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ISBN: 978-85-67674-98-8
CDU343.2
ANDRÉMOTA
CRISTIANO SOBRAL
LUCIANO FIGUEIREDO
ROBERTO FIGUEIREDO
SABRINA DOURADO
3• edição
revisada, atualizada e ampliada
Recife- PE
EDITORA
ARmADOR
2016
© Copyright 2016
Armador
Autores
André Mo ta
Cristiano Sobral
Luciano Figueiredo
Roberto Figueiredo
Sabrina Dourado
Capa
LyviaMelo
Revisão
Christiane Santos
Taciana Giaquinto
I
xerograficos, sem permissão expressa do editor (Lei n° 9.610/98).
CAPÍTULO I.
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO
(LINDB), 29
CAPÍTULO li.
PESSOA FísicA ou NATURAL ou DE EXISTÊNCIA VISÍVEL, 42
2.3. Emancipação, 51
2.3.1. Voluntária (artigo 5", parágrafo único, I, primeira parte, CC), 52
2.3.2. judicial (artigo 5", parágrafo único, I, segunda parte, CC), 52
2.3.3. Legal (artigo 5", parágrafo único, I! e ss. do CC), 53
2.4. Extinção da Pessoa Física ou Natural, 55
2.4.1. Morte real, 55
2.4.2. Morte presumida ou morte civil ou ficta mortis, 55
2.4.3. Comoriência, 59
CAPÍTULO !li.
PESSOA jURÍDICA, 60
3.1. Conceito, 60
3.2. Surgimento da Pessoa Jurídica, 61
3.2.1. Ato Constitutivo das Pessoas Jurídicas, 62
3.2.2. Princípio da Separação ou Independência ou Autonomia, 62
3.3. Desconsideração da Personalidade jurídica da Pessoa jurídica, 62
3.4. Sociedades Despersonificadas, 66
3.5. Representação da Pessoa jurídica, 67
3.6. Classificação das Pessoas Jurídicas, 67
3.6.1. QuantQ à nacionalidade: nacional ou estrangeira, 68
3.6.2. Quanto à atividade executada ou funções~ 68
3.6.3. Quanto à estrutura interna, 69
3.7. Empresas Individuais de Responsabilidade Ltda, 74
3.8. Extinção da Pessoa jurídica, 76
CAPÍTULO IV.
DIREITOS DA PERSONALIDADE, 78
4.1. Introdução e Conceito, 78
4.2. Características do Direito da Personalidade, 80
4.2.1. Indisponíveis, 81
4.2.2. Absolutos, 81
4.2.J. Extrapatrimoniais, 81
4.2.4. Inatos (jusnaturalistas), 82
4.2.5. Imprescritíveis, 82
4.2.6. Vitalícios, 82
4.3. Tutela Jurisdicional, 84
4.4. Classific~ção, 84
4.4.1. Pilar da Integridade Física, 85
4.4.2. Integridade Psíquica ou Moral, 86
4.4.3. Direito à integridade Intelectual, 98
4.5. Direitos da Personalidade jurídica, 98
CAPÍTULO v.
DOM!CÍLIO, 100
CAPÍTULO VI.
BENS jURÍDICOS, 105
6.1. Conceito de bens jurídicos, 105
6.2. Classificação, 105
6.2.1. Bens considerados em si mesmos, 106
6.2.3. Bens públicos e particulares, 113
CAPÍTULO VIL
TEORIA DO ATO, FATO E NEGÓCIO jURÍDICO, 114
ANORÉ MoT,\, CRIST!IINO SOBRAL, LUCIANO fiGUCIREDO, ROBIORTO FIGUEIREDO, $1\BRINA DOURADO
7
7.2.2. Plano de Validade, 117
7.2.3. Plano de eficácia, 122
7.3. Defeitos do Negócio Jurídico, 125
7.3.1. Vícios de consentimento l2G
7.3.2. Vícios sociais, 131 '
CAPÍTULO VIII.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA, 137
8.1. Noções Introdutórias, 137
8.2. Prescrição, 140
S.2.1. Prazos prescricionais, 141
8.2.2. Causas. impeditiv
- as, suspensivas e interruptivas d
prescnçao, 143 a
8.2.3. Lembretes finais sobre prescrição, 147
8.3. Decadência (ou Caducidade), 148
8.3.1. Observações co rre lat as: prescrição e decadência, 149
CAPÍTULO IX.
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES, 151
9.1. Conceito e Generalidades, 151
9.2. Distinção dos Direitos Reais, 152
9.2.1. Obrigações Propter Rem (In Rem, Oh Rem ou
Ambulatoriais), 153
9.2.2. Obrigação Natural (Débito sem Crédito), 154
9.3. Elementos do Direito Obrigacional, 154
9.4. Classificação, 156
9.4.1. Class~ficação Básica ou Quanto ao Objeto, 156
9.4.2. Classrficação Especial, 160
9.5. Do Pagamento. Teoria Geral, 167
9.5.1. PQnem deve pagar (solvens). O Sujeito Ativo do
agamento, 167
9.5.2. A quem se deve pagar (acccpens).
· O Sujeito Passivo do
Pagamento, 168
8
EDITO lU i\R,\\.-1.DOR i PRÁTICA CIVIL. I 3" edição
9.5.3. A penhora prévia, 169
9.5.4. Aspectos principiológicos da teoria geral do pagamento, 169
CAPÍTULO X.
TEORIA GERAL DOS CONTRATOS, 206
10.1. Conceito e Natureza Jurídica, 206
10.1.,1. Visão geral dos contratos no CC de 2002, 207
10.2. Princípios do Direito Contratual, 207
10.2.1. Princípios Liberais, 208
10.2.2. Princípios Sociais, 215
ANDRÉ MoTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUE!Rl'.DO, ROBERTO ftéUElltEDO, SAJl.RINA DOURADO
9
ÍNDICE
CAPÍTULO XI.
CoNTRATos EM EsPÉCIE, 234
11.1. Compra e Venda (artigos 481 a 532 do CC), 234
11.1.1. Conceito, 234
11.1.2. Natu~eza jurídica, 235
11.1.3. Elementos constitutivos, 235
11.1.4. As despesas e riscos do contrato, 236
11.1.5. Restrições à compra e venda, 236
11.1.6. Regras especiais da compra e venda, 238
11.1.7. Cláusulas especiais ou pactos adjetos, 238
11.2. Troca ou Permuta (artigo 533 do CC), 239
11.2.1. Conceito, 239
11.2.2. Natureza jurídica, 240
11.3. Contrato Estimatório (artigos 534 a 537 do CC), 240
11.3.1. Conceito, 240
11.3.2. Natureza jurídica, 240
11.3.3. Efeitos e regras, 241
11.4. Doação (artigos 538 a 554 do CC), 241
11.4.1. Conceito, 241
ANDRÉ Mon., CRISTIANO SO!IRAL, LUCIANO FIGUEllUlDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 11
11.7.13. Formas de extinção do contrato, 262
11.7.14. Aliciamento do prestador de serviço, 263
11.7.15. Alienação do prédio agrícola e suas consequências, 263
11.8. Empreitada (artigos 610 a 626 do CC), 263
11.8.1. Conceito, 263
11.8.2. Natureza jurídica, 263
11.8.3. Espécies, 264
11.8.4. Deveres e direitos do dono da obra, 264
11.8.5. Responsabilidade do empreiteiro, 265
11.8.6. Subempreitada, 265
11.9. Depósito (artigos 627 a 652 do CC), 266
11.9.1. Conceito, 266
11.9.2. Natureza jurídica, 266
11.9.3. Modalidades, 266
11.9.4. Direitos e deveres do depositário, 267
11.9.5. Direitos e deveres do depositante, 268
11.9.6. Da prisão do depositário infiel, 268
11. 9.7. Extinção do depósito, 268
11.10. Do mandato (artigos 653 a 692 do CC), 268
11.10.1. Conceito, 268
1Ll0.2. Natureza jurídica, 269
11.10.3. Espécies, 269
1Ll0.4. Submandato, 270
11.10.5. Obrigações do mandatário, 270
11.10.6. Obrigações do mandante, 271
11.10.7. Extinção do contrato, 272
11.11. Do transporte (arts. 730 a 756, CC), 272
11.11.1. Conceito, 272
11.11.2. Natureza jurídica, 273
11.11.3. Normas aplicáveis ao contrato de transporte, 273
11.11.4. Transporte de pessoas, 275
11.11.5. Transporte de coisas, 278
11.12. Do seguro (arts. 757 a 802, CC), 281
11.12.1. Conceito e a socialização dos riscos, 281
11.12.2. Natureza jurídica, 282
11.12.3. Requisitos do contrato, 282
CAPÍTULO XlL
RESPONSABILIDADE CIVIL, 298
12.1. Conceito, 298
12.2. Pressupostos, 298
12.2.1. Ato ilícito ou conduta, 299
12.2.2. Culpa, 299
12.2.3. Dano, 302
12.2.4. Nexo de causalidade, 324
12.3. Risco, 328
12.4. Responsabilidade por Ato Próprio, 330
12.5. Responsabilidade pelo Fato de outrem ou Responsabilidade
Indireta, 331
12.5.1. A responsabilidade civil e criminal, 337
12.6. Responsabilidade pelo fato do animal, por ruína, por coisas
caídas ou lançadas, 339
12.7. A responsabilidade civil no CDC, 341
12.7.1. A ocorrência do vício do produto e do serviço, 341
12.7.2. A decadência. Análise do artigo 26 do CDC, 345
12.7 .3. A ocorrência do fato do produto e do serviço, 346
12.8. Excludentes de ilicitude e excludentes de responsabilidade, 352
12.8.1. Estado de necessidade, 352
12.8.2. Legítima defesa, 353
, 12.8.3. Exercício regular do direito, 353
12.8.4. Caso fortuito e força maior, 355
12.8.5. Culpa exclusiva da vítima, 356
12.7.6. Fato de terceiro, 360
12.7. 7. Cláusula de não indenizar, 361
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LuCIANO FIGUEIREDO, ROt>ERTO FIGUEIREDO, SJ\l!RIN.'I DOURADO 13
L
ÍNDICE
CAPÍTULO XIII.
DIREITOS DAS COISAS, 364
14
ÍNDICE
CAPÍTULO XIV.
DIREITO DE FAMÍLIA, 418
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCJ.ANO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 15
14.2.2. Habilitação para o casamento, 419
14.2.3. Impedimentos Matrimoniais, 420
14.2.4. Causas suspensivas, 421
14.2.5. Casamento nulo e casamento anulável, 422
14.2.6. Espécies de casamento, 423
14.2.7. Regime de bens, 424
14.2.8. Separação e Divórcio, 428
14.3. Relações de parentesco, 429
14.3.1. Filiação, 430
14.4. União Estável, 433
14.5. Concubinato, 434
14.6. Alimentos, 435
14.6.1. Alimentos Gravídicos, 436
14.7. Bem de Família, 437
14.8. Guarda, 439
14.9. Tutela, 441
14.10. A Curatela, 444
14.ll. Adoção, 447
CAPÍTULO XV.
DIREITO DAS SUCESSÕEs, 449
15.1. Introdução ao Direito Hereditário, 449
15.2. Aceitação da Herança, 450
15.3. Renúncia da Herança, 451
15.4. Natureza jurídica da herança, 452
15.5. Terminologias importantes, 452
CAPÍTULO XVI.
DIREITO DO CONSUMIDOR, 470
16.1. Uma abordagem ao Código de Defesa do Consumidor, 470
16.2. Relação jurídica de consumo, 475
16.2.1. Quem é o consumídor?, 475
16.2.2. Quem é o fornecedor?, 483
16.2.3. Produto e serviço, 484
16.3. Os princípios do Código de Defesa do Consumidor, 485
16.3.1. Da vulnerabilidade, 485
16.3.2. Do dever governamental, 485
16.3.3. Da harmonização e compatibilização da proteção ao
consumidor, 486
16.3.4. Da boa-fé objetiva, 486
'16.3.5. Da equidade, 487
16.3.6. Da educação e informação dos consumidores, 487
16.3.7. Do controle de qualidade e mecanismos de atendimento
pelas próprias empresas, 488
t' ANDRÉ Mon., CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO flCUEIREDO, RoBERTO F!GUE!R.EDO, SAIHUNA DOURADO 17
L
r
ÍNDICE
1<)
2. MEIOS NÃO JuRISDICIONAIS DE RESOLUÇÃO DE CoNFLITos, 567
2.1. Autotutela, 567
2.2. Autocomposição, 568
2.3. Mediação, 568
2.4. Arbitragem, 572
4. jURISDIÇÃO, 582
4.1. Conceito, 582
4.2. Princípios da jurisdição, 582
4.2.1. Investidura, 582
4.2.2. lndelegabilidade, 583
4.2.3. Aderência ou territorialidade, 583
4.2.4. lndeclinabilidade, 584
4.2.5. Inércia, 584
4.3. Espécies de jurisdição, 585
4.4. Limites da jurisdição nacional, 586
6. AÇÃO, 592
6.1. Conceito de ação, 592
6.2. Conceito de demanda, 592
6.3. Elementos da ação, 592
6.4. Legitimidade e interesse, 593
7. COMPETÊNCIA, 595
7.1. Conceito, 595
7 .2. Momento que demarca a fixação de competência; exceções à
regra da perpetuatio jurisdictionis, 595
7 .3. Critérios de determinação da competência, 596
7 .3.1. Critério Territorial. 596
7 .3.2. Critério Intuito Personae, 599
7 .4. Classificação de competência, 600
7.4.1. Competência do foro (territorial) e competência do
juízo, 600
7 .4.2. Competência originária e derivada, 601
7 .4.3. Incompetência relativa x Incompetência absoluta, 601
7 .5. Modificação de competência, 603
7 .6. Conflito de competência, 604
7.7. Cooperação nacional, 606
ANDRÉ Mo-n, CRtSTJM..:O SOBRAL, LLICIANO FtGUBIREno, Roamáo FtGUElR!iDO, SABR!KA DOll!VüJO 25
i
L'
ÍNDICE
r
25.1.3. Princípios, 808
25.1.4. Pressupostos de Admissibilidade, 811
25.1.5. Efeitos, 815
25.1.6. Principais Modalidades, 815
25.2. Ação rescisória, 840
REFERÊNCIAS, 975
ANDRÉ MOTA. CiUSTlANO SOBRAL. LUCIANO f'JGUEIREDO, RoBERTO FtGUEJREDO, SABRJNA DouRADO 27
c
CAPÍTULO L
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS
NORMAS DO DIREITO
BRASILEIRO (LiNDB)
29
L
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO FiGUEIREDO, 5A11RINA DOURADO
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (LINDB)
r
Capítulo I
Capítulo I
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SO!IRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO ftGUE!RllPO, $ABRINA DOURADO 31
Capítulo I I
L A~oRí: Mon., CRISTIANO SOJ!.RAL, LuC!,\NO FJGUEIRLDO, RoBEÍl.TO FJcunRJmo, SABRI"'A DouRA[)O 33
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (LINDB)
Capítulo I
pela maioria de 2/3 (dois terços) dos seus membros, com o escopo de
garantir a segurança jurídica ou excepcional interesse social (vide o
artigo 27, da Lei 9.886/99).
Faz-se a ressalva de que esta hipótese só é possível no controle de
constitucionalidade concer.trado, não sendo possível no controle de
constitucionalidade difuso, o qual produz efeito somente inter partes.
Capítulo I
"1.4.1. ANALOGIA
ANDRE MOTA, CRiSTIANO SoBRAL, Ll!CIANO FiGUEIREDO, RüRERTO FlGUElREDO, SABRINA DOURADO 35
Capítulo I\
L4.2. CosTUMEs
ANDR[ Mo'l'A, CRISTIANO SoBR.4.J,, LUClANO FIGUEIREDO, RoBERTO FIGUEIREDO, SA.BRINA DOURADO 37
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (LlNDB)
Capítulo I
normas que veiculam sanções; afinal de contas nulla poena sine praevia
lege (tipicidade).
No direito civil, deve-se seguir uma interpretação restritiva
quant<\l às normas que estabelecem privilégio, benefício, sanção,
renúncia, fiança, aval e transação (art. 114, 819 e 843 do CC/02).
A interpretação autentica é fruto do entendimento do próprio
legislador quanto à norma. Nesta hipótese, o legislador, criador da
norma, a interpreta para que não pairem dúvidas sobre a mesma.
Ademais, além da interpretação autentica,. admite-se, ainda, a interpre-
tação realizada pelo poder judiciário (Judicial) e pelos doutrinadores
(Doutrinária).
Capítulo I
ANDRÊ MaTA, CRJSTI~No SoBRAL, LuciANO fiGuEJRliDO, RoBERTO FJGUEIRimo, SAilRJNA DoLilcwo 39
Capítulo I
Il
·
ANDRÉ I\10TA, CRISTIANO SOBRAl,, LUCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO fiGUElREOO, SABRINA DOURADO
41
CAPÍTULO li.
ANnllf MOTA. CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO fJGUEIREl>O, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOtiRADO 43
Capítulo li
2.2.2. Ü NASCITURO
2.2.3. CAPACIDADE
2.2.3.1. Espécies
I
entanto, a existência de hipóteses em que, ainda que a pessoa física
tenha capacidade jurídica geral há determinados atos que ela não
poderá praticar sem urna legitimação, ou seja: sem urna autorização
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SoBRAL, LtJCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO fiGtJEIREDO, $ABRI NA ÜOURAOO 45
r
I
PESSOA fÍSICA OU NATURAL OU DE EXISTÊNCIA VISÍVEL
Capítulo li
Tribunal da Cidadania
DIREITO CIVIL. VENDA DE ASCENDENTE A DES-
CENDENTE SEM ANUÊNCIA DOS DEMAIS. ANULA-
BILIDADE. REQUISITOS DA ANULAÇÃO PRESEN-
TES. 1.- Segundo entendimento doutrinário e jurispruden-
cial majoritário, a alienação feita por ascendente a descendente
é, desde o regime originário do CC de 1916 (artigo 1132),
ato jurídico anulável. Tal orientação veio a se consolidar de
modo expresso no novo CC(CC/2002, artigo 496). 2.- Além
da iniciativa da parte interessada, para a invalidação desse
ato de alienação é necessário: a) fato da venda; b) relação
descendência e descendência entre vendedor e comprador;
c) falta de consentimento de outros descendentes (CC/1916,
artigo 1132); d) a configuração de simulação, consistente em
doação disfarçada (REsp 476557/PR, Rel. Min. NANCY
ANDRIGHI, 3ª T., DJ 22.3.2004) ou, alternativamente, e) a
demonstração de prejuízo (EREsp 661858/PR, 2ªSeção, Rel.
Min. FERNANDO GONÇALVES, Dje 19.12.2008; REsp
752149/AL, Rel. Min. RAUL ARAÚJO, 4ª T, 2.10.2010).
3.- No caso concreto estão presentes todos os requisitos para
a anulação dó ato. 4. - Desnecessidade do acionamento de
todos os herdeiros ou citação destes para o processo, ante a não
anuência irretorquível de dois deles para com a alienação rea-
lizada por avô a neto (.. .). 6. -Decisão do Tribunal de Justiça
de Santa Catarina subsistente, Recurso Especial improvido.
(STJ- REsp: 953461 SC 2007/0114207-8, Relator: Ministro
SIDNEI BENETI, Data de Julgamento: 14/06/2011, T3 -
TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 17/06/2011)
A-'
r PESSOA FÍSICA OU NATURAL OU DE EXISTÊNCIA VISÍVEL
Capítulo 11
ANDRÉ MaTA, CRISTIANO SOl!RAl., LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 47
Capítulo li I
2.2.4. INCAPACIDADE
l
\ Capítulo li
Capítulo li
IV. Pródigos.
A prodigalidade ~~nsiste num desvio comportamental através
do qual o indivíduo, desordenadamente, dilapida o seu patrimônio
sem um motivo plausível, incorrendo no risco de reduzir-se à miséria.
Nesta situação, o pródigo deve ser interditado, a fim de preservar
o seu próprio patrimônio, para que lhe seja assegurado o mínimo
existenciaL Logo, a curatela do pródigo somente o privará de, sem
curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, deman-
dar ou ser demandado, e praticar, em geral, atos que não sejam de
mera administração, conforme a redação do artigo 1.782, CC
PESSOA FíSICA ou NATURAL ou DE EXISTÊNCIA VISÍVEL
Capítulo li
_
E o índio?
A disciplina normativa do índio, elencada no Código de 1916
entre os relativamente incapazes, passou a ser tratada por legislação
especial, conforme artigo 4º, parágrafo único, do atual CC de 2002.
As legislações especiais são: a Lei 5.371 (Estatuto da FUNAI) e a 6.001
(Estatuto do Índio). Na regra geral, os índios ficam sob a tutela da
FUNAI.
2.3. EMANCIPAÇÃO
ÁNnllf. MnTA. C:O'!IST!ANO Sm~f<U. l.iJClANO fiGUIHR.EOO. RoBERTO flGUEIREOO. SAJ:IRINA DOURADO 51
Capítulo li
L ANDRÉ MOTA, CR!STIA.NO SOBRAL, LuCIANO flGUE!REDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 53
PESSOA FÍSICA ou NATURAL ou DE EXISTÊNCIA VJSÍVEL
Capítulo 11
Tribunal da Cidadania
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRU-
MENTO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ATROPELA-
MENTO. LESÕES CORPORAIS. INCAPACIDADE.
DEVER DE INDENIZAR. REEXAME DE MATÉRIA DE
FATO. REVISÃO DO V~LOR DA INDENIZAÇÃO POR
DANO MORAL. PENSAO MENSAL. BENEFICIO PRE-
VIDENCIÁRIO. CUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE. JUL-
GAMENTO ULTRA PETITA. OCORRÊNCIA. RESPON-
SABILIDADE CIVIL DOS PAIS. EMANCIPAÇÃO. 1. Não '
cabe recurso especial por alegada ofensa a dispositivos consti-
tucionais. 2. A emancipação voluntária, diversamente da ope-
rada por força de lei, não exclui a responsabilidade civil dos
pais pelos atos praticados por seus filhos menores. 3. Impos-
sibilidade de reexame de matéria de fato em recurso especial
(Súmula 7 do STJ). (... ) 7. Agravo regimental parcialmente
provido. (STJ - AgRg no Ag: 1239557 RJ 2009/0195859-0,
Relator: Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, Data de
Julgamento: 09/10/2012, T4- QUARTA TURMA, Data de
Publicação: Dje 17/10/2012)
r
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~
Capítulo li
ANnttF MoTA CIIT~Tt4NO SORIIAI- ],\I('JANO fJCaJF;IRROO. ROBERTO FIGUEIREDO. SABRINA DOURADO 55
Capítulo 11
ANDRÉ MOTII, CRJSTIANO Süli&\L, LuCiANO FlGUElll.EDO, ROBERTO FJGUUREDO, SABRJNA DOURADO 57
PESSOA FísJCA ou NATURAL ou DE ExisTÊNCIA VIsívEL
Capítulo 11
Capítulo JJ
2.4.3. CoMORIÊNCIA
ANDRÊ MOTA, CrtlSTlANO SOBRAL, LUCIANO flGU'ElREDO, ROBERTO FlGDElP.EDO, SAllRINA DOURADO 59
CAPÍTULO III.
PEssoA JuRÍDICA
3.1. CONCEITO
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROIIERfü FlGUEIREI)O, SA:BRINA DOURADO
61
I PESSOA JURÍDICA
Capítulo 111 I
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't
I /\NURf: MOTA, Ü!!STJA~O SOBRAL, LUCli\NO FIGUEJREDO, ROBERTO fJGUF.JREOO, SIIHltlNA DOURADO 63
Capítulo lii
c) Lei dos Crimes Contra o Meio Ambiente (Lei 9.605/98)- art. 4º:
d) Lei do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (Lei
12.529/2011)- artigo 34
~
grande parte, aos avanços doutrinários e do direito material sobre o I
tema. O assunto restou regulado nos seus artigos 133 a 13Z
O intuito do legislador processualista foi procedimentalizar o
tema, ao passo que o assunto já tinha grande musculatura material,
mas era completamente carente de forma de instrumentalização.
Destarte, a ausência de procedimento era bastante deletéria ao direito
nacional, não sendo raras as decisões de desconsideração sem a devida II
garantia ao contraditório. Pior. Em outros casos desconsiderava-se ;;
sem nenhum parâmetro procedimental, havendo um incidente de t
desconsideração para cada juiz, cada qual fixando prazo de resposta
de dilação probatória que entendia equânime. A partir de março de
!
1
2016, ao que parece, esta situação será resolvida.
Na ótica do novel Código de Processo Civil, o incidente poderá
ser instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando
I
couber intervir no processo (CPC, art. 133). Trata-se de regra capaz
de promover importante diálogo com o direito civil material, o qual,
desde 2002 já propugna, no artigo 50 do Código Civil, a necessidade
de pedido expresso -seja da parte ou do Ministério Público.
Sensível à evolução doutrinária e jurisprudencial sobre o assunto,
o Código de Processo Civil, de maneira inédita no direito positivo,
fez alusão, até mesmo, ao instituto da desconsideração inversa, orde-
nando a aplicação, por analogia, da normatização da desconsideração
direta, em uma iniciativa digna de aplauso (CPC, art. 133, § 2'). Com
ANDRÊ MoTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCli\NO FlGUElRl.WO, ROBtRTO FIGUEIREDO, S!IER!NA DoURADO
65
l PESSOA }URÍDICA
Capítulo IH I
3.4. SOCIEDADES DESPERSONIFICADAS
ANDRÉ MOTA, CR!STlA~O SonnAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DoURADO 67
Capítulo ll1 !
3.6..1. QUANTO À NACIONALIDADE: NACIONAL OU ESTRANGEIRA
68
EmroRA.ARivtADOR I PRÁTJCAC!VIL I Yedição
b) Direito Privado -todas as demais (que não são previstas em
lei), tendo como enumeração exemplificativa o artigo 44 do CC.
Dessa forma, inclui-se no rol exemplificativo das pessoas jurídicas
de direito privado, as associações, sociedades, fundações (privadas),
organizações religiosas, partidos políticos e as empresas individuais
de responsabilidade limitada. 1
A Lei 12.441/2011, trouxe uma mudança legislativa, implicahdo
rto acréscimo da empresas individuais de responsabilidade limitada.
As organizações e p<>rtidos políticos estão aqui inseridos como
novidade no CC de 2002 para garantir liberdade de credo e autonomia
política, respectivamente.
É importante a distinção entre público e privado, podendo gerar
significativas consequências jurídicas quanto ao regime disciplinador
da matéria (estatutário ou privado), além de importar em se saber se
tais patrimônios serão impenhoráveis, inalienáveis (com exceções) e
imprescritíveis (não podem ser objeto de usucapião).
~ ATENÇÃO!!!
'
O parágrafo único do artigo 41 do CC dispõe que as Sociedades
de Economia Mista e as Empresas Públicas são pessoas jurídicas
de direito privado. '
a) Sociedades
Trata-se de uma pessoa jurídica de direito privado, formada
através da reunião de indivíduos (sócios), constituída através de um
contrato social, visando à partilha de lucros.
