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DELEGADO ESTADUAL NOTURNO CENTRO

CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 11/02/10
•.ma.-Mni-.iMB*.:»

CRIMINOLOGIA

l - Origens:

A - Etapa pré-científica:

1. Período pré-clássico:
-2 Característica: vingança como reação ao delito. Nesse
período surgiu a ligação entre crime e pecado, pois seria considerado
crime qualquer ato contra a fé cristã.
Ainda nesse período cometeram-se atrocidades e
arbitrariedades, que não conseguiram inibir a criminalidade,
A escola clássica começa a ser arquitetada em decorrência
deste clima existente.

2. Escola Clássica: Principal precursor foi Cesare Baccaria,


-> Característica: Preconizava a existência de leis que
previssem os crimes e as penas, cabendo apenas ao juiz aplicá-las,
A lei não poderia retroagir e todos seriam iguais perante esta.
O mais famoso dos precursores foi Garrara, mas tiveram
outros como Kaní, Pessina, em regra acreditam que é necessário punir
para manter a ordem social ou para restabelecer o equilíbrio social.

Obs,: Garrara dizia que a responsabilidade moral é o


fundamento da responsabilidade pena).

-> Princípios:
• Delito: vê como uma entidade jurídica.
• Delinquente: é um indivíduo normal que tem inteligência
e sabe distinguir o bem do ma!.
• Fatores críminógenos: Não existem estes fatores.
• Obs,: Por isso não ofereceu contribuição para
prevenção,

® Livre arbítrio: delinque porque quer.


• Responsabilidade- penal: Deriva da responsabilidade
moral, e esta do livre arbítrio.
« Pena: Tem finalidade retributiva, aflitiva, de pagamento
do mal com o mal,
• Medida da pena: Deve ser proporciona! à gravidade
material e moral no delito.
l
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CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 11/02/10
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• Preocupação: Legalidade e justiça,


• Juiz: Apenas aplica a lei,
• Método: Dedutivo, isto é, parte de premissas lógicas para
traçar todo um sistema legal (da parte para o todo),

A escola clássica lutou contra um sistema arbitrário e


desumano.

3, Período pré-posftivista: Surge Dela Corta que fundou uma


ciência denominada fisiognomia, que procura relacionar o instinto
assassino com certas características da face e do crânio (fisionomia).
Surge após o Lavater, que criou uma ciência chamada
frenologia que vai tentar relacionar as atitudes com determinadas áreas
cerebrais.
Surge também Gall e funda a antropologia. São as
Biotipologias,
Tem destaque o Darwin, lança a ideia do atavismo, que é um
caráter regressivo, assim, o criminoso apresentaria características de
seus ancestrais e que existiam em tribos primitivas e entre os animais,
foi mais tarde combatido, porque não se evidenciou maior índice de
criminalidade nesses povos primitivos.
Apesar de todos esses estudos, a verdadeira precursora da
escola positiva foi a escola cartográfica ou estatística moral que passou
a encarar o crime não mais como uma decisão individual, mas como um
fato humano e um fenómeno coleíivo, regido por leis naturais e passível
de quantificação.
A crítica a essa escola se baseia no fato de ter ignorado a
influência que mudanças sociais como guerras, crises económicas,
refletindo na criminalidade,

B - Etapa Científica:

1. Escola positiva:

•$• Antropologia de Lombroso (determinismo biológico):


Lombroso era médico de prisão e realizou mais de 38.0 autópsias para
estudar o crânio dos criminosos, procurando formações típicas dos
selvagens.
Como encontrou no cérebro de um famoso criminoso uma
formação, típica do homem primitivo e aí relacionou o atavismo como o
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PROF: NEUSA
DATA: 11/02/10

instinto sanguinário, relacionou também a tendência criminosa com a


fisionomia, com a hereditariedade e com problemas de epilepsia.
Seu mérito foi introduzir o método indutivo, experimental,
transformando a criminologia numa ciência, entretanto, a partir de seus
achados, concebeu o criminoso nato, que seria um ser atávico, com
personalidade epiléptica e com certos 'traços fisionómicos que
estigmatizaram pessoas que não eram criminosas,

-^ Obs,: Outros pesquisadores encontraram esses traços em


apenas 30 a 40 dos criminosos, e o próprio Lombroso mais tarde
reconheceu que nem todos os possuíam.

Tipos de criminosos para Lombroso:

• Nato
• De ocasião
• Por paixão
• Louco

SOCIOLOGIA DE ENRICO FERR!

Enquanto Lombroso defendia o determinismo biológico, isto é,


o indivíduo nasceria com uma carga hereditária determinando a sua
tendência criminosa, da qual não conseguiria fugir, Ferri atribuiu esse
determinismo ao meio social,
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CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 18/03/10
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ETAPA CIENTIFICA DA CRIMINOLOGIA


SOCIOLOGIA DE ENRICO FERRI

Para Lombroso o criminoso é um escravo de sua carga


hereditário, é o determinismo biológico.
De acordo com Ferri, até existem os criminosos natos, mas o
fator principal desencadeante do delito é o social. Assim, o criminoso
seria uma vítima do meio social.

Tipos de criminosos (Ferri):

4* Habitual
4> Nato
4* Louco
«l» Ocasional
4* Passional

Ferri dividiu os fatores criminógenos em biológicos (orgânico,


psíquico), físicos (ambiente, clima, estação do ano) e sociológicos
(família, escola, religião).

Dessa forma tem uma visão plurifatorial e multidisciplinar, Ferri


prega a defesa social a qualquer preço, mesmo que à custa dos direitos
individuais, da segurança jurídica e da humanidade das penas - é a
tirania do tratamento.

POSITIVISMO MODERADO DE GARÓFALO

"Assim como a natureza elimina as espécies que não se


adaptam ao meio, também o Estado deve fazer o mesmo com os
criminosos".
Demonstra ser a favor da pena de morte para criminosos
irrecuperáveis.
Valoriza o aspecto psicológico.

Defende o delito natural, que seria relativo a condutas nocivas


por si sós, independentemente da qualificação jurídica de cada país.
Poderia existir um catálogo universal de crimes.
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PROF: NEUSA
DATA: 18/03/10

ESCOLAS INTERMEDIÁRIAS DE TEORIAS AMBIENTAIS

ESCOLA DE LIOZ OU ESCOLA ANTROPOSSOCIAL OU


CRIMINAL SOCIOLÓGICA

Era composta principalmente por médicos.


Pasteur dizia: o criminoso é 'como micróbio, que parece
inofensivo até que encontra um caldo de cultura que lhe permite brotar,
Deduz-se daí que o fator hereditário é predisponente, mas o
meio social é desencadeante.
Lacassagne: "a sociedade tem os criminosos que merecem".
Esta frase, além de atribuir um papel preponderante ao meio,
praticamente torna o seu autor um precursor das modernas teorias
sociológicas (a própria sociedade com suas estruturas geram a
criminalidade).

