Vous êtes sur la page 1sur 90

UNISUL

Curso de Tecnologia de
Redes

Cabeamento Estruturado

Prof. Luiz Otávio


Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

1 Introdução....................................................................................................................................................... 4
2 Por que utilizar cabeamento estruturado? ....................................................................................................... 4
3 O que é Cabeamento Estruturado ................................................................................................................... 4
3.1 Aspectos Básicos .................................................................................................................................... 5
3.2 Vantagens ............................................................................................................................................... 5
3.3 Características próprias:.......................................................................................................................... 6
3.4 Histórico do Cabeamento Estruturado .................................................................................................... 7
3.5 Fatores Iniciais........................................................................................................................................ 7
4 Padronização................................................................................................................................................... 8
4.1 Estrutura do Sistema de Cabeamento Estruturado – Norma 568 ............................................................ 9
4.2 Qual a diferença entre os sistemas de cabos EIA T568A e T568B....................................................... 10
5 Padrão 568 .................................................................................................................................................... 11
5.1 Topologia.............................................................................................................................................. 11
5.2 Tipos de cabo........................................................................................................................................ 11
5.3 Subsistemas .......................................................................................................................................... 12
5.3.1 Entrada no prédio.......................................................................................................................... 13
5.3.2 Sala dos equipamentos.................................................................................................................. 14
5.3.3 Cabeamento backbone .................................................................................................................. 15
5.3.4 Armários de telecomunicações (Telecommunications Closets).................................................... 17
5.3.5 – Cabeamento horizontal (Horizontal Cabling) – ......................................................................... 19
5.3.6 Área de trabalho............................................................................................................................ 22
6 Patch cords / Line cords / Cordões (Categoria 5)........................................................................................ 23
7 Tomada Modular De 8 Posições Do Tipo Rj45, Fêmea - (Categoria 5) ....................................................... 25
8 Espelhos, Caixas de Superfície e Acessórios para Tomadas. ....................................................................... 28
8.1 Espelhos................................................................................................................................................ 28
8.2 Caixa de Montagem em Superfície....................................................................................................... 28
8.3 Tampões................................................................................................................................................ 29
8.4 Icons ..................................................................................................................................................... 30
9 Hubs.............................................................................................................................................................. 30
10 Switches.................................................................................................................................................... 31
10.1 Estrutura básica de funcionamento ....................................................................................................... 31
10.2 Métodos de Funcionamento.................................................................................................................. 32
10.3 Configuração Física .............................................................................................................................. 32
10.4 Transparent Bridging das Switches ...................................................................................................... 33
11 CABO DE PAR TRANÇADO DE CATEGORIA 5, 4 PARES, 24 AWG. ............................................. 33
12 Cabo UTP Cat 5e e Cat 6.......................................................................................................................... 37
12.1 Categoria 6............................................................................................................................................ 37
12.2 Categoria 5e x Categoria 6.................................................................................................................... 38
12.3 Aplicações da Categoria 6 .................................................................................................................... 39
13 Cabeamento STP ...................................................................................................................................... 39
14 Fibra Óptica .............................................................................................................................................. 40
15 Padrões de Cabeamento para Redes Locais de Alta Velocidade .............................................................. 42
16 Gerenciamento de Sistemas de Cabeamento Estruturado......................................................................... 45
17 PATCH PANEL DE CATEGORIA 5 PARA RACK DE 19’’................................................................... 46
18 Definições................................................................................................................................................. 47
19 Infra-estrutura ........................................................................................................................................... 50
19.1 Encaminhamento dos cabos e montagem (conectorização).................................................................. 50
19.1.1 Práticas para o encaminhamento dos cabos ................................................................................. 51
19.1.2 Distância Rede Lógica x Rede Elétrica......................................................................................... 53
19.1.3 Conectividade ............................................................................................................................... 53
19.1.4 Conectorização de RJ 45............................................................................................................... 54
19.2 Instalação do Cabeamento .................................................................................................................... 55
19.2.1 Lançamento................................................................................................................................... 55
19.2.2 Acomodação ................................................................................................................................. 56
19.2.3 Conectorização ............................................................................................................................. 56
19.3 Identificação dos componentes de uma rede local................................................................................ 57
19.3.1 Identificação dos Armários de Telecomunicações........................................................................ 57
19.3.2 Identificação de painel de conexão em Armário de Telecomunicações........................................ 57
19.3.3 Identificação do Ponto de Telecomunicações (tomada RJ45 na Área de Trabalho) ..................... 57

1
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

19.3.4 Identificação do Ponto de Telecomunicações (tomada RJ45 na Área de Trabalho) ..................... 58


19.3.5 Identificação do Ponto de Telecomunicações em painel de conexão ........................................... 58
19.3.6 Cordão adaptador.......................................................................................................................... 58
19.4 Documentação da Instalação ................................................................................................................ 59
19.4.1 Descrição funcional da Rede Lógica ............................................................................................ 59
19.4.2 Documentação da instalação física da rede (as-Built) .................................................................. 59
19.4.3 Termo de Garantia ........................................................................................................................ 59
19.5 Certificação de Obras de Cabeamento Estruturado .............................................................................. 60
19.5.1 Testes de certificação.................................................................................................................... 60
19.5.2 Certificação de obra ...................................................................................................................... 60
19.5.3 Considerações ............................................................................................................................... 61
19.6 Fibras Ópticas: Qual Escolher?............................................................................................................. 61
19.7 Especificação Técnica Sistema de Cabeamento Estruturado................................................................ 63
19.7.1 Patch Cord Tipo RJ-45 - RJ45 - CATEGORIA 5e/6................................................................... 63
19.7.2 Cabo UTP 4 pares - CATEGORIA 5e/6....................................................................................... 63
19.7.3 Patch Panel de 24 portas ............................................................................................................... 63
19.7.4 Tomada RJ-45 fêmea - Categoria 5 .............................................................................................. 64
19.7.5 Cabo UTP 25 Pares - Categoria 5 ................................................................................................. 64
19.7.6 Cabo Óptico de Rede Interna........................................................................................................ 65
19.7.7 Patch Cord Pull-Proof Duplex ST-ST........................................................................................... 66
19.7.8 Cabo de Fibra Óptica Multimodo para aplicações de Rede Externa............................................. 66
19.7.9 Cabo Fibra Óptica Multimodo para aplicações de Rede Externa ................................................. 66
19.7.10 DIO para colocação em Rack de 19’’ ..................................................................................... 67
19.7.11 DIO para colocação em parede ................................................................................................. 67
19.7.12 Caixa de Superfície Multimídia para Fibras Ópticas ................................................................ 68
20 Norma ANSI/TIA/EIA-606 - Especificações da Administração e Identificação dos Sistemas de
Cabeamento Estruturado....................................................................................................................................... 68
20.1 Conceitos de administração .................................................................................................................. 69
20.2 Codificação por cores dos campos de terminação ................................................................................ 69
20.3 Regras Gerais........................................................................................................................................ 70
20.4 Especificações de cores ........................................................................................................................ 70
21 Norma de Construção Comercial EIA/TIA-569 para Espaços e Percursos de Telecomunicações........... 71
21.1 Introdução............................................................................................................................................. 71
21.2 Cabeamentos Horizontais ..................................................................................................................... 71
21.2.1 Duto Subterrâneo (Underfloor Duct) ............................................................................................ 72
21.2.2 Piso de Acesso (Access Floor)...................................................................................................... 72
21.2.3 Conduíte (Conduit) ....................................................................................................................... 72
21.2.4 Bandejas de Cabo e Eletrocalhas (Cable Trays and Wireways) ................................................... 73
21.2.5 Rotas de Teto (Ceiling Pathways)................................................................................................. 73
21.2.6 Rotas de Perímetro (Perimeter Raceways).................................................................................... 73
21.3 Cabeamentos de Backbones.................................................................................................................. 73
21.3.1 Rotas Inter-Edifício de Backbone Subterrâneo (Underground Inter-Building Backbone Pathways)
74
21.3.2 Rotas Aéreas de Backbone Inter-Edifícios (Aerial Inter-Building Backbone Pathways) ............. 74
21.3.3 Rotas Inter-Edifícios de Backbone em Túnel (Tunnel inter-Building Backbone Pathways)........ 74
21.3.4 Rotas Intra-Edifício (Intra-Building Pathways) ............................................................................ 75
21.3.5 Rotas De Backbone Verticais (Vertical Backbone Pathways)...................................................... 75
21.4 Áreas de Trabalho................................................................................................................................. 75
21.4.1 Rotas de mobília. .......................................................................................................................... 75
21.4.2 Áreas de recepção, centros de controle, áreas de atendimento. .............................................. 75
21.4.3 Estação de Trabalho...................................................................................................................... 76
21.4.4 Tomadas de Telecomunicações .................................................................................................... 76
21.5 Armário de Telecomunicações ............................................................................................................. 76
21.5.1 Considerações Gerais de Projeto (General Design Considerations) ............................................. 76
21.5.2 Referências a Tamanho e Espaçamento (Size and Spacing Issues) .............................................. 76
21.5.3 Outras Referências ao Projeto (Other TC Desing Issues) ............................................................. 77
21.6 Sala de Equipamentos........................................................................................................................... 77
21.7 Salas de Entrada de Serviços ................................................................................................................ 78
21.8 Separação em Relação a Fontes de Energia Eletromagnética............................................................... 79

2
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

22 Norma ANSI/TIA/EIA-607 - Especificações de Aterramento e Links dos Sistemas de Cabeamento


Estruturado ........................................................................................................................................................... 79
22.1 Conceitos .............................................................................................................................................. 79
22.2 Componentes de Links e Aterramento.................................................................................................. 80
22.2.1 Condutor de link de telecomunicações (Bonding Conductor for Telecommunications) .............. 80
22.2.2 Backbone de link de telecomunicações (TBB) ............................................................................. 81
22.2.3 Aterramento backbone de telecomunicações interconectando condutor aterramento (TBBIBC). 81
22.2.4 . Barramento do Aterramento Principal de Telecomunicações (TMGB)...................................... 81
22.2.5 . Barramento do Aterramento de Telecomunicações - Telecommunications Groundign Busbar
(TGB) 82
22.3 . Links à Estrutura de Metal de um Edifício (Bonding to the Metal Frame of a Building)................... 82
23 Exemplo de Especificação Técnica Sistema de Cabeamento Estruturado................................................ 82
23.1 Patch Cord Tipo RJ-45 - RJ45 - CATEGORIA 5................................................................................ 82
23.1.1 Cabo UTP 4 pares - CATEGORIA 5............................................................................................ 83
23.2 Patch Panel de 24 portas ....................................................................................................................... 83
23.3 Tomada RJ-45 fêmea - Categoria 5 ...................................................................................................... 83
23.4 Cabo UTP 25 Pares - Categoria 5 ......................................................................................................... 84
23.5 Fibra Óptica .......................................................................................................................................... 84
23.5.1 Cabo Óptico de Rede Interna........................................................................................................ 84
23.5.2 Patch Cord Pull-Proof Duplex ST-ST........................................................................................... 85
23.5.3 Cabo de Fibra Óptica Multimodo para aplicações de Rede Externa............................................. 85
23.5.4 Cabo Fibra Óptica Multimodo para aplicações de Rede Externa ................................................. 85
23.5.5 DIO para colocação em Rack de 19’’ ........................................................................................... 86
23.5.6 DIO para colocação em parede ..................................................................................................... 86
23.5.7 Caixa de Superfície Multimídia para Fibras Ópticas .................................................................... 87
23.5.8 Fibras Ópticas: Qual Escolher?..................................................................................................... 87
24 Referências Bibliográficas........................................................................................................................ 89

3
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

CABEAMENTO ESTRUTURADO

1 Introdução

Comparado com outros investimentos que são realizdos na montagem de uma rede, o
cabeamento é o que irá durar mais tempo.
O software costuma ser atualizado periodicamente e o hardware normalmente tem uma
vida útil de até 5 anos.
O investimento feito em um sistema de cabeamento irá pagar dividendos durante anos,
porém o nível de retorno dependerá do cuidado de como selecionar os componentes bem
como a supervisão e instalação dos cabos.
A conecção entre cabos representa o nível mais importante de uma rede, o sofisticado
hardware do computador, o complexo software de rede e de gerenciamento ficarão sem
ter como operar se um pequeno fio estiver em contato com outro ou se o cabo esteja
exposto a ruídos.
A confiabilidade da rede é limitada pelos cabos e conectores que ela contêm.

2 Por que utilizar cabeamento estruturado?

Uma empresa bem sucedida requer um bom trabalho de equipe e flexibilidade.


As organizações enfrentam mudanças constantes, que exigem a movimentação ou
reorganização das pessoas, seus espaços de trabalho e os serviços que elas executam.
Observa-se uma mudança média de até 18% a 25% de funcionários e estações de trabalho
dentro de um edifício, no prazo de um ano.
sistema de cabeamento estruturado é planejado para acomodar as freqüentes mudanças,
acréscimos e alterações.
Um sistema de cabeamento estruturado é a base de uma rede de informações moderna.
Mesmo com todas as alterações e desafios que fazem parte de seus negócios, um sistema
de cabeamento estruturado pode eliminar a necessidade de interrupção do fluxo de
trabalho e o tempo inativo da rede, que estão associados à reestruturação de um escritório.
Nenhum outro componente de sua rede possui um ciclo de vida mais longo ou requer uma
consideração tão atenta.
Um planejamento criterioso irá prevenir um congestionamento que poderia diminuir
drasticamente a performance de sua rede.
cenário de negócios atual exige uma avançada tecnologia de informação para poder
manter uma vantagem competitiva.
A capacidade de permitir que a informação seja compartilhada ou transmitida através de
uma rede, transformou o computador num objeto tão importante quanto o telefone.
É necessário reconhecer a importância desse fato sobre os negócios e o quanto pode ser
agilizado através da utilização dessa tecnologia.
À medida em que a tecnologia continua a evoluir, uma rede corporativa deve suportar
aplicações de voz, dados, vídeo e multimídia.
O rápido crescimento na capacidade de processamento, o aumento do porte das redes e a
introdução de métodos de acesso de maior velocidade, criaram uma necessidade
incontestável de sistemas de cabeamento confiáveis e gerenciáveis (estruturados).

3 O que é Cabeamento Estruturado

4
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

3.1 Aspectos Básicos

É um sistema de cabeamento cuja infra-estrutura é flexível e suporta a utilização de


diversos tipos de aplicações tais como: dados, voz, imagem e controles prediais.
Nos dias de hoje as empresas estão levando em conta a utilização deste tipo de sistema
pelas vantagens que o mesmo apresenta em relação aos cabeamentos tradicionais, onde as
aplicações são atendidas por cabeamentos dedicados, (ex.: um para dados e outro para
voz), principalmente se as vantagens forem levadas em conta com o passar do tempo.
O conceito de Sistema de Cabeamento Estruturado surgiu como resposta a este avanço
das telecomunicações com o objetivo de criar uma padronização do cabeamento instalado
dentro de edifícios comerciais e residenciais independente das aplicações a serem
utilizadas no mesmo.
Para se poder compreender melhor o assunto faça uma analogia com um sistema elétrico
de um edifício ou residência, no qual o cabeamento instalado proporciona ao usuário a
possibilidade de utilizar diversos aparelhos tais como rádio, televisor, secador de cabelos,
entre outros; bastando para tanto que o cabo de alimentação destes equipamentos seja
"plugado" na tomada que encontra-se na parede ou piso do local.
Da mesma maneira o Sistema de Cabeamento Estruturado proporciona ao usuário a
utilização de um computador, um telefone, uma câmera de vídeo, um alto falante, um
sensor de temperatura, presença, etc. de maneira simples e organizada.

O sistema de Cabeamento estruturado também pode ser definido como uma maneira
padronizada de cabear prédios minimizando custos e maximizando expansibilidade
futuras.
É baseado em normas específicas e internacionais como o padrão EIA/TIA 568-A
(Electric Industries Association e Telecommunication Industries Associations) de julho
de 1991.

3.2 Vantagens

Além de padronizar o cabeamento de forma a atender aos diversos padrões de redes


locais, telefonia e outras aplicações (independente do fabricante ou do tipo de
equipamento) o conceito de Sistema de Cabeamento Estruturado agrega outros benefícios
importantes que solucionam problemas tais como crescimento populacional (o
dimensionamento dos pontos de um Sistema de Cabeamento Estruturado é baseado na
área em m2 do local a ser cabeado ao invés do número de usuários), alteração de layout
dos usuários (em média 25% dos funcionários sofrem mudanças dentro da empresa no
prazo de um ano), evolução da tecnologia rumo a aplicações com taxas de transmissão
maiores, falhas nos cabos ou nas conexões, entre outros.

É importante lembrarmos que o cabeamento possui a maior expectativa de vida numa


rede (em torno de 15 anos).
Percebe-se que um mesmo cabeamento irá suportar a troca de alguns hardwares e vários
softwares.
Além disso existem fabricantes do mercado que proporcionam uma garantia aos seus
produtos superior aos 15 anos.
No caso em particular da empresa Lucent Technologies é proporcionada uma Garantia
Estendida de produtos e aplicações de 20 anos para a solução Systimaxâ , desde que todos
os produtos sejam fabricados pela Lucent e os mesmos sejam instalados por canais
autorizados de integração (System Integrators - S.I.s e Systimaxâ Partners - S.P.s).

5
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

Vale a pena lembrar que a Lucent Technologies é a única empresa que possui um
documento chamado "Performance Specifications" onde estão descritas todas as
aplicações de voz, dados, imagem e controles prediais garantidas (ex.: Fast Ethernet,
Gigabit Ethernet (1000 Mbps), ATM a 155 Mbps, 622 Mbps e 1200 Mbps, CFTV e
CATV sobre o cabeamento UTP e controles prediais para edifícios inteligentes) e em
quais condições as mesmas são garantidas.
De acordo com pesquisas realizadas nos últimos anos os problemas de gerenciamento da
camada física contabilizam 50% dos problemas de rede e o Sistema de Cabeamento
Estruturado consiste apenas de 2 à 5% do investimento na rede.
Se levarmos em conta o investimento inicial realizado em um Sistema de Cabeamento
Estruturado e notarmos que o mesmo sobreviverá aos demais componentes da rede além
de requerer pouquíssimas atualizações com o passar do tempo, notamos que o mesmo
fornece um retorno do investimento (ROI) excepcional.
Em vista dos fatores apresentados anteriormente, percebe-se que a escolha de um Sistema
de Cabeamento Estruturado é uma decisão muito importante pois influenciará a
performance de toda a rede, assim como a confiabilidade da mesma.

3.3 Características próprias:

1 - Arquitetura aberta
2 - Disposição física e meio de transmissão padronizados
3 - Conformidade a padrões internacionais
4 - Suporte a diversos padrões de aplicações, dados, voz, imagem, etc.
5 - Suporte a diversos padrões de transmissão, cabo metálico, fibra óptica, radio, etc.
6 - Assegurar expansão, sem prejuízo da instalação existente.
7 - Permitir migração para tecnologias emergentes.

6
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

3.4 Histórico do Cabeamento Estruturado

Com o grande crescimento da demanda dos sistemas de telecomunicações, as Empresas


passaram a estabelecer padrões proprietários, resultando numa ampla diversidade de
topologias, tipos de cabos, conectores, padrões de ligação, etc, tornando o custo de
implantação bastante elevado.
Este custo devia-se a falta de concorrência, e principalmente, quando adotado uma
solução, havia um “casamento” com este fornecedor, já que esta não podia ser
compartilhada com nenhum mais.

Padronização do sistema de cabeamento estruturado


Diversos profissionais, fabricantes, consultores e usuários sob a orientação de
organizações como ISO/IEC, TIA/EIA, CSA, ANSI, BICSI e outras.
Desenvolveram normas que garantissem a implementação do conceito do mesmo

Sistema de Cabeamento Estruturado


O uso de computador, um telefone, uma câmera de vídeo, um alto falante, um sensor
de temperatura,
Maneira simples e organizada, só plugar para entrar na rede.

3.5 Fatores Iniciais

Quais são os motivos da padronização que podem ser citados?