Antes da vigência do atual código civiL dividiam-se as socie-
dades em sociedades civis e sociedades comerciais. Atualmente tais
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCJA.NO FIGUEIREDO, RoBÍ:RTO F!GUEIRl'DO, SABR!NA DOURADO 69
j PESSOA jURÍDICA
Capítulo lil I
b) Associacões:
Conforme o artigo 53 do C/C, são entidades de direito privado
formadas pela união de pessoas que se organizam para fins não eco-
nômicos (finalidade ideal não lucrativa, social).
:> ATENÇÃO!!!
As associações podem ter lucro, entretanto é defeso a sua
repartição.
Nesta esteira, a renda que essa pessoa jurídica venha a gerar, não
poderá ser repartida entre os associados, devendo ser revertida
7fl
PESSOA }uaímcA I
f Capítulo lJI
ANPlU~ ,"vf(.lL\, CRJSTI \NO SOBRAL, I.UCI.INO FlGUEIRf.OO. ROBIRTO F!GUURíó!lO, S\1\RINA DOVR·\PO 71
Capítulo 111 !
pelo estatuto da empresa. Caso o estatuto quede-se omisso, haverá
deliberação da assembleia para deliberar uma entidade municipal,
estadual ou federal de fins idênticos ou semelhantes. Caso inexista, o
patrimônio remanescente será devolvido à Fazenda Pública do Estado,
do Distrito Federal ou da União (§ 2º do artigo 61, CC). I!
b) Fundações (universitas bonorum) :
As fundações são o resultado da afetação de um patrimônio
livre, desembaraçado e idôneo, por escritura pública (ato inter vivos),
ou testamento (ato mortis causa). Resulta da personificação de um i
patrimônio, com o fito de realizar urna finalidade ideal.
No que tange às finalidades fundacionais, digno de nota que
I
a Lei 13.151/2015 operou recerte modificação no Código Civil, espe-·
ci~c~mente no parágrafo único do art. 62. Assint, passou o vigente
Cod1go a adotar a linha já defendida pelos Enunciados 8 e 9 do Con-
selho da Justiça Federal, dilatando o rol de finalidade fundacionais
em relação à lei pretérita. Hoje, portanto, a fundação somente poderá
constituir-se para fins de: I- assistência social; li - cultura, defesa e
conservação do patrimônio histórico e artístico; Ill - educação; IV -
saúde; V- segurança alimentar e nutricional; VI- defesa, preservação
e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento
sustentável; VII - pesquisa científica, desenvolvimento de tecnolo-
gias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e
divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;
VIII- promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos
humanos e IX - atividades religiosas;
A criação da fundação se dará consoante os seguintes passos:
ANDRÉ MoTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUElREOO, ROBERTO FIGUEIREDO, SAI!RlNA DoURADO
73
j PESSOA }URÍDICA
Capítulo 111 \
I Capitulo lll
ANIHtii MOTA, (RIST!ANO SOBRAL, LUC!ANO F!GUE!REDO, ROBERTO fiGUEIREDO, SABRINA DOURADO 75
I
Capítulo lil j
Tribunal da Cidadania
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL: DIS-
SOLUÇÃO DA PESSOA JURÍDICA. PRESUNÇAO DE
IRREGULARIDADE AFASTADA. REDIRECIONA-
MENTO. DESCABIMENTO. RECURSO REPRESEN-
TATrVO DE CONTROVÉRSIA. 1. O STJfirmou o enten-
dimento de que o redirecionamento da Execução Fiscal, e seus
consectários legais, para o sócio-gerwte da empresa, somente
é cabível quando demonstrado que este agiu com excess~ de
poderes, infração à lei ou contra o estatuto,. ou na_hrpote.se
de dissolução irregular da empresa. 2. Orrentaçao reafir-
mada pela Primeira Seção, no julgamento do Ag 1.265.1241
SP, submetido ao rito do artigo 543-C do CPC. 3. Agravo
Regimental não provido. (STJ - AgRg no Ag: 1353564 RS
2010/0179311-8, Relator: Ministro HERMAN BENJA-
MIN, Data de Julgamento: 16/12/2010, T2 - SEGUNDA
TURMA, Data de Publicação: Dje 02/03/2011)
77
ANDRÊ MaTA, CRiSTIANO SOimAL, LUCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO FtGUElREDO, SABRINA DoURADO
CAPÍTULO IV.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Capítulo IV
ANnRF MOTA- CRISTIANO SoBRAL. LUCIANO ftGUElREDO, ROBfRTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 79
Capítulo IV
4.2.1. INDISPONÍVEIS
4.2.2. ABSOLUTOS
4.2.3. EXTRAPATRIMONIAIS
ANDRÉ MaTA, CRISTIANO SOBRAL, LuciANO FJGUfiiREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DouRADO
81
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Capitl1lo IV
4.2.5. IMPRESCRITÍVEIS _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
.:__::c._:::::=-===:.:..:..::::::....
=.:::...:.==:::::::.
4.2.6.VITALÍCIOS ______________
Como fora dito preteritamente, a personalidade se inicia com o
nascimento e se finda com a morte. Dessa forma, tendo como o objeto
de proteção dos direitos da personalidade a própria personalidade,
não há que se falar em sua proteção após morte (em regra), sendo, por
I
isso, considerados vitalícios.
I 01
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Capítulo IV
AN!lRÉ MOTA, (RJST!ANO SOBRAL, LUCIANO fiGUEIRlõDD, ROliGIHO f!GUEJREDO, 5ABR!NII DOURADO 83
Capítulo IV j
Dessa forma, aplica-se, como regra geral, o rol trazido pelo artigo
12, e, para questões relativas à imagem, o artigo 20. Esse é o entendi-
mento do Enunciado nº 5 da Jornada de direito civil do CJF.
4.4. CLASSIFICAÇÃO
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROI>ERTO fiGU!ÜREDO, SAI\RINA DOURADO
85
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Capítulo IV
Capítulo IV
4.4.2.1. Imagem
Tribunal da cidadania
Informativo 493/2012- STJ- DANO MORAL. DIREITO
DE INFORMAR E DIREITO À IMAGEM.
O direito de informar deve ser analisado com a proteção
dada ao direito de imagem. O Min. Relator, com base na dou-
trina, consignou que, para verificação da gravidade do dano
sofrido pela pessoa cuja imagem é utilizada sem autorização
prévia, devem ser analisados: (I) o grau de consciência do
retratado em relação à possibilidade de captação da sua ima-
gem no contexto da imagem do qual foi extraída; (ii) o grau de
identificação do retratado na imagem veiculada; (iii) a ampli-
tude da exposição do retratado; e (IV) a natureza e o grau de
ANnRF MOTA. CRISTIANO SO!I(UI.L. LUCIANO fJGUEIREDO. ROBERTO fiGUEIREDO, SABRINA DOURADO 87
Capítlllo IV
A!>.DRt MOTA, CR!~TIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIRI:DO, RoaERTO FiGUEIREDO, SABR!NA DOURADO 89
r
IDIREITOS DA PERSONALIDADE
Capítulo IV I !
pessoa pública que já trabalha com a sua imagem exposta, tem direito
a imagem?
Sim. Pois todas as pessoas, independente de serem públicas ou
não, têm direito de personalidade. Porém, as pessoas públicas sofrem
mitigação desse direito, em razão da atividade que exercem.
Ressalta-se que não poderá haver desvio de finalidade, ou seja,
a relativização dar-se-á no limite de sua atividade profissional, não
sendo possível, por exemplo, a veiculação da imagem de pessoa pública
em campanhas publicitárias, sem a sua aprovação.
Não será admitida, também, a invasão de privacidade para
obtenções de fotos.
Há de se àestacar que as pessoas que acompanharr, a celebridade,
em locais públicos, sofrem o mesmo regramento (implica na mesma
flexibilização do direito à imagem). Isso porque, se estão ao lado de
uma pessoa pública, em local público, de forma tácita assentem com
a divulgação de sua imagem, afinal de contas, os negócios jurídicos
devem ser interpretados de acordo com a boa fé e os usos e costumes
do lugar (artigo 113, CC).
f
A questão mereceu análise da Corte Suprema no que diz respeito
ao trecho do preceito normativo "Salvo quando autorizada" em relação
à possibilidade de se escrever biografias não autorizadas.
:Pela letra fria do texto infra constitucional, a dúvida interpretativa
que se tinha era no sentido da impossibilidade de biógrafos escreverem
biografias quando não autorizadas pelo biografado. Entretanto, numa
leitura constitucional do tema, prestigiando a liberdade de expressão,
o Supremo Tribunal Federal entendeu não ser necessário obter auto-
rização prévia do biografado para se escrever biografias. Em outras
palavras, a primeira parte do art. 20 do CC não se aplica ao caso de
biografias não autorizadas, de modo que estas poderão ser escritas.
ANllRf. MnTA_ CRISTIANO SOBIIAL. LUCIANO FIGUEIREDO. RülltliUO flGUElR!'iDO. 5AllRINA DOURADO 91
I
Capítulo IV
Al-iDRf.; Mor,\, CRIS'fl"NO SO!>RAL, Ü:CIANO l'lGUElllL1JO, RoBERTO ftGUÉ!ll.l.ólJO. SABRI~:.o, DOURADO 93
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Capítuln IV
4.4.2.3. Honra
r.:J.pítulo lV
:l ATENÇÃO!
A pessoa jurídica também possui honra objetiva, em razão disto
é cabível n pleito de dano moral em favor da pessoa jurídica.
I
I
Tribunal da Cidadania
Informativo 508/2012- STJ- DIREITO ADMINISTRA-
TIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL.
PESSOA JURÍDICA. HONRA OBJETIVA. VIOLAÇÃO.
Pessoa jurídica pode sofrer dano moral, mas apenas na
hipótese em que haja ferimento à sua honra objetiva, isto é, ao
conceito de que goza no meio social. Embora a Súm. nº 2271
S T} preceitue que "a pessoa jurídica pode sofrer dano morai';
a aplicação desse enunciado é restrita às hipóteses em que há
ferimento à honra objetiva da entidade, ou seja, às situações
nas quais a pessoa jurídica tenha o seu conceito social aba-
'
lado pelo ato ilícito, entendendo-se como honra também os
valores morais, concernentes à reputação, ao crédito que lhe
é atribuído, qualidades essas inteiramente aplicáveis às pes-
soas jurídicas, além de se tratar de bens que integram o seu
patrimônio. Talvez por isso, o artigo 52 do CC, segundo o
qual se aplica "às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção
aos direitos da personalidade'; tenha-se valido da expressão
"no que couber", para deixar claro que somente se protege a
honra objetiva da pessoa jurídica, destituída que é de honra
subjetiva. O dano moral para a pessoa jurídica não é, por-
tanto, o mesmo que se pode imputar à pessoa natural, tendo
em vista que somente a pessoa natural, obviamente, tem atri-
butos biopsíquicos. O dano moral da pessoa jurídica, assim
sendo, está associado a um "desconforto extraordinário"
que afeta o nome e a tradição de mercado, com repercussão
econômica, à honra objetiva da pessoa jurídica, vale dizer, à
sua imagem, conceito e boa fama, não se referindo aos mes-
mos atributos das pessoas naturais. Precedente citado: REsp
45.889-SP, DJ 15/811994. (REsp 1.298.689-RS, Rei. Min.
Castro Meira, julgado em 23/10/2012)
95
Capítulo IV I
Tribunal da Cidadania ,
Informativo 503/2012- STJ -ACRESCIMO DE S_OBRE-
NOME DO CÓNJUGE APOS A CELEBRAÇAO DO
CASAMENTO. . ,
Aos cônjuges é permitido incluir ao seu nome o sobrenome
do outro, ainda que após a data da celebração do casamento,
porém deverá ser por meio de ação judiczal. O regrstro de nas-
cimento da pessoa natural, com a identific~ção do nome crvrl,
em regra é imutável. Contudo,." lei perm:te, em deterrr;mas
ocasiões sua alteração. Ao oficwl de cartono somente e per-
I
!'
mitido ;Iterar um nome, independente de ação judicial, nos
casos previstos em lei, como é a hipótese do artigo 1565, § 1º
do CC 0 qual possibilita a inclusão do sobrenome de um dos
nuben~es no do outro, durante o processo de habilitação do
casamento. A Turma entendeu que essa possibilidade deve-se
estender ao período de con~ivência do ca;;al, enquanto perdu-
rar 0 vínculo conjugal. Porem, nesta hrpot_ese, o_nome deve ser
acrescido por intermédio da ação de retificaçao de registros
ANO RÉ MOTA, CRISTIANO $OllRAL, LVCIASO FtGUE!REDO, RoSI:'RTO FiGUEIREDO, SAIIRINA DoURADO
97
DIREITOS DA PERSONALIDADE
C:1pitulo JV
AND!ll. :-,.loTA, Ciunli\NO SonR~L, LliUANo FlGtJEJRtPO, RORI'RTo Flt:IIE!Rlloo, SMIRI:-<A DouRADo 99
CAPÍTULO v.
DOMICÍLIO
5.1. INTRODUÇÃO
100
EDITORA AR:.J;,ooR I PRÃncA CiviL I V edição
I
(Capítnlo V
ANDRÊ MurA, Ci!.!STJANO So!\11"-L, LUCJANO FlGUElREDO, RoBT,'ftTO F\GUEJRrllO, SABRJNA DoUR.ADQ 101
!DOMICÍLIO
Capítulo V!
b) Legal ou Necessário
Trata-se do domicílio imposto pela lei, em observação às con-
dições especiais de certas pessoas. Logo, afirmam os artigos 76 e 77
do CC:
.,. Do Incapaz: é o do seu representante ou assistente.
> Do Servidor: é o lugar que exerce perd1anentemente suas
funções (cuidado: permanentemente não engloba cargo tem-
porário).
> Do Militar: onde servir, sendo da Marinha ou da Aeronáu-
tica a sede do comando a que se encontrar imediatamente
subordinado.
> Do Marítimo: onde o navio estiver matriculado.
• Do Preso: lugar onde cumprir sentença (não onde foi conde~
nado).
• Do Agente Diplomático do Brasil: quando citado no estrangeiro,
alegar extraterritorialidade, sem designar, onde tem, no país,
o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou
no último ponto do território brasileiro onde o teve.
BENS JuRÍDICOS
6.2. CLASSIFICAÇÃO
ANDR'Ê MoTA, CR!ST!ANO $0Jl.RAl., LUCIANO f!GUEJREDO, RO!.<ERTO f!GUE!REDO, SABR!NA DouRADO 105
) BENS )URÍDICOS
Capítulo VI I
I- Imóveis e Móveis
São considerados imóveis os bens cujo transporte não é possível,
por alterar a sua substância, englobando o terreno e tudo aquilo que
se incorporar de forma natural ou artificial.
Os bens imóveis são classificados da seguinte maneira: a) Imóveis
por sua própria natureza b) Imóveis por acessão física, industrial ou
artificial c) Imóveis por acessão intelectual d) Imóveis por determi-
nação legal.
Verificar-se-á um a um.
II- Móveis
Os bens móveis são aqueles que podem ser deslocados, movidos,
sem que haja alteração da sua substancia.
Incluem-se na categoria de móveis os bens suscetíveis de movi-
mento próprio, sem alteração de sua substância, como um cachorro,
cabeças de gado, búfalos ... São os bens semoventes.
Chama-se a atenção, futuro advogado, que há bens n1ÇJVeis por
força da lei, sendo eles (artigo 83, CC):
.. As energias que tenham valor econômico;
.. Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
• Os direitos pessoais de caráter patrimoni"al e respectivas ações;
ANDRÉ MOlA, CI\IS"JMNO SonR,\t, LUCIANO F!CUF.IREDO, ROn!>l!.TO fiGUHRHlO, SAHRINA DOURADO 107
Capítulo VI j
V- Divisíveis e Indivisíveis
Os bens divisíveis são aqueles que podem ser fracionados em
porções reais e distintas, sem que haja prejuízo em sua essência, sem
desvalorização ou prejuízo no seu fim, de modo que cada porção forme
um todo perfeito, a exemplo de urna saca de café (artigo 87 e 88 do CC).
Os indivisíveis por sua vez não podem ser fracionados, pois isto
alteraria a sua substancia, bem corno diminuiria o seu valor, a exemplo
de um cavalo de corrida.
VI - Singulares e Coletivos
o artigo 89 do CC define como bens singulares aqueles embora
reunidos, devem ser considerados individualmente, independentes
dos demais. São em sua individualidade representados por uma uni-
dade autônoma e, por isso, distintos de quaisquer outra, mesmo que
no meio de uma coletividade, a exemplo de um lápis, um livro, etc.
Já os bens coletivos, também chamados de universais, são aqueles
compostos por diversos outros bens singulares, forJ;nando juntos um
só bem. classificam-se as universalidades:
a) Universalidade de fato: uma pluralidade de bens singulares
que, pertinentes à mesma pessoa, tenham uma destinação
unitária, como um rebanho, uma biblioteca (artigo 90, CC).
b) Universalidade de direito: traduz um complexo de relações
jurídicas dotadas de valor econômico, como um patrimônio,
uma herança (artigo 91, CC).
Observa-se que nas universalidades sempre há uma pertinência
temática, leia-se: os bens pertencem a um único sujeito.
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SOJl.RAL, LUCIANO FlGUI:lREDO, ROBERTO FlGUEIREDO, SAIHI.INA DOURADO
109
!BENS )URÍDICOS
Capítulo VI )
Tribunal da cidadania
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. REIN-
TEGRAÇÃO DE POSSE. OCUPAÇÃO DE ÁREA
PÚBLICA POR PARTICULARES. OMISSÃO. NÃO
OCORRÊNCIA. LC 73312006. LEI LOCAL. SÚMULA
280/STF. ARTIGOS 128 E 460 DO CPC. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. CONSTRUÇÃO. BENFEITO-
RIAS. INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Hipótese
em que o Tribunal de Justiça reconheceu que a área ocupada
pelos recorrentes é pública e afastou o direito à indenização
pelas benfeitorias. 2. A solução integral da controvérsia, com
fundamento suficiente, não caracteriza ofensa ao artigo 535
do CPC. 3. A LC 733/2006, suscitada no Recurso Especial,
é distrital, e não federal, de modo que não pode ser apreciada
pelo STJ. Incide, por analogia, a Súmula 280/STF (. . .). 5.
Configurada a ocupação indevida de bem público, não há falar
em posse, mas em mera detenção, de natureza precária, a que
afasta o direito à indenização por benfeitorias. Precedentes
do STJ. 6. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa
parte, não provido. (STJ- REsp: 1310458 DF 2011/0204112-1,
Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Jul-
gamento: 11/04/2013, T2- SEGUNDA TURMA, Data de
Publicação: DJe 09/05/2013)
1\N!JRÊ MaTA, CRJST!,\NO SOBRAl,, LUCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO fJGUElREDO, SABRINA DoURADO 111
Capítulo VI /
112
EDITORA ARMADOR 1 Pn,hiCA C!Vlt.. 1 3" edição
!Ctpítulo VI
6.2.3. BENS PÚBLICOS E PARTICULARES
ÀNDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL., LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO ftGUEIREDO, 5ASRINA DOURADO 113
-
CAPÍTULO VII.
I
7.1. FATO JURÍDICO X FATO MATERIAL
Capítulo VII
ANDRÉ MüTA, (RJSOANO $Oill~AL. LuU,\NO f.'JGUElR.!.lllO, ROBERTO fJGUEJRCDO, SAIUUNA DOURADO 115
Capítulo VII
ANDRÉ MOTA, CRiSTIANO SoBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROllERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURAN; 117
TEORIA DO ATO, FATO E NEGÓCIO )URÍDICO
Capítulo VII
ANDRÊ MOTA. CRISTIANO Soilll.At.. LUCIANO FIGUEIREDO, Rosmuo FJGUElREDO, SAU!UNA DoURADO
119
Capitulo Vll I
!
a) Conversão Substancial
Prevista no artigo 170 do CC, consiste numa tentativa de aprovei-
tar um ato nulo, conservando os seus elementos materiais (requisito
objetivo), bem c~mo a manifestação de vontade outrora externada
(requisito subjetivo), convertendo-o em um negócio válido. Trata-se
de uma recategorização do ato nulo em um negócio válido.
ANDRil MoTA, CR!ST!A?-;0 SoBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, RoBJ:;RTO F!GUClREDO, SAeRlNA DOURADO 121
TEORIA no Aro, FATO E NEGÓCIO }uRímco
Capítulo VJI
Capítulo VIl
a) Condição
Conforme o artigo 121, do CC é evento futuro e incerto que con-
dicionao negócio jurídico e deriva da vontade humana. A condição
é admitida em algumas modalidades:
I I- Susoensivqs x Resolutivas
I
A condição suspensiva torna os efeitos negócio jurídico suspen-
sos até que se realize a condição. Os efeitos do negócio jurídico ficam
pendentes. Ex.: Contrato de doação para casamento futuro com pessoa
certa (artigo 546, CC). Ocorre quando o pai promete à filha a doação de
I
um apartamento caso venha a se casar com uma determinada pessoa:
o efeito da doação está pendente, condicionado ao matrimônio.
Deste modo, enquanto não ocorrida a condição suspensiva, no
caso o casamento, não há de se falar nem na aquistção, nem no exercício
do direito (artigo 125, CC), inexistindo direito à posse ou propriedade
sobre o aludido apartamento.
Já a condição resolutiva, esta põe fim ao negócio jurídico (resolve).
Exemplifica-se com a doação de cotas periódicas até um evento futuro
e incerto, corno a mesada até a aprovação no concurso público (artigo
127 e 128, CC).
Antes de implementadas as condições, tem-se corno possível os
atos de conservação, por haver o que se denomina direito eventual
(artigo 130, CC).
li Lícitas x Ilícitas
As condições lícitas são aquelas que estão em conformidade com
a lei, os bons costumes e à ordem pública (artigo 122, CC). Já as ilícitas
são justamente contrárias às leis, aos bons costumes e à ordem pública.
ANDR[ MOTA, CRlSTli\NO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROlltiiTO FlCUEIREOO, 5ABRJNA DOURADO 123
Capítulo VJI I
b)Termo
Trata-se de um dos elementos acidentais do negócio jurídico,
o qual é construído sob a égide da futuridade e da certeza (evento
futuro e certo). Termo nada mais é senão o dia ou momento em que
o negócio começa (termo inicial ou dies a quo) ou termina (termo final,
ou dies ad quem).
O lapso temporal entre o termo inicial e o termo final é denomi-
nado de prazo, sendo a forma de sua contagem disciplinada no artigo
132 do CC/02, excluindo-se o dia do começo e incluído o do vencimento.
Lembre-se que o termo fixado em testamento presume-se em
favor do herdeiro, sem se esquecer, ainda, que nos contratos se deve
presumir o termo em proveito do devedor, salvo se do caso concreto
verificar-se o contrário.
Por fim, o termo inicial suspende apenas o exercício do direito,·
mas não sua aquisição, diferindo da condição suspensiva (cf. artigos
131, 132 e 133, CC).
c) Modo ou Encargo
Trata-se de um ônus imposto para que a pessoa us_ufrua do bem
benefício. O ônus não equivale o preço do beneficio, podendo
~~orrer nas mais diversas modalidades obrigacior:ais, como faz;r,
dar coisa certa ou incerta. Ex: a doação de um autorr;ovel para alguem
l desde que essa pessoa leve o filho do doador ao colegiO por dms anos
consecutivos. - t
Conforme dispõe o artigo 136 do Código Civil, o encargonao em
o poder de suspender nem o exercício nem,a aquisição o dueito. Caso
descumprido o encargo o beneficio podera ser cessado. ·u .
. Diga-se, ainda, conforme o artigo 137 do CC, que o encargo I cito
ou impossível se considera não escrito, salvo se vier a cons:tt~: m?t:vo
determinante da liberalidade, caso em que invalida o negocio JUridico.
Posto isto, questiona-se:
. ?
a) É possível o autocontrato ou contrato consigo mesmo.
Sob a luz do CC/02, é anulável, na forma do artigo 117. O autocon-
trato só será admitido caso a lei permita, ou ainda se assim ~utonzar
o representante do negócio realizado. Contudo, acas~ pratica~o em
contrato de mútuo com a Caixa Econômica Federal, sera nulo (Sumula
60 do STJ).
C1pítulo VII
Capítulo VIl
:l ATENÇÃO!
• O falso motivo, externado no ato como sua razão determinante,
equivale ao erro, gerando anulabi!idade (artigo 140 do CC).
• A transmissão equivocada de vontade por interposta pessoa
gera anulabilidade do ato (artigo 141, CC).
• O erro de cálculo gera mera ratificação, não sendo hipótese
de anulabilidade do negócio, assim como o erro material, na
forma do artigo 143 do CC.
ANDRÍ: MOTA, CRJST!,\N() SüllRAL, LUCJ\NO F!Gl\ElREDO, RO!HRTO FlGUriREilO, $\BR1NA DOURAI)() 127
Capítulo VJI
c) Dolo do representante
Ter-se-á de analisar se a hipótese é representação legal ou con-
venciOnal na forma do artigo 149 do CC.
~ Se repr~sentação legal, o representado apenas responde até a
1mportanc1a que tiver proveito econômico.
~ Se representação convencional, há responsabilidade solidária
entre representante e representado.
ANDRÉ MOTA, CR.!STIA"lO $0JlRAl-, LliCIANO FtGUC!REDO, ROilCR.TO FtGU[lfUiDO, SABRINA DOt:RAOO
129
TEORIA oo Aro, FATO E NEGÓCIO juRíDico
Capítulo VII
Capitulo VII
ANDRÊ MüTA, C!USTIANO SüllRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SA!IRlNA DOURADO 131
Capítulo VII j
Tribunal da Cidadania
Informativo 467/2012- STJ _FRAUDE CONTRA CRE-
DORES. EFEITOS. SENTENÇA.
-Trata-se, na origem, de ação pauliana (anulatória de doa-
çoes) contra os recorrentes na qual se alega que um dos réus
:oou todos seus bens aos demais réus, s~us filhos e sua fui ura
sposa, todos mmores e capazes, por mezo de escrituras públi-
cas, de modo que, reduzindo-se à insolvência, sem nenhum
bem em seu nome, zn; · ,,rzngzu
· · o dzsposto
· no artigo 106 do
CC/191~. O Min. Relator entendeu, entre outras questões
que estao presentes os requisitos do citado artigo ensejadore~
da fraude contra credores e que chegar a conclusão diversa
demandarza o reexame do conjunto fático-probatório. Quanto
aos efeztos da declaração de fraude contra credores, consig-
nou que a sentença paulzana sujeitará à excussão judicial o
bem f~audulentamente transferido, mas apenas em benefício
d~ credzto fraudad~ e na exata medida desse. Naquilo que
nao znterf';rzr no credito do credor, o ato permanecerá hígido,
como auhmtzca manifestação das partes contratantes. Caso
haJa remzssão da dívida, o ato de alienação subsistirá não
havendo como sustentar a anulabilidade. Assim, a Tur;,a, ao
ANDRÉ MOTA, CRI~TIANO SoBR,.L, LuCIANO FJGUEIREDO. RollFRTO hcuHÍ<EDO, SABRJNA DouAAtJO
133
TEORIA DO ATO, FATO E NEGÓCIO jURÍDICO
Capítulo VII
Tribunal da Cidadania
Informativo ~60/2010- STJ- IMÓVEL SIMULAÇÃO.