ESCOLAS ECLÉTICAS

Aceitam conceito das escolas clássicas e da positiva. São


abertas do dualismo penal, fundamentando a pena na culpabilidade ou
na responsabilidade moral e a medida de segurança na periculosidade.

ESCOLA OU MOVIMENTO DE DEFESA SOCIAL

Pensamento psicossociológico de Tarde: via o criminoso como


um profissional, que necessita de um período de aprendizagem da
técnica e também um tempo para imitar seus camaradas, nesta teoria
prepondera à imitação, isto é, o mimetismo.

CRIMINOLOGIA

É a ciência que estuda o crime, o criminoso a vítima e o


controle social da delinquência entendida como prevenção e intervenção
no homem delinquente.

A partir do momento em que o crime foi encarado como um fato


individual e um problema social e comunitário, o conceito de criminologia
se ampliou, a prioridade desta ciência é a prevenção e a intervenção
dinâmica (precedente).
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PROF: NEUSA
DATA: 18/03/10

MÉTODO

1. Empirismo: A Criminologia científica utiliza o método


empírico, baseado na análise, observação e indução.
Os fatos são analisados na busca de um ponto em comum, as
conclusões são baseadas nos fatos e não em opiniões subjetivas.
Também as hipóteses levantadas são aceitas ou rejeitadas com base
nos fatos analisados.
Além disso, a criminologia se interessa por chegar perto dos
fatos que são reais para tirar suas conclusões da realidade, a fim de
fornecer informação.
Pelo exposto, podemos afirmar que o método é empírico e
científico.
Parte do geral para o particular, entretanto, necessita
complementação de métodos não empíricos, porque este método não
permite a generalização dos seus achados.

2. Interdisciplinarídade: por que coordena as informações das


diferentes ciências, corrigindo eventuais incoerências.
O Fato de a criminologia necessitar de outras ciências, não lhe
retira a autonomia, pois possui método próprio.
Além disso, mais do que utilizar os conhecimentos da biologia,
da psicologia; da sociologia, etc., ela os integra o que permite corrigir
eventuais falhas.

ESTUDOS QUANTITATIVOS

-> Estatísticas: Permitem detectar a etiologia (origem) de


determinada atitude criminosa

ESTUDOS QUALITATIVOS
Permitem uma analise por profundidade.
Ex.: Observação participante.

ESTUDOS TRANVERSAIS
Ex.: Estudo estatístico.

ESTUDOS LONGITUDINAIS
Realizam medições em momentos diferentes.
Ex.: Estudo de carreiras criminosas.
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DATA: 18/03/10

ESTATÍSTICA DE INFORME DE ALTO DENÚNCIA E


PESQUISAS DE VITIMIZAÇÃO

Utilizados para detectar a cifra negra.


Em por objetivo detectar a cifra negra, que é a criminalidade
que não faz parte das estatísticas oficiais, porque não houve denúncia
ou não houve resposta à denúncia.

•^ Falhas: Só permitem detectar as informações de adultos, e


muitas das situações de autodenúncia não são crimes.

-» OBJETO:

1. Delito: Nunca existiu um povo sem crimes, daí falar-se em


normalidade do delito (Durkheim). Não se está querendo dizer que o
crime é normal, mas que sempre haverá quem se oponha às normas
que regem a sociedade.
O delito chega a ser necessário porque, com a sua repressão,
faz-se uma separação entre o bem e o mal, aumentando a coesão social
e o Estado demonstra que zela pelos seus membros.
O delito também é funcional, pois fornece empregos
indiretamente/diretamente a todos que atuam na sua repressão, e
diretamente, como acontece com as organizações criminosas que
empregam os membros da comunidade.
O delito controla o delito quando disputam um ponto de tráfico,
ou quando impedem a entrada, por exemplo, de alguma droga.
Delitos são um fato humano, individual e um problema social e
comunitário, que afeta toda a sociedade porque a vítima e o delinquente
fazem parte dela.

2, Delinquente: Para escola clássica é um indivíduo normal e


com livre arbítrio, para a escola positiva um anormal, um doente.
Para a filosofia correcionalista é um inválido que precisa da
tutela do Estado.
Para Marx o criminoso é uma vítima, a culpa é da sociedade.
Para a moderna criminologia o criminoso é um ser
biopsicossocial que pode ter defeitos e virtudes, pode ser normal ou
doente mental, igual aos não criminosos.

•> Classificação dos criminosos de Hilário Veiga de


Carvalho: Baseada nos fatores que atuam no momento da conduta,
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sendo eles biológicos (própria constituição do indivíduo) ou mesológicos


(vindos do meio),

Tipos:

a) Mesocríminoso puro: Só fatòr mesológico (vítima das


circunstâncias - vítima do meio no qual vive);

b) Mesocríminoso preponderante: Tem os dois fatores, com


predomínio do mesológico (vindos do meio).

c) Mesobiocriminoso: Tem fatores biológicos e mesológicos em


igual proporção,

d) Biocriminoso preponderante: Tem os dois fatores com


predomínio do biológico,

e) Biocriminoso puro: Só tem fator biológico.

-> Classificação de Cândido Motta: Fez uma classificação


que se encaixa com a anterior,

a) Criminoso ocasional: É o indivíduo que não tem nenhuma


tendência hereditária, mas o senso moral é fraco e ele sucumbe às
tentações vindas do meio ou as suas dificuldades.
"A ocasião faz o ladrão",

Dedica-se a furtos e estelionatos, se preso, confessa, e tenta


se corrigir, mas se não conseguir pode se transformar em criminoso
habitual.
É mesocriminoso puro.

b) Criminoso impetuoso: Geralmente tem vida honesta,


valorizam a honra e é capaz de matar por esta, apresenta uma
inclinação potencial para o crime que se manifesta diante de uma
situação que os instiga. Nesse momento agem sem o concurso da
consciência e da inteligência por uma falha momentânea do senso
moral. SEM PREMEDITAÇÃO,
Aí se enquadram os criminosos passionais e os crimes de
trânsito.
Se presos se regeneram e não costumam reincidir.
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• É mesocriminoso preponderante, por que prepondera o fator


biológico que só se manifesta por ação do meio, geralmente não
reincidem,

c) Criminoso habitual: Proveniente geralmente de um meio com


baixo nível económico, Delinque desde a infância e adolescência, une-
se a gangues, comete qualquer tipo de delito e o crime é sua profissão.
Raramente ficam ricos, a não ser os mais inteligentes que se
dedicam a sequestros, assaltos a banco, etc, são os que planejam.
Possuem um forte fator biológico, mas necessitam da atuação
do meio, dificilmente se corrigem, sendo alta a reincidência.
É mesobiocriminoso, pois apesar do fator biológico, tem forte
influência do meio.

