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Para uma onda plana e harmônica, as moléculas vibram
como osciladores harmônicos simples e a energia em cada ponto é
dada por
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style='width:80.25pt;height:30.75pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
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</xml><![endif] ..........................
.......... (2)
[if
!supportEmptyParas] [endif]
onde P0 é a máxima variação
na pressão.
Exemplo 1
a. A máxima intensidade sonora que o ouvido pode tolerar a 1.000 Hz é
aproximadamente 1 W/m2. Qual é o deslocamento máximo, no ar,
correspondendo a esta intensidade?
SOLUÇÃO
Da equação 1 e Tabela 1, temos
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[if !supportEmptyParas] [endif]
ou 1,1 x10-3 cm ; ou ainda 0,011 mm.
Este valor é muito pequeno e difícil de ver tal
deslocamento de ar (deslocamento menor que uma célula)
[if !supportEmptyParas] [endif]
b. A mais fraca intensidade sonora que o ouvido pode ouvir em 1.000 Hz é
aproximadamente 10-12 W/m2. Quanto é A nestas condições?
SOLUÇÃO
Podemos usar a razão entre o caso a e este caso
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Ab = Aa . [if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1036" type="#_x0000_t75"
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</xml><![endif]) =
20 log10 2 = 20 .
(0,301) 6 dB
Assim, um conjunto
hi-fi que dá uma saída sonora
uniforme de 3 dB (uma
variação total de 6 dB) de 30
a 15.000 Hz, tem uma
variação de pressão sonora
sobre seu intervalo de
freqüência de 2. Esta variação
não seria percebida pelo
ouvido médio exceto sob
controladas condições de
laboratório.
[if
!supportEmptyParas] [endif]
TABELA 2 Intensidades Aproximadas de Vários Sons.
[if Intensidade (W/m2) Nível (dB)
!supportEmptyParas] [
endif]
som apenas perceptível 10-12 0
Murmúrio 10-10 20
Residência média 10-9 30
Escritório 10-7 50
Pancada 10-6 60
Rua movimentada 10-5 70
Subterrâneo ou automóvel 10-3 90
Som que produz dor 100 120
Avião a jato 101 130
Lançamento de foguetes 105 170
[if !supportEmptyParas] [endif]
Para testes de audição, é conveniente usar uma intensidade
sonora de referência (ou pressão sonora de referência) através da
qual outras intensidades sonoras possam ser comparadas. A
intensidade sonora de referência I0 é de 10-16 W/cm2 ( = 10-12
W/m2); P0 2 x 10-4 dinas/cm2. Uma nota de 1.000 Hz com esta
intensidade é apenas audível para uma pessoa com boa audição.
Se uma intensidade sonora é dada em decibéis com nenhuma
referência a qualquer outra intensidade sonora, você pode assumir
que I0 é a intensidade de referência. A Tabela 2 dá a intensidade de
alguns sons típicos em termos deste valor de referência. O mais
intenso som que o ouvido tolera sem dor é de 120 dB. Para 120 dB,
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1042" type="#_x0000_t75" style='width:17.25pt;height:33.75pt' o:ole=""
fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image035.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]
</xml><![endif] ..............................
......(3)
[if
!supportEmptyParas] [endif]
Para uma onda sonora no ar
batendo no corpo, Z1 é a impedância
acústica do ar e Z2 é a impedância
acústica do tecido. Note que se Z1 =
Z2, não existe onda refletida e a
transmissão para o segundo meio é
completa. Também, se Z2 <<Z1, a
variação de sinal indica a mudança
de fase da onda refletida.
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style='position:absolute;left:0; text-align:left;margin-left:3.6pt;margin-
top:0;width:139.15pt;height:153.55pt; z-index:1;mso-position-horizontal-
relative:text; mso-position-vertical-relative:text' o:allowincell="f"
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[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
</xml><![endif] ..........
.......(4)
[if
!supportEmptyParas] [endif]
As equações (3) e (4) são para as ondas sonoras estritamente
perpendiculares à superfície. As equações para ondas sonoras
incidindo de diversos ângulos são mais complicadas e não são
abordadas neste livro.
É óbvio do exemplo 2 que sempre que as impedâncias
acústicas diferirem muito existe quase completa reflexão da
intensidade sonora mas não necessariamente da pressão sonora.
Isto é verdadeiro independente de qual meio o som tem origem, e
é a razão dos sons do coração serem fracamente transmitidos para
o ar adjacente ao peito.
[if !supportEmptyParas] [endif]
Exemplo 2
Calcule as razões das amplitudes de pressão e as intensidades das ondas
sonoras transmitida e refletida do ar para o músculo.
SOLUÇÃO
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shapetype id="_x0000_t202"
coordsize="21600,21600" o:spt="202"
path="m0,0l0,21600,21600,21600,21600,0xe"> <v:stroke
joinstyle="miter"/> <v:path gradientshapeok="t"
o:connecttype="rect"/> </v:shapetype><v:shape
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top:0;width:417.6pt;height:21.6pt;z-index:39; mso-position-
horizontal-relative:text;mso-position-vertical-relative:text'
o:allowincell="f" stroked="f"> <v:textbox> <![if !mso]> <table
cellpadding=0 cellspacing=0 width="100%"> <tr>
<td><![endif]> <div> <p class=MsoBodyText><span style='font-
family:"Courier New";mso-bidi-font-family: "Times New
Roman"'>Obtemos também as razões das intensidades refletida e
transmitida:<o:p></o:p></span></p> </div> <![if !mso]></td>
</tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="topAndBottom"/> </v:shape><![endif][if !vml]
ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1061"
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Desde que a intensidade é proporcional ao quadrado da
amplitude (equação 1), sua dependência com a profundidade é
I = I0 e - 2 x ...............(5)
onde I0 é a intensidade incidente em x = 0 e I é a intensidade
numa profundidade x no absorvedor. Desde que o coeficiente de
absorção na equação (5) é 2, a intensidade decresce mais
rapidamente que a amplitude com a profundidade.
