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O SOM NA MEDICINA

Embora usualmente consideramos o som em termos de seus


efeitos físicos nos nossos ouvidos, esta é uma visão bastante
limitada para os nossos propósitos. Aqui discutiremos as
propriedades físicas do som e as suas aplicações na medicina. Estas
aplicações vão desde o uso do estetoscópio ao uso das modernas
técnicas ultra-sônicas para estudar o movimento da válvula do
coração e "observar" uma criança por nascer (feto). Discutiremos a
física do ouvido e da audição em outra oportunidade.
O som é o maior meio de comunicação e nos dá prazer sob a
forma de música. Entretanto, a poluição sonora, ou ruídos de níveis
indesejáveis, é um problema crescente na sociedade moderna.
O infra-som se refere às freqüências sonoras abaixo do intervalo
auditivo normal, ou menores que 20 Hz. É produzido por
fenômenos naturais como ondas de tremor de terra e variações de
pressão atmosférica; pode ser também produzido mecanicamente,
tal como por um revés num sistema de ventilação. Um sistema de
ventilação típico produz freqüências de 10 Hz. Estas freqüências
não podem ser ouvidas, mas podem causar dores de cabeça e
distúrbios fisiológicos.
O intervalo sonoro audível é usualmente definido como 20
Hz a 20.000 Hz (20 kHz). Entretanto, relativamente poucas pessoas
podem ouvir por todo este intervalo. Pessoas idosas
freqüentemente perdem a habilidade para ouvir as freqüências
acima de 10.000 Hz (=10 kHz).
O intervalo de freqüências acima de 20.000 Hz (= 20 kHz) é
chamado ULTRASOM (O ultra-som não deve ser confundido com
supersônico, que se refere à velocidades mais rápidas que as
velocidades do som num meio). O ultra-som é usado clinicamente
em várias especialidades. Existe uma crescente tendência em
implantar equipamentos de ultra-som na área de diagnósticos
radiológicos, e alguns radiologistas especializam-se nas imagens
ultra-sônicas do corpo. O ultra-som é também usado pelos obstetras
para examinar o feto. Ele freqüentemente dá mais informações que
um raio-X, e é menos perigoso para o bebê.
Neste capítulo discutiremos métodos de se obter informações
do som que são produzidos dentro do corpo e sons que são
desenvolvidos ao passar através do corpo. Afim de entender como
estes sons podem ser usados clinicamente, precisamos discutir e
definir algumas das propriedades do som.
[if !supportEmptyParas] [endif]
1. PROPRIEDADES GERAIS DO SOM
[if !supportEmptyParas] [endif]
Uma onda sonora é um distúrbio mecânico num gás, num
líquido, ou num sólido, que viaja a partir da fonte com alguma
velocidade definida. Podemos usar um alto-falante vibrando o ar
p'ra frente e p'ra trás, à freqüência f, para demonstrar o
comportamento do som. As vibrações causam aumentos e
decréscimos locais na pressão relativamente à pressão atmosférica
(Fig.1). Estes aumentos de pressão, chamados compressões, e
decréscimos, chamados rarefações, espalham-se como uma onda
longitudinal, que é uma onda em que as variações de pressão
ocorrem na mesma direção da onda viajante. As compressões e
rarefações podem também serem descritas pelas variações na
densidade e pelo deslocamento dos átomos e moléculas das suas
posições de equilíbrio.
A relação entre freqüência de vibração f, o comprimento de
onda , e a velocidade v da onda sonora é
[if !supportEmptyParas] [endif]
v=.f
FIGURA 1 - Representação esquemática de uma onda sonora de um alto
falante.(a) Um diafragma vibra na freqüência f e produz compressões
(aumento de pressão) e rarefações (diminuição de pressão) no ar. (b) A
pressão relativa à pressão atmosférica versus distância. P0 é a máxima
variação de pressão do valor da pressão atmosférica, e  é o
comprimento de onda
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shapetype id="_x0000_t75"
coordsize="21600,21600" o:spt="75" o:preferrelative="t"
path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" filled="f"
stroked="f"> <v:stroke joinstyle="miter"/> <v:formulas> <v:f
eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/> <v:f eqn="sum @0 1
0"/> <v:f eqn="sum 0 0 @1"/> <v:f eqn="prod @2 1 2"/> <v:f
eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/> <v:f eqn="prod @3 21600
pixelHeight"/> <v:f eqn="sum @0 0 1"/> <v:f eqn="prod @6 1
2"/> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/> <v:f eqn="sum @8
21600 0"/> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/> <v:f
eqn="sum @10 21600 0"/> </v:formulas> <v:path
o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/> </v:shapetype><v:shape
id="_x0000_s1091" type="#_x0000_t75"
style='position:absolute; margin-left:-3.6pt;margin-
top:0;width:165.4pt;height:131.95pt;z-index:6; mso-position-
horizontal-relative:text;mso-position-vertical-relative:text'
o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image001.jpg"
o:title="Ultra_01"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>

</v:shape><![endif][if !vml] [endif][if


gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
Por exemplo, para uma onda sonora com uma freqüência de 1.000
Hz, v = 344 m/s, no ar
a 20 ºC ,  é igual a 0,344m.
A energia é transportada por uma onda na forma de energia
cinética e potencial. A intensidade I de uma onda sonora é a
energia que atravessa 1 m2 em 1 segundo, ou Watts por metro
quadrado. Assim,
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" style='width:227.25pt;height:47.25pt'
o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image003.wmz" o:title=""/>

</v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1025"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544642"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
Para uma onda plana e harmônica, as moléculas vibram
como osciladores harmônicos simples e a energia em cada ponto é
dada por
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75"
style='width:80.25pt;height:30.75pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image005.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if

!vml] [endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject


Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1026"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544643"> </o:OLEObject>
</xml><![endif]
Daí, temos
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1027" type="#_x0000_t75"
style='width:21.75pt;height:12.75pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image007.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"


ShapeID="_x0000_i1027" DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544644">
</o:OLEObject> </xml><![endif][if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1028"
type="#_x0000_t75" style='width:105.75pt;height:30.75pt' o:ole="" fillcolor="window">
<v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image009.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if

!vml] [endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject


Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1028" DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544645"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
onde  é a densidade do meio; v é a velocidade do som; f é a
freqüência;  é a freqüência angular, que é igual a 2 f; A é o
deslocamento máximo (amplitude) dos átomos ou moléculas da
posição de equilíbrio.
Define-se impedância acústica como sendo
[if !supportEmptyParas] [endif]
Z= .v
[if !supportEmptyParas] [endif]
Daí, a equação acima ainda pode ser escrita como
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1029" type="#_x0000_t75"
style='width:188.25pt;height:30.75pt' o:ole="" o:bordertopcolor="lime" o:borderleftcolor="lime"
o:borderbottomcolor="lime" o:borderrightcolor="lime" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image011.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif] [if gte mso 9]><xml>


<o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"
ShapeID="_x0000_i1029" DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544646"> </o:OLEObject>
</xml><![endif] ..........................(1)
Alguns valores típicos de , v e Z são dados na Tabela 1.
[if !supportEmptyParas] [endif]
TABELA 1 - Valores de , v e Z para as várias substâncias em
Freqüências Clínicas de Ultra-som.

[if  (Kg/m3) v (m/s) Z (Kg/m2s)


!supportEmp [if
tyParas] [en !supportE
dif] mptyPara
s] [endif]
Ar 1,29 3,31 x 102 430
Água 1,00 x 103 l4,8 x 102 1,48 x 106
Cérebro 1,02 x 103 15,3 x 102 1,56 x 106
Músculo 1,04 x 103 15,8 x 102 1,64 x 106

Gordura 0,92 x 103 14,5 x 102 1,33 x 106


Osso 1,9 x 103 40,4 x 102 7,68 x 106
[if !supportEmptyParas] [endif]
A intensidade I pode ser também expressa como

[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1030"


type="#_x0000_t75" style='width:39pt;height:33.75pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image013.wmz" o:title=""/>

</v:shape><![endif][if !vml] [endif][if gte mso


9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"
ShapeID="_x0000_i1030" DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544647"> </o:OLEObject>

</xml><![endif] ..........................
.......... (2)
[if
!supportEmptyParas] [endif]
onde P0 é a máxima variação
na pressão.
Exemplo 1
a. A máxima intensidade sonora que o ouvido pode tolerar a 1.000 Hz é
aproximadamente 1 W/m2. Qual é o deslocamento máximo, no ar,
correspondendo a esta intensidade?
SOLUÇÃO
Da equação 1 e Tabela 1, temos
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1031" type="#_x0000_t75" style='width:21.75pt;height:12.75pt'
o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image007.wmz" o:title=""/>

</v:shape><![endif][if !vml] [endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"


ShapeID="_x0000_i1031" DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544649"> </o:OLEObject> </xml><![endif][if gte vml
1]><v:shape id="_x0000_i1032" type="#_x0000_t75" style='width:105.75pt;height:24.75pt' o:ole="" fillcolor="window">
<v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image009.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"

ShapeID="_x0000_i1032" DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544650"> </o:OLEObject> </xml><![endif]  [if


gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1033" type="#_x0000_t75" style='width:75pt;height:24.75pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image017.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject


[endif]

Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1033"


DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544651">
</o:OLEObject> </xml><![endif] ou
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1034" type="#_x0000_t75"
style='width:251.25pt;height:28.5pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image019.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte
mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1034"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544652"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
ou 1,1 x10-3 cm ; ou ainda 0,011 mm.
Este valor é muito pequeno e difícil de ver tal
deslocamento de ar (deslocamento menor que uma célula)
[if !supportEmptyParas] [endif]
b. A mais fraca intensidade sonora que o ouvido pode ouvir em 1.000 Hz é
aproximadamente 10-12 W/m2. Quanto é A nestas condições?
SOLUÇÃO
Podemos usar a razão entre o caso a e este caso
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1035" type="#_x0000_t75"
style='width:116.25pt;height:59.25pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image021.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject
Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1035" DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544653"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
Ab = Aa . [if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1036" type="#_x0000_t75"
style='width:26.25pt;height:38.25pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata

src="./ULTRASOM_arquivos/image023.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml] [endif] [if


gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1036"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544654">
</o:OLEObject> </xml><![endif] = = 1,1 x 10-5.(10-
12/100)1/2 = 1,1 x 10-11 m = 0,11 x 10-12 m = 0,11 Å.

[if !supportEmptyParas] [endif]


Este deslocamento é menor que o diâmetro do átomo de
hidrogênio!(impossível de ser visto)
[if !supportEmptyParas] [endif]
c. Calcule as pressões sonoras para os casos a e b usando a equação 2.
SOLUÇÃO
P0 = [if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1037" type="#_x0000_t75"
style='width:30.75pt;height:17.25pt' o:ole=""> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image025.wmz"

[endif][if gte mso 9]><xml>


o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]
<o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.2"
ShapeID="_x0000_i1037" DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544655"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1038" type="#_x0000_t75"
style='width:224.25pt;height:27pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image027.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso


9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1038"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544656"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
= 29 (N/m2) = [if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1039" type="#_x0000_t75"
style='width:42pt;height:25.5pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata

src="./ULTRASOM_arquivos/image029.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]


[if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed"
[endif]
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1039"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544657">
</o:OLEObject> </xml><![endif]  0,0003 atmosferas
..........(caso a)
[if !supportEmptyParas] [endif]
P0b = 2,9 x 10-5 N/m2 = 0,0000000003 atmosferas
(caso b)
[if !supportEmptyParas] [endif]
Para comparação, a atmosfera é por volta de 105 N/m2.
[if !supportEmptyParas] [endif]
Para muitos propósitos não é necessário saber a pressão
absoluta ou intensidade absoluta de uma onda sonora. Para
comparamos as intensidades I1 e I2 de duas ondas sonoras, isto é, a
intensidade relativa I1/I2, introduzimos o conceito de nível sonoro,
da seguinte maneira:
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1040" type="#_x0000_t75"
style='width:141pt;height:33.75pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image031.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso 9]><xml>


<o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1040"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544659"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
O nível sonoro é expresso em uma unidade
especial, o bel, estabelecida em homenagem à
Alexander Graham Bell, que inventou o telefone e
fez pesquisas com o som e a audição. Assim, se um
som é dez vezes mais intenso que o outro, I2/I1 = 10;
desde que log10(10) = 1, as duas intensidades
sonoras diferem por 1 bel. Devido ao bel ser uma
unidade grande é comum o uso do decibel (dB) na
comparação de duas intensidades sonoras (1 decibel
= 10 dB). Esta unidade é freqüentemente usada para
descrever a performance dos sistemas hi-fi (alta
fidelidade).
Desde que I é proporcional a P2, a razão de pressão entre dois
níveis sonoros pode ser expressa como
10 log10(P22/P12), ou
20
log10(P2/P1)
Esta expressão para o
número de decibéis pode ser
usada para comparar
quaisquer duas pressões
sonoras no mesmo meio. Para
dois sons com pressões que
diferem por um fator 2
obtemos
20 log10 ([if gte vml 1]><v:shape
id="_x0000_i1041" type="#_x0000_t75"
style='width:17.25pt;height:35.25pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image033.wmz"

o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]


[if gte mso 9]><xml>
[endif]

<o:OLEObject
Type="Embed"
ProgID="Equation.3"
ShapeID="_x0000_i1041"
DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544660">
</o:OLEObject>
</xml><![endif]) =
20 log10 2 = 20 .
(0,301)  6 dB
Assim, um conjunto
hi-fi que dá uma saída sonora
uniforme de 3 dB (uma
variação total de 6 dB) de 30
a 15.000 Hz, tem uma
variação de pressão sonora
sobre seu intervalo de
freqüência de 2. Esta variação
não seria percebida pelo
ouvido médio exceto sob
controladas condições de
laboratório.
[if
!supportEmptyParas] [endif]
TABELA 2 Intensidades Aproximadas de Vários Sons.
[if Intensidade (W/m2) Nível (dB)
!supportEmptyParas] [
endif]
som apenas perceptível 10-12 0
Murmúrio 10-10 20
Residência média 10-9 30
Escritório 10-7 50
Pancada 10-6 60
Rua movimentada 10-5 70
Subterrâneo ou automóvel 10-3 90
Som que produz dor 100 120
Avião a jato 101 130
Lançamento de foguetes 105 170
[if !supportEmptyParas] [endif]
Para testes de audição, é conveniente usar uma intensidade
sonora de referência (ou pressão sonora de referência) através da
qual outras intensidades sonoras possam ser comparadas. A
intensidade sonora de referência I0 é de 10-16 W/cm2 ( = 10-12
W/m2); P0  2 x 10-4 dinas/cm2. Uma nota de 1.000 Hz com esta
intensidade é apenas audível para uma pessoa com boa audição.
Se uma intensidade sonora é dada em decibéis com nenhuma
referência a qualquer outra intensidade sonora, você pode assumir
que I0 é a intensidade de referência. A Tabela 2 dá a intensidade de
alguns sons típicos em termos deste valor de referência. O mais
intenso som que o ouvido tolera sem dor é de 120 dB. Para 120 dB,
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1042" type="#_x0000_t75" style='width:17.25pt;height:33.75pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image035.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1042"

DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544661"> </o:OLEObject> </xml><![endif] = 10


6
e
[if gte vml
1]><v:shape id="_x0000_i1043" type="#_x0000_t75" style='width:15.75pt;height:33.75pt' o:ole="" fillcolor="window">

<v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image037.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml] [endif] [if


gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1043"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544662">
</o:OLEObject> </xml><![endif] = 1012 [if !supportFootnotes][1][endif]
REFLEXÃO E REFRAÇÃO DAS ONDAS SONORAS
Quando uma onda sonora bate no corpo, parte da onda é
refletida e parte é transmitida através do corpo (Fig.2). A razão da
amplitude de pressão refletida R pela amplitude de pressão
incidente A0 depende da impedância acústica dos dois meios, Z1 e
Z2. A relação é
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1044"
type="#_x0000_t75" style='width:69pt;height:35.25pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image039.wmz" o:title=""/>

</v:shape><![endif][if !vml] [endif][if gte


mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"
ShapeID="_x0000_i1044" DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544663"> </o:OLEObject>

</xml><![endif] ..............................
......(3)
[if
!supportEmptyParas] [endif]
Para uma onda sonora no ar
batendo no corpo, Z1 é a impedância
acústica do ar e Z2 é a impedância
acústica do tecido. Note que se Z1 =
Z2, não existe onda refletida e a
transmissão para o segundo meio é
completa. Também, se Z2 <<Z1, a
variação de sinal indica a mudança
de fase da onda refletida.
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1084" type="#_x0000_t75"
style='position:absolute;left:0; text-align:left;margin-left:3.6pt;margin-
top:0;width:139.15pt;height:153.55pt; z-index:1;mso-position-horizontal-
relative:text; mso-position-vertical-relative:text' o:allowincell="f"
strokecolor="blue"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image041.jpg"
o:title="Ultra_02"/> <w:wrap type="topAndBottom" anchorx="page"/>
</v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 2 - Uma onda sonora de amplitude A incide sobre um corpo.


Parte da onda de amplitude R, e refletida ,e parte, de amplitude T, é
transmitida.
[if !supportEmptyParas] [endif]
A razão da amplitude de pressão transmitida T pela
amplitude da onda incidente A0 é
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><v:shape
id="_x0000_i1045" type="#_x0000_t75"
style='width:71.25pt;height:35.25pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image043.wmz"
o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso


9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1045"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544664">
</o:OLEObject>

</xml><![endif] ..........
.......(4)
[if
!supportEmptyParas] [endif]
As equações (3) e (4) são para as ondas sonoras estritamente
perpendiculares à superfície. As equações para ondas sonoras
incidindo de diversos ângulos são mais complicadas e não são
abordadas neste livro.
É óbvio do exemplo 2 que sempre que as impedâncias
acústicas diferirem muito existe quase completa reflexão da
intensidade sonora mas não necessariamente da pressão sonora.
Isto é verdadeiro independente de qual meio o som tem origem, e
é a razão dos sons do coração serem fracamente transmitidos para
o ar adjacente ao peito.
[if !supportEmptyParas] [endif]
Exemplo 2
Calcule as razões das amplitudes de pressão e as intensidades das ondas
sonoras transmitida e refletida do ar para o músculo.
SOLUÇÃO
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shapetype id="_x0000_t202"
coordsize="21600,21600" o:spt="202"
path="m0,0l0,21600,21600,21600,21600,0xe"> <v:stroke
joinstyle="miter"/> <v:path gradientshapeok="t"
o:connecttype="rect"/> </v:shapetype><v:shape
id="_x0000_s1137" type="#_x0000_t202"
style='position:absolute; margin-left:10.8pt;margin-
top:0;width:417.6pt;height:21.6pt;z-index:39; mso-position-
horizontal-relative:text;mso-position-vertical-relative:text'
o:allowincell="f" stroked="f"> <v:textbox> <![if !mso]> <table
cellpadding=0 cellspacing=0 width="100%"> <tr>
<td><![endif]> <div> <p class=MsoBodyText><span style='font-
family:"Courier New";mso-bidi-font-family: "Times New
Roman"'>Obtemos também as razões das intensidades refletida e
transmitida:<o:p></o:p></span></p> </div> <![if !mso]></td>
</tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="topAndBottom"/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]


[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_s1135"
type="#_x0000_t202" style='position:absolute; margin-
left:0;margin-top:50.65pt;width:174.1pt;height:38.1pt;z-index:37;
mso-position-horizontal:left;mso-position-horizontal-relative:text;
mso-position-vertical-relative:text' o:allowincell="f" stroked="f">
<v:textbox> <![if !mso]> <table cellpadding=0 cellspacing=0
width="100%"> <tr> <td><![endif]> <div> <p
class=MsoNormal><span style='font-size:10.0pt'><v:shape
id="_x0000_i1047" type="#_x0000_t75"
style='width:159.75pt;height:30.75pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image046.wmz" o:title=""/>
</v:shape><![if gte mso 9]><o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1047"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544666">
</o:OLEObject> <![endif]></span></p> </div> <![if
!mso]></td> </tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="square"/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape


id="_x0000_s1136" type="#_x0000_t202"
style='position:absolute;margin-left:205.2pt; margin-
top:0;width:177.9pt;height:39.6pt;z-index:38; mso-position-
horizontal-relative:text;mso-position-vertical-relative:text'
o:allowincell="f" stroked="f"> <v:textbox> <![if !mso]> <table
cellpadding=0 cellspacing=0 width="100%"> <tr>
<td><![endif]> <div> <p class=MsoNormal><span style='font-
size:10.0pt'><v:shape id="_x0000_i1049" type="#_x0000_t75"
style='width:163.5pt;height:32.25pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image048.wmz" o:title=""/>
</v:shape><![if gte mso 9]><o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1049"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544667">
</o:OLEObject> <![endif]></span></p> </div> <![if
!mso]></td> </tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="topAndBottom"/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]


Usando os valores de Z da Tabela 1, nas equações 2 e
4, obtemos as razões das amplitudes de pressão das
ondas sonoras refletida e transmitida:
[if !supportEmptyParas] [endif]

[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1050" type="#_x0000_t75"


style='width:297pt;height:122.25pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image050.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"


ShapeID="_x0000_i1050" DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544668"> </o:OLEObject>
</xml><![endif]

O exemplo 3 mostra que quando as impedâncias acústicas


de dois meios são semelhantes quase todo o som é transmitido
para o segundo meio. A escolha de materiais com impedâncias
acústicas semelhantes é chamada casamento de impedâncias.
Para receber energia sonora do corpo requer-se casamento de
impedâncias.
[if !supportEmptyParas] [endif]
Exemplo 3
Calcule as amplitudes e intensidades das ondas sonoras
refletida e transmitida da água para o músculo.
SOLUÇÃO
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_s1138"
type="#_x0000_t202" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:11.5pt;width:176.4pt; height:36.7pt;z-
index:40;mso-position-horizontal:left; mso-position-horizontal-
relative:text;mso-position-vertical-relative:text' o:allowincell="f"
stroked="f"> <v:textbox> <![if !mso]> <table cellpadding=0
cellspacing=0 width="100%"> <tr> <td><![endif]> <div> <p
class=MsoNormal><span style='font-size:10.0pt'><v:shape
id="_x0000_i1052" type="#_x0000_t75"
style='width:161.25pt;height:27.75pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image052.wmz" o:title=""/>
</v:shape><![if gte mso 9]><o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1052"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544669">
</o:OLEObject> <![endif]></span></p> </div> <![if
!mso]></td> </tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="square"/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape


id="_x0000_s1139" type="#_x0000_t202"
style='position:absolute;margin-left:212.4pt; margin-
top:0;width:158.25pt;height:39.45pt;z-index:41; mso-position-
horizontal-relative:text;mso-position-vertical-relative:text'
o:allowincell="f" stroked="f"> <v:textbox> <![if !mso]> <table
cellpadding=0 cellspacing=0 width="100%"> <tr>
<td><![endif]> <div> <p class=MsoNormal><span style='font-
size:10.0pt'><v:shape id="_x0000_i1054" type="#_x0000_t75"
style='width:143.25pt;height:31.5pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image054.wmz" o:title=""/>
</v:shape><![if gte mso 9]><o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1054"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544670">
</o:OLEObject> <![endif]></span></p> </div> <![if
!mso]></td> </tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="topAndBottom"/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]


Usando os valores da Tabela 1 nas equações 2 e 4,
obtemos
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1085"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;left:0; text-
align:left;margin-left:10.8pt;margin-
top:0;width:278.3pt;height:153.55pt; z-index:2;mso-position-
horizontal-relative:text; mso-position-vertical-relative:text'
o:allowincell="f" strokecolor="#f90"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image056.jpg"
o:title="Ultra_03"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><v:shape id="_x0000_s1141" type="#_x0000_t202"
style='position:absolute; left:0;text-align:left;margin-
left:198pt;margin-top:0;width:244.6pt;height:39.6pt; z-
index:43;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f" stroked="f"> <v:textbox>
<![if !mso]> <table cellpadding=0 cellspacing=0 width="100%">
<tr> <td><![endif]> <div> <p class=MsoNormal><span
style='font-size:10.0pt'><v:shape id="_x0000_i1056"
type="#_x0000_t75" style='width:230.25pt;height:32.25pt'
o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image057.wmz" o:title=""/>
</v:shape><![if gte mso 9]><o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1056"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544671">
</o:OLEObject> <![endif]></span></p> </div> <![if
!mso]></td> </tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="topAndBottom"/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]


FIGURA 3 - Comportamento de uma onda sonora na interface entre
duas substâncias onde ocorrem a reflexão e a refração. A velocidade do
som no meio 2 (v2 ) é maior que no meio 1 (v1 ).
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

A razão das intensidades refletida e transmitida são


agora
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1140"
type="#_x0000_t202" style='position:absolute;margin-
left:3.6pt;margin-top:0; width:150.9pt;height:46.35pt;z-
index:42;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f" stroked="f"> <v:textbox>
<![if !mso]> <table cellpadding=0 cellspacing=0 width="100%">
<tr> <td><![endif]> <div> <p class=MsoNormal><span
style='font-size:10.0pt'><v:shape id="_x0000_i1058"
type="#_x0000_t75" style='width:135.75pt;height:38.25pt'
o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image059.wmz" o:title=""/>
</v:shape><![if gte mso 9]><o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1058"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544672">
</o:OLEObject> <![endif]></span></p> </div> <![if
!mso]></td> </tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="topAndBottom"/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]

Na nossa discussão da reflexão de uma onda sonora assumimos


que a onda era perpendicular à superfície. Assim a onda transmitida
veio na mesma reta da onda refletida. Como se comportam as ondas
sonoras refletida e transmitida quando uma onda bate com um
ângulo i numa separação entre dois meios? (Fig.3)
As leis geométricas envolvendo a reflexão e refração são as
mesmas que para a luz. Isto significa que incidente = refletido, ou i =r.
O ângulo da onda sonora refratada 2 é determinado pelas
velocidades do som nos dois meios v1 e v2 da equação
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1059"
type="#_x0000_t75" style='width:78pt;height:35.25pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image061.wmz" o:title=""/>