d) Fronteiriço criminoso: É o indivíduo aparentemente normal


que busca ou cria no meio a situação para delinquir. Tem características
de ausência de afetividade, ausência de remorso, geralmente violentos,
insensíveis e tem como características a ausência de arrependimento.
É biocfiminoso preponderante.
O fator biológico é preponderante, mas eles aguardam ou criam
uma situação para poder agir. São incorrigíveis e não há tratamento
porque eles não são doentes.

e) Loucos criminosos: É o que apresenta alterações do


pensamento, do sentimento, da conduta e comprometimento do juízo
valorativo.
Geralmente apresentam delírios e alucinações para delinquir
não necessitam de nenhum estímulo do meio, pois tudo brota da sua
própria cabeça.
Podem agir por impulso ou de forma premeditada, mas em
geral, não se importam com testemunhas e não fogem da cena do crime
porque acreditam ter agido em legítima defesa, bem como confessa o
crime.

Prognóstico criminológico:

-> Exame criminológico/prognóstico criminológico: O exame


criminológico é um exame pericial realizado no preso condenado a pena
privativa de liberdade em regime fechado (podendo se estender ao

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semiaberto art. 8° da Lei de Execução Penai - 34 do CP1) visando a sua


classificação e individualização do cumprimento da pena.
É um exame pericial (finalizado por um laudo) no qual o
criminoso é analisado em relação ao crime cometido tentando identificar
as causas, os fatores, etc. Inclui uma avaliação médica, psicológica e
social. Fornece um diagnóstico criminoíógico que possibilitará
estabelecer um prognóstico criminolóqico em relação à possibilidade de
reincidência.

-> Exame de personalidade: Visa conhecer o condenado


como pessoa, prevista nos artigos 5° a 9° da LEP, é realizado pela
Comissão Técnica de Classificação, composta por dois chefes de
serviço, um psicólogo um psiquiatra e um assistente social, que
acompanham a resposta do preso a terapêutica prisional.
Muitas vezes o preso é submetido a uma entrevista de
inclusão, feita por um técnico ao entrar no estabelecimento.

-> Parecer da Comissão Técnica de Classificação: O


parecer da Comissão Técnica que antes era necessário para a
progressão de regime hoje não é mais utilizado, a não ser que o juiz
determine. Em consequência da alteração do art. 112 da LEP.
Atualmente basta que o Diretor da prisão ateste o bom comportamento.
Sendo certo que está avaliação é apenas externa, não significando que
o preso tenha mudado - art. 83, II do CP2.

Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminoíógico de classificação para
individualização da execução.
§ 1° - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno.
§ 2° - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações anteriores
do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena.
§ 3° - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas.
2
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2
(dois) anos, desde que:
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes;
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; III - comprovado comportamento
satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria
subsistência mediante trabalho honesto;
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza.
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão
do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não
voltará a delinqiiir.

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• 3, Vítima (vitimologia): Mendelson foi o criador da vitimologia,


e dividiu seus tipos em 05.

Vítima culpada
Vítima menos culpada ou por ignorância.
Vítima tão culpada quanto o agressor.
Vítima mais culpada que o agressor (vítima imprudente)
Vítima com culpa quase exclusiva (vítima da legítima defesa)

•> Vítima programadora ou desencadeadora do delito: Nem


sempre o comportamento do agressor e da vítima são opostos, mas
muitas vezes se fundem,

- Síndrome de Estocolmo: Quando vítima e agressor


convivem por algum tempo.
A vítima passa a se identificar com o agressor, e estabelece
com ele uma ligação afetiva que perdura mesmo, após cessada a
situação de violência, dessa forma não denúncia o agressor e justifica
seus atos, culpando o Estão pelo ocorrido.

Relações amistosas que a vítima tem com o agressor para


diminuir os maus tratos não configuram a síndrome.
Ex.: Violência doméstica.
No crime de estelionato a vítima também quer obter uma
vantagem e não se preocupa com a honestidade do agressor.
Nos crimes sexuais deve ser analisada a personalidade, pois
no ritual da conquista a vítima pode inconscientemente criar ou
desencadear a atitude do agressor.
Vítimas preferenciais: idosos, crianças e doentes mentais
(sugestionáveis).

Reparação de danos: além das lesões causadas pelo crime, a


vítima sofre com o seu tratamento pela máquina judiciária, que a vê com
descaso, com desconfiança, que não lhe da informação em relação ao
andamento do processo, causando uma sobrevitimação ou vitimização
secundária.
Além disso, não recebe apoio da sociedade que por vezes a
julga e aconselha a não denunciar o crime para evitar represálias do
agressor - esta é a vitimização terciaria e responsável pela cifra negra e
pelo efeito dominó, ou seja, a vítima não denúncia o crime, a polícia não
transmite ao MP e este arquiva muitos casos.

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4. Controle social do delito: É conjunto de instituições,


estratégias e sanções, destinadas a fazer com que os indivíduos
respeitem as normas.
Entre as instituições temos primeiro as informais,
representadas pela família, escola, religião, etc, que atuam sobre o
indivíduo a longo prazo, fazendo com que ele interiorize os valores
sociais.
As instituições formais são representadas pela polícia, pelo
direito penal, que tem uma ação coercitiva e atua quando os
mecanismos informais falharam.

FUNÇÕES DA CRIMINOLOGIA

A função principal da criminologia é fornecer a informação que


servirá para:

1°. Traçar modelos teóricos explicativos do comportamento


delitivo e desenvolve-los.

2°. Prevenção do delito: Porque, ao contrário do direito penal, a


criminologia entende que a pena não desmotiva o criminoso, mas ao
contrário, o estigmatiza.
A criminologia visa neutralizar o delito nas suas origens, antes
que ele ocorra.

3°. Intervenção no homem delinquente: Mas de uma maneira


reabilitadora, que neutralize os efeitos da pena e possibilite a reinserção
na família e na sociedade e conscientize a sociedade da sua parte de
obrigação.

*> Resposta científica ao delito,

FASE EXPLICATIVA

-> Fase decisiva: Dada pela política criminal (estratégias).


-> Fase operativa ou instrumental: Direito penal através da
criação de normas obrigatórias.

PRINCÍPIOS DA ESCOLA POSITIVA


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PROF: NEUSA
DATA: 18/03/10

• 1. Delito: Fato humano e coletivo e um fenómeno social


natural,
2. Delinquente: É um anormal, vítima das suas tendências
hereditárias ou do meio.
3. Fatores criminógenos: Interferem na conduta do indivíduo,
4. O livre arbítrio não existe, porque o indivíduo é incapaz de
decisões extremas entre o bem e o mal, .
5. Responsabilidade penal: decorre do fato do indivíduo viver
em sociedade a pena é a reação da sociedade contra o crime que a
perturba,
6. A medida da pena é o grau de periculosidade,
7. O juiz deve individualizar a pena
8. Sua preocupação foi com o criminoso.
9. Método empírico, científico, etc,

PSICOLOGIA CRIMINAL E SUAS RELAÇÕES COM A


CRIMINOLOGIA

Estuda o comportamento do indivíduo de modo geral.