O meio-valor de espessura (HVT = Half-Value Thickness)
é a espessura de tecido necessária para diminuir de I 0 a I0/2. A
Tabela 3 dá os HVT's típicos para diferentes tecidos. Note que a
alta absorção no crânio humano e que a absorção cresce quando
aumenta a freqüência do som. Este aumento de absorção com a
freqüência ocorre também para outros tecidos do corpo e limita a
máxima freqüência que pode ser usada clinicamente (ver exemplo
4).
Exemplo 4
Qual é a atenuação da intensidade do som por 1 cm de osso em 0,8; 1,2;
1,6 MHz?
SOLUÇÃO
Embora a equação (5) possa ser usada, uma rápida
estimativa pode ser feita usando os HVT's dados na
Tabela (3). Em 0,8 MHz, o HVT é de 0,34 cm; portanto,
1 cm está ao redor de 3 HVT, e a intensidade é
reduzida por 23, ou por um fator de 8 (isto é,
aproximadamente 12 % permanece). Em 1,2 MHz, o HVT é
0,21; 1 cm está perto de 5 HVT, e a intensidade é
reduzida por quase 25, ou por um fator de 32 (isto é,
aproximadamente 3% permanece). Em 1,6 MHz o HVT é o
0,11 cm; 1 cm está ao redor de 9 HVT, e a intensidade
é reduzida por volta de 29, ou por um fator de 512
(isto é, aproximadamente 0,5% permanece).
ESPALHAMENTO
Em adição à absorção do som, o espalhamento, ou
divergência do som, faz a intensidade decrescer. Se o som é de uma
pequena fonte (fonte pontual) a divergência faz a intensidade
decrescer de acordo com a lei do inverso do quadrado. Isto é, I é
proporcional a 1/r2 onde r é a distância da fonte ao ponto de
medição. A fonte clínica típica de ultra-som é pequena ( 1 cm),
mas não é uma fonte pontual ideal.
[if !supportEmptyParas] [endif]
2. O CORPO COMO UM TAMBOR
(PERCUSSÃO NA MEDICINA)
Percussão (tapinha) tem sido usado desde o início da
civilização para vários propósitos tais como testar se as paredes são
sólidas ou coberturas para esconderijos e se o barril de vinho está
cheio ou vazio. O primeiro uso registrado da percussão no corpo
humano como um meio de diagnóstico ocorreu no século dezoito.
Em 1761, L. Auenbrugger publicou um pequeno livro, “sobre a
percussão do peito”, que era baseado nas suas observações clínicas
durante sete anos de diferentes sons que ele produziu pelas
pancadinhas no peito dos pacientes em vários lugares. Deve ser
mencionado que Auenbrugger era um músico talentoso e que seu
pai tinha uma hospedaria. Ele provavelmente aprendeu a técnica de
percussão batendo em barrís de vinho do seu pai, e seu ouvido
musical provavelmente auxiliou-o na interpretação dos sons .
[if !supportEmptyParas] [endif]
</v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
FIGURA 14 - Ecoencefalografia de um cérebro normal e um anormal. (a)
Um par de mapeamentos de um cérebro normal. O transdutor T está no
lado direito da cabeça no mapeamento de cima e no lado esquerdo no
mapeamento de baixo. F indica ecos do lado de trás do crânio. Não
existe deslocamento do eco de linha média. (b) Um par de
mapeamentos de um cérebro anormal mostrando um deslocamento de 7
mm adiante no lado direito que poderia ser causado por um tumor no
lado esquerdo do cérebro. (De M.M.Lapayowker em S. Gottlieb e M.
Viamonte (Eds.), DIAGNÓSTICO DE ULTRASOM, Comitê de Novas
Tecnologias, Colégio Americano de radiologia, sem data, p. 16)
[endif][if
gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
[endif][if
gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
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left:0;margin-top:0; width:254.35pt;height:170.3pt;z-
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[endif][if gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
Quando a sentença " Joe took Father's workbench out " está
falando numa voz normal, as energias cinéticas e potencial no som
resultante é 3 x 10-5 para 4 x 10 -5 J. Isto é uma quantidade de energia
pequeníssima. O tempo necessário para dizer a sentença é em torno
de 2s, e a potência média é em torno de 10 a 20 micro-W. Uma
pessoa poderia falar continuamente por um ano e não produzir a
energia sonora equivalente a energia térmica necessária para ferver
uma xícara de água. Podemos ouvir a palavra falada ainda quando
a energia é menor por causa da grande sensibilidade do ouvido. Os
sons vogais contém muito mais potência que os sons consoantes.
Assim sons vogais são mais fáceis de ouvir e entender que sons
consoantes. No estudo um a potência relativa entre o som vogal em
awl e o som consonantal th em thin foi encontrado ser 680:1. Isto
corresponde a 29dB!