</v:shape><![endif][if !vml] [endif][if


gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1059"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544674">
</o:OLEObject> </xml><![endif]
Pelo fato do som poder ser refratado, lentes acústicas podem
ser construídas para focalizar ondas sonoras.
ABSORÇÃO DAS ONDAS SONORAS
Quando uma onda sonora passa através do tecido, existe
alguma perda de energia devido aos efeitos do atrito. A absorção
de energia no tecido causa uma redução na amplitude da onda
sonora. A amplitude A numa profundidade x cm, num meio, está
relacionada à amplitude inicial A0 (x = 0) pela equação exponencial
A = A0 e -  x

onde , em cm-1, é o coeficiente de absorção para o meio numa


freqüência particular. A Tabela 12.3 dá alguns coeficientes típicos
de absorção. A Fig.4 ilustra a absorção exponencial do ultra-som
no óleo.
TABELA 3 - Coeficientes de absorção e de espessura para várias
substâncias
Material freqüência (MHz)  (cm-1) Meio-valor de Espessura(cm)
Músculo 1 0,13 2,7
gordura 0,8 0,05 6,9
cérebro(ave) 1 0.11 3,2
osso (crânio humano) 0,6 0,4 0,95
[if 0,8 0,9 0,34
!supportEmptyParas
] [endif]
[if 1,2 1,7 0,21
!supportEmptyParas
] [endif]
[if 1,6 3,2 0,11
!supportEmptyParas
] [endif]
[if 1,8 4,2 0,08
!supportEmptyParas
] [endif]
[if 2,25 5,3 0,06
!supportEmptyParas
] [endif]
[if 3,5 7,8 0.45
!supportEmptyParas
] [endif]
água 1 2,5 x 10-4 1,4 x 103
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1134"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:23.55pt;margin-top:0; width:223.2pt;height:254.35pt;z-
index:36;visibility:visible; mso-wrap-edited:f;mso-position-
horizontal:absolute; mso-position-horizontal-relative:text;mso-
position-vertical:top; mso-position-vertical-relative:text'>
<v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image063.wmz"
o:title=""/> <w:wrap type="topAndBottom"/> </v:shape><![if
gte mso 9]><o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Word.Picture.8" ShapeID="_x0000_s1134"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544675">
</o:OLEObject> <![endif]><![endif][if !vml]
[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 4 - Absorção de ultra-som. (a) Um feixe ultra-sônico é enviado


do transdutor T para uma grande banheira de óleo. (b) Ela é absorvida
exponencialmente. A espessura meio-valor é o comprimento da trajetória
no óleo que reduz o feixe em 50% de sua intensidade original I0 .
[if !supportEmptyParas] [endif]
OBSERVAÇÃO:- A intensidade de meio-valor de camada é
igual a [if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1061" type="#_x0000_t75" style='width:24pt;height:30.75pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image065.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed"


[endif]

ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1061"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544676">
</o:OLEObject> </xml><![endif]
Desde que a intensidade é proporcional ao quadrado da
amplitude (equação 1), sua dependência com a profundidade é
I = I0 e - 2  x ...............(5)
onde I0 é a intensidade incidente em x = 0 e I é a intensidade
numa profundidade x no absorvedor. Desde que o coeficiente de
absorção na equação (5) é 2, a intensidade decresce mais
rapidamente que a amplitude com a profundidade.
O meio-valor de espessura (HVT = Half-Value Thickness)
é a espessura de tecido necessária para diminuir de I 0 a I0/2. A
Tabela 3 dá os HVT's típicos para diferentes tecidos. Note que a
alta absorção no crânio humano e que a absorção cresce quando
aumenta a freqüência do som. Este aumento de absorção com a
freqüência ocorre também para outros tecidos do corpo e limita a
máxima freqüência que pode ser usada clinicamente (ver exemplo
4).
Exemplo 4
Qual é a atenuação da intensidade do som por 1 cm de osso em 0,8; 1,2;
1,6 MHz?
SOLUÇÃO
Embora a equação (5) possa ser usada, uma rápida
estimativa pode ser feita usando os HVT's dados na
Tabela (3). Em 0,8 MHz, o HVT é de 0,34 cm; portanto,
1 cm está ao redor de 3 HVT, e a intensidade é
reduzida por 23, ou por um fator de 8 (isto é,
aproximadamente 12 % permanece). Em 1,2 MHz, o HVT é
0,21; 1 cm está perto de 5 HVT, e a intensidade é
reduzida por quase 25, ou por um fator de 32 (isto é,
aproximadamente 3% permanece). Em 1,6 MHz o HVT é o
0,11 cm; 1 cm está ao redor de 9 HVT, e a intensidade
é reduzida por volta de 29, ou por um fator de 512
(isto é, aproximadamente 0,5% permanece).
ESPALHAMENTO
Em adição à absorção do som, o espalhamento, ou
divergência do som, faz a intensidade decrescer. Se o som é de uma
pequena fonte (fonte pontual) a divergência faz a intensidade
decrescer de acordo com a lei do inverso do quadrado. Isto é, I é
proporcional a 1/r2 onde r é a distância da fonte ao ponto de
medição. A fonte clínica típica de ultra-som é pequena ( 1 cm),
mas não é uma fonte pontual ideal.
[if !supportEmptyParas] [endif]
2. O CORPO COMO UM TAMBOR
(PERCUSSÃO NA MEDICINA)
Percussão (tapinha) tem sido usado desde o início da
civilização para vários propósitos tais como testar se as paredes são
sólidas ou coberturas para esconderijos e se o barril de vinho está
cheio ou vazio. O primeiro uso registrado da percussão no corpo
humano como um meio de diagnóstico ocorreu no século dezoito.
Em 1761, L. Auenbrugger publicou um pequeno livro, “sobre a
percussão do peito”, que era baseado nas suas observações clínicas
durante sete anos de diferentes sons que ele produziu pelas
pancadinhas no peito dos pacientes em vários lugares. Deve ser
mencionado que Auenbrugger era um músico talentoso e que seu
pai tinha uma hospedaria. Ele provavelmente aprendeu a técnica de
percussão batendo em barrís de vinho do seu pai, e seu ouvido
musical provavelmente auxiliou-o na interpretação dos sons .
[if !supportEmptyParas] [endif]

[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1087"


type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:285.5pt;height:177.5pt;z-index:3;mso-
position-horizontal-relative:text; mso-position-vertical-
relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image067.jpg"
o:title="Ultra_05"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml


1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 5 - Um método de indução de percussão do peito para as


costas. Os dedos de uma mão são mantidos contra a pele e batidos com
os dedos da outra mão.
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
No seu livro, Auenbrugger descreveu como bater no tórax
com os dedos (Fig.5) e ele estabeleceu, "o som assim provocado do
tórax sadio parece-se com o som sufocado de um tambor coberto
com um espesso tecido de lã ou outro envoltório". Ele discutiu
ambos os sons ouvidos de objetos sadios e o som ouvido de
pacientes com vários sintomas patológicos. Auenbrugger
estabeleceu que com a percussão ele poderia diagnosticar câncer, a
presença de cavidades anormais em um órgão, e aquelas doenças
envolvendo fluidos na região do tórax. Ele confirmou muitos
daqueles diagnósticos examinando os corpos após a morte.
A descoberta de Auenbrugger inteiramente ignorada até
1808, quando seu trabalho originalmente publicado em Latim, foi
traduzido para o Francês. A percussão tem desde então se tornado
uma importante técnica na detecção de doenças.
[if !supportEmptyParas] [endif]
3. O ESTETOSCÓPIO
Talvez nenhum símbolo está mais associado com o médico
do que o estetoscópio pendurado no pescoço ou saindo de sua
maleta. Este simples "auxiliar de audição" permite um médico ou
enfermeira ouvir sons produzidos dentro do corpo, principalmente
do coração e pulmões. O ato de ouvir estes sons com um
estetoscópio é chamado “auscultação intermediada”, ou
usualmente apenas “auscultação”. (Devemos ser cuidadosos em
distinguir auscultação de osculação, que é uma atividade
totalmente diferente).
Muitos sons da região toráxica podem ser úteis no diagnóstico
da doença. Antes de 1818, o único método disponível para
examinar o tórax era sentindo-o com as mãos, percussão e
auscultação intermediada com o ouvido diretamente no peito. No
“um tratado sobre as doenças do peito e sobre auscultação
intermediada” (1818), R.T.H. Laenec descreveu as objeções de se
colocar o ouvido diretamente no peito: "é sempre inconveniente
para ambos, médico e paciente, e no caso das mulheres, não
somente é indelicado, mas freqüentemente impraticável; e para
aquela classe de pessoas encontradas nos hospitais é repugnante".
Deve ser mencionado que naquele tempo, médicos rotineiramente
atendiam chamados em casa e examinavam e tratavam quase todo
mundo, em qualquer caso, na sua casa. Somente pacientes pobres
iam para o hospital.
Laenec usou auscultação intermediada até 1816 quando ele
examinou uma garota com sintomas gerais de uma doença do
coração. Como ela era gorda, jovem e mulher, ele sentiu que o
método de exame usual não era apropriado. Entretanto, ele
lembrou-se que se uma extremidade de um pedaço de madeira é
arranhado com um prego, o som pode ser ouvido bem quando na
outra extremidade é colocado o ouvido. Ele imediatamente enrolou
vários pedaços de papéis num cilindro e levou uma das
extremidades ao seu ouvido e a outra ao peito da garota acima do
seu coração. O resultado foi dramático e encorajou Laenec a
melhorar este instrumento. Eventualmente ele desenvolveu um
cilindro oco de madeira de 30 cm de comprimento com um
diâmetro interno de aproximadamente de 1 cm e um diâmetro
externo de mais ou menos 7,5 cm. Ele chamou-o de estetoscópio.
Naquele livro, ele descreveu sua pesquisa sobre o estetoscópio e
sua interpretação dos sons naturais e patológicos dos pulmões,
coração e voz.
O estetoscópio correntemente em uso está baseado no
trabalho original de Laenec. As partes principais de um moderno
estetoscópio são o sino, o qual é aberto ou fechado por um fino
diafragma, o tubo e as peças auditivas (Fig.6).
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1088"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;left:0; text-
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1]></o:wrapblock><![endif]

Figura 6 - Um esquema de um moderno estetoscópio


[if !supportEmptyParas] [endif]
O sino aberto é um casamento de impedâncias entre a pele e o ar,
e acumula sons da área de contato. A pele sob o sino aberto
comporta-se como um diafragma. A pele-diafragma tem uma
freqüência de ressonância natural na qual ela transmite mais
efetivamente os sons; os fatores controladores da freqüência de
ressonância são semelhantes daqueles que controlam as
freqüências de vibração de uma corda esticada. Quanto mais
esticada a pele ao ser puxada, maior é a sua freqüência de
ressonância. Quanto maior o diâmetro do sino, mais baixa a
freqüência de ressonância da pele. Assim é possível aumentar o
intervalo sonoro de interesse variando o comprimento do sino e
variando a pressão do sino contra a pele e assim a tensão do sino.
Uma baixa freqüência de ruído do coração parecerá ocorrer se o
estetoscópio é pressionado fortemente contra a pele!
Um sino fechado é meramente um sino com um diafragma de
freqüência de ressonância conhecida, usualmente alta, que desafina
os sons de baixa freqüência. Sua freqüência de ressonância é
controlada pelo mesmo fator que controla a freqüência do sino
aberto pressionado contra a pele. O estetoscópio de sino fechado é
principalmente usado para audição de sons dos pulmões, que são
freqüências maiores que os sons do coração. A Fig.7 mostra o
intervalo de freqüência típico dos sons do coração e do pulmão.
[if !supportEmptyParas] [endif]
FIGURA 7 – A maioria dos sons do coração são de baixas freqüências
na região onde a sensibilidade da audição é pobre. Os sons dos pulmões
tem geralmente freqüências maiores. A curva representa o corte de
audição para um bom ouvido. Alguns dos sons do coração e dos
pulmões estão abaixo deste corte
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[if !supportEmptyParas] [endif]

Qual é a melhor forma para o sino? Desde que estamos


tratando de um sistema fechado na outra extremidade por um
diafragma sensível a pressão, o tambor auditivo, é desejável ter-se
um sino com um volume tão pequeno quanto possível. Quanto
menor o volume de gás, maior a variação de pressão para um dado
movimento do diafragma na extremidade do sino.
O volume dos tubos deve também ser pequenos, e deve existir
pouca perda por atrito do som nas paredes dos tubos. A pequena
restrição de volume sugere tubos de diâmetros pequenos, curtos,
enquanto a restrição de baixa fricção sugere tubos de diâmetros
largos. Se o diâmetro do tubo é muito pequeno, perdas por atrito
ocorrem, e se é muito grande o volume de ar movimentando-se, é
muito maior; em ambos os casos a eficiência é reduzida. Abaixo de
100 Hz, o comprimento dos tubos no afeta consideravelmente a
eficiência, mas acima desta freqüência a eficiência decresce
quando o tubo é aumentado. Em 200 Hz, 15 dB é perdido na
variação de um tubo de 7,5 cm de comprimento para um tubo de
66 cm. O ideal é um tubo com um comprimento de 25 cm e um
diâmetro de 0,3 cm.
As peças auditivas devem ajustar bem no ouvido porque o
escoamento de ar reduz o som ouvido. Quanto mais baixa a
freqüência, mais significante o escoamento. Escoamentos também
permitem ruído de fundo entrar no ouvido. As peças auditivas são
usualmente projetadas para seguir ligeiramente a inclinação do
canal do ouvido.
[if !supportEmptyParas] [endif]
4 - IMAGENS DE ULTRASOM DO CORPO
O ouvido humano responde a sons no intervalo de freqüências
de 20 a 20.000 Hz, embora muitos animais possam produzir e ouvir
sons de freqüências consideravelmente maiores. Por exemplo,
morcegos emitem sons de freqüências ultra-sônicas - 30 a 100 kHz
- e voam ouvindo os ecos. Foi descoberto durante a II Guerra
Mundial que o homem pode usar ultra-sons em muito situações da
mesma maneira que os morcegos. A marinha desenvolveu o sonar
(Sound Navigation and Ranging), um método de localizar objetos
submersos, tais como submarinos, com ecos ultra-sônicos. Após a
II Guerra Mundial engenheiros-médicos desenvolveram técnicas
para usar o ultra-som em diagnósticos.
Nesta seção discutimos o uso do ultra-som para produzir
imagens para diagnósticos médicos. Basicamente, uma fonte de
ultra-som envia um feixe de pulsos sonoros de 1 a 5 MHz através
do corpo. O tempo requerido para os pulsos sonoros serem
refletidos dá informação da distância das várias estruturas, ou
órgãos, no trajeto do feixe ultra-sônico.
Embora existam vários métodos de geração de ultra-som, o
mais importante para aplicações médicas envolve efeitos
piezoelétricos. Este efeito foi descoberto por Jacques e Pierre Curie
por volta de 1880. Muitos cristais podem ser cortados de modo que
uma voltagem oscilante através dele produzirá uma vibração
semelhante a do cristal, gerando assim uma onda sonora (Fig.8).
Um dispositivo que converte energia elétrica em energia
mecânica, ou vice-versa, é chamado transdutor. Geradores de
ultra-sons são freqüentemente referidos como tradutores.
Cada transdutor tem uma freqüência de ressonância natural
de vibração. Quanto mais tênue o cristal, maior a freqüência em
que ele oscilará. Para um cristal de quartzo cortado ao longo de um
certo eixo (corte - x), uma espessura de 2,85 mm dá uma freqüência
de ressonância de 1 MHz.
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Figura 8 - Comportamento de um cristal de quartzo usado na produ[ao


de ultra-som. (a) Ligacao dos eletrodos; (b) variacao na espessura d do
cristal (muito exagerada) devido a uma voltagem alternada aplicada V;
(c) o cristal montado numa boquilha para produzir um feixe de ultrasons.
Um feixe focalizado e produzido quando uma lente acústica e ligada ao
cristal.
[if !supportEmptyParas] [endif]
Freqüências típicas para trabalhos médicos estão no intervalo de 1
a 5 MHz. Um nível de potência média para aplicações em
diagnósticos é uns poucos miliwatts por centímetro quadrado.
Pulsos de ultra-som são transmitidos ao corpo colocando um
cristal vibrante em estreito contato com a pele, usando água ou uma
pasta gelatinosa para eliminar o ar. Isto dá um bom acoplamento
com a pele e aumenta consideravelmente a transmissão do ultra-
som no corpo e do eco de volta ao detetor.
O mesmo transdutor que produziu o pulso serve como
detetor. As vibrações do cristal produzidas pelos ecos geram uma
voltagem sobre ele - exatamente o contrário do que ocorre na
produção do ultra-som. Os sinais fracos são então amplificados e
mostrados num osciloscópio.
Muitas das aplicações de ultra-som na medicina estão
baseadas nos princípios do sonar. Num sonar um pulso de onda
sonora é enviado e é refletido no objeto; do tempo requerido para
receber o eco e da velocidade conhecida do som na água, a
distância do objeto pode ser determinada. Morcegos e golfinhos
usam o princípio do sonar para orientação e busca de alimentos
(Fig.9). Cegos humanos usam o mesmo princípio quando ouvem
os ecos de uma pancadinha de uma bengala para ajudá-lo a evitar
grandes objetos.
Para obter informação do diagnóstico sobre a profundidade
das estruturas no corpo, enviamos pulsos de ultra-som sobre o
corpo e medimos o tempo requerido para receber o som refletido
(ecos) em suas várias superfícies. Este procedimento é chamado
mapeamento A (ou varredura A, ou modo A, ou scan A) de
diagnóstico ultra-sônico. Pulsos para o mapeamento A funcionar
são tipicamente de uns poucos microsegundos de extensão. Eles
são usualmente emitidos de 400 a 1.000 pulsos/s.
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FIGURA 9 - O princípio do sonar. O golfinho envia ondas ultra-sônicas e


usa os ecos para localizar o alimento.
[if !supportEmptyParas] [endif]
O método mapeamento A está ilustrado esquematicamente na
Fig.10. Na Fig 10a, um transdutor T envia um pulso de ultra-som
através de um béquer de água de diâmetro d. O som é refletido do
outro lado do béquer e retorna ao transdutor, que também atua
como um receptor. O eco detectado é convertido num sinal elétrico
e é mostrado como a deflexão vertical R no tubo de raios catódicos
(CRT = Cathode Ray Tube) de um osciloscópio Fig.10a'. Como o
eco foi atenuado pela água, R é menor, em amplitude, do que o
pulso inicial mostrado no osciloscópio em a'. O tempo requerido
para o pulso viajar do transdutor ao lado oposto e voltar ao
transdutor está indicado na escala horizontal do osciloscópio. Este
tempo pode ser facilmente convertido para a distância usando a
velocidade conhecida do som na água (Tabela 1) para calibrar a
escala.

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left:0;margin-top:0; width:357.5pt;height:208.8pt;z-index:9;mso-
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gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
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FIGURA 10 - Esquema de um mapeamento A. Veja o texto para


explicação.
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
FIGURA 11 - Esquema de um mapeamento A mostrando as múltiplas
reflexões que estão ocorrendo. Veja texto para explicação.
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1096"
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left:0;margin-top:0; width:108pt;height:201.6pt;z-index:10;mso-
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1]></o:wrapblock><![endif]

[if !supportEmptyParas] [endif]

Um objeto no béquer pode ser localizado com ultra-som. Na


Fig.10b uma superfície S a distância d1 produz um eco adicional,
o qual está disposto no osciloscópio como S na posição
d1(Fig.10b'). Note que o eco R é agora menor. Quando a
superfície vibra (Fig.10c), a posição do eco no osciloscópio
também se move. (Fig.10c').
É possível também ter-se múltiplas reflexões entre as
superfícies. A (Fig.11a) ilustra este efeito. Um pulso emitido pelo
transdutor T é refletido na parede oposta e volta ao transdutor, onde
parte é convertida em sinal e parte é novamente refletida para a
parede oposta; esta parte retorna ao transdutor novamente e aparece
como um sinal. Um múltiplo de tais ecos aparecem na Fig 11b com
um objeto à distância d e um segundo objeto a 2d.
Deve ser lembrado que a base para o uso do ultra-som na
medicina é a reflexão parcial do som na superfície entre dois meios
que tem diferentes propriedades acústicas. A quantidade de
reflexões depende principalmente da diferença nas impedâncias
acústicas dos dois materiais e a orientação da superfície com
respeito ao feixe. Desde que o transmissor e o detetor estão na
mesma unidade, os sinais mais intensos detectados são devidos a
reflexões nas superfícies perpendicular ao feixe. A maioria dos
diagnósticos que usam ecos ultra-sônicos são sinais muito
pequenos devido a fraca reflexão e absorção do som pelo tecido. A
grande perda do sinal devido a absorção exponencial do som no
tecido pode ser compensada amplificando eletronicamente o eco
por uma quantidade proporcional à profundidade do corpo no qual
o som é refletido (Fig.12).
[if !supportEmptyParas] [endif]
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left:0;margin-top:0; width:167.95pt;height:223.2pt;z-
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gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 12 - Ecos fracos de estrutura profunda pode ser amplificado


eletronicamente para tornar-se visível. (a) o pulso transmitido T produz
um eco fraco R no CRT. (b) A quantidade amplificada cresce com o
tempo (ou distancia). (c) A amplificação cresce com o tamanho do eco.

[if !supportEmptyParas] [endif]


Um outro problema é a falta de resolução, ou habilidade do
equipamento detectar ecos separados de dois objetos muito juntos.
Em geral, estruturas menores que o comprimento de onda não
podem ser resolvidas. Desde que =v/f, onde v é a velocidade do
som e f é a freqüência, sons de alta freqüências tem comprimentos
de onda mais curto e permite uma melhor resolução que os sons de
baixa freqüência. Por exemplo, o som de 1,2 MHz tem um
comprimento de onda na água de 1,5 x 103/1,2 x 106 = 1,2 x 10-3 m
ou 1,2 mm, enquanto o som de 3,5 MHz tem um comprimento de
onda de 0,43 mm. Entretanto, um compromisso deve ser feito na
escolha da freqüência desde que a absorção aumenta com o
aumento da freqüência. Por exemplo, um sinal de 3,5 MHz não
penetra através do crânio tão bem quanto sons de 1,2 MHz (Tabela
3), e tem que atravessar duas vezes o crânio para que o eco atinja o
detetor.
Um procedimento mapeamento A, a ecoencefalografia, tem
sido usada na detecção de tumores no cérebro. Pulsos de ultra-som
são enviados a uma estreita região do crânio ligeiramente acima do
ouvido e o eco das diferentes estruturas dentro da cabeça são
mostrados num osciloscópio (Fig.13). O procedimento usual é
comparar os ecos do lado esquerdo da cabeça com aqueles do lado
direito e observar uma mudança na estrutura da linha média. Um
tumor num lado do cérebro tende mudar a linha média em direção
ao outro lado (Fig.14). Geralmente uma mudança de mais que 3
mm para um adulto ou 2 mm para uma criança é considerado
anormal.
Durante a ecoencefalografia cuidados devem ser tomados
para que o instrumento possa detectar o eco imediatamente após o
pulso inicial do lado mais próximo do crânio. Esta informação é
necessária para comparar explorações (enquadramento) do direito
ao esquerdo e esquerdo ao direito. É também necessário exercer
cuidado em interpretar as figuras de eco quando o crânio é
assimétrico para evitar de fazer um falso diagnóstico.
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1100"
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left:0;margin-top:0; width:187.2pt;height:328.7pt;z-
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vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
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FIGURA 13 - O método mapeamento A para localizará a linha média do


cérebro. (ecoencefalografia). Pulsos de ultrasons são enviados ao
cérebro pelo transdutor T, e os ecos são mostrados no osciloscópio.

[if !supportEmptyParas] [endif]


Aplicações do mapeamento A na oftalmologia pode ser dividida
em duas áreas: uma está concentrada em obtenção de informações
para uso em diagnóstico das doenças do olho; a segunda envolve
biometria, ou medidas de distâncias do olho. Em níveis de baixas
potências usados, não existe perigo ao olho do paciente.
Freqüências ultra-sônicas de até 20 MHz são usadas. Estas altas
freqüências podem ser usadas no olho para produzir melhores
resoluções pois não existe osso para absorver muita energia, e a
absorção não é significante por que o olho é pequeno.
Técnicas de diagnóstico de ultra-som são suplementares aos
exames oftalmológicos geralmente praticados; elas podem
melhorar a informação sobre as regiões mais profundas do olho e
são especialmente úteis quando a córnea ou lente é opaca. O uso
do mapeamento A , mais informações ópticas e mesmo de raios-X
podem ser necessárias para um diagnóstico completo. Tumores,
corpos estranhos e descolamento da retina ( a parte sensível do olho
à luz) são alguns dos problemas que podem ser diagnosticado com
ultra-som. A Fig.15 é uma visão esquemática de um mapeamento
A normal do olho. A Fig.16 mostra um mapeamento A de um
severo descolamento da retina
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1102"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:213.5pt;height:345.6pt;z-
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[if !supportEmptyParas] [endif]
FIGURA 14 - Ecoencefalografia de um cérebro normal e um anormal. (a)
Um par de mapeamentos de um cérebro normal. O transdutor T está no
lado direito da cabeça no mapeamento de cima e no lado esquerdo no
mapeamento de baixo. F indica ecos do lado de trás do crânio. Não
existe deslocamento do eco de linha média. (b) Um par de
mapeamentos de um cérebro anormal mostrando um deslocamento de 7
mm adiante no lado direito que poderia ser causado por um tumor no
lado esquerdo do cérebro. (De M.M.Lapayowker em S. Gottlieb e M.
Viamonte (Eds.), DIAGNÓSTICO DE ULTRASOM, Comitê de Novas
Tecnologias, Colégio Americano de radiologia, sem data, p. 16)

[if !supportEmptyParas] [endif]


[if !supportEmptyParas] [endif]
FIGURA 15 - Um transdutor ultra-sônico T transmite sons através da
água do olho, e o som refletido e mostrado num osciloscópio
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1103"
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3.6pt;margin-top:0; width:167.95pt;height:203.95pt;z-
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gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]

[if !supportEmptyParas] [endif]

Sem ultra-som os oftalmologistas podem enxergar o mundo do


olho até o nervo óptico, mas medidas do olho tem sido
grandemente confinadas ao segmento exterior. Com ultra-som é
possível medir distâncias no olho tais como a espessura de lentes,
a distância da retina, e a espessura do humor vítreo. Esta
informação pode ser combinada com outras quantidades tais
como a curvatura da córnea e a prescrição para óculos corretivos
para determinar os índices de refração dos componentes do olho.
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1106"
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left:0;margin-top:0; width:307.1pt;height:95.95pt;z-
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[endif][if gte vml


1]></o:wrapblock><![endif]
FIGURA 16 - Estudos ultra-sônicos de uma retina descolada. O CRT
mostra um eco s da esclera anterior, um eco r da retina, e um eco s da
esclera na parte de trás do olho. Num olho normal o eco da
retina mistura-se com o eco da esclera posterior ( De K. Ossoinig, em A.
Oksala e H. Gernet (Eds.), ULTRASOM NA OFTALMOLOGIA, Karger,
Basel/ New York, 1967, pp. 116-133).
[if !supportEmptyParas] [endif]

Para muitos propósitos clínicos o mapeamento A tem sido


largamente trocado por mapeamento B. O método do mapeamento
B é usado para obter visões bidimensional das partes de um corpo.
Os princípios são os mesmos daqueles do mapeamento A exceto
que o transdutor é movimentado. Como resultado cada eco produz
um ponto no osciloscópio na posição correspondente à localização
da superfície refletora (Fig.17). Um osciloscópio de
armazenamento é usualmente empregado de modo que a última
imagem pode ser formada e uma fotografia pode ser feita (Fig.18).
O mapeamento B estabelece informação sobre a estrutura
interna do corpo. Eles tem sido usados nos diagnósticos do olho,
fígado, seios, coração e feto. Eles podem detectar gravidez muito
cedo, como a quinta semana, e pode estabelecer informação sobre
anomalias uterinas (Fig.19). Informação sobre o comprimento,
localização, e mudança com o tempo de um feto é extremamente
útil nos partos normais (Fig.20) e em casos tais como hemorragias
anormais e ameaças de aborto. Em muitos casos mapeamento B
pode estabelecer mais informações que raios-X, e apresentam
menos riscos (ver Capítulo 19). Por exemplo, estudo de raio-X
pode somente detectar quisto que produzem soluções radiopacas,
enquanto o ultra-som pode ser usado para mostrar muitos tipos de
quistos.
Nos trabalhos iniciais com mapeamento B todos os ecos
mostrados no CRT tinham o mesmo brilho. O operador poderia
excluir ecos de baixas magnitude enviando um controle eletrônico
a um valor de corte escolhido. Embora este modo, chamado
exposição margem de fundo, é muito útil para muitos propósitos,
ela não dá informação dos comprimentos dos ecos. O método
melhorado eletronicamente exposição escala-cinzenta muda o
brilho no CRT de modo que ecos fortes aparecem mais brilhantes
que os fracos. A Fig.21 mostra um mapeamento mostrado em dois
modos. Com a exposição escala-cinzenta, tumores no fígado que
poderiam ter sidos ocultados com a exposição margem-fundo, tem
sido facilmente detectado.
O sucesso da exposição escala cinzenta tem conduzido ao
desenvolvimento das exposições coloridas que mostram um
intervalo maior de ecos. Um intervalo ainda maior de ecos podem
ser mostrados usando exposições digitais. Neste caso o eco ultra-
sônico deve ser processado eletronicamente e acoplado a um
computador.
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1107"
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left:0;margin-top:0; width:307.1pt;height:196.75pt;z-
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</v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml


1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 17 - Esquema do método do mapeamento B. (a)Quando o


transdutor se move para a direita ele produz ecos do objeto inundado.
(a') O osciloscópio armazenador mostra um ponto correspondente à
localização do eco recebido. Os pontos fora de linha no topo da
superfície do objeto. (b) Quando o transdutor é levantado rapidamente
enquanto movimenta para a direita ele produz ecos da outra superfície.
(b') O mapeamento resultante mostra os lados do objeto.
[if !supportEmptyParas] [endif]

[if !supportEmptyParas] [endif]


[if !supportEmptyParas] [endif]
FIGURA 18 - Uma técnica de ultra-som move o transdutor de uma
unidade de mapeamento B sobre o abdome nu de uma paciente grávida
enquanto ajusta o brilho da imagem no monitor. Quando uma imagem
satisfatória é obtida, uma cópia é feita com a câmara. (Cortesia
de Unirad Corporation, Denver, Colo.)
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1108" type="#_x0000_t75"
style='position:absolute;margin-left:0;margin-top:0;
width:194.4pt;height:220.7pt;z-index:17;mso-position-horizontal-relative:text;
mso-position-vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image093.jpg" o:title="Ultra_18"/> <w:wrap
type="topAndBottom"/> </v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte vml
1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

5. ULTRASOM PARA MEDIR MOVIMENTOS


[if !supportEmptyParas] [endif]
Dois métodos são usados para obter informações sobre
movimentos no corpo com ultra-som; o mapeamento M
(movimento), que é usado para estudar movimentos tais como
aqueles do coração e válvulas cardíacas, e a técnica Doppler, que é
usada para medir o fluxo sangüíneo.
O mapeamento M combina certas características do
mapeamento A e o mapeamento B. O transdutor é mantido
estacionário como no mapeamento A e os ecos aparecem como
pontos no mapeamento B.
A Fig.22a mostra um transdutor fixo na posição emitindo um
pulso de ultra-som no béquer de água que tem uma interface
vibrando nela. A Fig. 22b é um mapeamento B padrão mostrando
o movimento da interface no tela do osciloscópio. Quando o traço
do osciloscópio é levado a mover-se verticalmente como uma
função do tempo, o movimento da interface é mostrada como um
mapeamento M como visto na Fig.22c.