A psicologia criminal direciona o estudo para o criminoso em si.
A psicanálise relaciona o comportamento criminoso com
impulsos psíquicos inconscientes, principalmente relacionados à
evolução do instinto sexual. Para a psicanálise a criança entra no mundo
inadaptada e assim permanece até a adolescência.
A partir da adolescência, o que se mantiver inadaptado será o
criminoso.

RELAÇÃO ENTRE A PSICOPATOLOGIA E O CRIME

1, Normalidade mental: Não existem parâmetros de


normalidade, portanto norma é quando tiver razão (entendimento) mais
livre arbítrio.
O crime tem sempre uma motivação afetiva ou sórdida.

2. Retardamento mental: É um distúrbio quantitativo da mente,


que se reflete principalmente no intelecto.

4k Débil: idade mental maior de 08 anos,


4» Imbecil: entre 03 e 08 anos
4* Idiota: abaixo de 03 anos.

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PROF: NEUSA
DATA: 18/03/10

• De modo geral os crimes relacionam-se com a parte instintiva,


principalmente sexual, e crimes de lesões corporais.

T> Obs,: Os débeis são muito frequentes na população,


principalmente os limítrofes, e são facilmente utilizados como "laranjas"
e para confessar crimes, porque tem dificuldades para argumentar.

3. Doença mental: É o distúrbio qualitativo da mente,


caracteriza-se por alterações do pensamento, do sentimento, da
conduta e do juízo de valores.

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SEMESTRAL DELEGADO ESTADUAL CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NÊUSA
DATA: 27/04/10
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//- Doença mental: não existe um parâmetro de normalidade,


por isso dizemos que o indivíduo é normal quando apresenta razão mais
livre arbítrio.
Consideraremos como doença mental a presença de
alterações do pensamento, do sentimento e da conduta com
comprometimento do juízo valoraíivo,
É um distúrbio qualitativo da .mente, que faz com que o
indivíduo perca a identidade pessoal.
Podem ocorrer alucinações que são sensações geralmente
auditivas ou visuais, sem base na realidade.

-> ilusão: É uona falsa percepção da verdade, por erro da


mente.

-> Delírios: É a convicção errónea baseada em conclusões


falsas tiradas da realidade.

São doenças mentais:

->As demêncías são um rebaixamento de todas as funções da


mente.
Ex.: Demência senil, alcoólica, Alzheimer.
A demência senil pode levar a crimes relacionados aos
instintos sexuais, muitas vezes contra os próprios netos e no caso de
idosos casados com mulheres muito mais jovens, homicídios por
ciúmes.

•^ As psicoses apresentam uma ruptura com a realidade, que


se manifesta por alterações da sensopercepção (delírios, alucinações e
ilusões).

São psicoses os distúrbios bipolares ou também chamados de


psicose maníaco depressiva, que se caracteriza por fases de extrema
euforia na qual o indivíduo acha que vai ganhar muito dinheiro,
intercalada com fases de grande depressão.
Na fase maníaca, são capazes de cometer furtos e roubos para
pagar as dívidas, mas paradoxalmente também são capazes de doar o
próprio património.
Na fase depressiva, muitas vezes matam toda a família e se
suicidam a seguir, para evitar um sofrimento que julga ser o causador.
SEMESTRAL DELEGADO ESTADUAL CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 27/04/10

• CRIMES E DEMÊNCIA

Possui alterações do pensamento, sentimento e alterações de


conduta e, ainda, o comprometimento do juízo de valores. É uma
alteração qualitativa da mente.

•> Esquizofrenia: Principalmente na forma paranoide,


geralmente as alucinações são auditivas, mas também podem ser
visuais.
Os crimes cometidos têm relação com as vozes que escuta,
que dão ordens, por isso não fogem do local e até confessam o crime,
pois acredita ter agido em legítima defesa.

-> Toxicomania grave, alcoolismo crónico grave, enquadra


como doenças mentais com o comprometimento da razão e do livre
arbítrio.
Os crimes cometidos pelos toxicómanos geralmente estão
relacionados com a obtenção da droga, a cocaína e os esteróides
favorecem as lesões corporais, pois a primeira transforma o medroso
em corajoso, e o segundo aumenta a agressividade.

NORMALIDADE MENTAL

^ Características dos crimes dos esquizofrênicos: São


violentos em decorrência do embotamento afetivo, e na frente de
testemunhas, permanecendo o doente no local do crime, já que acredita
ter agido em legítima defesa.

•]> Psicose epiléptica: É o caso em que pode haver


alucinações e o comportamento do indivíduo se assemelha a uma crise
epilética. As agressões envolvem golpes repetitivos.

•^ Toxicomanias graves e alcoolismo crónico grave: Por


perderem a razão e livre arbítrio.

-> Obs.: Nas demências senis, são frequentes os atos


libidinosos, inclusive com os próprios netos, e homicídios por ciúmes
quando a esposa é muito mais jovem.

PERTURBAÇÃO DA SAÚDE MENTAL


SEMESTRAL DELEGADO ESTADUAL CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 27/04/10

• Aqui se enquadram os indivíduos fronteiriços (sentido amplo)


que não são normais mas também não são doentes.

•^ Neuroses: É igual à ansiedade mais angústia, inquietação


(medo),
A angústia e ansiedade, inicialmente sem objeto definido com o
tempo se definem, gerando os vários tipos:

• Neurose Obsessiva Compulsiva: Um comportamento se


impõe a um indivíduo, tornado-se uma ideia fixa. Pode ser:
- Neurose da dúvida:
- Cleptomania: Mania de furtar objetos sem necessidade.
- Jogo patológico: Aqui o indivíduo pode cometer furtos,
estelionatos para pagar suas dívidas.

* Neurose f ó bica:
Sindrome do pânico: Nesta síndrome o indivíduo tem sintomas
que lhe dão a sensação de morte iminente. Esses sintomas passam em
alguns minutos e voltam a acontecer após duas ou três semanas. Aí o
indivíduo relaciona o mal estar com o local em que ele estava, e passa a
fugir de locais semelhantes, esta é a atitude de evitação.
Se o local for aberto, teremos a agorafobia, e se o lugar for
fechado, teremos a claustrofobia.

* Neurose histérica: que simula doença de uma forma


semi-conscieníe. Quando se envolve em situações delitiyas, geralmente
é por omissão.

