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ESPREITAR OS CONTEÚDOS > 6º ANO > HISTÓRIA GEOGRAFIA DE PORTUGAL ­ 6º ANO     

1.1) O IMPÉRIO PORTUGUÊS NO SÉCULO XVIII


OS TERRITÓRIOS DE PORTUGAL
No Século XVIII, apesar de ter sido muito atacado por Holandeses, Franceses e Ingleses, Portugal estava representado em quatro continentes:

Europa
Ásia
África
América do Sul

Nos dois mapas seguintes podes reparar na diferença entre os territórios Portugueses no séc. XVI e séc. XVIII.

Territórios Portugueses no séc. XVI.   

Territórios Portugueses no séc. XVIII.

Podes constatar que houve grandes alterações durante este período.

Assim, as regiões que tínhamos eram:

Na Europa, Portugal Continental e os arquipélagos da Madeira e Açores.

Em África, os arquipélagos de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, Guiné, Angola, e Moçambique

Na Ásia, tínhamos no território da Índia, as cidades de Goa, Damão e Diu e os territórios de Macau e Timor.

Na América do Sul, a região do Brasil.

Entre o séc. XVI e XVIII, fomos perdendo territórios porque, como te deves lembrar, Portugal esteve sob o domínio Espanhol durante sessenta anos. Então, durante esse domínio
Espanhol, os países inimigos de Espanha ocuparam muitos dos nossos territórios. Esses países eram a Inglaterra, a Holanda e a França.

O BRASIL
O Brasil era a nossa colónia mais importante do ponto de vista económico.
Do Brasil vinham imensas riquezas naturais. As mais importantes eram: 

Ouro
Diamantes
Açúcar
Tabaco

Porque será que os portugueses passaram a interessar­se mais pelo Brasil?

Esta mudança verificou­se porque Portugal perdeu alguns territórios no Oriente, o que fragilizou a sua presença nesse mercado. A concorrência e a influência dos países Europeus no
Oriente era cada vez mais forte e os lucros obtidos com o comércio das especiarias diminuíram muito.

Por outro lado, no Brasil, Portugal controlava o território. As viagens eram menos perigosas e menos onerosas. E acima de tudo, o Brasil tinha recursos naturais muito valiosos, como o
ouro e os diamantes.

O clima da região era quente e húmido e proporcionava solos férteis.

As culturas principais eram o açúcar, o tabaco, a mandioca, o algodão e o arroz. As madeiras nobres também eram uma excelente fonte de riqueza do Brasil.

O OURO DO BRASIL
Estas culturas agrícolas que acabámos de referir localizavam­se no litoral do território do Brasil.
Depois de alguns maus anos agrícolas e do consequente aumento do custo de produção destes produtos agrícolas, as exportações para a Europa passaram a ter menor valor.
Como deves perceber, se ficou mais caro produzir o açúcar, este açúcar quando chegava a Europa também tinha um preço superior. Logo, era mais difícil vender.

                     

       Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista

Perante este cenário, grupos de colonos aventuraram­se pelo interior do território em busca do ouro que se dizia que lá existia. Estes colonos eram conhecidos por bandeirantes.
Estes bandeirantes tiveram um papel muito importante. Foi graças às suas expedições nas regiões do interior do Brasil que se descobriram minas de ouro e diamantes.

A MOVIMENTAÇÃO DA POPULAÇÃO
Os bandeirantes expandiram as fronteiras do Brasil que ainda se mantêm. Exploraram o interior e conseguiram ir para além dos limites do Tratado de Tordesilhas.
Centro Oeste ­ Em 1748 foram criadas novas capitanias: Goiás e Mato Grosso.
Sul – Expandiu­se para o Santa Catarina.

                                                                  Expansão do Brasil pela mão dos Bandeirantes

A descoberta do ouro e diamantes provocou uma deslocação de uma parte da população do litoral para o interior do Brasil.
Outro efeito desta descoberta foi o aumento do fluxo de portugueses para o Brasil. A atração do ouro causou uma verdadeira corrida às terras do ouro.
O trabalho nas minas de ouro e diamantes e nos engenhos do açúcar era muito difícil e por vezes perigoso. Os indígenas brasileiros nunca se adaptaram a este tipo de trabalho. Por
isso, foi necessário recorrer à mão­de­obra escrava vinda de África.
Estes escravos foram muito importantes na economia brasileira porque, como se disse, eram eles que trabalhavam nos engenhos de açúcar.