Forma de atender aos diversos padrões de:
Redes locais
Telefonia
Outras aplicações
Independência do fabricante ou do tipo de equipamento
Sistema de Cabeamento Estruturado agrega outros benefícios importantes que
solucionam problemas como:

7
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

Crescimento populacional (o dimensionamento dos pontos de um Sistema de


Cabeamento Estruturado é baseado na área em m² do local a ser cabeado ao invés
do número de usuários).
Alteração de layout dos usuários (em média 25% dos funcionários sofrem
mudanças dentro da empresa no prazo de um ano).
Evolução da tecnologia rumo a aplicações com taxas de transmissão maiores.
Minimiza falhas nos cabos ou nas conexões, entre outros.
A implementação do cabeamento estruturado deve ser feito com materiais de primeira
linha, serviços de infra-estrutura física e profissional adequada, além de um projeto que
assegure à empresa e aos seus usuários os requisitos necessários exigidos para um:
desempenho adequado (seguro, ágil e confiável) na transmissão de dados, voz e
imagem;
proporcionando flexibilidade na topologia física para fazer frente às mudanças
internas de pessoal, lay-out e de futuras evoluções tecnológicas.
Seguindo as normas internacionais, o sistema de cabeamento estruturado visa suportar as
necessidades atuais e futuras, de comunicações para dados, voz e imagem.
Para assegurar um perfeito sistema de cabeamento estruturado, alguns requisitos são de
suma importância, entre eles, a prática adequada de instalação e a documentação do
projeto físico, tais como:
Memorial Descritivo
Lista de Materiais Aplicados
Especificações Técnicas dos Materiais Aplicados
Diagramas e Plantas
Tabela de Relacionamento de Cabos
Certificações
O projeto de instalação de infra-estrutura requer, entre outros fatores, o cumprimento das
diretrizes dos padrões estabelecidos pela Norma 569 do EIA/TIA, (Complementar à
Norma 568 do EIA/TIA), metodologia de instalação, conhecimento técnico e a escolha
adequada do material para cada ambiente, como por exemplo:
Eletrocalhas
Eletrodutos
Dutos e Calhas de Piso
Leitos Metálicos
Canaletas em PVC

4 Padronização

Reconhecendo a necessidade de padronizar o Sistema de Cabeamento Estruturado


diversos profissionais, fabricantes, consultores e usuários reuniram-se sob a orientação de
organizações como ISO/IEC, TIA/EIA, CSA, ANSI, BICSI e outras para desenvolver
normas que garantissem a implementação do conceito do mesmo.
Apesar deste trabalho resultar em diversas normas a mais conhecida no Brasil é a
ANSI/TIA/EIA 568-A originária dos Estados Unidos fruto de um trabalho entre a
Telecommunications Industry Association (TIA) e a Electronics Industries Association
(EIA). A norma ANSI/TIA/EIA-568-A (Padrões de Cabeamento) prevê todos os
conceitos citados anteriormente e é complementada por outras normas tais como:
ANSI/TIA/EIA-569-A (Infra-estrutura)
ANSI/EIA/TIA-570-A (Cabeamento Residencial)
ANSI/TIA/EIA-606 (Administração)
ANSI/TIA/EIA-607 (Aterramento)

8
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

Além destes padrões existem alguns TSBs (Telecommunications Systems Bulletin) tais
como:
TSB67 (Testes realizados em campo no cabeamento UTP)
TSB72 (Cabeamento óptico centralizado)
TSB75 (Práticas do cabeamento por zonas - Zone Wiring)
TSB95 (Diretrizes adicionais da performance de transmissão do cabeamento UTP 4P
Cat.5).

No Brasil, a NBR 14565 da ABNT é a norma oficial, e é baseada na EIA/TIA 568-A.

4.1 Estrutura do Sistema de Cabeamento Estruturado – Norma 568

Como abordado no histórico do cabeamento, no final dos anos 80 as companhias dos


setores de telecomunicações e informática estavam preocupadas com a falta de uma
padronização para os sistemas de fiação de telecomunicações em edifícios e campus.
Em 1991, a associação EIA/TIA ( Electronic Industries Association / Telecommunications
Industry Association) propôs a primeira versão de uma norma de padronização de fios e
cabos para telecomunicações em prédios comerciais, denominada de EIA/TIA-568 cujo
objetivo básico era:
Implementar um padrão genérico de cabeamento de telecomunicações a ser seguido
por fornecedores diferentes;
Estruturar um sistema de cabeamento intra e inter predial, com produtos de
fornecedores distintos;
Estabelecer critérios técnicos de desempenho para sistemas distintos de cabeamento.
Até então, o mercado dispunha de tecnologias proprietárias, utilizando cabeamento
tradicional, baseado em aplicações, conforme ilustrado na figura que se segue.

9
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

O propósito da norma é garantir que um edifício possa ser pré-cabeado sem o


conhecimento dos tipos de equipamentos de telecomunicações ou informática e/ou
aplicações a serem instaladas posteriormente.

As principais características desta norma são:


Arquitetura baseada na topologia em estrela
Sistema de cabeamento
Cabeamento horizontal- Backbone
Área de trabalho
Armário de telecomunicação
Sala de equipamentos
Facilidade de entradas
Administração
Tipos de meio físico
Cabos par trançados não blindados
Cabos par trançados blindados
Cabo coaxial
Cabo fibra óptica
Distâncias e meio físico
Tomadas de telecomunicações
Performance para meios físicos
Especificações obrigatórias.

4.2 Qual a diferença entre os sistemas de cabos EIA T568A e T568B

De acordo com o padrão EIA/TIA 568, cada par de fios no cabo tem uma designação
de par e uma designação de cor específicas.
A diferença entre os subpadrões T568 A e T568 B é a designação de pares.
Ao projetar um sistema de cabos EIA/TIA 568, você pode optar por qualquer um dos
subpadrões T568 A e T568 B, mas os componentes que utilizar devem seguir o
mesmo padrão no sistema inteiro.
Você não deve misturar componentes T568 A e T568 B (Patch Panel, RJ-45 macho e
fêmea) deverão ser feitas da mesma forma, e também é muito importante determinar qual
padrão que está sendo utilizado antes de ampliar um sistema de cabos existente.

10
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

5 Padrão 568

O padrão 568 define diversas partes de qualquer sistema de cabeamento em


edifícios.

5.1 Topologia

É utilizada a topologia estrela, o que quer dizer que cada micro terá o seu cabo de
rede individual até algum concentrador, que os conectará ao servidor.
Esta topologia possui as seguintes vantagens:
Permite identificar isolar fácil e rapidamente qualquer porção do cabo ou
micro com defeito, mantendo a rede de pé.
É muito mais rápida e barata de recabear do que outras topologias, não
precisando de terminadores ou cabos extras.
Permite emular outras topologias, como a de bus ou token-ring, se necessário.

5.2 Tipos de cabo

Os cabos de dados são a parte mais importante da implementação.


Dependendo do posicionamento, grau de curvatura, conectorização, comprimento,
tipo e qualidade destes a rede pode ficar impractivável.
Assim, é fundamental escolhermos um cabo de boa qualidade para evitar os
seguintes fatores:

11
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

1 – Attenuation – É o fenômeno do sinal perder força à medida que atravessa o


cabo. Se deve à resistência elétrica normal do cobre e a altas temperaturas. O
padrão estabelece que a atenuação máxima deve ser de 24 db. Isto pode parecer
pouco, mas como a escala é logarítmica, significa que menos de 1/100 do sinal
chegará ao outro lado.
2 – NEXT (Near-end crosstalk) – Consiste no sinal pular de um cabo a outro
através de freqüência eletromagnética. É mais forte no início do cabo, e vai
diminuindo à medida que a atenuação vai subtraindo força ao sinal. NEXT é
responsável, por exemplo, pelas vozes de baixo volume comuns em ligações de
telefonia.

O padrão utiliza 3 tipos de cabos:


1 – UTP (Unshielded Twisted Pair) – 4 pares, 100 Ohm cabo de cobre torcido
2 – STP (Shielded Twisted Pair) – 2 pares, 150 Ohm cabo de cobre torcido blindado
3 – Fibra ótica. Existem 2 tipos: single-mode e multimode.
3.1 Single mode – Cabo de 8 microns de diametro. Permite somente 1 via à
luz, o que o torna menos sucetível à refrações internas e por isso, melhor.
Porém, é mais caro e difícil de trabalhar.
3.2 Multimode – Cabo de 62.5 microns de diametro. Uma vez que a luz pode
tomar mais de um caminho por dentro da fibra, é passível de interferências
internas. Porém, é mais barato e fácil de usar.

É interessante notar que o padrão não proíbe cabo coaxial em instalações que já o
possuam, mas somente em novas instalações.

Existem 5 tipos diferentes de cabo Twisted-pair de acordo com o padrão:


1 – CAT1 (Category 1) – Cabo comum de telefone. Somente para transmissão de
voz, não de dados.
2 – CAT2 – Unshielded, 4 pares, para transmissões até 4 Mbs por segundo.
3 – CAT3 – Unshielded, 4 pares, para transmissões até 10 Mbs por segundo. Já foi
comum em implementações Ethernet e Token-Ring
4 – CAT4 – O mesmo de antes, mas certificado para para transmissões até 16 Mbs
por segundo. Comum em implementações Token-Ring
5 – CAT5 E – O cabo mais comum hoje em dia. 4 pares. Em condições ideais
permite transmissões até 100 Mhz.

Observar que não se utiliza mais cabos nível 1 e 2 por serem velhos demais. Empresas
estão sugerindo categorias 6 e 7.

5.3 Subsistemas

12
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

Legenda
1-Entrada do Edifício
2-Sala de Equipamentos
3-Cabeação Backbone
4-Armário de Telecomunicações
5-Cabeação Horizontal
6- Área de Trabalho

Um sistema de cabeamento estruturado divide o edifício a ser cabeado em 6 áreas


específicas, cada uma a ser tratada de uma maneira diferente. Estas são:

5.3.1 Entrada no prédio

possibilita a interligação do prédio ao mundo exterior. As facilidades de entrada estão


relacionadas com os serviços que estarão disponíveis para o cliente, estes serviços podem
ser de:
Dados;
Voz;
Sistema de Segurança;
Redes Corporativas;
Fornecem o ponto no qual é feita a interface entre o cabeamento externo e a intra-edifício.
Consistem de cabos, dispositivos de proteção, equipamentos de conexão, transição e
outros.
O aterramento deve estar conforme ANSI/TIA/EIA-607.

13
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

5.3.2 Sala dos equipamentos

É o CPD propriamente dito.


A sala de equipamentos é o espaço reservado dentro do edifício ou área atendida onde
esta instalado o distribuidor principal de telecomunicações, que irá providenciar a
interconexão entre os cabos do armário de telecomunicações, backbone cabling ou
campus backbone, com os equipamentos de rede, servidores e os equipamentos de voz
(PABX).
Funções:
recebe a fibra óptica do backbone do campus;
acomodar equipamentos de comunicação das operadoras de telecomunicações;
acomodar equipamentos e componentes do backbone (opcional);
acomodar os equipamentos principais e outros componentes da rede local;
permitir acomodação e livre circulação do pessoal de manutenção;
restringir o acesso a pessoas autorizadas.

Características Técnicas:
Instalá-lo fisicamente à um mínimo de 3m de qualquer fonte de interferência
eletromagnética, como cabinas de força, máquinas de Raio X, elevadores, sistemas
irradiantes;
localização próx. ao centro geográfico do prédio e de utilização exclusiva;
dimensões mínimas: 3,00 m x 4,00 m ou 12 m²;
livre de infiltração de água;
ambiente com porta e de acesso restrito;
temperatura entre 18 e 24° C com umidade relativa entre 30% e 55%;
iluminação com no mínimo 540 lux com circuito elétrico independente;
piso composto de material antiestático;
alimentação elétrica com circuitos dedicados direto do distribuidor principal com
instalação de quadro de proteção no local;
Instalar tomadas elétricas a cada 1,5m com as seguintes características: tripolares
(2P+T) de 127 VAC, com aterramento;
proteção da rede elétrica por disjuntor de no mínimo 20A;
dissipação mínima de 7.000 BTU/h.

14
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

5.3.3 Cabeamento backbone

Sistema de cabos de alta velocidade que interligam as diversas áreas do padrão, como
entre a entrada do prédio e os armário de telecomunicações, 2 prédios, os andares do
edifício, etc.
Pode-se dizer que a função básica dos cabos verticais ou backbone cabling é interligar
todos os armários de telecomunicação instalados nos andares de um edifício comercial
(backbone cabling) ou vários edifícios comerciais (campus backbone), onde também
serão interligadas as facilidades de entrada (entrance facilities).
A topologia adotada para os Cabos Verticais é a Estrela.
Os principais fatores a serem considerados quando de dimensionamento dos cabos
verticais são:
Quantidade de área de trabalho;
Quantidade de armários de telecomunicações instalados;
Tipos de serviços disponíveis;
Nível de desempenho desejado.

Os cabos homologados na norma EIA/TIA 568A para utilização como Backbone são:
Cabo UTP de 100 Ohms (22 ou 24 AWG):
800 metros para voz (20 a 300 MHz);
90 metros para dados (Cat. 3,4 e 5).
Cabo STP (par trançado blindado) de 150 Ohms:
90 metros para dados.
Fibra óptica multimodo de 62,5/125 µm em conformidade com o padrão EIA 492-
AAAA:
2.000 metros para dados.
Fibra óptica monomodo de 8,5/125 µm em conformidade com o padrão EIA 492-
BAAA:
3.000 metros para dados.

O subsistema de Cabeamento Backbone define, também, outros requisitos de projeto, tais


como:
Topologia em estrela;
Não possuir mais de dois níveis hierárquicos de conectores de cruzamento ( cross-
connect);
Os cabos que ligam os cross-connect não podem ultrapassar 20 metros;
Evitar instalações em áreas onde existam interferências eletromagnéticas e rádio
freqüência;
As instalações devem ser aterradas seguindo a norma EIA/TIA 607.

15
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

O uso de cabeamento óptico, devido principalmente a diferenças entre os aterramentos


dos prédios.

Cabo Cabo
metálico óptico

1,2 Ω 0,7 Ω 1,2 Ω 0,7 Ω


Prédio A Prédio B Prédio A Prédio B

16
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

5.3.4 Armários de telecomunicações (Telecommunications Closets)

Terminação dos cabos do sistema de distribuição secundário.


Ponto de transição do cabeamento principal e o secundário.
Mais definido no padrão EIA/TIA 569. É onde ficam alojados os hubs, switchs,
concentradores, bridges, etc. Não há limite no número destes por implementação.
O hardware de conexão deve ser protegido contra o manuseio indevido por parte de
pessoas não autorizadas, para que isto não aconteça, instala-se todos os hardwares de
conexão, suas armações, racks, e outros equipamentos em uma sala destinada para esta
função locada em cada andar, esta sala é chamada de armário de telecomunicação
(telecommunication closet).
Um armário de telecomunicações deve ser instalado levando-se em conta algumas
premissas:
Quantidade de áreas de trabalho;
Disponibilidade de espaço no andar;
Instalação física.
São geralmente áreas ( salas ou estruturas de armários ) que servem a um pavimento ou a
regiões (1500 m²) de um andar em uma edificação.
Restrições na distância máxima dos cabos secundários podem levar a existência de um ou
mais Armários de Telecomunicações em um mesmo andar.
A topologia é baseada no modelo estrela.
Equipamentos ativos, podem ou não serem instalados.
Área Servida pelo AT:
menor que 100 m² Quadro externo: Subrack ou Bracket com no mínimo 4 UA

Subrack ou Bracket

Entre 100 e 500 m² Sala 3,00 x 2,20 m: Rack aberto de min. 12 UA prof. útil 470
mm;
Entre 500 e 800 m² Sala 3,00 x 2,80 m: Rack aberto de min. 24 UA prof. útil 470 mm;
Maior que 800 m² Sala 3,00 x 3,40 m: Rack aberto de min. 40 UA prof. útil 470 mm.

17
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

Rack aberto

Entre 100 e 500 m²: Rack fechado de min. 12 UA prof. útil 470 mm
Entre 500 e 800 m²: Rack fechado de min. 24 UA prof. útil 470 mm
Maior que 800 m²: Rack fechado de min. 40 UA prof. útil 470 mm

Rack fechado

18
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

5.3.5 – Cabeamento horizontal (Horizontal Cabling) –

É a parte do sistema de cabeamento estrutura que contém a maior quantidade de cabos


instalados.
São os cabos que estende-se da tomada de telecomunicação instalada na área de trabalho
até o armário de telecomunicação.
É chamado de horizontal devido aos cabos correrem no piso, suspensos ou não, em dutos
ou canaletas.
Custos de instalação sistema de cabeamento secundário é maior.
Suporta uma larga faixa de aplicações.
Recomenda-se o emprego de cabos metálicos, quando possível, materiais de excelente
qualidade, e de desempenho superior (categoria 6).

Cordão Adaptador usado no rack (Patch Cord)


Cordão de cabo UTP, de categoria 5e (enhanced ) ou superior, composto de fios
ultraflexíveis (fios retorcidos) com conectores RJ45 macho nas extremidades.
Função - Interligar, dois painéis de conexão ou um painel e um equipamento ativo.
Facilitar as manobras de manutenção ou de alterações de configuração.
A montagem dos pinos deve obedecer à codificação T568-B.
Os componentes (cabo e conectores) devem atender à especificação da TIA/EIA 568-
B.
A distância máxima prevista para um cabo adaptador é de 5 metros.

Painel de Distribuição Principal ou Secundário

19
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

Agrupamento de 24 conectores RJ45 fêmea na dimensão de 1 UA (unidade de altura)


e instalação em gabinetes (racks) de 19 polegadas.
As tomadas instaladas no painel deverão atender à especificação da TIA/EIA 568-B.
O sistema de terminação do cabo UTP normalmente é do tipo IDC (Insulation
Displacement Contact).

Vista frontal e traseira de um Painel de Distribuição (Pach Panel)

Cabeamento Horizontal
Cabo de par-trançado, com 4 pares, constituídos por fios sólidos bitola de 22 ou 24
AWG e impedância nominal de 100 ohms.
A especificação mínima de desempenho para esse cabo deverá ser compatível com a
TIA/EIA 568-A, Categoria 5E ou superior.
Para instalações novas, recomenda-se a utilização de cabos Categoria 6.
Cabo com dois pares de fios STP de 150 Ohms;
Cabo coaxial de 50 Ohms;
Cabo com duas fibras ópticas multimodo 62,5/125 µm (microns) .

Ponto de Telecomunicação (Outlet)


Tomada de estação, trata-se de um sub-sistema composto por um espelho com
previsão para instalação de, no mínimo, duas tomadas RJ45/8 vias fêmea.
Uma tomada pode ser associada com voz e a outra com dados.

20
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

A 1ª tomada será um cabo UTP 4 pares 100Ω, categoria 5e (enhanced) ou superior.


A 2ª tomada pode ser suportada por uma das seguintes mídias:
cabo UTP 4 pares 100Ω, categoria 6 (recomendado)
cabo óptico 2 fibras, 62,5/125µm (micron)
A conectorização deverá obedecer à codificação de pinagem T568-A.
A montagem do espelho e demais componentes deverá ser acessível pela Área de
Trabalho.
espelho deverá possuir previsão para instalação de etiqueta de identificação.

Distâncias máximas, considerando as duas parcelas do subsistema:


comprimento máximo de um cabo secundário será de 90 metros. Medida do painel de
distribuição, até o ponto de telecomunicações na Área de Trabalho (“basic link”).
Os 10 metros restantes, são dos cordões adaptadores, para estação e rack, que é de 3 a
5 metros cada.

21
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

5.3.6 Área de trabalho

Também chamada no inglês de work area, é o local onde o usuário começa à interagir
com o sistema de cabeamento estruturado, é neste local que estão situados seus
equipamentos de trabalho, estes equipamentos podem ser:
Computador;
Telefone;
Sistemas de armazenagem de informações;
Sistema de impressão;
Sistema de videoconferência;
Sistema de controle.
Para efeito de dimensionamento, são instalados no mínimo dois pontos de
telecomunicações em uma área de 10 m².
Dependendo da aplicação, adaptações podem ser necessárias fazendo uso de dispositivos
externos.
-Cabos especiais para equipamentos com conector diferente do RJ-45;
Adaptadores passivos tipo baluns

22
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

Estas divisões asseguram que, seja lá qual for o layout do edifício, sempre haverá um
ponto de rede mais ou menos perto do micro que vai utilizá-lo, e que, independente da
plataforma que for escolhida e a data de sua instalação, sempre haverá meios de interligá-
la sem maiores problemas.

Especificações Técnicas Compatíveis com a Norma ANSI/EIA/TIA 568A

6 Patch cords / Line cords / Cordões (Categoria 5)

Os patch cords, line cords ou cordões têm como função a interligação entre o
equipamento do usuário e a tomada de informação, ou a interligação entre patch panels, ou a
interligação entre um patch panel e um equipamento ativo como por exemplo um hub/switch.
Os patch cords devem ter conectores modulares de 8 posições do tipo RJ45 de ambos
os lados, devem ser manufaturados e testados pelo fabricante, e devem utilizar um cordão
multifilar ao invés de um pedaço de cabo UTP com condutores sólidos, pois o cordão
multifilar é adequado para ambientes onde necessitamos condutores com maior flexibilidade
e sujeito a movimentações.
Deve-se preferencialmente escolher uma cor neutra, como por exemplo cinza, de
maneira que o mesmo não venha a conflitar com a decoração do ambiente.
No rack deve-se preferencialmente escolher patch cords de tamanhos variados de
maneira a conseguir uma organização dos mesmos. Sugestão de tamanhos aproximados:
30cm; 60 cm; 90 cm; 1,20 m; 1,50 m; 1,80 m; 2,10 m; 2,40 m; 2,70 m e 3,00 m
Aconselha-se que os patch cords sejam manufaturados e testados em fábrica de
maneira a assegurar o seu perfeito funcionamento em um amplo range de velocidades.