[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1112"


type="#_x0000_t75" style='position:absolute;left:0; text-
align:left;margin-left:0;margin-
top:0;width:194.4pt;height:299.9pt; z-index:18;mso-position-
horizontal-relative:text; mso-position-vertical-relative:text'
o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image095.jpg"
o:title="Ultra_19"/> <w:wrap type="topAndBottom"
anchorx="page"/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml


1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 19 - O mapeamento B tem um importante uso na medicina. (a)


esquema de um corte de uma mulher mostrando um pequeno feto em
gestação no útero. (b) Um mapeamento B de um paciente mostrando o
saco uterino, o útero e bexiga (Cortesia de Unirad Corporation, Denver,
Colo)
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1114"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:362.35pt;height:122.4pt;z-
index:19;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image097.jpg"
o:title="Ultra_20"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if
gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 20 - Um mapeamento lado a lado de um feto mais desenvolvido


que aquele mostrado na Fig. 19. A cabeça fetal e a linha média do
cérebro são mostrados claramente. (Cortesia de Kenneth Gottesfeld,
M.D, University of Colorado Medical Center, Denver, Colo)
[if !supportEmptyParas] [endif]
Os mapeamento M são usados para obter informações
diagnosticas sobre o coração. Os lugares onde o coração pode ser
sondado são muito limitados devido a pobre transmissão ultra-
sônica através dos tecidos pulmonares e ossos. O método usual é
colocar o transdutor no lado esquerdo do paciente, apontá-lo entre
as costelas sobre o coração, e incliná-lo sob diferentes ângulos para
explorar várias regiões do coração (Fig. 23). Movendo a sonda é
possível obter informações a respeito do comportamento de uma
válvula particular ou seção do coração. O examinador deve estar
familiarizado com as imagens dos ecos cardíacos específicos para
interpretar a informação. Várias condições do coração podem ser
diagnosticadas com o mapeamento M; consideremos aqui o
mapeamento M da válvula mitral e o mapeamento M mostrando
acumulação do fluido no coração (efusão pericardial).
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1115"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:268.75pt;height:396pt;z-index:20;mso-
position-horizontal-relative:text; mso-position-vertical-
relative:text' o:allowincell="f" stroked="t" strokecolor="#cfc">
<v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image099.jpg"
o:title="Ultra_21"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if
gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1116"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:254.35pt;height:170.3pt;z-
index:21;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image101.jpg"
o:title="Ultra_21b"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml


1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 21 - Mapeamento B de ultra-som transversal do abdômen


superior. (a) Um esboço identificando as varia estruturas nos
mapeamentos (b) Um leading-edge B mapeamento em que todos os
ecos são igualmente brilhante. (c) Um mapeamento escala-gray do
mesmo paciente em que grande ecos são mais brilhante que pequenos
ecos.
[if !supportEmptyParas] [endif]

Mapeamento A tomado da posição 1 da Fig. 23 mostra reflexões


da parede do tórax, a cavidade ventricular direita, o sépto
interventricular (IVS), a válvula mitral anterior (AMVL), e a
parede posterior do coração. A parte do mapeamento consistindo
do sinal AMVL (Fig. 24a) mostra o movimento - abrindo e
fechando - da folha anterior da válvula mitral. O movimento está
correlacionado à atividade elétrica do coração (ECG), que é
gravada simultaneamente. A informação de interesse é a razão de
fechamento da válvula mitral. A razão de fechamento para uma
válvula normal está indicada pela inclinação na Fig. 24a; neste caso
a razão de fechamento é 72 mm/s. A Fig. 24b é um mapeamento M
mostrando uma anormalidade chamada estenose mitral ( um
estreitamento da na abertura da válvula). A inclinação reduzida
para a estenose mitral é bem diferente da inclinação normal -
quanto mais baixa a razão de fechamento, maior a quantidade de
estenose. A outra válvula do coração pode ser examinada de
maneira similar.
Efusão pericardial pode ser facilmente detectada com um
mapeamento M. Normalmente o saco pericardial envolvendo o
coração está em contato direto com ele. Assim um mapeamento M
de um coração normal tomado da posição 1 na Fig. 23 mostraria a
parede ventricular direita anterior em contato direto com o
pericárdio anterior e a parede estacionária do tórax e a parede
ventricular esquerda posterior em contato com o pericárdio
posterior. Quando a efusão pericardial ocorre, o espaço entre o
coração e pericárdio enche com um fluido que é relativamente livre
de eco, e um mapeamento M mostrará uma separação entre o saco
e o coração anterior e posteriormente (Fig.25). Este mapeamento
pode ser repetido durante o tratamento para determinar se está
sendo feito progresso.
Desde os estudos anteriores do som em 1800s, os médicos tem
percebido que uma fonte sonora de freqüência f0 tem um tom mais
alto quando ela está movendo em direção ao ouvinte e um tom mais
baixo quando está afastando-se dele (Fig.26a). Tem também um
tom mais alto quando o ouvinte está movendo-se em direção a fonte
do que quando ele está se afastando dela (Fig.26b). A variação de
freqüência é chamada o desvio Doppler.

Quando a fonte sonora está movendo-se em direção ao ouvinte ou


quando ele está movendo-se em direção à fonte, a onda sonora são
arrastadas junto e ele ouve uma freqüência maior que f0. Quando a
fonte está movendo-se adiante do ouvinte ou quando ele está se
afastando da fonte, ele ouve uma freqüência mais baixa que f 0. Se
conhecemos a freqüência f0 e podemos medir a freqüência que é
recebida pelo ouvinte, podemos determinar quão rápido a fonte
sonora ou o ouvinte está se movendo. Esta técnica tem sido usada
para medir a velocidade de foguetes; um foguete recebe um sinal
de radio-freqüência e então retransmite-o para o emissor, que
compara o sinal recebido com o original para determinar a
velocidade relativa do foguete.
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1117"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-left:0;
margin-top:0;width:129.6pt;height:273.6pt;z-index:22; mso-
position-horizontal-relative:text;mso-position-vertical-
relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image103.jpg"
o:title="Ultra_22"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>

</v:shape><![endif][if !vml] [endif][if gte vml


1]></o:wrapblock><![endif]

FIGURA 22 - Um esquema do método do mapeamento M. (a) Uma


interface vibrante num béquer de água reflete o pulso sonoro do
transdutor T. (b) No mapeamento B estacionário a membrana vibrante
aparece como uma linha no meio do mapeamento. (c) Quando o feixe
de elétron do CRT é movido verticalmente, o movimento da interface
vibrante é mostrado como um mapeamento M.

[if !supportEmptyParas] [endif]


O efeito Doppler pode ser usado para medir a velocidade de
movimento de objetos ou fluidos dentro do corpo, tal como o
sangue. Quando um feixe contínuo de ultra-som é "recebido" por
alguma célula vermelha do sangue numa artéria movendo-se
adiante da fonte, o sangue "ouve" uma freqüência ligeiramente
mais baixa que a freqüência f0 original. O sangue envia de volta
ecos espalhados do som que ele "ouviu", mas desde que ele agora
é uma fonte de som em movimento afastando-se do detetor, existe
um outro desvio para uma freqüência ainda mais baixa. O detetor
recebe um sinal espalhado de volta que tem sofrido um duplo
desvio Doppler. Quando o sangue está movendo-se num ângulo 0
da direção da onda sonora, a variação da freqüência fd é
[if !supportEmptyParas] [endif]
fd = [if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1063" type="#_x0000_t75" style='width:60.75pt;height:41.25pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image105.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject


[endif]

Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1063"


DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544681">
</o:OLEObject> </xml><![endif][if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1064"
type="#_x0000_t75" style='width:9.75pt;height:14.25pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata

[if gte mso


src="./ULTRASOM_arquivos/image107.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml] [endif]

9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"


ShapeID="_x0000_i1064" DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544683"> </o:OLEObject> </xml><![endif])
[if !supportEmptyParas] [endif]
onde f0 é a freqüência da onda ultra-sônica inicial, V é a velocidade
do sangue, v é a velocidade do som, e  é ângulo entre V e v
(Fig.27). Embora existam outros meios de se medir o fluxo
sangüíneo, este método tem a vantagem decidida de não requerer
catéter na artéria ou cirurgia para implantar dispositivos de
medidas.
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1118"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:163.1pt;height:191.9pt;z-
index:23;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image109.jpg"
o:title="Ultra_23"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml] [endif][if
gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 23 - Vista esquemática do coração sendo mapeado com ultra-


som. As costelas estão identificadas com algarismos Romanos. (Cortesia
de Richard D. Spangler, M.D., e Michael Johnson, M.D., University of
Colorado Medical Center, Denver, Colo.)
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
O efeito Doppler é também usado para detectar movimentos do
coração do feto, cordão umbilical, e placenta afim de determinar a
vida fetal durante 12 até 20 períodos semanais de gestação quando
sinais radiológicos e clínicos são desaconselháveis. Quando uma
onda sonora contínua de freqüência f0 é incidente sobre o coração
fetal, o som refletido é desviado para freqüências ligeiramente
maiores que f0 quando o coração do feto está movendo-se em
direção a fonte do som e ligeiramente inferior a f 0 quando o coração
do feto está se afastando dele. Variações na freqüência dá a razão
pulsação fetal. A Fig.28 mostra o arranjo instrumental para
monitoração do coração fetal. A saída pode ser audível ou mostrada
num osciloscópio.
Talvez o uso mais comum do efeito Doppler na obstetrícia é
na localização do ponto de entrada do cordão umbilical (artéria) na
placenta. Esta informação é muito útil se existe hemorragia devida
a uma placenta mal localizada ( placenta prévia ) ou se existe uma
transfusão intra-uterina por incompatibilidade de Rh. No estudo
um, predição de localização por ultra-som Doppler foi examinado
por outros métodos e encontrou-se ser mais que 90% preciso. A
Fig.29 mostra o desvio de freqüência do efeito Doppler para a
placenta e outras regiões no útero grávido. Cuidados devem ser
tomados para evitar monitoramento de artérias maternais e veias,
que tem uma razão muito mais baixa.
[if !supportEmptyParas] [endif]
6. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA TERAPIA COM
ULTRASOM
[if !supportEmptyParas] [endif]
Vários efeitos físicos e químicos ocorrem quando ondas ultra-
sônicas passam através do corpo, e elas podem causar efeitos
fisiológicos. A magnitude dos efeitos fisiológicos dependem da
freqüência e amplitude do som. Em níveis de intensidade de
freqüência muito baixos usados para trabalhos diagnósticos (0.01
W/cm2 de potência média e 20 W/cm2 de potência de pico) nenhum
efeito prejudicial fora observado. Quando a potência é aumentada,
o ultra-som torna-se útil na terapia. O ultra-som é usado como um
agente auditivo profundo em níveis de intensidade contínuo de 1
W/cm2 e como um agente destruidor de tecidos em níveis de
intensidade de 103 W/cm2
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1120"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:431.85pt;height:285.5pt;z-
index:24;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image111.jpg"
o:title="Ultra_24"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
FIGURA 24 - Mapeamentos M mostrando o movimento da válvula mitral
do coração; a razão em que a válvula fecha é indicada pela inclinação,
que esta esboçada abaixo de cada mapeamento. (a) Uma inclinação de
72 mm/s é normal. b Uma inclinação abaixo de 35 mm/s indica uma
anormalidade chamada estenose mitral (estreitamento da abertura).
(Cortesia de Richard D. Spangler, M.D., e Michael Johnson, M.D.,
University of Colorado Medical Center, Denver, Colo.)
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1121"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:431.6pt;height:223.25pt;z-
index:25;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image113.jpg"
o:title="Ultra_25"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
FIGURA 25 - Um mapeamento M mostrando a acumulação fluida no
caso envolvente do coração (efusão pericardial). A sonda foi movida ao
ponto A. O esboço à esquerda identifica as estruturas na porção
esquerda do mapeamento M, até o ponto A. O esboço à direita,
correspondente à porção direita do mapeamento M, mostra o fluido entre
o coração e o pericárdio (Cortesia de Richard D. Spangler, M.D. e
Michael Johnson, M.D., University of Colorado Medical Center, Denver,
Colo.)
[if !supportEmptyParas] [endif]

O principal efeito físico produzido pelo ultra-som são


aumento de temperatura e variações de pressão. O principal efeito
usado para terapia é a fonte de temperatura devido a absorção da
energia acústica no tecido.
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1122"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:324pt;height:237.6pt;z-index:26;mso-
position-horizontal-relative:text; mso-position-vertical-
relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image115.jpg"
o:title="Ultra_26"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte
vml 1]></o:wrapblock><![endif]
FIGURA 26 - O efeito Doppler (a) O ouvinte escuta uma freqüência
maior da fonte sonora movendo-se adiante dele e uma menor quando ela
está movendo-se ao seu encontro. (b) O ouvinte escuta uma freqüência
maior quando ele está movendo-se adiante da fonte sonora do que
quando ele está movendo ao encontro dela. Aqui c é a velocidade do
som no ar, v é a velocidade da fonte em a e o ouvinte em b, e f0 é a
freqüência na ausência de movimento.
[if !supportEmptyParas] [endif]

Diatermia ultra-sônica complementa a diatermia


eletromagnética de aquecimento profundo. O ultra-som é aplicado
com um transdutor de cristal piezelétrico com uma superfície
radiante de aproximadamente 10 cm2. Uma gelatina ou óleo
mineral é usado entre o transdutor e a pele para casamento de
impedância. A sonda deve ser calibrada e sintonizada na água antes
do tratamento para determinar a intensidade média e a potência
total de saída. Um plano de tratamento pode usar intensidades de
vários watts por centímetro quadrado por períodos de 3 a 10 min
uma ou duas vezes por dia a três vezes por semana. Muitas vezes o
aplicador é movido vagarosamente para frente e para trás passando
a mão para evitar a formação de "pontos quentes" no tecido.
Quando uma junta está sendo tratada, o aplicador deve mover-se
sobre toda a superfície externa da junta.
O ultra-som deposita sua energia nos músculos profundos e
tecidos do corpo enquanto causa pouca elevação de temperatura
nas camadas de tecidos de superfícies moles. Pesquisadores
sugerem que o ultra-som é o mais efetivo aquecedor profundo de
ossos e juntas. A Fig.30 mostra a mudança de temperatura dentro
de uma junta do quadril como uma função do tempo para diatermia
de ultra-som e microondas.
Diatermia de ultra-som é útil no tratamento de doenças de
juntas e rigidez de juntas. Tem sido usado também nas juntas que
tem depósitos de cálcio; existem algumas
[if !supportEmptyParas] [endif]
indicações que ele ajuda na remoção dos depósitos. Não é usado
nas regiões do corpo tais como os olhos e gônodas onde o aumento
de temperatura pode causar prejuízo.
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1123"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;left:0; text-
align:left;margin-left:14.55pt;margin-
top:0;width:189.55pt;height:151.2pt; z-index:27;mso-position-
horizontal:absolute; mso-position-horizontal-relative:text;mso-
position-vertical:top; mso-position-vertical-relative:text'>
<v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image117.jpg"
o:title="Ultra_27"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]


[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 27 - Arranjo esquemático para uso do efeito Doppler para medir


a velocidade do sangue num vaso sangüíneo. O transdutor contém dois
cristais - um para transmitir a onda sonora e outro para receber o eco.
Uma onda sonora continua é usada em vez de uma pulsada.
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
Ondas de ultra-som diferem completamente das ondas
eletromagnéticas; elas interagem com o tecido principalmente
por movimentos microscópicos das partículas do tecido. Quando
uma onda sonora move através do tecido, as regiões de
compressão e rarefação causam diferenças de pressão nas regiões
adjacentes do tecido. Distensões ocorrem nestas regiões; se a
distensão excede o limite elástico do tecido, resulta em rasgo. Isto
é porque um tímpano pode ser rompido por uma fonte sonora
muito intensa. Em terapia física a intensidade típica é de 1 a 10
W/cm2 e a freqüência é de 1 MHz. Usando a equação 1,
encontramos que a amplitude de deslocamento A em 10 W/cm2
no tecido é de 10-6 cm; a máxima amplitude de pressão P0
(Equação 2) é aproximadamente 5 atm. Lembre-se que a variação
do máximo para o mínimo de pressão ocorre numa distância de
meio comprimento de onda; para uma onda de 1 MHz no
tecido, /2 = 0.7 mm. Assim existe uma substancial variação de
pressão numa curta distância. Um feixe de ultra-som com uma
intensidade de 35 W/cm2 pode produzir variações de pressão de
aproximadamente 10 atmosferas! Em freqüências muito altas, a
energia pode ser passada para as moléculas tão rapidamente que é
impossível para as moléculas dispersar a energia para o tecido
vizinho através de vibrações. As moléculas podem ganhar energia
suficiente para quebrar suas ligações químicas. Ondas de ultra-
som intensas podem mudar a água em H2 e H2O2 e romper
moléculas de DNA.

[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1125"


type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:263.9pt;height:201.6pt;z-
index:28;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image119.jpg"
o:title="Ultra_28"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte vml
1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 28 - Diagrama esquemático do sensor ultra-sônico em


movimento para monitoração do coração fetal (adaptado de Bishop, E.H.
" usos obstétricos do sensor ultra-sônico em movimento" Amer. J.
Gyneco, 96, 1966, pp. 864-867)a
[if !supportEmptyParas] [endif]
Pressões negativas no tecido durante a rarefação podem
causar gás dissolvidos e sair de soluções e formar bolhas. Esta
formação de bolhas, chamada cavitação, pode quebrar ligações
moleculares entre o gás e tecido. O colapso das bolhas liberta
energia que pode também quebrar ligações. Radicais livres
produzidos durante a quebra de ligações pode levar a reações de
oxidação.
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1126"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:263.9pt;height:206.3pt;z-
index:29;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image121.jpg"
o:title="Ultra_29"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte vml
1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 29 - Vários tipos de sons obtidos de um útero grávido. (De


Bishop, E.H., “Obstetric Uses of the Ultrasonic Motion Sensor”
Amer. J. Obstet. Gynecol., 96,1966,pp. 864-867).
[if !supportEmptyParas] [endif]
Em níveis de potência de 103 W/cm2 é possível seletivamente
destruir tecidos a uma profundidade desejada usando um feixe de
ultra-som focalizado. Trabalhos em cérebros de gatos indicam que
o mecanismo para a destruição do tecido parece ser bioquímico e
não meramente devido ao aquecimento local.
Poder-se-ía concluir que uma onda de ultra-som intensa seria
um agente ideal para destruir tecidos cancerosos. Alguns estudos
com ultra-som tem mostrado que destruição de células cancerosas
ocorrem em algumas regiões de tumores tratados; entretanto,
outras células cancerosas nestes tumores algumas vezes mostram
crescimento estimulados. Este método obviamente precisa mais
estudo.
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1128"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:285.5pt;height:187.2pt;z-
index:30;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image123.jpg"
o:title="Ultra_30"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte vml
1]></o:wrapblock><![endif]
FIGURA 30 - Variação na temperatura de uma junta do quadril durante
(A) diatermia ultra-sônica e (B) diatermia de microondas. As microondas
foram aplicadas durante 5 min e o ultra-som em 6 min como indicado
pelas flechas. (Adaptado de J.F.Lehmann et alii, Arch. Phys. Med.
Rehabil., 40, 1959, p. 511. 1959 Arch. Phys. Med. Rehabil.)
[if !supportEmptyParas] [endif]

O ultra-som foi algum tempo usado com sucesso em


pacientes que sofriam de doença de Parkinson. Entretanto,
encontrou-se que dirigir o som focalizado para corrigir a região do
cérebro era difícil. Por causa da possibilidade de complicações
devido a pontaria incorreta, o tratamento com ultra-som não está
correntemente sendo usado.
Doenças de Maniere, um sintoma envolvendo vertigens e
perda de audição, tem sido tratada com intenso ultra-som com
aproximadamente 95% de sucesso. O ultra-som destrói tecidos
próximos do ouvido médio.
[if !supportEmptyParas] [endif]
7. A PRODUÇÃO DA FALA
[if !supportEmptyParas] [endif]
Os sons da fala normal são produzidos por modulação de um
fluxo de ar para fora. Para a maioria dos sons os pulmões fornecem
o jato de ar, que flui através das cordas vocais , algumas vezes
chamadas as glottis, e várias cavidades vocais e saem do corpo
através da boca e por um ligeiro grau através da narina (Fig. 31).
Os sons da fala produzidos deste modo são chamados sons vocais.
Alguns sons são produzidos na porção oral do região vocal sem o
uso de cordas vocais - estes são chamados sons não vocais.
Exemplos são p, t, k, s, f, th, e ch. O p, t e k são sons "explosivos";
o s, f, e th são sons fricção; e o ch é uma combinação dos dois tipos.
Os sons não vocais envolvem fluxo de ar através de compressões
ou "past edges" formados pela língua, dentes, lábios e palato. Tente
fazer alguns desses sons e note como você usa sua língua, dentes,
e lábios no processo.
Nesta seção consideramos somente a produção dos sons
vocais. Desde que o mecanismo vocal é muito complexo para
examinar em detalhes do ponto de vista acústico, usamos um
modelo da região vocal (Fig. 32). Neste modelo, o som é produzido
nas cordas vocais e é seletivamente modificado ou filtrado por três
cavidades. (Este tipo de modelo é algumas vezes chamado modelo
de fonte-filtro).
As cordas vocais estão localizadas dentro da laringe, ou
pome-de-adão, no interior da traquéia. A Fig.33 mostra as cordas
vocais quando vistas de cima, e Fig.34 mostra um corte vertical da
laringe quando vista de frente. Durante a respiração normal as
cordas estão bem separadas, formando uma grande abertura
triangular (Fig.33a). Na produção dos sons vocais as cordas vocais
são trazidas muito próximas por músculos (Fig.33b), o ar nos
pulmões é exalado, a pressão abaixo das cordas vocais cresce, e as
cordas vocais fechadas são forçadas a abrir. O rápido fluxo de ar
resultante para cima causa um decréscimo na pressão entre as
cordas devido ao efeito de Bernoulli (ver Seção 8.6). O decréscimo
na pressão, juntamente com as forças elásticas nos tecidos, fazem
as cordas moverem juntas, parcialmente bloqueando a passagem e
assim reduzindo a velocidade do ar. Esta velocidade do ar reduzida
aumenta a pressão abaixo das cordas e faz o processo começar
novamente
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1129"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:268.75pt;height:350.3pt;z-
index:31;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image125.jpg"
o:title="Ultra_31"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml


1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 31 - Esquema do mecanismo vocal humano

[if !supportEmptyParas] [endif]


A freqüência fundamental da complexa vibração resultante
depende da massa e tensão das cordas vocais. Homens, que tem
cordas vocais maiores e mais pesadas do que as mulheres, tem uma
freqüência fundamental típica de 125 Hz; a freqüência fundamental
típica para as mulheres é um oitavo mais alta, ou 250 Hz. A
freqüência mais baixa que pode ser produzida por um única voz
grave é de 64 Hz (C baixo), e a mais alta freqüência que um soprano
pode produzir é 2048 Hz (cinco oitavos acima do C baixo).
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1130"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:268.75pt;height:247.15pt;z-
index:32;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image127.jpg"
o:title="Ultra_32"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml


1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 32 - Modelo do mecanismo vocal humano. (De J.L.Flanagan,


Speech Analysis, Synthesis and Perception, 2nd ed., Springer-Verlag,
Heidelberg, 1972, p. 24.)
[if !supportEmptyParas] [endif]
Ondas sonoras glotais passam através de várias cavidades
vocais - a faringeal (garganta, cavidades oral, e nasal - que variam
ainda mais o som da onda que é emitido. As cavidades da
garganta e nasal são muito bem fixados para cada indivíduo e em
grande parte determinam o som da voz. Eles não podem ser
mudados muito voluntariamente, mas o inchaço dos tecidos
devido a uma pedra de gelo alterar-lhes-ão e causará uma
mudança na voz. Mudanças na forma da cavidade oral através do
movimento da língua, maxilar de baixo, palato mole, e bochecha
para determinar os sons específicos que são emitidos. A língua,
palato, e bochechas em particular, selecionam os sons desejados a
saírem na complicada onda periódica. Você pode sentir
esta seleção ao pronunciar sons vogais e alguns dos sons
consonantais.
[if !supportEmptyParas] [endif]

[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1131"


type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:304.75pt;height:129.6pt;z-
index:33;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f" stroked="t"
strokecolor="red"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image129.jpg"
o:title="Ultra_33"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]


[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 33 - Esboço das cordas vocais quando vistas com um espelho


mantido atrás da garganta (a) Abertura normal durante a inspiração. A
área escura é a traquéia abaixo das cordas. (b) Durante a fonação (fala).
As cordas vocais são desenhadas juntas e vibram quando o ar é
forçado passar entre elas
[if !supportEmptyParas] [endif]
A Fig.35a mostra esquematicamente a velocidade do ar na
região glotal. A Fig.35b mostra a modificação no trecho vocal, e
Fig.35c mostra a resultante onda sonora radiante. É possível
decompor a complexa onda glottal em componentes de
freqüências e determinar as amplitudes destas componentes por um
método chamado análise de Fourier (Fig.35a). A fig.35b' mostra a
transmissão do som característico do trecho vocal. A ação da
transmissão característicos do trecho vocal nas componentes de
freqüência do som glottal produz o espectro sonoro mostrado na
Fig. 35c'. A fala humana é composta de uma rica variedade de sons
glotais e na forma de trechos vocais que são determinados pelo
sistema nervoso central.
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1132"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:189.55pt;height:3in;z-index:34;mso-
position-horizontal-relative:text; mso-position-vertical-
relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image131.jpg"
o:title="Ultra_34"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>

</v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 34 - Uma vista de corte da laringe quando olhada de frente.