Normalmente pensamos em sons produzidos pelo arroto
como no tendo nenhum valor prático. Entretanto, pacientes que
tiveram suas laringes removidas podem ser ensinadas a engolir ar,
para uso controlado de arrotos com uma laringe artificial para
produzir sons de voz.
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1133"
type="#_x0000_t75" style='position:absolute;margin-
left:0;margin-top:0; width:316.8pt;height:227.9pt;z-
index:35;mso-position-horizontal-relative:text; mso-position-
vertical-relative:text' o:allowincell="f"> <v:imagedata
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[endif][if gte
vml 1]></o:wrapblock><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
APÊNDICE 2
TERAPIA ULTRA-SÔNICA
O termo " ultra-sônico" refere-se a ondas ou vibrações
sonoras que possuem uma freqüência além da capacidade auditiva
do ouvi-do humano. O limite superior de audição de um indivíduo
jovem é de cerca de 20.000 ciclos por segundo; por conseguinte,
qualquer freqüência superior a 20.000 ciclos por segundo é
considerada ultra-sônica. A velocidade depende da elasticidade e
da densidade do meio através do qual as ondas se propagam. Não
podem ser trans-mitidas através do ar.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO ULTRA-SOM
[if !supportLists]1. [endif]Produção de calor.
[if !supportLists]2. [endif]Alívio do edema.
3. Desagregação de exsudatos e precipitados
4. Aumento do metabolismo intracelular
5. Produção de anestesia local causando alívio imediato da dor.
6. Micromassagem pela penetração profunda das vibrações.
EQUIPAMENTO
O equipamento utilizado para a aplicação terapêutica da
energia ultra-sônica consiste em um gerador de corrente de alta
freqüên-cia e de um aplicador, algumas vezes conhecido como
cabeçote de uItra-som . O gerador produz oscilações elétricas com
a freqüência desejada, ocasionando vibração e produção de ondas
sonoras pelo transdutor localizado no aplicador. Esta energia
sônica é transmitida aos tecidos humanos pela superfície do
aplicador
MÉTODOS E TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Como as radiações ultra-sônicas não podem ser
transmitidas pelo ar, deve-se estabelecer um contato isento de ar
entre o apli-cador e o tecido. Por isso, aplica-se um meio de contato
entre o aplicador e a pele, como óleo mineral ou água. Se se utilizar
óleo, deve ser aplicado na pele do local a ser tratado e a face do
aplicador é movida sobre a pele com leve pressão. No caso de áreas
maio-res, é aplicado com movimentos de deslizamento e, nas áreas
me-nores, com movimento circular. O contato por meio de água
repre-senta um método conveniente para o tratamento dos
membros. Ao se utilizar a água, tanto a parte do corpo a ser tratada
quanto a face do aplicador devem estar imersas. Quando se
emprega esta técnica subaquática, o aplicador é mantido a uma
distância de 1 a 2 centímetros da pele e é movido lentamente em
círculos. A fina-lidade de mover o cabeçote de ultra-som é
assegurar uma distri-buição uniforme da energia e evitar a
necessidade de localizar com precisão pequenos alvos, tais como
nervos, gânglios ou vasos san-güíneos.
A medida que as ondas sonoras se propagam pelo tecido,
parte da energia é transformada em calor. Este calor pode atingir
uma profundidade de 5 centímetros ou mais. No tecido mais ou
menos homogêneo, o aquecimento é muito uniforme. Tal fato é
conhecido como aquecimento de volume. Quando os raios ultra-
sônicos são detidos por interfaces existentes nos tecidos, como
entre os ossos e os músculos, ocorre um aumento de aquecimento
local na área da interface. Tal fenômeno tem sido denominado
aquecimento estru-tural. O aquecimento localizado. nas interfaces,
produzido pela ra-diação ultra-sônica não é causado por nenhuma
outra forma de termoterapia.
Em resumo, pode-se dizer que o aquecimento de tecidos
pelo ultra-som pode ser obtido com uma profundidade de
penetração satisfatória e com máxima absorção pelo tecido
muscular. As ca-racterísticas do feixe da radiação ultra-sônica,
permitem uma me-lhor localização do que a obtida por outras
formas de termoterapia.
DOSAGEM
Na atualidade, não existe nenhuma dosagem estabelecida
para a terapia ultra-sônica, mas a dosagem para finalidades
terapêuticas deve ser limitada. A dosagem ultra-sônica depende da
intensidade e do tempo, sendo o produto destes fatores geralmente
expresso em watts-minuto. A intensidade da energia sonora
utilizável no ca-beçote de ultra-som (transdutor) costuma ser
expressa em watts por centímetro quadrado da superfície
energizada. As intensidades terapêuticas de 0,5 a 2,0 watts por
centímetro quadrado têm-se mostrado úteis. O tratamento
subaquático exige maiores intensida-des devido à absorção e
reflexão das ondas pelo meio. O tempo de tratamento é
progressivo, iniciando-se com 5 minutos e aumen-tando-se este
período até um máximo de 8 a 10 minutos por área de tratamento.
Uma série de tratamentos requer seis a doze apli-cações realizadas
diariamente, de acordo com alguns especialistas, ou em dias
alternados, de acordo com outros.
Ao determinar a dosagem, é conveniente lembrar que as
pato-logias agudas requerem um tratamento de baixa intensidade,
en-quanto as patologias crônicas necessitam de uma estimulação
for-necida por intensidades maiores. As lesões de localização
profunda exigem um tratamento inicial de alta intensidade.