Características:

Deve atender a norma ANSI/EIA/TIA 568A e ao boletim técnico TIA/EIA


TSB40-A em todos os aspectos (características elétricas, mecânica, etc.)
Deve ter conectores modulares de 8 posições do tipo RJ45 de ambos os lados.
Os patch cords devem utilizar um cordão de 4 pares, flexível, com condutores
multifilares de 24 AWG.
Cor Neutra, preferencialmente cinza.
Suportar taxas de transmissão de até 155 Mbps.
Deve atender os requisitos de Categoria 5.
A pinagem deve utilizar a opção T568B.

Plug A Plug B Cor


1 1 Branco-Laranja
2 2 Laranja
3 3 Branco-Verde
4 4 Azul
5 5 Branco-Azul
6 6 Verde
7 7 Branco-Marrom
8 8 Marrom

23
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

O gráfico da figura abaixo mostra altas taxas de atenuação para os elementos de


hardware da categoria 3 em determinada freqüência, por exemplo 16 MHz. Observa-se
também que perdas por atenuação em elementos de conexão, para categoria 4 e 5, são
praticamente idênticas e bem inferiores às da categoria 3. Por causa do melhor
desempenho de Elementos de Conexão nas categorias 4 e 5, deve-se, dar preferência a
estas categorias de elementos quando da concepção de um projeto de cabeação
estruturada. Na montagem dos condutores de ligação ( patch-cords) deverão ser utilizados
condutores não rígidos para maior duração e flexibilidade.

24
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

7 Tomada Modular De 8 Posições Do Tipo Rj45, Fêmea - (Categoria 5)

As tomadas devem utilizar contatos por deslocamento por isolador (IDC -


Insulation Displacement Contact) na parte traseira, que deve estar conectada com um
cabo UTP de 4 pares, e na parte frontal devemos ter um conector modular de 8 posições
do tipo RJ45 fêmea, no qual podemos conectar tanto conectores do tipo RJ45 como do
tipo RJ11 para telefonia.
As tomadas devem ter a indicação CAT5 na sua parte frontal indicando que a
mesma é de Categoria 5. A tomada deve ter o código de cores junto aos contatos IDC
(contatos por deslocamento por isolador), de maneira a facilitar a instalação e evitar
erros.

Os conectores modulares de 8 posições do tipo RJ45 fêmea devem ter um banho


de ouro de pelo menos 40 micro polegadas de ouro nos contatos, sobre uma camada de
pelo menos 80 micro polegadas de nickel. As tomadas devem ser manufaturadas de
material termoplástico de alto impacto e retardante à chama. Os condutores da tomada
(não do cabo) devem ter pelo menos um trançamento interno de maneira a melhorar a
performance da mesma.

Características:

Deve atender a norma ANSI/EIA/TIA 568A e ao boletim técnico TIA/EIA


TSB40-A em todos os aspectos (características elétricas, mecânicas, etc.)
Cor Neutra, preferencialmente cinza ou marfim.
Suportar taxas de transmissão de até 155 Mbps.
Deve atender aos requisitos de Categoria 5.
Deve ser feita de material plástico resistente a chama (não devem utilizar placas
de circuito impresso).
Deve suportar temperaturas de até 65 oC.
Resistência de Contato máxima de 23 mΩ
Deve suportar um ciclo de inserção de pelo menos 700 inserções.
Deve ter contatos do tipo IDC na parte traseira.
A tomada deve ter uma tampa para os contatos IDC da parte traseira, de maneira a
impedir a penetração de poeira e outras impurezas nos contatos IDC.
Deve ter sido testada por um laboratório independente e uma cópia do atestado
deve ser entregue.
Dever seguir o esquema de pinagem T568B.

25
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

O esquema de pinagem adotado deve ser o T568B conforme a figura abaixo da


norma ANSI/EIA/TIA 568A.
N. Contato Jack Cor
(Traseira) (Frontal)
1 1 Branco-Laranja
2 2 Laranja
3 3 Branco-Verde
4 4 Azul
568B 5 5 Branco-Azul
6 6 Verde
7 7 Branco-Marrom
8 8 Marrom

As tomadas devem ser de cores neutras, preferencialmente: branco, marfim, cinza


ou preto.
De acordo com a norma ANSI/EIA/TIA 568A, abaixo encontra-se a tabela com
os valores de atenuação. O valor do pior par deve ser inferior ou igual aos valores
especificados nesta tabela.

Valores para Conecção Hardware de Categoria 5.

Frequêcia(MHz) Atenuação (dB) Atenuação (dB)


(Valores Máximos da (Valores Máx. Recomendados)
Norma)
1.0 0,1 0,02
4.0 0,1 0,02
8.0 0,1 0,02
10.0 0,1 0,03
16.0 0,2 0,03
20.0 0,2 0,03
25.0 0,2 0,04
31.25 0,2 0,05
62.5 0,3 0,15
100.0 0,4 0,28

De acordo com a norma ANSI/EIA/TIA 568A, a tabela com os valores do NEXT


resultantes de todas as combinações possíveis de todos os pares devem ser no mínimos os
especificados na Tabela abaixo. As perdas por diafonia ou NEXT são comumente
derivadas de medidas de varredura de freqüência. Por exemplo, na comunicação de voz,
seus efeitos são sentidos por linhas cruzadas, isto é, vozes estranhas que são escutadas
durante uma ligação telefônica.

26
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

Valores para Conecção Hardware de Categoria 5.

Frequêcia Atenuação de Diafonia (dB) - Atenuação de Diafonia (dB) -


(MHz) NEXT NEXT
(Valores Mínimos da Norma) (Valores Mínimos
Recomendados)
1.0 65 82
4.0 65 72
8.0 62 66
10.0 60 64
16.0 56 60
20.0 54 58
25.0 52 56
31.25 50 55
62.5 44 48
100.0 40 42

De acordo com a norma ANSI/EIA/TIA 568A, a atenuação de retorno (return


loss) mínima deve ser a especificada abaixo.
Valores para Conecção Hardware de Categoria 5.

Frequêcia (MHz) Atenuação de Retorno (dB) Atenuação de Retorno (dB)


(Valores Mínimos da Norma) (Valores Mínimos Recomendados)
1.0 23 50
4.0 23 42
8.0 23 39
10.0 23 35
16.0 23 34
20.0 23 32
25.0 14 30
31.25 14 28
62.5 14 22
100.0 14 18

27
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

8 Espelhos, Caixas de Superfície e Acessórios para Tomadas.

8.1 Espelhos

Os espelhos são utilizados para colocação de tomadas em parede. Estão


normalmente disponíveis em dois tamanho 4’’ x 2’’ (para uma, duas, três, quatro ou seis
tomadas por espelho) e 4’’ x 4’’ (para 8 tomadas por espelho).

Os espelhos devem ser manufaturados de material plástico de alto impacto e


resistente a chama, possuindo também uma marcação numérica para cada orifício.
Os espelhos devem proporcionar um encaixe perfeito para as tomadas, tampões e
icons. As cores devem ser neutras, preferencialmente: branco, cinza, marfim e preto,
combinando, se possível, com a decoração do ambiente e com a cor das tomadas e
tampões.

8.2 Caixa de Montagem em Superfície

As caixas de montagem em superfície normalmente são montadas em superfícies


como parte inferior do mobiliário, internamente ao mobiliário, em paredes, sob o piso
elevado, etc. As caixas de superfície têm diversas capacidades, normalmente: 1 tomada, 2
tomadas, 4 tomadas e 12 tomadas.
As caixas de superfícies devem ser manufaturados de material plástico de alto
impacto e resistente ao fogo. Elas devem possuir uma marcação numérica para cada
orifício
As caixas de montagem em superfície devem proporcionar um encaixe perfeito
para as tomadas, tampões e icons. As cores devem ser neutras, de preferência: branco,
cinza, marfim e preto, combinando com a decoração do ambiente e com a cor das
tomadas e tampões.

28
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

Caixa de Superfície de 1 posição Caixa de Superfície de 2 posições

Caixa de Superfície de 4 posições Caixa de Superfície de 12 posições

8.3 Tampões

Utiliza-se tampões em duas situações:

Podem tapar um orifício sem tomada de um espelho ou uma caixa de superfície.


Podem tampar uma tomada que não está sendo utilizada no momento, de maneira
a evitar a penetração de poeira e outras impurezas.
Os tampões devem ser manufaturados de material plástico de alto impacto e
resistente a chama. Eles devem se encaixar perfeitamente nos espelhos e nas caixas de
montagem em superfície. As cores devem ser neutras, preferencialmente: branco, cinza,
marfim e preto, combinando com a decoração do ambiente e com a cor das tomadas,
caixas de superfície e espelhos.

29
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

8.4 Icons

Os icons são utilizados para identificação das tomadas de informação do usuário.


Eles são manufaturados de material plástico e encaixam-se perfeitamente nos espelhos e
caixas de superfície.
A cor do icon pode combinar com a cor da tomada, espelho ou caixa de
superfície, ou pode-se escolher uma cor para destacar o ponto. As cores normalmente
utilizadas são: marfim, preto, branco, cinza, laranja, amarelo, verde, azul e vermelho.
Com o objetivo de facilitar a identificação pode-se escolher icons de diferentes
cores e diferentes símbolos. Entre os símbolos normalmente utilizados tem-se: símbolo
de telefone, símbolo de computador, icon sem símbolo, icon com a palavra “DATA”,
icon com a palavra “VOICE”.

Exemplo de utilização:
Suponha-se uma área de trabalho com 3 pontos, e que um deles esteja
inicialmente destinado a telefonia, outro à uma estação de uma rede local e outro para um
terminal assíncrono. Pode-se escolher um icon azul com símbolo de telefone, um icon
laranja com símbolo de computador e um icon verde sem símbolo para o terminal. Se em
alguns meses forem necessários 2 pontos ao invés de 1 para a rede local, não
necessitando mais do terminal, basta efetuar as devidas mudanças nos patch panels e
trocar o icon verde sem símbolo por um outro icon com símbolo de computador.

Os icons devem ser encaixáveis e facilmente removíveis.

9 Hubs

O Hub consiste em um dispositivos de HW que tem como objetivo unir


computadores ou redes de maneira a formar um segmento único de rede, onde
todos os computadores podem se comunicar diretamente uns com os outros. Os
hubs são classificados como dispositivos pertencentes à camada 1 do modelo
ISO/OSI (nível físico), não realizando tarefas complexas. Possui as seguintes
características básicas:
Sua funcionalidade baseia-se em repetir o que escuta.
Os hubs operam usando um modelo broadcast, onde os hubs
conectados entre si, recebem todas as informações que são emitidas
por uma estação de trabalho. Logo, com o crescimento da rede cresce a
possibilidade de colisões (aumenta a taxa de erros), reduzindo o
desempenho da mesma.
Trabalham dentro de um único domínio de colisões (domínio
compartilhado), isto é, a largura de banda é compartilhada por todas as
portas do hub, não garantindo um valor nominal para cada porta.

O hub funciona da seguinte forma:


Um sinal enviado por um computador ligado a uma porta do hub é
destinado a outro computador ligado a outra porta no hub;

30
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

Este computador ao receber o sinal verifica que o mesmo é destinado


a ele e o recebe;
Os computadores ligados as demais portas vêem o sinal e
desconsidera-o, ao verificarem que o mesmo não é o destinatário da
mensagem (obs: todo o sinal entra e sai em todas as portas).

Os hubs podem ser divididos em três tipos:


Hub passivo – não amplificam os sinais elétricos antes de irradiá-los
para as outras portas. Trata-se exclusivamente de uma ponte entre as
entrdas e as saídas, repassando os sinais enviados por um determinado
computador para todos os outros ligados ao mesmo segmento.
Hub ativo – amplificam os sinais antes de irradiá-los. Utilizados
normalmente para aumentar o alcance da rede (o comprimento do cabo
é grande de forma que possa existir perda de sinal).
Hub inteligente
possuem o recurso de empilhamento;
suportam gerenciamento SNMP;
suportam VLAN.

10 Switches

O Switch consiste em um dispositivo de hardware de nível 2 (modelo ISO/OSI),


que possibilita também a interligação de estações de trabalho e segmentos de rede,
fornecendo uma largura de banda dedicada para cada porta. As seguintes características
podem ser citadas:
Trabalham com o conceito de domínio comutado, isto é, cria-se um circuito
virtual entre duas portas, onde a comunicação não será interrompida;
Reduz-se sensivelmente o número de colisões, tendo em vista que somente
acontecerá caso duas máquinas desejarem conectar-se com a mesma máquina
no mesmo instante. Este aspecto, redução sensível do número de colisões
causa uma redução da taxa de erros, e aumenta o desempenho da rede;
Os switches possibilitam determinar o destino de cada elemento,
individualmente, e enviá-lo diretamente ao computador endereçado. Com isso,
gera-se menos tráfego na rede ao entregar as mensagens de dados, tornando a
rede mais rápida;
Trabalham com o conceito de broadcast (ex: uma máquina ao entrar na rede
envia um pacote de dados de broadcast).

10.1 Estrutura básica de funcionamento

O funcionamento de switches é baseada no processo de chaveamento de pacotes,


onde é estabelecida uma conexão entre dois segmentos pelo tempo necessário para o
envio de pacotes. Veja o exemplo que se segue:
Duas portas em um switch estão trocando de informações;

31
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

Sem interferir na comunicação destas duas portas, um computador manda um


sinal endereçado a uma porta. Ao contrário do hub, o sinal é enviado
exclusivamente para o computador de destino, criando um caminho virtual
entre a origem e o destino. As demais portas do switch não recebem nenhum
sinal.

10.2 Métodos de Funcionamento

Como citado anteriormente, os switches funcionam por comutação de pacotes,


mantendo o circuito fechado até que a transmissão seja toda executada. Para que isto seja
possível, os pacotes que chegam são salvos em uma área temporária de memória, e o
endereço MAC contido no cabeçalho do pacote de dados é lido e comparado com uma
lista de endereços MAC mantido numa tabela de controle.
Os sistemas de chaveamento fazem uso de três métodos:
Cut-through – consiste em um método mais rápido e eficiente. Lê o
endereço MAC assim que um pacote de dados é detectado, armazena os
seis bytes que formam a informação do endereço e começa imediatamente
a mandar o pacote para o nó de destino, antes de receber o restante do
pacote, que ainda pode estar chegando.
Store and forward – salva o pacote de dados inteiro no buffer, e verifica a
existência de erros (checagem de CRC), antes de mandá-lo para o
destinatário. Caso o pacote possua erros, este será descartado. Caso não
possua, o switch procura o endereço MAC do destinatário e envia o pacote
para o mesmo. Várias switches trabalham com os métodos Cut-through e
Store and Forward em conjunto, até que um certo número de erros seja
alcançado, passando exclusivamente para Store and Forward.
Fragment-free – funciona como uma mistura dos métodos Cut-through e
Store and Forward, exceto pelo fato de que armazena os primeiros 64
bytes (porque a maioria das colisões e erros acontecem nos primeiros 64
bytes) do pacote antes de mandá-lo ao destinatário. Este método agiliza o
funcionamento e não deixa de realizar uma pequena verificação.

10.3 Configuração Física

Os projetos de switches baseiam-se hoje em três configurações:


Memória compartilhada – os switches com esta configuração armazenam
todos os pacotes que chegam numa memória buffer comum compartilhada
por todas as portas, remetendo os dados para o destino via a correta porta
de acordo com o destino de cada pacote que chega.
Matriz – o switch possui uma matriz interna que marca as relações entre as
portas de entrada e de saída. Quando um pacote de dados é detectado em
uma porta de entrada, o endereço MAC da mesma é procurado na tabela
para encontrar a porta apropriada de saída com a qual a conexão será feita.

32
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

Barramento – é usado um caminho interno de transmissão no formato de


barramento, compartilhado por todas as portas, usando a tecnologia
TDMA (divisão por tempos de uso). A switch com esta tecnologia possui
uma memória de buffer dedicada para cada porta, e dispõe também de um
controlador para controlar o acesso ao barramento.

10.4 Transparent Bridging das Switches

Os switches usam esta tecnologia para criar as suas tabelas de funcionamento,


indicando as várias ligações a serem realizadas entre entradas e saídas. Esta tecnologia
possibilita que o switch aprenda tudo o que necessita conhecer sem que o administrador
da rede interfira em algo. O funcionamento é realizado via os seguintes processos:
Aprendizado (learning) – imagine a rede em seu início, e um switch sendo
acionada a mesma com vários segmentos de rede adicionados às suas
portas. Nesta situação, imagine uma máquina (A) de um determinado
segmento enviando dados para outro segmento. O switch capta o primeiro
pacote de dados, lê o endereço MAC e o salva na tabela de endereços
referente ao segmento. A partir deste instante, o switch sabe onde achar a
máquina, sempre que um pacote for endereçado a ela.
Imundação (Flooding) – consiste no envio de um pacote de dados para
todos os segmentos (broadcast), na pesquisa por um determinado
segmento.
Remessa (Forwarding) -

11 CABO DE PAR TRANÇADO DE CATEGORIA 5, 4 PARES, 24 AWG.

O cabo de par trançado não blindado, UTP - Unshielded Twisted Pair, é um dos
componentes mais importantes do Sistema de Cabeamento Estrururado e uma atenção
especial deve ser dada a este item.

Características:

O cabo deve ser de par trançado não blindado e de quatro pares com condutores.
Os condutores do cabo devem ser sólidos, de cobre, 24 AWG e como isolante deve
ser utilizado polietileno de alta densidade.
A impedância característica do cabo deve ser de 100Ω ± 15% na faixa de freqüências
de 1 a 100 MHz.
O diâmetro do condutor isolado de ser de 1,22 mm no máximo.
O diâmetro do cabo deve ser inferior a 6,35 mm.
A capa do cabo deve ser de PVC e sua espessura mínima deve ser de 0,58 mm.
O cabo deve resistir a uma força de tração de pelo menos 400N.
A Resistência DC (Resistance Umbalance) de qualquer condutor não deve exceder
9,38Ω para uma distância de 100m e à 20oC.

33
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

O desbalanceamento da resistência DC entre dois condutores de qualquer par não


deve exceder 5%.
A perda estrutural de retorno (Structural Return Loss) deve ser igual ou superior a 23
dB na faixa de freqüências de 1 a 20 Mhz, e igual a superior a 23 - 10 log ( f (Mhz) /
20 ).
A atenuação (é a perda de potência do sinal no meio, em função da distância a uma
determinada freqüência) medida, num lance de 100m não deve superar os valores da
tabela abaixo.
A atenuação de diafonia (Near End Crosstalk Loss), deve ser superior aos valores
especificados na tabela abaixo

Valores para Categoria 5 - Lance de 100 metros.

Frequêcia(MHz) Atenuação (dB) Atenuação de Diafonia (dB) - NEXT


(Valores Máximos a 20oC) (Valores Mínimos do pior par)
0.772 1.8 64
1.0 2.0 62
4.0 4.1 53
8.0 5.8 48
10.0 6.5 47
16.0 8.2 44
20.0 9.3 42
25.0 10.4 41
31.25 11.7 40
62.5 17.0 36
100.0 22.0 32

34
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

A figura abaixo apresenta um comparativo entre as três categorias UTP (3, 4 e 5)


quanto a atenuação e perdas por diafonia ( crosstalk ou NEXT), no caso de uso no c
Horizontal e no Cabeamento de Backbone.

Na capa do cabo deve possuir o nome do laboratório, nome do fabricante e a


categoria que o cabo foi testado. No caso do UL (laboratório de verificação de
equipamentos), a marcação deve ser a seguinte “(UL) VERIFIED CAT V”. Deve-se
exigir a apresentação de um documento do UL atestando que o Cabo UTP utilizado
foi verificado como sendo de Categoria 5 de acordo com o UL’s Cable Performance-
Category Marking Program.

OBS: Existem muitos produtos que são apenas listados pelo UL. Nesse caso uma amostra
desse produto foi testada e o fabricante é colocado permanentemente na lista de
vendedores de produtos de categoria 5. Porém, um fabricante pode enviar sua melhor
amostra para teste e será listado pelo UL. Quando o produto tem a inscrição UL nos
produtos, isso significa que o fabricante participa de um programa contínuo verificando
regularmente a qualidade dos produtos e penas relevantes são aplicadas no caso de não
conformidade.

É desejável que a capa do cabo tenha marcações periódicas de comprimento, ou seja,


o cabo deve ter números impressos em espaços inferiores a 1m de maneira que se
possa calcular a metragem utilizada de cabo durante o seu lançamento, evitando
perdas desnecessárias. A marcação de metragem é muito útil também para verificar se
o lance máximo de cabeamento horizontal não ultrapassa a distância máxima de 90
metros, conforme a norma ANSI/EIA/TIA 568A
Normalmente são utilizadas as seguintes cores para cabos UTP: cinza, azul, marfim e
branco.
Suportar taxas de transmissão de até 155 Mbps.