Quando a sentença " Joe took Father's workbench out " está
falando numa voz normal, as energias cinéticas e potencial no som
resultante é 3 x 10-5 para 4 x 10 -5 J. Isto é uma quantidade de energia
pequeníssima. O tempo necessário para dizer a sentença é em torno
de 2s, e a potência média é em torno de 10 a 20 micro-W. Uma
pessoa poderia falar continuamente por um ano e não produzir a
energia sonora equivalente a energia térmica necessária para ferver
uma xícara de água. Podemos ouvir a palavra falada ainda quando
a energia é menor por causa da grande sensibilidade do ouvido. Os
sons vogais contém muito mais potência que os sons consoantes.
Assim sons vogais são mais fáceis de ouvir e entender que sons
consoantes. No estudo um a potência relativa entre o som vogal em
awl e o som consonantal th em thin foi encontrado ser 680:1. Isto
corresponde a 29dB!
Normalmente pensamos em sons produzidos pelo arroto
como no tendo nenhum valor prático. Entretanto, pacientes que
tiveram suas laringes removidas podem ser ensinadas a engolir ar,
para uso controlado de arrotos com uma laringe artificial para
produzir sons de voz.
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1133"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:316.8pt;height:227.9pt;z-
index:35;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image133.jpg"
o:title="Ultra_35"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte
vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 35 - Duas maneira de ver a produção de um som vocal. Onda


sonora glotal (a) é modificada pelo região vocal (b) para produzir uma
onda radiante (c)A amplitude das freqüências componentes da onda
glotal pode ser obtida (a'). Elas são modificadas por uma função que
representa as características da região vocal (b') para produzir o
espectro acústico da onda radiante (c'). (Adaptado de Gunnar Fant,
Teoria Acústica da Produção da Fala,  1970 Mouton, The Hague/Paris,
p.19)
[if !supportEmptyParas] [endif]
QUESTÕES DE REVISÃO
[if !supportEmptyParas] [endif]
1. O que é infra-som? Ultra-som?
2. Qual é o comprimento de onda de uma onda sonora de 1000 Hz
na água se sua velocidade na água é 1480 m/s?
3. Qual é a impedância acústica Z?
4. Qual é o máximo deslocamento no ar para uma onda sonora de
1000Hz com uma intensidade de 50 dB ou 10-7 W/m2?
5. Se seu próprio grito é 1000 vezes mais intenso que sua voz
normal, qual é em dB a diferença entre eles?
6. Para testes de audição, qual é a intensidade sonora de
referência ? A pressão sonora de referência?
7. Calcule as amplitudes de pressão relativas das ondas sonoras
refletidas e transmitidas da gordura para o músculo usando
impedâncias acústicas dadas na Tabela 1
8. Qual é a atenuação da intensidade sonora em 15 cm de tecido
do cérebro?
9. Qual é a diferença entre percussão e auscultação?
10. Que fatores afetam a seleção do diâmetro e o comprimento do
tubo de um estetoscópio?
11. O que é transdutor?
12. Qual é a diferença entre um mapeamento ultra-sônico A e um
mapeamento ultra-sônico B?
13. Qual a vantagem de uma exposição escala-gray sobre uma
exposição margem de fundo?
14. Como é o efeito Doppler ultra-sônico usado para monitorar
razão de pulsação fetal?
15. Qual nível de potência de ultra-som é usado para terapia de
aquecimento profundo?
16. Liste cinco sons não vocais.
17. Qual é a freqüência fundamental típica das cordas vocais do
homem? Da mulher?
18. Qual é a potência média típica da voz humana?
19. Por que os sons vogais são mais fáceis de ouvir do que os
consonantais?
[if !supportEmptyParas] [endif]
BIBLIOGRAFIA
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Princenton U. P., , Princenton, N.J., 1954
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Wood, A.B., A Textbook of Sound, Bell, London, 1955.
Zemlin, W.R., Speech and Hearing Science: Anatomy and
Physiology, Prentice-Hall, Englewoou Cliffs, N.J., 1968.
APÊNDICE 1
Ultrasom é muito útil para imaginar as estruturas do corpo. Ultra-
som é uma forma de energia não ionizante que se propaga por um
meio como ondas de pressão. Se você pudesse medir a
perturbação muito pequena da pressão quando uma onda de ultra-
som viaja pelo meio, você acharia que ela flutua rapidamente
sobre o valor normal da pressão ambiente de fundo, enquanto a
onda passa.
Um maneira de nós caracterizarmos uma onda de som é por sua
freqüência, quer dizer, o número de oscilações ou flutuações por
segundo no meio. Sons audíveis têm freqüências entre
aproximadamente 15 ciclos por segundo (15 hertz, Hz) e 20.000
ciclos por segundo (20 kHz). O limite superior de audição
humana normalmente é tomado como sendo 20 kHz, e ultra-som
se refere a ondas de som cuja freqüência está acima deste nível.
Outros mamíferos quase não são tão limitados quanto o homem
em termos do alcance útil de freqüência sonora. Por exemplo,
morcegos e golfinhos utilizam ondas de ultra-som que têm
freqüências tão alto quanto 125 kHz para navegar e
visualização sonar.
Foram descritas aplicações médicas de ultra-som que usam
freqüências tão baixas quanto 500 kHz até tão altas quanto 30
MHz. Para a maioria das aplicações de imagem, dispositivos de
ultra-som operam entre 3,5 MHz e aproximadamente 10 MHz. A
exceção é para imagens intravascular, catéter minúsculo de sondas
de prova que operam em freqüências tão altas quanto 30 MHz. A
ótima freqüência de ultra-som para qualquer aplicação representa
de um trade off entre
[if !supportLists]a) [endif]a necessidade para adquirir imagens de
ultra-som com um grau alto de resolução de espaço, ditando uso de
freqüências mais altas, e
[if !supportLists]b) [endif] a necessidade para obter penetração "
adequada " no tecido. Imagens profundas em tecido está limitada
por atenuação da onda de ultra-som, e isto fica mais severo quando
a freqüência de ultra-som é aumentada.
A modalidade mais comum usada em ultra-som médico é chamada
imagem de modo - B. Um transdutor de ultra-som é colocado
contra a superfície de pele de pacientes, diretamente em cima da
região a ser mapeada. O transdutor envia um pulso muito breve de
ultra-som no tecido. O pulso viaja ao longo de um feixe, muito
parecido com um feixe de uma luz de sinal em um
aeroporto. Interfaces no caminho refletem de volta uma parte da
energia de ultra-som para o transdutor. O transdutor, de novo,
converte a energia refletida em sinais de eco que são enviados a
amplificadores e circuitos de processamento de sinais dentro do
hardware da máquina de mapeamento. O exato, micro-segundo
decorrido entre quando o transdutor primeiro lançou um pulso de
ultra-som e quando apanhou o eco de volta diz à máquina quão
distante a interface refletora está do transdutor.
Após todos os ecos serem capturados ao longo do primeira feixe, o
transdutor envia um segundo pulso ao longo de uma direção do
feixe ligeiramente diferente no tecido. Os ecos são capturados do
mesmo modo e são enviados ao hardware de máquina. Então
outro pulso é lançado numa direção ainda diferente, e assim
sucessivamente. Muito parecido com o feixe de uma luz de sinal é
varrido pelo céu noturno, o feixe pulsado de um transdutor de ultra-
som é varrido ao longo do corpo, mapeando refletores e outras
interfaces e formando imagens bidimensionais.

Os feixes são varridos e são formadas imagens de ultra-som muito


rapidamente, essencialmente em " tempo – real. Como os cabos de
operador o transdutor em contato com a pele, a imagem aparece ao
vivo em um monitor vídeo. Movendo e manipulando o transdutor
visões internas diferentes são estabelecidas. As imagens
representam visões tomográficas, ou de seções transversais, ou do
plano que o feixe foi por ele varrida.

Ultra-som provê imagens de qualquer região no corpo onde há um


caminho de tecido mole entre a sonda - ou transdutor de ultra-som
- e a região de interesse. Em mapeamentos abdominal, por
exemplo, com o transdutor é colocado na superfície de pele abaixo
das costelas o sonógrafo pode ver o fígado, vasos sangüíneos
dentro do fígado, aorta, rins, pâncreas e baço. Com preparo oral
especial, o estômago e até mesmo os intestinos podem ser vistos.
São descobertas condições de doença difusas, como cirroses e
doença mais ao vivo, focal infiltrada gordurosa, como tumores
cancerosos e anormalidades de vasilha. Outras áreas de exame de
ultra-som comuns incluem o coração, a pélvis, o pescoço e os
braços e pernas. Em algumas aplicações é vantajoso utilizar
transdutores de cavidade de intra - uterina para fim para cima
visões do útero, os ovários, a próstata e o cólon.

APÊNDICE 2
TERAPIA ULTRA-SÔNICA
O termo " ultra-sônico" refere-se a ondas ou vibrações
sonoras que possuem uma freqüência além da capacidade auditiva
do ouvi-do humano. O limite superior de audição de um indivíduo
jovem é de cerca de 20.000 ciclos por segundo; por conseguinte,
qualquer freqüência superior a 20.000 ciclos por segundo é
considerada ultra-sônica. A velocidade depende da elasticidade e
da densidade do meio através do qual as ondas se propagam. Não
podem ser trans-mitidas através do ar.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO ULTRA-SOM
[if !supportLists]1. [endif]Produção de calor.
[if !supportLists]2. [endif]Alívio do edema.
3. Desagregação de exsudatos e precipitados
4. Aumento do metabolismo intracelular
5. Produção de anestesia local causando alívio imediato da dor.
6. Micromassagem pela penetração profunda das vibrações.
EQUIPAMENTO
O equipamento utilizado para a aplicação terapêutica da
energia ultra-sônica consiste em um gerador de corrente de alta
freqüên-cia e de um aplicador, algumas vezes conhecido como
cabeçote de uItra-som . O gerador produz oscilações elétricas com
a freqüência desejada, ocasionando vibração e produção de ondas
sonoras pelo transdutor localizado no aplicador. Esta energia
sônica é transmitida aos tecidos humanos pela superfície do
aplicador
MÉTODOS E TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Como as radiações ultra-sônicas não podem ser
transmitidas pelo ar, deve-se estabelecer um contato isento de ar
entre o apli-cador e o tecido. Por isso, aplica-se um meio de contato
entre o aplicador e a pele, como óleo mineral ou água. Se se utilizar
óleo, deve ser aplicado na pele do local a ser tratado e a face do
aplicador é movida sobre a pele com leve pressão. No caso de áreas
maio-res, é aplicado com movimentos de deslizamento e, nas áreas
me-nores, com movimento circular. O contato por meio de água
repre-senta um método conveniente para o tratamento dos
membros. Ao se utilizar a água, tanto a parte do corpo a ser tratada
quanto a face do aplicador devem estar imersas. Quando se
emprega esta técnica subaquática, o aplicador é mantido a uma
distância de 1 a 2 centímetros da pele e é movido lentamente em
círculos. A fina-lidade de mover o cabeçote de ultra-som é
assegurar uma distri-buição uniforme da energia e evitar a
necessidade de localizar com precisão pequenos alvos, tais como
nervos, gânglios ou vasos san-güíneos.
A medida que as ondas sonoras se propagam pelo tecido,
parte da energia é transformada em calor. Este calor pode atingir
uma profundidade de 5 centímetros ou mais. No tecido mais ou
menos homogêneo, o aquecimento é muito uniforme. Tal fato é
conhecido como aquecimento de volume. Quando os raios ultra-
sônicos são detidos por interfaces existentes nos tecidos, como
entre os ossos e os músculos, ocorre um aumento de aquecimento
local na área da interface. Tal fenômeno tem sido denominado
aquecimento estru-tural. O aquecimento localizado. nas interfaces,
produzido pela ra-diação ultra-sônica não é causado por nenhuma
outra forma de termoterapia.
Em resumo, pode-se dizer que o aquecimento de tecidos
pelo ultra-som pode ser obtido com uma profundidade de
penetração satisfatória e com máxima absorção pelo tecido
muscular. As ca-racterísticas do feixe da radiação ultra-sônica,
permitem uma me-lhor localização do que a obtida por outras
formas de termoterapia.
DOSAGEM
Na atualidade, não existe nenhuma dosagem estabelecida
para a terapia ultra-sônica, mas a dosagem para finalidades
terapêuticas deve ser limitada. A dosagem ultra-sônica depende da
intensidade e do tempo, sendo o produto destes fatores geralmente
expresso em watts-minuto. A intensidade da energia sonora
utilizável no ca-beçote de ultra-som (transdutor) costuma ser
expressa em watts por centímetro quadrado da superfície
energizada. As intensidades terapêuticas de 0,5 a 2,0 watts por
centímetro quadrado têm-se mostrado úteis. O tratamento
subaquático exige maiores intensida-des devido à absorção e
reflexão das ondas pelo meio. O tempo de tratamento é
progressivo, iniciando-se com 5 minutos e aumen-tando-se este
período até um máximo de 8 a 10 minutos por área de tratamento.
Uma série de tratamentos requer seis a doze apli-cações realizadas
diariamente, de acordo com alguns especialistas, ou em dias
alternados, de acordo com outros.
Ao determinar a dosagem, é conveniente lembrar que as
pato-logias agudas requerem um tratamento de baixa intensidade,
en-quanto as patologias crônicas necessitam de uma estimulação
for-necida por intensidades maiores. As lesões de localização
profunda exigem um tratamento inicial de alta intensidade.
Podem ser observados muitos aspectos a partir da reação do
paciente durante o tratamento. Ele não deve sentir dor, nem
des-conforto. Uma sensação de queimadura, formigamento ou dor,
indi-ca que a dosagem é demasiado intensa. (Devido ao
aquecimento localizado nas interfaces, pode surgir uma dor nas
áreas ósseas sem desconforto na pele.) Tal problema pode resultar:
(1) do fato de não se mover o cabeçote de maneira suficientemente
rápida, isto é, deixando-o por um período de tempo muito
prolongado num local e aumentando a intensidade; ou (2) de um
débito energético dema-siadamente grande. No primeiro caso
deve-se retirar o cabeçote de ultra-som da área de desconforto; no
segundo caso, deve-se re-duzir a energia do gerador. A dor pode
ser considerada como uma linha natural de defesa contra dosagens
excessivamente altas. Em geral, é conveniente iniciar o tratamento
com dosagens baixas e aumentar progressivamente o tempo e a
intensidade.
INDICAÇÕES PARA USO
Em algumas clínicas e hospitais, a terapia ultra-sônica é utili-zada
em combinação com outras modalidades de fisioterapia, tais como
radiação infravermelha, diatermia e banhos de turbilhão.
Os investigadores e clínicos têm utilizado a terapia ultra-sônica
para as seguintes doenças:
Bursite Osteoartrite
Cicatrizes Periartrite
Fibrosite Radiculite
Neuroma doloroso Artrite reumatóide
CONTRA-INDICAÇÕES
Apesar de a terapia ultra-sônica ser considerada como uma
forma segura de tratamento, não deve ser utilizada em doenças que
são agravadas por ela ou no tratamento de doenças que respondem
a outros tipos de tratamento.
Alguns especialistas advertiram. contra o uso do ultra-som
dire-tamente sobre o cérebro, olhos, ouvido médio e interno, órgãos
re-produtores, plexos viscerais e grandes gânglios vegetativos.
Deve-se evitar a aplicação de ultra-som ao coração e
gânglio estrelado nos pacientes com cardiopatias.
Deve-se ter muita cautela ao se considerar o uso do ultra-
som em pacientes com doenças malignas, uma vez que foi
registrada a ocorrência de estimulação do crescimento do tumor e
mesmo de metástases após sua aplicação.

QUESTÕES ADICIONAS sobre a seção 6. Efeitos


Fisiológicos da Terapia com Ultra-som.
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportLists]1. [endif]Qual o nível de intensidade de
ultra-som para a terapia?
[if !supportLists]2. [endif]Qual o principal efeito físico
produzido por ultra-som? E qual o principal efeito para a terapia?
[if !supportLists]3. [endif]Qual a área superficial do
transdutor na diatermia por ultra-som?
[if !supportLists]4. [endif]Por que se usa substância
gelatinosa (gel) ou óleo mineral entre a transdutor e a pele?
[if !supportLists]5. [endif]Por que se move o aplicador para
frente e para trás durante a terapia?
[if !supportLists]6. [endif]Qual é o mais efetivo aquecedor
profundo de ossos e juntas? Por que?
[if !supportLists]7. [endif]Cite os tratamentos que se
beneficiam da diatermia de ultra-som. O que faz com depósitos de
cálcio nas juntas?
[if !supportLists]8. [endif]Onde a diatermia de ultra-som
não é usada?
[if !supportLists]9. [endif]O que provoca no tecido uma
onda sonora que se move por ele?
[if !supportLists]10. [endif]Em fisioterapia a intensidade
típica é de 1 a 10 W/cm2 e a freqüência é de 1 MHz. Encontre a
amplitude de deslocamento A das moléculas no tecido e a
máxima amplitude de pressão P0, na intensidade de 10 W/cm2.
Dica:- Usar as equações 1 e 2.
[if !supportLists]11. [endif]Para uma onda de 1 MHz, qual a
distância em que ocorre a variação do máximo para o mínimo da
pressão.
[if !supportLists]12. [endif]Qual a variação de pressão
produzida por um feixe de ultra-som com intensidade de 35
W/cm2?
[if !supportLists]13. [endif]O que ocorre com as moléculas ao
receberem energia em freqüências muito altas?
[if !supportLists]14. [endif]O que uma onda de ultra-som
intensa produz na água? E no DNA?
[if !supportLists]15. [endif]O que você entende por
cavitação? Qual o seu efeito?
[if !supportLists]16. [endif]O mecanismo para destruir
tecidos em cérebros de gatos por um feixe focalizado de ultra-som
em nível de potência de 103 W/cm2 é apenas devido ao
aquecimento local?
[if !supportLists]17. [endif]Qual o inconveniente apresentado
no método que utiliza onda de ultra-som intensa como agente
ideal para destruir tecidos cancerosos?
[if !supportLists]18. [endif]Por que o ultra-som não está
atualmente sendo usado no tratamento da doença de Parkinson?
[if !supportLists]19. [endif]O que são doenças de Maniére?
Como o ultra-som auxilia o seu tratamento?
[if !supportEmptyParas] [endif]

PROBLEMAS PROPOSTOS NO OKUNO (p. 249)


[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportLists]1. [endif]As ondas ultra-sônicas têm muitas
aplicações tecnológicas e médicas, pelo fato de altas intensidades
poderem ser usadas sem dano ao ouvido. Considere uma onda de
ultra-som com intensidade de 10 W/cm2. Calcule:
[if !supportLists]a. [endif]O nível de intensidade dessa onda;
[if !supportLists]b. [endif]A energia transmitida numa superfície
de 1 cm2 em 1 minuto;
[if !supportLists]c. [endif]A amplitude de pressão dessa onda no
ar;
[if !supportLists]d. [endif]A intensidade na água de uma onda
ultra-sônica com amplitude de pressão encontrada em c.
São dados: ar = 1,2 kg/m3 , água = 103 kg/m3, var = 343 m/s a 20ºC
e vágua = 1 500 m/s.
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportLists]2. [endif]Compare o comprimento de onda do
som audível com o do ultra-som (usado na Medicina) no ar.
[if !supportLists]3. [endif]Compare a intensidade e o nível de
intensidade do som audível que o ouvido humano tolera com os
do ultra-som usado na diagnose médica e na fisioterapia.
[if !supportLists]4. [endif]Num exame oftalmológico pelo
varredura - A detectou-se um eco proveniente de um elemento
estranho no humor vítreo. O intervalo de tempo entre o pulso
emitido e o eco recebido, medido no osciloscópio, foi de 0,01 ms.
A velocidade do ultra-som no humor aquoso é de 1 500 m/s. A
que distância da córnea se localiza o corpo estranho?
[if !supportLists]5. [endif]O diâmetro da carótida na altura do
pescoço foi medido pela varredura A. O intervalo de tempo
decorrido entre a recepção dos ecos provenientes das paredes
anterior e posterior da carótida é de 15 s. Calcule o diâmetro da
carótida, supondo que a velocidade do ultra-som nesse meio seja
de 1 500 m/s.
[if !supportLists]6. [endif]Calcule o coeficiente de reflexão e de
transmissão de ondas ultra-sônicas na interface músculo - osso.
Consulte a Tabela 1.
[if !supportLists]7. [endif]Um trem, ao passar por uma estação
com velocidade de 100 km/h, apita emitindo um som com uma
freqüência de 500 Hz. Quais são as freqüências sonoras do apito
ouvidas por uma pessoa na estação, quando o trem se afasta e se
aproxima?
[if !supportLists]8. [endif]Um ônibus toca a buzina ao se
aproximar de um ponto de parada. Um passageiro parado no
ponto afirma que a freqüência da buzina foi de 300 Hz, ao passo
que o motorista do ônibus diz que ela foi de 280 Hz. Ambos estão
certos? Determine a velocidade do ônibus.
[if !supportLists]9. [endif]Um ônibus está parado no ponto e
toca a buzina, esperando um passageiro que se aproxima de
carona num carro. O passageiro diz que a freqüência da buzina foi
de 300 Hz, ao passo que o motorista do ônibus afirma que ela foi
de 280 Hz. Determine a velocidade do carro e compare com a do
ônibus do Problema 8.
[if !supportLists]10. [endif]Se o coeficiente de atenuação  de um
feixe de ultra-som de 1 MHz no osso for de 1,2 cm-1, para qual
espessura do osso ocorrerá 90% de atenuação desse feixe?
[if !supportLists]11. [endif]Considere uma onda ultra-sônica de 1
MHz, utilizada na diagnose. Ela atravessa 1 cm de músculo e a
seguir 1 cm de gordura até atingir o osso. A intensidade inicial do
feixe incidente no músculo é de 10 mW/cm2. Para ultra-som de 1
MHz, o coeficiente de atenuação do feixe no músculo, na gordura
e no osso são respectivamente: 0,13 cm-1; 0,05 cm-1 e 1,2 cm-1.
Calcule a intensidade inicial transmitida na gordura e no osso e a
intensidade do eco que atinge o transdutor proveniente de
interface gordura - osso. Consulte a Tabela 1.
[if !supportLists]12. [endif]Deseja-se medir a velocidade do fluxo
sangüíneo na aorta de uma pessoa. Para isso, usa - se a técnica
Doppler de ultra-som. Coloca-se um transdutor fazendo um
ângulo de 45º com a direção do fluxo sangüíneo. A freqüência do
ultra-som é de 5 MHz. A diferença máxima entre a freqüência
emitida e a recebida, devida ao efeito Doppler, é de 3 kHz.
Sabendo-se que a velocidade do ultra-som no sangue é de 1 500
m/s, calcule a velocidade máxima do fluxo sangüíneo na aorta.
[if !supportLists]13. [endif]O efeito Doppler é usado para
examinar o movimento das paredes do coração, principalmente
dos fetos. Para isso, ondas ultra-sônicas de comprimento de onda
de 0,3 mm são emitidas, na direção do movimento da parede
cardíaca. Se as velocidades de movimento dessa parede e do
ultra-som no corpo humano forem respectivamente de 7,5 cm/s e
1 500 m/s, calcule a variação de freqüência observada devida ao
efeito Doppler
RESPOSTAS DAS QUESTÕES DE REVISÃO
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportLists]1. [endif]O que é infra-som? Ultra-som?
[if !supportEmptyParas] [endif]
Infra-som – refere-se aos sons com freqüências abaixo de 20 Hz (início do
intervalo auditivo normal)
 Ultra-som – refere-se aos sons com freqüências
acima de 20.000 Hz (fim do intervalo auditivo normal)
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportLists]2. [endif]Qual é o comprimento de onda de
uma onda sonora de 1000 Hz na água se sua velocidade na
água é 1480 m/s?
Da equação fundamental, temos v =  . f
 = [if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1065" type="#_x0000_t75" style='width:93pt;height:33pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata

src="./ULTRASOM_arquivos/image135.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml] [if gte


[endif]
mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"
ShapeID="_x0000_i1065" DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544686">
</o:OLEObject> </xml><![endif]
3. Qual é a impedância acústica Z?
Z=.v
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportLists]4. [endif]Qual é o máximo
deslocamento no ar para uma onda sonora de 1000Hz com uma
intensidade de 50 dB ou 10-7 W/m2?
[if !supportEmptyParas] [endif]
I = (1/2)  v A2 2 = (1/2) Z A2 (2  f)2 
 10-7 = (1/2) Z A2 (2  103)2  10-7 =
(1/2) 430 (6,28 . 103)2 A2
 [if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1066" type="#_x0000_t75" style='width:480.75pt;

height:33pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image137.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if


!vml]

[if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed"


[endif]

ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1066" DrawAspect="Content"


