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Resumo
Neste artigo, o autor defende que com a implementação das tecnologias de informação e
comunicação (Tic) na educação em particular no ensino, haver uma democratização no ensino
evoluindo desta forma as metodologias de ensino, fazendo do estudante o elemento activo e
efectivo na aprendizagem. As Tecnologias de Informação e Comunicação não são apenas
simples instrumentos que possibilitam a emissão, recepção de informações ou conteúdo como se
tem dito nos bastidores, mas sim que contribui positivamente para mudanças cognitivas do
indivíduo e a organização da educação e da escola. O autor neste artigo descreve e analisa o
impacto das tecnologias de informação e comunicação na Educação particularizando no processo
de ensino e aprendizagem. Com este objectivo, o autor aborda conceitos e práticas de forma a
apoiar a educação, a escola, os professores assim como os estudantes a desenvolverem trabalhos
com recurso as tecnologias de informação e comunicação disponíveis.
O artigo apresentado faz uma reflexão a partir de estudos e publicações relativas ao Impacto das
Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação em Moçambique. Onde primeiro lugar,
o artigo situa o tema e analisa alguns aspecto introdutórios. A seguir, discute o tema no campo da
educação particularizando nos subsistemas de educação. Para se alcançar o pretendido no artigo
foi feito um levantamento bibliográfico, aplicou-se entrevistas a um grupinho de alunos da
Escola Secundária Eduardo Mondlane em Quelimane e observação direita como métodos de
recolha de informações.
As Tic podem apoiar nas novas abordagens pedagógicas dando maior importância à iniciativa do
estudante e ao trabalho em grupo, fazendo com que o papel do professor seja de um moderador
com conhecimentos necessário para dirigir e a animar grupos de estudantes, assegurando o
acompanhamento e a avaliação da aprendizagem de cada um (ensino centrado no aluno).
Meirinhos e Osório (2011:50), dizem que um dos aspectos a destacar na integração das TICs e da
implementação das redes nos sistemas de aprendizagem e de administração é o alargamento do
espaço e do tempo das possibilidades de interacção e trabalho entre todos os intervenientes
educativos.
As redes de comunicação social, referenciadas por estes dois autores vão influenciar na criação
de mais espaços em curto tempo, espaços esses que vão facultar aos estudantes outros
conhecimentos, outras metodologias de estudo, uma vez que este pode interagir com estudantes
de diferentes partes do mundo, não só também podem interagir com os professores usuários das
redes criando espaço para um ensino centrado no estudante por que durante a aula não foi
possível devido não a insuficiência de tempo, muitos estudantes para poucos meios.
A informática é uma das várias tecnologias de informação e comunicação que tem um impacto
muito acentuado no processo de ensino e aprendizagem, que para além da sua abrangência e
utilização esta é muito difundida em diferentes ambientes de trabalho, hoje em dia todo sector
usa esse meio para dinamizar o trabalho.
Neste contexto a informática é aplicada na elaboração dos planos curriculares, aulas, fonte de
pesquisa, criação de base de dados sobre os funcionários de educação. Relativamente ao impacto
directo no processo de ensino aprendizagem facilita o docente assim como o estudante a interagir
com o mundo, fazendo com que estes estejam informados e capazes de discutir assuntos
relevantes da actualidade e fazer avaliações dos assuntos através da informática.
A educação como uma organização pode também usar a informática nos escritórios como
anteriormente foi referenciado, uma vez que o escritório é o lugar da planificação e deve ter
técnicas desenvolvidas para criar um ambiente de produção de ferramentas aceitável para análise
do desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem e proporcionar mudanças de formas de
trabalho tradicional para as novas, transformando rapidamente a maneira como se trabalha, se
relaciona e aprende-se, desafiando costumes, valores e conceitos adquiridos pelas TICs.
Aqui esse prolongamento dos sentidos referenciados pelo McLuhan estão ligados a disposição
dos vários métodos de ensino que as novas tecnologias nos proporcionam, exemplos disso hoje
as pessoas podem se formar onde elas quiserem sem que estas se deslocam, uma vez que as
novas tecnologias atraem e modificam o processo de como o conhecimento é produzido e
transmitido, fazendo com que esta aprendizagem seja contínua, produza uma valorização pessoal
dos conhecimentos e competências.
"A formação tecnológica, deve ser incluída numa formação geral e aberta do homem, que o
capacite na aquisição de uma consciência crítica e prospectiva, descobrindo possibilidades e
riscos que comporta um desmesurado procedimento tecnológico." Rivilla (1989:18).
Daí que a introdução das tecnologias de informação e comunicação na educação surge como
necessidade de preparar as pessoas para lidar com as novas tecnologias que a sociedade hoje em
dia esta sujeita a chamada sociedade tecnológica.