Podem ser observados muitos aspectos a partir da reação do
paciente durante o tratamento. Ele não deve sentir dor, nem
des-conforto. Uma sensação de queimadura, formigamento ou dor,
indi-ca que a dosagem é demasiado intensa. (Devido ao
aquecimento localizado nas interfaces, pode surgir uma dor nas
áreas ósseas sem desconforto na pele.) Tal problema pode resultar:
(1) do fato de não se mover o cabeçote de maneira suficientemente
rápida, isto é, deixando-o por um período de tempo muito
prolongado num local e aumentando a intensidade; ou (2) de um
débito energético dema-siadamente grande. No primeiro caso
deve-se retirar o cabeçote de ultra-som da área de desconforto; no
segundo caso, deve-se re-duzir a energia do gerador. A dor pode
ser considerada como uma linha natural de defesa contra dosagens
excessivamente altas. Em geral, é conveniente iniciar o tratamento
com dosagens baixas e aumentar progressivamente o tempo e a
intensidade.
INDICAÇÕES PARA USO
Em algumas clínicas e hospitais, a terapia ultra-sônica é utili-zada
em combinação com outras modalidades de fisioterapia, tais como
radiação infravermelha, diatermia e banhos de turbilhão.
Os investigadores e clínicos têm utilizado a terapia ultra-sônica
para as seguintes doenças:
Bursite Osteoartrite
Cicatrizes Periartrite
Fibrosite Radiculite
Neuroma doloroso Artrite reumatóide
CONTRA-INDICAÇÕES
Apesar de a terapia ultra-sônica ser considerada como uma
forma segura de tratamento, não deve ser utilizada em doenças que
são agravadas por ela ou no tratamento de doenças que respondem
a outros tipos de tratamento.
Alguns especialistas advertiram. contra o uso do ultra-som
dire-tamente sobre o cérebro, olhos, ouvido médio e interno, órgãos
re-produtores, plexos viscerais e grandes gânglios vegetativos.
Deve-se evitar a aplicação de ultra-som ao coração e
gânglio estrelado nos pacientes com cardiopatias.
Deve-se ter muita cautela ao se considerar o uso do ultra-
som em pacientes com doenças malignas, uma vez que foi
registrada a ocorrência de estimulação do crescimento do tumor e
mesmo de metástases após sua aplicação.
[endif]
[if !supportFootnotes][1][endif]
I é um trilhão de vezes mais intenso que I0.
O SOM NA MEDICINA
[if !supportEmptyParas] [endif]
Embora usualmente consideramos o som em termos de seus
efeitos físicos nos nossos ouvidos, esta é uma visão bastante
limitada para os nossos propósitos. Aqui discutiremos as
propriedades físicas do som e as suas aplicações na medicina. Estas
aplicações vão desde o uso do estetoscópio ao uso das modernas
técnicas ultra-sônicas para estudar o movimento da válvula do
coração e "observar" uma criança por nascer (feto). Discutiremos a
física do ouvido e da audição em outra oportunidade.
O som é o maior meio de comunicação e nos dá prazer sob a
forma de música. Entretanto, a poluição sonora, ou ruídos de níveis
indesejáveis, é um problema crescente na sociedade moderna.
O infra-som se refere às freqüências sonoras abaixo do intervalo
auditivo normal, ou menores que 20 Hz. É produzido por
fenômenos naturais como ondas de tremor de terra e variações de
pressão atmosférica; pode ser também produzido mecanicamente,
tal como por um revés num sistema de ventilação. Um sistema de
ventilação típico produz freqüências de 10 Hz. Estas freqüências
não podem ser ouvidas, mas podem causar dores de cabeça e
distúrbios fisiológicos.
O intervalo sonoro audível é usualmente definido como 20
Hz a 20.000 Hz (20 kHz). Entretanto, relativamente poucas pessoas
podem ouvir por todo este intervalo. Pessoas idosas
freqüentemente perdem a habilidade para ouvir as freqüências
acima de 10.000 Hz (=10 kHz).
O intervalo de freqüências acima de 20.000 Hz (= 20 kHz) é
chamado ULTRASOM (O ultra-som não deve ser confundido com
supersônico, que se refere à velocidades mais rápidas que as
velocidades do som num meio). O ultra-som é usado clinicamente
em várias especialidades. Existe uma crescente tendência em
implantar equipamentos de ultra-som na área de diagnósticos
radiológicos, e alguns radiologistas especializam-se nas imagens
ultra-sônicas do corpo. O ultra-som é também usado pelos obstetras
para examinar o feto. Ele freqüentemente dá mais informações que
um raio-X, e é menos perigoso para o bebê.
Neste capítulo discutiremos métodos de se obter informações
do som que são produzidos dentro do corpo e sons que são
desenvolvidos ao passar através do corpo. Afim de entender como
estes sons podem ser usados clinicamente, precisamos discutir e
definir algumas das propriedades do som.
[if !supportEmptyParas] [endif]
1. PROPRIEDADES GERAIS DO SOM
[if !supportEmptyParas] [endif]
Uma onda sonora é um distúrbio mecânico num gás, num
líquido, ou num sólido, que viaja a partir da fonte com alguma
velocidade definida. Podemos usar um alto-falante vibrando o ar
p'ra frente e p'ra trás, à freqüência f, para demonstrar o
comportamento do som. As vibrações causam aumentos e
decréscimos locais na pressão relativamente à pressão atmosférica
(Fig.1). Estes aumentos de pressão, chamados compressões, e
decréscimos, chamados rarefações, espalham-se como uma onda
longitudinal, que é uma onda em que as variações de pressão
ocorrem na mesma direção da onda viajante. As compressões e
rarefações podem também serem descritas pelas variações na
densidade e pelo deslocamento dos átomos e moléculas das suas
posições de equilíbrio.