ObjectID="_1002544687"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
[if !supportLists]5. [endif]Se seu próprio grito é 1000 vezes
mais intenso que sua voz normal, qual é em dB a diferença
entre eles?
[if !supportEmptyParas] [endif]
Ig = 1000 Iv
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1067" type="#_x0000_t75" style='width:492.75pt;height:61.5pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image139.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1067"

DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544688"> </o:OLEObject> </xml><![endif]ou seja, 30 dB
 [if


!supportLineBreakNewLine]
 [endif]
6. Para testes de audição, qual é a intensidade sonora de
referência ? A pressão sonora de referência?
[if !supportLineBreakNewLine]
[endif]
I0 = 10-12 W/cm2 ( = 10-16 W/cm2) e P0 = 2 x 104 dinas/cm2.
 [if
!supportLineBreakNewLine]
 [endif]
7. Calcule as amplitudes de pressão relativas das ondas sonoras
refletidas e transmitidas da gordura para o músculo usando
impedâncias acústicas dadas na Tabela 1
[if !supportEmptyParas] [endif]
Ver o exemplo 2. Gordura  Músculo
R: amplitude de pressão refletida
 T: amplitude de pressão transmitida
A0 : amplitude de pressão da onda incidente.
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1068" type="#_x0000_t75" style='width:302.25pt;height:36pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image141.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1068"


DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544689"> </o:OLEObject> </xml><![endif] ..... coeficiente de
reflexão
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1069" type="#_x0000_t75" style='width:297pt;height:36pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image143.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1069"


DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544690"> </o:OLEObject> </xml><![endif] .... coeficiente de
transmissão
A razão da intensidade refletida e transmitida é dada por
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1070" type="#_x0000_t75" style='width:374.25pt;height:122.25pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image145.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1070"


DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544691"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
A soma deve dar 1.
 [if !supportLineBreakNewLine]
 [endif]
8. Qual é a atenuação da intensidade sonora em 15 cm de tecido
do cérebro?

 x = 15 cm I=? I = I0 e - 2  x
Para tecido do cérebro   = 0,11 cm-1 (TABELA 3)
[if !supportEmptyParas] [endif]
(I/I0) = e- 2  x = e- 2 0,11 15 = e-3,3 = 0,0369  0,037 ou a atenuação foi de (100 -
3,7)% ou seja 96,3% da intensidade original.
9. Qual é a diferença entre percussão e auscultação?
AUSCULTAÇÃO – É o ato de ouvir os sons produzidos
dentro do corpo (principalmente coração e pulmões) com um
estetoscópio.
PERCUSSÃO – ë o som provocado por pancadinhas com os
dedos, principalmente no tórax, dos pacientes e constitui uma
importante técnica na detecção de doenças. Um tórax sadio
apresenta um som sufocado como de um tambor coberto com lã
espessa.
[if !supportEmptyParas] [endif]
10. Que fatores afetam a seleção do diâmetro e o comprimento do
tubo de um estetoscópio?
O volume de ar no interior do tubo (quando pequeno produz uma maior variação
de pressão para um movimento de diafragma) e o atrito que diminui com
diâmetros grandes.
 IDEAL: comprimento – 25 cm e diâmetro – 0,3
cm
 As peças auditivas devem ser bem projetadas para não haver escape
ou penetração de ar para o tubo.
Para freqüências inferiores a 100 Hz o comprimento não afeta a eficiência. Para
freqüências superiores a 100 Hz, a eficiência decresce com o comprimento.
Por exemplo, a 200 Hz, temos uma perda de 15 dB numa variação de 7,5
cm para 66 cm.
11. O que é transdutor?
São cristais piezoelétricos (geralmente de quartzo) que convertem energia
elétrica em energia mecânica e vice-versa.
Quanto mais tênue o cristal  maior a freqüência com que oscilará.
D = 2,85 mm  f = 1 MHz.
12. Qual é a diferença entre um mapeamento ultra-sônico A e um
mapeamento ultra-sônico B?
Mapeamento A – São pulsos de ultra-som de poucos microsegundos enviados
sobre o corpo e medido o tempo requerido para receber o som refletido (ecos) em
suas várias superfícies. Geralmente são emitidos de 400 a 1000 pulsos por
segundo.
Mapeamento B – O princípio é o mesmo do mapeamento A exceto que o
transdutor é movimentado. Como resultado cada eco produz um ponto no
osciloscópio na posição correspondente à localização da superfície refletora. Um
osciloscópio de armazenamento é usualmente empregado de modo que a última
imagem pode ser formada e uma fotografia pode ser feita. É usado no
diagnóstico do olho, fígado, seio, coração e feto.
 [if
!supportLineBreakNewLine]
 [endif]
13. Qual a vantagem de uma exposição escala-gray sobre uma
exposição margem de fundo?

A exposição margem de fundo não dá informação dos comprimentos dos ecos. A


exposição escala-cinzenta muda o brilho de acordo com o eco ser forte ou
fraco. Tumores no fígado que poderiam ser ocultados com exposição
margem de fundo, com a exposição escala-cinzenta são facilmente
detectados.
A evolução da exposição escala cinzenta conduz ao desenvolvimento das
exposições coloridas que mostram um intervalo maior de ecos e às
exposições digitais acopladas a um computador.
 [if
!supportLineBreakNewLine]
 [endif]
14. Como é o efeito Doppler ultra-sônico usado para monitorar
razão de pulsação fetal?
Quando uma onda sonora contínua de freqüência f0 é incidente sobre o coração
fetal, o som refletido é desviado para freqüências ligeiramente maiores que
f0 quando o coração do feto está movendo-se em direção a fonte de som e
ligeiramente inferior a f0 quando o coração do feto está se afastando dela.
Variações na freqüência dá a razão de pulsação fetal (ver Fig. 28)
 [if
!supportLineBreakNewLine]
 [endif]
15. Qual nível de potência de ultra-som é usado para terapia de
aquecimento profundo?
1 a 10 W/cm2 e freqüência de 106 Hz = 1 MHz.
Agente auditivo profundo – 1 W/cm2
Agente destruidor de tecidos – 1000 W/cm2
Efeito físico principal – aumento de temperatura e variações de pressão
Efeito para fisioterapia – fonte de calor por absorção da energia acústica no
tecido. Diatermia ultrasônica.

16. Liste cinco sons não vocais.
17. Qual é a freqüência fundamental típica das cordas vocais do
homem? Da mulher?
18. Qual é a potência média típica da voz humana?
19. Por que os sons vogais são mais fáceis de ouvir do que os
consonantais
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportFootnotes]

[endif]
[if !supportFootnotes][1][endif]
I é um trilhão de vezes mais intenso que I0.

O SOM NA MEDICINA
[if !supportEmptyParas] [endif]
Embora usualmente consideramos o som em termos de seus
efeitos físicos nos nossos ouvidos, esta é uma visão bastante
limitada para os nossos propósitos. Aqui discutiremos as
propriedades físicas do som e as suas aplicações na medicina. Estas
aplicações vão desde o uso do estetoscópio ao uso das modernas
técnicas ultra-sônicas para estudar o movimento da válvula do
coração e "observar" uma criança por nascer (feto). Discutiremos a
física do ouvido e da audição em outra oportunidade.
O som é o maior meio de comunicação e nos dá prazer sob a
forma de música. Entretanto, a poluição sonora, ou ruídos de níveis
indesejáveis, é um problema crescente na sociedade moderna.
O infra-som se refere às freqüências sonoras abaixo do intervalo
auditivo normal, ou menores que 20 Hz. É produzido por
fenômenos naturais como ondas de tremor de terra e variações de
pressão atmosférica; pode ser também produzido mecanicamente,
tal como por um revés num sistema de ventilação. Um sistema de
ventilação típico produz freqüências de 10 Hz. Estas freqüências
não podem ser ouvidas, mas podem causar dores de cabeça e
distúrbios fisiológicos.
O intervalo sonoro audível é usualmente definido como 20
Hz a 20.000 Hz (20 kHz). Entretanto, relativamente poucas pessoas
podem ouvir por todo este intervalo. Pessoas idosas
freqüentemente perdem a habilidade para ouvir as freqüências
acima de 10.000 Hz (=10 kHz).
O intervalo de freqüências acima de 20.000 Hz (= 20 kHz) é
chamado ULTRASOM (O ultra-som não deve ser confundido com
supersônico, que se refere à velocidades mais rápidas que as
velocidades do som num meio). O ultra-som é usado clinicamente
em várias especialidades. Existe uma crescente tendência em
implantar equipamentos de ultra-som na área de diagnósticos
radiológicos, e alguns radiologistas especializam-se nas imagens
ultra-sônicas do corpo. O ultra-som é também usado pelos obstetras
para examinar o feto. Ele freqüentemente dá mais informações que
um raio-X, e é menos perigoso para o bebê.
Neste capítulo discutiremos métodos de se obter informações
do som que são produzidos dentro do corpo e sons que são
desenvolvidos ao passar através do corpo. Afim de entender como
estes sons podem ser usados clinicamente, precisamos discutir e
definir algumas das propriedades do som.
[if !supportEmptyParas] [endif]
1. PROPRIEDADES GERAIS DO SOM
[if !supportEmptyParas] [endif]
Uma onda sonora é um distúrbio mecânico num gás, num
líquido, ou num sólido, que viaja a partir da fonte com alguma
velocidade definida. Podemos usar um alto-falante vibrando o ar
p'ra frente e p'ra trás, à freqüência f, para demonstrar o
comportamento do som. As vibrações causam aumentos e
decréscimos locais na pressão relativamente à pressão atmosférica
(Fig.1). Estes aumentos de pressão, chamados compressões, e
decréscimos, chamados rarefações, espalham-se como uma onda
longitudinal, que é uma onda em que as variações de pressão
ocorrem na mesma direção da onda viajante. As compressões e
rarefações podem também serem descritas pelas variações na
densidade e pelo deslocamento dos átomos e moléculas das suas
posições de equilíbrio.
A relação entre freqüência de vibração f, o comprimento de
onda , e a velocidade v da onda sonora é
[if !supportEmptyParas] [endif]
v=.f
FIGURA 1 - Representação esquemática de uma onda sonora de um alto
falante.(a) Um diafragma vibra na freqüência f e produz compressões
(aumento de pressão) e rarefações (diminuição de pressão) no ar. (b) A
pressão relativa à pressão atmosférica versus distância. P0 é a máxima
variação de pressão do valor da pressão atmosférica, e  é o
comprimento de onda
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shapetype id="_x0000_t75"
coordsize="21600,21600" o:spt="75" o:preferrelative="t"
path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" filled="f"
stroked="f"> <v:stroke joinstyle="miter"/> <v:formulas> <v:f
eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/> <v:f eqn="sum @0 1
0"/> <v:f eqn="sum 0 0 @1"/> <v:f eqn="prod @2 1 2"/> <v:f
eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/> <v:f eqn="prod @3 21600
pixelHeight"/> <v:f eqn="sum @0 0 1"/> <v:f eqn="prod @6 1
2"/> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/> <v:f eqn="sum @8
21600 0"/> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/> <v:f
eqn="sum @10 21600 0"/> </v:formulas> <v:path
o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/> </v:shapetype><v:shape
id="_x0000_s1091" type="#_x0000_t75"
style='position:absolute; margin-left:-3.6pt;margin-
top:0;width:165.4pt;height:131.95pt;z-index:6; mso-position-
horizontal-relative:text;mso-position-vertical-relative:text'
o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image001.jpg"
o:title="Ultra_01"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml] [endif][if
gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
Por exemplo, para uma onda sonora com uma freqüência de 1.000
Hz, v = 344 m/s, no ar
a 20 ºC ,  é igual a 0,344m.
A energia é transportada por uma onda na forma de energia
cinética e potencial. A intensidade I de uma onda sonora é a
energia que atravessa 1 m2 em 1 segundo, ou Watts por metro
quadrado. Assim,
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" style='width:227.25pt;height:47.25pt'
o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image003.wmz" o:title=""/>

</v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1025"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544642"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
Para uma onda plana e harmônica, as moléculas vibram
como osciladores harmônicos simples e a energia em cada ponto é
dada por
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75"
style='width:80.25pt;height:30.75pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image005.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if

!vml] [endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject


Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1026"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544643"> </o:OLEObject>
</xml><![endif]
Daí, temos
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1027" type="#_x0000_t75"
style='width:21.75pt;height:12.75pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image007.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"
ShapeID="_x0000_i1027" DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544644">
</o:OLEObject> </xml><![endif][if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1028"
type="#_x0000_t75" style='width:105.75pt;height:30.75pt' o:ole="" fillcolor="window">
<v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image009.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if

!vml] [endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject


Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1028" DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544645"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
onde  é a densidade do meio; v é a velocidade do som; f é a
freqüência;  é a freqüência angular, que é igual a 2 f; A é o
deslocamento máximo (amplitude) dos átomos ou moléculas da
posição de equilíbrio.
Define-se impedância acústica como sendo
[if !supportEmptyParas] [endif]
Z= .v
[if !supportEmptyParas] [endif]
Daí, a equação acima ainda pode ser escrita como
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1029" type="#_x0000_t75"
style='width:188.25pt;height:30.75pt' o:ole="" o:bordertopcolor="lime" o:borderleftcolor="lime"
o:borderbottomcolor="lime" o:borderrightcolor="lime" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image011.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[if gte mso 9]><xml>


[endif]

<o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"


ShapeID="_x0000_i1029" DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544646"> </o:OLEObject>
</xml><![endif] ..........................(1)
Alguns valores típicos de , v e Z são dados na Tabela 1.
[if !supportEmptyParas] [endif]
TABELA 1 - Valores de , v e Z para as várias substâncias em
Freqüências Clínicas de Ultra-som.

[if  (Kg/m3) v (m/s) Z (Kg/m2s)


!supportEmp [if
tyParas] [en !supportE
dif] mptyPara
s] [endif]
Ar 1,29 3,31 x 102 430
Água 1,00 x 103 l4,8 x 102 1,48 x 106
Cérebro 1,02 x 103 15,3 x 102 1,56 x 106
Músculo 1,04 x 103 15,8 x 102 1,64 x 106

Gordura 0,92 x 103 14,5 x 102 1,33 x 106


Osso 1,9 x 103 40,4 x 102 7,68 x 106
[if !supportEmptyParas] [endif]
A intensidade I pode ser também expressa como

[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1030"


type="#_x0000_t75" style='width:39pt;height:33.75pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image013.wmz" o:title=""/>

</v:shape><![endif][if !vml] [endif][if gte mso


9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"
ShapeID="_x0000_i1030" DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544647"> </o:OLEObject>

</xml><![endif] ..........................
.......... (2)
[if
!supportEmptyParas] [endif]
onde P0 é a máxima variação
na pressão.
Exemplo 1
a. A máxima intensidade sonora que o ouvido pode tolerar a 1.000 Hz é
aproximadamente 1 W/m2. Qual é o deslocamento máximo, no ar,
correspondendo a esta intensidade?
SOLUÇÃO
Da equação 1 e Tabela 1, temos
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1031" type="#_x0000_t75" style='width:21.75pt;height:12.75pt'
o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image007.wmz" o:title=""/>

</v:shape><![endif][if !vml] [endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"


ShapeID="_x0000_i1031" DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544649"> </o:OLEObject> </xml><![endif][if gte vml
1]><v:shape id="_x0000_i1032" type="#_x0000_t75" style='width:105.75pt;height:24.75pt' o:ole="" fillcolor="window">
<v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image009.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"

ShapeID="_x0000_i1032" DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544650"> </o:OLEObject> </xml><![endif]  [if


gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1033" type="#_x0000_t75" style='width:75pt;height:24.75pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image017.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]
[if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject
[endif]

Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1033"


DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544651">
</o:OLEObject> </xml><![endif] ou
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1034" type="#_x0000_t75"
style='width:251.25pt;height:28.5pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image019.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte
mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1034"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544652"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
ou 1,1 x10-3 cm ; ou ainda 0,011 mm.
Este valor é muito pequeno e difícil de ver tal
deslocamento de ar (deslocamento menor que uma célula)
[if !supportEmptyParas] [endif]
b. A mais fraca intensidade sonora que o ouvido pode ouvir em 1.000 Hz é
aproximadamente 10-12 W/m2. Quanto é A nestas condições?
SOLUÇÃO
Podemos usar a razão entre o caso a e este caso
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1035" type="#_x0000_t75"
style='width:116.25pt;height:59.25pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image021.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject


Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1035" DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544653"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
Ab = Aa . [if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1036" type="#_x0000_t75"
style='width:26.25pt;height:38.25pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata

src="./ULTRASOM_arquivos/image023.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml] [endif] [if


gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1036"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544654">
</o:OLEObject> </xml><![endif] = = 1,1 x 10-5.(10-
12/100)1/2 = 1,1 x 10-11 m = 0,11 x 10-12 m = 0,11 Å.

[if !supportEmptyParas] [endif]


Este deslocamento é menor que o diâmetro do átomo de
hidrogênio!(impossível de ser visto)
[if !supportEmptyParas] [endif]
c. Calcule as pressões sonoras para os casos a e b usando a equação 2.
SOLUÇÃO
P0 = [if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1037" type="#_x0000_t75"
style='width:30.75pt;height:17.25pt' o:ole=""> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image025.wmz"

[if gte mso 9]><xml>


o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml] [endif]
<o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.2"
ShapeID="_x0000_i1037" DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544655"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1038" type="#_x0000_t75"
style='width:224.25pt;height:27pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image027.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso


9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1038"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544656"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
= 29 (N/m2) = [if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1039" type="#_x0000_t75"
style='width:42pt;height:25.5pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata

src="./ULTRASOM_arquivos/image029.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]


[if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed"
[endif]
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1039"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544657">
</o:OLEObject> </xml><![endif]  0,0003 atmosferas
..........(caso a)
[if !supportEmptyParas] [endif]
P0b = 2,9 x 10-5 N/m2 = 0,0000000003 atmosferas
(caso b)
[if !supportEmptyParas] [endif]
Para comparação, a atmosfera é por volta de 105 N/m2.
[if !supportEmptyParas] [endif]
Para muitos propósitos não é necessário saber a pressão
absoluta ou intensidade absoluta de uma onda sonora. Para
comparamos as intensidades I1 e I2 de duas ondas sonoras, isto é, a
intensidade relativa I1/I2, introduzimos o conceito de nível sonoro,
da seguinte maneira:
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1040" type="#_x0000_t75"
style='width:141pt;height:33.75pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image031.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte mso 9]><xml>
<o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1040"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544659"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
O nível sonoro é expresso em uma unidade
especial, o bel, estabelecida em homenagem à
Alexander Graham Bell, que inventou o telefone e
fez pesquisas com o som e a audição. Assim, se um
som é dez vezes mais intenso que o outro, I2/I1 = 10;
desde que log10(10) = 1, as duas intensidades
sonoras diferem por 1 bel. Devido ao bel ser uma
unidade grande é comum o uso do decibel (dB) na
comparação de duas intensidades sonoras (1 decibel
= 10 dB). Esta unidade é freqüentemente usada para
descrever a performance dos sistemas hi-fi (alta
fidelidade).
Desde que I é proporcional a P2, a razão de pressão entre dois
níveis sonoros pode ser expressa como
10 log10(P22/P12), ou
20
log10(P2/P1)
Esta expressão para o
número de decibéis pode ser
usada para comparar
quaisquer duas pressões
sonoras no mesmo meio. Para
dois sons com pressões que
diferem por um fator 2
obtemos
20 log10 ([if gte vml 1]><v:shape
id="_x0000_i1041" type="#_x0000_t75"
style='width:17.25pt;height:35.25pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image033.wmz"

o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif] [if gte mso 9]><xml>


<o:OLEObject
Type="Embed"
ProgID="Equation.3"
ShapeID="_x0000_i1041"
DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544660">
</o:OLEObject>
</xml><![endif]) =
20 log10 2 = 20 .
(0,301)  6 dB
Assim, um conjunto
hi-fi que dá uma saída sonora
uniforme de 3 dB (uma
variação total de 6 dB) de 30
a 15.000 Hz, tem uma
variação de pressão sonora
sobre seu intervalo de
freqüência de 2. Esta variação
não seria percebida pelo
ouvido médio exceto sob
controladas condições de
laboratório.
[if
!supportEmptyParas] [endif]
TABELA 2 Intensidades Aproximadas de Vários Sons.
[if Intensidade (W/m2) Nível (dB)
!supportEmptyParas] [
endif]
som apenas perceptível 10-12 0
murmúrio 10-10 20
Residência média 10-9 30
Escritório 10-7 50
pancada 10-6 60
Rua movimentada 10-5 70
Subterrâneo ou automóvel 10-3 90
Som que produz dor 100 120
Avião a jato 101 130
Lançamento de foguetes 105 170
[if !supportEmptyParas] [endif]
Para testes de audição, é conveniente usar uma intensidade
sonora de referência (ou pressão sonora de referência) através da
qual outras intensidades sonoras possam ser comparadas. A
intensidade sonora de referência I0 é de 10-16 W/cm2 ( = 10-12
W/m2); P0  2 x 10-4 dinas/cm2. Uma nota de 1.000 Hz com esta
intensidade é apenas audível para uma pessoa com boa audição.
Se uma intensidade sonora é dada em decibéis com nenhuma
referência a qualquer outra intensidade sonora, você pode assumir
que I0 é a intensidade de referência. A Tabela 2 dá a intensidade de
alguns sons típicos em termos deste valor de referência. O mais
intenso som que o ouvido tolera sem dor é de 120 dB. Para 120 dB,
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1042" type="#_x0000_t75" style='width:17.25pt;height:33.75pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image035.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1042"

DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544661"> </o:OLEObject> </xml><![endif] = 10


6
e
[if gte vml
1]><v:shape id="_x0000_i1043" type="#_x0000_t75" style='width:15.75pt;height:33.75pt' o:ole="" fillcolor="window">

<v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image037.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml] [endif] [if


gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1043"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544662">
</o:OLEObject> </xml><![endif] = 1012 [if !supportFootnotes][1][endif]
REFLEXÃO E REFRAÇÃO DAS ONDAS SONORAS
Quando uma onda sonora bate no corpo, parte da onda é
refletida e parte é transmitida através do corpo (Fig.2). A razão da
amplitude de pressão refletida R pela amplitude de pressão
incidente A0 depende da impedância acústica dos dois meios, Z1 e
Z2. A relação é
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1044"
type="#_x0000_t75" style='width:69pt;height:35.25pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image039.wmz" o:title=""/>

</v:shape><![endif][if !vml] [endif][if gte


mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"
ShapeID="_x0000_i1044" DrawAspect="Content"
ObjectID="_1002544663"> </o:OLEObject>

</xml><![endif] ..............................
......(3)
[if
!supportEmptyParas] [endif]
Para uma onda sonora no ar
batendo no corpo, Z1 é a impedância
acústica do ar e Z2 é a impedância
acústica do tecido. Note que se Z1 =
Z2, não existe onda refletida e a
transmissão para o segundo meio é
completa. Também, se Z2 <<Z1, a
variação de sinal indica a mudança
de fase da onda refletida.
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1084" type="#_x0000_t75"
style='position:absolute;left:0; text-align:left;margin-left:3.6pt;margin-
top:0;width:139.15pt;height:153.55pt; z-index:1;mso-position-horizontal-
relative:text; mso-position-vertical-relative:text' o:allowincell="f"
strokecolor="blue"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image041.jpg"
o:title="Ultra_02"/> <w:wrap type="topAndBottom" anchorx="page"/>
</v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]


[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 2 - Uma onda sonora de amplitude A incide sobre um corpo.