INDENIZAÇAO. ALUGUEL Discutiu-se a propriedade e
posse de dois lotes e a consequente invalidação de negócios
jurídicos relativos a eles. A metade ideal do primeiro lote foi
alienada mediante escritura pública de compra e venda na
qual há declaração falsa do ex-marido de que ainda se encon-
trava casado, quando há muito se divorciara, além do uso de
procuração extinta com o divórcio do casal. Já a outra metade
desse lote foi arrematada por corréu mediante recursos finan-
ceiros fornecidos pelo ex-marido em processo de execução de
título extrajudicial contra ele mesmo proposto. Ao final, a
Capíwlo Vll
~ATENÇÃO!
<\NORÊ MOTA, CRISTMNO SOBRAl, LUCIM'iO PlGI.II:IRióOO, ROB~Rn1 FIGUrlRFOO, $.1.\HUNA fJoURA\)0 135
Capítulo VJJ
I
para o direito, produzindo o negócio jurídico seus efeitos
regulares.
136
EDITORA ARMADOR I PRÁTICA CtVlL I y edição
I CAPÍTULO VIII.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, Ro!>ERTO flGUElREDO, $ABRINA DOURADO 137
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Capítulo VIII
.'li.NnRÉ MOTA, CRISTIANO SoBRAl, LUCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA 00URAOO 139
Capítulo VIII
8.2. PRESCRIÇÃO
lI
Noutros tempos, imaginava-se de maneira equivocada, que a
f
prescrição seria a perda do direito de ação, a qual se fundava a teoria
imanentista do Direito Romano.
A autonomia científica do processo fez revelar que o direito de
ação é abstrato, subjetivo, público, imprescritível e fundamentalmente
Ii
incondicionado. Dessa forma, não prescreve o direito de ação, por
í
estas razões e, também, ante o principio da ubiquidade, ou seja, da
inafastabilidade do Poder Judiciário (artigo 5º, XXXV, da CF/88). '
Soma-se a isso a percepção de que o reconhecimento da pres-
crição, bem como da decadência, gera a extinção do processo com
julgamento do mérito, a teor dos artigo 487 do NCPC.
Atualmente, a prescrição consiste na perda da pretensão,
relativa a um direito subjetivo patrimonial e disponível, no prazo
previsto em lei, em virtude da inércia do seu titular e manejada por
uma ação condenatória. Trata-se de matéria de defesa.
E o que seria uma pretensão?
É a possibilidade de exigir a outrem uma determinada obrigação
(de dar, fazer ou não fazer), sob pena de execução patrimonial dos
bens desta pessoa contra a qual se pretende.
Não se deve confundir pretensão com o direito material. Con-
forme o artigo 189 do CC, "violado um direito, nasce para o titular a pre-
tensão, a qual se extingue pela prescrição, nos prazos dos artigos 205 e 206".
O dispositivo legal acima citado consagra a Teoria da Actío Nata
(nasce a pretensão a partir da violação do direito material). Tal posi-
cionamento também é defendido no Enunciado 14 do CJF.
Como a prescrição envolve apenas direitos subjetivos patrimo-
niais disponíveis, deve-se destacar que os direitos sem conteúdo patri-
monial (extrapatrimoniais), a exemplo daqueles referentes aos direitos
da personalidade (estado de família, por exemplo) são imprescritíveis,
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAl, LuCIANO FIGUEIREDO, RoBERTO F!GUIÜREDO, SABRINA DOURADO 141
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Capítulo Vlll
ANDRE MOTA.. (R!ST!ANO SOBRAL, LUCIANO fiGUElREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SAlliUNA DOURADO 143
Capítulo VIII r
e dentro da própria família, merecendo proteção integral e prioridade
absoluta.
Esta ideia também impede o curso da prescrição "entre os tute-
lados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou
curatela" (artigo 197, III, CC).
No entanto, deve-se prestar atenção no tocante aos absolutamente
incapazes em face dos relativamente.
É que "não corre a prescrição contra os incapazes de que trata
o artigo 3º" do CC/02, ou seja, contra os absolutamente incapazes.
Contudo., quanto aos relativamente incapazes, a prescrição corre, a
teor do artigo 195 do CC/02.
Tribunal da Cidadania
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. SER-
VIDOR PÚBLICO MILITAR. REFORMA. DOENÇA
MENTAL INCAPACITANTE. ECLOSÃO DURANTE
A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR. DIREITO À
REFORMA. COMPROVAÇÃO DO NEXO CAUSAL.
DESNECESSIDADE. MODIFICAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO. INVIABILIDADE. SÚMULA Nº 07/STJ.
PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. NÃO OCOR-
RÊNCIA. (. . .) 3. Atingido o ex-militar pela incapacidade
absoluta, contra ele não flui o prazo prescricional, que come-
çou a correr a partir de sua morte, ocorrida em 1211111986.
Assim, somente em 1211111991 expiraria o prazo para o ajui-
zamento da presente ação. Sendo certo que a ação foi proposta
em 08/11/91, é de ser afastada a alegada tese de presetição de
fundo de direito. 4. Recurso especial conhecido e desprovido.
(STJ, REsp 496.350/RS, Rei. Ministra LAURITA VAZ,
QUINTA TURMA, julgado em 03/04/2007, DJ 14/05/2007
p. 365)
, . , is 0 prazo prescricional
Ainda concernente as h!poteses, nas qua , . - , dência
- devem-se destacar questões alusivas a evicçao, a pen
nao corre, . " . d azo vencido a teor do
de condição suspensiva e à inexistenCia e pr '
f 199 do CC/02. ., ·
ang0 , . - t t ês hipóteses. Conforme a ,eona
Uma 50 exphcaçao para es as r . _ h ,
d Actio Nata enquanto o din!ito material não for viOlado, nao av:_ra
a - ( ;. 189 CC). Portanto, sem o nascimento da pretensao,
p~etensao. ar Igocont~gem do prazo prescricional apto a ser extmto
nao se lTIICla a
Tribunal da Cidadania
. _ STJ- RESPONSABILIDADE
Informattvo 50012012 - E DE
CIVIL. PRESCRIÇÃO. SUSPENSAO. ACIDENT
TRÃNSITO. , . . · · t f
A independência entre os juízos cz~ezs e crzmm~zs ,ar zgo
935 do CC! é apenas relativa, pois exzstem sztuaçoes em que
a decisão proferida na esfera criminal pode mterferz; ~:re
tamente naquela proferida no juízo cível. O prznczpa _elezto
civil de uma sentença penal é produzido pela cond~naçao cn-
minal, pois a sentença penal condenatória faz co;sa ]Ulgad~
no cível Porém, não apenas se houver condenaçao cnmz~a_'
mas ta~bém se ocorrerem algumas situações de absolvzçao
criminal, essa decisão fará coisa julgada no cível. Entretanto,
Capítulo Vlll
•
A.NofiÊ MorA, C!USTlANO SOBRAL., LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABR!NA DoURA.DO
147
Capítulo VIU J
ANORÊ MOTA, CRISTIANO SOI!RAL, LUCIANO fiGUE!REOO, ROBERTO fiGUEfiU-'00, SARRIN.~ 00\JRADO
149
I PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Capitulo vm/
AND!ot.Ê MOTA, CIUSTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBF.RTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 151
Capítulo IX
ANDRÉ MOTA, ClUST!At-;0 SOBRAL, LUCIANO flGUE!Il:EDO, ROfH'RTO flGU!:IREDO,SABR!NA DOURADO 153
I DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Capitulo IX I
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO fiG\JEIREOO, ROBERTO FIGUEIREDO, $ABRI NA DOURADO 155
Capítulo IX
9.4. CLASSIFICAÇÃO
156
EDITORA ARMADOR ! PRÁTICA CmL I Y edição
fcapítulo IX
I
policial e chassi são exemplos desta modalidade. Nesta modalidade,
as benfeitorias e os demais acessórios, à exceção! das pertenças (artigos
93 e 94 do CC), devem acompanhar a transferência ou a restituição do
bem principal, nos moldes do princípio segundo o qual o acessório
segue a sorte do principal, bem corno do artigo 233 do CC.
É considerada urna obrigação positiva, que envolve a entrega ou
a apresentação de urna determinada coisa, já existente e identificada,
seja pela TRADIÇÃO, para os bens móveis, seja pelo REGISTRO, para
os bens imóveis.
A propriedade não será transferida, enquanto a.coisa certa não
' for dada, mediante tradição ou registro. Vigora o princípio res perit
domino suo, ou seja, a coisa perece em face do seu dono. Perceba-se que o
direito obrigacional preocupa-se, corno regra, com a perda enquanto
a prestação ainda está sob as mãos do devedor. Obviamente, se já
houve pagamento e recebimento da coisa por parte do credor, e este
a perdeu por ato próprio, não haverá urna discussão jurídica. Apenas
havendo algum vício redibitório, terna da teoria geral dos contratos,
irá tocar o direito. ' .
Até a tradição, pertence ao devedor a coisa com os seus melho-
ramentos e acrescidos, conforme preconiza o artigo 237 do CC. Con-
sequenternente, na hipótese de melhoramentos, por este, poderá o
devedor exigir aumento no preço e, se o credor não anuir, poderá o
devedor resolver a obrigação. Destaque, adernais, que os frutos per-
cebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes.
157
I DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Capítulo IX I
Ar.n~;[· Mor;, CRI.~1'JANO Sü~II"-L, LliC!ANO FJGUEJIIEDO, RO!II'II.TO FJGUE1RE0(), SAJJ.I\lNA DOURADO 159
Capítulo IX
exigir o desfazimento do ato (que pode ser feito por terceiro ou pelo
próprio credor, conforme artigo 820 do CPC/15).
a) Cumulativas ou Conjuntivas
As obrigações cumulativas ou conjuntivas caracterizam-se por
obrigar o devedor ao adimplemento de todas as prestações (objetos)
da relação obrigacional. Ex: o devedor se CQmpromete a construir a
casa e pintá-la.
b) Alternativas ou Disjuntivas
Nas obrigações alternativas ou disjuntivas, haverá necessidade
de adimplir somente uma das duas prestações pelo devedor. Ex: o
devedor será liberado da obrigação ou se construir a casa, ou se pin-
tar a casa construída por alguém. Portanto, a obrigação alternativa
está contida no conceito de obrigação composta, sendo identificada, em
regra, pela conjunção disjuntiva ou. Ex: contrato estimatório ou por
consignação (artigo 534, CC).
Indaga-se: a quem caberá a escolha?
A regra, nos moldes do artigo 252 do CC, é que a escolha caberá
ao devedor, se outra coisa não for estipulada no ajuste, de forma que as
partes podem disciplinar em sentido contrário ou até mesmo delegar
:>ATENÇÃO!
Se as duas préstaçõesperecerem nestas condiçõ~s_poderá ~ cre-
dor cobrar o valpr de qua1quer das duas (prestaçoes perecidas)
mais indenização por perdas e danos.
Destaque-se, ademais, conforme artigo 252 do CC, não se:.pos-
. un1a parLe ....:~ ...... .,. . . , ....hiotn P outra de-outro, 1a que
sível cumpnr l uç .......... " '"'""'J-~_-' - · -
a alternatividade relaciona-se aos objetos. .
:>ATENÇÃO!
'Não há previsão na legislação, mas alguns doutrinadores tra-
tam ainda da obrigação facultativa. Caractenza-se por possmr
a enas uma prestação, acompanhada por uma fa~ldade a ser
c~m rida pelo devedor, de acordo' com a sua opçao ou conve-
niên~a. Dessa forma, o credor não poderá exigir esta faculdade,
- ha' dever quanto .à mesma,
vez que nao _ . sendo, portanto, uma
obrigação facultativa uma obngaçao Simples.
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIÇUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 163
Capítulo IX
ANDRÊ MoTA., CRISTIANO SOB!l'I.L, LUCIANO f!GUElREDO, Ro<HW.10 flGUE!RC'D;), ~ABRlN/• DOURADO
165
!DIREITO DAS ÜBRIGAÇÕES
Capítulo IX j
I
9.4.2.7. Quanto ao fim - obrigações de meio, de resultado e de
garantia
Nas obrigações de resultado, o devedor, sob pena de responsa-
bilidade civil, se compromete (assume os riscos) com a ocorrência do
resultado ajustado. Ex: "eu prometo que você estará em casa às Sh, afinal
de contas/ o meu transporte jamais atrasou, de modo que garanto: você não
perderá o compromisso ajustado para aquele horário!".
As obrig!!ÇÕ!'S de meio 0corrpm quando o devedor não tem como
(ou não deseja) se comprometer com o resultado. Ex: "prometo que
utilizarei todos os recursos existentes para lhe salvar/ mas não tenho como
garantir o resultado disto".
Profissionais liberais, como o advogado, por exemplo, em regra,
assumem apenas obrigação de meio, daí porque a responsabilização
destes será subjetiva, nos termos do artigo 14, § 4" do CDC. Quanto
aos profissionais da saúde referidos, no artigo 951 do CC, esta respon-
sabilidade também será de meio, razão pela qual se estar no campo do
dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia).
Diante destas considerações indaga-se: a obrigação de um cirur-
gião plástico seria de resultado ou de meio? Teria ele responsabilidade
civil objetiva ou subjetiva? Depende. A obrigação é de resultado, sendo
objetiva a responsabilidade, se a cirurgia plástica for cosmetológica
(TJSP, AP. 132.990-4/2003), inclusive para casos de dentista estético
(TAMG, acórdão 0377927-1/2002); a obrigação é de meio e a responsa-
bilidade é subjetiva, se for cirurgia plástica reparadora.
Por fim, a obrigação de garantia está associada à cláusula de inco-
lumidade e está prevista nos contratos de transportes, por exemplo.
ANnRÉ MOTA, CR!ST!,.,NO SoBRAl., LU<:!Ar-.:0 F!GUflREno, Ro~mTo F!GUE!RllDO, Sll.RR!NJ\ DouRADO 167
Capítulo IX
ou, ainda, por um terceiro, sendo possível que todos eles se utilizem
dos meios jurídicos para tanto a exemplo da consignação em paga-
mento (art. 304 do CC).
O pagamento feito pelo próprio devedor ou pelo seu represen-
tante; como um procurador; não costuma ocasionar grandes dúvidas.
Entrementes, já o pagamento feio por terceiro costuma gerar mais
polêmicas.
O terceiro, que realiza o pagamento, poderá ser interessado ou"
desinteressado.
Por terceiro interessado entende-se aquele que tenha interesse
jurídico no pagamento, a exemplo do fiador e do avalista. Estes, ao
pagarem, se sub-rogam (substituem) na posição do credor originário,
tendo todas as prerrogativas iniciais do crédito.
Já o terceiro desinteressado é aquele não tem interesse jurídico
no pagamento, mas pode ter um interesse moral. É o caso do genitor,
irmãos ou parentes do devedor. Em sendo o pagamento realizado por
terceiro não interessado haverá de se verificar se ele:
a) Pagou em nome próprio: quando lhe assistirá o direito de ação
em regresso em face do devedor. Cuidado! Aqui se fala em
mera ação em regresso, não havendo sub-rogação;
b) agou em nome do devedor, quando se estará diante de uma
obrigação natural, inexigível e irrepetível (art. 305 do CC).
a) Princípio da exatidão
O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe
é devida, ainda que mais valiosa (artigo 313, c;:::). Justifica-se, pois o
objeto do pagamento envolve uma prestação exala que, justamente por
isto, limita os direitos e deveres dos sujeitos da relação obrigacional.
Ressalte-se para o significado da expressão o credor "não é
obrigado". Não significa dizer que o credor seria proibido de assim
agir, de forma que nada impediria que credor e devedor ajustassem
posteriormente a realização do pagamento de outra maneira (dação
em pagamento, por exemplo), porém, isto não acontecerá como ele-
mento impositivo ao credor que, insista-se, "não é obrigado" a assim
agir. E não é obrigado justo porque o princípio da exatidão orienta
as relações obrigacionais limitando e otimizando as condutas dos
contratantes.
c) Princípio do nominalismo
:l ATENÇÃO!
Destaque para a possibilidade da cláusula de escala móvel
(ou de escalonamento): apesar da dívida ser necessariamente
paga em dinheiro nacional (critério do valor nominal), será
licito, como permite o artigo 316 do CC, convencionar o aumento
progressivo de prestaçõessucessivas. Este permissivo legal, ~ou
tudo, deve ser analisado sob os limites do Decreto-Lei 22.626/33
(Lei da Usura) e da Lei Federal10.192/2001, que no seu artigo 2º
estipula que é nula de pleno direito qualquer estipulação de rea-
juste ou correção monetáría de periodicidade inferior a um ano.
ANDRÉ MOTA. CR!STM.NO SOBRAL, LuCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FiGUEIREDO, SABRINA DOURADO 171
Capítulo IX
:l ATENÇÃO!
O tema teve tratamento jurídico específico no direito do con-
sumidor
'
através do
r •
artigo • 6º' ,inciso V do CDC de fo rma que
f I .
tConforme
d. . disposição legal do CC (artigo 319' CC), 0 "devedor que
paga em zrezto a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não
lhe se1a dada".
Quitação, na clássica lição de Silvio Rodrigues seria "um escrito no
qu~l o credor, reconhecendo ter recebido o que lhe era devido, libera 0 devedor,
ate o montante do que lhe foi pago".
Desta forma, constitui a quitação, um direito subjetivo do deve-
?or e, ao mesmo tempo, um dever jurídico do credor de fornecê-la
aq~ele. Pela doutrina clássica, a quitação pode ser empregada como
sznonzmo de recibo.
Interessante notar, como já advertiu o Enunciado 18 do cm;STJ
aex - H •t ~ J.I., ,que
pressao qm açao regular" engloba a dada por meios eletrônicos
173
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO F!GUEJil.EDO, $ASRINA. DOURADO
I DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Capítulo IX
A'oiORt MüTA, CRJSTJANO SOBRAL, LUCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO fiGUiiiREDO, 5ABRJNA ÜOURJ.OO 175
Capítulo IX
(ii) Credor desconhecido. Como quem paga mal paga duas vezes, não
tendo conhecimento do credor, a prudência (e a legislação) recomen-
dam seja ajuizada a ação de consignação em pagamento para obter
o devedor o efeito liberatório obrigacional. Exemplifica-se através
da situação na qual o credor falece sem deixar ou sem se conhecer
efetivamente os herdeiros destes. Possível neste caso ajuizar ação de
consignação, citando-se os possíveis credores em substituição ao finado.
Capítulo IX /
a) Consignação Extrajudicial
Tem previsão no artigo 539 do CPC/15, admitindo, de maneira
inédita, a consignação em pagamento bancário fora da justiça, 0 que
decorre sua denominação de extrajudicial.
Pela literalidade do artigo 539, § 1º, CPC/15, somente seria possí-
vel a constgnação extrajudicial para obrigação pecuniária Muito se
indagou sobre a possibilidade de consignação em banco não oficiaL
Esmagadora doutrina entende que ser o banco oficial é apenas uma
questão preferencial, que visa facilitar o procedimento judicial pos-
tenor. Na falta deste, a utilização de instituições bancárias privadas
será possível.
Outro tema de grande discussão a respeito desta importante alte-
ração legislativa, mas que não será aqui aprofundado, pois não deve
• ser apresentado em questões objetivas de prova, foi se a consignação
extraJudiCial englobaria apenas a possibilidade de consignar valores
ou abrangeria outros bens.
Na sistemática da consignação extrajudicial 0 devedor solicita
abertura de conta em nome do credor, que será notificado a respeito
d~ assunto e estará autorizado a levantar os valores ali depositados.
Nao procedendo ao levantamento, o credor poderá apresentar negativa
formal a ~er encaminhada à instituição bancária, hipótese em que esta
nNtficara o devedor a respeito da recusa de modo que este (o devedor)
ajuíze consignação judicial (artigo 539, § 4º, CPC/15).
, O credor pode ser cientificado pelo banco, pela via postal ou pelo
propno devedor, desde que seja com aviso de recebimento (artigo 539,
§ 1º, CPC/15). Esse é o documento que instruirá eventual pedido de
conSignação judicial, caso haja recusa do levantamento da quantia.
. , Haverá liberação obrigacional se, transcorridós 10 (dez) dias da
ctencta do depósito (conta do recebimento do credor), este silenciar
ANDRQ MOTel, CRISTIANO SOilRAL, LUCIANO FtGUElRilDO, ROBERTO fiGUEJtt.EDO, $ABRINA DOURADO
179
Capítulo IX
b) Consignação Ju:didal
ANonÊ Mon.,, CRiSTIANO SOBRAL, LuCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO fiGUElli.EDO, SABRINA DOURADO 181
I
p
p
!DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Capítulo IX j
dendo mais o devedor pelos riscos que recaem sobre a coisa, tud<l isto
desde o depósito, em razão da natureza extunc do decisum.
Sendo a sentença de improcedência, o devedor permanece na
mesma posição que se encontrava antes, caracterizando o seu retar-
damento no cumprimento da obrigação de forma culposa. No caso
da locação, por exemplo, a mesma não será extinta, e serão devidos
aluguéis de todo o período do processo.
jurídica a quem paga (credor novo), que passa a integrar a relação obri-
gacionaL Atente-se, porém, que, na sub-rogação legaL o sub-rogado
apenas tera direito contra o credor em relação aos valores pagos, como
disciplina o artigo 350 do CC/02, afinal de contas: "Na sub-rogação legal
o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até a
sorna que tiver desembolsado para desobrigar o devedor."
9.6.4. NOVAÇÃO
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO flGUBIREDO, SABRINA DOURADO
183
Capítulo IX I
constituindo uma obrigação nova (os prazos foram zerados) em que
propõe a prestação de um serviço.
Desta maneira, sempre pressupõe acordo de vontades, valendo
destacar que não existe novação legal (por força de lei).
_ r-:ã~ deve ser confundida ~om a dação em pagamento, pois nesta
nao ha que se falar em obngaçao nova a gerar a quitação da obrigação
antiga.
ANDRf MoTA, CRISTIA."'O SoBRAL, LUCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO F!GiJE!REDO, SABRINA DOURADO 185
!DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Capítulo IX !
a) Delegação: não há previsão no CC, mas é aceita na Doutrina e
na Jurisprudência. Nela, todos os envolvidos participam do ato nova-
tório (as partes estipulam de comum acordo a novação). O devedor
primitivo não terá responsabilidade, salvo em caso de má-fé (artigo
363 do CC).
9.6.5. CoMPENSAÇÃO
l\.."'Dttf· MoTA., CRISTIANO SOBRAL, LVC!ANO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, $ABRINA DOUl~ADO 187
Capítulo IX
189
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SoBRAL, Ll:Clh~.O FJC.\.ElREJlO, Ro!IER f O FIGliE!REDO, SABRJ-..;A DoURADO
~ ÜIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Capítuh JX I
9.6.7. CONFUSÃO
9.6.8. REMISSÃO
ANDRÉ MoT..._, CJUSTJANO SOBI\At, LucL.. NO FJGUEJRJmo, RoBERTO FJGUEIREDO, SABRJNA DouRADO
191
Capítulo IX
192
EDITORA ARMADOR j PRÁTICA CIVIL ! 3"- edição
Previsão no artigo 286 que disciplina que o credor pode ceder o
seu crédito, se a isso não se opuser a natureza jurídica da obrigação
(ex: direito a alimentos), a lei ou eventual con~enção com o d~vedo:
proibindo a prática, sendo essa, portanto, h1potese em que nao sera
possível a cessão de crédito. _ , .
A cláusula proibitiva da cessão nao podera ser oposta ao cessio-
nário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação.
Em geral, a cessão de crédito é onerosa, mas nada impede que
seja gratuita. Esta é a diferença entre cessão e pagamento com sub-ro-
gação, que não é gratuito.
A diferença para a novação, é que nesta se cria uma obrigação
nova. Isto não acontece na cessão, onde há transferência do crédito
e seus acessórios, como mesmos juros, prazos ...
É possível a cessão de direitos hereditários mediante instru-
mento público, conforme dispõe artigo 1.793, tendo. ern vista que os
direitos à sucessão aberta são considerados imóveis (artigo 80, CC),
transmitindo-se a respectiva cota hereditária. Porém, essa cessão de
direitos hereditários só pode acontecer após a morte do de cujus, afi-
nal de contas é vedado o contrato que tenha como objeto herança de
pessoa viva (artigo 426, CC).
Para que a cessão de crédito tenha eficácia em relação ao devedor,
exige-se a notificação deste. Será tido como notificado, para efeito do
artigo 290 do CC, se declarar ciente da cessão feito em escrito público
ou particular.
A teor do artigo 294 do CC, o devedor pode opor ao cessionário
as exceções que lhe competirem, bem como as que, no momento em
que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente. Demais
disto, independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor,
pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido,
o que comprova que a notificação não consiste em restrição ao plano
da validade, mas apenas da eficácia da cessão.
E o credor originário (cedente) tem responsabilidade sobre o
crédito cedido?,
A regra geral aplica-se às cessões onerosas e gratuitas de má-fé,
impondo uma responsabilidade pro-soluto: pela existência do crédito
cedido. Ex: Um credor originário cedeu onerosamente um crédito
ANDRÉ MOTA, CRtSTIANO SOBRAl, LUCIANO FtGVEtR!iDO, RoBERTO FtGIJCIREDO, SABR!NA DOl!R~DO 193
I
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Capítulo IX I
a um novo credor. Neste caso, o credor originário tem que garantir
apenas a existência do crédito, mas não está obrigado a garantir que
o devedor venha a quitar a dívida.
Nada impede, todavia, que seja estipulada na cessão uma cláusula
através da qual o cedente (credor originário) garanta o pagamento ao
cedido, gerando uma corresponsabilidade. Nesté caso, a cessão que
seria pro-soluto passa a ser cessão pro-solvendo.
Necessário advertir, contudo, que urna vez penhorado o crédito,
não pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento
da penhora (artigo 298 do CC); mas o devedor que pagar, não tendo
notificação daquela, fica exonerado, subsistindo somente em face do
creàor os direitos de terceiros.
A"iD!tf M01)\, CR!~T!ANO SOBRAL, LuOANO F!GUEll\JlDO, RoBERTO fiGUJ;!REno, SABR!NA 00Ul\ADO
195
Capítulo IX
b) Arras Penitenciais
As arras penitenciais, quando pactuada~, gar~nter;' direito de ?
