português
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475
Português
Contextualização: Linguagem Real e Figurada
Denotação: Conotação:
►Tipologia Textual
É a forma como os acontecimentos serão apresentados em um texto. A saber, pela tradição: narração,
descrição e dissertação.
Narrar é contar, é a modalidade textual em que se contam fatos envolvendo personagens, tendo como
principal material a ação. O tempo predominante é o passado.
Exemplo:
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476
Português
Descrição: Refere-se ao ato de descrever. Descrevem-se: coisas, bichos, pessoas, seres, objetos, paisagens,
situações, sensações, sentimentos. Imagine você diante de uma fotografia, a ela só nos cabe descrever,
uma vez que os elementos desta foto estão estáticos (parados), fato oposto ao texto narrativo. Nesse, os
elementos estão em ação.
Exemplo:
A escola era muito ampla, suas salas eram muito espaçosas e seus mobiliários modernos.
Nela existiam repartições organizadas e bons profissionais.
Apresenta a ideia que vai ser discutida, a tese a ser defendida. Cabe à
Introdução: introdução colocar de maneira objetiva, situar o leitor a respeito do
que será argumentado nos próximos parágrafos.
Exemplo:
O brasileiro, nos últimos anos, tem revelado uma profunda descrença nas instituições políticas do
país. Vários fatores têm concorrido para isso. Entre eles, podem se citar a incapacidade do governo
de controlar o processo inflacionário, a impunidade dos que fazem mau uso do dinheiro público e o
mau funcionamento dos legislativos.
As condições de bem-estar e de comodidade nos grandes centros urbanos como São Paulo são
reconhecidamente precárias por causa, sobretudo da densa concentração de habitantes num espaço
que não foi planejado para alojá-los. Com isso, praticamente todos os polos da estrutura urbana
ficam afetados: o trânsito é lento; os transportes coletivos insuficientes; os estabelecimentos de
prestação de serviço, ineficazes.
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477
Português
Discurso Direto:
- Que nada. Isso é lenda. Uns amigos do trabalho que estudam lá, disseram que há várias
formas de descontos e, do mais, além de um curso reconhecido, você se sente mais segura, não
acha?
- Sabe o endereço?
- Boa sorte!
- Obrigada.
Discurso Indireto:
Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse que havia sonhado que
iria faltar feijão. Não era a primeira vez que esta cena ocorria. Dona Abigail, consciente de seus
afazeres de dona de casa, vivia constantemente atormentada por pesadelos desse gênero. E de
outros gêneros, quase todos alimentícios. Ainda bêbado de sono, o marido esticou o braço e
apanhou a carteira sobre a mesinha de cabeceira perguntando quanto ela queria.
"- Devia bastar, disse ela; eu não me atrevo a pedir mais." (M. de Assis)
Discurso indireto.
Ela disse que deveria bastar, que ela não se atrevia a pedir mais.
Discurso direto.
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478
Português
Discurso indireto.
Discurso direto.
Discurso indireto.
Discurso indireto.
Discurso direto.
Discurso indireto.
►Paráfrase
Parafrasear consiste em reescrever com suas palavras as ideias centrais de um texto, mantendo o mesmo
sentido. Nele, há síntese, clareza e precisão vocabular.
Exemplo: Citado por Affonso Romano Sant'Anna em seu livro "Paródia, paráfrase & Cia" (p. 23):
I - Texto Original
Conforme as ideias apresentadas no texto ,a legislação escrita era mais confiável que a legislação
instrumentalizada pela repetição de usos.
( )Certo ( )Errado
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481
Português
a) ao organizar minuciosa e cronologicamente os episódios da Segunda Guerra Mundial, ressalta os fatos
que foram mal retratados nas comemorações dos 70 anos do fim do conflito.
b) ao trazer sua visão pessoal sobre os principais acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, defende que
a imprensa privilegie o ângulo particular com que o profissional observa os fatos.
c) ao apresentar informações e comentários sobre a Segunda Guerra Mundial, toma-a como legítima
justificativa para a publicação de matéria que tem como objeto questões pessoais e íntimas.
d) ao confessar sobressalto pelo que tinha ocorrido no dia anterior, 8/5, explica-o tanto pela associação de
fatos históricos a questões pessoais, quanto pela interpretação de que há um Dia das Esperanças Perdidas.
e) ao citar a volta dos combatentes brasileiros, critica a euforia das saudações, pois evidenciava que o povo
não tinha percebido que o conflito, na mesma configuração de 1939 a 1945, continuava.