Parte da onda de amplitude R, e refletida ,e parte, de amplitude T, é
transmitida.
[if !supportEmptyParas] [endif]
A razão da amplitude de pressão transmitida T pela
amplitude da onda incidente A0 é
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><v:shape
id="_x0000_i1045" type="#_x0000_t75"
style='width:71.25pt;height:35.25pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image043.wmz"
o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso


9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1045"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544664">
</o:OLEObject>

</xml><![endif] ..........
.......(4)
[if
!supportEmptyParas] [endif]
As equações (3) e (4) são para as ondas sonoras estritamente
perpendiculares à superfície. As equações para ondas sonoras
incidindo de diversos ângulos são mais complicadas e não são
abordadas neste livro.
É óbvio do exemplo 2 que sempre que as impedâncias
acústicas diferirem muito existe quase completa reflexão da
intensidade sonora mas não necessariamente da pressão sonora.
Isto é verdadeiro independente de qual meio o som tem origem, e
é a razão dos sons do coração serem fracamente transmitidos para
o ar adjacente ao peito.
[if !supportEmptyParas] [endif]
Exemplo 2
Calcule as razões das amplitudes de pressão e as intensidades das ondas
sonoras transmitida e refletida do ar para o músculo.
SOLUÇÃO
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shapetype id="_x0000_t202"
coordsize="21600,21600" o:spt="202"
path="m0,0l0,21600,21600,21600,21600,0xe"> <v:stroke
joinstyle="miter"/> <v:path gradientshapeok="t"
o:connecttype="rect"/> </v:shapetype><v:shape
id="_x0000_s1137" type="#_x0000_t202"
style='position:absolute; margin-left:10.8pt;margin-
top:0;width:417.6pt;height:21.6pt;z-index:39; mso-position-
horizontal-relative:text;mso-position-vertical-relative:text'
o:allowincell="f" stroked="f"> <v:textbox> <![if !mso]> <table
cellpadding=0 cellspacing=0 width="100%"> <tr>
<td><![endif]> <div> <p class=MsoBodyText><span style='font-
family:"Courier New";mso-bidi-font-family: "Times New
Roman"'>Obtemos também as razões das intensidades refletida e
transmitida:<o:p></o:p></span></p> </div> <![if !mso]></td>
</tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="topAndBottom"/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]


[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_s1135"
type="#_x0000_t202" style='position:absolute; margin-
left:0;margin-top:50.65pt;width:174.1pt;height:38.1pt;z-index:37;
mso-position-horizontal:left;mso-position-horizontal-relative:text;
mso-position-vertical-relative:text' o:allowincell="f" stroked="f">
<v:textbox> <![if !mso]> <table cellpadding=0 cellspacing=0
width="100%"> <tr> <td><![endif]> <div> <p
class=MsoNormal><span style='font-size:10.0pt'><v:shape
id="_x0000_i1047" type="#_x0000_t75"
style='width:159.75pt;height:30.75pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image046.wmz" o:title=""/>
</v:shape><![if gte mso 9]><o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1047"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544666">
</o:OLEObject> <![endif]></span></p> </div> <![if
!mso]></td> </tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="square"/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape


id="_x0000_s1136" type="#_x0000_t202"
style='position:absolute;margin-left:205.2pt; margin-
top:0;width:177.9pt;height:39.6pt;z-index:38; mso-position-
horizontal-relative:text;mso-position-vertical-relative:text'
o:allowincell="f" stroked="f"> <v:textbox> <![if !mso]> <table
cellpadding=0 cellspacing=0 width="100%"> <tr>
<td><![endif]> <div> <p class=MsoNormal><span style='font-
size:10.0pt'><v:shape id="_x0000_i1049" type="#_x0000_t75"
style='width:163.5pt;height:32.25pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image048.wmz" o:title=""/>
</v:shape><![if gte mso 9]><o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1049"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544667">
</o:OLEObject> <![endif]></span></p> </div> <![if
!mso]></td> </tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="topAndBottom"/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]


Usando os valores de Z da Tabela 1, nas equações 2 e
4, obtemos as razões das amplitudes de pressão das
ondas sonoras refletida e transmitida:
[if !supportEmptyParas] [endif]

[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1050" type="#_x0000_t75"


style='width:297pt;height:122.25pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image050.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3"


ShapeID="_x0000_i1050" DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544668"> </o:OLEObject>
</xml><![endif]

O exemplo 3 mostra que quando as impedâncias acústicas


de dois meios são semelhantes quase todo o som é transmitido
para o segundo meio. A escolha de materiais com impedâncias
acústicas semelhantes é chamada casamento de impedâncias.
Para receber energia sonora do corpo requer-se casamento de
impedâncias.
[if !supportEmptyParas] [endif]
Exemplo 3
Calcule as amplitudes e intensidades das ondas sonoras
refletida e transmitida da água para o músculo.
SOLUÇÃO
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_s1138"
type="#_x0000_t202" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:11.5pt;width:176.4pt; height:36.7pt;z-
index:40;mso-position-horizontal:left; mso-position-horizontal-
relative:text;mso-position-vertical-relative:text' o:allowincell="f"
stroked="f"> <v:textbox> <![if !mso]> <table cellpadding=0
cellspacing=0 width="100%"> <tr> <td><![endif]> <div> <p
class=MsoNormal><span style='font-size:10.0pt'><v:shape
id="_x0000_i1052" type="#_x0000_t75"
style='width:161.25pt;height:27.75pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image052.wmz" o:title=""/>
</v:shape><![if gte mso 9]><o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1052"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544669">
</o:OLEObject> <![endif]></span></p> </div> <![if
!mso]></td> </tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="square"/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape


id="_x0000_s1139" type="#_x0000_t202"
style='position:absolute;margin-left:212.4pt; margin-
top:0;width:158.25pt;height:39.45pt;z-index:41; mso-position-
horizontal-relative:text;mso-position-vertical-relative:text'
o:allowincell="f" stroked="f"> <v:textbox> <![if !mso]> <table
cellpadding=0 cellspacing=0 width="100%"> <tr>
<td><![endif]> <div> <p class=MsoNormal><span style='font-
size:10.0pt'><v:shape id="_x0000_i1054" type="#_x0000_t75"
style='width:143.25pt;height:31.5pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image054.wmz" o:title=""/>
</v:shape><![if gte mso 9]><o:OLEObject Type="Embed"
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1054"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544670">
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!mso]></td> </tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="topAndBottom"/> </v:shape><![endif][if !vml]

[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]


Usando os valores da Tabela 1 nas equações 2 e 4,
obtemos
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1085"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;left:0; text-
align:left;margin-left:10.8pt;margin-
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<tr> <td><![endif]> <div> <p class=MsoNormal><span
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!mso]></td> </tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
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FIGURA 3 - Comportamento de uma onda sonora na interface entre
duas substâncias onde ocorrem a reflexão e a refração. A velocidade do
som no meio 2 (v2 ) é maior que no meio 1 (v1 ).
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]

A razão das intensidades refletida e transmitida são


agora
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1140"
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<tr> <td><![endif]> <div> <p class=MsoNormal><span
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[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]

Na nossa discussão da reflexão de uma onda sonora assumimos


que a onda era perpendicular à superfície. Assim a onda transmitida
veio na mesma reta da onda refletida. Como se comportam as ondas
sonoras refletida e transmitida quando uma onda bate com um
ângulo i numa separação entre dois meios? (Fig.3)
As leis geométricas envolvendo a reflexão e refração são as
mesmas que para a luz. Isto significa que incidente = refletido, ou i =r.
O ângulo da onda sonora refratada 2 é determinado pelas
velocidades do som nos dois meios v1 e v2 da equação
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Pelo fato do som poder ser refratado, lentes acústicas podem
ser construídas para focalizar ondas sonoras.
ABSORÇÃO DAS ONDAS SONORAS
Quando uma onda sonora passa através do tecido, existe
alguma perda de energia devido aos efeitos do atrito. A absorção
de energia no tecido causa uma redução na amplitude da onda
sonora. A amplitude A numa profundidade x cm, num meio, está
relacionada à amplitude inicial A0 (x = 0) pela equação exponencial
A = A0 e -  x

onde , em cm-1, é o coeficiente de absorção para o meio numa


freqüência particular. A Tabela 12.3 dá alguns coeficientes típicos
de absorção. A Fig.4 ilustra a absorção exponencial do ultra-som
no óleo.
TABELA 3 - Coeficientes de absorção e de espessura para várias
substâncias
Material freqüência (MHz)  (cm-1) Meio-valor de Espessura(cm)
Músculo 1 0,13 2,7
gordura 0,8 0,05 6,9
cérebro(ave) 1 0.11 3,2
osso (crânio humano) 0,6 0,4 0,95
[if 0,8 0,9 0,34
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] [endif]
[if 1,2 1,7 0,21
!supportEmptyParas
] [endif]
[if 1,6 3,2 0,11
!supportEmptyParas
] [endif]
[if 1,8 4,2 0,08
!supportEmptyParas
] [endif]
[if 2,25 5,3 0,06
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] [endif]
[if 3,5 7,8 0.45
!supportEmptyParas
] [endif]
água 1 2,5 x 10-4 1,4 x 103
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[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]


[if !supportEmptyParas] [endif]

FIGURA 4 - Absorção de ultra-som. (a) Um feixe ultra-sônico é enviado


do transdutor T para uma grande banheira de óleo. (b) Ela é absorvida
exponencialmente. A espessura meio-valor é o comprimento da trajetória
no óleo que reduz o feixe em 50% de sua intensidade original I0 .
OBSERVAÇÃO:- A intensidade de meio-valor de camada é

igual a
Desde que a intensidade é proporcional ao quadrado da
amplitude (equação 1), sua dependência com a profundidade é
I = I0 e - 2  x ...............(5)
onde I0 é a intensidade incidente em x = 0 e I é a intensidade
numa profundidade x no absorvedor. Desde que o coeficiente de
absorção na equação (5) é 2, a intensidade decresce mais
rapidamente que a amplitude com a profundidade.
O meio-valor de espessura (HVT = Half-Value Thickness)
é a espessura de tecido necessária para diminuir de I 0 a I0/2. A
Tabela 3 dá os HVT's típicos para diferentes tecidos. Note que a
alta absorção no crânio humano e que a absorção cresce quando
aumenta a freqüência do som. Este aumento de absorção com a
freqüência ocorre também para outros tecidos do corpo e limita a
máxima freqüência que pode ser usada clinicamente (ver exemplo
4).
Exemplo 4
Qual é a atenuação da intensidade do som por 1 cm de osso em 0,8; 1,2;
1,6 MHz?
SOLUÇÃO
Embora a equação (5) possa ser usada, uma rápida
estimativa pode ser feita usando os HVT's dados na
Tabela (3). Em 0,8 MHz, o HVT é de 0,34 cm; portanto,
1 cm está ao redor de 3 HVT, e a intensidade é
reduzida por 23, ou por um fator de 8 (isto é,
aproximadamente 12 % permanece). Em 1,2 MHz, o HVT é
0,21; 1 cm está perto de 5 HVT, e a intensidade é
reduzida por quase 25, ou por um fator de 32 (isto é,
aproximadamente 3% permanece). Em 1,6 MHz o HVT é o
0,11 cm; 1 cm está ao redor de 9 HVT, e a intensidade
é reduzida por volta de 29, ou por um fator de 512
(isto é, aproximadamente 0,5% permanece).
ESPALHAMENTO
Em adição à absorção do som, o espalhamento, ou
divergência do som, faz a intensidade decrescer. Se o som é de uma
pequena fonte (fonte pontual) a divergência faz a intensidade
decrescer de acordo com a lei do inverso do quadrado. Isto é, I é
proporcional a 1/r2 onde r é a distância da fonte ao ponto de
medição. A fonte clínica típica de ultra-som é pequena ( 1 cm),
mas não é uma fonte pontual ideal.
[if !supportEmptyParas] [endif]
2. O CORPO COMO UM TAMBOR
(PERCUSSÃO NA MEDICINA)
Percussão (tapinha) tem sido usado desde o início da
civilização para vários propósitos tais como testar se as paredes são
sólidas ou coberturas para esconderijos e se o barril de vinho está
cheio ou vazio. O primeiro uso registrado da percussão no corpo
humano como um meio de diagnóstico ocorreu no século dezoito.
Em 1761, L. Auenbrugger publicou um pequeno livro, “sobre a
percussão do peito”, que era baseado nas suas observações clínicas
durante sete anos de diferentes sons que ele produziu pelas
pancadinhas no peito dos pacientes em vários lugares. Deve ser
mencionado que Auenbrugger era um músico talentoso e que seu
pai tinha uma hospedaria. Ele provavelmente aprendeu a técnica de
percussão batendo em barrís de vinho do seu pai, e seu ouvido
musical provavelmente auxiliou-o na interpretação dos sons .

FIGURA 5 - Um método de indução de percussão do peito para as


costas. Os dedos de uma mão são mantidos contra a pele e batidos com
os dedos da outra mão.
No seu livro, Auenbrugger descreveu como bater no tórax
com os dedos (Fig.5) e ele estabeleceu, "o som assim provocado do
tórax sadio parece-se com o som sufocado de um tambor coberto
com um espesso tecido de lã ou outro envoltório". Ele discutiu
ambos os sons ouvidos de objetos sadios e o som ouvido de
pacientes com vários sintomas patológicos. Auenbrugger
estabeleceu que com a percussão ele poderia diagnosticar câncer, a
presença de cavidades anormais em um órgão, e aquelas doenças
envolvendo fluidos na região do tórax. Ele confirmou muitos
daqueles diagnósticos examinando os corpos após a morte.
A descoberta de Auenbrugger inteiramente ignorada até
1808, quando seu trabalho originalmente publicado em Latim, foi
traduzido para o Francês. A percussão tem desde então se tornado
uma importante técnica na detecção de doenças.
3. O ESTETOSCÓPIO
Talvez nenhum símbolo está mais associado com o médico
do que o estetoscópio pendurado no pescoço ou saindo de sua
maleta. Este simples "auxiliar de audição" permite um médico ou
enfermeira ouvir sons produzidos dentro do corpo, principalmente
do coração e pulmões. O ato de ouvir estes sons com um
estetoscópio é chamado “auscultação intermediada”, ou
usualmente apenas “auscultação”. (Devemos ser cuidadosos em
distinguir auscultação de osculação, que é uma atividade
totalmente diferente).
Muitos sons da região toráxica podem ser úteis no diagnóstico
da doença. Antes de 1818, o único método disponível para
examinar o tórax era sentindo-o com as mãos, percussão e
auscultação intermediada com o ouvido diretamente no peito. No
“um tratado sobre as doenças do peito e sobre auscultação
intermediada” (1818), R.T.H. Laenec descreveu as objeções de se
colocar o ouvido diretamente no peito: "é sempre inconveniente
para ambos, médico e paciente, e no caso das mulheres, não
somente é indelicado, mas freqüentemente impraticável; e para
aquela classe de pessoas encontradas nos hospitais é repugnante".
Deve ser mencionado que naquele tempo, médicos rotineiramente
atendiam chamados em casa e examinavam e tratavam quase todo
mundo, em qualquer caso, na sua casa. Somente pacientes pobres
iam para o hospital.
Laenec usou auscultação intermediada até 1816 quando ele
examinou uma garota com sintomas gerais de uma doença do
coração. Como ela era gorda, jovem e mulher, ele sentiu que o
método de exame usual não era apropriado. Entretanto, ele
lembrou-se que se uma extremidade de um pedaço de madeira é
arranhado com um prego, o som pode ser ouvido bem quando na
outra extremidade é colocado o ouvido. Ele imediatamente enrolou
vários pedaços de papéis num cilindro e levou uma das
extremidades ao seu ouvido e a outra ao peito da garota acima do
seu coração. O resultado foi dramático e encorajou Laenec a
melhorar este instrumento. Eventualmente ele desenvolveu um
cilindro oco de madeira de 30 cm de comprimento com um
diâmetro interno de aproximadamente de 1 cm e um diâmetro
externo de mais ou menos 7,5 cm. Ele chamou-o de estetoscópio.
Naquele livro, ele descreveu sua pesquisa sobre o estetoscópio e
sua interpretação dos sons naturais e patológicos dos pulmões,
coração e voz.
O estetoscópio correntemente em uso está baseado no
trabalho original de Laenec. As partes principais de um moderno
estetoscópio são o sino, o qual é aberto ou fechado por um fino
diafragma, o tubo e as peças auditivas (Fig.6).

Figura 6 - Um esquema de um moderno estetoscópio


O sino aberto é um casamento de impedâncias entre a pele e o ar,
e acumula sons da área de contato. A pele sob o sino aberto
comporta-se como um diafragma. A pele-diafragma tem uma
freqüência de ressonância natural na qual ela transmite mais
efetivamente os sons; os fatores controladores da freqüência de
ressonância são semelhantes daqueles que controlam as
freqüências de vibração de uma corda esticada. Quanto mais
esticada a pele ao ser puxada, maior é a sua freqüência de
ressonância. Quanto maior o diâmetro do sino, mais baixa a
freqüência de ressonância da pele. Assim é possível aumentar o
intervalo sonoro de interesse variando o comprimento do sino e
variando a pressão do sino contra a pele e assim a tensão do sino.
Uma baixa freqüência de ruído do coração parecerá ocorrer se o
estetoscópio é pressionado fortemente contra a pele!
Um sino fechado é meramente um sino com um diafragma de
freqüência de ressonância conhecida, usualmente alta, que desafina
os sons de baixa freqüência. Sua freqüência de ressonância é
controlada pelo mesmo fator que controla a freqüência do sino
aberto pressionado contra a pele. O estetoscópio de sino fechado é
principalmente usado para audição de sons dos pulmões, que são
freqüências maiores que os sons do coração. A Fig.7 mostra o
intervalo de freqüência típico dos sons do coração e do pulmão.
FIGURA 7 – A maioria dos sons do coração são de baixas freqüências
na região onde a sensibilidade da audição é pobre. Os sons dos pulmões
tem geralmente freqüências maiores. A curva representa o corte de
audição para um bom ouvido. Alguns dos sons do coração e dos
pulmões estão abaixo deste corte

Qual é a melhor forma para o sino? Desde que estamos


tratando de um sistema fechado na outra extremidade por um
diafragma sensível a pressão, o tambor auditivo, é desejável ter-se
um sino com um volume tão pequeno quanto possível. Quanto
menor o volume de gás, maior a variação de pressão para um dado
movimento do diafragma na extremidade do sino.
O volume dos tubos deve também ser pequenos, e deve existir
pouca perda por atrito do som nas paredes dos tubos. A pequena
restrição de volume sugere tubos de diâmetros pequenos, curtos,
enquanto a restrição de baixa fricção sugere tubos de diâmetros
largos. Se o diâmetro do tubo é muito pequeno, perdas por atrito
ocorrem, e se é muito grande o volume de ar movimentando-se, é
muito maior; em ambos os casos a eficiência é reduzida. Abaixo de
100 Hz, o comprimento dos tubos no afeta consideravelmente a
eficiência, mas acima desta freqüência a eficiência decresce
quando o tubo é aumentado. Em 200 Hz, 15 dB é perdido na
variação de um tubo de 7,5 cm de comprimento para um tubo de
66 cm. O ideal é um tubo com um comprimento de 25 cm e um
diâmetro de 0,3 cm.
As peças auditivas devem ajustar bem no ouvido porque o
escoamento de ar reduz o som ouvido. Quanto mais baixa a
freqüência, mais significante o escoamento. Escoamentos também
permitem ruído de fundo entrar no ouvido. As peças auditivas são
usualmente projetadas para seguir ligeiramente a inclinação do
canal do ouvido.
[if !supportEmptyParas] [endif]
4 - IMAGENS DE ULTRASOM DO CORPO
O ouvido humano responde a sons no intervalo de freqüências
de 20 a 20.000 Hz, embora muitos animais possam produzir e ouvir
sons de freqüências consideravelmente maiores. Por exemplo,
morcegos emitem sons de freqüências ultra-sônicas - 30 a 100 kHz
- e voam ouvindo os ecos. Foi descoberto durante a II Guerra
Mundial que o homem pode usar ultra-sons em muito situações da
mesma maneira que os morcegos. A marinha desenvolveu o sonar
(Sound Navigation and Ranging), um método de localizar objetos
submersos, tais como submarinos, com ecos ultra-sônicos. Após a
II Guerra Mundial engenheiros-médicos desenvolveram técnicas
para usar o ultra-som em diagnósticos.
Nesta seção discutimos o uso do ultra-som para produzir
imagens para diagnósticos médicos. Basicamente, uma fonte de
ultra-som envia um feixe de pulsos sonoros de 1 a 5 MHz através
do corpo. O tempo requerido para os pulsos sonoros serem
refletidos dá informação da distância das várias estruturas, ou
órgãos, no trajeto do feixe ultra-sônico.
Embora existam vários métodos de geração de ultra-som, o
mais importante para aplicações médicas envolve efeitos
piezoelétricos. Este efeito foi descoberto por Jacques e Pierre Curie
por volta de 1880. Muitos cristais podem ser cortados de modo que
uma voltagem oscilante através dele produzirá uma vibração
semelhante a do cristal, gerando assim uma onda sonora (Fig.8).
Um dispositivo que converte energia elétrica em energia
mecânica, ou vice-versa, é chamado transdutor. Geradores de
ultra-sons são freqüentemente referidos como tradutores.
Cada transdutor tem uma freqüência de ressonância natural
de vibração. Quanto mais tênue o cristal, maior a freqüência em
que ele oscilará. Para um cristal de quartzo cortado ao longo de um
certo eixo (corte - x), uma espessura de 2,85 mm dá uma freqüência
de ressonância de 1 MHz.

Figura 8 - Comportamento de um cristal de quartzo usado na produ[ao


de ultra-som. (a) Ligacao dos eletrodos; (b) variacao na espessura d do
cristal (muito exagerada) devido a uma voltagem alternada aplicada V;
(c) o cristal montado numa boquilha para produzir um feixe de ultrasons.
Um feixe focalizado e produzido quando uma lente acústica e ligada ao
cristal.
Freqüências típicas para trabalhos médicos estão no intervalo de 1
a 5 MHz. Um nível de potência média para aplicações em
diagnósticos é uns poucos miliwatts por centímetro quadrado.
Pulsos de ultra-som são transmitidos ao corpo colocando um
cristal vibrante em estreito contato com a pele, usando água ou uma
pasta gelatinosa para eliminar o ar. Isto dá um bom acoplamento
com a pele e aumenta consideravelmente a transmissão do ultra-
som no corpo e do eco de volta ao detetor.
O mesmo transdutor que produziu o pulso serve como
detetor. As vibrações do cristal produzidas pelos ecos geram uma
voltagem sobre ele - exatamente o contrário do que ocorre na
produção do ultra-som. Os sinais fracos são então amplificados e
mostrados num osciloscópio.
Muitas das aplicações de ultra-som na medicina estão
baseadas nos princípios do sonar. Num sonar um pulso de onda
sonora é enviado e é refletido no objeto; do tempo requerido para
receber o eco e da velocidade conhecida do som na água, a
distância do objeto pode ser determinada. Morcegos e golfinhos
usam o princípio do sonar para orientação e busca de alimentos
(Fig.9). Cegos humanos usam o mesmo princípio quando ouvem
os ecos de uma pancadinha de uma bengala para ajudá-lo a evitar
grandes objetos.
Para obter informação do diagnóstico sobre a profundidade
das estruturas no corpo, enviamos pulsos de ultra-som sobre o
corpo e medimos o tempo requerido para receber o som refletido
(ecos) em suas várias superfícies. Este procedimento é chamado
mapeamento A (ou varredura A, ou modo A, ou scan A) de
diagnóstico ultra-sônico. Pulsos para o mapeamento A funcionar
são tipicamente de uns poucos microsegundos de extensão. Eles
são usualmente emitidos de 400 a 1.000 pulsos/s.
FIGURA 9 - O princípio do sonar. O golfinho envia ondas ultra-sônicas e
usa os ecos para localizar o alimento.
O método mapeamento A está ilustrado esquematicamente na
Fig.10. Na Fig 10a, um transdutor T envia um pulso de ultra-som
através de um béquer de água de diâmetro d. O som é refletido do
outro lado do béquer e retorna ao transdutor, que também atua
como um receptor. O eco detectado é convertido num sinal elétrico
e é mostrado como a deflexão vertical R no tubo de raios catódicos
(CRT = Cathode Ray Tube) de um osciloscópio Fig.10a'. Como o
eco foi atenuado pela água, R é menor, em amplitude, do que o
pulso inicial mostrado no osciloscópio em a'. O tempo requerido
para o pulso viajar do transdutor ao lado oposto e voltar ao
transdutor está indicado na escala horizontal do osciloscópio. Este
tempo pode ser facilmente convertido para a distância usando a
velocidade conhecida do som na água (Tabela 1) para calibrar a
escala.
FIGURA 10 - Esquema de um mapeamento A. Veja o texto para
explicação.

FIGURA 11 - Esquema de um mapeamento A mostrando as múltiplas


reflexões que estão ocorrendo. Veja texto para explicação.

Um objeto no béquer pode ser localizado com ultra-som. Na


Fig.10b uma superfície S a distância d1 produz um eco adicional,
o qual está disposto no osciloscópio como S na posição
d1(Fig.10b'). Note que o eco R é agora menor. Quando a
superfície vibra (Fig.10c), a posição do eco no osciloscópio
também se move. (Fig.10c').
É possível também ter-se múltiplas reflexões entre as
superfícies. A (Fig.11a) ilustra este efeito. Um pulso emitido pelo
transdutor T é refletido na parede oposta e volta ao transdutor, onde
parte é convertida em sinal e parte é novamente refletida para a
parede oposta; esta parte retorna ao transdutor novamente e aparece
como um sinal. Um múltiplo de tais ecos aparecem na Fig 11b com
um objeto à distância d e um segundo objeto a 2d.
Deve ser lembrado que a base para o uso do ultra-som na
medicina é a reflexão parcial do som na superfície entre dois meios
que tem diferentes propriedades acústicas. A quantidade de
reflexões depende principalmente da diferença nas impedâncias
acústicas dos dois materiais e a orientação da superfície com
respeito ao feixe. Desde que o transmissor e o detetor estão na
mesma unidade, os sinais mais intensos detectados são devidos a
reflexões nas superfícies perpendicular ao feixe. A maioria dos
diagnósticos que usam ecos ultra-sônicos são sinais muito
pequenos devido a fraca reflexão e absorção do som pelo tecido. A
grande perda do sinal devido a absorção exponencial do som no
tecido pode ser compensada amplificando eletronicamente o eco
por uma quantidade proporcional à profundidade do corpo no qual
o som é refletido (Fig.12).

FIGURA 12 - Ecos fracos de estrutura profunda pode ser amplificado


eletronicamente para tornar-se visível. (a) o pulso transmitido T produz
um eco fraco R no CRT. (b) A quantidade amplificada cresce com o
tempo (ou distancia). (c) A amplificação cresce com o tamanho do eco.

Um outro problema é a falta de resolução, ou habilidade do


equipamento detectar ecos separados de dois objetos muito juntos.
Em geral, estruturas menores que o comprimento de onda não
podem ser resolvidas. Desde que =v/f, onde v é a velocidade do
som e f é a freqüência, sons de alta freqüências tem comprimentos
de onda mais curto e permite uma melhor resolução que os sons de
baixa freqüência. Por exemplo, o som de 1,2 MHz tem um
comprimento de onda na água de 1,5 x 103/1,2 x 106 = 1,2 x 10-3 m
ou 1,2 mm, enquanto o som de 3,5 MHz tem um comprimento de
onda de 0,43 mm. Entretanto, um compromisso deve ser feito na
escolha da freqüência desde que a absorção aumenta com o
aumento da freqüência. Por exemplo, um sinal de 3,5 MHz não
penetra através do crânio tão bem quanto sons de 1,2 MHz (Tabela
3), e tem que atravessar duas vezes o crânio para que o eco atinja o
detetor.
Um procedimento mapeamento A, a ecoencefalografia, tem
sido usada na detecção de tumores no cérebro. Pulsos de ultra-som
são enviados a uma estreita região do crânio ligeiramente acima do
ouvido e o eco das diferentes estruturas dentro da cabeça são
mostrados num osciloscópio (Fig.13). O procedimento usual é
comparar os ecos do lado esquerdo da cabeça com aqueles do lado
direito e observar uma mudança na estrutura da linha média. Um
tumor num lado do cérebro tende mudar a linha média em direção
ao outro lado (Fig.14). Geralmente uma mudança de mais que 3
mm para um adulto ou 2 mm para uma criança é considerado
anormal.
Durante a ecoencefalografia cuidados devem ser tomados
para que o instrumento possa detectar o eco imediatamente após o
pulso inicial do lado mais próximo do crânio. Esta informação é
necessária para comparar explorações (enquadramento) do direito
ao esquerdo e esquerdo ao direito. É também necessário exercer
cuidado em interpretar as figuras de eco quando o crânio é
assimétrico para evitar de fazer um falso diagnóstico.
FIGURA 13 - O método mapeamento A para localizará a linha média do
cérebro. (ecoencefalografia). Pulsos de ultrasons são enviados ao
cérebro pelo transdutor T, e os ecos são mostrados no osciloscópio.

Aplicações do mapeamento A na oftalmologia pode ser dividida


em duas áreas: uma está concentrada em obtenção de informações
para uso em diagnóstico das doenças do olho; a segunda envolve
biometria, ou medidas de distâncias do olho. Em níveis de baixas
potências usados, não existe perigo ao olho do paciente.
Freqüências ultra-sônicas de até 20 MHz são usadas. Estas altas
freqüências podem ser usadas no olho para produzir melhores
resoluções pois não existe osso para absorver muita energia, e a
absorção não é significante por que o olho é pequeno.
Técnicas de diagnóstico de ultra-som são suplementares aos
exames oftalmológicos geralmente praticados; elas podem
melhorar a informação sobre as regiões mais profundas do olho e
são especialmente úteis quando a córnea ou lente é opaca. O uso
do mapeamento A , mais informações ópticas e mesmo de raios-X
podem ser necessárias para um diagnóstico completo. Tumores,
corpos estranhos e descolamento da retina ( a parte sensível do olho
à luz) são alguns dos problemas que podem ser diagnosticado com
ultra-som. A Fig.15 é uma visão esquemática de um mapeamento
A normal do olho. A Fig.16 mostra um mapeamento A de um
severo descolamento da retina
FIGURA 14 - Ecoencefalografia de um cérebro normal e um anormal. (a)
Um par de mapeamentos de um cérebro normal. O transdutor T está no
lado direito da cabeça no mapeamento de cima e no lado esquerdo no
mapeamento de baixo. F indica ecos do lado de trás do crânio. Não
existe deslocamento do eco de linha média. (b) Um par de
mapeamentos de um cérebro anormal mostrando um deslocamento de 7
mm adiante no lado direito que poderia ser causado por um tumor no
lado esquerdo do cérebro. (De M.M.Lapayowker em S. Gottlieb e M.
Viamonte (Eds.), DIAGNÓSTICO DE ULTRASOM, Comitê de Novas
Tecnologias, Colégio Americano de radiologia, sem data, p. 16)

FIGURA 15 - Um transdutor ultra-sônico T transmite sons através da


água do olho, e o som refletido e mostrado num osciloscópio
Sem ultra-som os oftalmologistas podem enxergar o mundo do
olho até o nervo óptico, mas medidas do olho tem sido
grandemente confinadas ao segmento exterior. Com ultra-som é
possível medir distâncias no olho tais como a espessura de lentes,
a distância da retina, e a espessura do humor vítreo. Esta
informação pode ser combinada com outras quantidades tais
como a curvatura da córnea e a prescrição para óculos corretivos
para determinar os índices de refração dos componentes do olho.