A relação entre freqüência de vibração f, o comprimento de
onda , e a velocidade v da onda sonora é
[if !supportEmptyParas] [endif]
v=.f
FIGURA 1 - Representação esquemática de uma onda sonora de um alto
falante.(a) Um diafragma vibra na freqüência f e produz compressões
(aumento de pressão) e rarefações (diminuição de pressão) no ar. (b) A
pressão relativa à pressão atmosférica versus distância. P0 é a máxima
variação de pressão do valor da pressão atmosférica, e é o
comprimento de onda
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shapetype id="_x0000_t75"
coordsize="21600,21600" o:spt="75" o:preferrelative="t"
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stroked="f"> <v:stroke joinstyle="miter"/> <v:formulas> <v:f
eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/> <v:f eqn="sum @0 1
0"/> <v:f eqn="sum 0 0 @1"/> <v:f eqn="prod @2 1 2"/> <v:f
eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/> <v:f eqn="prod @3 21600
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2"/> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/> <v:f eqn="sum @8
21600 0"/> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/> <v:f
eqn="sum @10 21600 0"/> </v:formulas> <v:path
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<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/> </v:shapetype><v:shape
id="_x0000_s1091" type="#_x0000_t75"
style='position:absolute; margin-left:-3.6pt;margin-
top:0;width:165.4pt;height:131.95pt;z-index:6; mso-position-
horizontal-relative:text;mso-position-vertical-relative:text'
o:allowincell="f"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image001.jpg"
o:title="Ultra_01"/> <w:wrap type="topAndBottom"/>
</v:shape><![endif][if !vml] [endif][if
gte vml 1]></o:wrapblock><![endif]
Por exemplo, para uma onda sonora com uma freqüência de 1.000
Hz, v = 344 m/s, no ar
a 20 ºC , é igual a 0,344m.
A energia é transportada por uma onda na forma de energia
cinética e potencial. A intensidade I de uma onda sonora é a
energia que atravessa 1 m2 em 1 segundo, ou Watts por metro
quadrado. Assim,
[if !supportEmptyParas] [endif]
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" style='width:227.25pt;height:47.25pt'
o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image003.wmz" o:title=""/>
</v:shape><![endif][if !vml]
[endif][if gte mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1025"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544642"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
Para uma onda plana e harmônica, as moléculas vibram
como osciladores harmônicos simples e a energia em cada ponto é
dada por
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75"
style='width:80.25pt;height:30.75pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image005.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if
</xml><![endif] ..........................
.......... (2)
[if
!supportEmptyParas] [endif]
onde P0 é a máxima variação
na pressão.
Exemplo 1
a. A máxima intensidade sonora que o ouvido pode tolerar a 1.000 Hz é
aproximadamente 1 W/m2. Qual é o deslocamento máximo, no ar,
correspondendo a esta intensidade?
SOLUÇÃO
Da equação 1 e Tabela 1, temos
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1031" type="#_x0000_t75" style='width:21.75pt;height:12.75pt'
o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image007.wmz" o:title=""/>
[endif][if gte
mso 9]><xml> <o:OLEObject Type="Embed" ProgID="Equation.3" ShapeID="_x0000_i1034"
DrawAspect="Content" ObjectID="_1002544652"> </o:OLEObject> </xml><![endif]
[if !supportEmptyParas] [endif]
ou 1,1 x10-3 cm ; ou ainda 0,011 mm.
Este valor é muito pequeno e difícil de ver tal
deslocamento de ar (deslocamento menor que uma célula)
[if !supportEmptyParas] [endif]
b. A mais fraca intensidade sonora que o ouvido pode ouvir em 1.000 Hz é
aproximadamente 10-12 W/m2. Quanto é A nestas condições?
SOLUÇÃO
Podemos usar a razão entre o caso a e este caso
[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1035" type="#_x0000_t75"
style='width:116.25pt;height:59.25pt' o:ole="" fillcolor="window"> <v:imagedata
src="./ULTRASOM_arquivos/image021.wmz" o:title=""/> </v:shape><![endif][if !vml]
</xml><![endif] ..............................
......(3)
[if
!supportEmptyParas] [endif]
Para uma onda sonora no ar
batendo no corpo, Z1 é a impedância
acústica do ar e Z2 é a impedância
acústica do tecido. Note que se Z1 =
Z2, não existe onda refletida e a
transmissão para o segundo meio é
completa. Também, se Z2 <<Z1, a
variação de sinal indica a mudança
de fase da onda refletida.
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shape id="_x0000_s1084" type="#_x0000_t75"
style='position:absolute;left:0; text-align:left;margin-left:3.6pt;margin-
top:0;width:139.15pt;height:153.55pt; z-index:1;mso-position-horizontal-
relative:text; mso-position-vertical-relative:text' o:allowincell="f"
strokecolor="blue"> <v:imagedata src="./ULTRASOM_arquivos/image041.jpg"
o:title="Ultra_02"/> <w:wrap type="topAndBottom" anchorx="page"/>
</v:shape><![endif][if !vml]
</xml><![endif] ..........