.mento tendo função meramente mdemzatona em favor
arrependi ' . d ·
daquele que desistiu do negócio logo em segm~a a ele. Se quem e~Is-
tiu foi aquele que conferiu as arras, as perdera para a outra parte, se
foi quem as recebeu, haverá de restituir em dobro. . ,
Essa possibilidade de arrependimento constllmra, nesta mod:'-
lidade, um direito que afastará, no caso, qualquer outra mdemzaçao
suplementar (artigo 420, CC e Súmula 412 do STF). . _
Nessa linha, enquanto as ARRAS CONFIRMATORIAS consi~
tem em um reforço à execução do contrato, admitindo mdemzaç~o
suplementar, as PENITENCIAIS dizem respeito a uma mde~tzaçao
pré-estabelecida pelo descumprimento contratual ou arrependimento
e impede indenização suplementar.
Em resumo:
,. Arras confirmatórias= sem cláusula de arrependimento, com
perdas e danos. · .
,. Arras penitenciais = com cláusula de arrependimento, sem
perdas e danos.
Tribunal da Cidadania:
Informativo 39212009 - STJ- PROMESSA COMPRA.
VENDA. VALORES PAGOS. DEVOLUÇAO.
A recorrente argumenta não haver qualquer ilegalidade na
cláusula inserta em contrato de promessa de compra e venda
de imóvel que prevê, para o caso de inadimplemento con-
tratual, a retenção de 30% dos valores até então pagos pela
_recorrida promitente compradora. Afirma, out1:oss1m, que a
legalidade da referida cláusula tem resp~ldo, m~da, na pos-
sibilidade de a parte que não deu causa a re:CJsao d~ avença
reter o montante dado a título de arras. Porem, o Mm. Rela-
tor destacou que a Segunda Seção deste Superior Tribunal
ANORÊ Mon,, CRJSTJA"<O SOBRAL, L\JCIA~'ü F!Gt.:EJRJ:L>O, Rol!ERTO FlGlJl lFJ:no, SMIRJ'-H J)Ql'RA!JO
197
I DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Capítulo IX I
9.9.1. ESPÉCIES
a) Mora do devedor
A mora do devedor ocorre quando este retarda culposamente o
cumprimento da obrigação.
ANDR!l Mon, CRISTIANO SoBRAL, LuCIANO F1GUlliREDO, RoBT;RTD F!GUI:lR~DO, SABRINA DoURAPO 199
Capítulo IX
moraAlguns requisitos
do devedor dent devem estar presentes para que se fale em
'- re os qums:
~ E .
.,. "' XIStencia
A
9 1
• ; ~ ~: ~Cd)evedor (a r~sponsabilidade civil é subjetiva, artigo
• Viabilidade
' I
, f , no . cumpnmento
· ' . da obrigação (artigo 395
tardiO
paragra o umco). '
A mora
persona. do devedor pode ain
Em resumo: · d a ser automática (mora ex re) ou ex
b) Mora do credor
Remete a situação em que o credor, sem justificativa, recusa-se ao
pagamento. Haverá inadimplemento obrigacional, pois o devedor tem
direito de realizar o pagamento. Tanto é assim que a Ordem Jurídica
prevê a Ação de Consignação em Pagamento.
201
ANDR'Ê MOTA, CRISTIANO SOJHli\.L, LUCIANO FIGUEIREDO, RoBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DouRADO
~ DIREITO DAS ÜBR;GAÇÕES
Capítulo IX )
Resumindo:
~ Cláusula Penal moratória = obrigação principal + multa
~ Cláusula Penal compensatória= obrigação principal ou multa
::> CUIDADO!
Astreintes # Cláusula Penal:
ó Astreinres: surge da decisão judicial e tem como objetivo garan-
tir a efetividade -da Jurisdição. É estudada no processo civil.
• Cláusula penal: surge da autonomia privada (da vontade das
partes)e ~m como,finalidade ou a pré~fixação das perdas e
danqs(cláÚsulapena}_2ompensatória) ou intimidar as partes
levando~as· ao adimplemento (cláusula penal pêriite1ldal).
Capítulo IX
9.11. JUROS
Tribunal da Cidadania:
Informativo 508/2012- STJ- DIREITO PROCESSUAL
CIVIL. APLICAÇÃO DE ÍNDICES NEGATIVOS DE
CORREÇÃO MONETÁRIA.
Os índices negativos de correção monetária (deflação) são
considerados no cálculo de atualização da obriga{ão, desde que
preservado o valor nominal. A correção monetária nada mais
é do que um mecanismo de manutenção do poder aquisitivo
ÁNl)RJ1 MOTA. CRJSTII\NO SollRAL, LUCIA.NO F!GUEIREI>O, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA ÜOURII.DO 203
Capítulo IX
da moeda
só n , nãoZ. deve ndo representar, consequentemente por si
em um f us nem ~m minus em sua substância. C~rri ir
~e'::lor ~o
r
9.11.1. CUSTÓDIA
TAXA SELIC- SIST EMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E
205
ANDRÉ MOTA, CRISTiANO SOBRAL, LUCIANO FlGUEJREDO, RollERTO FlGUElREPO, 5ABRINA DOURADO
CAPÍTULO X.
ANURf MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO flGUEIR'EDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 207
Capítulo X
:~~s tna Teoria Geral ~os Contratos. Compilando todos eles, enuncia
u nna como pnncipiOs contratuais:
1. Princípio da Autonomia ou Consensualismo
~- :rinc~pio ~a Relatividade Subjetiva dos Efeitos dos Contratos
. rmc~piO a Força Obrigatória dos Contratos
4. PnnciplO da Boa-Fé Objetiva ,
5· Princípio da Função Social dos Contr~tos
6. Equivalência Material
Na numeraç-
rimeir ·
. , ~o aCima exposta, é possível afirmar que os três
fb . os pnnopws (autonomia, relativismo e força obrigatória) são
:q~rai~~ enquanto os tr~s últimos (boa-fé objetiva, função social e
Iva encw matenal) sao sociais.
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FlGUEIREDO, ROBERTO FtGUEIREOO, SABRINA DOUR.,>.PO
209
~ TEORIA GERAL DOS CoNTRATOS
Capítulo X\
rcapítulo X
ANDRÊ MOTA, C!USTb\1'0 SOBR~L. LUC!t.NQ F!GUElREDO, ROBEJITO fiGUUREDO, 5ABRINA DOURADO 211
Capítulo X
~ATENÇÃO!
;; , Sob a ótica d\) Código Civil, para que o contrato seja revisaâo
jA (conservação do negócio jurídico com o ree~uilíbrio contra-
ilct2;tual) é necessária a concordância do beneficiado, nos moldes .
~c{\<(,; . ' 1
ANoRÊ MOTA, CRISTiANO SOBRAl., LUClANO FIGUEIREDO, ROIIERTO FIGUEIREDO. 5ABRINA DOURADO
213
~ TEORIA GERAL DOS CoNTRATO~
Capítulo X\
216
EDITORA ARl\-iADOR I PRAncA CIVIl. j 3a edição
j Capítulo X
ANDRÉ MaTA, CRISTIANO So!HtAL-, LUCIANO f!GUEIREnO, ROP.flRTO FJGUEIREOO, SA.BRINA DOURADO 217
[ TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
Capítulo X)
10.3.2. PROPOSTA
JlH'<nRf· MoTA, CR!~T!ANO SollR.-\L, LIKIANO l'IGIWIR~Do, RoBERTo F!GtJE!RrDo, SA!IRINA DoURADO 219
Capítulo X I
10.3.3. ACEITAÇÃO
221
!TEORIA GERAL nos CoNTRATos
Capítulo X j
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SüllRAL, LUC(ANO FJGUWIEIIO, Rou~RTO FIGUEIREDO, s .. aRINA DoURADO 223
Capítulo X I
ÃNDRÉ Mon., CRiSTIANO SOBAAL, LUCIANO fiGUElREI.>O, ROIIERTO FlGU!:'IREOO, SABRINA DouAADO
225
t TEoRIA GERAL nos CoNTRATOs
Capitulo X!
10.8.2. RESILIÇÃO
10.8.3. RESCISÃO
ÁNDRÉ MOTA, CRISTIANO SOHRAL, LLiCJA.NO FlCUEIREDO, ROII!;RTO F!GlJEIREDO, SABRINA DOURADO 227
10.9. CLASSIFICAÇÕES DOS CONTRATOS
I a) Contrato
. • . de Comp. ra d e c msa
· Futura, com Assunção de Risco
pe a Existenoa (emptw spei): nessa modalidade d e contrato, prevista
.
229
ANDRÊ MOTA, CTHSTlANO SOBRA!.., Lt!<..:l!'.t-:0 FtGUEIREPO, ROBERTO FiGt:ElREDO, S,\BRJNA Dot..:RADO
L
TEORIA GERAL vos CoNTRATOS
Capítulo X
A:'i"Dll.Ê Mur.\, CRISTIANO SOBRA!., LUCIANO J;JGUH!REDO, Rol\U\TL) f'lCA!LIREDO, $!l)IRlNA ÜOURADO 231
h) Classificação pelo Motivo Determinante do Negócio
Causais e abstratos: Os primeiros estão vinculados à causa que
os determinou, podendo ser declarados inválidos se a mesma for con-
siderada inexistente, ilícita ou hnoral. Já os contratos abstratos seriam
aqueles cuja força decorre da sua própria forma, independentemente
da causa que o estipulou. Seriam os exemplos dos títulos de crédito
em geral, como um cheque.
CoNTRATos EM EsPÉCIE
11.1.1. CONCEITO
/capítulo XI
ANDRÊ MOTA. CRISTIANO Süllfl,\l" LUCIANO FlGUF!Rllr>O, ROBUIHO f'lGUI'lREDO, SABR!NA DOLIRAOO 235
~------ --·-- ---------------
c Salvo
cláusula em con t rano,
_ · · as d espesas de escritura e 0 regis-
t ro ECarao
carg d sob
d d
~-... t" .._. '-'-'·-".L.._._._ ..........C u.C
a l"OS"'O'"'S"'h:;l;rl.,.rl r1 CCrTIDIJ.rl .......... "as ..-1 .... "--~....1:~:::::~ _
..l V-V..ll '- U.U. ~.lUU1\-~lV a
o o ven e or. E quanto aos riscos? Até o momento da tradição
os nscos da COISa cabem por obrigação ao vendedor e os do re o a~
comprador. Todavia, os casos fortuitos, ocorrentes 'no ato d~ c~n~ar
marcar ou as~Inalar coisas, que comumente se recebein contand;
~esando, medmdo ou assinalando, e que já foram postas disposiçã~ à
o comprador, correrão por conta deste. I Essa é a previsão legaL
237
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SoliRAL, LUCIANO fJGIJ:EJREDO, ROliERTO ftGUEIRFllO, S-1.1111.1'<-' DouRADO
j CoNTRATOS EM EsrÉCIE
Capítulo XI \
exceder a cento e oitenta dias para os bens móveis e dois anos para
os imóveis. Uma vez pactuado a cláusula e inexistindo prazo estipu-
lado, o direito de preempção caducará, se a coisa for móvel, não se
exercendo nos três dias, e, se for imóvet não se exercendo n 1)s ses-
senta dias subsequentes à data em que o comprador tiver notificado
o vendedor. Tal direito é pers•malíssimo, pois não se pode ceder nem
passa aos herdeiros.
11.2.1. CoNCEITO
ANnR~ :\10TA, CRISTIANO SOBRAl., LUCIANO FJGUEJRED(), RoatR.TO PlCUT!IREDO, S,>.BRll'>'A DOURADO 239
Capítulo XI I
11.3.1. CONCEITO
:l ATENÇÃO!
· te possui o domínio,
Nesta relação contratual, o consignan • 1
• . te a posse do bem move .
transferindo ao consignatano somen
11.4.1. CoNcEITO
A:•IDRÊ MOrA, CR!STJANO So13RAL, LLOANO FlG\JEI\l,EOO, ROBERTO FlG\JEIREDO, $A13R!NA DOURADO 243
Capítulo XI J
:l ATENÇÃO!
A Ação de redução é a que tem como objetivo a declaração de
nulidade da parte inoficiosa.
11.5.3. PRESSUPOSTOS
a) coisa;
b) temporariedade;
c) aluguel.
ANORÊ MOT.\., CRtSTJA~O SoSML, Lt!t'JANO FJGliEIREDO, ROBlill.TO FrGIWlli.EDO, SARRJNA DoURADO 247
Capítulo XI
ll.5.12.l.L Conceito
São quatro as ações previstas na lei de locações: a de despejo, a
consignatória de alug•,zéis e encargos locatícios, a revisional de aluguel
e a renovatória de im6veis não residenciais.
Além dessas, poderão ser propostas também: a ação de execu-
ção dos encargos locatícios, conforme disposto no artigo 784, inciso
VIII, do CPC/15, e a indenizatória, pelo locatário em face do locador,
alegando que o imóvel locado apresentava defeitos causadores tanto
de danos morais quanto de materiais.
Portanto, a Lei nº 8.245/91 é uma norma híbrida, pois cuida de
aspectos materiais, procedimentais, como também processuais.
11.5.12.1.3. Espécies
Ar-mRÉ MOTA, CRISTIANO $0l!RAL, LlKlANO FIGUEIREDO, RoBERTO FIGUEIREOO, SABRJNA DOURADO
251
C.tpíwlo XI 1
11.6. EMPRÉSTIMO
11.6.2.1. Conceito
A melhor definição está expressa no artigo 579 do CC:
Al>oOR~ MO'! A, CRISTIANO SO!IR/\1~ LVCJANO F!GUEIRP.DO, ROBERTO F1GLIE!ll.l100, SABRINA DoURADO 255
Capílulo XI
considerando
. . . que
. nao - deve servzr. de mew
. para o enriqueci-
mento InJUstificado do comodante. REsp 1.175.848-PR R l
Mm. Paulo de Tarso Sanseveri1lo. Julgado em 1819120Í2. e .
:e~~ ~0~:~~!!~~3i2:~~~:~.i:~~!a:o::~~:~~~;:a~~a;~~::rn~:
lizado pelo d 'd os do comodante, deverá ser responsabi-
ano ocorn 0 ' ainda que se t rale d e caso fortuito ou força
maior. Vale enfaf
culpa do comoda~~;~~ que mesmo nestes casos, não será suprimida a
que pretere a COisa alheia emprestada em prol
de seus pertences.
11.6.3. 592
Do MÚTuo
DO CC) (EMPRÉ STIMO DE CONSUMO) (ARTIGOS 586 A
11.6.3.1. Conceito
O conceito do contrato de mu· t uo esta, prevzsto
. no artigo 586 do CC:
. ,· O m
Artigo, 586 . u•t uo e· o emprestzmo
, . de coisas fungíveis.
r0 ~utuarzo e obrzgado a restituir ao mutuante o que dele
ece eu em cozsa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.
i Capículü XI
257
Al>lDRÉ MOTA, C!US'! IA"ü $OBRAL, LL'CIANO FLCt:ElRLllO, ROB~RTO Fu:;;umR[00, S~!JIUSA DOURADO
!CONTRATOS EM ESPÉCIE
Capítulo XI I
[Capitulo XI
11.7.1. CONCEITO
ANDRt MoT,\, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FJCUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO
259
11.7.3. ÜBJETO DO CONTRATO
~~~~~~~~-
A Lei Civil dispõe que não será contado o tempo em que o pres-
tador de serviço não tenha efetuado a sua tarefa.
261
ANDRÉ \loTA, Clu~T!A"O SOJIR-\1., i.1.êl-'"o FJCLURFOO, RoBERTO FJt.;l·nREDO, S.\BRI:-<A Dot RAno
I
CONTRATOS EM ESPÉCIE
Capítulo XI )
11.8.1. CONCEITO
/,)o.!pRJ M<'1A, Cius·J JANO Sof\1\M., LUCIANO FJGlTUliEDO, Ro~r.Rro FIGVElRLDo, S\SRJ'<A Do\JJ<IIDO 263
Capítu:io X~
11.8.3. EsPÉCIES
·-------
1 capítulo XI
11.8.6. SuBEMPREITADA
11.9.1. CONCEITO
_11_._9_.2_.N_A_T_u_R_E_Z_A
__J_U_R_ÍD
__ IC_A _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
11.9.3. MoDALID:".A:"D::E"':s~-----------------
ANDRÊ MOTA., CRI!oõTii,NO SOBRAL, Lu<.:JANO FIGUEIREDO, ROBf.RTO flGVEIRCDO, SA!HUNA DOURAOO 267
·--·-...----
C:lpÍLulc -x~l
I
11.10.1. CONCEITO
11.10.3. ESPÉCIES
269
ANDRÉ MOTA, CtuSTlANO SoBR.u., LucHNO FIGuEIRUJO, Ro11nno FtGUEIRLDO, $ABRI~,, DoURADO
I CoNTRATOS EM EsPÉCIE
Capítulo XI
1
11.10.4. SUBMANDATO
ANDR( 'VIOTA, CRJ~TIANO SOBRAl., LUCIANO FrGUI~lREDO, ROHRTO fiGUEJREDO, SABRINA DOURADO 271
C:lpítulo XI j
11.11.1. CONCEITO
------------------
"P A lei civil traz no artigo 730 a d efi mçao
· - d o contrato de transporte·
te 1o contrato de transporte alguém se obriga, mediante retribuição.
a ransportarf de um lugar para outro, pessoas ou coisas." '
Trata-se de uma obrigação de resultado, na qual a coisa ou a
pess~~ deve'r: ser transportadas com segurança. Nesse conceito está
ImpllClta· a/bclausula de -mcolumidade CUJ. o significado e' t ransportar o
passageiro agagem sao e salvo até o seu destino.
~ATENÇÃO!
Conforme redação do artigo 730, o contrato se opera mediante
retribuição. No entanto, a onerosidade não é essencial ao con-
trato podendo ser o transporte gratuito.
273
ANDRE MaTA, CRlSTJA;;o SoBRAl, LuUANO Fl(;cuREDO, \Ül!lfRTO f'IGl'ElREDO, SAllRJSA DoUR\DO
) CONTRATOS EM ESPÉCIE
C1pítu\o Xll
:l ATENÇÃO!
As Convenções de Varsóvia e de Montreal limitam a indeniza-
ção em caso de perda/extravio de bagagem ou atraso de voo em
viagens internacionais. Porém, diante do CDC, não prevalece
mais a tarifação limitada em respeito ao direito básico da repa-
ração integral dos danos (art. 6º, VI, da Lei nº 8.078/1990). (sobre
o tema ver a Recursão Geral no RE nº 636.331, STF, que trata da
antinomia entre a Convenção de Varsóvia e o CDC no caso de
indenização por extravio de bagagem em voo internacional,
Informativo nº 745).
ANCRt .\hrr,\, CRJST!ANO SOJ.>RAJ., LuCJANO FlGUlllREDO, ROBLRTo FlGUEuu;no, SMRJNA DouRADO 275
L:ipltlllü Xlj
:l ATENÇÃO!
. -'-~ ~ ........... 5.. . . ...-oo-11 b o~ r.:'lsns de overbookinsz ou over-
~a~~~~~~~1~~; l~:;;;i~ov; ;~~i~a ~b~~iva de os.t~ansp~rtadores
venderem mais passagens do que assentos existentes.
ANnRf 1\loT.\, L'Rll;Tlt\No Soi!R,u., LVCJANO F1GUEJREOO, RoBERTO f){;UEJREPO, SAIIRINA DouR-\DO
279
Capítulo XI j
:l ATENÇÃO!
Parte da doutrina sustenta a natureza comutativa do contrato
de seguro, tendo em vista que o risco poderia ser determinado
com base em cálculos.
A'IDRÉ MOH, ClttSTlANO SOBRAl-, LUCIANO F!GUiiiREDO, ROBERTO F!G\JHRliDO, SAtllllNA DOURAOO 283
C;pittdo XII
:l ATENÇÃO!
De acordo com entendimento jurisprudencial, a embriaguez, por
si só, não constitui causa de exclusão da cobertura securitária,
sendo necessária a prova de que o agravamento de risco dela
decorrente influiu, decisivamente, na ocorrência do sinistro.
:l ATENÇÃO!
Súmula nº 465, STJ: "Ressalvada a hipótese de efetivo
agravamento do risco, a seguradora não se exrme do dever
de indenizar em razão da transferência do veículo sem a sua
prévia comunicação."
Capítulo XI
1
Por outro viés, o artigo 770 do diploma civil dispõe que salvo
estipulação em contrárior a diminuição do risco no curso do contrato
não acarreta a redução do prêmio estipulado; no entanto, caso seja
considerável a redução do riscof o segurado poderá Elxigir a revisão
do prêmio, ou a resolução do contrato.
A falta de comunicação do sinistro é apresentada pela lei no
artigo 771, que assegura que:
:J ATENÇÃO!
:l ATENÇÃO!
:>ATENÇÃO!
:>ATENÇÃO!
A regra descrita não se aplica ao seguro de pessoas, conforme
prevê o art. 800 da lei civil.
ANORfr MOTA, (RJST!A:'<O $O\IRAt, LUCIANO flGUf.IREOO, ROBERTO FWUE!RE[)O, SABRINA DOURAUO
289
ICONTRATOS EM ESPÉCIE
Capítulo XI I
--- _______
11.12.5. SEGURO DE PESSOA
,
At..;DRÉ ,\1(>TA, CRJSllANO SOBRAl-, LliCl,\'>10 FtGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, 5ABRINA 00\JRAllO 291
: ____ ..
11.13.1. CoNcEITO
Trata-se de garantia fidejussória em que um terceiro (fiador) passa
a garantir pessoalmente perante o credor a dívida do devedor, com
seu patrimônio, tendo dessa forma urna responsabilidade sem debito.
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBR;>,.L, Ll'Cl>\NO FIGUEIREDO, RoBt:RTO fJGU~IRI:DO, S.~BRlN·\ DüCR>\110
293
) CoNTRATos EM EsPÉCIE
Capítulo Xll
11.13.2. NATUREZA JURÍDICA
r Capítulo XI
AKDR( t,10r4, Cil.ISTI-\NO SOIII\IIt, LUCIANO FtCUEI!l.UJO, Rülll.RTO FtGll!é!REDO, $ABRI NA DOURAIJO 295
Civil, o fiador ficará obrigado por todos os efeitos da fiança, durante
60 (sessenta) dias após a notificação do credor.
o) Não obstante discussões anteriores acerca da constitucionali-
dade da penhora do único bem imóvel do fiador, o STF pacificou este
entendimento acerca da possibilidade, declarando a constitucionali-
dade do aritigo 3º, inciso VII, da Lei nº 8.009/90.
a) resilição unilateral;
E o nosso Tribunal da Cidadania?
b) morte;
c) O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais
e as extintivas da obrigação que competem ao devedor principal, se
não provierem simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso
do mútuo feito a pessoa menor;
d) o fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado se, sem o seu
consentimento, o credor conceder moratória ao devedor; se por fato
do credor, for impossível a sub-rogação nos seus direitos e preferên-
cias; se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavelmente do
devedor objeto diverso do que este era obrigado a lhe dar, ainda que
depois venha a perdê-lo por evicção;
RESPONSABILIDADE CIVIL
12.1. CONCEITO
12.2. PRESSUPOSTOS
Capítulo Xll
-
12.2.1. ATO ILÍCITO OU CONDUTA
12.2.2. CULPA
ANliRÉ MOL\, CRJST!.·\NO So!lll.AL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO fllGUEIR[DO, SA!IR!NA DOURADO 299
CapíLulo Xlll
a) contratual- transgres - d d . . .
estabelecido; sao e um ever JUndiCo previamente
\ Carítu\o Xll
TREM. ATROPELAMENTO.
A concessionária de transporte ferroviário tem o dever de
cercar efiscalizar os limites da linha férrea, principalmente em
locais de grande concentração populacional, tal como no caso,
·em que a linha cruza o bairro Barra Funda na cidade de São
Paulo. Assim, se a concessionária deixa de tomar as medidas
que evitam o acesso de pedestres à via férrea, responde civil-
mente pelos atropelamentos causados por seus trens. Contudo,
301
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SollR\L, Ll'UANO f-JGLJ(IREDO, ROBERTO flCliE!RlPO, SABRP,,\ ÜOURADO
I
RESPONSABILlDADE CIVIL
Capítulo XII I
12.2.3. DANO
12.2.3.1. Espécies
ANDRÉ MQ'P,, CRISTIANO SOBRAL, LtiC!ANO FIGUEIREDO, ROBERTO FI(_;UJ;IREDO, SABRJNA DOURADO 303
----------
Ctpí'.ulo XH I
12.2.3.L4.2. Compensatório
12.2.3.1.4.3. Punitiva
Aqui, há dois requisitos: condições econômicas + grau de culpa
do ofensor.
305
ÀNDRÉ MOTA, C;uSTIA~O SoBRAL, LUCIANO FIGUElREDO, Rot>ERTO fiGUEllU>DO, $".BRI!'{A DoURADO
I
RESPONSABILIDADE CIVIL
Capítulo XII l
Todavia, parte da doutrina posiciona-se de forma diversa, inter-
pretando que se não há previsão no CC/2002, logo, impossível a sua
adoção, sob pena de caracterizar enriquecimento sem causa (art. 884).
E o nosso Tribunal da Cidadania?
A"lDll.Ê MOlA, CRISTlhNO So&RAL, LUCIANO fiGliEJREOO, ROII[RTO FlGUt!Rl\DO, SA.J>RINA DouR.'\DO 307
C::.pít.uio XU I
ANDRÉ MOTA, CRI~TIANO SOBRAL. LUCI ~NO FtGIJUREDO, ROIWRTO Ftm.:r:tREDO, SABIUNA.DOllRADO 309
RESPONSABILIDADE CIVIL
Capítulo XII
jêaríwlo XII
/\~aan·; J\'JnT.\, CRISTIANO SOBRAL, Ll'CJANO FJGUI:JREDO, ROBERTO FJGUHJRIWO, SABIUNA DoURADO 311
Ca1Jiluio Xli !
presente quando o direito afirmado pertence a quem propõe
a demand~ e possa ser exigido daquele em face de quem a
demanda c proposta.
4. O abalo de crédito desponta como afronta a direito per--
sonalzssmzo - a honradez e o prestígio moral e social da pes-
soaen: determmado m~io- transcendendo, portanto, o mero
concelto econômico de Crédito.
5. A jurisprudência desta Corte já se posicionou no sentido
de que o dmw_ moral direto decorrente do protesto indevido
de tztulo de credito ou de inscrição indevida nos cadastros de
m~us pagadores prescinde de prova efetiva do prejuízo eco-
nomlco, uma vez que implica "efetiva diminuição do conceito
ou da re~utação da empresa cujo título foi protestado"", por-
quanto, a partzr de um juízo da experiência, [. .. ] qualquer
um sabe os efeztos danosos aue daí decorrem"" (REsv 487.9791
RJ, Rel._Min. RUY ROSADO DE AGUIAR, DJ OÍW9.2003).
7. Nao obstante, no que tange ao dano moral indireto tal
r:esunção niio é(aplicável, uma vez que o evento danoso dire-
czon~u-se a ou:rem,. ca~~ando .a este um prejuízo direto e pre-
sumwel. A peosoa ;undzca foz alcançada acidentalmentr de
modo qr~e é mister a prova do prejuízo à sua honra objetiva,
o que nao ~cor!eu no caso em julgamento, conforme consig-
nado no a_cordao recorrido, mormente porque a ciência acerca
da negaçao do empréstimo ficou adstrita aos funcionários do
banco.
