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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
DO SISTEMA COFECI-CRECI
BRASÍLIA
2012
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
DO SISTEMA COFECI-CRECI
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
DO SISTEMA COFECI-CRECI
NOTA À EDIÇÃO
Nossa intenção aqui não foi esgotar o assunto nem sequer abranger à amplitude
do sistema de fiscalização profissional dos CRECI’s. Na verdade, o que tentamos
fazer é agrupar muitas das ideias surgidas do conjunto de nossas experiências
adquiridas nesses anos de Conselho.
Vale dizer que a ideia de chamar essa obra de MANUAL até parece
demasiadamente pretensiosa. No entanto, a intenção é que ele dê a imediata noção
de sua utilidade apenas pela praticidade, ou seja, trata-se de um pequeno livro para
consultas rápidas. E, sinceramente, esperamos que sirva a esses objetivos e que
represente pequena contribuição à classe, à profissão, à fiscalização e à sociedade.
Brasília, 2012.
Elaboração:
Admar Piedade Pucci Junior
Presidente do CRECI-PR
Revisão:
Antônio Linares Filho, adv.
Procurador Jurídico do CRECI-PR
Graciele Zepson
Assessora de Comunicação do CRECI-PR
Projeto Gráfico:
Fernando Ribeiro
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SUMÁRIO
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DO SISTEMA COFECI-CRECI
CAPÍTULO VI – PROCEDIMENTOS
6. Tramitação do processo administrativo (auto de infração)...........................41
6.1 Decisão em primeira instância .....................................................................42
6.2 Relatório .......................................................................................................42
6.3 Voto e fundamentação..................................................................................43
6.4 Das sanções disciplinares ............................................................................46
6.5 Advertência verbal ........................................................................................46
6.6 Censura ........................................................................................................47
6.7 Multa .............................................................................................................47
6.8 Suspensão da inscrição até 90 dias.............................................................48
6.9 Cancelamento da inscrição ..........................................................................49
6.10 Do efeito das decisões da CEFISP...............................................................50
6.11 Tramitação de processo disciplinar originado de termo de representação....51
6.12 A função da CEFISP no processo disciplinar (termo de representação) ......54
Conclusão .............................................................................................................57
Bibliografia consultada..........................................................................................58
Anotações .............................................................................................................59
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
DO SISTEMA COFECI-CRECI
Primeira Parte
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DO SISTEMA COFECI-CRECI
CAPÍTULO I
ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO
DA PROFISSÃO DE CORRETOR DE IMÓVEIS
1 Bastos, Celso Ribeiro; Martins, Ives Gandra. Comentários à Constituição do Brasil: promulgada
em 5 de outubro de 1988. São Paulo: Saraiva, 1988-1989. P. 77. V. 2.
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Hely Lopes Meireles anotava que Autarquias Federais Indiretas “são entes
administrativos autônomos, criados por lei específica, com personalidade jurídica
de Direito Público interno, patrimônio próprio e atribuições estatais específicas. São
entes autônomos, mas não são autonomias”.2
2 Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. 21 ed. São Paulo: Malheiros, 1996. p. 309.
3 Faria Júnior, João de. Ordens e conselhos profissionais: Noções. São Paulo. RT 475, p. 217-219.
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CAPÍTULO II
Apenas como ilustração anote que a noção de regimento interno (RI) pode ser
interpretada como conjunto de regras estabelecidas para regulamentar o
funcionamento do órgão e suas divisões. Distribuindo, assim, competência para
determinado fim.
A partir desta premissa pode-se fixar que o CRECI tem competência e principais
ações da seguinte natureza:
• ação fiscalizadora;
• ação orientadora;
• ação disciplinar;
• ação deliberativa;
• ação administrativa;
• ação supervisora;
• dentre outras.