O neurótico sabe que está doente, mas não consegue reagir.

••> Sociopatias ou Psicopatias ou Condutopatias: Apresenta


uma anormalidade da afetividade, da conação - volição, isto é, a
intenção é mal "dirigida e o movimento voluntário em direção ao ato não
é brecado pelos freios da crítica, porque o senso crítico também esta
afetado, desta forma, uma vez que venha o impulso mórbido, ele não é
brecado, ou seja, ele o faz.

» Característica: Ausência de arrependimento, pois a


afetividade está comprometida, ou seja, ele é insensível.
SEMESTRAL DELEGADO ESTADUAL CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 27/04/10

' -> Ojbs.: O psicopata não tem angústia nem ansiedade, e


apresenta diferenças de comportamento dependendo da base em que o
distúrbio se assente.

- Tipos:

» Condulopata de base esquizofrênica: É hereditário e


neste caso, o indivíduo nasceu com a tendência para esquizofrenia, mas
dela só desenvolveu a alteração da personalidade, por isso são
indivíduos retraídos, maledicentes que fazem a ação pela mão dos
outros.

» Condutopata de base epiléptica: São agressivos,


desrespeitadores de normas, violentos, também de base hereditária.

« Condutopata de base encefaSopática: É adquirida por


traumatismos, infecções, e se acompanha de baixo nível de inteligência
e enorme agressividade, enquanto os outros tipos tem inteligência
normal. Nenhum deles tem delírios ou alucinações, mas todos
apresentam problemas relacionados à sexualidade.

Os psicopatas podem cometer qualquer tipo de delito, em


especial a piromania, que é a mania de atear fogo, os parricídios e
homicídios em série.
Indivíduos normais só cometem parricídios para salvar um dos
cônjuges da agressão do outro, ou para se proteger da agressão. Não
sendo normais. Apenas esquizofrênicos matam os pais.
Quanto aos assassinos em série, podem ser normais. São
aqueles que apresentam uma motivação económica (matador de
aluguel), política (chefes de Estado - ditadores) ou fanatismo
(terroristas).
Podem também ser doentes mentais, que matam 04 ou mais
pessoas em um único episódio (matador de massa), ou o que mata
várias pessoas em lugares diferentes em um curto espaço de tempo
(matador ao acaso), e por fim o assassino serial condutopaía que é o
verdadeiro.
TEORIAS BIOLÓGICAS

A biologia estuda o ser humano, sua estrutura orgânica, seu


funcionamento em relação com os outros seres e com o ambiente.
SEMESTRAL DELEGADO ESTADUAL CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 27/04/10

& Teorias:

1. Antropometria: Tenta relacionar a tendência à delinquência


com determinadas medidas corporal.

2. Antropologia: Estuda o ser humano a partir da sua origem,


evolução, características morfológicas, raciais, etc.
Destacam-se Lombroso, Goring, que era anti-lombrosiano e
Haward Hooton. Este último era a favor de Lombroso, e achava que
existiam diferenças não apenas entre o criminoso e o normal, mas
também entre os próprios criminosos, gerando uma diferença em
relação aos crirríes praticados.

3. Biotipologias: Relacionam a tendência à delinquência com


o predomínio de determinado órgão ou função.

Em vários estudos o tipo denominado mesomorfo com


predomínio da musculatura que se forma a partir do mesoderma,
demonstrou ser o tipo mais agressivo e insensível.

TEORIAS BIOLÓGICAS MODERNAS

Fatores biológicos que podem estar condicionando o


comportamento delitivo.

1. Sistema nervoso central:


a. Disfunções cerebrais: Estudos observaram que, mesmo que
não houvesse sintomas manifestos, muitos criminosos apresentavam
alterações de ondas cerebrais muitas vezes mínimas (disfunção cerebral
mínima). Esse achado foi relacionado com a agressividade. Tambéon
pode ocorrer em indivíduos com doenças mentais.
b. Glândulas endócrinas: estudos relacionaram certos
horrnônios com a agressividade. Realmente, os hormônios masculinos
conferem ao homem comportamento mais agressivo e as alterações
hormonais na mulher gerando as alterações de conduta pré menstruais.
Acredita-se que os horrnônios podem contribuir, mas não são suficientes
para levar ao comportamento delitivo.
3) Código genéticos e características químicas do sistema
nervoso central: o código genético e a química cerebral teriam influência
na aprendizagem alterando a forma como cada pessoa capta os
ensinamentos. Para os que acreditam que essa determinação é
SEMESTRAL DELEGADO ESTADUAL CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF:NEUSA
DATA: 27/04/10

hereditária não haveria como consertar esta forma de captação, pois o


meio não produziria efeito. Outra corrente entende que, apesar destes
fatores influenciarem a aprendizagem, também podem ser modificados
pelo meio e assim haveria a possibilidade de correção do delinquente.
Nesse sentido as penas privativas de liberdade teriam efeito deletério,
pois faltaria o reforço positivo que modificasse os referidos fatores.
4) Hereditariedade: existem fatores hereditários que levam a
conduta delitiva bem evidenciados nos estudos com pessoas adotadas
que se tornavam criminosos principalmente quando os pais biológicos
também eram. Estudos com gémeos idênticos demonstraram que é
frequente incidir o comportamento delitivo nos dois irmãos mais do que
nos gémeos fraternos.
5) Má formações cromossômicas: os estudos giram em torno
das alterações dos cromossomas sexuais tendo sido encontrado
anomalias representada pela trissomia XYY em grande parte dos
criminosos que apresentavam grande agressividade,

6) Instintos herdados: instintos agressivos são herdados e,


enquanto determinam o comportamento que garanta a sobrevivência e a
adaptabilidade social, são normais. Entretanto, esses extintos podem
ser exacerbados determinando uma agressividade além do normal sem
que se queira dizer que influenciem diretamente a conduta delitiva. Em
outras palavras, os extintos herdados podem determinar um
comportamento mais agressivo, rnas não delitivo,

TEORIAS SOCIOLÓGICAS

-> Enfoques multifatoriais: Consideram um enorme quantidade


de fatores no desencadeamento do delito, sem traçar uma hierarquia
entre eles. Concentram os estudos na delinquência juvenil e tiveram
sucesso apenas no estudo do caso concreto.