8. Recurso especial não provido. (REsp 1022522/RS, Rei.
Mm1stro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
JUlgado em 25/06/2013, DJe 01/08/2013)
ANDRÊ !vJ.OTA, CRISTIANO SOBRAL, LCClANO fiGUUREDO, RoBERTO flGUl.lRI:DO, 5ABRINA DOURADO
313
RESPONSABILIDADE CIVIL
Capítulo XU
A:-,•[:•RJ; J\1tq·,;, CRISTIANO SO!I.RAI., LUCIANO FIGUEIREDO, Rmmno FiCUflRt!DO, SJ\BRINA DoL•MDO
315
proteção ao crédito. Dívida oriunda de lançamento
de encargos em conta corrente inativa. Dano moral.
Valor da condenação.
I. Inviável rever a conclusão a que chegou o Tribunal a
quo, a respeito dn existência de dano moral indenizável, em
face d? óbice da Súmula 7/STJ,
2. E consolidado nesta Cortt Superior de Justiça o entendi.
menta de que a inscrição ou a manutenção indevida em cadas-
tro de inadimplentes gera, por si só, o dever de indenizar e
constitui dano moral in re ipsa, ou seja, dano vinculado a pró-
pria existência do jato ilícito, cujos resultados são presumidos.
3. A quantia fixada não se revela excessiva, consideran-
do-se os parâmetros adotados por este Tribunal Superior em
casos de indenização decorrente de inscrição indn,ida em
órgãos de proteção ao crédito. Precedentes.
4. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg
no Ag 1379761/SP, Rei. Ministro LUIS FELIPE SALO-
MÃO, QUARTA TURMA, julgado em 26/04/2011, DJe
02/05/2011)
ANDRÉ MOTA, CRJSTJ,\".;O SOBP.!\l., LUCIANO h(;U(JREDO, RoBERTO FIGUEIRHIO, SÁBRJ!':A 00\.IRAUO
317
RESPONSABILIDADE CIVIL
Capítulo XU
,\~T~n[ :Jlon, CH!STL\;>.~O SoBRAl., LuuANO F!GUf.!l!EDO, Rom;r<Tn J..'JGIIJ;JRnJo, SAllllJNA DovRAno
319
---- -------·------~~-----.
C,,;,flui,, xa 1
1
320
ED!TORA AR:v\-'I.DOR I PRÁTICA CiVIL 1 3d edição
Responsabilidade civil. Agravo regimental no
recurso especial. Exame médico. Biópsia. Falso diag-
nóstico negativo de câncer. Obrigação de resultado.
Responsabilidade objetiva. Dano moral e dano esté-
tico. Cumulação. Possibilidade. Súmula 387/STJ.
Decisão agravada, que se mantém por seus próprios
fundamentos.
1. Na espécie, narram as decisões recorridas que a emís-
são de resultado negativo de câncer, quando, 11a verdade, o
diagnóstico era positivo, retardou de tal forma o tratamento
que culminou, quando finalmente descoberto, em intervenção
cirúrgica drástica provocando defeito na face, com queda dos
dentes e distúrbios na fala; contudo, não a tempo suficiente a
fim de evitar o sofrimento e o óbito do paciente.
2. Este Tribunal Superior já se manifestou no sentido de
que configura obrigação de resultado, a- implicar responsabi-
lidade objetiva, o diagnóstico fornecido por exame médico.
Precedentes.
3. No caso, o Tribunal de origem, com base no acervo fático-
-probatório dos autos, de forma bem fundamentada, delineou
a configuração dos dois danos -o moral e o estético.
4. Nos termos da jurisprudência deste Tribunal Superior,
consolidada na Súmula 387 do ST], é possível a cumulação
de danos morais e estéticos.
5. Nesta feita, a agravante, no arrazoado regimental, não
deduz argumentação jurídica nova alguma capaz de alterar
a decisão ora agravada, que se mantém, na íntegra, por seus
próprios fundamentos.
6. Agravo regimental não provido. (J;gRg no REsp
1117146/CE, Rei. Ministro RAUL ARAUJO, QUARTA
TURMA, julgado em 05/09/2013, DJe 22/10/2013)
ANDRÉ MOTA, CRtSTt.AJ>;O SoBRAL, Lu<.:JANO FJGUIOHU:OO, ROBERTO FIGUEIREDO, S"tJRl"'A DOURADO 321
RESPONSABILIDADE CtVIL
Capítulo XII
rCapítulo XIJ
fi.NDRf, :\1VrA, CJu~·I!Af'(l SOBRAL, LUCIANO ftCUEiliEDO, ROBERTO flGUL!l\EDO, SABR!NA DOURAIJO 323
Cq>ítu)n Xll
.'~NDp;[ lllüTA, CRISTI>.No SouRM., l.uct,\NO F!GU!omrvo, Rosurro fJGlFEHlEDO, SAniW"I>I [)ouRADO 327
12.2.4.1. Concorrência de causas
12.3. RISCO
~ danos nucleares - art. 21, inciso XXIII, "d", CF, aqui também
foi adotada a teoria do risco integral.
A."lORf MoTA., CRISTIA-NO SOBRAL, LüCJA~O FIGUEIREDO, RoBERTO flG\}F!Rf.OO, SAIHl!NA DoCRADO
329
RESPONSABILIDADE CIVIL
Ca-pítub XII
no
RESPONSABILIDADE CIVIL
Capíwlo X11
331
~---
333
A)'.;Dl!.~ Mon., CR!SnANO SoBR>\l-, LUCIANO fiGUEIRI:DO, ROBERTO FJ.CUI:IIl.EDO, SARRI~A DouRADO
RESPONSABILIDADE CIVIL
Capítulo XH
jcap!tulo XII
335
(_- tpituio .\Jll
3. Recurso especial provido. (REsp 1365339/SP, Rel.
Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA
TURMA, juigado em 02/04/2013, Dje 16/04/2013)
- responsab.l.
,. Serao 1 1za
dos obJ. etivamente os que
.
gratuitamente
,
. . do nos produtos do cnme, ate a concor-
houverem par t lC!pa
. da qual tirou o proveito efetivo, consagrando o
rente quant Ia .
Princípio da reparação do indev1do.
:l ATENÇÃO!
Observe a recente Súmula do STJ:
ANDRÉ Mo·! A, Cll:JSTIANO So!HtAI, LUCIANO I'IGUI:lREPO, ROBI;R r-o I'IGUElRHJO, SAIIRlNA DOURAI)O 339
o dano causado por este. Essa regra é aplicável tanto ao adestrador
quanto aos estabelecimentos especializados. Nestas hipóteses, cabe a
isenção de responsabilidade mediante produção probatória da culpa
exclusiva da vítima ou força maior.
E o nosso Tribunal da Cidadania?
ANDRÉ MOTA., CRISTIANO SOBRAL, Lt:CIANO F!GUElRl:DO, Rüi>[RTO F!Gl:ClREDO, SABRINA DOURADO 341
!RESPONSABILIDADE CiVIL Capítulo XII I
~ATENÇÃO!
ANDRÊ i'"l(JT,., (RJST!A'<O SOIIR,\L- LHC!ANO FlGUElREDO. ROBERTO FI(:UEIIU:DO. SABRlNA 0011RAilO
Capítulo XII ,
:l DICA!
Lembre-se de que os vícios do produto ou do serviço são intrín-
secos, ou seja, inerentes.
ANDRE l\10TA, CRISTIANO SOSRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROl.HiRTO FIGUEIREDO, SABRIN,\ DoURADO
345
RESPONSABILIDADE CIVIL
Capítulo XII
:> DICA!
Os prazos são decadenciais e também são utilizados para os
vícios de fácil constatação, aparente e oculto, o que os diferenciam é
o
o dies a quo.
:>ATENÇÃO!
Súmula n" 477, STJ: "A decadência do art. 26 do CDC
não é aplicável à prestação de contas para obter esclarecimen-
tos sobre cobrança de taxas, tarifas e encargos bancários".
ANDRÉ Jl.lOTA, CRISTIANO SO!IRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROiltltTO flGtJEIREDO, SABRINA DOURADO 347
C;pílulo XII '
1
ANDRÉ MOTA, CRlSTIA"O $OlHtAL, LUCIANO FlGUUREDO, RoBLRTO fi(;UEJREDO, SA"BRlN-\ DOURADO
349
RESPONSABILIDADE CIVIL
Capítulo XII
~ATENÇÃO!
:l DICA!
O consumidor poderá, facultativamente, propor a ação tanto em
seu domicílio quanto no do réu, por força da regra dos artigos
101, inciso I, c 6º, inciso VII arr.bos do CDC.
1
A1->0R.t MoT,\, (RJSTMNO SOBRAL, LUCIANO flGUHRiiDO, ROJJ.JõRl'O flGUr:!REDO, SABRJNA DoURADO
353
RESPONSABILIDADE CIVIL
Capítulo XU
não está previstof dessa forma deve ser encarado como uma espécie
de exercício regular do direito.
E o nosso Tribunal da Cidadania? ,
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SosRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, RüllfRTO FlCUEJRt!DO, SA!HtlNA DOURAJlO
355
Capítulo XIJ l
de serviços por parte da instituição financeira. Além do mais
se o ilícito ocorre em via pública, é do Estado, e não da insti~
tuição financeira, o dever de garantir a segurança dos cida-
dãos e de evitar a atuação dos criminosos. Precedente citado:
REsp 402.870-SP, DJ 141212005. !REsp 1.284.962-MG, Rel.
Min. Nancy Andrighi, julgado em 1111212012).
356
EDiTORA ARMADOR 1 PRÁTiCA CIVIL 1 3"- edição
do evento danoso. A hipótese está prevista no artigo 14, § 3º, inciso
II da Lei nº 8.078/90.
' A culpa concorrente, prevista no artigo 945 do Código Civil,
ocorrerá se a vítima tiver contribuído culposamente para o evento
danoso. A indenização será fixada de acordo com a gravidade de sua
culpa em confronto com a do autor ~o dano. .. .
1
Destaca-se que se houver prev1sao legal de responsabilidade obJe-
tiva não se discute a culpa, exceto quando se tratar de culpa exclusiva
da vítima ou culpa concorrente.
E o nosso Tribunal da Cidadania?
ANDRii MoTA, CRISTIANO SoaRI>L, LUCIANO F!GUEJR'EPO, RoUERTO fJGlCJiaREDO, SAllRlNA DocAADO 357
I RESPONSABILIDADE CIVIL
Capítulo Xll
.\ ... ))Rj \\orA, CRISTIANO S()Rf\AL, ].lf<.:JANO f'J<;UfiRlCDO, ROBERTO F!GliEIREr>O, $AllRl:-l1\ 00URA!)O 359
3. O advento da Lei nº 11.232/2005 instituiu o atual art
475-Q, § 2º, do Código de Processo Civil [corresponde a~
art. 533,§_2º, CPC/15]. estabelecendo ser faculdade do juiz a
substz~wçao da determinação de constituição de capital pela
znclusao dos beneficiários na folha de pagamento de sociedade
empresária que apresente notória capacidade econômica. Des-
sarte, a Súmula 313/STJ, embora não tenha ficado superada,
deve ser mterpretada de forma consentânea ao texto legal em
vzgor, que estabelece ser faculdade do juiz que, excepcional-
mente,_determine a substituição da constituição de capital pela
znclusao dos beneficiários na folha de pagamento de sociedade
empresária, contanto que a condenada apresente clara higi-
dez economzca, podendo a questão ser examinada na fase de
cumprimento da sentença.
4. Recurso especial não provido. (REso 1308438/RL Rel.
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 27/08/2013, REPDJe 07/10/2013, DJe 27/09/2013)
361
ANDRÊ Mor>.., CR!>TI\.NOSOBRAL. LCCIA~O nGOE!REDO, ROBERTO FJGt!Elln:uo. SABRlK~ DOURAPO
I RESPONSABILIDADE CIVIL
Capítulo Xll
Capítulo XII
ANl1RÉ MOTA. CRtSTtiiNO SOI!RAL, l.UCJA.NO FtG\JEIREDO, ROBERTO FlGUEIRt:l)O, $Ail.RINA DOURADO 363
CAPÍTULO XIII.
13.1. DEFINIÇÃO
364
EDITORA ARMADOR I PRÁTICA CIVIL 1 3a cdiç.<io
Como os Direitos Reais estão, legislativamente, contidos no gênero
Direito das Coisas, seguiremos o critério mais apropriado em face
das provas, adentrando, de imediato, no tema da Posse para, apenas
depois disto, abordar as características dos Direitos Reais.
13.2. POSSE
365
I
DIREITOS DAS COISAS
Capítulo XIII l
ANDRÉ MOTA, CtuSTIA.NO SoBRAL, LUCIANO FlGUElRUDO, ROBERTO flGUEIREDO, SABRINA DOVRAVO 367
Cdpítulo XIII i
a) Direta x Indireta
Posse direta é aquela em que o possuidor tem o contato material
e imediato com a coisa. Ex: inquilino (locatário). Já a posse indireta é
aquela na qual o possuidor está afastado da coisa, mas aufere vanta-
gens àesta, a ex.en1plo do proprietário no contrnto de locação.
A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, tempora-
riamente, em virtude de direito pessoal ou real, não anula a indireta,
de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a
sua posse contra o indireto, em vice-versa (art. 1.197 do CC).
De fato. Na prática, locatário pode litigar contra locador, assim
como comodatário contra o comodante, assim como usufrutuário
contra o nu-proprietário, de maneira que é visível a possiblidade
jurídica de o possuidor direito defender a sua posse contra o indireto.
A distinção da posse em direta e indireta pode ocorrer por força
de um direito pessoal, como no caso de locação, ou comodato, ou por
força de um direito real, como no caso de usufruto ou habitação.
b) Composse
A composse ocorre quando duas ou mais pessoas exercem a
posse, concomitante, sobre uma coisa indivisível (artigo 1.199, CC),
à exemplo de dois amigos que dividem um imóvel em locação (dois
locatários de um mesmo bem). Em havendo composse, cada um destes
poderá realizar a defesa possessória do todo, independentemente de
sua cota parte.
Importante lembrar, na forma do art. 73, § 2º do CPC/15, que
nas ações possessórias a participação do cônjuge do autor ou do réu
ANDRÊ MOTA, CRISTIA~O SoBR•\L, LVC!A:'--0 fiG\JEIREDO, Rost:RTO frGUElREDO, SABRINA ÜOl'RADO
369
1 DIREITOS DAS COISAS
Capitulo XIII l
c) Justa x Injusta
A posse justa é aquela isenta de vícios, ou seja, a que não foi
contraída por nenhum dos meios previstos no artigo 1.200 do CC.
Logo, é justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
O conceito de posse justa é técnico e restrito à ausência destes três
elementos (violência, clandestinidade ou precariedade).
Interpretando-se às avessas a norma é possível considerar injusta
toda a posse adquirida de maneira contrária ao estabelecido pelo
ordenamento jurídico, ou melhor, a víolenta, a clandestina e a precária.
O momento da aquisição da posse será o lugar no qual se deverá
aferir a forma por meio da qual esta foi adquirida. Somente assim se
poderá afirmar se a aludida posse é justa, ou injusta.
De modo didático, será possível sugerir uma analogia da posse
violenta com o crime de roubo, pois este tipo penal exigirá violência,
ou grave ameaça. Também será possível estabelecer relação jurídica
com esbulho possessório. A invasão de imóvel alheio com a utilização
de armas de fogo é um claro exemplo da posse injusta na modalidade
violenta.
Já a posse clandestina é aquela adquirida com destreza (sem o
emprego de violência, muito menos grave ameaça), sendo factível a
analogia com o crime de furto. Imagine o exemplo de um vizinho
que coloca, matreiramente, uma cerca dez metros para dentro da
propriedade do outro.
Por fim, a posse injusta na modalidade precária decorrerá do
abuso da confiança, sendo importante a analogia com o crime de
apropriação indébita. Veja o caso no qual alguém empresta um livro
a outra pessoa, para ser devolvido em data aprazada e a devolução
não acontece. É visível que a posse injusta é derivada de uma posse
originariamente lícita, justa.
O Código Civil põe à disposição da sociedade importantes meca-
nismos para combater a posse injusta: o possuidor tem direito a ser
ANDRÉ J\10 !".\,CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO fiGUil!l\EDO, ROBERTO fiGUf.IIWDO, SABR!NA DOURADO 371
Capítulo xiffl
d) De Boa fé x de Má fé
O artigo 1.201 do Código Civil traz o conceito de boa-fé no insti-
tuto possessório, da seguinte forma: "É de boa-fé a posse, se o possuidor
ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa", advertindo
ainda o parágrafo único- do mesmo preceito- que "O possuidor com
justo título tem por ::.i a prcsuílçlfo de bou·fé, salvo prova iiíl contrário, ou
quando a lei expressamente não admite esta presunção".
A definição acima exposta trata da boa-fé subjetiva, que "só perde
este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam
presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente'~ a teor do
artigo 1.202 do CC A identificação da presença da boa ou má-fé será
importante para qualificar a presença de eventual vício possessório
e, com isso, estabelecer as consequências, os efeitos disto decorrentes,
para os casos de perecimento, deterioração, frutos, benfeitorias, direito
de levantamento, etc.
Não se deve confundir a lição acima exposta com a noção de justo
título e de título legítimo. Isto, por que justo título é a justa causa, o
justo motivo, independe de documento específico comprobatório da
posse; enquanto que título legítimo é o documento hábil a demonstrar,
por escrito, a posse. A este respeito existem dois importantes Enuncia-
dos em Jornada de Direito Civil. O Enunciado 302: "Pode ser considerado
justo título para a posse de boa-fé o ato jurídico capaz de transmitir a posse
ad usucapionem, observado o disposto no artigo 113 do CC" e o Enunciado
303, assim redigido: "Considera-se justo título para presunção relativa da
boafé do possuidor o justo motivo que lhe autoriza a aquisição derivada da
posse, esteja ou não materializado em instrumento público ou particular.
Compreensão na perspectiva da função social da posse".
ANDRÉ MOTA. CR!STJ,\NO $oilRAJ..., l.t.TIA."lO FlGt:rlREDO, ROB!:RTO Í'lG1JCJRHl0, $,\BRI~A DOURADO
373
!DiREITOS DAS COISAS
Capítulo XIII 1
culpa ou que o dano ocorria ainda que o objeto estivesse nas mãos
do reivindicante.
I
c) Quanto às benfeitorias' realizadas na coisa (arts. i219 e 1220, CC)
O ordenamento jurídico traz proteção ao possuidor de boa fé
e, dessa forma, o mesmo terá direito à indenização e retenção sobre
benfeitorias necessárias e úteis. Já às voluptuárias, poderá apenas
levantá-las, quando possível (sem prejuízo da coisa).
Quanto ao possuidor de má fé, este somente será ressarcido nas
benfeitorias necessárias, sem direito à retenção.
ANDRÍ' MOT.t, CRISTIANO SOliRAL, Lut:JANO fJGUElRf.DO, ROBERTO fiGUEIRP.DO, SABRINA DOURADO
375
Capílulo XIII \
A fi m d e proporcwnar
· melhor compreensão dos estudantes
trouxemos as características mais importantes do direito de proprie~
dade. VeJa-se.
a) COMPLEXO- pois é formado por um plexo (conjunto) de
poderes ou faculdades (usar, gozar/fruir, dispor e reivindicar);
b) ABSOLUTO- pois a sua oponibilidade é "erga ornnes" (em face
de todos);
. c) PERPÉTUO- uma vez que não se extingue pelo simples não·
uso e pode ser transrnll!do de urna geração para outra;
d) EXCLUSIVO - pois afasta o exercício do poder dominial de
terceiro sobre a mesma coisa (quando da propriedade sobre um bem),
~essalvando-se apenas a situação do condomínio, em que há divisão
1deal do bem;
377
ANDRÉ MOTA, C!USTIANO $OBRAI., LUCIANO FlGUI:IREnO, RoliERTO FIGCHIRI:DO, SMHUNA DOURADO
!DIREITOS DAS COISAS
C;;pitu!o Xlll l
Logo, a extensão do direito de propriedade é diretamente orientada
pela função socioambiental desta, sem perder de mira o interesse
público primá:r:,io e os interesses r;netaindividuais.
I
ANDRÉ Mon, CRISTIANO SoiJ.RAt, LUCIANO f•)(aJUREDO, HonfftTO FlGUElRl:DO, SABRJNA Dül'RADO
379
Capítulo XIII I
:l ATENÇÃO!
OS mo Tribunal Federal possui importantes súmulas sobre
uprde capl·-ao Recorde-se que "A usucapião pode ser arguzda
o tema a usu . .t d
,f " (S, la 237: STF) e que "O possuidor deve ser cz a o,
em de1esa umu ' ' F) mo
ssoalmente para a ação de usucapião" (Súmula 263, ST ' co
pe b, ' "O conifinante certo deve ser citado, pessoal!:zente, para
tam emque '
a açilo de usucapião". (Súmula 391, STF). .
Nenhum bem público pode ser usucapido (STF, Súmula 340 e CC:
t' 102) É imprescindível que a coisa seja suscet!vel de ser usuca l
ardgo . . ultaneamente a isto, tenha transcorrido lapso tempora.
pr a, e, stm ontínua pacífica e com o ammus domznz
suficiente na posse mansa, c ' -
'interesse de se tornar dono) sobre a cmsa. , .
' .... - ~---~~,..,,....., ;~;H-irlír ;;\" esnee1es de usu-
Feitas estas renexoes, pas:,a.~x.~.uv.::> .__._ ....._Á, i~-i· -~ -r
·- . b'l" . a fim de melhor compreender cada uma das suas
capmo 1mo 1 mna · · ·d t d d
modalidades. A usucapião imobiliária pode ser d!V!dl a e es u a a
mediante as seguintes espécies:
Capítltlo Xllll
~ATENÇÃO!
ANDRf: Mlln, Crt!ST!,\N() SO!IRAL, ],tH.:I-t"'() FlGUF.IR!:[JO, ROBERTO flGPHRFl)O, SABRJNA DOURADO
383
183 dIV.CF/88
Usucapião
o
especial urb ano ou pro-mrsero
· (artigo 1.240 do CC
a e 9 do Estatuto da Cidade) '
. Com a mesma razão do especial rural (promoção de acesso .
pn~dade c_onsoante à função social) e requisitos próximos (a ex~~çra~
d
aoa ate a, maxtma q u e sera• d e d uzentos e cinquenta metros quadradoso
C, ~eves~e cinquenta hectares), tanto a Constituição Federal com .
u~b:~~- rvrl e o Estatuto das Cidades regulam a usucapião 'espec~~
d Neste s~ntido, aquele que possuir, como sua, área urbana de até
m~~~:~: e cmquen_ta metros quadrados, por cinco anos ininterrupta-
. - em oposrçao, utilizando-a para sua moradia ou de sua f 'I'
a d quinr-Ihe-á o do , . d d ami Ia,
imóvel b mrmo, es e que não seja proprietário de outro
···~s·n~ ~-r~-~~~dou rural. E~te direito não poderá será reconhecido aO
Ult;: H v f-'u;:,;:,u_ 1 01" pOr 111a1S dê ílêZ.
:>ATENÇÃO!
Em virtude de recente reforma, datada de 2011 fora -
C'd- c - ' msen'dono
o rg~ . rvrl o art. 1.240-A, o qual, de maneira inédita assou
a p:~rbrhtar a usucapião entre cônjuges e companhcl:C,s em
VIr e do abandono do lar. Nessa toada, aquele que exe~cer
por2 (dOis) anos ininterruptamente e sem oposiç- '
direta e com exc1ustvi- .d ade, sobre imóvel urbano de ao, posse'
até 250
(duzentos
d. .d e cinquent
, . a met ros quadrados), cuja propriedade m
:;' a com ex-conJuge ou ex-companheiro que abandonou o lar
~ ~~za~do-~ para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á
., rr;rm~ mtegral, desde que não seja proprietário de outro
:nove ur an_o ou ruraL Tal prerrogativa, como soe ocorrer nas
orma~ especr~lS de usucapião, não será reconhecida ao mesmo
possmdor mms de uma vez.
:>ATENÇÃO!
O arual Código Civil disciplina instiruto próximo, porém diverso
da usucapião coletiva, em seu artigo 1.228. É a batizada desa-
propriação judicial ou indireta. Conforme este dispositivo, o
proprietário tJ:mbém poderá ser privado da coisa se o imóvel
reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta
de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número
pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou
385
ANnt~.tMoTA, CR.tSTH\NO SoBRAl.., LUCIA-NO ftGUEIREDO, ROIIlRfO FtC.:t'f!Rtno, S\!lRJSA DouRADO
I
DIREITOS DAS COISAS
Capítulo xmj
:>ATENÇÃO!
Matrículà, registro e averbação são coisas distintas. A matr~cula
é o nome que se dá ao primeiro registro do imóveL O regtstro
(anteriormerlte denominado de transcrição) refere-se ao ato que
consubstantia a transferência da propriedade: a cada registro
se recebe um novo número, em virtude da alienação (g~atuita
ANDltÉ MOTA, Ctu.<>T!ANO SoBRAl., LUCIANO fiGUEJREOO, ROBERTO fJGUEIREDO, SABR\NA DOURADO 387
Capítul(l Xllf i
!capítulo XIII
A~t>Rf. MofA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO F'lCllló!R[DO, ROIIERTO fJ(;l'f:IRHPO, SABRJNA DOURADO 391
Capítulo xm I
393
ANORÊ MOTA, CRJS1'!AN0 SOBRAL, LUC!A~O fiGt'E!ltEDO, ROBERTO fiGUElREDO, SABJUNA DOt:RADO
I
DIREITOS DAS COISAS
Capítulo XIII \
A':'f)Rf. Mon. CRISTIA-NO SonRAL, LUCIANO F!GUE!RlmO, ROll~RTO FlG\JE!RfoDO, SABRINA DOURADO 395
Capítulo xufl
13.6. CONDOMÍNIO
durante ela, obriga ao único condômino; mas este terá ação regressiva
contra os demais (artigo 1.318, CC).
O artigo 1.319 do CC trata da responsabilidade civil entre os
condôminos, de sorte que cada um destes responde aos outros :pelos
frutos que percebeu da coisa e pelo dano que lhe causou. Nos termos
do artigo 1.320, é lícito ao condomino, a todo tempo, exigir a divisão
da coisa em comum, respondendo o quinhão de cada um pela parte
nas despesas da dívida.
Em arremate, poderão os condôminos ajustar a indivisibilidade
da coisa comum por prazo não superior a cinco anos, suscetível de
prorrogação ulterior. Nada impede, todavia, à vista de ponderáveis
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o no
DIREITos DAS CotsAS I
[Capítulo XIII
ANDRÉ Mon., (R!STIANO SOBRAL, LUCIANO flGUEllU!DO, ROBERTO fiGUEIREDO, SABRINA DOURAI}O 399
Capítulo Xlll !