a) (linha 1) a história pessoal se impõe às percepções conjunturais / o relato da própria pessoa infunde
veracidade aos fatos da conjuntura.
b) (linhas 5 e 6) incorporou-se ao meu calendário íntimo / passou a fazer parte de minhas memórias
negativas mais intensas.
c) (linha 6) e o cimentou definitivamente às efemérides históricas / e o conectou por fim às catástrofes
históricas.
d) (linha 11) A capitulação da Alemanha tornara-se inevitável / a fragmentação da Alemanha era
considerada indiscutível.
e) (linhas 20 e 21) camuflada por diferentes nomenclaturas / disfarçada sob o véu de distintos nomes.
LETRAMENTOS E EDUCAÇÃO
Com as novas tecnologias, a comunicação mudou e muitos são os desafios colocados para a escola. Os
principais são tornar o aluno um produtor de conteúdo (considerando toda a diversidade de linguagem) e
um ser crítico. Vídeos que mostram um acontecimento, como a queda de um meteorito na Terra, ou que
transmitem em tempo real uma posse presidencial. Fotos que revelam a cultura de um povo. Áudios que
contam as notícias mais importantes da semana. A sociedade contemporânea está imersa nas novas
linguagens (algumas não tão novas assim). As informações deixaram de chegar única e exclusivamente por
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482
Português
texto. Tabelas, gráficos, infográficos, ensaios fotográficos, reportagens visuais e tantas outras maneiras de
comunicar estão disponíveis a um novo leitor. O objetivo maior da informação, seja para fins educacionais,
informativos ou mesmo de entretenimento, é atingir de maneira eficaz o interlocutor.
Às práticas letradas que fazem uso dessas diferentes mídias e, consequentemente, de diversas
linguagens, incluindo aquelas que circulam nas mais variadas culturas, deu-se o nome de multiletramentos.
Segundo a professora Roxane Rojo, esses recursos são “interativos e colaborativos; fraturam e transgridem
as relações de poder estabelecidas, em especial as de propriedade (das máquinas, das ferramentas, das
ideias, dos textos), sejam eles verbais ou não; são híbridos, fronteiriços e mestiços (de linguagens, modos,
mídias e culturas)".
Assim como na sociedade, os multiletramentos também estão presentes nas salas de aula. O papel da
instituição escolar, diante do contexto, é abrir espaços para que os alunos possam experimentar essas
variadas práticas de letramento como consumidores e produtores de informação, além de discuti-la
criticamente. “Vivemos em um mundo em que se espera (empregadores, professores, cidadãos, dirigentes)
que as pessoas saibam guiar suas próprias aprendizagens na direção do possível, do necessário e do
desejável, que tenham autonomia e saibam buscar como e o que aprender, que tenham flexibilidade e
consigam colaborar com a urbanidade", enfatiza Roxane. (V3_CADERNOS IFT_Multiletramentos.indd).
Para a linguagem veiculada nas redes sociais sejam eles “verbais ou não; são híbridos, fronteiriços e
mestiços (de linguagens, modos, mídias e culturas)”, conforme o texto é muito comum denominamos na
linguagem informal de:
a) Linguagem erudita.
b) Internetês.
c) Gíria.
d) Baixo Calão.
e) Nível culto formal.
Se o raio gourmetizador já atingiu os restaurantes da sua cidade, é bem possível que a moda dos food
trucks também tenha chegado junto. Coloridos e modernos, os veículos (que são móveis, mas que
geralmente ficam permanentemente estacionados num lugar só) oferecem ao consumidor comidas bem
variadas: hambúrgueres, massas, coxinhas, brigadeiros, tapiocas, vinhos, wraps, comidas regionais típicas e
outras especialidades gastronômicas. Quem vê até pensa que essa moda surgiu agora, com essa história de
chefs de cozinha virarem estrelas de reality shows e a alta culinária ficar mais acessível. Mas o conceito do
food truck veio bem antes da primeira temporada de MasterChef na TV.
“Claro, ué! Lá na minha rua tem um carrinho de cachorro-quente estacionado há 30 anos, bem antes da
moda gourmet". É verdade. Mas a gente garante que a história do primeiro food truck também apareceu
antes do seu hamburgão de esquina favorito.