35
Unisul – Tecnologia de Redes Prof. Luiz Otávio
Cabeamento Estruturado

De acordo com a norma ANSI/EIA/TIA 568A os pares do cabo devem ter as seguintes
cores:

PAR TIP RING


1 BRANCO AZUL
2 BRANCO LARANJA
3 BRANCO VERDE
4 BRANCO LARANJA

36
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

O gráfico da figura abaixo mostra que a atenuação em cabos categoria 3 e 4 é


ligeiramente superior que a categoria 5 nas mesmas freqüências de trabalho. Verifica-se,
aqui, a melhor qualidade dos cabos UTPs categoria 5 para redes Ethernet de 10 a 100 Mbps
quanto às perdas por atenuação.

12 Cabo UTP Cat 5e e Cat 6

CATEGORIA 5e: (Enhanced - Melhorada), é uma melhoria das características dos


materiais utilizados na categoria 5, que permite um melhor desempenho, sendo especificada
até 100Mhz;
CATEGORIA 6: Características para desempenho especificadas até 250Mhz e
velocidades de 1Gbps até 10Gbps.

Equivalência entre classes e categorias


Classes ISO/IEC Categorias ANSI/EIA/TIA Largura de banda (MHz)
A - 0,1
B - 1
C 3 16
- 4 20
- 5 100
D 5e 100
E 6 250

12.1 Categoria 6

Foi aprovado e publicado o adendo número 1 da norma ANSI/TIA/EIA-568-B.2 –


"Transmission Performance Specifications for 4-Pair 100 Ohm Category 6 Cabling",
contendo todas as especificações necessárias com os requerimentos mínimos para perda de
inserção, NEXT, ELFEXT, perda de retorno, propagation delay e delay skew para o

37
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

cabeamento e o hardware de conexão Categoria 6. O documento contém especificações


finais da Categoria 6, as especificações de componentes e requerimentos para equipamentos
de teste que garantem o desempenho da rede nas tecnologias atualmente conhecidas, bem
como para aplicações futuras.
A Categoria 6 pode ser vista como um aperfeiçoamento no projeto de infra-estrutura
das redes locais. Ela segue seus predecessores, as categorias 3, 4, 5 e 5e, cada uma
provendo maior capacidade de transporte de informação para usuários finais. Torna-se uma
opção que oferece alta performance para a distribuição horizontal em um sistema
estruturado, permitindo suporte para aplicações como voz tradicional (telefone analógico
ou digital), VoIP, Ethernet (10Base-T), Fast Ethernet (100Base-TX) e Gigabit Ethernet a 4
pares (1000Base-T), com melhor performance em relação a Categoria 5e. Ela permite ainda
suporte para aplicações ATM e novas tecnologias como Ethernet a 10Gbps sem
investimentos adicionais na infra-estrutura existente.
Os sistemas Categoria 6 foram projetados para atender basicamente os seguintes
objetivos:
Manter boa relação custo x benefício dos sistemas UTP, bem como
facilitar sua instalação e operação;
Garantir a interoperabilidade com os atuais sistemas Categoria 5e;
Proporcionar uma nova infra-estrutura com capacidade para serviços
futuros (redes de próxima geração).

12.2 Categoria 5e x Categoria 6

A principal diferença entre a Categoria 5e e a Categoria 6 está na performance de


transmissão e na largura de banda estendida de 100MHz da Categoria 5e para 250MHz da
Categoria 6.
A largura de banda é a medida da faixa de freqüência que o sinal de informação
ocupa. O termo é também usado em referência às características de resposta em freqüência
de um sistema comunicação. No sentido mais qualitativo, a largura de banda é proporcional
à complexidade dos dados transmitidos. Já a performance se traduz em uma menor
atenuação, melhor NEXT, perda de retorno e ELFEXT, possibilitando uma melhor relação
sinal/ruído.
Devido a esses fatores (performance e largura de banda), associando uma melhor
imunidade às interferências externas, os sistemas que operam em Categoria 6 são mais
estáveis em relação aos sistemas baseados na Categoria 5e. Isto significa redução nas
retransmissões de pacotes, proporcionando uma maior confiabilidade e estabilidade para a
rede.
Outro fato que deve ser considerado é que os requisitos para o link (meio de
transmissão entre dois pontos, não incluindo a conexão de equipamentos) e canal (meio de
transmissão fim-a-fim entre dois pontos no qual existem equipamentos de aplicações
específicos conectados) na Categoria 6 são compatíveis com os da Categoria 5e, fazendo
com que os projetistas escolham a Categoria 6, substituindo as redes Categoria 5e.

38
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

12.3 Aplicações da Categoria 6

Todas as aplicações que funcionam atualmente em Categoria 5e funcionam


igualmente na Categoria 6. Em aplicações onde são exigidas altas taxas de transmissão, os
cabos Categoria 6 permitem adicionalmente a redução de custo dos equipamentos ativos
utilizados na transmissão e recepção dos sinais. Por exemplo, a figura seguinte apresenta
uma comparação entre os protocolos de transmissão Gigabit Ethernet para sistemas
baseados em Cat5e e Cat6.

13 Cabeamento STP

Quando as especificações para o cabeamento STP ( Shielded Twisted Pair) de 150


Ohms foram publicadas na norma EIA Interim Standard Omnibus Specification NQ-
EIA/IS-43, as características de transmissão aceitavam sinais de até 20 MHz. Estas
especificações têm sido adequadas até o presente momento para faixas de freqüências
usadas em ambientes de trabalho. Entretanto, como a velocidade das LAN’s e suas
freqüências aumentaram, as especificações originais dos cabos STP de 150 Ohms foram
aumentadas de modo a prover um critério de desempenho estável para valores altos de
freqüência aplicados. Um cabo de especificação melhorada e um novo conector, acoplado
ao conector original foi introduzido para atender as especificações originais.
Os cabos STP são de fios em pares trançados blindados de 150 Ohms. Para o
cabeamento Horizontal e o Backbone são utilizados os tipos 1A e o tipo 6A da IBM para
cabos de conexão, cujas características são as seguintes:
Cabo STP-A utiliza 2 pares de fios, modelo 22 AWG rígido e possui impedância
característica de 150 Ohms + 10% (3 MHz - 300 MHz);
O conector de dados STP-A de 150 Ohms;
A atenuação balanceada do Cabo de Ligação STP-A de 150 Ohms é
aproximadamente igual a 1,5 vezes a do cabo STP-A Horizontal ou Backbone (4
MHz - 300 MHz).

A figura que se segue ilustra o desempenho dos cabos STP em termos de atenuação.

39
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

14 Fibra Óptica

A fibra óptica pode ser utilizada tanto para o Cabeamento Horizontal quanto para o
Vertical. A fibra para Cabeamento Horizontal é do tipo multimodo de 62,5/125µ m com um
mínimo de duas fibras. Para o Cabeamento Vertical ou Backbone utiliza fibras dos tipos
multimodo de 62,5/125µ m e monomodo formados em grupos de 6 ou 12 fibras.
As premissas para um Cabeamento de Backbone com fibra ópticas, têm sido e
continuam a ser baseadas em fibras multimodo de 62,5/125µ m, devido à possibilidade de
uso de transmissores ópticos com LED nessas fibras. Com o rápido crescimento dos
requisitos de largura de banda, atualmente, tem-se instalado fibras ópticas monomodo em
adição às fibras multimodo, para atender os requisitos atuais e futuros. Sistemas de fibras
monomodo atendem tanto maiores bandas de freqüências como também têm maior
capacidade para longas distâncias do que as fibras ópticas multimodo.

40
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Os conectores especificados para fibra óptica são os 568SC. Os conectores ópticos


seguem um esquema de cores para sua identificação. A cor bege especifica o
conector/acoplamento multimodo de 62,5/125µ m e a cor azul especifica o
conector/acoplamento monomodo de 8,3/125µ m.
Para assegurar que os conectores 568SC manterão uma correta polarização através
do sistema de cabeamento, deve-se ter uma correta orientação do adaptador utilizado. O
Cabeamento Horizontal deve ser instalada de tal forma a casar um número ímpar da fibra
com o próximo número par da fibra, por exemplo: fibra 1 com fibra 2; fibra 3 com fibra 4 e
assim sucessivamente. Cada segmento do cabeamento deve ser instalado seguindo a
orientação invertida ( cross-over) do par, de tal modo que fibras de número ímpar são
posição A numa ponta e posição B na outra ponta, enquanto que fibras de número par são
posição B numa ponta e posição A na outra ponta. A orientação invertida ( cross-over) deve
ser conseguida pelo uso consecutivo da numeração das fibras (por exemplo 1, 2, 3, 4, ...)
em ambos os lados da fibra, mas os adaptadores 568SC devem ser instalados de maneira
oposta em cada ponta (por exemplo A-B, A-B, ... numa ponta e B-A, B-A, ... na outra
ponta). A figura ilustra a polarização inversa dos conectores 568SC.

41
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

O principal motivo para especificação dos conectores de fibra 568SC é a


padronização com a norma IEC Européia. Hoje são muito utilizados conectores ST.
Entretanto, é recomendado a substituição gradativa dos conectores ST por 568SC.
A norma EIA/TIA 568A especifica, também, as saídas de telecomunicações para
fibra óptica com as seguintes características:
A caixa de montagem em superfície deve ser fixada diretamente sobre a caixa
elétrica,
seguindo um padrão de 4"x 4";
A capacidade de terminação para um mínimo de duas fibras, por acoplamento
568SC;
Possibilidade de armazenar um mínimo de 1 metro de cabo de duas fibras.

15 Padrões de Cabeamento para Redes Locais de Alta Velocidade

O IEEE ( Institute of Electrical and Elec ronic Engineering) estabeleceu, novos


padrões para redes locais de alta velocidade a 100 Mbps : IEEE 802.3 100Base-T / Fast
Ethernet e 802.12/ 100VG AnyLAN.
O padrão IEEE 802.3 100Base-T é uma tecnologia de rede local de alta velocidade a
100 Mbps baseado no método de acesso CSMA/CD que inclui:
100Base-TX: 2 pares de fios UTP Categoria 5 ou 2 pares tipo STP;
São fáceis de projetar e instalar, porque utilizam as mesmas configurações de pares de
fios e pinos 10 BT;
suporta transmissões a half-duplex ou full-duplex.
Utiliza os mesmos dois pares que o 10 Base T, par 2, pinos 1
(branco/laranja) e 2 (laranja), par 3, pinos 3 (branco/verde) e 6 (verde), os
outros pares ficam livres;
Quando full-duplex, utiliza um par para a transmissão e outro par para a
recepção;
100Base-FX: 2 fibras ópticas de 62,5/125 mm multimodo;
half duplex - 400 mts;
full duplex - 2 km;
100Base-T4: 4 pares de fios UTP categoria 3 ou 5.
define 100 Base T em Cat 3 e 5 UTP;
Foi criada para controlar a grande base instalada de cabeamento de categoria
3
utiliza os 4 pares do RJ-45;

42
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Utiliza três pares para enviar um sinal, e o quarto para detecção de colisões;
1000BaseSX
fibra multimodo, variando a distância entre 220 a 550 mts;
utilizado no cabeamento horizontal e em backbones curtos;
1000BaseLX - utilizado em backbones mais extensos, com fibra monomodo, com um
diâmetro de 3 a 5 km, ou multimodo com alcance de 300 a 550 mts;
1000BaseCX - apropriado para compartimentos pequenos (ex: sala de
computadores, interligar armários de bastidores);
utiliza par trançado blindado (Twimax) de 150 ohm, com alcance máximo
de 25 mts;
1000BaseT - destinado a utilizar o cabeamento UTP Cat 5 horizontal e na área de
trabalho;
desenvolvido pela equipe da 802.3ab, um subconjunto do comitê 802.3z;
admite a transmissão sobre os 4 pares;
cobre uma distância de cabeamento de 100 mts, ou um diâmetro de 200 mts;
só é permitido um repetidor;

O IEEE 802.12 100VG AnyLAN pode suportar, tecnicamente, distâncias maiores


para os cabos UTP e STP, numa solução proprietária. Entretanto, o uso desta tecnologia
para distâncias maiores que 90m, especificada pelo padrão, conduz a uma violação da
norma EIA/TIA 568A.
Os padrões 100Base-TX, IEEE 802.12 100VG e EIA/TIA 568A, incluem suporte
para cabos STP tipo 1A ou B de 150 Ohms, mas ninguém parece estar mais instalando-os.
O Fórum ATM publicou a especificação para suportar 155 Mbps ATM em cima do
padrão EIA/TIA 568A, categoria 5- UTP. Originalmente especificado para suportar
somente fibra, a interface ATM a 155 Mbps com o suporte adicional para cobre tende a
reduzir significativamente os preços para o hardware ATM.
A migração de tecnologias dentro de uma corporação não é uma tarefa simples,
necessitando de investimentos e, muitas vezes, de mudança na infra-estrutura básica de
cabeamento. Algumas empresas, hoje, ainda convivem com tecnologia de cabeamento
baseada em cabo coaxial. Apesar de ser uma tecnologia simples, barata e relativamente
fácil de instalação e manutenção, ela torna-se um estrangulamento nas mudanças
tecnológicas. Por exemplo; o velho e ultrapassado cabo coaxial 10Base2 de 10 Mbps não
suporta mais tecnologias a 100 Mbps tipo Fast Ethernet. A utilização de cabeamento UTP e
fibra óptica, normatizada pela EIA/TIA 568A é quase que um selo de garantia para o
funcionamento adequado deste novo tipo de tecnologia de redes locais a 100 Mbps.
Com a sua grande importância na estruturação de sistemas de cabeamento prediais
para redes de 10 ou 100 Mbps, hoje a norma EIA/TIA 568A é bastante utilizada, apesar de
falhas como por exemplo: dobrar cabos e fios, apertar em demasia as cintas que agrupam
um conjunto de cabos, exceder as limitações de distância, utilizar categoria de cabos
inadequada para determinadas aplicações, decapar o revestimento do cabo UTP Categoria 5
mais que ½ polegada, são erros grosseiros cometidos numa instalação de cabeamento,
afetando variáveis de atenuação e ruído.

43
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

44
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

16 Gerenciamento de Sistemas de Cabeamento Estruturado

Historicamente, o gerenciamento de sistemas de cabeamento estruturado tem


sempre ficado em segundo plano.
Recentemente, as empresas têm reconhecido a importância da instalação de uma
infra-estrutura de cabeamento padronizado, e como conseqüência inevitável disso,
necessidade de se estabelecer estratégias de controle eficientes para gerenciar esta mesma
infra-estrutura.
Quando se parte para a escolha de uma estratégia de gerenciamento que melhor se
adeqüe à realidade da empresa, duas questões devem ser levadas em consideração
independentemente da opção escolhida:
A padronização de um sistema de cabeamento, no que diz respeito aos
componentes e equipamentos utilizados em toda a organização, pode prover
uma economia significativa em tempo de resposta e treinamento de equipes de
suporte. Em adição a um sistema de cabeamento com componentes
padronizados, deve existir também um sistema de numeração consistente e que
seja conciso e fácil de entender.
Uma documentação precisa e compreensiva é fundamental para o sucesso de
qualquer política de controle de um sistema de cabeamento. Questões como
planejamento de mudanças de instalações e mudanças de lay-out, aumento do
número de pontos da rede, análise de falhas e uma rápida recuperação de
informações devem ser consideradas como funções de uma documentação
confiável. Por esses motivos, a documentação deve ser simples e confortável no
uso, pois se não for dessa forma, os usuários a evitarão e o seu conteúdo se
deteriorará rapidamente até o ponto em que cairá no desuso.
Existem três tipos de sistemas de gerenciamento de cabeamento estruturado:
Sistemas em Papel - são sistemas que encontram-se em plena substituição
pelos sistemas computadorizados e que propiciam a falha humana por não terem
nenhum recurso que assegure que a informação é confiável e consistente. Além disso, o
meio em que está armazenado é frágil e se deteriora rapidamente com o uso freqüente,
podendo ocasionar a perda de informações relevantes.
Sistemas Computadorizados com Softwares de Mercado - sistemas prontos
já têm sido usados há um bom tempo para documentação de sistemas de cabeamento
como uma opção de substituição imediata daqueles em papel. No entanto, esta
estratégia apenas resolve uma parte dos problemas provenientes dos sistemas em papel,
pois continua sem nenhum tipo de validação de entrada de informação o que continua
facilitando o erro humano. Esses sistemas pré-concebidos não são capazes também de
simplificar e reconsiderar o esquema de numeração das organizações.
Uma evolução dos sistemas prontos são os do tipo CAD e os ditos
orientados a banco de dados.
As aplicações CAD usam um desenho da estrutura do prédio como
base para a documentação. Os itens no desenho têm registros em banco de dados
associado a eles e um banco de dados paralelo é usado para armazenar os circuitos
que resultam das conexões estabelecidas.
Já as aplicações orientadas a banco de dados têm todas as
informações armazenadas de tal forma que maiores recursos de manipulação de

45
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

dados e referências cruzadas possam ser utilizados. Alguns têm a capacidade de


exibir a localização de uma informação a partir de uma planta baixa importada de
uma aplicação CAD.
Sistemas Sob Encomenda - Nesses sistemas "customizados", é importante
avaliar cuidadosamente as características de escalabilidade do software para futuras
ampliações ou alterações, a estabilidade e o suporte da software house, bem como o
tempo de retorno do custo do software.

Adotando-se uma estratégia de gerenciamento adequada obtém-se os seguintes


benefícios:
Redução do tempo necessário para realizar mudanças físicas e de lay-
out e ampliações na rede
Redução do tempo perdido na recuperação de falhas
Aumento do tempo de vida da infra-estrutura de cabeamento.

17 PATCH PANEL DE CATEGORIA 5 PARA RACK DE 19’’

Os patch panels são utilizados para a administração do Sistema de Cabeamento


Estruturado, geralmente estão localizados nas Salas de Telecomunicações dos diversos
andares e na Sala de Equipamentos. Os cabos UTP provenientes do cabeamento horizontal
são terminados a patch panels. Os patch panels são normalmente interligados aos
equipamentos ativos através de patch cords. Os patch panels devem utilizar contatos por
deslocamento por isolador (IDC - Insulating Displacement Connector) na parte traseira e
jacks modulares de 8 posições (tipo RJ45 fêmea) na parte frontal.

Os patch panels geralmente estão disponíveis com nas seguintes configurações: 24


posições, 32 posições, 48 posições, 64 posições e 96 posições.

Características:

Deve atender a norma ANSI/EIA/TIA 568A e ao boletim técnico TIA/EIA TSB40-


A em todos os aspectos (carcterísticas elétricas, mecânica, etc.)
Jacks Modulares de 8 posições do tipo RJ45 fêmea na parte frontal.

46
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Conectores IDC na parte traseira compatível com cabos UTP, 4 ou 25 pares e


24AWG.
Deve possuir sistema rotativo que permita a conexão do cabos UTP pela parte
frontal.
Largura de 19 polegadas (48,3 cm) e profundidade máxima de 10 cm.
Deve operar perfeitamente no range de temperaturas de -10oC a 60oC.
Dever seguir o esquema de pinagem T568B.
Côr: Preto.
Suportar taxas de transmissão de até 155 Mbps.
Deve atender aos requisitos de Categoria 5.
Os valores de atenuação do pior par deve ser inferior ou igual aos valores
especificados na tabela abaixo.
Os valores do NEXT resultantes de todas as combinações possíveis de todos os
pares devem ser no mínimos os especificados na Tabela abaixo.

Valores para Conecção de Hardware de Categoria 5.

Frequêcia(MHz) Atenuação (dB) Atenuação de Diafonia (dB) - NEXT


(Valores Máximos) (Valores Mínimos)
1.0 0,1 65
4.0 0,1 65
8.0 0,1 62
10.0 0,1 60
16.0 0,2 56
20.0 0,2 54
25.0 0,2 52
31.25 0,2 50
62.5 0,3 44
100.0 0,4 40

18 Definições

Como ocorre a transmissão no meio físico UTP ?


As informações são codificadas em pulsos elétricos para que possam ser transmitidas
através do meio físico até atingir um decodificador que executa a tarefa ao inverso.

O que é Hertz (Hz)


Hertz (Hz) é uma medida de freqüência ( ciclos por segundos) , propriedades de
transmissão tais como largura de banda , atenuação e diafonia são especificadas como uma
função da freqüência, um megahertz por exemplo é igual a 1.000.000 de cilcos por
segundo.

Banda Passante do sinal


Denomina-se banda passante de um sinal o intervalo de freqüências que compõem um
sinal. A largura de banda de um sinal é o tamanho de sua banda passante.

47
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Exemplo : A largura de banda em redes ethernet 10 base T (10 Mbps) é de 10 Mhz onde o
sinal é decomposto entre as freqüências de 0 a 10 Mhz.

Banda Passante do meio físico


A banda passante do meio físico é a faixa de freqüência onde o meio físico é capaz de
preservar o sinal
Exemplo : Em sistemas categoria 3 os parâmetros elétricos são avaliados até 16 Mhz desta
forma o meio físico é capaz de preservar o sinal dentro desta faixa de freqüência (de 0 a 16
Mhz). A especificação Ethernet 10 base T prevê o uso do sistema UTP cat.3 por entender
que este é capaz de preservar o sinal que terá largura de banda de 10 Mhz.