ESCOLA DE CHICAGO

1. Observou a relação entre o crescimento das cidades e a


criminalidade e estabeleceu como ponto alto do problema a
desorganização social. Utilizou nos seus estudos métodos qualitativos
(observação participante) e quantitativos (estatísticos). Era constituída
por professores que influenciaram o departamento de sociologia da
Universidade de Chicago. Observaram que a criminalidade não se
distribui de forma homogenia e estudaram o indivíduo no seu "habitat"
SEMESTRAL DELEGADO ESTADUAL CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NEtíSA
DATA: 27/04/10

com base.nos estudos sobre plantas (daí o nome de Teoria Ecológica),


As cidades se dividiriam em áreas concêntricas: no centro ficariam as
indústrias e o comércio; ao redor ficaria a zona de transição ocupada
pelos pobres, imigrantes e grupos minoritários; na zona três, ao redor,
ficariam as moradias dos que moravam no centro e não queriam
trabalhar longe de casa; já na zona quatro ficariam as pessoas com
melhores condições de vida; na zona cinco, a residência dos ricos.
Observaram que a criminalidade se distribuía na zona de transição para
onde se dirigiam os pobres, imigrantes, minorias raciais e que esta
criminalidade era devida não apenas a falta de controle formal (polícia),
mas ao enfraquecimento do controle informal, pois as diferentes culturas
desta zona dificultavam a aceitação de valores semelhantes.
Concluíram inicialmente que as pessoas delinquiarn não por terem se
transferido para esta zona, mas por que nasceram lá. Critica: a Escola
de Chicago não explicou o comportamento normal dos que viviam na
zona de transição (zona delitiva), nem o comportamento delitivo fora
desta zona. Portanto, a zona não cria delinquência, apenas a atrai,
-> Teorias Extruíurais Funcionalistas: Relacionam os crimes
com as estruturas sociais e com o funcionamento normal com o próprio
cotidiano.
-> Teoria da Anomia: Durkeinl e o principal representante da
sociologia europeia.
Anomia significa ausência de normas.
DELEGADO ESTADU-AL NOTURNO CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 19/05/10

TEORIA DAS SOCIOLOGIAS (continuação)

Teorias Estruturais Funcionalistas: Baseiam-se na


normalidade e funcionalidade do delito, inevitável em qualquer
sociedade.

Teoria da Anomia de Durkhein: Isto é, ausência de normas,


quando os indivíduos não conseguem atingir suas metas por meios
lícitos, porque as estruturas sociais não lhes dão esta oportunidade, eles
tendem a delinquir antes dos demais.
Estas metas culturais de sucesso e qualidade de vida
representam o sonho americano da época.

Teoria da Frustração de Merton: Na mesma linha, Merton


entende que o indivíduo delinque em decorrência da frustração.

Existem 05 caminhos, de acordo com Merton:


l - Conformismo: Seria a atitude assumida pelos indivíduos das
sociedades estabilizadas e não é um comportamento criminógeno.

H - Inovação: O indivíduo mata suas metas, mas utiliza meios


ilícitos (crimes de colarinho branco).

Hl - O indivíduo renuncia aos seus sonhos, mas mantém-se


cumpridor da Lei.

IV - Evasão: O indivíduo abandona as metas e a Lei, vive na


sociedade, mas não pertence a ela (alcoólatras, toxicómanos)

V - Rebelião: O indivíduo rejeita essas metas comuns e rejeita


as leis, e busca outras metas através de outros caminhos, inserindo-se
em determinados grupos.

Teoria do Conflito: Entende que o sistema se mantém através


do conflito que propicia as mudanças necessárias, assim, dentro de
certo limite, o conflito é benéfico.

Observação:
- No outro extremo está às teorias de consenso, que
fundamentam o equilíbrio, a legitimidade do sistema nas normas e nos
valores culturais. Então o que mantém o sistema são os

1
DELEGADO ESTADUAL NOTURNO CENTRO
CRIMINOLOGIA
• PROF: NEUSA
DATA: 19/05/10

comportamentos compatíveis com as normas, sendo o crime um abalo


ao sistema por enfrentar as normas.

Teoria do Conflito não Marxista: Atribuem às tensões sociais


a causa da criminalidade. Haveria sempre uma distribuição desigual de
poder onde as classes dominantes explorariam as classes dominadas.
O direito e as normas estavam de acordo com as classes
dominantes.

Teoria do Conflito Marxista: Aqui se inclui a criminologia


radical ou criminologia critica ou nova criminologia.
Atribui a conduta delitiva às disputas de classes, sendo a
sociedade capitalista a produtora desta criminalidade.
As teorias do conflito social caracterizam-se por uma oposição
ao positivismo.

Teoria SubCultural: Numa sociedade existem culturas e


subculturais, com diferentes normas e sistemas de valores, nem sempre
coincidentes com as normas que respaldam aquela sociedade.
O comportamento regular se respalda destas normas, mas o
comportamento delitivo também se respalda nas normas da cultura ou
subcultural que não coincidem com os valores (normas) oficiais, portanto
a génese do comportamento regulado e do comportamento delitivo é a
mesma.

Teoria do Processo Social: Baseiam-se nas relações entre o


indivíduo e o meio social modelando a personalidade e a conduta.
Teoria da aprendizagem: Entendem que a criminalidade é um processo
de aprendizagem ativa, e não de imitação.

Teoria da Associação Diferencial de Sutheriand: com sua


teoria da associação diferencial entende que as pessoas se associam
ou se unem em torno de metas, e uma dessas metas pode ser cometer
crimes.
Dessa forma, as pessoas se associam e aprendem a cometer
delitos por transmissão entre os membros.
Alguns criticam, pois entendem que as pessoas cometem
crimes previamente, para depois se associarem.

Teorias do controle: Acreditam que a pessoa não delinque


quando tem motivos atuais fortes para não fazê-lo.
DELEGADO ESTADUAL NOTURNO CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 19/05/10

Dessa forma, todos seriam delinquentes potenciais,

Teorias do Etiquetamento: Também chamado labelling


approach, baseia-se na teoria sociológica denominada interacionismo
simbólico, pela qual a personalidade do indivíduo e a visão que ele tem
de si próprio dependem da sua interação com a sociedade, é uma teoria
que atribui a criminalidade ao próprio controle social seletivo e
discriminatório.

Dessa forma, os policiais, os juizes, ao atribuir a conduta a


qualidade de desviada, etiquetam aquele indivíduo.

Portanto explica a criminalidade secundária, sendo atingidos os


que se encontram mais baixos na pirâmide social.
DELEGADO ESTADUAL NOTURNO CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 28/05/10

PREVENÇÃO

Do delito do Estado Democrático de Direito

Atualmente entende-se por prevenção atuar sobre as origens


do crime com resultados a longo e médio prazo e que deve haver
envolvimento de toda a sociedade, além disso, prevenir a reincidência é
uma intervenção tardia,

Tipos de Prevenção

Primária: dirigem-se as origens do comportamento delitivo


objetivando atuar em todas as pessoas produz resultados a longo e
médio prazo, mas depende de políticas económicas educacionais de-
melhoria na qualidade de vida, etc.
Depende, portanto da boa vontade do governo e de seus
investimentos.