• Plenário;
• Diretoria;
4 Art. 11. Os Conselhos Regionais serão compostos por vinte e sete membros efetivos e igual
número de suplentes, eleitos em chapa pelo sistema de voto pessoal indelegável, secreto e
obrigatório, dos profissionais inscritos, sendo aplicável ao profissional que deixar de votar, sem
causa justificada, multa em valor máximo equivalente ao da anuidade. (Redação dada pela Lei
nº 10.795, de 5.12.2003)
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• Conselho Fiscal;
• Comissão de Ética e Fiscalização Profissional;
• Comissão de Análise de Processo de Inscrição;
• Outras Comissões de Trabalho;
• Departamento de Fiscalização.
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O conselheiro deve ter noção e entender essas diretrizes para que tenha
condições de atuar com responsabilidade e legalmente nos afazeres do CRECI.
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Como visto, todos estes poderes de autoexecução são dispostos para que o
CRECI tenha condições de cumprir seus objetivos finalísticos.
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Com sua composição formada por 3 (três) membros efetivos dentre eles um
Coordenador pode se reunir a cada trimestre. Ou, ainda, em situações excepcionais
por convocação da Presidência. Também pode se reunir por solicitação justificada
da coordenação.
O RI faz alusão ao que diz a Lei nº 6.530/78 em seu artigo 10 esclarecendo que
o “Conselho Federal será composto por dois representantes, Efetivos e Suplentes,
de cada Conselho Regional, eleitos dentre seus membros.”7
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2.9.2 Composição
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2.12 Organograma
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Segunda Parte
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CAPÍTULO III
CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS
Observe que o RI prevê em seu artigo que o Plenário deverá apreciar as Contas
do CRECI referentes ao exercício anual anterior. Isso dentro do primeiro bimestre
de cada ano seguinte.
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Por fim, a terceira hipótese trata das contas julgadas irregulares quando se
verifica os seguintes desdobramentos:
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Nessa parte, acaso rejeitada as razões de defesa pelo Plenário, reabre-se prazo
de 15 (quinze) dias para recolhimento das quantias. Com o recolhimento do débito
devidamente atualizado o processo de prestação de contas está saneado.
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3.5.1 Seguros
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O CRECI poderá dispor de até 5% (cinco por cento) da receita anual para
instituições sem fins lucrativos ligados à profissão de corretor de imóveis ou ao
mercado imobiliário. Isto pode se operar em parceria ou não com o ente visando:
10 BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras
providências. [DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, republicação 6.7.1994].
11 BRASIL. Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de
licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras
providências. [DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, publicado 17.7.2002 e retificado 30.7.2002].
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3.9 Proibições
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Terceira parte
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CAPÍTULO IV
ELEIÇÕES
Com essas diretrizes o RI dispõe que o pleito eleitoral ocorrerá sempre no ano
em que vencer o triênio do mandato em curso. E, na hipótese de não haver eleições
ou posse dos novos conselheiros, o COFECI intervirá temporariamente. Assim
nomeará Diretoria provisória para administrar o CRECI com a missão de:
12 Art. 11. Os Conselhos Regionais serão compostos por vinte e sete membros efetivos e igual
número de suplentes, eleitos em chapa pelo sistema de voto pessoal indelegável, secreto e
obrigatório, dos profissionais inscritos, sendo aplicável ao profissional que deixar de votar, sem
causa justificada, multa em valor máximo equivalente ao da anuidade. (Redação dada pela Lei
nº 10.795, de 5.12.2003).
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Nesta ocasião, será realizado ato solene de antecipação da posse dos novos e
futuros conselheiros efetivos e suplentes que exercerão mandato a partir do dia 1º
de janeiro do exercício seguinte tendo como ordem do dia:
Consta ainda das normas que conduzem os trabalhos que a Ata extraída da
Sessão Plenária Especial tem efeito de Termo de Posse dos Novos Conselheiros,
da Diretoria, do Conselho Fiscal e dos Representantes junto ao COFECI, valendo
como documento legítimo para demonstrar quem são as autoridades eleitas e seus
respectivos cargos e funções de acordo com o RI.
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Quarta parte
Deliberação conjunta
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CAPÍTULO V
A abertura da sessão terá a seguinte ordem protocolar que pode ser alterada a
critério de cada gestão com aprovação do Plenário:
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O RI aponta que nenhum conselheiro pode fazer uso da palavra sem que tenha
sido concedida pela presidência da sessão. Portanto, a palavra será dada ao
interlocutor mediante manifestação e, no caso de múltiplas, por inscrição.