As razões das dificuldades que a educação enfrenta que contribuem para a fraca implementação
das tecnologias de informação e comunicação ou o desligamento da escola do mundo moderno
das tecnologias, podiam muito bem ser ultrapassadas dando atenção a educação, como um local,
espaço onde se busca, actualiza-se, se forma o individuo.
Secundando Rodrigues (2006:3): a escola é local onde as TICs devem ser operacionalizadas,
devendo para tal apresenta-se como base do domínio da produção e disseminação das novas
práticas das TICs no ensino, fazendo com que as entidades de tutela estejam atentos aos sinais
claros das transformações pelas quais a sociedade está passando e evolucionado as mesmas,
formando indivíduos com um domínio das TICs.
Face a este propósito a educação em Moçambique não pode limitar-se ao espaço físico dos
estabelecimentos de ensino mais sim deve proporcionar um espaço de respostas, aberto e sujeito
às influências do ambiente tecnológico que o mundo assiste nos nossos dias, criando condições
de aquisição destas tecnologias de informação e comunicação.
Nestas condições, nem todos os alunos terão a oportunidade de se encontrem com o computador,
uma vez que são muitos e como a imagem diz por si são poucos computadores, dai que a escola
faz desta sala um museu, lugar de visitas só para dizer que as tics estão a ser implementadas.
Segundo alguns alunos entrevistados pelo autor deste artigo estes foram unânimes em afirma que
existe no horário aulas de tic e só tem teoria e para entrar na sala de informática não é fácil só
entram professores.
Torres (1990:130), diz que não basta colocar o computador na escola, há que encontrar um lugar
no currículo escolar e integrá-lo de maneira criativa e pedagógica na actividade escolar.
Essa forma de pensar do Torres é uma realidade vivida na educação em Moçambique, foi
introduzida a as tecnologias de informação e comunicação nas escolas a quatro anos atrás, mais
não se proporcionou meios nem a formação do professor para leccionar as aulas das tic, em suma
o mesmo professor não dispõe de habilidades para o uso de materiais de forte carácter inovador,
o que provoca desconfiança a ele próprio, excepto um e outro professor que adquiriu
conhecimentos fora da formação, mais mesmo assim este não sabe relacionar estas Tics com a
prática pedagógica.
As TIC´s neste ciclo segundo o plano curricular de ensino secundário geral (PCESG:2007), serão
usadas como meio de ensino na leccionação das diferentes disciplinas, esperando-se desta forma
uma exploração dos recursos disponíveis pelas novas tecnologias que fazem parte do nosso dia-
a-dia.
Ainda de acordo com o mesmo documento com a introdução das tic, estas vão encorajar aos
alunos a fazerem o uso para resolver problemas, buscar e sistematizar informação, fazer
experiências, entre outras actividades oferecidas pelos diferentes meios de comunicação e
informação.
Ate ao nível do ensino secundário geral estas tecnologias de informação e comunicação vai
contribuir para o desenvolvimento das habilidades dos alunos na aquisição e sistematização das
informações por estes adquiridos.
Estes aspectos ditos na prática, o domínio das tecnologias de informação e comunicação estaria
padronizada e os estudantes teriam noções das importância e direcções em termos do uso, hoje
em dia as tecnologias vivem connosco mais a sua aplicabilidade é duma forma desorganizada,
1
Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos com Habilitação em Higiene e
segurança no Trabalho, Maputo. 2009
exemplo os estudantes tem conhecimentos da existência, usam as tecnologias mais para que fins
este estudante usam? Temos casos que um estudante sabe muito bem navegar, a cessar filmes,
musicas, mais lhe ser difícil a cessar uma informação de carácter académica, baixar livros,
seleccionar matéria ou coisas importantes para trabalhos da escola.
Concluímos que a educação precisa de mas recursos humanos formados na área das tecnologias
de informação e comunicação, material informático e infra-estruturas adequadas aos meios
informáticos.
Concluímos também que os estudantes já nascem nativos digitais equiparados aos indivíduos
dos pontos do mundo, fazendo com que a educação elabore um novo modelo curricular.
Aliado aos assunto apresentado, procuramos neste artigo dar uma direcção mais prática as
entidades envolvidas e empolgados pelo cativante mundo das tecnologias e pela disponibilidade
de recursos por eles oferecidos a envidar mais um pouco de esforço e coragem.
Referências
MEIRINHOS, M. e OSÓRIO, A. O advento das TICs na escola como organização que aprende:
a relevância. (acesso em 21 Maio de 2013). Disponível em:
http://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/6182/1/IETICID_67.pdf. 2011.
INDE Plano Curricular do Ensino Secundário Geral, Documento Orientador, Maputo, Fevereiro,
2007
INDE, Plano Estratégico da Educação e Cultura, Aprovado pela 14ª Sessão Ordinária do
Conselho
de Ministros, Maputo, Junho 2006.