Secundária: seus programas atuam onde e quando o crime se


exterioriza dependendo de um bom aparato policial, visa atingir grupos
sujeitos a protagonizar ou a se tornar vítimas do crime.
Seus programas atuam a médio e curto prazo.

Prevenção Terciária: atua apenas em nível prisional a fim de


evitar a reincidência, o grupo visado é o de condenados e presos, é uma
intervenção tardia, parcial e insuficiente porque não ataca as raízes atua
a curto e médio prazo.

Modelos de Prevenção

Clássico: acredita na função dissuasória (desmotivadora) da


pena, prevenção geral: a pena serviria para desmotivar aqueles que
ainda não delinquiu prevenção especial: seria o efeito preventivo da
pena sobre aquele que já sofre os rigores do castigo, entretanto a pena
simboliza a falência da prevenção.
O delinquente nem sempre pesa os custos e benefícios quando
analisa a intensidade e a quantidade da pena, parece que leva em conta
principalmente a probabilidade de ser pego e receber o castigo,
entretanto essa percepção é variável o delinquente habitual que
conhece as falhas do sistema é otimista o delinquente sexual acha que
nunca vai ser preso.

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DELEGADO ESTADUAL NOTURNO CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 28/05/10
«H'1-.M.Jllllll.Ut.:

Q terrorista independe de qualquer previsibilidade, os


delinquentes ambientais, do património, de trânsito calculam o risco de
serem pegos,

Neoclássico: surgiu em decorrência da falência do positivismo


mantendo os mesmos preceitos da escola clássica, entretanto agora a
função dissuasória da pena é avaliada de forma empírica, utilizando
estatísticas, etc. esse modelo preconiza a melhoria da polícia e dos
outros órgãos de repressão ao crime de forma a deixar menor
quantidade de crimes sem resposta.
Esse método tem como resultado, maior número de presos e
de prisões e aproxima a estatística oficial da real, entretanto não ataca
as origens do crime,

Situacional: baseia-se na seletividade do crime que escolhe o


local adequado, o momento oportuno e a vítima propicia, atua intervindo
em certos locais, por exemplo: melhorando a iluminação, interditando
praças, mas não ataca as origens e muitas vezes apenas desloca o
delito.
Esse deslocamento pode ser benéfico mesmo que apenas
traga uma mudança de tipo de crime (para o crime mais leve),

Socialista: preconiza a intervenção económica e estrutural


modificando o perfil daquela sociedade, teve êxito por algum tempo,
mas impunha altos custos à sociedade.

Atual: baseia-se no controle razoável do crime, pois a sua


erradicação é uma utopia deve visar o ataque as origens do crime
enfocando toda a população e deve utilizar programas que melhorem as
condições de vida a fim de se ter uma resposta adequada a longo e
médio prazo.
É fundamental o envolvimento de toda a sociedade e apesar de
necessárias a prevenção secundaria e terciária também devem ser
utilizadas, por fim a prevenção deve ser positiva, isto é com melhoria de
condições e oportunidades e não apenas negativa como o no caso do
castigo.

Nota: de acordo com o interacionismo simbólico ou


comportametlismo ou behaviorismo, assim como os indivíduos
respondem diferentemente aos estímulos do meio também possuem a
capacidade de mudar mesmo que exista uma determinada carga
DELEGADO ESTADUAL NOTURNO CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 28/05/10
«•i'J.H-11'l.ll-lMO

hereditária, assim estímulos poderiam modificar a química cerebral e se


forem positivos a resposta também será, com base nisso a pena, o
castigo jamais corrigiriam o indivíduo, pois o estimulo é negativo.

Modelos de Reação ao Delito

Clássico (Neo Clássico): apostam na repressão pelo aparato


policial, pois encaram o criminoso como indivíduo normal que escolheu
deiinquir, portanto só restaria a pena para dissuadi-lo. Sempre
respeitando a estrita legalidade.
Esse modelo é garantista deixando a intervenção
principalmente para os delitos de média e grande gravidade, preocupa-
se em limitar a atuação estatal para evitar abusos.
Nota: sempre deve haver proporcionaHdade de> castigo-em-
relação à gravidade do delito.

Paradigma Ressocializador (Escola Positiva): preocupa-se


com o delinquente e preconiza tratamentos ou outras medidas conforme
os encare como doentes inválidos, etc.
Entendem que a ressocialização deve ultrapassar o nível
penitenciário reinserindo o indivíduo na sociedade, família e o emprego,
as medidas devem ser positivas através de tratamentos e orientação
pedagógicas, eíc., entretanto não há comprovação de que essa
ressocialização tenha efeito e esse modelo esquece a vítima.

Integrador: baseia-se no fato de que o conflito sempre que


possível deve voltar às mãos dos seus protagonistas para ser resolvido
de uma maneira mais adequada, busca melhor satisfação dos
envolvidos em especial a reparação do dano causado a vítima de uma
maneira mais abrangente que ultrapasse o mero valor económico.
Pretende que o agressor assuma a sua responsabilidade e
assim seja visto como uma pessoa comum propõe meios menos rígidos
como à mediação e a conciliação, basicamente tanto a conciliação como
a mediação possuem a intervenção de uma terceira pessoa, entretanto
na conciliação a liberdade de negociação é menor, é mais hierarquizada
e visa os conflitos que tem por objetivo um acordo, já a mediação se
baseia na relação à justiça restaurativa seria um meio adicional de
solução de conflitos, porém não se aplica a delitos graves por questão
de prevenção geral (evitar que os outros cometam o mesmo delito).
DELEGADO ESTADUAL NOTURNO CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 28/05/10

Crimínológico Critico: ignora fatores criminológicos pois se


opõem ao positivismo encara o crime como uma coisa relativa que
depende de como a ordem social define aquele comportamento e por
isso questiona essa ordem social, entende que o crime deve ser
analisado do seu interior para saber qual o significado tem para o
agressor, por isso preconiza que o pesquisador deve ter empaiia (saber
se colocar no lugar do outro), propõe que se abandone o termo
criminoso e se use no lugar comportamento desviado por causa do
conceito relativo de crime, preocupa-se com os criminosos poderosos e
propõe a substituição da pena por outros mecanismos menos
estigmatizantes, propõe uma transformação social com intervenção
económica e na qualidade de vida.

Segurança Cidadã: neste caso a poputeção começa a assumir


funções próprias do Estado, por exemplo: contratando seguranças
particulares o que acentua o desnível, pois isso só é possível nas
classes favorecidas a população acostumou-se com o fato de que a
reação ao delito tem dupla velocidade para os pobres a pena e para os
poderosos advertência e medidas administrativas, prevalece o medo do
crime na população que reclama por leis mais severas sem ampla
discussão das novas medidas estipuladas, cresce novamente o crédito
na ação da polícia, mas aumenta o descrédito em outros profissionais
como peritos e legistas.