Enquanto isso, o presidente da sessão não faz apartes, não os concede, nem os
permite em paralelo visando manutenção da ordem dos trabalhos e das discussões.
13 Art. 66 - As questões de ordem poderão ser suscitadas a qualquer tempo, desde que o
Conselheiro suscitante declare o dispositivo legal ou regimental em que se funda, ou que esteja
sendo transgredido e, se tal não ocorrer, o Presidente poderá cassar-lhe a palavra liminarmente.
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Colocada em votação frente a frente, o secretário fará contagem dos votos dos
conselheiros do Plenário ou Turma e o presidente da sessão proclamará o resultado.
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Matéria rejeitada pelo Plenário poderá ser rediscutida 90 (noventa) dias após o
primeiro julgamento desde que detenha fato novo que justifique a reanálise.
O regimento adéqua várias questões na parte final. Primeiro estabelece que após
o término do mandato, o direito de denúncia contra diretor, conselheiro, ou membro
de comissão por eventual prática de irregularidade administrativa, falta de decoro
ou desídia na função, decai em 1 (um) ano.
Em segundo lugar prevê que o CRECI que passar por intervenção terá Diretoria
Provisória nomeada pelo COFECI à qual deverá prestar contas e relatórios de suas
atividades. Nessa parte consta ainda que a prestação de contas do regional sob
intervenção passará pelo Conselho Fiscal e depois pelo Plenário do COFECI, para
aprovação.
Como quarto elemento atribui publicidade aos atos do Plenário sendo abertas
as sessões com lembrança ao artigo 58 do RI que trata de casos especiais de sigilo
já vistos acima.
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Quinta parte
Julgamento de processos
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CAPÍTULO VI
PROCEDIMENTOS
Remessa
Certifico que nesta data faço remessa dos autos à
(ao)_________________________________________.
Data,__________________.
Assinatura
Recebimento
Certifico que nesta data recebi o presente processo da
(do)______________________________________________.
Data,__________________.
Assinatura
Com isso, sendo juntada defesa (se houver) e feita numeração sequencial das
folhas, o processo será remetido à Assessoria Jurídica (ASSEJUR). Esta recebendo
os autos deverá analisar o feito podendo:
a) devolver à Coordenadoria de Fiscalização para a realização de diligências
necessárias; ou,
b) emitir parecer sobre a procedência ou improcedência da autuação.
Essa regra está disposta no art. 24, da Resolução COFECI nº 146/82 (Código de
Processo Disciplinar).
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Dito noutras palavras, a pessoa que responde ao processo tem o direito de saber
o motivo pelo qual está sendo julgada e, principalmente, porque recebeu tal sanção.
Assim para que as decisões da CEFISP tenham eficácia e validade devem ser
fundamentadas e com base nos elementos informativos extraídos do processo. Do
contrário, estarão sujeitas à nulidade ou reforma.
6.2 Relatório
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Relatório
1. Tipóia Joaquina foi autuada pela FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL
em data de 18/04/2008 por ter anunciado publicamente a venda
de imóveis no jornal Folha de Londrina, edição de 06/04/2008,
p. 03, sem apresentação dos seguintes contratos de venda:
(i) VENDAS: Casa Vila Romana; Sala Cml Calçadão; Terreno Jd.
Colina Verde 1000 m2; Chácara 12.000 m2;
(ii) LOCAÇÃO: Casa Jd. Do Sol; Cml 180 m2 e Apto. no Jardim
Brasil, Rua da Liberdade, 130.
2. Esses fatos foram levantados e consignados no auto de infração
que formou o PA nº 033/2008, em exame.
3. Foi certificado no processo que a autuada não apresentou defesa (f. 5).
4. A Assessoria Jurídica opinou pela procedência do AI por infração
ao art. 20, III da Lei nº 6.530/78, considerando estarem provados
os fatos articulados em desfavor da autuada.
5. É o relatório.