FIGURA 16 - Estudos ultra-sônicos de uma retina descolada. O CRT


mostra um eco s da esclera anterior, um eco r da retina, e um eco s da
esclera na parte de trás do olho. Num olho normal o eco da
retina mistura-se com o eco da esclera posterior ( De K. Ossoinig, em A.
Oksala e H. Gernet (Eds.), ULTRASOM NA OFTALMOLOGIA, Karger,
Basel/ New York, 1967, pp. 116-133).

Para muitos propósitos clínicos o mapeamento A tem sido


largamente trocado por mapeamento B. O método do mapeamento
B é usado para obter visões bidimensional das partes de um corpo.
Os princípios são os mesmos daqueles do mapeamento A exceto
que o transdutor é movimentado. Como resultado cada eco produz
um ponto no osciloscópio na posição correspondente à localização
da superfície refletora (Fig.17). Um osciloscópio de
armazenamento é usualmente empregado de modo que a última
imagem pode ser formada e uma fotografia pode ser feita (Fig.18).
O mapeamento B estabelece informação sobre a estrutura
interna do corpo. Eles tem sido usados nos diagnósticos do olho,
fígado, seios, coração e feto. Eles podem detectar gravidez muito
cedo, como a quinta semana, e pode estabelecer informação sobre
anomalias uterinas (Fig.19). Informação sobre o comprimento,
localização, e mudança com o tempo de um feto é extremamente
útil nos partos normais (Fig.20) e em casos tais como hemorragias
anormais e ameaças de aborto. Em muitos casos mapeamento B
pode estabelecer mais informações que raios-X, e apresentam
menos riscos (ver Capítulo 19). Por exemplo, estudo de raio-X
pode somente detectar quisto que produzem soluções radiopacas,
enquanto o ultra-som pode ser usado para mostrar muitos tipos de
quistos.
Nos trabalhos iniciais com mapeamento B todos os ecos
mostrados no CRT tinham o mesmo brilho. O operador poderia
excluir ecos de baixas magnitude enviando um controle eletrônico
a um valor de corte escolhido. Embora este modo, chamado
exposição margem de fundo, é muito útil para muitos propósitos,
ela não dá informação dos comprimentos dos ecos. O método
melhorado eletronicamente exposição escala-cinzenta muda o
brilho no CRT de modo que ecos fortes aparecem mais brilhantes
que os fracos. A Fig.21 mostra um mapeamento mostrado em dois
modos. Com a exposição escala-cinzenta, tumores no fígado que
poderiam ter sidos ocultados com a exposição margem-fundo, tem
sido facilmente detectado.
O sucesso da exposição escala cinzenta tem conduzido ao
desenvolvimento das exposições coloridas que mostram um
intervalo maior de ecos. Um intervalo ainda maior de ecos podem
ser mostrados usando exposições digitais. Neste caso o eco ultra-
sônico deve ser processado eletronicamente e acoplado a um
computador.
FIGURA 17 - Esquema do método do mapeamento B. (a)Quando o
transdutor se move para a direita ele produz ecos do objeto inundado.
(a') O osciloscópio armazenador mostra um ponto correspondente à
localização do eco recebido. Os pontos fora de linha no topo da
superfície do objeto. (b) Quando o transdutor é levantado rapidamente
enquanto movimenta para a direita ele produz ecos da outra superfície.
(b') O mapeamento resultante mostra os lados do objeto.

FIGURA 18 - Uma técnica de ultra-som move o transdutor de uma


unidade de mapeamento B sobre o abdome nu de uma paciente grávida
enquanto ajusta o brilho da imagem no monitor. Quando uma imagem
satisfatória é obtida, uma cópia é feita com a câmara. (Cortesia
de Unirad Corporation, Denver, Colo.)

5. ULTRASOM PARA MEDIR MOVIMENTOS


Dois métodos são usados para obter informações sobre
movimentos no corpo com ultra-som; o mapeamento M
(movimento), que é usado para estudar movimentos tais como
aqueles do coração e válvulas cardíacas, e a técnica Doppler, que é
usada para medir o fluxo sangüíneo.
O mapeamento M combina certas características do
mapeamento A e o mapeamento B. O transdutor é mantido
estacionário como no mapeamento A e os ecos aparecem como
pontos no mapeamento B.
A Fig.22a mostra um transdutor fixo na posição emitindo um
pulso de ultra-som no béquer de água que tem uma interface
vibrando nela. A Fig. 22b é um mapeamento B padrão mostrando
o movimento da interface no tela do osciloscópio. Quando o traço
do osciloscópio é levado a mover-se verticalmente como uma
função do tempo, o movimento da interface é mostrada como um
mapeamento M como visto na Fig.22c.

FIGURA 19 - O mapeamento B tem um importante uso na medicina. (a)


esquema de um corte de uma mulher mostrando um pequeno feto em
gestação no útero. (b) Um mapeamento B de um paciente mostrando o
saco uterino, o útero e bexiga (Cortesia de Unirad Corporation, Denver,
Colo)

FIGURA 20 - Um mapeamento lado a lado de um feto mais desenvolvido


que aquele mostrado na Fig. 19. A cabeça fetal e a linha média do
cérebro são mostrados claramente. (Cortesia de Kenneth Gottesfeld,
M.D, University of Colorado Medical Center, Denver, Colo)

Os mapeamento M são usados para obter informações


diagnosticas sobre o coração. Os lugares onde o coração pode ser
sondado são muito limitados devido a pobre transmissão ultra-
sônica através dos tecidos pulmonares e ossos. O método usual é
colocar o transdutor no lado esquerdo do paciente, apontá-lo entre
as costelas sobre o coração, e incliná-lo sob diferentes ângulos para
explorar várias regiões do coração (Fig. 23). Movendo a sonda é
possível obter informações a respeito do comportamento de uma
válvula particular ou seção do coração. O examinador deve estar
familiarizado com as imagens dos ecos cardíacos específicos para
interpretar a informação. Várias condições do coração podem ser
diagnosticadas com o mapeamento M; consideremos aqui o
mapeamento M da válvula mitral e o mapeamento M mostrando
acumulação do fluido no coração (efusão pericardial).

FIGURA 21 - Mapeamento B de ultra-som transversal do abdômen


superior. (a) Um esboço identificando as varia estruturas nos
mapeamentos (b) Um leading-edge B mapeamento em que todos os
ecos são igualmente brilhante. (c) Um mapeamento escala-gray do
mesmo paciente em que grande ecos são mais brilhante que pequenos
ecos.

Mapeamento A tomado da posição 1 da Fig. 23 mostra reflexões


da parede do tórax, a cavidade ventricular direita, o sépto
interventricular (IVS), a válvula mitral anterior (AMVL), e a
parede posterior do coração. A parte do mapeamento consistindo
do sinal AMVL (Fig. 24a) mostra o movimento - abrindo e
fechando - da folha anterior da válvula mitral. O movimento está
correlacionado à atividade elétrica do coração (ECG), que é
gravada simultaneamente. A informação de interesse é a razão de
fechamento da válvula mitral. A razão de fechamento para uma
válvula normal está indicada pela inclinação na Fig. 24a; neste caso
a razão de fechamento é 72 mm/s. A Fig. 24b é um mapeamento M
mostrando uma anormalidade chamada estenose mitral ( um
estreitamento da na abertura da válvula). A inclinação reduzida
para a estenose mitral é bem diferente da inclinação normal -
quanto mais baixa a razão de fechamento, maior a quantidade de
estenose. A outra válvula do coração pode ser examinada de
maneira similar.
Efusão pericardial pode ser facilmente detectada com um
mapeamento M. Normalmente o saco pericardial envolvendo o
coração está em contato direto com ele. Assim um mapeamento M
de um coração normal tomado da posição 1 na Fig. 23 mostraria a
parede ventricular direita anterior em contato direto com o
pericárdio anterior e a parede estacionária do tórax e a parede
ventricular esquerda posterior em contato com o pericárdio
posterior. Quando a efusão pericardial ocorre, o espaço entre o
coração e pericárdio enche com um fluido que é relativamente livre
de eco, e um mapeamento M mostrará uma separação entre o saco
e o coração anterior e posteriormente (Fig.25). Este mapeamento
pode ser repetido durante o tratamento para determinar se está
sendo feito progresso.
Desde os estudos anteriores do som em 1800s, os médicos tem
percebido que uma fonte sonora de freqüência f0 tem um tom mais
alto quando ela está movendo em direção ao ouvinte e um tom mais
baixo quando está afastando-se dele (Fig.26a). Tem também um
tom mais alto quando o ouvinte está movendo-se em direção a fonte
do que quando ele está se afastando dela (Fig.26b). A variação de
freqüência é chamada o desvio Doppler.

Quando a fonte sonora está movendo-se em direção ao ouvinte ou


quando ele está movendo-se em direção à fonte, a onda sonora são
arrastadas junto e ele ouve uma freqüência maior que f 0. Quando a
fonte está movendo-se adiante do ouvinte ou quando ele está se
afastando da fonte, ele ouve uma freqüência mais baixa que f0. Se
conhecemos a freqüência f0 e podemos medir a freqüência que é
recebida pelo ouvinte, podemos determinar quão rápido a fonte
sonora ou o ouvinte está se movendo. Esta técnica tem sido usada
para medir a velocidade de foguetes; um foguete recebe um sinal
de radio-freqüência e então retransmite-o para o emissor, que
compara o sinal recebido com o original para determinar a velocida

FIGURA 22 - Um esquema do método do mapeamento M. (a) Uma


interface vibrante num béquer de água reflete o pulso sonoro do
transdutor T. (b) No mapeamento B estacionário a membrana vibrante
aparece como uma linha no meio do mapeamento. (c) Quando o feixe
de elétron do CRT é movido verticalmente, o movimento da interface
vibrante é mostrado como um mapeamento M.

O efeito Doppler pode ser usado para medir a velocidade de


movimento de objetos ou fluidos dentro do corpo, tal como o
sangue. Quando um feixe contínuo de ultra-som é "recebido" por
alguma célula vermelha do sangue numa artéria movendo-se
adiante da fonte, o sangue "ouve" uma freqüência ligeiramente
mais baixa que a freqüência f0 original. O sangue envia de volta
ecos espalhados do som que ele "ouviu", mas desde que ele agora
é uma fonte de som em movimento afastando-se do detetor, existe
um outro desvio para uma freqüência ainda mais baixa. O detetor
recebe um sinal espalhado de volta que tem sofrido um duplo
desvio Doppler. Quando o sangue está movendo-se num ângulo 0
da direção da onda sonora, a variação da freqüência fd é

onde f0 é a freqüência da onda ultra-sônica inicial, V é a velocidade


do sangue, v é a velocidade do som, e  é ângulo entre V e v
(Fig.27). Embora existam outros meios de se medir o fluxo
sangüíneo, este método tem a vantagem decidida de não requerer
catéter na artéria ou cirurgia para implantar dispositivos de
medidas.
FIGURA 23 - Vista esquemática do coração sendo mapeado com ultra-
som. As costelas estão identificadas com algarismos Romanos. (Cortesia
de Richard D. Spangler, M.D., e Michael Johnson, M.D., University of
Colorado Medical Center, Denver, Colo.)
O efeito Doppler é também usado para detectar movimentos do
coração do feto, cordão umbilical, e placenta afim de determinar a
vida fetal durante 12 até 20 períodos semanais de gestação quando
sinais radiológicos e clínicos são desaconselháveis. Quando uma
onda sonora contínua de freqüência f0 é incidente sobre o coração
fetal, o som refletido é desviado para freqüências ligeiramente
maiores que f0 quando o coração do feto está movendo-se em
direção a fonte do som e ligeiramente inferior a f 0 quando o coração
do feto está se afastando dele. Variações na freqüência dá a razão
pulsação fetal. A Fig.28 mostra o arranjo instrumental para
monitoração do coração fetal. A saída pode ser audível ou mostrada
num osciloscópio.
Talvez o uso mais comum do efeito Doppler na obstetrícia é
na localização do ponto de entrada do cordão umbilical (artéria) na
placenta. Esta informação é muito útil se existe hemorragia devida
a uma placenta mal localizada ( placenta prévia ) ou se existe uma
transfusão intra-uterina por incompatibilidade de Rh. No estudo
um, predição de localização por ultra-som Doppler foi examinado
por outros métodos e encontrou-se ser mais que 90% preciso. A
Fig.29 mostra o desvio de freqüência do efeito Doppler para a
placenta e outras regiões no útero grávido. Cuidados devem ser
tomados para evitar monitoramento de artérias maternais e veias,
que tem uma razão muito mais baixa.
6. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA TERAPIA COM
ULTRASOM
Vários efeitos físicos e químicos ocorrem quando ondas ultra-
sônicas passam através do corpo, e elas podem causar efeitos
fisiológicos. A magnitude dos efeitos fisiológicos dependem da
freqüência e amplitude do som. Em níveis de intensidade de
freqüência muito baixos usados para trabalhos diagnósticos (0.01
W/cm2 de potência média e 20 W/cm2 de potência de pico) nenhum
efeito prejudicial fora observado. Quando a potência é aumentada,
o ultra-som torna-se útil na terapia. O ultra-som é usado como um
agente auditivo profundo em níveis de intensidade contínuo de 1
W/cm2 e como um agente destruidor de tecidos em níveis de
intensidade de 103 W/cm2

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FIGURA 24 - Mapeamentos M mostrando o movimento da válvula mitral
do coração; a razão em que a válvula fecha é indicada pela inclinação,
que esta esboçada abaixo de cada mapeamento. (a) Uma inclinação de
72 mm/s é normal. b Uma inclinação abaixo de 35 mm/s indica uma
anormalidade chamada estenose mitral (estreitamento da abertura).
(Cortesia de Richard D. Spangler, M.D., e Michael Johnson, M.D.,
University of Colorado Medical Center, Denver, Colo.)
FIGURA 25 - Um mapeamento M mostrando a acumulação fluida no
caso envolvente do coração (efusão pericardial). A sonda foi movida ao
ponto A. O esboço à esquerda identifica as estruturas na porção
esquerda do mapeamento M, até o ponto A. O esboço à direita,
correspondente à porção direita do mapeamento M, mostra o fluido entre
o coração e o pericárdio (Cortesia de Richard D. Spangler, M.D. e
Michael Johnson, M.D., University of Colorado Medical Center, Denver,
Colo.)

O principal efeito físico produzido pelo ultra-som são


aumento de temperatura e variações de pressão. O principal efeito
usado para terapia é a fonte de temperatura devido a absorção da
energia acústica no tecido.

FIGURA 26 - O efeito Doppler (a) O ouvinte escuta uma freqüência


maior da fonte sonora movendo-se adiante dele e uma menor quando ela
está movendo-se ao seu encontro. (b) O ouvinte escuta uma freqüência
maior quando ele está movendo-se adiante da fonte sonora do que
quando ele está movendo ao encontro dela. Aqui c é a velocidade do
som no ar, v é a velocidade da fonte em a e o ouvinte em b, e f0 é a
freqüência na ausência de movimento.

Diatermia ultra-sônica complementa a diatermia


eletromagnética de aquecimento profundo. O ultra-som é aplicado
com um transdutor de cristal piezelétrico com uma superfície
radiante de aproximadamente 10 cm2. Uma gelatina ou óleo
mineral é usado entre o transdutor e a pele para casamento de
impedância. A sonda deve ser calibrada e sintonizada na água antes
do tratamento para determinar a intensidade média e a potência
total de saída. Um plano de tratamento pode usar intensidades de
vários watts por centímetro quadrado por períodos de 3 a 10 min
uma ou duas vezes por dia a três vezes por semana. Muitas vezes o
aplicador é movido vagarosamente para frente e para trás passando
a mão para evitar a formação de "pontos quentes" no tecido.
Quando uma junta está sendo tratada, o aplicador deve mover-se
sobre toda a superfície externa da junta.
O ultra-som deposita sua energia nos músculos profundos e
tecidos do corpo enquanto causa pouca elevação de temperatura
nas camadas de tecidos de superfícies moles. Pesquisadores
sugerem que o ultra-som é o mais efetivo aquecedor profundo de
ossos e juntas. A Fig.30 mostra a mudança de temperatura dentro
de uma junta do quadril como uma função do tempo para diatermia
de ultra-som e microondas.
Diatermia de ultra-som é útil no tratamento de doenças de
juntas e rigidez de juntas. Tem sido usado também nas juntas que
tem depósitos de cálcio; existem algumas
indicações que ele ajuda na remoção dos depósitos. Não é usado
nas regiões do corpo tais como os olhos e gônodas onde o aumento
de temperatura pode causar prejuízo.

FIGURA 27 - Arranjo esquemático para uso do efeito Doppler para medir


a velocidade do sangue num vaso sangüíneo. O transdutor contém dois
cristais - um para transmitir a onda sonora e outro para receber o eco.
Uma onda sonora continua é usada em vez de uma pulsada.
Ondas de ultra-som diferem completamente das ondas
eletromagnéticas; elas interagem com o tecido principalmente
por movimentos microscópicos das partículas do tecido. Quando
uma onda sonora move através do tecido, as regiões de
compressão e rarefação causam diferenças de pressão nas regiões
adjacentes do tecido. Distensões ocorrem nestas regiões; se a
distensão excede o limite elástico do tecido, resulta em rasgo. Isto
é porque um tímpano pode ser rompido por uma fonte sonora
muito intensa. Em terapia física a intensidade típica é de 1 a 10
W/cm2 e a freqüência é de 1 MHz. Usando a equação 1,
encontramos que a amplitude de deslocamento A em 10 W/cm2
no tecido é de 10-6 cm; a máxima amplitude de pressão P0
(Equação 2) é aproximadamente 5 atm. Lembre-se que a variação
do máximo para o mínimo de pressão ocorre numa distância de
meio comprimento de onda; para uma onda de 1 MHz no
tecido, /2 = 0.7 mm. Assim existe uma substancial variação de
pressão numa curta distância. Um feixe de ultra-som com uma
intensidade de 35 W/cm2 pode produzir variações de pressão de
aproximadamente 10 atmosferas! Em freqüências muito altas, a
energia pode ser passada para as moléculas tão rapidamente que é
impossível para as moléculas dispersar a energia para o tecido
vizinho através de vibrações. As moléculas podem ganhar energia
suficiente para quebrar suas ligações químicas. Ondas de ultra-
som intensas podem mudar a água em H2 e H2O2 e romper
moléculas de DNA.

FIGURA 28 - Diagrama esquemático do sensor ultra-sônico em


movimento para monitoração do coração fetal (adaptado de Bishop, E.H.
" usos obstétricos do sensor ultra-sônico em movimento" Amer. J.
Gyneco, 96, 1966, pp. 864-867)a
Pressões negativas no tecido durante a rarefação podem
causar gás dissolvidos e sair de soluções e formar bolhas. Esta
formação de bolhas, chamada cavitação, pode quebrar ligações
moleculares entre o gás e tecido. O colapso das bolhas liberta
energia que pode também quebrar ligações. Radicais livres
produzidos durante a quebra de ligações pode levar a reações de
oxidação.

FIGURA 29 - Vários tipos de sons obtidos de um útero grávido. (De


Bishop, E.H., “Obstetric Uses of the Ultrasonic Motion Sensor”
Amer. J. Obstet. Gynecol., 96,1966,pp. 864-867).
Em níveis de potência de 103 W/cm2 é possível seletivamente
destruir tecidos a uma profundidade desejada usando um feixe de
ultra-som focalizado. Trabalhos em cérebros de gatos indicam que
o mecanismo para a destruição do tecido parece ser bioquímico e
não meramente devido ao aquecimento local.
Poder-se-ía concluir que uma onda de ultra-som intensa seria
um agente ideal para destruir tecidos cancerosos. Alguns estudos
com ultra-som tem mostrado que destruição de células cancerosas
ocorrem em algumas regiões de tumores tratados; entretanto,
outras células cancerosas nestes tumores algumas vezes mostram
crescimento estimulados. Este método obviamente precisa mais
estudo.
FIGURA 30 - Variação na temperatura de uma junta do quadril durante
(A) diatermia ultra-sônica e (B) diatermia de microondas. As microondas
foram aplicadas durante 5 min e o ultra-som em 6 min como indicado
pelas flechas. (Adaptado de J.F.Lehmann et alii, Arch. Phys. Med.
Rehabil., 40, 1959, p. 511. 1959 Arch. Phys. Med. Rehabil.)

O ultra-som foi algum tempo usado com sucesso em


pacientes que sofriam de doença de Parkinson. Entretanto,
encontrou-se que dirigir o som focalizado para corrigir a região do
cérebro era difícil. Por causa da possibilidade de complicações
devido a pontaria incorreta, o tratamento com ultra-som não está
correntemente sendo usado.
Doenças de Maniere, um sintoma envolvendo vertigens e
perda de audição, tem sido tratada com intenso ultra-som com
aproximadamente 95% de sucesso. O ultra-som destrói tecidos
próximos do ouvido médio.
7. A PRODUÇÃO DA FALA
Os sons da fala normal são produzidos por modulação de um
fluxo de ar para fora. Para a maioria dos sons os pulmões fornecem
o jato de ar, que flui através das cordas vocais , algumas vezes
chamadas as glottis, e várias cavidades vocais e saem do corpo
através da boca e por um ligeiro grau através da narina (Fig. 31).
Os sons da fala produzidos deste modo são chamados sons vocais.
Alguns sons são produzidos na porção oral do região vocal sem o
uso de cordas vocais - estes são chamados sons não vocais.
Exemplos são p, t, k, s, f, th, e ch. O p, t e k são sons "explosivos";
o s, f, e th são sons fricção; e o ch é uma combinação dos dois tipos.
Os sons não vocais envolvem fluxo de ar através de compressões
ou "past edges" formados pela língua, dentes, lábios e palato. Tente
fazer alguns desses sons e note como você usa sua língua, dentes,
e lábios no processo.
Nesta seção consideramos somente a produção dos sons
vocais. Desde que o mecanismo vocal é muito complexo para
examinar em detalhes do ponto de vista acústico, usamos um
modelo da região vocal (Fig. 32). Neste modelo, o som é produzido
nas cordas vocais e é seletivamente modificado ou filtrado por três
cavidades. (Este tipo de modelo é algumas vezes chamado modelo
de fonte-filtro).
As cordas vocais estão localizadas dentro da laringe, ou
pome-de-adão, no interior da traquéia. A Fig.33 mostra as cordas
vocais quando vistas de cima, e Fig.34 mostra um corte vertical da
laringe quando vista de frente. Durante a respiração normal as
cordas estão bem separadas, formando uma grande abertura
triangular (Fig.33a). Na produção dos sons vocais as cordas vocais
são trazidas muito próximas por músculos (Fig.33b), o ar nos
pulmões é exalado, a pressão abaixo das cordas vocais cresce, e as
cordas vocais fechadas são forçadas a abrir. O rápido fluxo de ar
resultante para cima causa um decréscimo na pressão entre as
cordas devido ao efeito de Bernoulli (ver Seção 8.6). O decréscimo
na pressão, juntamente com as forças elásticas nos tecidos, fazem
as cordas moverem juntas, parcialmente bloqueando a passagem e
assim reduzindo a velocidade do ar. Esta velocidade do ar reduzida
aumenta a pressão abaixo das cordas e faz o processo começar
novamente
FIGURA 31 - Esquema do mecanismo vocal humano
A freqüência fundamental da complexa vibração resultante
depende da massa e tensão das cordas vocais. Homens, que tem
cordas vocais maiores e mais pesadas do que as mulheres, tem uma
freqüência fundamental típica de 125 Hz; a freqüência fundamental
típica para as mulheres é um oitavo mais alta, ou 250 Hz. A
freqüência mais baixa que pode ser produzida por um única voz
grave é de 64 Hz (C baixo), e a mais alta freqüência que um soprano
pode produzir é 2048 Hz (cinco oitavos acima do C baixo).
;

FIGURA 32 - Modelo do mecanismo vocal humano. (De J.L.Flanagan,


Speech Analysis, Synthesis and Perception, 2nd ed., Springer-Verlag,
Heidelberg, 1972, p. 24.)
Ondas sonoras glotais passam através de várias cavidades
vocais - a faringeal (garganta, cavidades oral, e nasal - que variam
ainda mais o som da onda que é emitido. As cavidades da
garganta e nasal são muito bem fixados para cada indivíduo e em
grande parte determinam o som da voz. Eles não podem ser
mudados muito voluntariamente, mas o inchaço dos tecidos
devido a uma pedra de gelo alterar-lhes-ão e causará uma
mudança na voz. Mudanças na forma da cavidade oral através do
movimento da língua, maxilar de baixo, palato mole, e bochecha
para determinar os sons específicos que são emitidos. A língua,
palato, e bochechas em particular, selecionam os sons desejados a
saírem na complicada onda periódica. Você pode sentir
esta seleção ao pronunciar sons vogais e alguns dos sons
consonantais.

FIGURA 33 - Esboço das cordas vocais quando vistas com um espelho


mantido atrás da garganta (a) Abertura normal durante a inspiração. A
área escura é a traquéia abaixo das cordas. (b) Durante a fonação (fala).
As cordas vocais são desenhadas juntas e vibram quando o ar é
forçado passar entre elas
A Fig.35a mostra esquematicamente a velocidade do ar na
região glotal. A Fig.35b mostra a modificação no trecho vocal, e
Fig.35c mostra a resultante onda sonora radiante. É possível
decompor a complexa onda glottal em componentes de
freqüências e determinar as amplitudes destas componentes por um
método chamado análise de Fourier (Fig.35a). A fig.35b' mostra a
transmissão do som característico do trecho vocal. A ação da
transmissão característicos do trecho vocal nas componentes de
freqüência do som glottal produz o espectro sonoro mostrado na
Fig. 35c'. A fala humana é composta de uma rica variedade de sons
glotais e na forma de trechos vocais que são determinados pelo
sistema nervoso central.

FIGURA 34 - Uma vista de corte da laringe quando olhada de frente .