Esquemas de codificação digital


ESQUEMA DE CODIFICAÇÃO DIGITAL são dispositivos que conseguem compactar os
bits de dados que estão sendo transmitidas em faixas de freqüência. Em alguns padrões a
relação é de um para um como é o caso do Ethernet 10 base T onde um Megabit de dados é
compactado em uma faixa de um Megahertz de freqüências, isto não ocorre nos novos
padrões como TP-PMD (FDDI em cobre) onde o esquema de codificação utilizado é o
MLT-3 e a largura de banda é ¼ da taxa de bits. Assim, apesar da taxa de dados do TP-
PMD ser 125 Mbps (100 Mbps de dados mais 25 Mbps de controle de bits) a largura de
banda é ¼ disto ou seja 31.25 Mhz.

Taxa de transmissão
A taxa de transmissão é a quantidade de dados (bits) que um padrão é capaz de transmitir,
para que isto seja possível quando se especifica um padrão é escolhido o meio físico, a
banda passante do sinal, a largura de banda que este meio físico tem que preservar o sinal e
o esquema de codificação que será adotado*.

O que são ruídos ?


Os ruídos causam distorções nos sinais e são um dos maiores limitantes do desempenho de
sistemas de comunicação, geralmente são impostas pelas características do meio físico
(ruído térmico) ou provenientes de interferências de sinais indesejáveis. A quantidade de
ruído presente numa transmissão é medida em termos da razão entre a potência do sinal e a
potência do ruído, denominada razão sinal- ruído (SNR). Quanto mais sofisticado o
esquema de codificação de bits exige-se melhor SNR. O SNR é mensurado em decibéis
(dB).

48
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

*Matematicamente a taxa transmissão é dada da seguinte forma :


Taxa de Transmissão = (Banda passante) x (Mbits por Mhz da banda)
(Dados em Mbps) (Mhz) (Esquema de codificação)
Assim existem duas formas de aumentar a taxa de transmissão :
· Aumentando a banda de freqüências
- Melhorando a eficiência de codificação (mais bits na mesma largura de faixa)

Ruídos por Interferência

Crosstalk ou diafonia
Quando um sinal elétrico trafega num condutor gera ao redor deste um campo elétrico.
Crosstalk é a medida da interferência em um par pelo sinal que está trafegando num par
adjacente dentro do mesmo cabo. A norma TIA/EIA 568-A prevê os seguintes testes:

· Next
Avaliação par-a-par onde se mede todas as combinações de pares em um cabo, em cabos de
4 pares são executadas 6 combinações (ex.: par1 com par2, par1 com par3, par1 com par4 e
etc.) o pior valor corresponde ao valor do cabo.

· Power Sum Next


No método Power Sum ("somatória de potências" ) a medição é feita como se todos os
pares estivessem em funcionamento ao mesmo tempo, portanto mede-se qual o ruído
provocado em um par injetando sinal em todos os outros, esta medição é mais fidedigna e
está prevista na norma TIA/EIA 568-A para aplicações em cabos de 25 pares. (Este método
esta sendo estudado pela TIA/EIA para ser incorporado em cabos de 4 pares).

Ruído Impulsivo
O Ruído Impulsivo é causado por fontes externas. Para se evitar este tipo de ruído o
projetista tem que prover a EMC ou seja a compatibilidade eletromagnética para isso é
necessário avaliar as possíveis fontes externas de interferências eletromagnéticas tais como
motores, sistemas de distribuição de energia, lâmpadas fluorescentes e etc. e desenhar o
encaminhamento dos cabos a uma distância que tornem os cabos imunes, outra maneira é a
utilização de infra-estruturas metálicas aterradas.

O que é atenuação ?
Atenuação é o decréscimo da amplitude do sinal ou seja é perda que o sinal sofre durante a
transmissão num dado meio físico, a unidade utilizada é o decibel (dB).

O que é ACR (Attenuation-to-crosstalk)


O ACR é o mesmo que sinal ruído (SNR) seu valor é resultado da diferença entre o Next e
a Atenuação.
ACR = Next – Atenuação

O que são ecos ?

49
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Ecos provocam efeitos similares ao ruído, toda vez que há uma mudança de impedância
numa linha de transmissão sinais são refletidos e voltam por esta linha corrompendo os
sinais que estão sendo enviados.

SRL (Structural Return Loss) - Perda estrutural de Retorno


SRL é a medição que avalia a uniformidade da impedância ao longo das seções do cabo. Os
parâmetros que afetam a uniformidade de impedância incluem a distância de separação
média entre condutores, uniformidade do trançamento
e da secção transversal do cabo.

Propagation Delay
É o atraso que o sinal sofre quando é transmitido em
um cabo
(Este valor é mensurado em nanosegundos e está previsto na norma TIA/EIA 568-A )

Delay Skew
Esta medida avalia a diferença entre os atrasos dos pares (Esta sendo estudado pela
TIA/EIA).

O que é BER ?
Bit-error-rate ou taxa de erro de
bit é uma medição onde se avalia
a quantidade de bits com erro
dentro de um lote. Todos os
padrões de redes trazem
especificações do BER como uma
forma de garantir que os sinais
sejam recebidos com poucas
distorções. Com a evolução dos
padrões de rede o BER tem sido
cada vez mais rigoroso
Comentários : O BER está diretamente relacionado ao ACR ou SNR pois quanto menor o
nível de ruído menores serão as distorções e conseqüentemente menores serão as
proporções de bits com erro.

19 Infra-estrutura

19.1 Encaminhamento dos cabos e montagem (conectorização)

50
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

19.1.1 Práticas para o encaminhamento dos cabos

O raio de curvatura de um cabo UTP categoria 5e deverá ser de, no mínimo, quatro
vezes o seu diâmetro externo ou 30 mm.

Incorreto Incorreto

Correto

Para cabos ópticos, é de 10 vezes o diâmetro do cabo ou não inferior a 30 mm.

Os Cabos não devem ser apertados. Não deve haver compressão excessiva que
deforme a capa externa ou tranças internas.

51
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Cabo estrangulado (incorreto)

Pregos ou grampos não devem ser utilizados para fixação.

Cabo amassado (incorreto)

52
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Cabos unidos com velcro ( correto ) Tipo de velcro

A montagem e acabamento corretos, utilizando faixas ou fitas com velcro.

19.1.2 Distância Rede Lógica x Rede Elétrica

Deve-se tomar cuidado quando da instalação do cabeamento lógico, é a sua proteção


contra ruídos, que pode ser originária de fontes de energia elétrica, tais como:
Luminárias, reatores e cabeamento e equipamentos elétricos.

19.1.3 Conectividade

Nos casos onde essa terminação é provida pelo sistema IDC 110, faz-se necessária à
utilização de uma ferramenta de inserção e corte específica (punch down impact tool ).
Outros sistemas existentes podem requerer ferramentas ou dispositivos proprietários que
devem ser adquiridos em conjunto com os produtos.

Ferramenta de corte/ inserção Ferramenta de descascar

53
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

19.1.4 Conectorização de RJ 45

Manter o cabo com os pares trançados.


Não mais de 13 mm dos pares sejam destrançados nos pontos de terminação (painel de
conexão e tomada de parede).
Deve-se preservar o passo da trança idêntico ao do fabricante para manter as
características originais.

A seqüência de instalação de cabos UTP. Observe o comprimento de pares


destrançados limitado ao máximo de 13 mm.

Uso da ferramenta de inserção e corte específica (punch down impact tool )

54
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

19.2 Instalação do Cabeamento

19.2.1 Lançamento

Os cabos UTP Cat.5 devem ser lançados mediante o auxílio de cabos-guia,


obedecendo-se os seguintes procedimentos:
1. Os cabos UTP devem ser lançados ao mesmo tempo em que são retirados da embalagem
e devem ser lançados de uma só vez, ou seja, nos trechos onde devam ser lançados mais de
um cabo em um duto, todos os cabos devem ser lançados juntos, respeitando-se a taxa de
ocupação dos dutos.
2. Os cabos UTP devem ser lançados obedecendo-se o raio de curvatura mínimo do cabo
que é de 4 vezes o seu diâmetro, ou seja, 21,2 mm.
3. Os cabos não devem ser estrangulados, torcidos e prensados ou mesmo "pisados" com o
risco de provocar alterações nas suas características originais.
4. No caso de haver grandes sobras, estas deverão ser armazenadas preferencialmente em
bobinas, devendo-se evitar o bobinamento manual que pode provocar torções no cabo.
5. Evitar reutilizar cabos UTP de outras instalações, pois o mesmo foi projetado para
suportar somente uma instalação.
6. Cada lance de cabo UTP não deverá, em nenhuma hipótese, ultrapassar o comprimento
máximo permitido por norma. Recomendam-se lances de 90m no máximo.
7. Todos os cabos UTP devem ser identificados com materiais identificadores
padronizados, resistentes ao lançamento, para que os mesmos possam ser reconhecidos e
instalados em seus respectivos pontos.
8. Nunca utilizar produtos químicos como vaselina, sabão, detergentes, etc, para facilitar o
lançamento dos cabos UTP no interior de dutos, pois estes produtos podem atacar a capa de
proteção dos cabos reduzindo a vida útil dos mesmos.
Uma infra-estrutura adequadamente dimensionada não irá requerer a utilização de produtos
químicos ou tracionamentos excessivos aos cabos.
9. Jamais lançar os cabos UTP no interior de dutos que contenham umidade excessiva.
10. Jamais permitir que os cabos UTP fiquem expostos a intempéries, pois os mesmos não
possuem proteção para tal.
11. Os cabos UTP não devem ser lançados em infra-estruturas que apresentem arestas vivas
ou rebarbas, tais que possam provocar danos aos cabos.
12. Evitar que os cabos UTP sejam lançados próximos de fontes de calor, pois a
temperatura máxima de operação permissível ao cabo é de 60º C.
13. Os cabos UTP devem ser decapados somente o necessário, isto é, somente nos pontos
de conectorização.
14. Jamais poderão ser feitas emendas nos cabos UTP, com o risco de provocar um ponto
de oxidação e com isto, provocar falhas na comunicação. Portanto, nos casos em que o
lance não tiver um comprimento suficiente, o correto é a substituição deste por outro com
comprimento adequado.
15. Jamais instalar os cabos UTP na mesma infra-estrutura com cabos de energia e/ou
aterramento.

55
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

16. Nunca instalar os cabos UTP em infra-estruturas metálicas que não estejam em
concordância com as normas de instalações elétricas. Quando a infra-estrutura for composta
de materiais metálicos, nunca instale os cabos UTP próximo a fontes de energia
eletromagnética como condutores elétricos, transformadores, motores elétricos, reatores de
lâmpadas fluorescentes, estabilizadores de tensão, no-breaks, etc. É aconselhável que se
deixe a distância mínima de 127 mm para cargas de até 2 KVA. Em todo caso, em
ambientes que apresentem altos níveis de ruídos eletromagnéticos, por exemplo, interior de
indústrias, recomenda-se que seja utilizada infra-estrutura metálica e totalmente aterrada
para reduzir os riscos de interferências indesejáveis, ou então, a solução mais adequada
seria a utilização de fibras ópticas que se apresentam totalmente imunes às interferências
eletromagnéticas.

19.2.2 Acomodação

Após o lançamento, os cabos UTP devem ser acomodados adequadamente de forma


que os mesmos possam receber acabamentos, isto é, amarrações e conectorizações. A
acomodação deverá obedecer aos seguintes cuidados:
1. Os cabos UTP devem ser agrupados em forma de "chicotes", evitando-se trançamentos,
estrangulamentos e nós. Devem ser amarrados com abraçadeiras plásticas ou velcro, o
suficiente para que possam permanecer fixos sem, contudo, apertar excessivamente os
cabos.
2. Manter os cuidados tomados quando do lançamento, como os raios de mínimos de
curvatura, torções, prensamento e estrangulamento.
3. Nas caixas de passagem deve ser deixado pelo menos uma volta de cabo UTP
contornando as laterais da caixa, para ser utilizado com uma folga estratégica para uma
eventual manutenção do cabo.
4. Nos pontos de conectorização devem ser deixadas folgas nos cabos UTP, nas seguintes
situações:
Tomadas: Deve ser deixado folga de, no mínimo, 50cm para conectorização e
manobra do cabo.
Racks e Brackets: Irá depender de cada situação, contudo é aconselhável que se
deixe, no mínimo, 4 metros de cabo para conectorizações, acomodações e eventuais
manutenções.
5. Nas terminações, isto é, nos racks ou brackets evitar que o cabo fique exposto o menos
possível, minimizando os riscos de o mesmo ser danificado acidentalmente.

19.2.3 Conectorização

Os cabos UTP Cat.5 devem ser conectorizados com conectores apropriados, isto é,
conectores RJ-45 macho e fêmea e conectores "110 IDC" FCS, com ferramentas
apropriadas (punch down tool e alicate de crimpar RJ- 45).
Contudo, devem ser tomados os seguintes cuidados:

56
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

1. Na conectorização ou qualquer outra situação, os pares trançados dos condutores não


deverão ser destrançados mais que a medida de 13 mm. Na medida do possível, os cabos
deverão ser destrançados e decapados o mínimo possível.
2. No momento da conectorização, atentar para o padrão de pinagem (EIA/TIA-568 A ou
B) dos conectores RJ-45 e patch panels.
3. Após a conectorização, tomar o máximo cuidado para que o cabo não seja prensado,
torcido ou estrangulado.

19.3 Identificação dos componentes de uma rede local

A identificação dos componentes de uma rede local é obrigatória para os componentes


passivos.
O padrão de identificação é obrigatório, em concordância com a norma TIA/EIA 606.
Esta identificação é válida para todo o sistema, independente do meio físico.
A identificação sempre conterá no máximo nove caracteres alfa-numéricos.
Esses nove caracteres são divididos em sub-grupos que variam de acordo com as
funções propostas.

19.3.1 Identificação dos Armários de Telecomunicações

Identificado por um sub-grupo de três caracteres que indicam a localidade, onde os dois
primeiros caracteres informam o nível topográfico (ou andar) e o terceiro (uma letra), um
determinado armário naquele andar.
Exemplo: 03B-XX-XX = Armário de Telecomunicações "B" do 3° andar.

19.3.2 Identificação de painel de conexão em Armário de Telecomunicações

Em cada Armário de Telecomunicações de um andar haverá, no mínimo, um painel de


conexão com 24 posições (número de portas de referência).
A identificação desse painel será composta por dois dígitos numéricos que o localizam
no sentido de cima para baixo no gabinete, rack ou bracket.
Exemplo: 03B-02-XX = segundo painel de conexão do Armário de
Telecomunicações "B" do 3° andar.

19.3.3 Identificação do Ponto de Telecomunicações (tomada RJ45 na Área de


Trabalho)

Um ponto em uma Área de Trabalho sempre é terminado em um painel de distribuição


instalado em um AT.
Esse painel, independente do número de tomadas RJ45 existente (24, 48 ou 72), será
sempre referendado como agrupamento de 24 conectores RJ45.

57
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Assim, a identificação do ponto será correspondente à posição do cabo UTP em uma


das 24 posições existentes em um painel.
Exemplo: 03B-02-23 = posição número 23 do painel de conexão número dois no
Armário de Telecomunicações "B" do 3° andar.

19.3.4 Identificação do Ponto de Telecomunicações (tomada RJ45 na Área de


Trabalho)

No espelho da caixa de superfície na Área de Trabalho, junto à tomada RJ45


correspondente, deverá ser instalada a etiqueta com a identificação do ponto como sendo:
03B-02-23.

19.3.5 Identificação do Ponto de Telecomunicações em painel de conexão

O painel de conexão no armário deverá possuir identificação nas tomadas RJ45 de


forma a garantir a identificação do outro extremo do cabo (UTP ou fibra). Situações
possíveis:
Cabos pertencentes ao sistema de cabeamento tronco ou cabos do sistema
horizontal.
Terminados em outro painel de conexão, é obrigatória a identificação, que será
semelhante à utilizada no caso de um ponto de telecomunicação ou seja, localização do
armário, painel e posição da tomada.
Exemplo: 00A-05-01 = posição número 01 do painel de conexão número
cinco no Armário de Telecomunicações "A" do pavimento térreo.

Para cabos pertencentes ao sistema de cabeamento secundário, a identificação na


tomada RJ45 do painel será composta por um código de nove caracteres alfanuméricos,
dividido em três partes:
Primeiro, com seis caracteres alfanuméricos indicam o andar/ sala ou número
seqüencial da área onde está o espelho com a(s) tomada(s) RJ45,
Segunda, com dois dígitos, indica o espelho;
Terceira e última, com um dígito, indica a posição da tomada RJ45 no espelho.
Exemplo: 02C401-05-1 = primeira posição da tomada RJ45 do espelho 05 na sala
C401 no 2° andar.

19.3.6 Cordão adaptador

Os Cordão adaptadores utilizados junto aos painéis de distribuição devem ter uma
identificação numérica seqüencial nas duas pontas.
Identificação implantada através de:
Fitas adesivas especiais que são enroladas na capa externa do cabo.
Plástica do tipo anilha colada à capa externa.

58
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

19.4 Documentação da Instalação

É obrigatório documentar todos pontos de rede.


Uso para a manutenção, expansões ou reformas.
Nesse documento deve constar:
Descrição funcional da rede lógica.
Documentação da instalação física da rede (as-Built).
Termo de garantia.

19.4.1 Descrição funcional da Rede Lógica

Deverá ser fornecido pelo executor da rede um documento contendo:


Padrões técnicos adotados.
Número total de pontos de telecomunicações instalados.
Número de pontos ativos.
Diagrama esquemático da rede com símbolos gráficos dos componentes ativos, sua
interligação e interoperabilidade.
No diagrama esquemático devem ser identificadas as salas em que se encontram
instalados os componentes ativos da rede.
Planejamento de capacidade e estratégias para atualização ou upgrade da rede.
Análise de redundância.
Descrição dos equipamentos ativos.
Legenda dos equipamentos e cabeamento, quando necessário.

19.4.2 Documentação da instalação física da rede (as-Built)

A documentação da rede física deverá constar de:


Lista de equipamentos e materiais de rede empregados, com código do fabricante.
Planta baixa de infra-estrutura, indicando as dimensões da tubulação.
Planta baixa com o encaminhamento dos cabos, indicando o número de cabos UTP e/ou
fibra por segmento da tubulação.
Relatório dos testes de certificação de todos os pontos instalados.
Relatório de testes dos segmentos de fibra óptica;
Layout dos Armários de Telecomunicações;
Mapa de inter-conexão dos componentes ativos e passivos, isto é, lista de todos as
tomadas RJ45 de cada painel de conexão e das portas dos equipamentos;
Código de fabricante ou diagrama de pinagem para cabos ou dispositivos especiais
(exemplo cabo em "Y").

19.4.3 Termo de Garantia

O termo de garantia emitido ao final da obra, deverá descrever claramente os limites e a


duração da garantia para cada componente do sistema instalado.

59
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Declaração de desempenho assegurado para as aplicações às quais a rede física foi


proposta.
Possíveis restrições para outras aplicações.
Ou para as aplicações introduzidas no futuro.

19.5 Certificação de Obras de Cabeamento Estruturado

Existem várias certificações possíveis para um cabeamento estruturado. Seguem


alguns tipos.

19.5.1 Testes de certificação

Essa modalidade é a mais básica das certificações. Segundo a ANSI/EIA/TIA, é um


teste obrigatório a toda instalação de cabeamento. Consiste em utilizar um aparelho,
chamado de cable scanner, para se testar todos os pontos instalados da rede. O scanner
está programado para realizar todos os testes requeridos pelas normas (da ANSI/EIA/TIA
ou ISO/IEC) e compará-los a valores padrões. Para cada ponto testado, é gerada uma
página de relatório que detalha o resultado da análise e exibe um status, que pode ser
PASSA ou FALHA. É altamente desejável que 100% dos pontos testados exibam o
status PASSA. Também é importante que os testes sejam realizados de acordo com a
categoria do cabeamento instalado. De nada adianta testar um cabeamento Categoria 6
utilizando o scanner configurado para teste em Categoria 5e.
Todas as conexões ópticas também devem ser testadas. O teste requerido por norma
é o de atenuação óptica, feito com um conjunto Power Meter & Fonte de Luz. O
resultado da perda óptica de cada link de fibra, medido em dB, deve ser entregue como
parte da documentação.
Exija do instalador uma cópia, impressa ou em mídia, de todos os testes realizados
após a finalização da obra. Guarde esses testes para posterior consulta caso seja detectada
alguma falha.

19.5.2 Certificação de obra

Esse tipo de certificação é o mais completo, pois envolve todo um procedimento


especial, que pode envolver o integrador, o distribuidor e o fabricante da solução de
cabeamento. Para esse tipo de certificação ser possível, todos os componentes de
cabeamento da instalação devem ser fornecidos pelo mesmo fabricante, garantindo o
desempenho e a compatibilidade. Geralmente o procedimento de certificação de obra
inclui:
Geração de uma documentação completa da obra, que inclui plantas, testes de
certificação, memorial descritivo, formulários e até mesmo cópias das Notas
Fiscais de compra (para comprovar a procedência do material).
Vistoria à obra realizada por um auditor independente que irá atestar que a solução
implantada segue as recomendações das normas pertinentes e do fabricante

60
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

envolvido. O auditor deve ser credenciado pelo fabricante em questão e deve


possuir sólidos conhecimentos na área de cabeamento estruturado.