Em 1872, o americano Walter Scott vendia tortas, sanduíches e cafés em uma carroça. Seus clientes eram
os trabalhadores de jornais de Providence, no estado de Rhode Island, Estados Unidos. O modelo foi muito
copiado e se espalhou para outras regiões dos EUA. No final da década seguinte, um sujeito chamado
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Português
Thomas H. Buckley começou a fabricar carroças preparadas especialmente para servir comidas, com ímãs,
refrigeradores e até fogões acoplados. Os modelos eram muito coloridos e chamativos.
Após a Segunda Guerra Mundial, caminhões de comida móveis alimentavam os trabalhadores dos
subúrbios nos EUA, regiões que tinham poucos restaurantes e uma população cada vez maior. Nessa época,
os food trucks eram sinônimo de comida barata, sem muita preocupação com a qualidade. E foi mais ou
menos assim durante todo o século 20.
Até que veio a crise de 2008, que derrubou a economia americana e levou junto muitos restaurantes
tradicionais. Quando os EUA começaram a se recuperar, alguns empreendedores tiveram a ideia de levar
comida de qualidade pra rua investindo pouco. Outra vantagem dos carrinhos e trailers era a possibilidade
de mudar de lugar de acordo com a demanda da população. Pronto, estava aí a solução. Essa coisa meio
amadora, dos carrinhos de comida, foi incorporada ao conceito e os donos de food trucks resolveram
incrementar o cardápio, com itens gourmet.
A moda chegou ao Brasil em 2012, quando os primeiros food trucks gourmet surgiram em São Paulo.
Agora, os parques de food truck já fazem parte do roteiro turístico das grandes cidades brasileiras e da
paisagem urbana. Deu tão certo que a moda gourmet fez surgir uma outra tendência da ~alta gastronomia~
acessível: a das paletas mexicanas, que não existem no México. Mas isso é assunto para outro post.
a) Porte.
b) Posse.
c) Domínio
d) Aquisição.
e) Existência.
I. Com o início dos reality shows de culinária, como o MasterChef, surgiu também a moda dos food
trucks, nos quais alimentos da alta culinária são vendidos a preços mais acessíveis.
II. As comidas oferecidas nos food trucks são restritas a hambúrgueres, massas, coxinhas, brigadeiros,
tapiocas, vinhos, wraps e comidas regionais típicas.
III. Os food trucks costumam ficar permanentemente estacionados num só lugar, muito embora sejam
móveis.
Está DE ACORDO com o texto o apresentado em:
a) I, apenas.
b) II, apenas
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II e III, apenas
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Português
a) A história do primeiro food truck apareceu há mais de trinta anos, durante o século XIX.
b) O americano Walter Scott fazia muito sucesso vendendo tortas, sanduíches e cafés em uma carroça, para
clientes em todo o país.
c) As primeiras carroças para a venda de comida, ao contrário do que se tem hoje, não eram tão coloridas e
chamativas.
d) No final da década de 1872, Thomas H. Buckley começou a fabricar carroças preparadas especialmente
para servir comidas.
e) Thomas H. Buckley começou a adaptar carroças já prontas a fim de servir comida, colocando nelas ímãs,
refrigeradores e acoplando fogões.
a) Uma das vantagens dos carrinhos e trailers de comida é a possibilidade de mudança de lugar de acordo
com a demanda da população, mas trata-se de um investimento bem caro.
b) A moda das food trucks chegou ao Brasil durante a crise na economia americana, no ano de 2008,
quando muitos restaurantes tradicionais faliram.
c) Uma novidade da alta gastronomia acessível, no Brasil, é a paleta mexicana, um sorvete inspirado nas
paletas existentes no México.
d) Após a segunda guerra mundial, nos subúrbios nos EUA, que tinham população em constante
crescimento, os food trucks vendiam comida que não tinha tanta qualidade, mas tinha preço baixo.
e) O surgimento dos primeiros food trucks gourmet aconteceu simultaneamente em São Paulo e em
parques das grandes cidades brasileiras, e eles já fazem parte dos roteiros turísticos dessas cidades.
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Português
13 - CESPE - 2015 - DEPEN - Especialista
Julgue o próximo item, referente às ideias do texto Educação prisional. Qualquer detento no Brasil tem
direito à educação prisional e, consequentemente, à remição de pena por meio da leitura.
( )Certo ( )Errado
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Português
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487
Português
19 - CESPE - 2015 - DEPEN - Agente Penitenciário
Texto II
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488
Português
GABARITO
11 - A 12 - D 13 - E 14 - E 15 - E
16 - C 17 - C 18 - C 19 - E 20 - C
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Português
Parte 4 – Capítulo IV
Redação Oficial
IMPESSOALIDADE: Deve ser dado tratamento impessoal aos assuntos que constam das
comunicações oficiais.