.......(4)
[if
!supportEmptyParas] [endif]
As equações (3) e (4) são para as ondas sonoras estritamente
perpendiculares à superfície. As equações para ondas sonoras
incidindo de diversos ângulos são mais complicadas e não são
abordadas neste livro.
É óbvio do exemplo 2 que sempre que as impedâncias
acústicas diferirem muito existe quase completa reflexão da
intensidade sonora mas não necessariamente da pressão sonora.
Isto é verdadeiro independente de qual meio o som tem origem, e
é a razão dos sons do coração serem fracamente transmitidos para
o ar adjacente ao peito.
[if !supportEmptyParas] [endif]
Exemplo 2
Calcule as razões das amplitudes de pressão e as intensidades das ondas
sonoras transmitida e refletida do ar para o músculo.
SOLUÇÃO
[if gte vml 1]><o:wrapblock><v:shapetype id="_x0000_t202"
coordsize="21600,21600" o:spt="202"
path="m0,0l0,21600,21600,21600,21600,0xe"> <v:stroke
joinstyle="miter"/> <v:path gradientshapeok="t"
o:connecttype="rect"/> </v:shapetype><v:shape
id="_x0000_s1137" type="#_x0000_t202"
style='position:absolute; margin-left:10.8pt;margin-
top:0;width:417.6pt;height:21.6pt;z-index:39; mso-position-
horizontal-relative:text;mso-position-vertical-relative:text'
o:allowincell="f" stroked="f"> <v:textbox> <![if !mso]> <table
cellpadding=0 cellspacing=0 width="100%"> <tr>
<td><![endif]> <div> <p class=MsoBodyText><span style='font-
family:"Courier New";mso-bidi-font-family: "Times New
Roman"'>Obtemos também as razões das intensidades refletida e
transmitida:<o:p></o:p></span></p> </div> <![if !mso]></td>
</tr> </table> <![endif]></v:textbox> <w:wrap
type="topAndBottom"/> </v:shape><![endif][if !vml]
igual a
Desde que a intensidade é proporcional ao quadrado da
amplitude (equação 1), sua dependência com a profundidade é
I = I0 e - 2 x ...............(5)
onde I0 é a intensidade incidente em x = 0 e I é a intensidade
numa profundidade x no absorvedor. Desde que o coeficiente de
absorção na equação (5) é 2, a intensidade decresce mais
rapidamente que a amplitude com a profundidade.
O meio-valor de espessura (HVT = Half-Value Thickness)
é a espessura de tecido necessária para diminuir de I 0 a I0/2. A
Tabela 3 dá os HVT's típicos para diferentes tecidos. Note que a
alta absorção no crânio humano e que a absorção cresce quando
aumenta a freqüência do som. Este aumento de absorção com a
freqüência ocorre também para outros tecidos do corpo e limita a
máxima freqüência que pode ser usada clinicamente (ver exemplo
4).
Exemplo 4
Qual é a atenuação da intensidade do som por 1 cm de osso em 0,8; 1,2;
1,6 MHz?
SOLUÇÃO
Embora a equação (5) possa ser usada, uma rápida
estimativa pode ser feita usando os HVT's dados na
Tabela (3). Em 0,8 MHz, o HVT é de 0,34 cm; portanto,
1 cm está ao redor de 3 HVT, e a intensidade é
reduzida por 23, ou por um fator de 8 (isto é,
aproximadamente 12 % permanece). Em 1,2 MHz, o HVT é
0,21; 1 cm está perto de 5 HVT, e a intensidade é
reduzida por quase 25, ou por um fator de 32 (isto é,
aproximadamente 3% permanece). Em 1,6 MHz o HVT é o
0,11 cm; 1 cm está ao redor de 9 HVT, e a intensidade
é reduzida por volta de 29, ou por um fator de 512
(isto é, aproximadamente 0,5% permanece).
ESPALHAMENTO
Em adição à absorção do som, o espalhamento, ou
divergência do som, faz a intensidade decrescer. Se o som é de uma
pequena fonte (fonte pontual) a divergência faz a intensidade
decrescer de acordo com a lei do inverso do quadrado. Isto é, I é
proporcional a 1/r2 onde r é a distância da fonte ao ponto de
medição. A fonte clínica típica de ultra-som é pequena ( 1 cm),
mas não é uma fonte pontual ideal.
[if !supportEmptyParas] [endif]
2. O CORPO COMO UM TAMBOR
(PERCUSSÃO NA MEDICINA)
Percussão (tapinha) tem sido usado desde o início da
civilização para vários propósitos tais como testar se as paredes são
sólidas ou coberturas para esconderijos e se o barril de vinho está
cheio ou vazio. O primeiro uso registrado da percussão no corpo
humano como um meio de diagnóstico ocorreu no século dezoito.
Em 1761, L. Auenbrugger publicou um pequeno livro, “sobre a
percussão do peito”, que era baseado nas suas observações clínicas
durante sete anos de diferentes sons que ele produziu pelas
pancadinhas no peito dos pacientes em vários lugares. Deve ser
mencionado que Auenbrugger era um músico talentoso e que seu
pai tinha uma hospedaria. Ele provavelmente aprendeu a técnica de
percussão batendo em barrís de vinho do seu pai, e seu ouvido
musical provavelmente auxiliou-o na interpretação dos sons .