Além disso, uma obra, para ser certificada, deve ser instalada por um integrador
credenciado pelo fabricante correspondente e estar em dia com seus treinamentos. Uma
obra assim certificada recebe uma garantia estendida do fabricante, que pode girar entre
15 a 25 anos, que cobrirá aplicações, materiais e mão-de-obra envolvidos.
A certificação de obra não é obrigatória, mas altamente desejável do ponto de vista
do cliente final, que não precisa pagar nada a mais por ela. Se a sua obra for certificada,
você terá a certeza de que:
Todas as normas nacionais e internacionais aplicáveis foram cumpridas;
Todas as práticas de projeto e instalação do fabricante foram seguidas;
Todos os materiais utilizados são fabricados pelo fornecedor escolhido;
Os materiais não foram contrabandeados ou falsificados;
O instalador contratado é reconhecido pelo fabricante e está em dia com seus
treinamentos.

19.5.3 Considerações

Os dois tipos de certificações são importantes. Os testes de certificação são


primordiais, pois demonstram que o desempenho do cabeamento corresponde ao esperado.
Os testes ópticos poderão ser utilizados para saber se novas aplicações são compatíveis com
o sistema antes mesmo de ser implantado.
A certificação de obra vai além, garantindo a qualidade do projeto e da instalação,
estabelecendo um elo entre o cliente final e o fabricante, passando pelo distribuidor e pelo
integrador. Toda a cadeia de fornecimento torna-se ciente da obra, que a reconhece como
legítima e a confere seu selo de garantia de desempenho.

19.6 Fibras Ópticas: Qual Escolher?

Até pouco tempo atrás, as velocidades normais em uma rede giravam em torno de
10 Mb/s e 100 Mb/s. Eram velocidades consideradas suficientes para a maioria das redes
locais. Geralmente, o 10 Mb/s era a velocidade usada para ligar os usuários aos hubs e
switches, enquanto o 100 Mb/s era reservado para ligações de backbone ou entre switches e
servidores. Enquanto os sistemas operacionais eram leves, com poucos recursos de
multimídia, ligações a 10 Mb/s pareciam suficientes, ou até mesmo excessivas.
Hoje em dia, o tráfego é muito maior. Ninguém pensa mais em instalar uma rede
sem que cada usuário receba um link dedicado de 100 Mb/s. Mas se cada usuário recebe tal
velocidade, que velocidade deveríamos ter no backbone? Pelo menos 1 Gb/s, para não
haver congestionamento.
E as velocidades não pararam por aí. Sistemas operacionais mais pesados estão
exigindo cada vez mais das máquinas, obrigando-nos a pensar no upgrade para 1 Gb/s para
cada um de nossos usuários de rede, nos próximos anos. A essa velocidade, os backbones
devem ser aumentados para os 10 Gb/s, hoje já disponível no mercado.

61
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Mas e quanto às fibras ópticas existentes? Como elas lidam com velocidades de 1
Gb/s ou até mesmo de 10 Gb/s? Os backbones antigos, a 100 Mb/s, podiam ser atendidos
por qualquer fibra multimodo. Mas as velocidades atuais exigem fibras novas. Fibras
multimodo convencionais, que possuem núcleo de 62,5 µm, não atingem grandes distâncias
em velocidades altas. Veja a tabela abaixo:
Aplicação Distância em FO MM62,5 µm convencional (m) Velocidade
10BASE-FL 2000 10 Mb/s
100BASE-FX 2000 100 Mb/s
1000BASE-SX 274 1 Gb/s
1000BASE-LX 550 1 Gb/s
10GBASE-SR 33 10 Gb/s
10GBASE-LX4 300 10 Gb/s

Como demonstrado pela tabela acima, para se chegar a distâncias maiores com o 1
Gb/s, só com sua versão mais cara, o 1000BASE-LX. A versão mais barata, 1000BASE-
SX, mal atinge os 300 m. E quando falamos em 10 Gb/s, a coisa realmente complica. Para
alcançarmos distâncias superiores a 33 m, temos que partir para a opção mais cara
10GBASE-LX4. Essa limitação decorre do fato de as fibras convencionais não se portarem
muito bem quando iluminadas com fontes a laser, necessárias nas velocidades de 1 Gb/s e
10 Gb/s.
Para superar essas dificuldades em altas velocidades, foram criadas novas fibras
multimodo, que são otimizadas para transmissão a laser. Chamadas de LOMMF (Laser
Optimized Multimode Fibe, de acordo com a TIA), ou de OM3 (de acordo com a ISO),
essas fibras permitem a extensão das distâncias para as velocidades mais altas, mesmo com
o uso dos equipamentos mais baratos, como podemos ver na tabela a seguir.

Aplicação Distância em LOMMF de 50 µm (m) Velocidade

1000BASE-SX 1000 1 Gb/s


10GBASE-SR 3000 10 Gb/s

Sempre devemos evitar os equipamentos que utilizem comprimento de onda de


1300nm (1000BASE-LX e 10GBASE-LX4), pois são mais caros que aqueles que operam a
850 nm (1000BASE-SX e 10GBASE-SR) e que utilizam como emissores o VCSEL, mais
baratos que o diodo laser.
Considerando-se que a grande maioria dos backbones internos são menores ou
iguais a 300 m, a LOMMF torna-se a opção de melhor custo-benefício para a ativação de
links da era gigabit. Se forem necessárias distâncias superiores às mostradas na tabela
acima, a única opção disponível hoje é a utilização de fibras monomodo combinadas com
os equipamentos mais caros, baseados em diodo laser.

Aplicação Distância em fibra monomodo(km) Velocidade


1000BASE-LX 5 1 Gb/s

62
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

10GBASE-LR 10 10 Gb/s
10GBASE-ER 40 10 Gb/s
Como foi visto, para se projetar um link óptico, um dos parâmetros fundamentais é
a distância entre os equipamentos. É essa distância que irá determinar a combinação
fibra/equipamento que irá funcionar corretamente no backbone. Atualmente, o melhor
custo-benefício será atingido ao usarmos fibras LOMMF em combinação com os
equipamentos baseados em VCSEL de 850 nm (1000BASE-SX e 10GBASE-SR). Desta
forma, garantimos o suporte às tecnologias de 1 Gb/s e de 10 Gb/s na grande maioria das
corporações existentes, e com o melhor custo possível.

19.7 Especificação Técnica Sistema de Cabeamento Estruturado

19.7.1 Patch Cord Tipo RJ-45 - RJ45 - CATEGORIA 5e/6

Patch Cord com comprimento aproximado de xx metros, com conectores modulares


de 8 posições do tipo RJ45 em ambas as extremidades, deve ter marcação de comprimento
indeletável, confeccionado com cordão de 4 pares trançados tipo UTP, com condutores de
cobre multifilares de 24 AWG, compatível com os padrões para categoria 5e/6, que
possibilite taxas de transmissão de até 155 Mbps, com capa em PVC cor cinza. Deve
atender a norma ANSI/EIA/TIA-568A em todos os aspectos (características elétricas,
mecânicas, etc.).
Deverá necessariamente ser conectorizado, testado e certificado em fábrica com
conectores modulares de 8 posições do tipo RJ-45. Os contatos devem ter um banho de
50mpolegadas de ouro sobre 100 mpolegadas de níquel.

19.7.2 Cabo UTP 4 pares - CATEGORIA 5e/6

Cabo de Par Trançado Não Blindado de 4 pares, 24 AWG, com condutores de cobre
rígidos com isolação em polietileno de alta densidade, totalmente compatível com os
padrões para categoria 5e/6, que possibilite taxas de transmissão de até 155 Mbps, com
capa em PVC cor cinza e de espessura mínima de 0,58mm, resistindo a uma força de tração
de pelo menos 400N. A capa do cabo tem que ter números impressos indicando o
comprimento em espaços inferiores a 1 metro, viabilizando uma contagem exata da
metragem utilizada na instalação.
Deve atender a norma ANSI/EIA/TIA-568A em todos os aspectos (características
elétricas, mecânicas, etc.). Deverá ainda, ser fornecido em caixas de 305 metros cada uma.

19.7.3 Patch Panel de 24 portas

Patch panel de 24 portas, conectores modulares de 8 posições do tipo RJ-45 fêmea


na parte frontal separados em 4 conjuntos de 6 conectores. Cada um destes 4 conjuntos
deve ser basculante, visando possibilitar a conectorização e manutenção pela parte frontal

63
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

do rack, através de conectores IDC. Deve possuir guias para acomodação de cabos no
próprio corpo do patch panel. Deve atender totalmente aos requisitos de categoria 5,
obedecendo ao esquema de pinagem T-568-B. Deve suportar taxas de transmisssão de até
155 Mbps e, ainda, deve atender a norma ANSI/EIA/TIA-568A em todos os aspectos
(características elétricas, mecânicas, etc.).
Deve possuir anéis guias para organização de patch cords os quais estão ligados ao
próprio corpo do patch panel. Devem ser fornecidas em conjunto com o patch panel
braçadeiras do tipo velcro em quantidade suficiente para organizar cordões e cabos.
Dimensões: Largura: 19”; Altura: 2U (88,90mm).

19.7.4 Tomada RJ-45 fêmea - Categoria 5

Tomada modular de 8 posições, com contatos do tipo IDC na parte traseira e


conector tipo RJ-45 fêmea na parte frontal para conexão de conectores RJ-45 ou RJ-11
machos. Deve atender totalmente aos requisitos de categoria 5, obedecendo ao esquema de
pinagem T568-B. Deve suportar taxas de transmisssão de até 155 Mbps e, ainda, deve
atender a norma ANSI/EIA/TIA-568A em todos os aspectos (características elétricas,
mecânicas, etc.). Deve ter tampa(s) na parte traseira, de maneira a impedir a penetração de
poeira e outras impurezas nos contatos IDC.
Deverá ser adaptado às necessidades de cada usuário, podendo ser instalado em
espelhos, caixas de superfície, em piso, em mesas, ou ainda, fixo em conduletes, caixas de
passagem, etc, que também deverão ser fornecidos pela empresa vencedora deste processo
licitatório. As tomadas devem ter a indicação “CAT 5” na parte frontal, conforme exigido
na norma ANSI EIA/TIA 568A. Os condutores da tomada devem apresentar pelo menos
um trançamento interno de maneira a melhorar a performance da mesma. Os contatos
devem apresentar um banho de ouro de pelo menos 50 micro-polegadas nos contatos e a
resistência de contato máxima deve ser de 23 mΩ. Deve suportar um ciclo de inserção de
pelo menos 700 inserções.

19.7.5 Cabo UTP 25 Pares - Categoria 5

Cabo de Par Trançado Não Blindado de 25 pares, condutores de cobre rígidos de 24


AWG com isolação em poliolifina (polyolefin), totalmente compatível com os padrões para
categoria 5, que possibilite taxas de transmissão de TP-PMD a 100 Mbps e ATM a 155
Mbps, com capa em PVC cor cinza e diâmetro externo de no máximo 13 mm. A capa do
cabo deve ter números impressos indicando o comprimento em espaços inferiores a 1
metro, possibilitando a verificação do comprimento do lance. Deve atender a norma
ANSI/EIA/TIA-568A em todos os aspectos (características elétricas, mecânicas, etc.).
Deverá ainda, ser fornecido em carretéis com aproximadamente 305 metros. A capa do
cabo deve ter a seguinte marcação “(UL) VERIFIED CAT V”, indicando que o mesmo foi
testado por um Laboratótio Independente.
Deve-se exigir a apresentação de um documento do UL atestando que o Cabo UTP
de 25 Pares utilizado foi verificado como sendo de Categoria 5 de acordo com o UL’s
Cable Performance-Category Marking Program. Os pares do cabo devem obedecer o

64
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

código de cores de cabos multipares (Corês Primárias: Branco, Vermelho, Preto, Amarelo e
Violeta. Corês Secundárias: Azul, Laranja, Verde, Marrom e Cinza). Deve atender os
parâmetros propostos pela EIA/TIA 568A para cabos de backbone de categoria 5 incluindo
Power Sum NEXT e Perda Estrutural de Retorno.

19.7.6 Cabo Óptico de Rede Interna

Cabo óptico não metálico de côr cinza, não geleado, para uso interno, com xx fibras
buferizadas do tipo MultiModo 62,5/125mm. Deverá ter diâmetro externo menor que yy
mm, resistência a tração de pelo menos zz N, ter capa de PVC na cor cinza e elemento de
tração do tipo kevlar.
Deverá também obedecer o seguinte código de cores das fibras: 1-azul; 2-laranja; 3-
verde; 4-marrom; 5-cinza; 6-branco; 7-vermelho; 8-preto; 9-amarelo; 10-violeta; 11-rosa e
12-água. A capa do cabo tem que ter números impressos indicando o comprimento em
espaços inferiores a 1 metro, viabilizando uma contagem exata da metragem utilizada na
instalação.
Deve atender a norma ANSI/EIA/TIA-568A e FDDI em todos os aspectos
(características elétricas, mecânicas, etc.). O buffer das fibras deve ter diâmetro externo de
900 mm.

Especificações da Fibra Utilizada no Cabo:

Perda Optica Máxima: 3.4 dB/km a 850 nm e 1.0 dB/km a 1300nm.

Banda Mínima: 160 MHz-km a 850 nm e 500 MHz-km a 1300 nm.

65
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Número de Fibras Diâmetro Externo em mm Resistência a Tração N


(xx) (yy) (zz)
2 46 888
4 47 888
6 53 1110
8 58 1110
12 64 1332

19.7.7 Patch Cord Pull-Proof Duplex ST-ST

Patch cord óptico duplex, do tipo MultiModo 62,5/125mm. Cada cordão monofibra
deverá ter diâmetro externo de 3 mm e kevlar como elemento de tração. O patch cord deve
ter 2 conectores STII+ em cada extremidade e ferrolho de zirconia. O patch cord deverá ser
pull-proof garantindo a resistência a esforços mecânicos.
Deve atender a norma ANSI EIA/TIA-568A em todos os aspectos (características
elétricas, mecânicas, etc.). Deverá preferencialmente ser conectorizado e testado em
fábrica.

19.7.8 Cabo de Fibra Óptica Multimodo para aplicações de Rede Externa

O cabo de fibra óptica deve ser do tipo “Tubo Central”, o cabo deve ter diâmetro
externo máximo de 15 mm, capa preta de polietileno de alta densidade, dois membros de
tração em aço radiais ao núcleo, ripcords para facilitar a retirada da capa do cabo, camada
de metal corrugado proporcionando proteção contra roedores, ripcords para auxiliar a
retirada da camada metálica, Fita de Proteção Impermeável, tubo central de polietileno de
alta densidade.
O cabo deve ser geleado, com proteção contra-roedores, deve poder ser colocado
em aplicações aereas, diretamente enterrado e em rede de dutos subterrânea, deve suportar
uma força de tração de pelo menos 2.669 N. As fibras do cabo devem ser do tipo
multimodo 62,5/125mm, a perda óptica máxima deve ser de 3.75 dB/km a 850nm e de 1.0
dB/km a 1300nm. A banda passante deve ser de pelo menos 160 Mhz-km a 850nm e de
500 Mhz-km a 1300nm. O cabo deve ter xx (4 a 96) fibras divididas em grupos de 12 fibras
com o seguinte código de cores: 1-azul; 2-laranja; 3-verde; 4-marrom; 5-cinza; 6-branco;
7-vermelho; 8-preto; 9-amarelo; 10-violeta; 11-rosa e 12-água. O cabo deve atender às
normas de FDDI, Bellcore e EIA/TIA.

19.7.9 Cabo Fibra Óptica Multimodo para aplicações de Rede Externa

O cabo de fibra óptica deve ser do tipo “Tubo Central”, o cabo deve ter diâmetro
externo máximo de 7,6 mm, capa preta de polietileno de média densidade, seis membros de

66
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

tração não metálicos radiais ao núcleo, 2 ripcords para facilitar a retirada da capa do cabo,
tubo central de polipropileno geleado coberto com material impermeável.
O cabo deve ser geleado, não metálico, deve ser apropriado para aplicações aereas,
diretamente enterrado, em túneis ou em conduítes encapsulados com concreto. As fibras do
cabo devem ser do tipo multimodo 62,5/125mm, a perda óptica máxima deve ser de 3.75
dB/km a 850nm e de 1.0 dB/km a 1300nm. A banda passante deve ser de pelo menos 160
Mhz-km a 850nm e de 500 Mhz-km a 1300nm. O cabo deve ter xx (2 a 18) fibras divididas
em grupos de 12 fibras com o seguinte código de cores: 1-azul; 2-laranja; 3-verde; 4-
marrom; 5-cinza; 6-branco; 7-vermelho; 8-preto; 9-amarelo; 10-violeta; 11-rosa e 12-água.
O cabo deve atender às normas de FDDI e EIA/TIA.

19.7.10 DIO para colocação em Rack de 19’’

Distribuidor intermediário óptico para fixação em rack de 19’’, com painél frontal
contendo xx acopladores ópticos do tipo yy, tampa acrílica transparente e local para
acomodação das fibras respeitando o raio de curvatura mínimo. Dimensões do DIO:
Largura: 19”; Altura: 1U (44,45mm).

Xx yy
12 ST-ST
24 ST-ST
12 SC-SC
12 SC Duplex - SC Duplex

Deverá ser fornecido junto de cada DIO, conectores ópticos do tipo STII+ (ou SC)
em quantidade suficiente para terminação de todas as fibras do cabo de fibra óptica. Os
conectores devem ter ferrolho de zirconia e boot de 0,9mm, sendo que a conectorização
deverá ser feita diretamente nas fibras buferizadas.

19.7.11 DIO para colocação em parede

Distribuidor Intermediário Óptico para colocação em parede, com 2 painéis laterais


com 6 acopladores ópticos ST-ST (ou SC-SC) cada. O DIO deve ser dotado de pelo menos
5 anéis internos para acomodação de fibras ópticas e deve ser de material plástico do tipo
policarbonato. O DIO deve ter pelo menos duas aberturas na parte superior e também na
parte inferior para passagem/entrada de cabos , as quais devem estar fechadas com tampões
de borracha quando não utilizadas. O DIO deve ter uma porta frontal que permita acesso às
fibras, a qual deverá estar fechada com cadeado. Para cada DIO deve ser instalado um
organizador vertical de patch cords fechado ao lado do mesmo, o qual também deverá estar
fechado com cadeado.

Deverá ser fornecido junto de cada DIO, conectores ópticos do tipo STII+ (ou SC)
em quantidade suficiente para terminação de todas as fibras do cabo de fibra óptica. Os

67
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

conectores devem ter ferrolho de zirconia e boot de 0,9mm, sendo que a conectorização
deverá ser feita diretamente nas fibras buferizadas.

Dimensões Aproximadas do DIO: 22 cm (Altura), 19 cm (Largura) e 7 cm


(profundidade).

19.7.12 Caixa de Superfície Multimídia para Fibras Ópticas

A caixa de montagem em superfície para fibras opticas deve ser manufacturada de


material plástico, deve ter local para armazenagem de fibra optica buferizada onde o raio de
curvatura mínimo das fibras deve ser mantido. A caixa de superfície deve possuir 4
acopladores do tipo ST - ST. Deverá ser fornecido junto de cada caixa, 4 conectores ópticos
do tipo STII+ para terminação de todas as fibras do cabo de fibra óptica. Os conectores
devem ter ferrolho de zirconia e boot de 0,9mm, sendo que a conectorização deverá ser
feita diretamente nas fibras buferizadas.

Dimensões Aproximadas: 17 cm (altura), 14 cm (largura) e 4 cm de profundidade.

20 Norma ANSI/TIA/EIA-606 - Especificações da Administração e Identificação dos


Sistemas de Cabeamento Estruturado

Esta norma tem como objetivo básico prover um esquema de administração


uniforme independente das aplicações. Espera-se diversas alterações das aplicações durante
a vida útil das normas.
Ela abrange as cinco áreas de administração:
Espaços de telecomunicações - são as áreas onde as terminações estão localizadas:
áreas de trabalho, armários de telecomunicações, salas de equipamentos, facilidades
de entrada, caixas de passagem grandes e em tamanhos menores.
Rotas de telecomunicações - entre terminações que contém mídia de transmissão:
rota de distribuição horizontal, backbone de distribuição intra-edifício, backbone de
distribuição inter-edifícios, rota do sistema de aterramento e rota de entrada.
Mídia de transmissão de telecomunicações - é a mídia entre terminações: cabo de
distribuição horizontal, cabo do backbone de distribuição intra-edifício, cabo do
backbone de distribuição inter-edifícios e cabo de entrada.
Hardware de terminação - inclui as posições das terminações da mídia de
transmissão: hardware de conexão-cruzada horizontal e posições de terminação,
hardware de conexão cruzada principal e posições de terminação e informações da
emenda.
Links e aterramento - aplicáveis à infra-estrutura de telecomunicações: equipamento
vinculando condutores, barramento do aterramento e barramento principal do
aterramento.