Quando a sentença " Joe took Father's workbench out " está
falando numa voz normal, as energias cinéticas e potencial no
som resultante é 3 x 10-5 para 4 x 10 -5 J. Isto é uma quantidade de
energia pequeníssima. O tempo necessário para dizer a sentença é
em torno de 2s, e a potência média é em torno de 10 a 20 micro-
W. Uma pessoa poderia falar continuamente por um ano e não
produzir a energia sonora equivalente a energia térmica necessária
para ferver uma xícara de água. Podemos ouvir a palavra falada
ainda quando a energia é menor por causa da grande sensibilidade
do ouvido. Os sons vogais contém muito mais potência que os
sons consoantes. Assim sons vogais são mais fáceis de ouvir e
entender que sons consoantes. No estudo um a potência relativa
entre o som vogal em awl e o som consonantal th em thin foi
encontrado ser 680:1. Isto corresponde a 29dB!
Normalmente pensamos em sons produzidos pelo arroto
como no tendo nenhum valor prático. Entretanto, pacientes que
tiveram suas laringes removidas podem ser ensinadas a engolir ar,
para uso controlado de arrotos com uma laringe artificial para
produzir sons de voz.
FIGURA 35 - Duas maneira de ver a produção de um som vocal. Onda
sonora glotal (a) é modificada pelo região vocal (b) para produzir uma
onda radiante (c)A amplitude das freqüências componentes da onda
glotal pode ser obtida (a'). Elas são modificadas por uma função que
representa as características da região vocal (b') para produzir o
espectro acústico da onda radiante (c'). (Adaptado de Gunnar Fant,
Teoria Acústica da Produção da Fala,  1970 Mouton, The Hague/Paris,
p.19).
QUESTÕES DE REVISÃO
1. O que é infra-som? Ultra-som?
2. Qual é o comprimento de onda de uma onda sonora de 1000 Hz
na água se sua velocidade na água é 1480 m/s?
3. Qual é a impedância acústica Z?
4. Qual é o máximo deslocamento no ar para uma onda sonora de
1000Hz com uma intensidade de 50 dB ou 10-7 W/m2?
5. Se seu próprio grito é 1000 vezes mais intenso que sua voz
normal, qual é em dB a diferença entre eles?
6. Para testes de audição, qual é a intensidade sonora de
referência ? A pressão sonora de referência?
7. Calcule as amplitudes de pressão relativas das ondas sonoras
refletidas e transmitidas da gordura para o músculo usando
impedâncias acústicas dadas na Tabela 1
8. Qual é a atenuação da intensidade sonora em 15 cm de tecido
do cérebro?
9. Qual é a diferença entre percussão e auscultação?
10. Que fatores afetam a seleção do diâmetro e o comprimento do
tubo de um estetoscópio?
11. O que é transdutor?
12. Qual é a diferença entre um mapeamento ultra-sônico A e um
mapeamento ultra-sônico B?
13. Qual a vantagem de uma exposição escala-gray sobre uma
exposição margem de fundo?
14. Como é o efeito Doppler ultra-sônico usado para monitorar
razão de pulsação fetal?
15. Qual nível de potência de ultra-som é usado para terapia de
aquecimento profundo?
16. Liste cinco sons não vocais.
17. Qual é a freqüência fundamental típica das cordas vocais do
homem? Da mulher?
18. Qual é a potência média típica da voz humana?
19. Por que os sons vogais são mais fáceis de ouvir do que os
consonantais?
BIBLIOGRAFIA
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APÊNDICE 1
Ultrasom é muito útil para imaginar as estruturas do corpo. Ultra-
som é uma forma de energia não ionizante que se propaga por um
meio como ondas de pressão. Se você pudesse medir a
perturbação muito pequena da pressão quando uma onda de ultra-
som viaja pelo meio, você acharia que ela flutua rapidamente
sobre o valor normal da pressão ambiente de fundo, enquanto a
onda passa.
Um maneira de nós caracterizarmos uma onda de som é por sua
freqüência, quer dizer, o número de oscilações ou flutuações por
segundo no meio. Sons audíveis têm freqüências entre
aproximadamente 15 ciclos por segundo (15 hertz, Hz) e 20.000
ciclos por segundo (20 kHz). O limite superior de audição
humana normalmente é tomado como sendo 20 kHz, e ultra-som
se refere a ondas de som cuja freqüência está acima deste nível.
Outros mamíferos quase não são tão limitados quanto o homem
em termos do alcance útil de freqüência sonora. Por exemplo,
morcegos e golfinhos utilizam ondas de ultra-som que têm
freqüências tão alto quanto 125 kHz para navegar e
visualização sonar.
Foram descritas aplicações médicas de ultra-som que usam
freqüências tão baixas quanto 500 kHz até tão altas quanto 30
MHz. Para a maioria das aplicações de imagem, dispositivos de
ultra-som operam entre 3,5 MHz e aproximadamente 10 MHz. A
exceção é para imagens intravascular, catéter minúsculo de sondas
de prova que operam em freqüências tão altas quanto 30 MHz. A
ótima freqüência de ultra-som para qualquer aplicação representa
de um trade off entre
a)a necessidade para adquirir imagens de ultra-som com um grau
alto de resolução de espaço, ditando uso de freqüências mais altas,
e
b) a necessidade para obter penetração " adequada " no tecido.
Imagens profundas em tecido está limitada por atenuação da onda
de ultra-som, e isto fica mais severo quando a freqüência de ultra-
som é aumentada.
A modalidade mais comum usada em ultra-som médico é chamada
imagem de modo - B. Um transdutor de ultra-som é colocado
contra a superfície de pele de pacientes, diretamente em cima da
região a ser mapeada. O transdutor envia um pulso muito breve de
ultra-som no tecido. O pulso viaja ao longo de um feixe, muito
parecido com um feixe de uma luz de sinal em um
aeroporto. Interfaces no caminho refletem de volta uma parte da
energia de ultra-som para o transdutor. O transdutor, de novo,
converte a energia refletida em sinais de eco que são enviados a
amplificadores e circuitos de processamento de sinais dentro do
hardware da máquina de mapeamento. O exato, micro-segundo
decorrido entre quando o transdutor primeiro lançou um pulso de
ultra-som e quando apanhou o eco de volta diz à máquina quão
distante a interface refletora está do transdutor.
Após todos os ecos serem capturados ao longo do primeira feixe, o
transdutor envia um segundo pulso ao longo de uma direção do
feixe ligeiramente diferente no tecido. Os ecos são capturados do
mesmo modo e são enviados ao hardware de máquina. Então
outro pulso é lançado numa direção ainda diferente, e assim
sucessivamente. Muito parecido com o feixe de uma luz de sinal é
varrido pelo céu noturno, o feixe pulsado de um transdutor de ultra-
som é varrido ao longo do corpo, mapeando refletores e outras
interfaces e formando imagens bidimensionais.

Os feixes são varridos e são formadas imagens de ultra-som muito


rapidamente, essencialmente em " tempo – real. Como os cabos de
operador o transdutor em contato com a pele, a imagem aparece ao
vivo em um monitor vídeo. Movendo e manipulando o transdutor
visões internas diferentes são estabelecidas. As imagens
representam visões tomográficas, ou de seções transversais, ou do
plano que o feixe foi por ele varrida.

Ultra-som provê imagens de qualquer região no corpo onde há um


caminho de tecido mole entre a sonda - ou transdutor de ultra-som
- e a região de interesse. Em mapeamentos abdominal, por
exemplo, com o transdutor é colocado na superfície de pele abaixo
das costelas o sonógrafo pode ver o fígado, vasos sangüíneos
dentro do fígado, aorta, rins, pâncreas e baço. Com preparo oral
especial, o estômago e até mesmo os intestinos podem ser vistos.
São descobertas condições de doença difusas, como cirroses e
doença mais ao vivo, focal infiltrada gordurosa, como tumores
cancerosos e anormalidades de vasilha. Outras áreas de exame de
ultra-som comuns incluem o coração, a pélvis, o pescoço e os
braços e pernas. Em algumas aplicações é vantajoso utilizar
transdutores de cavidade de intra - uterina para fim para cima
visões do útero, os ovários, a próstata e o cólon.

APÊNDICE 2
TERAPIA ULTRA-SÔNICA
O termo " ultra-sônico" refere-se a ondas ou vibrações
sonoras que possuem uma freqüência além da capacidade auditiva
do ouvido humano. O limite superior de audição de um indivíduo
jovem é de cerca de 20.000 ciclos por segundo; por conseguinte,
qualquer freqüência superior a 20.000 ciclos por segundo é
considerada ultrasônica. A velocidade depende da elasticidade e da
densidade do meio através do qual as ondas se propagam. Não
podem ser transmitidas através do ar.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO ULTRA-SOM
1.Produção de calor.
2.Alívio do edema.
3. Desagregação de exsudatos e precipitados
4. Aumento do metabolismo intracelular
5. Produção de anestesia local causando alívio imediato da dor.
6. Micromassagem pela penetração profunda das vibrações.
EQUIPAMENTO
O equipamento utilizado para a aplicação terapêutica da
energia ultra-sônica consiste em um gerador de corrente de alta
freqüência e de um aplicador, algumas vezes conhecido como
cabeçote de uItra-som . O gerador produz oscilações elétricas com
a freqüência desejada, ocasionando vibração e produção de ondas
sonoras pelo transdutor localizado no aplicador. Esta energia
sônica é transmitida aos tecidos humanos pela superfície do
aplicador
MÉTODOS E TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Como as radiações ultra-sônicas não podem ser
transmitidas pelo ar, deve-se estabelecer um contato isento de ar
entre o aplicador e o tecido. Por isso, aplica-se um meio de contato
entre o aplicador e a pele, como óleo mineral ou água. Se se utilizar
óleo, deve ser aplicado na pele do local a ser tratado e a face do
aplicador é movida sobre a pele com leve pressão. No caso de áreas
maiores, é aplicado com movimentos de deslizamento e, nas áreas
menores, com movimento circular. O contato por meio de água
representa um método conveniente para o tratamento dos
membros. Ao se utilizar a água, tanto a parte do corpo a ser tratada
quanto a face do aplicador devem estar imersas. Quando se
emprega esta técnica subaquática, o aplicador é mantido a uma
distância de 1 a 2 centímetros da pele e é movido lentamente em
círculos. A finalidade de mover o cabeçote de ultra-som é assegurar
uma distribuição uniforme da energia e evitar a necessidade de
localizar com precisão pequenos alvos, tais como nervos, gânglios
ou vasos sangüíneos.
A medida que as ondas sonoras se propagam pelo tecido,
parte da energia é transformada em calor. Este calor pode atingir
uma profundidade de 5 centímetros ou mais. No tecido mais ou
menos homogêneo, o aquecimento é muito uniforme. Tal fato é
conhecido como aquecimento de volume. Quando os raios ultra-
sônicos são detidos por interfaces existentes nos tecidos, como
entre os ossos e os músculos, ocorre um aumento de aquecimento
local na área da interface. Tal fenômeno tem sido denominado
aquecimento estrutural. O aquecimento localizado. nas interfaces,
produzido pela radiação ultra-sônica não é causado por nenhuma
outra forma de termoterapia.
Em resumo, pode-se dizer que o aquecimento de tecidos
pelo ultra-som pode ser obtido com uma profundidade de
penetração satisfatória e com máxima absorção pelo tecido
muscular. As características do feixe da radiação ultra-sônica,
permitem uma melhor localização do que a obtida por outras
formas de termoterapia.
DOSAGEM
Na atualidade, não existe nenhuma dosagem estabelecida
para a terapia ultra-sônica, mas a dosagem para finalidades
terapêuticas deve ser limitada. A dosagem ultra-sônica depende da
intensidade e do tempo, sendo o produto destes fatores geralmente
expresso em watts-minuto. A intensidade da energia sonora
utilizável no cabeçote de ultra-som (transdutor) costuma ser
expressa em watts por centímetro quadrado da superfície
energizada. As intensidades terapêuticas de 0,5 a 2,0 watts por
centímetro quadrado têm-se mostrado úteis. O tratamento
subaquático exige maiores intensidades devido à absorção e
reflexão das ondas pelo meio. O tempo de tratamento é
progressivo, iniciando-se com 5 minutos e aumentando-se este
período até um máximo de 8 a 10 minutos por área de tratamento.
Uma série de tratamentos requer seis a doze aplicações realizadas
diariamente, de acordo com alguns especialistas, ou em dias
alternados, de acordo com outros.
Ao determinar a dosagem, é conveniente lembrar que as
patologias agudas requerem um tratamento de baixa intensidade,
enquanto as patologias crônicas necessitam de uma estimulação
fornecida por intensidades maiores. As lesões de localização
profunda exigem um tratamento inicial de alta intensidade.
Podem ser observados muitos aspectos a partir da reação do
paciente durante o tratamento. Ele não deve sentir dor, nem
desconforto. Uma sensação de queimadura, formigamento ou dor,
indica que a dosagem é demasiado intensa. (Devido ao
aquecimento localizado nas interfaces, pode surgir uma dor nas
áreas ósseas sem desconforto na pele.) Tal problema pode resultar:
(1) do fato de não se mover o cabeçote de maneira suficientemente
rápida, isto é, deixando-o por um período de tempo muito
prolongado num local e aumentando a intensidade; ou (2) de um
débito energético demasiadamente grande. No primeiro caso deve-
se retirar o cabeçote de ultra-som da área de desconforto; no
segundo caso, deve-se reduzir a energia do gerador. A dor pode ser
considerada como uma linha natural de defesa contra dosagens
excessivamente altas. Em geral, é conveniente iniciar o tratamento
com dosagens baixas e aumentar progressivamente o tempo e a
intensidade.
INDICAÇÕES PARA USO
Em algumas clínicas e hospitais, a terapia ultra-sônica é utilizada
em combinação com outras modalidades de fisioterapia, tais como
radiação infravermelha, diatermia e banhos de turbilhão.
Os investigadores e clínicos têm utilizado a terapia ultra-sônica
para as seguintes doenças:
Bursite Osteoartrite
Cicatrizes Periartrite
Fibrosite Radiculite
Neuroma doloroso Artrite reumatóide
CONTRA-INDICAÇÕES
Apesar de a terapia ultra-sônica ser considerada como uma
forma segura de tratamento, não deve ser utilizada em doenças que
são agravadas por ela ou no tratamento de doenças que respondem
a outros tipos de tratamento.
Alguns especialistas advertiram. contra o uso do ultra-som
diretamente sobre o cérebro, olhos, ouvido médio e interno, órgãos
reprodutores, plexos viscerais e grandes gânglios vegetativos.
Deve-se evitar a aplicação de ultra-som ao coração e
gânglio estrelado nos pacientes com cardiopatias.
Deve-se ter muita cautela ao se considerar o uso do ultra-
som em pacientes com doenças malignas, uma vez que foi
registrada a ocorrência de estimulação do crescimento do tumor e
mesmo de metástases após sua aplicação.

QUESTÕES ADICIONAS sobre a seção 6. Efeitos


Fisiológicos da Terapia com Ultra-som.
1.Qual o nível de intensidade de ultra-som para a terapia?
2. Qual o principal efeito físico produzido por ultra-som? E qual o
principal efeito para a terapia?
3. Qual a área superficial do transdutor na diatermia por ultra-
som? 4.Por que se usa
substância gelatinosa (gel) ou óleo mineral entre a transdutor e a
pele?
5.Por que se move o aplicador para frente e para trás durante a
terapia?
6.Qual é o mais efetivo aquecedor profundo de ossos e juntas?
Por que?
7.Cite os tratamentos que se beneficiam da diatermia de ultra-
som. O que faz com depósitos de cálcio nas juntas?
8. Onde a diatermia de ultra-som não é usada?
9.O que provoca no tecido uma onda sonora que se move por ele?
10.Em fisioterapia a intensidade típica é de 1 a 10 W/cm2 e a
freqüência é de 1 MHz. Encontre a amplitude de deslocamento A
das moléculas no tecido e a máxima amplitude de pressão P0, na
intensidade de 10 W/cm2.
Dica:- Usar as equações 1 e 2.
11.Para uma onda de 1 MHz, qual a distância em que ocorre a
variação do máximo para o mínimo da pressão.
12.Qual a variação de pressão produzida por um feixe de ultra-
som com intensidade de 35 W/cm2?
13.O que ocorre com as moléculas ao receberem energia em
freqüências muito altas?
14.O que uma onda de ultra-som intensa produz na água? E no
DNA?
15.O que você entende por cavitação? Qual o seu efeito?
16.O mecanismo para destruir tecidos em cérebros de gatos por
um feixe focalizado de ultra-som em nível de potência de 103
W/cm2 é apenas devido ao aquecimento local?
17.Qual o inconveniente apresentado no método que utiliza onda
de ultra-som intensa como agente ideal para destruir tecidos
cancerosos?
18.Por que o ultra-som não está atualmente sendo usado no
tratamento da doença de Parkinson?
19.O que são doenças de Maniére? Como o ultra-som auxilia o
seu tratamento?
PROBLEMAS PROPOSTOS NO OKUNO (p. 249)
1.As ondas ultra-sônicas têm muitas aplicações tecnológicas e
médicas, pelo fato de altas intensidades poderem ser usadas sem
dano ao ouvido. Considere uma onda de ultra-som com
intensidade de 10 W/cm2. Calcule:
a.O nível de intensidade dessa onda;
b.A energia transmitida numa superfície de 1 cm2 em 1 minuto;
c.A amplitude de pressão dessa onda no ar;
d.A intensidade na água de uma onda ultra-sônica com amplitude
de pressão encontrada em c.
São dados: ar = 1,2 kg/m3 , água = 103 kg/m3, var = 343 m/s a 20ºC
e vágua = 1 500 m/s.

2.Compare o comprimento de onda do som audível com o


do(usado na Medicina) no ar.
3.Compare a intensidade e o nível de intensidade do som audível
que o ouvido humano tolera com os do ultra-som usado na
diagnose médica e na fisioterapia.
4.Num exame oftalmológico pelo varredura - A detectou-se um
eco proveniente de um elemento estranho no humor vítreo. O
intervalo de tempo entre o pulso emitido e o eco recebido, medido
no osciloscópio, foi de 0,01 ms. A velocidade do ultra-som no
humor aquoso é de 1 500 m/s. A que distância da córnea se
localiza o corpo estranho?
5.O diâmetro da carótida na altura do pescoço foi medido pela
varredura A. O intervalo de tempo decorrido entre a recepção dos
ecos provenientes das paredes anterior e posterior da carótida é de
15 s. Calcule o diâmetro da carótida, supondo que a velocidade
do ultra-som nesse meio seja de 1 500 m/s.
6.Calcule o coeficiente de reflexão e de transmissão de ondas
ultra-sônicas na interface músculo - osso. Consulte a Tabela 1.
7.Um trem, ao passar por uma estação com velocidade de 100
km/h, apita emitindo um som com uma freqüência de 500 Hz.
Quais são as freqüências sonoras do apito ouvidas por uma pessoa
na estação, quando o trem se afasta e se aproxima?
8.Um ônibus toca a buzina ao se aproximar de um ponto de
parada. Um passageiro parado no ponto afirma que a freqüência
da buzina foi de 300 Hz, ao passo que o motorista do ônibus diz
que ela foi de 280 Hz. Ambos estão certos? Determine a
velocidade do ônibus.
9.Um ônibus está parado no ponto e toca a buzina, esperando um
passageiro que se aproxima de carona num carro. O passageiro
diz que a freqüência da buzina foi de 300 Hz, ao passo que o
motorista do ônibus afirma que ela foi de 280 Hz. Determine a
velocidade do carro e compare com a do ônibus do Problema 8.
10.Se o coeficiente de atenuação  de um feixe de ultra-som de 1
MHz no osso for de 1,2 cm-1, para qual espessura do osso ocorrerá
90% de atenuação desse feixe?
11.Considere uma onda ultra-sônica de 1 MHz, utilizada na
diagnose. Ela atravessa 1 cm de músculo e a seguir 1 cm de
gordura até atingir o osso. A intensidade inicial do feixe incidente
no músculo é de 10 mW/cm2. Para ultra-som de 1 MHz, o
coeficiente de atenuação do feixe no músculo, na gordura e no
osso são respectivamente: 0,13 cm-1; 0,05 cm-1 e 1,2 cm-1.
Calcule a intensidade inicial transmitida na gordura e no osso e a
intensidade do eco que atinge o transdutor proveniente de
interface gordura - osso. Consulte a Tabela 1.
12. Deseja-se medir a velocidade do fluxo sangüíneo na aorta de
uma pessoa. Para isso, usa - se a técnica Doppler de ultra-som.
Coloca-se um transdutor fazendo um ângulo de 45º com a direção
do fluxo sangüíneo. A freqüência do ultra-som é de 5 MHz. A
diferença máxima entre a freqüência emitida e a recebida, devida
ao efeito Doppler, é de 3 kHz. Sabendo-se que a velocidade do
ultra-som no sangue é de 1 500 m/s, calcule a velocidade máxima
do fluxo sangüíneo na aorta.
13.O efeito Doppler é usado para examinar o movimento das
paredes do coração, principalmente dos fetos. Para isso, ondas
ultra-sônicas de comprimento de onda de 0,3 mm são emitidas, na
direção do movimento da parede cardíaca. Se as velocidades de
movimento dessa parede e do ultra-som no corpo humano forem
respectivamente de 7,5 cm/s e 1 500 m/s, calcule a variação de
freqüência observada devida ao efeito Doppler
RESPOSTAS DAS QUESTÕES DE REVISÃO
1. O que é infra-som? Ultra-som?
Infra-som – refere-se aos sons com freqüências abaixo de 20 Hz (início do
intervalo auditivo normal)
 Ultra-som – refere-se aos sons com freqüências
acima de 20.000 Hz (fim do intervalo auditivo normal)
2.Qual é o comprimento de onda de uma onda sonora de 1000 Hz
na água se sua velocidade na água é 1480 m/s?
Da equação fundamental, temos v =  . f

=
3. Qual é a impedância acústica Z?
Z=.v
4. Qual é o máximo deslocamento no ar para uma onda
sonora de 1000Hz com uma intensidade de 50 dB ou 10-7 W/m2?

I = (1/2)  v A2 2 = (1/2) Z A2 (2  f)2 
 10-7 = (1/2) Z A2 (2  103)2  10-7 =


(1/2) 430 (6,28 . 103)2 A2


5.Se seu próprio grito é 1000 vezes mais intenso que sua voz
normal, qual é em dB a diferença entre eles?
Ig = 1000 Iv

6. Para testes de audição, qual é a intensidade sonora de


referência ? A pressão sonora de referência?
I0 = 10-12 W/cm2 ( = 10-16 W/cm2) e P0 = 2 x 104 dinas/cm2.
7. Calcule as amplitudes de pressão relativas das ondas sonoras
refletidas e transmitidas da gordura para o músculo usando
impedâncias acústicas dadas na Tabela 1
Ver o exemplo 2. Gordura  Músculo
R: amplitude de pressão refletida
 T: amplitude de pressão transmitida
A0 : amplitude de pressão da onda incidente

....
. coeficiente de reflexão

....
coeficiente de transmissão
A razão da intensidade refletida e transmitida é dada por

A soma deve dar 1.



8. Qual é a atenuação da intensidade sonora em 15 cm de tecido
do cérebro?

 x = 15 cm I=? I = I0 e - 2  x
Para tecido do cérebro   = 0,11 cm-1 (TABELA 3)
(I/I0) = e- 2  x = e- 2 0,11 15 = e-3,3 = 0,0369  0,037 ou a atenuação foi de (100 -
3,7)% ou seja 96,3% da intensidade original.
9. Qual é a diferença entre percussão e auscultação?
AUSCULTAÇÃO – É o ato de ouvir os sons produzidos
dentro do corpo (principalmente coração e pulmões) com um
estetoscópio.
PERCUSSÃO – ë o som provocado por pancadinhas com os
dedos, principalmente no tórax, dos pacientes e constitui uma
importante técnica na detecção de doenças. Um tórax sadio
apresenta um som sufocado como de um tambor coberto com lã
espessa.
10. Que fatores afetam a seleção do diâmetro e o comprimento do
tubo de um estetoscópio?
O volume de ar no interior do tubo (quando pequeno produz uma maior variação
de pressão para um movimento de diafragma) e o atrito que diminui com
diâmetros grandes.
 IDEAL: comprimento – 25 cm e diâmetro – 0,3
cm
 As peças auditivas devem ser bem projetadas para não haver escape
ou penetração de ar para o tubo.
Para freqüências inferiores a 100 Hz o comprimento não afeta a eficiência. Para
freqüências superiores a 100 Hz, a eficiência decresce com o comprimento.
Por exemplo, a 200 Hz, temos uma perda de 15 dB numa variação de 7,5
cm para 66 cm.
11. O que é transdutor?
São cristais piezoelétricos (geralmente de quartzo) que convertem energia
elétrica em energia mecânica e vice-versa.
Quanto mais tênue o cristal  maior a freqüência com que oscilará.
D = 2,85 mm  f = 1 MHz.
12. Qual é a diferença entre um mapeamento ultra-sônico A e um
mapeamento ultra-sônico B?
Mapeamento A – São pulsos de ultra-som de poucos microsegundos enviados
sobre o corpo e medido o tempo requerido para receber o som refletido (ecos) em
suas várias superfícies. Geralmente são emitidos de 400 a 1000 pulsos por
segundo.
Mapeamento B – O princípio é o mesmo do mapeamento A exceto que o
transdutor é movimentado. Como resultado cada eco produz um ponto no
osciloscópio na posição correspondente à localização da superfície refletora. Um
osciloscópio de armazenamento é usualmente empregado de modo que a última
imagem pode ser formada e uma fotografia pode ser feita. É usado no
diagnóstico do olho, fígado, seio, coração e feto.

13. Qual a vantagem de uma exposição escala-gray sobre uma
exposição margem de fundo?

A exposição margem de fundo não dá informação dos comprimentos dos ecos. A


exposição escala-cinzenta muda o brilho de acordo com o eco ser forte ou
fraco. Tumores no fígado que poderiam ser ocultados com exposição
margem de fundo, com a exposição escala-cinzenta são facilmente
detectados.
A evolução da exposição escala cinzenta conduz ao desenvolvimento das
exposições coloridas que mostram um intervalo maior de ecos e às
exposições digitais acopladas a um computador.

14. Como é o efeito Doppler ultra-sônico usado para monitorar
razão de pulsação fetal?
Quando uma onda sonora contínua de freqüência f0 é incidente sobre o coração
fetal, o som refletido é desviado para freqüências ligeiramente maiores que
f0 quando o coração do feto está movendo-se em direção a fonte de som e
ligeiramente inferior a f0 quando o coração do feto está se afastando dela.
Variações na freqüência dá a razão de pulsação fetal (ver Fig. 28)

15. Qual nível de potência de ultra-som é usado para terapia de
aquecimento profundo?
1 a 10 W/cm2 e freqüência de 106 Hz = 1 MHz.
Agente auditivo profundo – 1 W/cm2
Agente destruidor de tecidos – 1000 W/cm2
Efeito físico principal – aumento de temperatura e variações de pressão
Efeito para fisioterapia – fonte de calor por absorção da energia acústica no
tecido. Diatermia ultrasônica.

16. Liste cinco sons não vocais.
17. Qual é a freqüência fundamental típica das cordas vocais do
homem? Da mulher?
18. Qual é a potência média típica da voz humana?
19. Por que os sons vogais são mais fáceis de ouvir do que os
consonantais
[1]
I é um trilhão de vezes mais intenso que I0.

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