Ideal: é o que estabelece punição para infrações graves


ressocializa o delinquente utilizando medidas positivas, busca a
reparação do dano e a devolução do conflito para as mãos dos seus
protagonistas, desde que a gravidade seja média ou pequena, procuram
introduzir a mediação à conciliação e adota medidas menos
estigmatizantes, sempre contando com a participação da sociedade.

Programas de Prevenção

Sobre Determinadas Áreas Geográficas: Atuam no fatôr


espacial representados pelas áreas deterioradas existentes em todos os
centro industrializados habitadas compulsoriamente por grupos
minoritários conflitivos e carentes; -
Envolve compromissos e intervenção dos poderes públicos
para aliviar os problemas sociais das grandes cidades e para reforçar os
mecanismos de controle, diminuindo a delinquência;
Inspirados na teoria ecológica da Escola de Chicago;
DELEGADO ESTADUAL NOTURNO CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 28/05/10

Atribuem ao meio social um valor desmedido na génese a


criminalidade, quando já se sabe que o meio não cria, somente a atrai;
Não evitam o delito, apenas o adiam ou deslocam para outra
área;
São repressivos, antissociais e discriminatórios, porque os
grupos visados são sempre os mesmos;
Afastam-se da prevenção primária que consiste numa
intervenção social e comunitária em favor das áreas carentes,

Por meio do Desenho Arquitetônico: Adotados pelos


chamados geógrafos do crime, de orientação sociológica com Jeffery, e
pela psicologia comunitária;
Baseiam nas relações estatísticas entre certos espaços
concretos da sociedade, favorecedores da delinquência ocasionai, e
determinados tipos de delitos;
Objetivos: neutralizar os riscos de cometimento de delito ou de
vitimizacão nesses locais, através da reestruturação urbana orientada
pelo desenho arquitetônico de forma a aumentar os riscos para o
potencial infrator (interposição de barreiras, melhoria da iluminação) e
modificar a estrutura comportamental e motivacional da comunidade
local (fortalecer o controle social informal);
Críticas semelhantes às do item anterior;

Orientação Comunitária: Consistem em intervir na


comunidade;
Visam a integração social por meio de uma política criminal
participativa, que mobilize todas as forcas da comunidade, associada a
prevenção sobre áreas de risco situacional e comunitária;
São os mais coerentes, pois assumem a natureza social e
comunitária do problema criminal.

Prevenção Vitimaria: baseiam-se na intervenção dos grupos e


subgrupos de vítimas potenciais, pois os riscos de vitimizacão depende
de variáveis pessoais, situacionais e sociais relacionadas a própria
vítima, não se distribuindo de forma uniforme na população (crianças,
adolescentes, ancião, estrangeiros, marginalizados, etc,);
Procuram conscientizar as vítimas potenciais a respeito dos
riscos que assumem a fim de estimular atitudes maduras de
responsabilidade, defesa e autocontrole, além de mudar a mentalidade
fomentar a solidariedade da sociedade em relação a vítima de delito;
DELEGADO ESTADUAL NOTURNO CENTRO
CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 28/05/10

Estratégias: campanhas gerais nos meios de comunicação,


campanhas técnicas direcionadas ao grupo de risco mais vulneráveis e
organização de atividades comunitárias dirigidas a pessoas de
determinados bairros ou área territorial;
Resultado abaixo do esperado porque as vítimas potenciais
não acreditam que vão ser vitimizadas e as campanhas de prevenção
acabam sendo utilizadas para infundir o medo do delito na população e
para conseguir políticas criminais rigorosas seletivas de discriminatórias
de certos grupos.

De Inspiração Político Social: Objetivam intervir


positivamente por meio de políticas sociais que diminuam as carências e
as desigualdades, das quais a criminalidade seria um sintoma (atacam
as raízes = prevenção primaria);
Foram apoiados pelas teorias da estrutura social e colocados
em prática no projeto da área de Chicago nos anos 30;
Propõem melhorias comunitárias na educação, saúde,
segurança, etc. direcionadas as áreas sociais menos favorecidas,
buscando diminuir o abismo entre seus habitantes e a sociedade em
geral, e oferecer alternativas a conduta delitiva;
Incluem o auxílio da política e da administração da justiça no
controle de bandos de infratores juvenis e adulto;
Dificuldade na avaliação de tais problemas: operam a médio e
a longo prazo sendo possível a verificação empírica da relação entre o
emprego, deles e a queda da criminalidade;
Como depende de investimentos do governo, as metas
geralmente não conseguem ser cumpridas e a prevenção acaba sendo
mais seletiva, de caráter policial.

Dirigido a Reflexão Axíológica: Preconizam substituir os


valores sociais que sustentam os comportamentos delitivos no presente,
ou modificar as mensagens e atitudes que tornam possível a leitura
criminógena de tais valores visando modifica-las no futuro;
Como o comportamento humano tem suas raízes em atitudes,
motivações e valores existiriam uma correlação entre os valores
subterrâneos da sociedade e a sua criminalidade;
Objetivam intervir nas causas e raízes da criminalidade por
meio da prevenção primaria e estrita.

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CRIMINOLOGIA
PROF: NEUSA
DATA: 28/05/10

De Orientação Cognitiva: São baseados em estudo sobre o


treinamento de menores e jovens pré-delinquentes para lidar com a
própria agressividade;
Direcionam-se ao combate das condutas não adaptadas,
incidindo no âmbito familiar, escolar e na prevenção ao consumo de
drogas;
Estudos demonstraram a eficácia tanto na prevenção, como na
intervenção ressocializadora, isolando o delinquente de influências
criminógenas, desde que aplicada tempestivamente ao jovens (poderia
evitar comportamentos delitivos),

De Prevenção da Reincidência: São programas de prevenção


terciária ou de intervenção (tratamento), ou correspondem ao modelo
dos substitutivos penai;
Propõem fórmulas alternativas a intervenção drástica do
sistema legal no caso de conflitos menos grave a fim de evitar a
estigmatização da pena;
Pretende impedir que o infrator e o condenado, consolide a
condição de delinquentes;
Apesar da atuação tardia, pois o desvio primário já ocorreu são
importantes na prevenção da reincidência, cujos índices são altos na
grande sociedade, o que torna o número de delitos superior ao de
delinquentes;
Compõem se de programas que utilizam mecanismos
alternativos ou que suavizam a intervenção legal (negociação
conciliação entre delinquente e vítima, reparação de danos e prestação
de serviços a comunidade) para evitar a estigmatização, conforme o
postulado pelo labeling approach, sendo limitado aos infratores
primários, jovens e aos delitos de pequena gravidade e'de programas de
intervenção que atuam em âmbito penitenciário buscando a
ressocialização do condenado mediante intervenção terapêutica
(técnicas de psicoterapias) e pedagógica.

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