Importante ­ Engenhos, eram grandes propriedades com campos de plantação de cana, os canaviais, oficinas para fabricar o açúcar e a casa do senhor. Também se incluía a zona de
habitação dos escravos, a sanzala.

O COMÉRCIO DE ESCRAVOS NA ECONOMIA PORTUGUESA.


O comércio de escravos começou desde as primeiras viagens de exploração a África. O primeiro lote de escravos africanos levados para a Europa vieram da Mauritânia. Foram trazidos
para Lisboa em 1441. Anos depois os Portugueses chegaram à Costa do Marfim e trouxeram mais escravos. Estes foram enviados para os Açores e Madeira e Alentejo. Desde então, o
tráfico de seres humanos nunca mais diminuiu.
Os escravos eram raptados (num rio, numa margem, numa estrada) ou atacados nas suas aldeias e levados amarrados uns aos outros em fila numa corda que era puxada por uma
pessoa num cavalo. A escravatura era alimentada pelos próprios africanos, que atacavam a tribo ou o reino vizinho (quase sempre inimigos) e depois vendiam­nos aos intermediários
(africanos que ficaram ricos graças a este comércio). Estes metiam o «novo lote» num forte ou feitoria, onde ficavam acorrentados numa prisão, à espera de serem embarcados. Durante
esse tempo eram muito maltratados. Pouca água e pouca comida e muita intimidação.

 
                                                                                               Africanos capturados

Depois vinham os europeus, que os compravam aos africanos esclavagistas. Os escravos (que não eram vistos como pessoas) eram atirados para uma ala de um navio, o porão, onde
ficavam acorrentados. Dormiam ali, comiam ali e faziam ali as suas necessidades. As doenças e a subnutrição eram a norma e metade da população morria antes de chegar à Europa.
Isto era só o começo.
Quando chegavam à Europa eram metidos num barracão onde um médico os avaliava. Abriam a boca e viam se estavam lá os dentes todos, procuravam alguma doença. Havia um
grupo que catava os piolhos dos escravos mais jovens e mais bonitos.
Seguia­se a venda: Os homens valiam mais que as mulheres, as crianças valiam menos que os jovens, os mais velhos eram dados de brinde na compra. As famílias eram separadas.
Era frequente ouvir as crianças a chorar enquanto eram afastadas das mães.
O escravo era transportado para a casa do proprietário e era colocado numa senzala. Era um espaço com uma única divisão, onde os africanos se amontoavam e dormiam no chão, em
molhe. Eram guardados pelo capataz (um escravo de confiança do Senhor, de hierarquia mais alta). O capataz era obrigado a castigar os rebeldes e desobedientes, à frente de todos.

 
                                                                                      Instrumentos usados para castigar escravos

Os castigos eram de todo o tipo (como já viste em muitos filmes). Os instrumentos de castigo consistiam em queimar, cortar (chicotes, ferro em brasa etc...). Por vezes eram castigados
na praça da cidade, num pelourinho. Quando eram acusados de algo eram torturados. Não tinham direito a um advogado e não tinham leis que os protegessem. Dava­se recompensa a
quem denunciasse um escravo fugitivo e havia castigos para quem tivesse pena deles e os escondesse.
Nestas condições, a maioria morria antes dos 30 anos.
O que salvava os escravos era a Fé. Eles trouxeram a sua Religião consigo. Na senzala, onde havia escravos de várias partes de África, muitas religiões se misturaram, dando origem a
fés misturadas (Candomblé, Voudu, entre outros). Mas estas crenças eram secretas porque os escravos eram convertidos à força ao Cristianismo e recebiam um nome cristão. A
Escravatura foi abolida em Portugal em 1869 e em 1888 no Brasil.

A MISCEGENAÇÃO
O Brasil é um dos países com a maior quantidade de pessoas «misturadas». Os Portugueses cruzaram­se com índios, os africanos com europeus e os índios com africanos. Quase
todos os Brasileiros têm um antepassado africano ou índio. O mesmo se passa com a música, crenças, vestuário e adornos. O sotaque brasileiro é outro exemplo. É uma forma de falar
Português com sons africanos e índios.

                                                                                                        A Miscegenação

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