68
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

20.1 Conceitos de administração

A norma ANSI/TIA/EIA-606 é baseada em três conceitos de administração:


Identificadores Únicos - Cada componente da infra-estrutura de telecomunicações
atribui uma única etiqueta vinculando o componente ao seu registro correspondente
Registros - contém informações ou relatórios sobre um componente específico.
Todos os registros contém as informações exigidas, as ligações exigidas,
informações adicionais e outras ligações;
Ligações - são consideradas conexões "lógicas" entre identificadores e registros bem
como vínculos entre um registro e outro.

20.2 Codificação por cores dos campos de terminação

A codificação por cores dos campos de terminação pode simplificar a administração


do sistema de cabeamento de telecomunicações. A codificação por cores é baseada nos dois
níveis hierárquicos da configuração estrela do cabeamento do backbone.
O primeiro nível inclui o cabeamento da conexão cruzada principal ao armário
de telecomunicações (AT) no mesmo edifício ou de uma conexão cruzada
intermediária a um edifício remoto, como em um ambiente de campus.
O segundo nível inclui o cabeamento entre dois ATs em um edifício contendo a
conexão cruzada principal ou entre uma conexão cruzada intermediária e um AT
em um edifício remoto.
Todos os componentes do sistema de cabeamento precisam ser identificados e
etiquetados. Há uma quantia mínima de informações a serem coletadas e registradas por
cada componente com as informações exigidas e ligações a outros registros.

Resumo das informações de registro exigidas

69
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

20.3 Regras Gerais

Etiquetas de terminação identificando as duas pontas do mesmo cabo precisam ser


da mesma cor. Conexões cruzadas são feitas genericamente entre campos de terminação de
duas cores diferentes.

20.4 Especificações de cores

São usadas estas cores ou suas equivalentes:

70
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

21 Norma de Construção Comercial EIA/TIA-569 para Espaços e Percursos de


Telecomunicações

21.1 Introdução

Esta norma foi criada em 1990 como resultado de um esforço conjunto da


Associação Canadense de Normas (CSA) e Associação das Indústrias Eletrônicas (EIA). É
publicada separadamente nos Estados Unidos da América e no Canadá, no entanto as
seções centrais das duas são muito semelhantes. A edição atual é de fevereiro de 1998.
Esta norma indica os seguintes elementos para espaços e percursos de
telecomunicações em construções:
Cabeamentos Horizontais.
Armários de Telecomunicações.
Cabeamentos de Backbones.
Sala de Equipamentos.
Estação de Trabalho.
Sala de Entrada de Serviços.

21.2 Cabeamentos Horizontais

Implicam em infra-estruturas para a instalação de cabo de telecomunicações


proveniente do armário de telecomunicações e destinado a uma tomada/conector de
telecomunicações.
Os Cabeamentos horizontais podem ser dos tipos: canaleta sob o piso, piso de
acesso, conduíte, bandejas (eletrocalhas) e tubulações de fiação, forro e perímetro.

71
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

As diretrizes e os procedimentos de projeto são diretamente especificadas para esses


tipos de percursos.

21.2.1 Duto Subterrâneo (Underfloor Duct)

Dutos subterrâneos podem ser um sistema de distribuição retangular e dutos de


alimentação ou uma rede de rotas embutidas no concreto.
Dutos de distribuição são aqueles dos quais fios e cabos surgem em uma área de
trabalho específica.
Dutos de alimentação são aqueles que conectam os dutos de distribuição ao
armário de telecomunicações.
Para uso geral, na prática providencia-se 650 mm2 de dutos de secção cruzada
subterrânea por 10 m2 de área utilizável do piso. Isto aplica-se a dutos de distribuição e
dutos de alimentação. Isto baseia-se no seguinte:
Três dispositivos por área de trabalho.
Uma área de trabalho por 100 m2.

21.2.2 Piso de Acesso (Access Floor)

O piso de acesso é composto por painéis modulares suportados por pedestais com
ou sem fortificações. Usado em sala de equipamentos e computadores bem como áreas de
escritório em geral.
É necessário projetar as penetrações do piso para cada tipo e número de áreas de
trabalho.
Penetrações podem localizar-se em qualquer lugar do piso de acesso. Saídas de
serviço não devem localizar-se em áreas de tráfico ou qualquer área onde possam causar
riscos aos ocupantes.

21.2.3 Conduíte (Conduit)

Tipos de conduíte incluem tubos metálicos, conduítes de metal rígido e PVC. O tipo
de conduíte utilizado deve obedecer aos Local Building and Electrical codes (Códigos de
Edificação local e Eletricidade).
Conduítes de metal flexível não são recomendados, devido à possibilidade de
problemas com a abrasão do cabo. O uso de conduítes em um sistema de rota horizontal
para telecomunicações deve ser considerado apenas quando:
As saídas de telecomunicações têm localização permanente.
A densidade de dispositivos é baixa.
Não é necessário flexibilidade.
As exigências de conduítes instalados para manutenção, proteção final e
continuidade são especificadas nas normas elétricas apropriadas. Nenhuma seção de
conduíte pode ser mais extensa do que 30m. Nenhuma seção de conduíte pode conter
curvas mais acentuadas do que 90º.

72
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

21.2.4 Bandejas de Cabo e Eletrocalhas (Cable Trays and Wireways)

Estas são estruturas rígidas para retenção de cabos de telecomunicações. Estruturas


pré-fabricadas consistidas por trilhos aos lados e um fundo sólido ou ventilado. Bandejas e
eletrocalhas podem localizar-se acima ou abaixo do teto em aplicações planas ou não. Para
uso geral, na prática providencia-se 650mm2 de bandeja de seção cruzada ou área de
wireway para cada 10m2 de espaço utilizável do piso. Isto é baseado nas seguintes
suposições:
Três dispositivos por área de trabalho.
Uma área de trabalho por 10m2 .

21.2.5 Rotas de Teto (Ceiling Pathways)

Algumas condições para sistemas de distribuição em teto:


Áreas inacessíveis do teto (azulejos, paredes secas, gesso) não podem ser usadas
como rotas de distribuição.
Azulejos do teto devem ser removidos e colocados a uma altura máxima de
3,4m acima do piso.
Deve haver adequado e satisfatório espaço disponível na área do teto para o
esquema recomendado de distribuição. Um mínimo de 75mm de espaço vertical
livre precisa estar disponível.
Precisa haver meios satisfatórios de suporte a cabos e fios. Não podem estar
diretamente colocados sobre azulejos ou trilhos.
Rotas de perímetro devem ser providenciadas onde são exigidas por norma ou
projeto.

21.2.6 Rotas de Perímetro (Perimeter Raceways)

Usados para servirem áreas de trabalho onde dispositivos de telecomunicações


podem ser alcançados por paredes em níveis convenientes.
O tamanho da sala é fator determinante para o uso de rotas de perímetro.
Na prática a capacidade da rota de perímetro varia de 30% a 60% dependendo
do raio de curvatura do cabo.

21.3 Cabeamentos de Backbones

Consistem no cabeamento interno (dentro de um edifício) e entre edifícios.


(externos).
Em um ambiente de campus, rotas inter-edifícios são necessárias na conexão de
edifícios separados.

73
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

21.3.1 Rotas Inter-Edifício de Backbone Subterrâneo (Underground Inter-Building


Backbone Pathways)

Uma rota subterrânea é considerada um componente da facilidade de entrada. Para


planejamento de rota deve-se considerar o seguinte:
Limitações ditadas pela topologia (isto inclui local e desenvolvimento).
Graduação da rota subterrânea para permitir drenagem formal.
Ventilação a fim de evitar acumulação de gases.
O tráfico de veículos para determinar a espessura da camada que cobre a rota e se a
mesma deve ou não ser de concreto.
Rotas subterrâneas consistidas por conduítes, dutos e cochos; possivelmente incluindo
poços de inspeção.
Curvas não são recomendadas; se necessárias não deverão haver mais do que duas
curvas de 90º.

Rotas Diretamente Enterradas de Backbone Inter-Edifícios (Direct Buried Inter-Building Backbone


Pathways)

Uma rota diretamente enterrada é considerada um componente da facilidade de


entrada.
Nestes casos, os cabos de telecomunicações são completamente cobertos pela terra. O
enterro direto de cabos de telecomunicações é realizado por escavamento, ou perfuração
(pipe-pushing), por exemplo.
Arado não é aceito pelas normas.
Quando selecionada uma direção para a rota, é importante considerar a existência de
jardins, cercas, árvores, áreas pavimentadas e outros possíveis serviços.

21.3.2 Rotas Aéreas de Backbone Inter-Edifícios (Aerial Inter-Building Backbone


Pathways)

Uma rota aérea é considerada um componente da facilidade de entrada. Nestes


casos, a facilidade consiste em pólos, cabos auto-sustentáveis e sistema de suporte.
Algumas considerações no uso de backbone aéreo:
Aparência em relação a edifícios áreas próximas
Códigos aplicáveis
Separação e espaço entre rede elétrica e estradas.

21.3.3 Rotas Inter-Edifícios de Backbone em Túnel (Tunnel inter-Building


Backbone Pathways)

Túneis proporcionam rotas conduzidas por conduítes, bandejas, fiação elétrica ou


auto-sustentação. A localização das rotas em um túnel deve ser projetada para permitir
acessibilidade bem como separação de outros serviços.

74
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

21.3.4 Rotas Intra-Edifício (Intra-Building Pathways)

Rotas de backbone intra-edifício são usadas para alojar cabos entre a sala de
equipamentos e a facilidade de entrada, entre a facilidade de acesso e os armários de
telecomunicações e entre a sala de equipamentos e os armários de telecomunicações. Essas
rotas também podem ser usadas como conduítes, mangas, fendas ou bandejas de cabos.
É muito importante assegurar que todas as rotas de backbone estejam corretamente
protegidas de incêndios segundo as normas aplicáveis.

21.3.5 Rotas De Backbone Verticais (Vertical Backbone Pathways)

Faz o alinhamento vertical dos armários de telecomunicações. Armários localizados


em pisos separados são conectados com mangas ou fendas. Poços de elevador não são
recomendados para alojamento de rotas de backbone verticais.

21.4 Áreas de Trabalho

Áreas de trabalho são genericamente descritas como locais onde ocupantes do


prédio interagem com dispositivos de telecomunicações. Áreas de trabalho devem ter
espaço suficiente para o ocupante e equipamento adequado. Os outlets de telecomunicações
representam a conexão entre o cabo horizontal e os dispositivos de conexão dos cabos na
área de trabalho.
Recomendações para áreas de trabalho cobertas referem-se apenas às especificações
para rotas de telecomunicações e outlets de telecomunicações.
Rotas de telecomunicações da área de trabalho.

21.4.1 Rotas de mobília.

Se rotas de telecomunicações estão incorporados a mobília ou partições, devem


concordar com:
Todas as normas elétricas aplicáveis.
UL 1286, "Mobílias de escritório" (Office Furnishings").
Os fabricantes devem ser consultados para determinar a capacidade de rotas e
características opcionais disponíveis.

21.4.2 Áreas de recepção, centros de controle, áreas de atendimento.

Tipicamente estas áreas têm uma grande demanda de equipamentos de telecomunicações:


Recomenda-se que tenham independente, rotas diretas do armário de
telecomunicações para estas áreas.

75
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

21.4.3 Estação de Trabalho

Espaço interno de um edifício onde um ocupante interage com dispositivos de


telecomunicações.

21.4.4 Tomadas de Telecomunicações

Localização do ponto de conexão entre o cabo horizontal e os dispositivos de


conexão do cabo na área de trabalho.
Refere-se à caixa (alojamento) ou espelho em geral, ao contrário das tomadas
incluindo os conectores de telecomunicações individuais.
É necessário uma tomada no mínimo, por estação de trabalho(duas por área de
trabalho).
A alocação de espaço de trabalho é tipicamente uma a cada 10m2.
Pelo menos uma tomada de energia deve ser instalada perto de cada tomada de
telecomunicações.

21.5 Armário de Telecomunicações

Um armário de telecomunicações é definido como um espaço onde é feito o ponto


de transição entre backbone e rotas de distribuição horizontais. TCs contém equipamentos
de telecomunicações, equipamentos de controle, terminações de cabos e cabeamento em
conexão cruzada.

21.5.1 Considerações Gerais de Projeto (General Design Considerations)

A localização do armário de telecomunicações deve ser tanto fechada como também


prática ao centro da área do piso ao qual irá servir. É preferível que o TC esteja localizado
na área central. A área que o TC ocupa não deve ser compartilhada por equipamentos
elétricos.
O AT é dedicado exclusivamente à infra-estrutura das telecomunicações.
Equipamentos e instalações estranhos às telecomunicações não devem ser instalados
nos armários de telecomunicações, nem passar através ou entrar neles.
Mínimo de um armário por andar.

21.5.2 Referências a Tamanho e Espaçamento (Size and Spacing Issues)

É recomendado que haja pelo menos um armário de telecomunicações por piso;


Devem ser providenciados armários adicionais para cada área acima de 1.000 m2
sempre que:
A área atendida do andar for maior que 1.000 m2.
A distância horizontal ultrapasse 90 m.

76
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Deve haver um armário de telecomunicação a cada 1000 m2 de área utilizável.


Por regra estima-se como área utilizável 75% da área total do piso.
O comprimento que o cabo de distribuição horizontal requer para alcançar as
work stations é maior do que 90 m.

Quando há múltiplos TCs em um único piso, recomenda-se interconectar estes


armários com ao menos um conduíte (tamanho comercial 3) ou equivalente.
Pretendendo-se uma área de trabalho a cada 10 m2, o armário de telecomunicações
deve ter as seguintes dimensões:

21.5.3 Outras Referências ao Projeto (Other TC Desing Issues)

Iluminação suficiente deve ser providenciada. Parede, piso e limites do teto devem
ser iluminados por luzes coloridas para melhorar a iluminação da sala. Não deve haver
forro no teto. Para equipamentos ligados a corrente elétrica, ao menos duas tomadas duplas
em circuitos separados devem ser providenciadas. Para maior conveniência, estes tipos de
tomadas devem estar localizados em intervalos de 1,8 m por todo o perímetro da sala.
Existem instâncias quando deseja-se ter um painel ligado a energia instalado no armário de
telecomunicações. Penetrações no armário (mangas, fendas, rotas horizontais) devem ser
apropriadamente protegidos contra chamas segundo as normas aplicáveis.
Segurança e proteção contra incêndios devem ser providenciadas. É recomendado
contínuo aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC – Heating, Ventilation and Air
Conditioning) – 24 horas por dia, 365 dias por ano.

21.6 Sala de Equipamentos

Espaço direcionado para equipamentos de telecomunicações.


Acomoda somente equipamentos diretamente relacionados com o sistema de
telecomunicações e o sistemas de suporte ambiental correspondentes.
Dimensionamento:
Para atender aos requisitos conhecidos do equipamento específico.
Se o equipamento for desconhecido planeje uma área de 0,07 m½ de espaço
para cada 10 m½ de área de trabalho.
Deverá ter uma área mínima de 14 m½.

77
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Para os edifícios com utilização especial (hotéis, hospitais, laboratórios) o


dimensionamento deve basear-se no número de estações de trabalho do seguinte
modo:

21.7 Salas de Entrada de Serviços

Consiste na entrada dos serviços de telecomunicações ao edifício, incluindo o ponto


de acesso através da parede e seguindo até a sala ou espaço de entrada.
Todos os provedores de serviço e companhias operadoras de telecomunicação
envolvidas devem ser contratadas para estabelecer seus requisitos e explorar
alternativas para o fornecimento dos serviços.
Pode conter os percursos de backbone que interligam outros edifícios nos ambientes
de prédios distribuídos. Entradas de antenas também podem fazer parte da sala de
entrada.
Uma entrada de serviços alternativa deve ser providenciada onde houver requisitos
especiais de segurança, continuidade do serviço ou outro qualquer.

78
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Equipamentos não relacionados à entrada de serviço de telecomunicação, como


encanamento, bombas hidráulicas etc. não devem ser instalados nem passar através
da sala.
Tipicamente os serviços entram no prédio por uma ou mais vias: subterrânea,
diretamente enterrada ou aérea, por túneis de serviço. Cada uma delas com
particularidades e recomendações próprias.

21.8 Separação em Relação a Fontes de Energia Eletromagnética

A instalação conjunta de cabos de telecomunicações e cabos de energia é governada


pela norma de segurança elétrica aplicável.
Os requisitos mínimos para separação entre circuitos de alimentação (120/240 V, 20
A) e cabos de telecomunicação nos EUA são dados pelo artigo 800-52 da
ANSI/NFPA 70 que prevê :
cabos de telecomunicação devem estar fisicamente separados dos condutores de
energia;
quando na mesma canaleta, deve existir separação por barreiras dentro das
canaletas para os cabeamentos lógico e elétrico;
inclusive dentro de caixas ou compartimentos de tomadas, deve haver separação
física total entre os cabeamentos.
Para reduzir o acoplamento de ruído produzido por fiação elétrica, fontes de rádio-
freqüência, motores e geradores de grande porte, aquecedores de indução e máquinas de
solda, as seguintes precauções devem ser consideradas:
aumentar a separação física;
os condutores linha, neutro e terra da instalação elétrica devem ser mantidos
juntos (trançados, presos com fita ou amarrados juntos) para minimizar o
acoplamento indutivo no cabeamento de telecomunicações;
usar protetores contra surtos nas instalações elétricas para limitar a propagação
de descargas;
usar canaletas ou conduítes metálicos, totalmente fechados e aterrados, ou usar o
cabeamento instalado próximo a superfícies metálicas aterradas, estas são
medidas que irão limitar o acoplamento de ruído indutivo.

22 Norma ANSI/TIA/EIA-607 - Especificações de Aterramento e Links dos Sistemas


de Cabeamento Estruturado

O objetivo inicial desta norma é providenciar especificações claras sobre


aterramento e links relacionadas à infraestrutura de telecomunicações de edifícios.

22.1 Conceitos

79
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Aterramento - significa acoplamento permanente de partes metálicas com o propósito de


formar um caminho condutor de eletricidade tanto quanto assegurar continuidade elétrica e
capacitar uma condução segura qualquer que seja o tipo de corrente.

Condutor de link para telecomunicações - é um condutor usado para interconectar a


infra-estrutura do link de telecomunicações ao servidor (fornecedor de energia) do edifício.

Aterramento efetivo - refere-se a uma conexão intencional através da terra até um


conector subterrâneo com impedância suficientemente baixa. É preciso haver corrente com
capacidade suficiente para prevenir a acumulação de voltagem que potencialmente
resultaria em um risco desnecessário a equipamentos e pessoas.

Aterro - é uma intencional ou acidental conexão entre um circuito elétrico ou equipamento


e solo ou corpo condutor servindo em algum lugar do solo.

Condutor subterrâneo de eletrodo (Ground electrode conductor) - é um condutor usado


para conectar o eletrodo subterrâneo:
Ao equipamento condutor subterrâneo.
Ao condutor subterrâneo do circuito no equipamento servidor.
À fonte de um sistema separado.

Backbone de link de telecomunicações - é um condutor de cobre usado para conectar o


aterramento principal de telecomunicações ao aterramento de telecomunicações localizado
no piso mais distante.

Backbone de link de telecomunicações interconectando condutor de link (TBBIBC) - é


um condutor usado para backbones de link de telecomunicações.

Barramento do aterramento principal de telecomunicações (TMGB) - refere-se a uma


busbar ligado a um servidor aterrado pelo condutor do link de telecomunicações. O TGB
deve estar em um local conveniente e acessível.

22.2 Componentes de Links e Aterramento

22.2.1 Condutor de link de telecomunicações (Bonding Conductor for


Telecommunications)

Este condutor é usado para vincular o TMGB ao servidor o qual está conectado ao
condutor de eletrodo subterrâneo. Existem três importantes considerações a respeito de
condutores de link:
O condutor central de cobre precisa ser isolado e ser ao menos do tamanho 6
AWG.

80
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Estes condutores não devem localizar-se em conduítes metálicos. Se isso não


puder ser evitado, os condutores precisam ser vinculados a cada saída do
conduíte se a distância for maior que 1m(3’) de comprimento.
Assegurar que estes condutores de link estão propriamente marcados com
etiquetas verdes.

22.2.2 Backbone de link de telecomunicações (TBB)

Este é um condutor separado usado para interconectar todos os TGBs ao TMGB. O


TBB inicia no TMGB e extende-se através do edifício usando rotas do backbone de
telecomunicações. O TBB conecta-se aos TGBs em todos os armários de telecomunicações
e salas de equipamentos. A função primária do TBB é reduzir ou compensar diferenças
entre sistemas de telecomunicações vinculados ao ele. O projeto do TBB inclue:
Ser consistente com o projeto do backbone de telecomunicações do sistema de
cabeamento.
Permitir múltiplos TBBs segundo o tamanho do edifício.
Projetar o comprimento mínimo do TBB.
Não usar o sistema de encanamento de água do edifício como um TBB.
Não usar proteção metálica do cabo como um TBB em novas instalações.
tamanho mínimo do condutor é 6 AWG.
Múltiplos TBBs verticais precisam estar vinculados no superior e a cada 3
andares usando um TBB interconectando o condutor do link.
TBBs deverão ser instalados sem emendas.