O artigo 1.336 do Código Civil trata dos deveres aos quais estão
os obrigados os condôminos. Estes têm o dever de contribuir para
as despesas do condomínio na proporção de suas frações ideais, não
realiza1i obras que comprometam a segurança da edificação, não alterar
a forma ·e a cor da fachada das partes e esquadrias externas, dar às
suas partes a mesma destinação que tem a edificação, não prejudicar
o sossego, salubridade, segurança, bons costumes, enfim, comportar-
-se de acordo com a boa-fé objetiva e a função social da propriedade.
:l ATENÇÃO!
Nos termos do artigo 1.340 do CC, as despesas relativas às partes
comuns de uso exclusivo de um dos condôminos, ou de alguns
deles, incumbem a quem delas se serve. Da mesma forma, as
obras relativas ao condomínio dependem, se voluptuárias, do
voto de dois terços dos condôminos; se úteis, do voto da maioria
dos condôminos.
401
ANDRÉ M.OTA, CR!ST!A"O SOBRAL, LUCIANO f!GUF!Rt::DO, Roi\I:RTO fJ(,'Utll\.EDO, SABR!l'>A DOURADO
1 DiREITOS DAS COISAS
Capitulo xm I
jcapít:tlo XIII
13.9. SUPERFÍCIE
AMnRÊ MOTA, CR!ST\,\NO SOJHtAl, Lucu.NO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUutREDO, SABRINA DOURADO 403
Em regra, o encargos e tributos que incidem sobre o imóvel serão
de responsabilidade do superficiário, ou seja, daquele que se beneficia
pela concessão de uso do imóvel para o fim acima indicado. Todavia,
nada impede disciplina contratual em sentido contrário (Enunciado
94 do CJF).
O direi:;o de superfície é transmissível, seja por ato entre vivos ou
hereditariamente, nos termos do artigo 1.372, do CC. Não será possível
ao concedente, entretanto, receber remuneração pela transferência do
direito de superfície a outrem.
Vale recordar, contudo, à luz da lex especialis e do Enunciado 93 da
I Jornada em Direito Civil, que '~s normas previstas no CC sobre direito
de superfície não revogam as relativas a direito de superfície constantes do
Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001), por ser instrumento de política de
desenvolvimento urbano". E mais: uos direitos e obrigações vinculados ao
terreno e, bem assim, aqueles vinculados à construção ou à plantação formam
patrimônios distintos e autônomos, respondendo cada um dos seus titulares
exclusivamente por suas próprias dividas e obrigações, ressalvadas as fiscais
decorrentes do imóvel" (Enunciado 321).
Cumpre, ainda, registrar o Enunciado 322 em Jornada de Direito
Civil: "O momento da desapropriação e as condições da concessão super-
ficiária serão considerados para fins da divisão do montante indenizatório
(artigo 1.376), constituindo-se litisconsórcio passivo necessário simples entre
proprietário e superficiário"
13.10. SERVIDÕES
0
13.10.2. EXTINÇÃO DAS SERVIDÕES
ANDSÉ MOTA, CRISTIANO $Oll.R.\'t., Lt;CJANO F!G1JEIREOO, ROBJ:ItTO FlGVtlREDO, SABRINA DOURADO
405
!DIREITOS DAS COISAS Capítulo XIII \
13.11. USUFRUTO
rcapítulo XIIJ
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBPAL LUC!P.NO frGUEIREDO. ROBERTO flGUE!REOO. $,>,1\RINA 00IJRAOO 407
C:tpítulo XIII ]
13.12. DO USO
13.13. DA HABITAÇÃO
:>ATENÇÃO!
Segundo a doutrina (Enunciado 95 do CJF) e a jurisprudência
(Súmula 239 do STJ), ainda que a referida promessa de compra e
venda não esteja registrada será possível o direito à adjudicação
compulsória, ante o fundamento da função social da posse.
ANDRÉ MOTA, CRJSTl,\NO SOSRAL, Lt:CJA"'O fJGtTlREL)O, ROBERTO flGl,)flREDO, $.\I>,RlNA ÜOLRADü 409
1 DIREITOS DAS COISAS
Capítulo xml
no registro (artigo 1422, CC). Eis a característica da preferência da
garantia real sobre a garantia obrigacional.
O pagamento de uma ou mais prestações da dívida não importa
exoneração correspondente da garantia, ainda que esta compreenda
vários bens, salvo disposição expressa no título ou na quitação (artigo
1421, CC). A isto se convencionou denominar de indivisibilidade da
garantia real.
Os contratos de penhor, anticrese ou hipoteca precisam declarar,
sob pena de ineficácia, o valor do crédito, o prazo fixado para paga-
mento, a taxa dos juros, se houver e o bem dado em garanti3, com as
suas especificações.
13.16. DO PENHOR
ANDRÉ MoTA, CnJSTl~<NO SonRAJ, LuCJANO FiGUEIREDo, RoBERTo FJGUEUtEDO, SAfiRINA DouRADO 411
Capítul;J XIHI
I
13.16.5. PENHOR AGRÍCÓLA
ANDR.ii MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCJAIW fJGUElR'EDO, ROIH'RTO F!GUElR'fDO, SABRINA ÜOL'RADO
413
I
DIREITOS DAS COISAS
Capitulo XII~
13.17. HIPOTECA
ANORf. MOTA, CRISTIANO SOBRAl-, LUCIANO FJGUE!RE!)O, ROBERTO FlGlTIROJO, $ABRI NA DOUJL~DO 415
Capiudo XUII
13.18. ANTICRESE
ANDRÉ MOT.I, Ca s·J LANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, RouERTO F!GUDREUO, SABRI"iAÜOURADO
417
1
CAPÍTULO XIV.
DIREITO DE FAMÍLIA
14.2. CASAMENTO
que "O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade
de direitos e deveres dos cônjuges".
l
l
14.2.1. CAPACIDADE NÚBIL
ANDRÉ ~')QTA, CRISTIANO Süi\RAL, LUCIANO fiGUElREDO, ROBERTO flGUElREDO, SABRINA DOURADO 419
Capítuio Xl\,l
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIA~O FIGCE!RE!>O, ROBERTO FIGUE!REOO, SABRINA ÜOijRADO
421
j DIREiTO DE FAMiLIA
Capítulo XIV 1
a) Casamento civil
Em regra o casamento é civil e gratuita a sua celebração, na
meihor forma do § 1º do art. 226 da CF. justo por isto que deverá ser
realizado, também via de regra, na sede do cartório (CC, art. 1.534).
A legislação permitirá que a celebração deste matrimônio ocorra
em edifício público ou particular, com a presença de 4 testemunhas.
c) Moléstia grave
Reza o art. 1539 do CC ser possível o casamento de pessoa porta-
dora de moléstia grave. Assim, aqueles que se encontrarem gravemente
enfermos poderão casar também e esta celebração, evidentemente,
ocorrerá fora do cartório, perante 2 testemunhas.
A legislação admite até mesmo que este matrimônio seja cele-
brada à noite, para casos de urgência, seja pelo oficial de registro, seu
!',:O•,'DRf )\\OrA, CRJ.STJANO SüBR.\L, LUCIANO F!GUEIREUO, ROBFRTO flGUF.JRf.IJO, SABRJNA DOUMDO 423
substituto le?al ou_ainda um oficial ad hoc, que lavrará termo avulso
e o registrara em Cinco dias.
d) Risco de vida
De ocorrência pouco provável, está pr~visto no art. 1540 do CC
par~ q~em se encontrar à beira ela morte, &m extrema situação de
urgenCia que sequer perm1ta a indicação de uma autoridade celebrante
ou mesmo de procedimento prévio de habilitação. '
~ma atenção necessária para esta espécie de casamento está na
quantidade de testemunhas. São seis (art. 1540 do CC).
Realizado o casamento nestas condições, as testemunhas devem
~omparecer peran~e uma autoridade judicial no prazo máximo ele 10
_~as: tnforrnando a mesma que presenciaram 0 evento, porque soli-
cllaaas
. pelo enfer mo, que o mesmo se encontrava em perigo de vida
e, finalmente, que o enfermo declarou o desejo de casar.
A partir deste instante, o magistrado irá instaurar um procedi-
mento JUdJcJal, mstrumdo o feito para, ao final disto, decidir se auto-
nza ou n~o o registro deste casmnento. Em caso afirmativo, os efeitos
deste registro retroagirão ao dia em que o matrimônio aconteceu.
e) Por procuração
_É possível o ca:amento por procu~ação, desde que esta seja feita
por mstrumento pubhco e contenha poderes especiais, na forma do
art.. 1.542 CC Interessante recordar que a procuração para o casamento
tera validade restrita a 90 dias.
Acaso ~a!a a revo~ação do manta do e, ainda assim, o matrimônio
ocorra, a h1potese sera de nulidade relativa do casamento (CC, art.
1550): de forma que se não houver coabitação entre os cônjuges, será
poss1vel mvahdar o matrimônio.
425
ANDRÉ MOTA, [RISTtANO $OIIRAL, LUCLA~O FIGUEIRJ>DO, ROl> ERTO FH;Ut!REDO, SA!IRlNA DOt'RADO
\ DIREITO DE fAMÍLIA
Capítulo Xlvl
Importante advertir que os bens onerosamente adquiridos
durante o matrimônio, ainda que só em nome de um dos cônjuges,
comunicarão ao outro, assim como os bens "adquiridos por fato eventual,
com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior", ou ainda adquiri-
dos por doação, ou herança, feita a ambos os cônjuges, as "benfeitorias
em bens particulares de cada cônjuge" e, finalmente, os 'frutos dos bens
comuns, ou ~os particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do
casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão". A regra é do
art. 1660 do CC
b) Comunhão universal
Como o nome sugere, no regime da comunhão universal o
patrimônio presente e futuro do casal se confundirá, tornando-se um
condomínio (copropriedade).
Apenas não se comunicarão, neste regime da comunhão uni-
versaL "os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e
os sub-rogados em seu lugar; os bens gravados de fideicomisso e o direito do
herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; as dívidas
anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos,
ou reverteren1 em proveito comum; as doações antenupciais feitas por um dos
côujuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; Os bens referidos
nos inci.<os V a VII do art. 1.659". É o que afirma o art. 1668 do CC
c) Separação obrigatória
d) Separação convencional
Dentro da liberdade e da autonmnia privada será possível aos
cônjuges a opção pela incomunicabilidade dos bens durante o casa-
mento, mediante a elaboração de um pacto antenupcial a este respeito.
Assim, os nubentes poderão fazer uma convenção antenupcial e
disciplinarem a incomunicabilidade do patrimônio, mediante o regime
da separação convencional.
Trata-se de regime semelhante à separação obrigatória, sendo
que a distinção residirá apenas no fato de decorrer da autonomia da
vontade.
427
Capítulo XtVl
Cnpítulo XIV !
14.3.1. FILIAÇÃO
~ Car;ítulo XIV
431
C:qwulo XlV !
a) Investigação de paternidade
Mediante procedimento comum ordinário perante a Vara de
Família é possível o ajuizamento, por quem pretende ser reconhecido
como filho, em face do suposto pai, desta ação de investigação de pater-
mdade. O art. 27, ECA e súmula 149, STF serão fundamentos relevantes
na causa de pedir. Será possível cumular ao pleito de investigação
de patermdade alimentos ou herança, à depender da situação fática.
b) Negatória de paternidade
Está prevista no artigo 1.601 do CC. Ajuizada na Vara de Família,
o autor da demanda é o marido. O procedimento é comum ordiná-
rio. Postula-se a declaração de que o filho oriundo do matrimônio e
presumidamente do casal (presunção relativa) efetivamente não é do
433
ANDRÉ MOTA, CRISTiANO SOBAAL, L\tCJ.>,NO FJGLIE!li.EDO, ROSERTO F!GVElREDO, SARRINA DoVRAl)O
1 DIREITO DE fAMÍLIA
Capítulo XIvl
14.5. CONCUBINATO
14.6. ALIMENTOS
435
Capítulo xfV]
ANDRÉ MüTA., CRJST!ANO SüBR.~L, LLT!A~O f!Gut;JREDO, ROBI:RfO I:JGt:EIR~DO, SA!>RIN>; DOURADO 437
1 DIREITO DE fAMÍLIA
Capítulo XIV \
A resposta é dada pelo art. 4º da Lei 8.009/90, art. 4º para quem não
se beneficiará do disposto nesta lei aquele que, sabendo-se insolvente,
adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência fami·
liar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. Caberâ ao magistrado
invalidar a alienação, transferindo a aludida impenhorabilidade para
a moradia familiar anterior. A propriedade mais valiosa fica liberada
para uma devida execução, repousando a impenhorabilidade do bem
de família legal sobre o bem mais antigo, menos valioso e capaz de
assegurar a moradia.
Cabe uma devida inclinação para uma outra questão interessante,
agora de direito intertemporal. Aplica-se à tutela do bem de família
aos imóveis cuja penhora ocorreu antes da edição da lêgisbçt:o do
bem de família legal? A resposta é positiva, apesar da Lei Federal
nº 8.009/90 ter iniciado sua vigência na época da publicação (art. 7º da
Lei 8.009/90). O entendimento esta na Súmula 205 do Superior Tribu-
nal de Justiça: "A Lei 8.009190 (bem de família legal! aplica-se às penhoras
realízadas mesmo antes de sua vígêncía".
Esta impenhorabilidade repousa sobre o imóvel residencial, pró-
prio da entidade familiar, bem como as suas construções, plantações,
benfeitorias de qualquer natureza, os equipamentos, inclusive de uso
profissional, e os móveis que guarnecem o lar, desde que quitados
(art. 1º da Lei 8009/90).
Outra importante questão envolve a súmula 486 do STJ segundo
a qual o imóvel próprio do casaL ou da entidade familiar, residencial,
sendo único, ainda que o devedor o tenha locado à terceiro, não res-
ponderá desde que a renda obtida com a locação seja revertida para
a subsistência ou moradia da sua família.
Na forma do art. 2º da Lei nº 8.009/90, a impenhorabilidade do
bem de família legal não alcança "os veículos de transportes, obras de arte
e adornos suntuosos". A estes será possível a penhora para o pagamento
das dívidas do titular.
E a vaga de garagem? Seria bem de família? Este tema foi tratado
na Súmula 449 do ST): "a vaga de garagem que possui matricula própria
no registro de imóveis não constitui bem de família para efeito de penhora".
Portanto, se não possuir matrícula própria, poderá ser bem de família.
Tendo matrícula própria poderá ser penhorada.
DIREITO DE FAMÍLIA I
r Capítulo XIV
14.8. GUARDA
\CilpHul,) XIV
ANDRÍ: MOTA, CRlSTJANO SOBRAL, LLTMNO FJGUEIREDO, RoBERTO FlGLT!REDO, SABRit;;A ÜOU:RAUO
441
I
DIREITO DE FAMÍLIA
Capítulo XIYl
ANDRÉ MOTA, CRJSTIASO SOBRAL, LUCIANO F!GUURliDO, RüllERTO F!t.;UtlREPO, SABRJNA DOURAOO 443
responsáveis pelos prejuízos às pessoas, as quais competiam fiscalizar
a atividade do tutor, e as que concorreram para o dano".
A administração dos bens dos tutelados devem ser realizadas
pelos tutores. "No fim de cada ano de administração, os tutores
submeterão ao juiz o balanço respectivo, que, depois de aprovado, se
anexará aos autos do inventário", a teor do art. 1.756 do Código Civil.
Além do balanço anual os tutores prestarão contas de dois em
dois anos. Mesmo ao findar o exercício da tutela tal obrigação persiste.
Sempre que o Juiz achar conveniente, a situação pode se repetir. Extin-
guindo-se a tutela pela emancipação ou maioridade, persistirá o efeito
liberatório (ou seja, a quitação). As contas devem ser aprovadas pelo
Magistrado, subsistindo inteira, até então, a responsabilidade do tutor.
14.10. A CURATELA
ANDRÊ MOTA, CR.lSTlA:-:O SOBRAL, LuClANO fJCUHREDO, RoBERTO flGUEIII.EDO, SARRlNA DOURADO
445
I
DIREITO DE FAMÍLIA
Capítulo XIV!
14.ll. ADOÇÃO
Instituto jurídico que faz surgir uma nova família, dando azo da
família substituta. Os laços de parentesco do passado são apagados
(à exceção dos impedimentos matrimoniais que sempre existirão)
assegurando direitos e deveres jurídicos e, desta forma, atribuindo a
.condição de filho ao adotado.
É preciso que aquele que deseja adotar seja pessoa maior de
dezoito anos, salvo na hipótese de um casal em que um deles tenha
completado a maioridade e comprove a estabilidade da família.
A única exceção à regra; seria nos casos de um menor de dezoito anos
desejar adotar, este deverá estar casado ou em união estável como
alguém maior de dezoito.
Em fiel respeito à eticidade e à boa fé objetiva, tutores e curadores
somente poderão adotar após a prestação (aprovação) das contas dos
tutelados e curatelados, inclusive com a quitação de eventuais débitos.
Assim, outras particularidades são exigidas, como a diferença de 16
anos de idade entre o adotante e o adotado.
447
Concebida como ficção jurídica que imita a realidade biológica a
observância dos requisitos designados pressupõe um processo judi-
cial. O consentimento dos pais ou de quem deseja adotar, bem comJ
dos representantes legais, seria outro requisito aventado. A concor-
dância do adotado também é considerada caso este conte com ma[s
de doze anos.
Dispensa-se o consentimento apenas se os pais desta pessoa
forem desconhecidos, ou destituídos do pod"r familiar, por razões
intuitivas.
A revogação do aludido consentimento é possível até a publicação
da sentença constitutiva da adoção.
Casais homoafetivos podem adotar como entendeu o Superior
Tribunal de Justiça e ainda os divorciados e separados judicialmente,
desde que acordem sobre a guarda, regulação de visitas e alimentos,
sempre no melhor interesse da pessoa adotada e desde que o estágio
de convivência tenha sido iniciado na constância desta sociedade.
Ainda de acordo com o princípio da proteção integral, o mesmo
aplicado para a guarda, a adoção existe em melhor benefício do a do·
tando dispensando-se o consentimento do representante legal do
menor, se provado, por exemplo, que os pais são desconhecidos, ou
tenham sido destituídos do poder familiar, entre outras situações que
serão ponderadas pelo Juízo de Família.
Cabe direito subjetivo ao adotando, como por exemplo o direito
de alterar o sobrenome ou até o prenome, se menor e desde que haja
pleito neste sentido.
Necessário o trânsito em julgado do processo para que prevale·
çam os efeitos da adoção, exceto se o adotante vier a falecer no curso
do procedimento, caso em que terá força retroativa à data do óbito.
ANI)IIÉ MOTA. (R!~T!liNO SOBRAL, LUCIANO FtGU!ilREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SA!>RlNA DoURADO
451
Capítulo XV I
'
452
EunmtA ARMADOR 1 PRÁTICA GVIL 1 Y edição
rüpítul~ XV
453
l DIREITO DAS SUCESSÕES
l
Capítulo XV
ANDR.Í' MOTA, CRISTIANO SosRAL, LUCIANO F!GUH!RliDO, Ro6F.II.TO FIGU!:IRISDO, $!\fiRHú\ 00URAPO 455
Capítulo XV
15.11. DESERDAÇÃO
entre os arts. 1961 e 1962 do CC, tais como ofensa física, injúria grave,
relações ilícitas familiares e desamparo.
Tanto a decretação da indignidade, quanto da deserdação sub-
metem-se a um prazo decadencial de 4 (quatro) anos, que se inicia
deste o óbito. Desta forma, aberta a sucessão, o interessado terá até 4
(quatro) ar: os para ajuizar a ação ordinária, sob pena de decadência.
ANDRÊ MOTA, (RISTLA.l>IO SOBRAL, LUCIANO FJGUEIRI:DO, ROBERTO f1GUEIRI>DO, SABRlNA ÜOUIL"'DO
457
I DIREITO DAS SUCESSÕES
Capítulo XV
receberão por cabeça, sendo que outros receberão por estirpe (direito
de representação).
Na sucessão dos descendentes o cônjuge, à depender do regime de
bens, concorrerá com estes (art. 1.829, inciso I, CC). Portanto, existirão
hipóteses nas quais o cônjuge sobrevivente não concorrerá, e hipóteses
nas quais concorrerá. Atente-se a isto.
Nos casos de comunhão universal, separação obrigatória e
comunhão parcial sem bens particulares, o cônjuge sobrevivente
não concorrerá, de maneira que apenas os descendentes receberão
a herança.
O cônjuge sobrevivente somente concorrerá com os descendentes
·no regime da separação convencional de bens ou na comunhão parcial
com bens particulares, ou na participação final nos aquestos.
O art. 1.832 do CC assegura ao cônjuge sobrevivente "quinhão
igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior
à quarta parte se for ascendente dos herdeiros com que concorre". O preceito
normativo assegura a reserva hereditária mínima de %em benefício
do cônjuge sobrevivente para os casos em que este seja ascendente
dos herdeiros em face de quem concorrer.
Na falta de descendentes, os ascendentes serão chamados à
concorrer e sucederão com o cônjuge residual independentemente do
regime de bens (art. 1.836, CC). Isto é muito importante de se desta-
car. Pouco importa o regime de bens: o cônjuge sobrevivente sempre
concorrerá com os ascendentes.
AN"DRf MOTA, CJUSTMNO SOBRAL, LtK!ANO FlG\JEI!U:DO, RO!IIRTO flGUEIREilO, SAB!t!NA DOtfn,\DO 459
Capítulo XV 1
ANDRÉ MOTA, CRlSTli\NO SOBRAL, LuCIANO fiGUlm:tEDO, RoB[RTO fiGUEIRllDO, $ABRINA DOURADO 463
Capítulo XV !
a) O testamento público
O testamento público é a forma mais segura de se elaborar este
negócio jurídico, porque firmado perante um tabelião, por meio de
465
ANDRÊ MOTA, (RJ$TIANO SOBRAL, LUCIANO fJGUEIREDO, RO!IERTO flGUUREDO, SABRINA DOURADO
l DIREITO DAS SUCESSÕES
l
Capítulo XV
b) Testamento cerrado
Nesta modalidade de testamento, o testador objetiva guardar
um segredo. Daí porque também será denominado de testamento
secreto ou místico.
Cerrado é o testamento composto de dois elementos básicos: (i) a
cédula testamentária, que é o documento particular, feito pelo testador,
assinado por este ou por alguém a seu rogo, (ii) auto de aprovação,
que é o parte pública do documento, qual seja o treco do docun;_ent~
elaborado pelo tabelião. A leitura dos arts. 1.868 a 1.875 do CC sera
fundamental à compreensão do assunto.
Esta cédula testamentária será apresentada ao tabelião perante
duas testemunhas, oportunidade na qual se lavrará o auto de apro-
vação, quando todos assinarão o documento público, que cerrou o
testamento.
Um cuidado deverá ser dado ao testamento secreto. Acaso aberto
pelo testador, ou violado (arts. 1.864, 1.875 do CC), este testamento, será
considerado como violado e, portanto, não gerará mais efeito jund1co
algum. .
O testamento cerrado poderá ser elaborado em língua estrangeira
(art. 1.871 do CC), assim como poderá ser feito por quem não saiba, ou
não possa, ler (CC, art. 1.872). O surdo mudo também estará autorizado
à fazer o testamento cerrado (art. 1.873, CC).
DIREITO DAS SUCESSÕES I
fCapítnlo XV
c) Testamento particular
15.19. CODICILO
ANuRt .\10TA, CRJSTHNO SonRAL, Luc.:!ANo FJGuEJREno, Ro!IF.RTo FJGUmREno, SABRJNA DouRAoo 467
o testamento poderá ser revogado da mesma maneira por meio da
qual foi feita (CC, 1.969). Esta revogação produzirá seus efeitos ainda
que o testamento originário caducar por exclusão, incapacidade, ou
renúncia do herdeiro nela nomeado.
Como já vimos, é tido como revogado o testamento cerrado
quando aberto, ou dilacerado.
15.22. O TESTAMENTEIRO
15.23. DO LEGADO
DIREITO Do CoNSUMIDOR
r:~.~~~ • /1 ' " " " ' " " I PuÁTICA CIVIL I 3~ edição
DIREITO DO CONSUMIDOR !
fcapítulo XVI
ANDR( 1\lOTi\, CRISTIANO SOBRM~, LUCIANO FIGUEIREDO, RüDERTO FlGUI:HtEDO, SAJlRIN,\ DoURADO 471
Capítulo XVI
473
ANDRÊ MOT,, CR!ST!.\...;O SOflR,\1., !.IT!-'-"0 f!Gt'FJRrDO, ROBERTO FiGn lRH>O, SABl!.lK.\ J)Ol·II.APO
/ DIREITO DO CoNSUMIDOR
Capítulo XVI \
favorável ao banco, e não podem agir, mesmo sabendo que sua ação
poderá corrigir uma ilegalidade.1.
Ser uma normí:l de interesse social, deste modo descreve o artigo
I
1º da legislação consumerista. Norma de interesse social é aquela que
visa à proteção de interesses individuais relativos à dignidade da
pessoa humana e interesses metaindividuais, ou seja, da coletividade.
:l ATENÇÃO!
Diante do que foi exposto, fica clara a relação entre a Constitui-
ção Federal e o Código de Defesa do Consumidor. Por ter sido
AND!Ui MüTA. CRISTIANO SOI\Rill, LUCIANO fiGUI:JREDO, ROIIERTO fJGUEIREDO. SABRINA DOURADO 475
Capítulo À'\11
:l ATENÇÃO!
477
l DIREITO DO CONSUMIDOR
Capitulo X\l]l
:l TEMA DE PROVA!
Diferencie vulnerabilidade de hipossuficiência
A doutrina, tradicionalmente, aponta a existência de três moda-
lidades de vulnerabilidade: a técnica (ausência de conhecimento
específico acerca do produto ou serviço objeto de consumo), a jurídica
(falta de conhecimento jurídico, contábil ou econômico e de seus refle-
xos na relação de consumo) e a fática (situações em que a insuficiência
econômica, física ou, até mesmo, psicológica do consumidor, o coloca
em pé de desigualdade frente ao fornecedor). Vulnerabilidade então
nada mais é do que a cor,dição de inferioridade e está vinculada ao
direito material, enquanto a hipossuficiência é a vulnerabilidade
amp1ific1:1dêt e está ligada ao direito processual.
Além do consumidor standard, a lei apresenta em três artigos o
chamado consumidor equiparado ou por equiparação. O primeiro
consumidor equiparado é a coletividade de pessoas, que se encontra
no parágrafo único do artigo 2º da lei do CDC. Avalie o texto:
Á!\DRÉ Mon,, (RlSTIANO SOBUAL, LUCIANO ftGUEJREDO, ROBERTO f'IGUE!REDO, SAURINA DoURADO 479
Capítulo XVI
ANDR[ Mon,, CRlSTlA~O SOBRAL, LUCI\ NO F!Gl;E!RU)O, Roll"lc.rO FIGlll!REDO, SAliRI~.1. DOUR.-'\DO
481
I
DIREITO DO CONSUMIDOR
Capítulo XVI I
ANt>Rí. Mo'JA, Crus·JJ,,No SoBRAL, LuuAJ>..:o ftcunRFJJO, Rt'BEJnü FJGUEIREvo, SABRINA DoL:RADO 483
C:;pítu!o XVI !