6. Passo ao voto e sua fundamentação.
Com essa breve exposição do caso, é possível aos demais julgadores que
compõem a Comissão conhecê-lo e exarar o veredicto.
O voto deve ser fundamentado. Por isso, o relator precisa analisar a conduta e
suas conseqüências, indicando qual ou quais os dispositivos legais infringidos e,
ao mesmo tempo, se for o caso, impor a sanção que entender cabível, respeitando
sempre os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. Veja-se, como mero
exemplo, o que pode ser um modelo de voto:
Voto e Fundamentação
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Acordão
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• advertência verbal,
• censura,
• multa,
• suspensão da inscrição até 90 (noventa) dias, e;
• cancelamento da inscrição com apreensão da carteira
profissional.
Havendo reincidência específica é claro que a pena pode ser agravada. Trata se,
portanto, de critério objetivo, mas que compete ao julgador sopesar a conduta, os
fatos e as circunstâncias para daí sim aplicar a justa reprimenda (sanção disciplinar).
Interessante anotar que o art. 29 do CPD institui outra regra básica que o julgador
deverá atender na imposição da penalidade, ou seja, a que determina a aplicação
de uma penalidade para cada ilícito disciplinar reconhecido no processo originário
do auto de infração ou da representação. Realmente está fixado paradigma onde,
para cada infração comprovada, o julgador deverá aplicar penalidade, dentre as
capituladas no art. 21 da Lei nº 6.530/78.
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Ressalve se, ainda, que somente nesse último caso a penalidade deverá constar
de certidão sobre os antecedentes disciplinares do infrator.
6.6 Censura
A censura poderá também ser aplicada na segunda falta leve cometida pelo
infrator, podendo o julgador, diante das circunstâncias de cada caso, impor,
cumulativamente com a censura, a penalidade de multa.
6.7 Multa
Ao prever a penalidade de multa, no art. 21, III, a Lei nº 6.530/78, como também
o Decreto nº 81.871/78 (art. 39, III), não estatui os limites máximo e mínimo para
essa sanção. A atribuição de fixar esses limites é conferida ao COFECI, como se
vê da redação do art. 16, VII, da Lei 6.530/78, que assim poderá fazê-lo, como
realmente o fez, por meio de resolução.
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A primeira é a de que a sanção pode ser acumulada com outra penalidade, para
a punição de uma só infração, fato que constitui uma exceção ao princípio da
correspondência da aplicação de uma pena para cada infração. No CPD a matéria
se encontra tratada no art. 29 e seu parágrafo único.
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o certificado de inscrição. Embora o art. 21, inciso V, da Lei n° 6.530/78, seja silente
a respeito, essa providência parece ser óbvia, pois, em caso contrário, a penalidade
só poderia incidir sobre a pessoa física, com exclusão da pessoa jurídica.
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O recurso, nesse caso, será julgado por uma das Turmas Julgadoras (se houver)
na hipótese de pessoa inscrita; ou; por revisão do Plenário do CRECI podendo ser
relator qualquer conselheiro, exceto os componentes da Diretoria ou os membros
da Comissão de Ética e Fiscalização Profissional.
Por fim, a execução da penalidade imposta ao autuado, caso o recurso não seja
provido no COFECI, será efetivada na instância de origem.
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Assim a segunda via do Termo será remetida ao representado, por via postal,
com aviso de recebimento. Não sendo efetivada a entrega por esse meio, aplicar-
se-ão as providências descritas nos §§ 1º, II, 2º e 3º do art. 11 do CPD.
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DISPOSITIVOS INFRINGIDOS
Cidade, data.
Nome
Após o prazo de defesa, com ou sem ela, o processo será remetido à Comissão
de Ética e Fiscalização Profissional para, se julgar necessário, complementar a
instrução, como facultado pelo art. 55 do CPD.
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EMENTA
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ACÓRDÃO
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CONCLUSÃO
Esperamos que a primeira etapa ou o primeiro passo dessa jornada tenha sido
dado. É certo e incontestável que muitos pontos aqui tratados fazem surgir outras
questões que merecem análise mais detida e certamente as críticas poderão ajudar
no seu aperfeiçoamento.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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ANOTAÇÕES
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