22.2.3 Aterramento backbone de telecomunicações interconectando condutor


aterramento (TBBIBC)

O TBBIBC é um condutor que interconecta TBBs.

22.2.4 . Barramento do Aterramento Principal de Telecomunicações (TMGB)

O TMGB serve como uma extensão dedicada ao sistema de eletrodo subterrâneo do


edifício da infraestrutura de telecomunicações. Também atua como ponto central de
conexão para TBBs e equipamento. Algumas considerações do projeto de um TMGB:
Tipicamente há um TMGB por edifício. O TMGB pode ser extendido usando e
seguindo as regras dos TGBs.
O TMGB precisa ser acessível ao pessoal de telecomunicações. Normalmente
localiza-se na sala de entrada ou na sala de telecomunicações principal. Sua
localização deve minimizar o comprimento do condutor do link para as conexões de
telecomunicações.
Os TMGBs têm um mínimo de 6mm de espessura, 100mm de largura e
comprimento variável.
Assegurar que o tamanho da barra permite futuro crescimento.

81
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

22.2.5 . Barramento do Aterramento de Telecomunicações - Telecommunications


Groundign Busbar (TGB)

Localizado em um armário de telecomunicações (TC) ou sala de equipamentos,


pode servir como um ponto central de conexão para sistemas de telecomunicações e
equipamentos na área servida pelo TC ou sala de equipamentos.

Características do TGB:
Barramento de cobre pré-perfurado fornecido com padrão NEMA de buraco do
parafuso e espaçamento para os tipos de conectores a serem usados.
Mínimo de 6mm de espessura por 50mm de largura, comprimento variável.

Considerações de projeto do TGB


TBBs e outros TGBs localizados no mesmo espaço precisam ser vinculados ao
TGB.
Condutores de link usados entre TBB e TGB precisam ser contínuos e utilizar o
caminho mais curto, rota direta possível.
Instalar o TGB tanto fechado quanto prático à mesa de controle.
Vincule o TGB ao TBBIBC onde for necessário.

22.3 . Links à Estrutura de Metal de um Edifício (Bonding to the Metal Frame of a


Building)

Em prédios onde as estruturas de metal estão efetivamente aterradas, vincular cada


TGB à estrutura de metal no interior da sala usando um condutor nº 6 AWG. Se a estrutura
de metal é externa, mas acessível, vincule o TGB à estrutura de metal usando um condutor
nº 6 AWG.

23 Exemplo de Especificação Técnica Sistema de Cabeamento Estruturado

23.1 Patch Cord Tipo RJ-45 - RJ45 - CATEGORIA 5

Patch Cord com comprimento aproximado de xx metros, com conectores modulares


de 8 posições do tipo RJ45 em ambas as extremidades, deve ter marcação de comprimento
indeletável, confeccionado com cordão de 4 pares trançados tipo UTP, com condutores de
cobre multifilares de 24 AWG, compatível com os padrões para categoria 5, que possibilite
taxas de transmissão de até 155 Mbps, com capa em PVC cor cinza. Deve atender a norma
ANSI/EIA/TIA-568A em todos os aspectos (características elétricas, mecânicas, etc.).
Deverá necessariamente ser conectorizado, testado e certificado em fábrica com conectores
modulares de 8 posições do tipo RJ-45. Os contatos devem ter um banho de 50mpolegadas
de ouro sobre 100 mpolegadas de níquel.

82
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

23.1.1 Cabo UTP 4 pares - CATEGORIA 5

Cabo de Par Trançado Não Blindado de 4 pares, 24 AWG, com condutores de cobre
rígidos com isolação em polietileno de alta densidade, totalmente compatível com os
padrões para categoria 5, que possibilite taxas de transmissão de até 155 Mbps, com capa
em PVC cor cinza e de espessura mínima de 0,58mm, resistindo a uma força de tração de
pelo menos 400N. A capa do cabo tem que ter números impressos indicando o
comprimento em espaços inferiores a 1 metro, viabilizando uma contagem exata da
metragem utilizada na instalação. Deve atender a norma ANSI/EIA/TIA-568A em todos os
aspectos (características elétricas, mecânicas, etc.). Deverá ainda, ser fornecido em caixas
de 305 metros cada uma.

23.2 Patch Panel de 24 portas

Patch panel de 24 portas, conectores modulares de 8 posições do tipo RJ-45 fêmea na


parte frontal separados em 4 conjuntos de 6 conectores. Cada um destes 4 conjuntos deve
ser basculante, visando possibilitar a conectorização e manutenção pela parte frontal do
rack, através de conectores IDC. Deve possuir guias para acomodação de cabos no próprio
corpo do patch panel. Deve atender totalmente aos requisitos de categoria 5, obedecendo ao
esquema de pinagem T-568-B. Deve suportar taxas de transmisssão de até 155 Mbps e,
ainda, deve atender a norma ANSI/EIA/TIA-568A em todos os aspectos (características
elétricas, mecânicas, etc.). Deve possuir anéis guias para organização de patch cords os
quais estão ligados ao próprio corpo do patch panel. Devem ser fornecidas em conjunto
com o patch panel braçadeiras do tipo velcro em quantidade suficiente para organizar
cordões e cabos. Dimensões: Largura: 19”; Altura: 2U (88,90mm).

23.3 Tomada RJ-45 fêmea - Categoria 5

Tomada modular de 8 posições, com contatos do tipo IDC na parte traseira e conector
tipo RJ-45 fêmea na parte frontal para conexão de conectores RJ-45 ou RJ-11 machos.
Deve atender totalmente aos requisitos de categoria 5, obedecendo ao esquema de pinagem
T568-B. Deve suportar taxas de transmisssão de até 155 Mbps e, ainda, deve atender a
norma ANSI/EIA/TIA-568A em todos os aspectos (características elétricas, mecânicas,
etc.). Deve ter tampa(s) na parte traseira, de maneira a impedir a penetração de poeira e
outras impurezas nos contatos IDC. Deverá ser adaptado às necessidades de cada usuário,
podendo ser instalado em espelhos, caixas de superfície, em piso, em mesas, ou ainda, fixo
em conduletes, caixas de passagem, etc, que também deverão ser fornecidos pela empresa
vencedora deste processo licitatório. As tomadas devem ter a indicação “CAT 5” na parte
frontal, conforme exigido na norma ANSI EIA/TIA 568A. Os condutores da tomada devem
apresentar pelo menos um trançamento interno de maneira a melhorar a performance da
mesma. Os contatos devem apresentar um banho de ouro de pelo menos 50 micro-

83
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

polegadas nos contatos e a resistência de contato máxima deve ser de 23 mΩ. Deve
suportar um ciclo de inserção de pelo menos 700 inserções.

23.4 Cabo UTP 25 Pares - Categoria 5

Cabo de Par Trançado Não Blindado de 25 pares, condutores de cobre rígidos de 24


AWG com isolação em poliolifina (polyolefin), totalmente compatível com os padrões para
categoria 5, que possibilite taxas de transmissão de TP-PMD a 100 Mbps e ATM a 155
Mbps, com capa em PVC cor cinza e diâmetro externo de no máximo 13 mm. A capa do
cabo deve ter números impressos indicando o comprimento em espaços inferiores a 1
metro, possibilitando a verificação do comprimento do lance. Deve atender a norma
ANSI/EIA/TIA-568A em todos os aspectos (características elétricas, mecânicas, etc.).
Deverá ainda, ser fornecido em carretéis com aproximadamente 305 metros. A capa do
cabo deve ter a seguinte marcação “(UL) VERIFIED CAT V”, indicando que o mesmo foi
testado por um Laboratótio Independente. Deve-se exigir a apresentação de um documento
do UL atestando que o Cabo UTP de 25 Pares utilizado foi verificado como sendo de
Categoria 5 de acordo com o UL’s Cable Performance-Category Marking Program. Os
pares do cabo devem obedecer o código de cores de cabos multipares (Corês Primárias:
Branco, Vermelho, Preto, Amarelo e Violeta. Corês Secundárias: Azul, Laranja, Verde,
Marrom e Cinza). Deve atender os parâmetros propostos pela EIA/TIA 568A para cabos de
backbone de categoria 5 incluindo Power Sum NEXT e Perda Estrutural de Retorno.

23.5 Fibra Óptica

23.5.1 Cabo Óptico de Rede Interna

Cabo óptico não metálico de côr cinza, não geleado, para uso interno, com xx fibras
buferizadas do tipo MultiModo 62,5/125mm. Deverá ter diâmetro externo menor que yy
mm, resistência a tração de pelo menos zz N, ter capa de PVC na cor cinza e elemento de
tração do tipo kevlar. Deverá também obedecer o seguinte código de cores das fibras: 1-
azul; 2-laranja; 3-verde; 4-marrom; 5-cinza; 6-branco; 7-vermelho; 8-preto; 9-amarelo; 10-
violeta; 11-rosa e 12-água. A capa do cabo tem que ter números impressos indicando o
comprimento em espaços inferiores a 1 metro, viabilizando uma contagem exata da
metragem utilizada na instalação. Deve atender a norma ANSI/EIA/TIA-568A e FDDI em
todos os aspectos (características elétricas, mecânicas, etc.). O buffer das fibras deve ter
diâmetro externo de 900 mm.

Especificações da Fibra Utilizada no Cabo:

Perda Óptica Máxima: 3.4 dB/km a 850 nm e 1.0 dB/km a 1300nm.

Banda Mínima: 160 MHz-km a 850 nm e 500 MHz-km a 1300 nm.

84
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Número de Fibras Diâmetro Externo em mm Resistência a Tração N


(xx) (yy) (zz)
2 46 888
4 47 888
6 53 1110
8 58 1110
12 64 1332

23.5.2 Patch Cord Pull-Proof Duplex ST-ST

Patch cord óptico duplex, do tipo MultiModo 62,5/125mm. Cada cordão monofibra
deverá ter diâmetro externo de 3 mm e kevlar como elemento de tração. O patch cord deve
ter 2 conectores STII+ em cada extremidade e ferrolho de zirconia. O patch cord deverá ser
pull-proof garantindo a resistência a esforços mecânicos. Deve atender a norma ANSI
EIA/TIA-568A em todos os aspectos (características elétricas, mecânicas, etc.). Deverá
preferencialmente ser conectorizado e testado em fábrica.

23.5.3 Cabo de Fibra Óptica Multimodo para aplicações de Rede Externa

O cabo de fibra óptica deve ser do tipo “Tubo Central”, o cabo deve ter diâmetro externo
máximo de 15 mm, capa preta de polietileno de alta densidade, dois membros de tração em
aço radiais ao núcleo, ripcords para facilitar a retirada da capa do cabo, camada de metal
corrugado proporcionando proteção contra roedores, ripcords para auxiliar a retirada da
camada metálica, Fita de Proteção Impermeável, tubo central de polietileno de alta
densidade. O cabo deve ser geleado, com proteção contra-roedores, deve poder ser
colocado em aplicações aereas, diretamente enterrado e em rede de dutos subterrânea, deve
suportar uma força de tração de pelo menos 2.669 N. As fibras do cabo devem ser do tipo
multimodo 62,5/125mm, a perda óptica máxima deve ser de 3.75 dB/km a 850nm e de 1.0
dB/km a 1300nm. A banda passante deve ser de pelo menos 160 Mhz-km a 850nm e de
500 Mhz-km a 1300nm. O cabo deve ter xx (4 a 96) fibras divididas em grupos de 12 fibras
com o seguinte código de cores: 1-azul; 2-laranja; 3-verde; 4-marrom; 5-cinza; 6-branco;
7-vermelho; 8-preto; 9-amarelo; 10-violeta; 11-rosa e 12-água. O cabo deve atender às
normas de FDDI, Bellcore e EIA/TIA.

23.5.4 Cabo Fibra Óptica Multimodo para aplicações de Rede Externa

O cabo de fibra óptica deve ser do tipo “Tubo Central”, o cabo deve ter diâmetro externo
máximo de 7,6 mm, capa preta de polietileno de média densidade, seis membros de tração
não metálicos radiais ao núcleo, 2 ripcords para facilitar a retirada da capa do cabo, tubo
central de polipropileno geleado coberto com material impermeável.

O cabo deve ser geleado, não metálico, deve ser apropriado para aplicações aereas,
diretamente enterrado, em túneis ou em conduítes encapsulados com concreto. As fibras do

85
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

cabo devem ser do tipo multimodo 62,5/125mm, a perda óptica máxima deve ser de 3.75
dB/km a 850nm e de 1.0 dB/km a 1300nm. A banda passante deve ser de pelo menos 160
Mhz-km a 850nm e de 500 Mhz-km a 1300nm. O cabo deve ter xx (2 a 18) fibras divididas
em grupos de 12 fibras com o seguinte código de cores: 1-azul; 2-laranja; 3-verde; 4-
marrom; 5-cinza; 6-branco; 7-vermelho; 8-preto; 9-amarelo; 10-violeta; 11-rosa e 12-água.
O cabo deve atender às normas de FDDI e EIA/TIA.

23.5.5 DIO para colocação em Rack de 19’’

Distribuidor intermediário óptico para fixação em rack de 19’’, com painél frontal
contendo xx acopladores ópticos do tipo yy, tampa acrílica transparente e local para
acomodação das fibras respeitando o raio de curvatura mínimo. Dimensões do DIO:
Largura: 19”; Altura: 1U (44,45mm).

Xx Yy
12 ST-ST
24 ST-ST
12 SC-SC
12 SC Duplex - SC Duplex

Deverá ser fornecido junto de cada DIO, conectores ópticos do tipo STII+ (ou SC)
em quantidade suficiente para terminação de todas as fibras do cabo de fibra óptica. Os
conectores devem ter ferrolho de zirconia e boot de 0,9mm, sendo que a conectorização
deverá ser feita diretamente nas fibras buferizadas.

23.5.6 DIO para colocação em parede

Distribuidor Intermediário Óptico para colocação em parede, com 2 painéis laterais com 6
acopladores ópticos ST-ST (ou SC-SC) cada. O DIO deve ser dotado de pelo menos 5
anéis internos para acomodação de fibras ópticas e deve ser de material plástico do tipo
policarbonato. O DIO deve ter pelo menos duas aberturas na parte superior e também na
parte inferior para passagem/entrada de cabos , as quais devem estar fechadas com tampões
de borracha quando não utilizadas. O DIO deve ter uma porta frontal que permita acesso às
fibras, a qual deverá estar fechada com cadeado. Para cada DIO deve ser instalado um
organizador vertical de patch cords fechado ao lado do mesmo, o qual também deverá estar
fechado com cadeado.

Deverá ser fornecido junto de cada DIO, conectores ópticos do tipo STII+ (ou SC) em
quantidade suficiente para terminação de todas as fibras do cabo de fibra óptica. Os
conectores devem ter ferrolho de zirconia e boot de 0,9mm, sendo que a conectorização
deverá ser feita diretamente nas fibras buferizadas.

Dimensões Aproximadas do DIO: 22 cm (Altura), 19 cm (Largura) e 7 cm


(profundidade).

86
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

23.5.7 Caixa de Superfície Multimídia para Fibras Ópticas

A caixa de montagem em superfície para fibras ópticas deve ser manufacturada de


material plástico, deve ter local para armazenagem de fibra óptica buferizada onde o raio de
curvatura mínimo das fibras deve ser mantido. A caixa de superfície deve possuir 4
acopladores do tipo ST - ST. Deverá ser fornecido junto de cada caixa, 4 conectores ópticos
do tipo STII+ para terminação de todas as fibras do cabo de fibra óptica. Os conectores
devem ter ferrolho de zirconia e boot de 0,9mm, sendo que a conectorização deverá ser
feita diretamente nas fibras buferizadas.

Dimensões Aproximadas: 17 cm (altura), 14 cm (largura) e 4 cm de profundidade.

23.5.8 Fibras Ópticas: Qual Escolher?

Até pouco tempo atrás, as velocidades normais em uma rede giravam em torno de 10
Mb/s e 100 Mb/s. Eram velocidades consideradas suficientes para a maioria das redes
locais. Geralmente, o 10 Mb/s era a velocidade usada para ligar os usuários aos hubs e
switches, enquanto o 100 Mb/s era reservado para ligações de backbone ou entre switches e
servidores. Enquanto os sistemas operacionais eram leves, com poucos recursos de
multimídia, ligações a 10 Mb/s pareciam suficientes, ou até mesmo excessivas.
Hoje em dia, o tráfego é muito maior. Ninguém pensa mais em instalar uma rede sem que
cada usuário receba um link dedicado de 100 Mb/s. Mas se cada usuário recebe tal
velocidade, que velocidade deveríamos ter no backbone? Pelo menos 1 Gb/s, para não
haver congestionamento.
E as velocidades não pararam por aí. Sistemas operacionais mais pesados estão exigindo
cada vez mais das máquinas, obrigando-nos a pensar no upgrade para 1 Gb/s para cada um
de nossos usuários de rede, nos próximos anos. A essa velocidade, os backbones devem ser
aumentados para os 10 Gb/s, hoje já disponível no mercado.
Mas e quanto às fibras ópticas existentes? Como elas lidam com velocidades de 1 Gb/s ou
até mesmo de 10 Gb/s? Os backbones antigos, a 100 Mb/s, podiam ser atendidos por
qualquer fibra multimodo. Mas as velocidades atuais exigem fibras novas. Fibras
multimodo convencionais, que possuem núcleo de 62,5 µm, não atingem grandes distâncias
em velocidades altas. Veja a tabela abaixo:

Distância em FO MM62,5 µm
Aplicação Velocidade
convencional (m)
10BASE-FL 2000 10 Mb/s
100BASE-FX 2000 100 Mb/s
1000BASE-SX 274 1 Gb/s
1000BASE-LX 550 1 Gb/s
10GBASE-SR 33 10 Gb/s
10GBASE-LX4 300 10 Gb/s

87
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

Como demonstrado pela tabela acima, para se chegar a distâncias maiores com o 1 Gb/s,
só com sua versão mais cara, o 1000BASE-LX. A versão mais barata, 1000BASE-SX, mal
atinge os 300 m. E quando falamos em 10 Gb/s, a coisa realmente complica. Para
alcançarmos distâncias superiores a 33 m, temos que partir para a opção mais cara
10GBASE-LX4. Essa limitação decorre do fato de as fibras convencionais não se portarem
muito bem quando iluminadas com fontes a laser, necessárias nas velocidades de 1 Gb/s e
10 Gb/s.
Para superar essas dificuldades em altas velocidades, foram criadas novas fibras
multimodo, que são otimizadas para transmissão a laser. Chamadas de LOMMF (Laser
Optimized Multimode Fibe, de acordo com a TIA), ou de OM3 (de acordo com a ISO),
essas fibras permitem a extensão das distâncias para as velocidades mais altas, mesmo com
o uso dos equipamentos mais baratos, como podemos ver na tabela a seguir.

Aplicação Distância em LOMMF de 50 µm (m) Velocidade

1000BASE-SX 1000 1 Gb/s


10GBASE-SR 3000 10 Gb/s

Sempre devemos evitar os equipamentos que utilizem comprimento de onda de 1300nm


(1000BASE-LX e 10GBASE-LX4), pois são mais caros que aqueles que operam a 850 nm
(1000BASE-SX e 10GBASE-SR) e que utilizam como emissores o VCSEL, mais baratos
que o diodo laser.
Considerando-se que a grande maioria dos backbones internos são menores ou iguais a
300 m, a LOMMF torna-se a opção de melhor custo/benefício para a ativação de links da
era gigabit. Se forem necessárias distâncias superiores às mostradas na tabela acima, a
única opção disponível hoje é a utilização de fibras monomodo combinadas com os
equipamentos mais caros, baseados em diodo laser.

Distância em fibra
Aplicação Velocidade
monomodo(km)
1000BASE-LX 5 1 Gb/s
10GBASE-LR 10 10 Gb/s
10GBASE-ER 40 10 Gb/s

Como vimos, para se projetar um link óptico, um dos parâmetros fundamentais é a


distância entre os equipamentos. É essa distância que irá determinar a combinação
fibra/equipamento que irá funcionar corretamente no backbone. Atualmente, o melhor
custo/benefício será atingido ao usarmos fibras LOMMF em combinação com os
equipamentos baseados em VCSEL de 850 nm (1000BASE-SX e 10GBASE-SR). Desta
forma, garantimos o suporte às tecnologias de 1 Gb/s e de 10 Gb/s na grande maioria das
corporações existentes, e com o melhor custo possível.

88
UNISUL Tecnologia de Redes – Cabeamento Estruturado
Prof. Luiz Otávio

24 Referências Bibliográficas

Rede Computacional da Universidade de São Paulo (USPnet) – NORMA TÉCNICA –


REDES LOCAIS – Agosto/98

Cabeamento Estruturado - Ricardo Wagner Campos Martins

Sistemas de Cabeação Estruturada - EIA/TIA 568 e ISOC/IEC 11801 - Messias B.


Figueiredo e André Oliveira Silveira

89

Vous aimerez peut-être aussi