CLAREZA: O texto oficial deve levar ao leitor a sua imediata compreensão, ou seja,
o autor deve se expressar de maneira clara e cristalina.
CONCISÃO: O texto oficial deve ser conciso, pois o autor deverá transmitir um
máximo de informações com um mínimo de palavras. Para sermos concisos,
faz-se necessário atender ao princípio da econômia linguística (utilizar o
mínimo de palavras para informar o máximo).
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490
Português
PRONOMES DE TRATAMENTO E VOCATIVOS NA REDAÇÃO OFICIAL
O emprego dos pronomes de tratamento na redação oficial obedece a uma tradição secular, de uso
consagrado. São formas de distinção e respeito com que nos dirigimos a autoridades civis, militares e
eclesiásticas. Apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal.
Abaixo seguem as regras mais comumente adotadas:
A determinação do pronome de tratamento utilizado se dá em razão do cargo do destinatário, conforme
descrito a seguir:
VOSSA EXCELÊNCIA PARA AS SEGUINTES AUTORIDADES:
Poder Executivo:
Presidente e Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Chefe da Casa Civil da Presidência da República;
Chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República;
Advogado-Geral da União;
Chefe da Corregedoria-Geral da União;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais e Prefeitos Municipais.
Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministros do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais e Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes e Auditores da Justiça Militar.
VOCATIVO
Vocativo é a expressão utilizada para invocar ou chamar atenção da pessoa para quem está escrevendo o
texto expediente.
O vocativo utilizado para comunicações aos Chefes de Poder é Excelentíssimo senhor, seguido do
respectivo cargo, conforme poderá ser observado abaixo.
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491
Português
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor (a), seguido do cargo respectivo:
Senhor Senador
Senhor Juiz
Senhor Ministro
Senhor Secretário
Senhor Governador
Note que, nos caso de o receptor ser representantes diplomático ou consular, terá o nome pessoal
colocado antes do nome do cargo. (“Exmo. Sr. Manuel das cruzes, embaixador do Brasil”).
VOSSA SENHORIA
Empregado para as demais autoridades e para particulares.
Vocativo: Senhor.
Quando o documento é dirigido a alguma autoridade ou chefia, do governo ou de empresas particulares,
menciona-se o cargo após a palavra Senhor:
Senhor Presidente
Senhor Diretor
Senhora Coordenadora
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492
Português
VOSSA MAGNIFICÊNCIA
A forma Vossa Magnificência é empregada em comunicações dirigidas a reitores de universidade.
Vocativo:
Magnífico Reitor
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493
Português
TEXTO
O expediente do texto oficial deverá possuir a estrutura que segue abaixo.
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO
As comunicações oficiais devem ter o nome e o cargo da autoridade que as expede digitado ou
datilografado, abaixo de sua assinatura, com exceção do Presidente da República.
A identificação deve ser realizada da seguinte forma:
Chefe da Secretaria-Geral da
Presidência da República
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494
Português
Importante ressaltar que não deve deixar a assinatura em página isolada do expediente para evitar
enganos. Sendo assim, é necessário que transfira ao menos a última frase anterior ao fecho.
ATOS OFICIAIS
Os atos oficiais são os seguintes:
Atos de
correspondência
Atos de
Atos de
Enunciativo-
assentamento
Declaradores
Atos
oficiais
Atos Atos
Deliberativo de pacto ou
Normativos ajuste
Atos
comprovativos
declaratórios
Atos Deliberativo-Normativos:
São deliberações realizadas pelo Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, Senado Federal ou
de outro Colegiado.
Exemplo:
Atos de Assentamento:
Destinam-se ao registro de assentamentos referentes a ocorrências ou fatos.
Exemplo:
Ata.
Atos de Correspondência:
São aqueles que têm os destinatários declarados.
Exemplo:
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495
Português
Atos Comprovativo-Declaratórios:
São certidões, declaração e o atestado, pois declaram para comprovação, que é de ciência de quem
assina o ato ou que consta de um processo.
Tratado.
PADRÃO OFÍCIO
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e
o memorando. O objetivo é a uniformidade, logo o padrão ofício adota um esquema gráfico em comum
dentre os três tipos de ofício. A seguir mostraremos as características.
AVISO: É expedido exclusivamente por Ministros de Estado para autoridades de mesma hierarquia.