APÊNDICE 1
Ultrasom é muito útil para imaginar as estruturas do corpo. Ultra-
som é uma forma de energia não ionizante que se propaga por um
meio como ondas de pressão. Se você pudesse medir a
perturbação muito pequena da pressão quando uma onda de ultra-
som viaja pelo meio, você acharia que ela flutua rapidamente
sobre o valor normal da pressão ambiente de fundo, enquanto a
onda passa.
Um maneira de nós caracterizarmos uma onda de som é por sua
freqüência, quer dizer, o número de oscilações ou flutuações por
segundo no meio. Sons audíveis têm freqüências entre
aproximadamente 15 ciclos por segundo (15 hertz, Hz) e 20.000
ciclos por segundo (20 kHz). O limite superior de audição
humana normalmente é tomado como sendo 20 kHz, e ultra-som
se refere a ondas de som cuja freqüência está acima deste nível.
Outros mamíferos quase não são tão limitados quanto o homem
em termos do alcance útil de freqüência sonora. Por exemplo,
morcegos e golfinhos utilizam ondas de ultra-som que têm
freqüências tão alto quanto 125 kHz para navegar e
visualização sonar.
Foram descritas aplicações médicas de ultra-som que usam
freqüências tão baixas quanto 500 kHz até tão altas quanto 30
MHz. Para a maioria das aplicações de imagem, dispositivos de
ultra-som operam entre 3,5 MHz e aproximadamente 10 MHz. A
exceção é para imagens intravascular, catéter minúsculo de sondas
de prova que operam em freqüências tão altas quanto 30 MHz. A
ótima freqüência de ultra-som para qualquer aplicação representa
de um trade off entre
a)a necessidade para adquirir imagens de ultra-som com um grau
alto de resolução de espaço, ditando uso de freqüências mais altas,
e
b) a necessidade para obter penetração " adequada " no tecido.
Imagens profundas em tecido está limitada por atenuação da onda
de ultra-som, e isto fica mais severo quando a freqüência de ultra-
som é aumentada.
A modalidade mais comum usada em ultra-som médico é chamada
imagem de modo - B. Um transdutor de ultra-som é colocado
contra a superfície de pele de pacientes, diretamente em cima da
região a ser mapeada. O transdutor envia um pulso muito breve de
ultra-som no tecido. O pulso viaja ao longo de um feixe, muito
parecido com um feixe de uma luz de sinal em um
aeroporto. Interfaces no caminho refletem de volta uma parte da
energia de ultra-som para o transdutor. O transdutor, de novo,
converte a energia refletida em sinais de eco que são enviados a
amplificadores e circuitos de processamento de sinais dentro do
hardware da máquina de mapeamento. O exato, micro-segundo
decorrido entre quando o transdutor primeiro lançou um pulso de
ultra-som e quando apanhou o eco de volta diz à máquina quão
distante a interface refletora está do transdutor.
Após todos os ecos serem capturados ao longo do primeira feixe, o
transdutor envia um segundo pulso ao longo de uma direção do
feixe ligeiramente diferente no tecido. Os ecos são capturados do
mesmo modo e são enviados ao hardware de máquina. Então
outro pulso é lançado numa direção ainda diferente, e assim
sucessivamente. Muito parecido com o feixe de uma luz de sinal é
varrido pelo céu noturno, o feixe pulsado de um transdutor de ultra-
som é varrido ao longo do corpo, mapeando refletores e outras
interfaces e formando imagens bidimensionais.
APÊNDICE 2
TERAPIA ULTRA-SÔNICA
O termo " ultra-sônico" refere-se a ondas ou vibrações
sonoras que possuem uma freqüência além da capacidade auditiva
do ouvido humano. O limite superior de audição de um indivíduo
jovem é de cerca de 20.000 ciclos por segundo; por conseguinte,
qualquer freqüência superior a 20.000 ciclos por segundo é
considerada ultrasônica. A velocidade depende da elasticidade e da
densidade do meio através do qual as ondas se propagam. Não
podem ser transmitidas através do ar.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO ULTRA-SOM
1.Produção de calor.
2.Alívio do edema.
3. Desagregação de exsudatos e precipitados
4. Aumento do metabolismo intracelular
5. Produção de anestesia local causando alívio imediato da dor.
6. Micromassagem pela penetração profunda das vibrações.
EQUIPAMENTO
O equipamento utilizado para a aplicação terapêutica da
energia ultra-sônica consiste em um gerador de corrente de alta
freqüência e de um aplicador, algumas vezes conhecido como
cabeçote de uItra-som . O gerador produz oscilações elétricas com
a freqüência desejada, ocasionando vibração e produção de ondas
sonoras pelo transdutor localizado no aplicador. Esta energia
sônica é transmitida aos tecidos humanos pela superfície do
aplicador
MÉTODOS E TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Como as radiações ultra-sônicas não podem ser
transmitidas pelo ar, deve-se estabelecer um contato isento de ar
entre o aplicador e o tecido. Por isso, aplica-se um meio de contato
entre o aplicador e a pele, como óleo mineral ou água. Se se utilizar
óleo, deve ser aplicado na pele do local a ser tratado e a face do
aplicador é movida sobre a pele com leve pressão. No caso de áreas
maiores, é aplicado com movimentos de deslizamento e, nas áreas
menores, com movimento circular. O contato por meio de água
representa um método conveniente para o tratamento dos
membros. Ao se utilizar a água, tanto a parte do corpo a ser tratada
quanto a face do aplicador devem estar imersas. Quando se
emprega esta técnica subaquática, o aplicador é mantido a uma
distância de 1 a 2 centímetros da pele e é movido lentamente em
círculos. A finalidade de mover o cabeçote de ultra-som é assegurar
uma distribuição uniforme da energia e evitar a necessidade de
localizar com precisão pequenos alvos, tais como nervos, gânglios
ou vasos sangüíneos.