:l ATENÇÃO!
Segundo o conceito acima, para que haja uma relação de con-
sumo é necessária a constatação da habitualidade. Exemplo:
Se uma pessoa vende o seu carro para a outra, não pode ser
aplicado o CDC, e sim o CC/2002. Todavia, se essa pessoa que
vendeu o carro para a outra for uma vendedora com habituali-
dade, deve ser utilizada a lei consun1erista.
:l ATENÇÃO!
A remuneração citada J?ela lei na definição de serviço poderá
ser drreta ou mdrreta. E muito comum encontrar esse tipo de
remuneração nos estacionamentos de mercados que mencionam
ser "gratuitos", mas o valor já está embutido nos preços dos
produtos vendidos.
:l ATENÇÃO!
Observar as seguintes Súmulas do STJ:
16.3.1. DA VULNERABILIDADE
485
\DIREITO DO CoNSUMIDOR
Capit•do XVll
'
16.3.5. DA EQUIDADE
487
Artigo 6". São direitos básicos do consumidor:
(. .. )
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado
dos produtos e servzços, asseguradas a liberdade de escolha e
a zgualdade nas contratações;
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SOBRAL Lt:CIAI><O FrGUF.lREDO, Ronr:RTO F!Cl EIRr.N), SABRJN,\ J)on~ADO
489
!DIREITO DO CONSUMIDOR
C:;pítulo XVI
491
Capítulo XVll
493
A~DRf. MoT.\, ClHSfl.\NO SOBIUL, LUCI~NO FtGUI!IItLDO, ROBf.R1 O FtGUEIRUJO, 5'<!:11<lk\ DOLIRA!Iü
I
DIREITO DO CONSUMIDOR
CJpi111lo XVl l
495
Capítulo XVI ~
497
ANDRÉ M01~\, (RlSTH"'D SOBRAL, LUCIANO F!GUElREDO, ROBERTO FiGUEIREDO, SABR!NA DoVRADO
\ DIREITO DO CONSUMIDOR
Capitulo XV~
AnDRÉ MOTA, CRJSTJ,\N() SOBR.U, LUCIANO FlGUPJREDO, RüBERl"O f'I(;UJ::J!t~:DO, S\lllllNA DOURADO 499
I1I- os produtos que, por qualquer motivo, se revelem ina-
dequados ao fim a que se destinam.
:>ATENÇÃO!
O prazo acima mencionado poderá ser modificado? A res-
posta será encontrada com a breve leitura do § 2º do artigo 18
supracitado.
501
ÁNDRE. MOTA, (RlST!ANO $OBRAL, LUCIANO fJGUE!REDO, ROIIEitrO fJGUF.IREDO, SABRINA Dol'R.\DO
l DIREITO DO CONSUMIDOR
:>ATENÇÃO!
Lembre-se de que os vícios do produto ou do serviço são intrín-
secos, ou seja, inerentes.
:>ATENÇÃO!
Conforme abordado, os prazos são decadenciais e também são
utilizados para os vícios de fácil constatação, aparente e oculto,
o que os diferenciam é o dies a quo.
ANoRf: MnT-\, CR!STJ\NO Süllllt\1, LUCIA'·W fJ(;UF!HUJO, RoBnrro FJGl'r.IREDO, Si\.IIRJNA Doun,\PO 503
Capítulo X\IJ
ANDRf MOTA, CRJSTIANO ;jOBRAL, LL'C!ANO fJGl'EIREDO, ROBERTO ftGLTJREDO, 5ABRINA DoUR!I DO
505
I DIREITO DO CoNSUMIDOR
Capí1 ulo xVil
Qual seria o prazo para a propositura da Ação Indenizatória
no caso do fato do produto? São cinco anos prescricionais do conhe-
cimento do dano e de sua autoria. O fato do serviço possui previsão
nos artigos 14 e 27. Examine: I
Artigo 14. O fornecedor de serviços responde, indepen-
dentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos
causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação
dos serviços, bem como por informações insuficientes ou ina-
dequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1º- O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança
que o consumidor dele pode esperar, levando-se em conside-
ração as circunstâncias relevantes, entre as qums:
I- o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se
esperam;
III- a época em qúe foi fornecido.
§ 2º- O serviço não é considerado defeituoso pela adoção
de novas técnicas.
§ 3º .O fornecedor de serviços só não será responsabilizado
quando provar:
I- que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II -a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 4º. A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais
será apurada mediante a verificação de culpa.
!\NJ.;RÍ. Tlh>T", CR!~nAsO SOliH\L, l,lJClANO FlGUEJRrno, Rom-:RTO I'JGVEJRrno, SAJIRJNA DotiRADO 507
Ctpíwlo X\~ \C
~ATENÇÃO!
rve a recente Súmula nº 572, do STJ, dispondo
Sobre o tema, obse
que:
.5-' edição
DIREITO DO CONSUMIDOR I
rcapírulo XVI
:l ATENÇÃO!
:l ATENÇÃO!
J\~vRí: :>lorA. C!tiSTJ.\NO :;,oiii!-\L, Ll'<..!A~o FKa'Elll.fDo, RoHK!<l l'l,_;u;Jnum, S,\BRI>'A DoURADO 511
Capitulo xVllI
§ Iº. !VETADO).
§ 2º. As sociedades integrantes dos grupos societários e as
soczedades controladas, são subsidiariamente responsáveis
pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 3º. As sociedades consorciadas são solidariamente res-
P?nsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
i § 4'- As sociedades coligadas só responderão por culpa.
§ 5º. Também poderá ser descor,siderada a pessoa jurídica
sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo
ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
16.7. OFERTA
513
ANDRÉ MOTA, CR!STtANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBilltTO FIGUEIREDO, SAnRlNA DOURADO
1 DiREiTO DO CoNSUMIDOR
Capítulo XVtl
16.8. DA PUBLICIDADE
A:-IORÉ MOTA, CIUSTJANO SoBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBtRTO FlGl'ElREDO, SA!lRlNA DOURADO 515
Capítulo XVI /
:l ATENÇÃO!
ANDRÉ Mo TA, CRISTIANO SoBRAL, LUCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO fiGUEIREDO, SJ\.BRI NA DOUAADO 517
I DIREITO DO CONSUMIDOR
Capítulo XVI l
VIII- colocar, no mercado de consumo, qualquer produto
ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos
órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não
existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou
outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metro-
logia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
X -deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua
obrigação ou deixar afixação de seu termo inicial a seu exclu-
sivo critério;
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços,
diretamente a quem se dispo11ha a adquiri-los mediante pronto
pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados
em ltis especiais;
X- elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços;
XI - Dispositivo incluído pela MPV n' 1.890-67, de
22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da conuer-
são na Lei nº 9.870, de 23.11.1999;
XII - deixar de estipular prazo para o cwnprimento de
sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu
exclusivo critério
XIII- aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal
ou contratualmente estabelecido. ·
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos reme-
tidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no
inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obri-
gação de pagamento.
ANvHf: [l.-1oTA, CRISTIANO SoBRAL, !.utlMiO FIGI.If1REno, RollERTO f'JGliEJRF.Do, S,\\JRINA DmmAOO 519
Capítulo XVI
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FtGUE!lUlDO, ROBER'í'O FIGUEIREDO, SA:SRINA DouRADO
521
I DIREITO DO CONSUMIDOR
Capítulo XVI l
dos, as condições de pagamento, bem coma as datas de início
e término dos serviços.
§ 1'. Salva estipulação em contrário, a valor orçada terá
validade pela prazo de dez dias, cantado de seu recebimento
pelo consumidor.
§ 2º. Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento
obriga os contraentes e somente pode ser alterado mediante
livre negociação das partes.
§ 3º. O consumidor não responde por quaisquer ônus ou
acréscimos decorrentes da contratação de serviços de terceiros
não previstos no orçamento prévio.
A~aJRÍi MOTA, (RlSTIANO SOBRAL, LUCJ/I.NO flGUEIRrOO, ROBERTO FlGUe!Rl'llO, $A8R!NA DOURADO 523
Capítulo XV~
•
16.10. COBRANÇA DE DÍVIDAS
ANORÊ MOTA, CRISTIANO SORR./11., LUCIANO ftGUElREDO, ROBERTO FIGULIREOO, SABRINA DOURADO
525
l DIREITO DO CONSUMIDOR
Capítulo XVI]
:>ATENÇÃO!
Veja a recente Súmula do STJ:
\i'ni\Í: MOIA, CHJST!tt.NO SO!IRAl., LUCIANO f'IC\!ElREDO, ROBERTO fiG\JEIREDO, SABRINA DOUJl.t\DO 527
Capítulo XVI l
O artigo 86 do CDC que previa o habeas data foi vetado pelo Pre-
sidente da República. É válido citar o artigo 1º da Lei nº 9.507/97 que
disciplina o seu procedimento.
Interessante frisar que os bancos de dados e cadastros relativos
a consumidores, serviços de proteção ao crédito e congêneres são
considerados entidades de caráter público, conforme a previsão do
§ 4º do artigo 43 do CDC.
A quem cabe notificar o consumidor antes de uma futura ins-
crição? Acompanhe o texto da Súmula nº 359 do STJ.
:J ATENÇÃO!
Súmula nQ 404 do STJ. É dispensável o aviso de recebi-
mento (AR) na carta de comunicação ao consumidor sobre
a negativação de seu nome em bancos de dados e cadastros.
ANDRÊ MoTA, CRISTiANO SoBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SAIHUNA DOURADO 529
I DIREITo Do CoNSUMIDOR
Capítulo XVl !
:>ATENÇÃO!
Sobre o tema, observe a seguinte Súmula do ST}:
:>ATENÇÃO!
Sobre o tema, importante observar a Lei nº 12.414/2011 que disci-
plina a formação e consulta a bancos de dados com informações
de adimplemento, de pessoas naturais ou de pessoas jurídicas,
para formação de histórico de crédito.
ANLlRi \10T\, C~u~rt~NO SomtAL, LUCIANO ftGUElREOO, ROBf.RTO F!GUE!RLDO, $ABRINA DOURADO 531
Capítulo J...'Vl j
(.. )
III- a informação adequada e clara sobre os diferentes
produto~ e serVIços, com especificação correta de quantidade,
caracterzstzcas, composição, qualidade, tributos incidentes e
preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
ANDRÉ MOTA, (R!STIANO S06RAL, LUCIANO FIGUEIREDO. ROBERTO FIGDEIREDO, SABRINA DouRADO
533
!DIREITO DO CONSUMIDOR
Capítulo XVIl
dev,em ser interpretadas com maior rigor, por conta dos bens
JUY!dtcos em questão, seria um despropósito falar em dever
de informar baseado 110 homo medius ou na generalidade dos
con_swn.jdores,_o que ~evaria a informação a não atingir quem
mats dela prectsa, p01s os que padecem de enfermidades ou de
necesstdades especiais são frequentemente a minoria no amplo
w~werso dos consumidores. 18. Ao Estado Social importam
nao apenas os vulneráveis, mas sobretudo os hipervulnerá-
veis, pois são esses que, exatamente por serem minoritários
e amiúde discriminados ou ignorados, mais sofrem com a
massificação do consumo e a "pasteurização" das diferenças
que caracterizam e enriquecem a sociedade moderna. 19. Ser
d~ferente ou minoria. por doença ou qualauer outra razão,
não é ser ~e_nos consumidor, nem menos cidadão, tampouco
merecer dtrettos de segunda classe ou proteção apenas retórica
do legtslador. 20. O fornecedor tem o dever de informar que
o produto ou servtço pode causar malefícios a um grupo de
pes:oas, ~mbora não seja prejudicial à generalidade da popu-
laçao, pots o que o ordenamento pretende resguardar não é
somente a vida de muitos, mas também a vida de poucos. 21.
Existência de lacuna na Lei nº 10.674103, que tratou apenas
da mformação-conteúdo, o que leva à aplicação do artigo
31 do CDC, em processo de integração jurídica, de forma a
obngar o fornecedor a estabelecer e divulgar, clara e inequi-
vo~amente, a conexão entre a presença de glúten e os doentes
celtacos. 22. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa
parte, provido. (REsp n' 586316/MG, Rei. Min. HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 17.04.2007,
DJe, 19.03.2009) ·
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAl, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO fiGÍJEIREDO, SABRINA DOURADO 537
I DIREITO DO CONSUMIDOR
Capítulo XV!l
ANDRÍ: MoTA, CR!STJA~O SonRAL, Lvcli\NO Fl<:UEJREUO, Ronmno FlGtJriREDO, SAIIRINA DolJRADO 539
Capítulo XVI l
Vale ressaltar a importante Súmula do STJ que faz por letra morta
os dzzeres estampados nos estacionamentos de shoppings:
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SOBRAl.., LUClANO flGUEIREDO, ROBERTO FlGUElREDO, SABJUNA DOURADO
541
\ DIREITO DO CONSUMIDOR
Capítulo XVIl
A"-:DRÍO MOTA, Clt!STlANO SOBIHL, Lt:liANO FIGUEIREDO, RORI':RTO f!Gl!f'IRFDO, SA!IRlNA DOURADO 543
Capítulo xvfl
ANDRÉ MOTA., CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO fiCUEIREDO, RoBERTO FIGUEIREDO, $ABIUNA DouRADO
545
l DIREITO DO CONSUMIDOR
Capítulo XVI\
:>ATENÇÃO!
O § 1º do artigo 51 da lei de proteção ao consumidor destaca:
ANDRfi MOTA. CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FlGLIE!Rf.OO, ROBERTO fiGUEIREDO, SABRIN.o\ DOURADO 547
C,pftu!o XVI
ANDRÉ MoTA, CRISTIANO SoBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO fiGUElREDO, SABRINA DOURADO
549
I DIREITO DO CONSUMIDOR
Capítulo XV~
ANORÉ MOTA, CRISTIANO SO!>AAL, LUCIANO FtGUElREDO, ROOf!U'O F'lGL'f;JRt·:I'O, SAJlRlNA DOURADO 551
A cláusula resolutória é narrada no § 2º do art·
.
d o CDC . Salienta 1go em comento
o mesmo:
Vale dizer que essa res~alva feita pela lei se refere ao consórcio.
~aiS ur_na vez VISando a aplicação da transparência e protegendo
aque e que e o elo mais fraco na relação de consumo isto .
midor , e, o consu-
, a norma consurnerista prevê, ainda no referido artigo:
<
16.16. DA DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO
552
EolTORAARMADOR I PRÁTtCA CiviL 1 y edição
ro:pítulo XVI
ANDRÊ MoTA, CRiSTIANO SOBRAL, LUCiANO ftGUElREDO, ROBERTO flGUE! REDO, SABR!NA DOURADO 553
/ DIREITO oo CoNSUMIDOR
Capítulo XVll
Essa divisão tripartida dos direitos coletivos criou uma até então
nova categoria de direitos coletivos, os individuais homogêneos, que,
na verdade, são individuais, porém, foram coletivizados para fins de
ações coletivas. A jurisprudência atualmente reconhece categorica-
.rnente os interesses individuais homogêneos dos consumidores corno
aptos de proteção pela via das ações coletivas.
'\NDRÉ MOTA, CRJliTJfiNO SOllRAL, LUCIANO FlGliF-lREI.l(), ROBERTO flG\IEJRrPO, SA!IRINA Dülll\AOO 555
Capitulo XVI
TUTELA JURÍDICA
16.19. ;i~T~~~~~~t ~~TIGO 83 DO CDC)
- de'ncia que só mais tarde foi abraçada
Em anteC!p · açao a uma ten . , . hiovendiano, segund o o
;oelo CPC, o
coe .
con
sagrou o pnnCip!O c
to for ossível praticamente, a quem
qual "o processo deve dar, quan ~ quilo que ele tenha direito
d . 'to tudo aqUilo e somen e a
tenha um uel '
de conseguir". concedessem ao juiz poderes
· canismos que .
Para tanto, cnou me - nas da maneira como soh-
t ão do autor nao ape . .
Para satisfazer a pre romovendoens d tividades e: medidas ~egais
to as as a ... - d
citada por eIe, mas P . I . se necessário a modificaçao o
lcance InC usrve/ , ,
e adequadas ao seu a ' d uxiliares para conforma-lo
, . t 0 óprioe eseusa • ..
mundo fat1co, por a pr . .. edimento da publicidade
_ _,...."'""'"""" r1 ~ '"entença. 1mp , · d
ao comanL:\ o elllel)J..:..~ ,.. ._ -..~- - d f ]'cial se neCessario, retua a
. ouso a orçapol '
enganosa, inclusive com . d nosos à vida saúde e segurança
d tos e serviços a ' ,.
do mercado de pro u . ' onduzam à tutela especifica
dos consumidores, e outros at~s maiS que c
- d (azer ou nao fazer.
das obrigaçoes e ' . 84 do coe foi reproduzido conforme
o comando do artigo d art 497. do CPC/15, e sua
PC/73 ue correspon e ao . '
artigo 461 no C 'q . . t abranger 0 cumprimento de
. - ssou postenormen e, a .d
determ1naçao pa ' . E d' sitivo concede ao consumi or
- d t gar cmsa sse Ispo
obrigaçao e en re . ecífica do seu direito, não podendo o
o direito de buscar a tutela esp ·ra se o consumidor opta pelo
d, -lo Dessa manei ,
juiz deixar de aten e . . dquiriu J. unto ao fornecedor, e
lho defeituoso que a
conserto do apare d , espeitar" essa opção do consu-
. , o processo eve r
pede isso em JUIZO, .d direito no caso concreto, dar a
f econheCI o o seu .
midor e buscar, se o r r d' t o direito de receber: o conserto
·1oquepe me em
ele exatamente aqUI t' 84 da lei consumerista, deve o
· mbasenoar 1go _
do aparelho. A ss!rn, co t o aparelho do consumidor, nao
. f edor a conser ar
juiz obngar o ornec . - pecífica pela genérica de perdas
.t · sa obngaçao es
podendo subsli uir es 'd ssim declarar expressamente
I uando o consumi or a .
de danos, sa vo q , pri·mento específico.
· possiVe 1 o curo .
ou quando res tar Irn b r a não este)· a explicitada devi-
- d , usdaprova,em o .
A inversao o on d d f ·udicial também se constitUI
damente no título que trata a e esa J ,
SAsRINA DouRADO
557
o FIGUEIREDO, ROBERTO F!GUEIREI)O,
ANDRÉ MOTA, CR!STIA~O SOI.IAAL, LUCIAN
\ DIREITO DO CONSUMIDOR
Capítulo XVI
~ Capítulo XVI
ANI)llÊ MOTA, (.RIST!ANO SOBRAL, LUOANO FI(;UE!RfiDO, ROIIERTO !'IGIJ[lRI.DO, S,\llRlNA DOVR.\J)O 559
Ctpítulo XVI
1
ações individuais sobre o mesmo dano, o artigo 104 dessa mesma lei
disciplina a coisa julgada que alcançará o autor individual. Observe
o texto legal:
'
16.22. 'DO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO
CONSUMIDOR E DA CONVENÇÃO COLETIVA DE
CONSUMO
ANDRÊ MOTA, CRiSTIANO SoBRA-L, LUCIANO FIGUEIREDO, RoBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO
561
I DIREITO DO CONSUMIDOR
Capítulo xvtl
• solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como auxiliar a
fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e segurança
de bens e serviços;
.,. incentivarf até mesmo com recursos financeiros e outros
programas especiais, a formação de entidades de defesa do
consumidor pela população e pelos órgãos públicos estaduais
e municipais;
• desenvolver outras atividades compatíveis com suas finali-
dades.
563
1.
ASPECTOS RELEVANTES DA
TE<:)RlA GERAL DO PROCESSO
2.Eis o que ocorre nas casuísticas de Jurisdição voluntária, também chamada de não confli~
tuosa. Para elas não há lide. Os sujeitos dirigir-se-ão ao Judiciário para obter a chancela dos
seus interesses.
ANDRÉ MOTA, CRIS11At>-'O SOBRAL, LUCIA-NO FIGUEIREDO, ROBERTO FtGlJE!Rl.:OO, SAIIRINA DOURADO 565
ASPECTOS RELEVANTES DA TEORIA GERAL DO PROCESSO
Resumo Teórico
• Jurisdição
• Ação
.,_ Processo
.-...... , P ,.r\ir;io
2.
MEIOS NÃO }URISDICIONAIS DE
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
2.1. AUTOTUTELA
ANll!\'É MOIA, CRISTIANO SOURAI, Ll•CIANO flt;LIE!REOO, ROHRTO FlGUF!RJ:J)O, SABIUNA DoURADO
567
Resumo Teórico
2.2. AUTOCOMPOSIÇÃO
2.3. MEDIAÇÃO
569
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO $OS!tAL, LllClANO FtGUEIREDO, ROBERTO ftGUEIREDO, SABRINA DOURADO
I MEIOS NÃO )URISDlCIONAlS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
Resumo Teórico
Mediação Judicial
Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual
de 11conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de
conciliação e mediação, pré-processuais e processuais, e pelo desen-
volvimento de programas destinados, a auxiliar, orientar e estimular
a autocomposição.
A composição e a organização do centro serão definidas pelo
respectivo tribunal, observadas as normas do Conselho Nacional de
Justiça.
Na mediação judicial, os mediadores não estarão sujeitos à prévia
aceitação das partes, observado o disposto no art. 5º desta Lei.
As parte~ deverão ser assistidas por advogados ou defensores
públicos, ressalvadas as hipóteses previstas nas Leis nº 9.099, de 26
de setembro de 19955, e nº 10.259, de 12 de julho de 2001.
:l ATENÇÃO!
Aos que comprovarem insuficiência de recursos será assegurada
assistência pela Defensoria Pública.
rResumo Teórico
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOSRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO flGUE!REDO, SABR!NA DOURADO 571
Resumo Teórico I
2.4. ~RBITRAGEM
. t d e quaisquer conflitos,
Todavia, a arbitragem não atmge a o. os - I ai Também não
possui limitações e depende, pois, de autonzaçao eg .
exclui a atividade junsdiC,lOnal. d. - d Lei 13.129/15 foi ampliada a
Recentemente, atraves da e Içao a de árbitros uando
aplicação da arbitrager;" P~~aa~~f: s~~~~=r~:~~~:
da prescriç1o pela
as partes recorrem a orga
instituição da arb!lragem. emms,
Ad . '
regulamenta a concessão de lute-
. b't I
. b. 1 b como a sentença ar 1 ra.
las de urgência, carta ar !tra' em . 1: bém de acordo
Ademais, o árbitro não possui força executlv~· t a~será título exe-
31 da Lei da Arbitragem, a sentença ar 1 r a
co~ o art. contiver eficácia cOndenatória. Entretanto, o conteúdo
cutwo quando . I , I , e! à análise do Poder Judiciário, apenas,
da sentença arbttra e vu nerav
sobre os aspectos da sua re!'ular~da~e. . a atrimoniais, podem
Somerrte os direitos dtspomvets, ou Se) 'p
ser resolvidos pela arbitragem.
PRINCÍPIOS DO DIREITO
PROCESSUAL E NoRMAS
PROCESSUAIS fUNDAMENTAIS
DO CPC/15
gesumo Teórico
7. Na acepção originária do principio, todos deveriam ser tratados igualmente perante a lei.
ANDI\Ü MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO ftGUEIREllO, ROBERTO FIGUEIREDO, $11BR!NA 001.:1\ADO 575
Resumo Teóric~
O art
LIII do princíp·
5º dl: do JUIZ
· · na_:ural está previsto nos incisos XXXVII e
d. .. . Cons!Jtmçao Federal. Com efeito, estatui este último
IS~Osltlvo cons!Jtucmnal que ninguém será processado nem sentenciado
senRo pela autorzdade competente. O inciso XXXVII o '
os chamados tribunais de exce ão a . ' P- r sua vez, veda
tribunal de exceção'. ç ' o dispor que nao haverá juízo ou
. . d. De.acordo
I com o artigo 3º do NCPC'nao - se exclmra
. , da apreciação
~ns IC!Ona ameaça ou efetiva lesão a direito. Tal princípio foi extraído
o texto
Jt constituciOnal
b' - art. 5º' inciso XXXV· O mesmo d1sposJt1VO
. ..
ena ece a a~ Jtrage::', já estudada em capítulo anterior.
No paragrafo 2 do aludido artigo, sinaliza-se o dever do estado
d e, sempre que
. possível' promover a soluçao - consensual de fl't
Adema s T con 1 os.
d fl't d'1 a c~nCJiação, a mediação e outros métodos de solução
e con I os everao ser estimulados por juízes, advogados, defensores
577
ANDRÉ ~QT.\, (RlSTl"NO SOBR·\L, Lt'Cl~NO fiGUElREDO, ROBERTO flGUEJRJ;DO, SAI!RINA DOURADO
PRINCÍPIOS oo DIR. PROCESSUAL E NORMAS PROCESSUAIS FuNDAMENTAIS oo CPCJ15
Resumo Teórico
Re.~umo Teórico
9. NCPC- Art. 4q. As partes têm direito de obterem prazo razoável a solução integral da lide,
incluída a atividade satisfativa.
ANDRÉ MoT,,, Cit!STH:-<0 SoBRA!-. LUCIANO FJGUFJRf:DO, Rül!liRTO FIGUEIREDO, $ABRJNA DOURADO 579
Resumo Teórico I
3.10. COOPERAÇÃO
581
ANDRÉ MaTA, CRISTIAJ'O SOBRAL, LUCI \NO F!GUEJR!WO, ROBERTO F!GUDflEDO, SABRINA DouRADO
4.
!JURISDIÇÃO
4.1. CONCEITO
4.2.1. INVESTIDURA
4.2.2. lNDELEGABILIDADE
ANDR.fo MOTA., CRISTIANO S()BRA.L, LuCiANo FtGUHHumo, ROIIF.RTO f'tGUElREDO, SAHRtNA DoUR>\DO 583
Resumo Teórico l
:>ATENÇÃO!
4.2.4. INDECLINABILIDADE
4.2.5. INÉRCIA
12. Nas c~marcas c?~tígua~ d~ fácil comunicação e nas que se situem na mesma região
me~?po~Jtana, o oficial de J~Shça poderá efetuar, em qualquer delas, citações, intimações,
nohficaçoes, penhoras e qumsquer outros atos executivos.
13. Se o i~ó~el se _ach.ar sit~a?o em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária, a
c~mp~tencta temt~nal do J~I:_o prevento. estender~se-á sobre a totalidade do imóvel. Tal disposi-
çao eVIta a prolataçao de dectsoes contraditórias, as quais gerariam flagrante insegurança jurídica.
:> EXCEÇÕES!
A Lei 11.101/05 permite ao juiz converter o proce$SO de recupe-
ração judicial em falência.