OFÍCIO: É expedido para e pelas demais autoridades. É uma modalidade de comunicação oficial. Tem
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e
também com particulares (secretaria-secretaria; secretaria-fundação; secretaria-empresa).
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496
Português
OFÍCIO
Deve conter as seguintes partes no Padrão Ofício:
Local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita.
Texto: Nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve
conter a seguinte estrutura: Introdução, desenvolvimento e conclusão.
Fecho
Identificação do signatário.
Forma de diagramação
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497
Português
MEMORANDO
O memorando é modalidade de comunicação realizada entre as unidades administrativas e o mesmo
órgão, que estão hierarquicamente no mesmo nível ou em nível inferior.
Note que o memorando no tocante a sua forma segue o mesmo modelo do padrão oficio, todavia é
diferenciado por ser mencionado pelo cargo que ocupa.
Título: MEMORANDO (letra maiúscula), deve ser seguido do número de ordem e sigla que
identifica sua origem.
Corpo do Texto: Deve expor a matéria de maneira clara e concisa. No caso de defesa de uma
opinião, a estrutura deverá ser a mesma do ofício, com a introdução, desenvolvimento e
conclusão.
Fecho: É dispensável. Todavia, se for utilizado, irá serguir as mesmas regras do fecho de
ofício.
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498
Português
5 cm
Mem 118/DJ
Em 12 de abril de 1991
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria
que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. Quanto a
3 cm programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos, e outro 1,5 cm
gerenciador de banco de dados
Atenciosamente,
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
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499
Português
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
É o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente para:
5 cm
EM nº 00146/1991-MRE
5 cm
2,5 cm
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
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500
Português
MENSAGEM
Comunicação oficial entre os chefes dos Poderes Públicos do Poder executivo ao Poder Legislativo para
informar sobre fato da Administração Pública.
Submeter ao congresso Nacional matérias que dependem de liberação das suas casas.
Apresentar veto.
5 cm
Mensagem nº 118
4 cm
2 cm
Brasília, 28 de março de 1991
TELEGRAMA
É toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex, com o intuito de uniformizar o ofício e
simplificar os procedimentos burocráticos. O telegrama deve ser restrito apenas às situações que não seja
permitido o uso de correio eletrônico ou fax em razão do custo elevado.
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501
Português
REQUERIMENTO
É o documento utilizado pelo requerente para se dirigir a uma autoridade pública com o intuito de solicitar
algo que se julga com direito ou concessão de algo que seja amparado pela lei.
As partes componentes do requerimento são:
TEXTO: Exposição do assunto. O texto terá dois parágrafos. Sendo assim, o primeiro parágrafo
conterá: O nome do requerente, sua qualificação: nacionalidade, naturalidade, RG, CPF, estado
civil, idade, residência, domicílio e profissão), enquanto que o segundo parágrafo irá conter:
Objeto do requerimento, que deverá conter os respectivos argumentos que fundamentam o
pedido em somente um período.
LOCAL E DATA
ASSINATURA
ATA
É o registro resumido dos fatos, ocorrências, decisões de uma sessão, assembleia ou reunião. Deve ser
claro e fiel. Normalmente, é lavrada em livro próprio, autenticada, com as páginas rubricadas pela
autoridade que redigiu os termos de abertura e de encerramento.
O texto é seguido e não apresenta parágrafos, ocupando cada linha inteira sem deixar espaços em branco,
emendas ou rasuras para evitar fraudes, sendo que deve possuir linguagem clara e concisa.
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502
Português
ATENÇÃO
Se ocorrer erro ou
Em caso de erro na ata,
omissão depois de
deverá haver a Os números devem ser As abreviaturas devem
escrito, será utilizada no
retificação utilizando-se escritos por extenso. ser evitadas.
texto a expressão "em
a palavra "digo".
tempo"
RELATÓRIO
O relatório é o documento dirigido à autoridade superior, onde se expõe de maneira circunstanciada as
atividades levadas a termo por funcionário inerente ao desempenho das atividades/funções do cargo que
exerce, ou por ordem de autoridade superior.
Estrutura do Relatório
Título:
(a palavra RELATÓRIO em letras maiúsculas).
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503
Português
PARECER
O parecer é a manifestação de Órgãos técnicos sobre um determinado assunto submetido a sua
consideração, é um exame apurado realizado por órgãos especializados, todavia haverá no parecer um
pronunciamento da apresentação fundamentada das soluções ou razões necessárias à decisão que será
tomada pela autoridade competente, podendo ser favorável ou contrária.