A medida que as ondas sonoras se propagam pelo tecido,
parte da energia é transformada em calor. Este calor pode atingir
uma profundidade de 5 centímetros ou mais. No tecido mais ou
menos homogêneo, o aquecimento é muito uniforme. Tal fato é
conhecido como aquecimento de volume. Quando os raios ultra-
sônicos são detidos por interfaces existentes nos tecidos, como
entre os ossos e os músculos, ocorre um aumento de aquecimento
local na área da interface. Tal fenômeno tem sido denominado
aquecimento estrutural. O aquecimento localizado. nas interfaces,
produzido pela radiação ultra-sônica não é causado por nenhuma
outra forma de termoterapia.
Em resumo, pode-se dizer que o aquecimento de tecidos
pelo ultra-som pode ser obtido com uma profundidade de
penetração satisfatória e com máxima absorção pelo tecido
muscular. As características do feixe da radiação ultra-sônica,
permitem uma melhor localização do que a obtida por outras
formas de termoterapia.
DOSAGEM
Na atualidade, não existe nenhuma dosagem estabelecida
para a terapia ultra-sônica, mas a dosagem para finalidades
terapêuticas deve ser limitada. A dosagem ultra-sônica depende da
intensidade e do tempo, sendo o produto destes fatores geralmente
expresso em watts-minuto. A intensidade da energia sonora
utilizável no cabeçote de ultra-som (transdutor) costuma ser
expressa em watts por centímetro quadrado da superfície
energizada. As intensidades terapêuticas de 0,5 a 2,0 watts por
centímetro quadrado têm-se mostrado úteis. O tratamento
subaquático exige maiores intensidades devido à absorção e
reflexão das ondas pelo meio. O tempo de tratamento é
progressivo, iniciando-se com 5 minutos e aumentando-se este
período até um máximo de 8 a 10 minutos por área de tratamento.
Uma série de tratamentos requer seis a doze aplicações realizadas
diariamente, de acordo com alguns especialistas, ou em dias
alternados, de acordo com outros.
Ao determinar a dosagem, é conveniente lembrar que as
patologias agudas requerem um tratamento de baixa intensidade,
enquanto as patologias crônicas necessitam de uma estimulação
fornecida por intensidades maiores. As lesões de localização
profunda exigem um tratamento inicial de alta intensidade.
Podem ser observados muitos aspectos a partir da reação do
paciente durante o tratamento. Ele não deve sentir dor, nem
desconforto. Uma sensação de queimadura, formigamento ou dor,
indica que a dosagem é demasiado intensa. (Devido ao
aquecimento localizado nas interfaces, pode surgir uma dor nas
áreas ósseas sem desconforto na pele.) Tal problema pode resultar:
(1) do fato de não se mover o cabeçote de maneira suficientemente
rápida, isto é, deixando-o por um período de tempo muito
prolongado num local e aumentando a intensidade; ou (2) de um
débito energético demasiadamente grande. No primeiro caso deve-
se retirar o cabeçote de ultra-som da área de desconforto; no
segundo caso, deve-se reduzir a energia do gerador. A dor pode ser
considerada como uma linha natural de defesa contra dosagens
excessivamente altas. Em geral, é conveniente iniciar o tratamento
com dosagens baixas e aumentar progressivamente o tempo e a
intensidade.
INDICAÇÕES PARA USO
Em algumas clínicas e hospitais, a terapia ultra-sônica é utilizada
em combinação com outras modalidades de fisioterapia, tais como
radiação infravermelha, diatermia e banhos de turbilhão.
Os investigadores e clínicos têm utilizado a terapia ultra-sônica
para as seguintes doenças:
Bursite Osteoartrite
Cicatrizes Periartrite
Fibrosite Radiculite
Neuroma doloroso Artrite reumatóide
CONTRA-INDICAÇÕES
Apesar de a terapia ultra-sônica ser considerada como uma
forma segura de tratamento, não deve ser utilizada em doenças que
são agravadas por ela ou no tratamento de doenças que respondem
a outros tipos de tratamento.
Alguns especialistas advertiram. contra o uso do ultra-som
diretamente sobre o cérebro, olhos, ouvido médio e interno, órgãos
reprodutores, plexos viscerais e grandes gânglios vegetativos.
Deve-se evitar a aplicação de ultra-som ao coração e
gânglio estrelado nos pacientes com cardiopatias.
Deve-se ter muita cautela ao se considerar o uso do ultra-
som em pacientes com doenças malignas, uma vez que foi
registrada a ocorrência de estimulação do crescimento do tumor e
mesmo de metástases após sua aplicação.
=
3. Qual é a impedância acústica Z?
Z=.v
4. Qual é o máximo deslocamento no ar para uma onda
sonora de 1000Hz com uma intensidade de 50 dB ou 10-7 W/m2?
5.Se seu próprio grito é 1000 vezes mais intenso que sua voz
normal, qual é em dB a diferença entre eles?
Ig = 1000 Iv
....
. coeficiente de reflexão
....
coeficiente de transmissão
A razão da intensidade refletida e transmitida é dada por