O parecer pode ser:
O parecer tem como objetivo o fornecimento de auxílio para a tomada de decisões e sua função é servir de
apoio para despachos e decisões.
CIRCULAR (OU CARTA CIRCULAR)
É a correspondência oficial, interna ou externa, que é enviada simultaneamente a vários destinatários ou
determinados funcionários com o mesmo texto, sendo que possui o escopo de transmitir avisos, ordens,
pedidos, recomendações ou instruções.
Possui a mesma estrutura do ofício, conforme veremos abaixo.
Título:
(A PALAVRA CIRCULAR OU OFÍCIO-CIRCULAR em letras maiúsculas).
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504
Português
ATESTADO
É o documento firmado por servidor, em razão do cargo que ocupa ou atribuição que exerce, declarando
um fato existente do qual tem ciência em favor de uma pessoa.
A estrutura do atestado deve ser elaborada na ordem que segue abaixo.
CERTIDÃO
É a declaração realizada por escrito, que tem o escopo de comprovar a existência de ato ou assentamento
constante de processo, livro ou documento que se encontre em repartições públicas.
As certidões podem ser de inteiro teor, quando houver a transcrição integral, também sendo denominada
translado, ou podem ser resumidas, quando não exprimam fielmente o teor do original.
Suas partes componentes são:
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505
Português
DECLARAÇÃO
A declaração é o documento oficial ou de manifestação administrativa realizado de forma verbal ou escrita,
que objetiva a existência ou não de um direito ou de um fato.
A declaração é semelhante ao atestado, porém diferenciam-se somente quanto ao seu objeto.
Estrutura da declaração
Exemplo de declaração:
DECLARAÇÃO
Assinatura
Nome por extenso
Cargo
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506
Português
Parte 4 – Capítulo IV
Questões
1 - FUNCAB - 2015 - CRC-RO - Assistente Administrativo
Na correspondência oficial, os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas
peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. O emprego dos pronomes de
tratamento são de uso consagrado tanto para os membros de Poderes da República, em suas diversas
instâncias, quanto para os religiosos, de acordo com a sua hierarquia eclesiástica. Os pronomes de
tratamento correspondentes para os Cardeais e para os Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais,
são, respectivamente:
a)impessoalidade.
b)objetividade.
c)formalidade.
d)concisão.
e)clareza.
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507
Português
Considerando os aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais, julgue o item que se
segue de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República.
A exposição de motivos e a mensagem diferem no que se refere à indicação do local e da data. Enquanto a
exposição de motivos segue o padrão ofício em relação a esse aspecto, a mensagem não o segue, ao trazer
a indicação do local e da data a 2 cm do final do seu texto.
( )Certo ( )Errado
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508
Português
Considerando os aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais, julgue o item que se
segue de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República.
O aviso, a mensagem e o ofício são exemplos de comunicações oficiais que seguem uma diagramação
própria, conhecida como padrão ofício.
( )Certo ( )Errado
a) Vossa Senhoria;
b) Vossa Santidade;
c) Vossa Excelência Reverendíssima;
d) Vossa Magnificência.
a) Ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10
nas notas de rodapé;
b) A impressão dos textos deve colorida. A impressão preta e branco deve ser usada apenas para gráficos e
ilustrações;
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509
Português
c) Para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol
e Wingdings;
d) O início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda.
a) Fax;
b) Telegrama;
c) Correio Eletrônico;
d) Telefone.
a) Vossa Senhoria;
b) Vossa Santidade;
c) Vossa Excelência Reverendíssima;
d) Vossa Magnificência.
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510
Português
a) é proibido o uso de termos estrangeiros nas comunicações oficiais.
b) toda correspondência deve ter termos rebuscados.
c) não existe propriamente um “padrão oficial de linguagem”.
d) deve ser evitado o padrão culto, a fim de não haver discriminações sociais.
e) o padrão oficial de linguagem deve ser elaborado pelas universidades públicas.
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511
Português
GABARITO
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512
Português
CUNHA, Celso e LINDLEY, Cintra. Nova Gramática de Português Conteporâneo,6ª edição, Rio De
Janeiro, Editora Nova Fronteira .
NICOLA, José De e INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 15ª edição
, Rio de Janeiro: Editora Scipione, 2011.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa - Atualizada Pelo Novo Acordo Ortográfico.
37ª Edição, Nova Fronteira
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