ANDRÉ MoTA, CRISTIANO $OSRAL, LUCIANO F!GUEIRU)O, ROBERTO fl<>UEIREDO, SABRINA DoURADO
585
!)URlSDIÇÃO
Resumo Teóric~
~ATENÇÃO!
Vejamos:
Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de
qualquer outra:
• conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
~ em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação
de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens
situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacio-
nalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território
nacional;
~ATENÇÃO!
ANO RÉ Mü1A, CtUStlANO SoBRAL, LuCIANO FlGUEIRBDO, ROBERTO FlGUE!REOO, SABRJN' DOURADO 587
Resumo Teórico
REGRA DE INCOMPETÊNCIA!
588
EmTORA ARN!ADOR I PRÁTICA CIVIL J 3a edição
5.
CooPERAÇÃO INTERNACIONAL
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO flGUE\R[J)Q, ROBLRTO [JCUEIREDQ, 5ABR!NA DOURADO 589
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Resumo Teórico
:l ATENÇÃO!
Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional
poderá realizar-se com base e m reciprocidade, lfl-anifestada
1
por via diplomática.
Não se exigirá a reciprocidade referida acima para homologação
de sentença estrangeira.
Na cooperação jurídica internacional, não será admitida a prática
de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatí-
veis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro.
O 1'.1inistério de. Jnstiça exercerá as funções de autoridade central
na ausência de designação específica.
Vejamos o objeto da cooperação jurídica internacional:
~ citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial;
~ colheita de provas e obtenção de informações;
~ homologação e cumprimento de decisão;
~ concessão de medida judicial de urgência;
,.. assistência jurídica internacional;
~ qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida
pela lei brasileira.
ANDRÊ MOTA, CRiSTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURA.OO 591
6.
AçÃo
~PARTES
~ CAUSA DE PEDIR
~PEDIDO
592
EmTORA ARMADOR 1 PRÁTICA CiVIL 1 3·1 edição
1 Resumo teonco
ANORÊ MOTII, CRISTIANO SOBRAL, LuCIANO fKiUElREDO, ROBERTO l'lGCURt:DO, SAl!Rl>.:A DOURADO 593
I
AÇÃO
Resumo Teóric~
sob pena de perecimento, sendo certo ainda que o processo a ser for-
mado deve ser adequado à solução do conflito de interesses. Trata-se
do binômio necessidade-adequação.
Há quem ainda defenda que a açãq deva sempre trazer resultado
útil ao autor, do ponto de vista processual (binômio necessidade-utili-
dade); porém, não há consenso quanto à necessidade desse requisito,
pois a utilidade teria natureza subjetiva, ficando livre a escolha do
procedimento a ser adotado, desde que não seja inadequado.
No entanto, a adequação e a utilidade normalmente se confun-
dem, pois na maioria das vezes que um procedimento for inadequado
também não será útil à tu tela do direito pleiteado. Convém ainda
obsen'ar que o interesse prnr:es<;;;l_l<Jl também não pode ser confundido
com a possibilidade de insucesso da pretensão, matéria esta relativa
ao mérito.
No que se refere à legitimidade para agir ou "legitimatio ad
causam", exige-se que a ação seja movida pelo titular do direito, pois
ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico (CPC, art. 18º).
A ação, por sua vez, deverá ser direcionada apenas contra a parte
legítima, que é a pessoa que resiste à pretensão do titular do direito
material.
A referida legitimação é chamada de ordinária. Excepcional-
mente, quando houver autorização legal para se pleitear direito alheio
em nome próprio, dar-se-á legitimação extraordinária ou substituição
processual.
O Pedido juridicamente possível passou a integrar o mérito,
diz-se que o pedido é juridicamente possível quando não for vedado
pelo ordenamento o seu acolhimento. Como exemplo de pedido juridi-
camente impossível, pode-se citar aquele em que se postule a cobrança
de dívida de jogo. Porém, necessário observar que não é considerado
impossibilidade jurídica do pedido o fato de se poder antever, desde
a petição inicial, que o pedido formulado não será acolhido, vez que
tal questão é relativa ao mérito e será apreciada na sentença. Ademais,
não há mais menção a ele no inciso VI do art. 485 do CPC, que apenas
se refere à legitimidade e ao interesse de agir.
7.1. CONCEITO
A:c~oR( MOTA, CR!S"nANO SORRAJ.., LUCIANO FtGUEIRHlO, ROBERTO FIGUEIREDO, SA!SlUNA DoURADO
595
Resumo Teórico
597
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO $OIIRAl, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO F!GUf.lREDO, SABR!N \DOURADO
\ CoMPETÊNCIA
Resumo Teórico [
>- onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade
ou associação sem personalidade jurídica;
• onde a obrigação de,;re ser satisfeita, para a ação em que se lhe
exigir o cumprimento;
• de residência do idoso, para a causa gue verse sobre direito
previsto no respectivo estatuto;
• da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de
reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;
• do lugar do ato ou fato para a ação:
- de reparação de dano;
• em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
• de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de
reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de
veículos, inclusive aeronaves.
ANDRÉ MoTA, CRISTIANO SoBRAL, LuCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FtGUElREDO, SABRINA DOURADO
ResumoTeóric~
~CUIDADO!
600
EDITORA ARMADOR 1 PRÁTICA CtvJL 1 3~ edição
j Resumo Teórico
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO $ORRAt, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBI:RTO FtGUClREDO, SA!ll\!"1<~. DOURADO 601
I
COMPETÊNCIA
l
Resumo Teórico
:>ATENÇÃO!
A competência relativa preclui, há prorrogação se não for
arguida no prazo. Eis o que chamamos de prorrogação da
competência. . ·
Era ela alegada na Exceção de incompetência, ao passo que a
absoluta em preliminar de contestação. No NCPC ambas serão
arguidas na contestação. Serão suscitadas em preliminar de
contestação.
Na relativa há uma possibilidade de declaração de incompe-
tência de ofício que é nos casos de foro de eleição nos contratos
de adesão. Eis uma importante exceção. Nos demais casos,
aplicar-se-ão as disposições da sumula 33 do STJ.
I
COMPETÊNCIA )
IResumo Teórico
~ Conexão: Art. 55, CPC. Quando houver duas ações com mesmo
pedido e causa de pedir.
:>ATENÇÃO!
Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão
conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. Tal dis-
posição já estava consolidada na súmula 235 do 51}.
A'-'DRfo MOTo\, (R\STJANO SOl!l\AL, LliUANO flGUFIRilDO, ROBERTO FlGVFlltHilO, SABRJNA DOURADO 603
Resumo Teórico
PREVENÇÃO
Prevenção é um critério de confirrnação e manutenção da compe-
tência do juiz que conheceu a causa em primeiro lugar, perpetuando
a sua jurisdição e excluindo possíveis competências concorrentes de
outros juízos.
De acordo com o art. 59, o registro ou a distribuição da petição
inicial torna prevento o juízo. O NCPC tornou tal regra a única apli-
cável às hipóteses de prevenção.
Entretanto, essa reunião só será possível se não ocorrer hipótese
de competência absoluta dos órgãos julgadores e se as ações ainda
estiverem pendentes de julgamento, tramitando no mesmo grau de
jurisdição.
~ATENÇÃO!
o conflitO entre autoridade judiciária e autoridade administra-
tiva, ou só entre autoridades administrativas, chama-se conflito
de atribuições e não conflito de competência.
Em suma:
o conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das
partes, pelo Ministério Público ou pe:o juiz. .
o Ministério Público somente sera puv1do nos conflitos de compe-
tência relativos aos processos previstos no art. 178, mas terá qualidade
de parte nos conflitos que suscitar. .
Não pode suscitar conflito a parte qu~, ~o p~ocesso, arg~m
incompetência relativa. O conflito de competenc1a nao obsta. porem,
a que a parte que não o arguiu suscite a incompetência.
O conflito será suscitado ao tribunal:
~ pelo juiz. por ofício;
~ pela parte e pelo Ministério Público, por petição.
ANDRÉ MoTII, CRlSTLANO SOBRAL, LUCIANO flGUEIREOO, ROBERTO FIGUI2!REOO, SABRlNA DouRADO
605
I COMPETÊNCIA
Resumo Teórico l
designado pelo relator, incumbirá ao juiz ou aos juízes prestar as
informações.
O relator poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das
partes, determinar, quando o conflito for positivo, o sobre';tamento do
processo e, nesse caso, bem como no de conflito negativo, designará um
dos juízes para resolver, em caráter provisório, as medidas urgentes.
Os autos do processo em que se manifestou o conflito serão
remetidos ao juiz declarado competente.
No conflito que envolva órgãos fracionários dos tribunais,
desembargadores e juízes em exercício no tribunal, observar-se-á o
que dispuser o regimento interno do tribunal. O regimento interno do
tribunal regulará o processo e o julgarr.cr.to 8o c:o:::_flito de atribuições
• entre autoridade judiciária e autoridade administrativa.
~ATENÇÃO!
SUJEITOS DO PROCESSO
:l ATENÇÃO!
Aplica-se 0 disposto neste artigo à união estável comprovada
nos autos. '
8,2, CAPACIDADES
Estudemo~ as capacidades:
São três as capacidades no sistema processual civil brasileiro
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBR~L, LUCIANO ftGUEIREDO, RoaERTO FIGl.)I'J.!l.[DO, SAIIRINA ÜO\JR.\.llO
609
I SUJEITOS DO PROCESSO
Resumo Teóricol
:l ATENÇÃO!
A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos
termos da lei.
ANI>Jt{; M(rl/1, CRJ~TfANO Süt!RAL, LtKJANO fJt>UE!REDO, ROBERTO }'JGUiiUUlDO, $ABRINA DOURADO 611
Resumo Teórico
?7.
aos quaiS serão revertidos os valores das san õeu dos ~': ~odernização do Poder Judiciário,
15. Art. A União e os Estados podem criar f n
e aos Estados, e outras verbas previstas em ~i. s pecumanas processuais destinadas à União
:>ATENÇÃO!
É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos mem-
bros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer
pessoa que participe do processo empregar expressões ofen-
sivas nos escritos apresentados. Eis mais uma decorrência do
Princípio da Boa-fé_
Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas
oral ou presencia!mente, o juiz àdvertirá o ofensor de que não
as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra.
De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará
que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do
ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor
das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte inte-
ressada. Eis uma decorrência do seu poder geral de efetivação.
613
ANDRf MüTA, CRJHlANO SoBRAL, LUC!AKO FIGUEIREDO, ROBERTO FlGUEIREOO, SABRINA DoURADO
I SUJEITOS DO PROCESSO
Resumo Teórico l
Código de Processo Civil (CPC) diversos dispositivos relacionados
ao dever de lealdade.
Na instauração de uma demanda, inevitável que as partes ten-
tem, de todas as formas possíveis, fazer valer os direitos que julgam !
possuir. Porém, apesar disso, é de fundamental importância que os
litigantes respeitem padrões mínimos de urbanidade, visando o cor-
reto julgamento da lide.
Ou seja, é necessário que todos os entes processuais observem
regras preestabelecidas, objetivando uma "luta" leal e i~onômica,
visando conservar os princípios éticos que levam à boa-fé processual
e, consequentemente, a eficaz prestação jurisdicional.
Nesse sentido, o principio da probidade abrange. de forma ampla.
o dever de lealdade processual, condizente com os regramentos éticos
resumidos na expressão "proceder com lealdade e boa-fé". No NCPC, o
artigo 5º expressa que todo aquele que de qualquer forma participar
do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. Eis uma norma
processual fundamental, já estudada.
Desta forma, é possível conceituar como litigante de boa-fé aquele
que age conforme o artigo 77 do NCPC, não incorrendo em qualquer
conduta contrária ap ali disposto, principalmente, mas não exclusi-
vamente, as enumeradas nos artigos 17/ 80 do novo Código de Ritos.
Portanto, o litigante de boa-fé é aquele que não utiliza de artifícios
fraudulentos, abusando do direito de demandar, e, consequentemente,
prejudicando, com tais atos, a efetividade do provimento jurisdicional.
Se for considerado litigante de má-fé será o indivíduo respon-
sabilizado. Ele terá protagonizado um abuso de Direito Processual.
:l ATENÇÃO!
O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja
possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo pro-
cedimento comum, nos próprios autos.
.1\NDRÊ MOTA, CR!STlANO So!lRAL, Ll'ClANO FtGU~!REt>O, RosmTo ftGUEIRt!oo, SABRINA DoURAPO 615
Resumo Teórico
Verificando-se no trâmite do
tia, poderá o ü:lleressado exigir r~::r~:s~a que desfalc~u a garan- s.:
pedido com a indicação da d . - cauçao, JUS!Jficando seu
. · epreCiaçao do be d d .
a Importância do reforço que pretende obter. m a o em garanlJa e
As despesas abrangem a t d
zação de viagem a rem s ~usdas os atos do processo, a indeni-
testemunha. ' uneraçao o assistente técnico e a diária de
.
~
~ o grau de zelo do profissional·
o Iugar de prestação do serviço·
'
a natureza e a in1portância da causa·
• o trabalho realizado pelo advogado ~ o ternp . .d
'
616
EDITORA ARMADOR I PRÁTICA CiVIL I 3d edição
!Resumo Teórico
(duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mí-
nimos;
• mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da
condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000
(dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mí-
nimos;
• mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da
condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000
(vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mí-
nimos;
1> mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da
condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000
(cem mil) salários-mínimos.
:l ATENÇÃO!
O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados
anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado
ANDRÉ MOTA, (RlSTL\NO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, RO»ERTO flGUillREDO, SABRINA DoURADO 617
!SUJEITOS DO PROCESSO
Resumo Teórico l
em grau recursal,. observando. . conforme o caso, o disposto no
artigo 85, §§ 2º a 6º, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral
da fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor,
ultrapassar os respectivos limites estabelecidos r\os §§ 2º e 3º
do mencionado artigo, para a fase de conhecimento.
Os honorários recursais são cumuláveis com multas e outras
sanções processuais, inclusive as previstas no art. 77, as quais
tratam das sanções decorrentes da litigância de má-fé.
As verbas de sucumbência arbitradas em embargos à execução
rejeitados ou julgados improcedentes e em fase de cumprimento
de sentença serão acrescidas no valor do débito principal, para
todos os efeitos legais.
\Resumo Teórico
AN!>Rf; MOTA, CRJSI"JANO SüllRAl., LUCIANO FJGUEJREDO, ROBERTO FJGUE:IREDO, 5A8RINA DOURADO 619
Resumo Teórico j
8.7. JUIZ
621
ANDRÊ MoTA, CRISTIANO SOSRAL, LUCIANO F!GUEIR[DO, ROBERTO FJGUHREDO, 5ABIUNA DouRADO
1SUJEITOS DO PROCESSO
Resumo Tcóric~
:>ATENÇÃO!
· A dilação de prazos prevista no inciso VI do art. 139, somente
pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular.
IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
A imparcialidade é decorrência do juiz natural. Eis uma garan-
tia constitucional. A sua violação dará ensejo às parcialidades. Par-
cialidade é gênero da qual surgem duas espécies: Impedimento e
suspeição.
Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas fun-
ções no processo:
,. em que interveio como mandatário da parte, oficiou como
perito, funcionou como membro do Ministério Público ou
prestou depoimento como testemunha;
• de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido
decisão;
~ quando nele estiver postulando, como defensor público,
advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou
companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em
linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
~ quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou com-
panheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive;
~ quando for sócio ou membro de direção ou de administração
de pessoa jurídica parte no processo;
• quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de
qualquer das partes;
r Resumo Teórico
:>ATENÇÃO!
Na hipótese do inciso III do art. 144, o impedimento só se veri-
fica quando o defensor público, o advogado ou o membro do
Ministério Público já integrava o processo antes do início da
atividade judicante do juiz.
É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar
impedimento do juiz.
O impedimento previsto no inciso III do já mencionado artigo
também se verifica no caso de mandato conferido a membro de.
escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado
que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo
que não intervenha diretamente no processo.
< ANDRÊ Mon., CRISTIANO Sot>RAl., Ll:CIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, 5Al!RINA DOURADO 623
Resumo Teórico
8.8. ADVOCACIA
Tratemos da PROCURAÇÃO!
A procuração geral para 0 foro, outorgada por instrumento
público ou particular assinado pela parte, habilita o_ advogado a
praticar todos os atos do processo, exceto receber ot~ç~o, confess.ar,
reconhecer a procedência do pedido, transigir, desist.u, :en~nCiar
ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar qmtaçao, firmar
compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que
devem constar de cláusula específica. .
A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma d.a let.
A procuração deverá conter o nome do advogado, seu numero
de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço complet_o.
Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuraçao
também deverá conter o nome dessa, seu número de registro na Ordem
dos Advogados do Brasil e endereço completo. .
Salvo disposição expressa em sentido contrário,constante do pro:
prio instrumento, a procuração outorgada na fase de. conhecimento e
· 1usrve
eficaz para todas as fases do processo, me · para o cumpnmento
de sentença. . . . do·
Quando postular em causa propna, mcumbe ao advoga ·
• declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço: seu
número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o
nome da sociedade de advogados da qual participa, para 0
recebimento de intimações;
~ comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço.
GRATUIDADE DA JuSTIÇA
ANDRÉ MOTI\., CRiSTIANO SODII.AL, LUCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, Si\JI.RINA DOURADO 629
I GRATUIDADE DA jUSTIÇA
Resumo Teórico l
:J ATENÇÃO!
A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do
beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários
advocatícios decorrentes de sua sucumbência.
Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucum-
bência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e
somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subse-
quentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o
credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiên-
cia de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extin-
guindo-se, passado esse prazor tais obrigações do beneficiário.
A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário
pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas.
A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a
todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual
de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no
curso do procedimento.
.Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento
de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no
curso do procedimento.
632
EorroRA ARMADOR ! PRÁTICA CtVIL 1 3a edição
10.
LITISCONSÓRCIO
10.1. CONCEITO
10.2. ESPÉCIES
ANDRÍ! MoT.\, C1USTJANO SOBAAL, LLTCIA"JO FtGUEJREDO, RoB~RTO Fu:;uE!REDO, SA.BR!NA DOURADO 633
!LITISCONSÓRCIO
Resumo Teóric~
Ae<DR{ MüT,\, CIUSTIANO SO~RAL, LUCI."N() F!GtiEJRfl!)O, ROIIERTO FlG\JiilfUODO, SA.IIRJNA DOUIIADO
635
Resumo Teórico
:>ATENÇÃO!
O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao
número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação
de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida
solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da
sentença.
Vale lembrar que o requerimento de limitação interrompe o
prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da inti-
mação da decisão que o solucionar.
637
ANDRÉ MOT-\, CRISTL~NO SOBRAL, LUCIANO ftGUElRE.DO,ROBF.RTO FtCUEIR\':00, SABRlKA DOURADO
11.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
11.1. ASSISTÊNCIA
Resumo Teórico
:l ATENÇÃO!
Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio
o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a
justiça da decisão, salvo se alegar e provar que:
~ pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações
e pelos atos do assistido, foj impedido de produzir provas
suscetíveis de influir na sentença;
~ desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais
o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.
Procedimento
Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido
do assistente será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar.
1\NDR.f: !VlOT\. CRI$TJA"0 SORRAL, LUCIANO FlGUEliiEDO, ROIIHRTO FJGUE!Rf-00, SABRJNA DOURADO 639
Resumo Teórico /
Resumo Teórico
Resumo Teórico
ANDRÉ MOTA, CRJSTlANO SOBRAL, LUCIANO FlGUElREDO, ROBERTO FlGU'ElREDO, SA!IRJNA DOURADO 643
12.
ATOS PROCESSUAIS
processuaL .
Atos processuais são aque1es prahcados durante a relação jurídica
645
ANDRÊ MOTA, CR1STIA~O SOBRAL, LUClANú flGUElRI-:DO, RoBERTO ftGUEJRfDO, SASIUNA DOURADO
IATOS PROCESSUAIS
Resumo Teórico l
Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos espe-
ciais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fun-
damento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento
comum, bem como extingue a execução.
Já a decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de
natureza decisória que não se enquadre no de sentença. Ela não é
mais o ato decisório que resolve apenas questões incidentais sem por
fim ao processo.
Acórdãos são as decisões colegiadas proferidas pelos tribunais.
Alguns atos de movimentação processual independem de despa-
cho do juiz e podem ser praticados até mesmo de ofício pelo escrivão
....:~ .......... ,., .. J,.,.; ...:;,... ;,,,ri.;,....;,l rr.Trlo a).11ntad"'
......_.._,~
UV\...<..U<-V.L.LVJ'-'-'-'--'-"-.._,....._,.._..._,.._,,
do notiri'\o::u::: T:::tl~ :::ttn~ ~:;;n chomado.s
"-_t-''-~.._~-...~~·-'--·-~--·---~'-
...,_ <• •
I
noturno (Lei 9.099/95, art. 12).
19. Para aprofundamento do tema recomendamos a obra coletiva da editora Juspodivm, inti-
tulada Negócios Jurídicos Processuais.
ANPRÊ MoT,\, CRJST!A.NO ~01\R~L, Ll•C!ANO F!c;uuREDo, ROilF.RTO F!GUWREDO. SA!IlUNA DovRAr>O 647
Resumo Teórico I
Neste sentindo o artigo 190, estabelece que versando o processo
sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plena-
mente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes,
faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. Eis
uma cláusula geral de negociação. ,
De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das '
convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente
nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de ade-
são ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de
vulnerabilidade.
O modelo já é muito utilizado nas arbitragens comerciais em que,
a despeito dos regulamentos das Câmaras de Arbitragem fixarem
alguns prazos e procedimentos, as partes, juntamente com os árbitros,
celebram um cronograma provisório em que fixam os prazos para
apresentação das alegações iniciais, contestação, réplica e, por vezes,
já fixam matérias atinentes à produção das provas e, até mesmo,. o
eventual fatiamento do julgamento.
Em decorrência do valot maior liberdade humana, surge entre
os processualistas o princípio do autorregramento da vontade no
processo, que nada mais é do que, guardadas as devidas proporções
a seguir esclarecidas, a autonomia privada, a autodeterminação, do
direito material civil.
É claro que a negociação processual sofre maior restrição por se
realizar em um ambiente de atividade jurisdicional (pública). De rigor,
não há motivo algum para impedir que a liberdade humana em sua
máxima expressão deixe de ser considerada dentro do processo civil,
afinal de contas vivemos em um Estado Democrático de Direito fun-
dado na dignidade humana.
Ademais, de comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calen-
dário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. Eis o que
chamamos de calendário Processual.
O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previs-
tos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente
justificados.
649
ANDRÉ MOTA, CRISTL"\NO SOBRAL, LUCIANO fiGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO
!ATOS PROCESSUAIS
Resumo Teóric~
:l ATENÇÃO!
<
13.
PRAZOS
:l ATENÇÃO!
Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações
somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (qua-
renta e oito) horas.
Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será
de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo
da parte.
ANURÚ MOTA, CRISTIANO SOBRA!., LUCIANO FlGIJ.EIREDO, ROTHiRTO FlGUEIREOO, SABRINA DOURADO 651
Resumo Teórico
:>ATENÇÃO!
Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos
para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em
que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois
da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação
eletrônica.
Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil
seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da
Justiça eletrônico.
A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir
ao da publicação.
\ Resumo Teórico
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SOBRAl,, LUCIANO fiGUiltREDO, ROSERTO FlGUE!ltEDO, SAJIRINA DOURADO 655
14.
COMUNICAÇÃO DOS
ATOS PROCESSUAIS
:>ATENÇÃO!
14.2. CARTAS
656
EDitORA ARMADOR ! PRÁTICA CiVIL ! 3~ edição
] Resumo Teórico
:l NOVIDADE!
Arbitral, para que órgão ào Poder Judiciário pratique ou deter-
mine o cumprimento, na área de sua competência territorial,
de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por
juizo arbitral, indu siv e os que importem efetiva,ção de tutela
provisória.
Se o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em
tribunal superior houver de ser praticado em local ond.e não
haja vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo estadual
da respectiva comarca.
14.3. CITAÇÃO
:l ATENÇÃO!·.
O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a
falta ou a nulidade da citação, fluindo apartir desta data o prazo
para apresentação de contestação ori de embargos à execução.· ·
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LuCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO ftGUÉIREOO, SABRINA DoURADO 657
COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
Resumo Teórico
:l ATENÇÃO!
Transitada em julgado a sentença de mérito proferida em favor
do réu antes da citação, incumbe ao escrivão ou ao chefe de
secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento.
t:.C:Q
PmTOil,>, ARMAOOR l PRÁTICAÜVJL I 3a edição
COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
Resumo Teórico
ANDRÉ MOTA, CRtSHANO SOBRAL, LUCIANO ftGUEUI.J!DO, ROHRTO flGUUJREDO. SABRLNA 00URA[)0
Resumo Teórico l
MODALIDADES
A citação será feita:
.. pelo correio;
• por oficial de justiça;
• pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer
em cartório;
• por edital;
• por meio eletrônico, conforme regulado em lei.
:>ATENÇÃO!
ANDRÉ MOTA, CRiSTiANO SoBRAL, LUCIANO fiGUEIREDO, RoBERTO fJGUE!REDO, 5ABRINA DOURADO 661
COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
Resumo Teórico
14.4. INTIMAÇÕES
ANDRÊ MDTA. CRT.~TJANO SOFIRAI .. l,llr'IANn FU:III'IRI'nO Rr"'~"TO J;,-,,,,,.,,.._, <;:,,,,~,. r'ln•rt>•nn
Resumo Teórico I
partes: T d d · 'zo·
., pessoalmente, se tiverem domiCl lO na se e o JUI '
~ por carta registrada, cor;' aviso de recebimento, quando forem
domiciliados fora do JUIZO.
NULIDADES
Regras básicas
~ Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nuli-
dade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que
lhe deu causa.
~ Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz conside-
rará válido 0 ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a
finalidade.
~ A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade
em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão,
I 666
EDITORA ARMADOR I PRÁTICA ÜVIJ. ) 3" ..:dição
NULIDADES I
[ Resumo Teórico
desde que ela seja relativa. Art. 279. É nulo o processo quando o
membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar
o feito em que deva intervir.
~ Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro
do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a
partir do momento em que ele deveria ter sido intimado.
~ A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Minis-
tério Público, que se manifestará sobre a existência ou a ine-
xistência de prejuízo.
~ As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem
observância das prescrições leg,ais.
.,_ Anulado o ato: consideram-se de nenhum efeito todos os subse-
quentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte
do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes.
~ Ao t'ronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingi-
dos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam
repetidos ou retificados.
~ O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não
prejudicar a parte.
~ Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem apro-
veite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem
mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
~ O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação
dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser pra-
ticados os que forem necessárias a fim de se observarem as
prescrições legais.
~ Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não
resulte prejuízo à defesa de qualquer parte.
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO flGUEIREOO, ROBERTO f'lGUEIREOO. SA.RIUN4 nr" "' •r.n f.h7
16.
TUTELA PROVISÓRIA
Tratemos da Competência
A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando
antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária
de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão
jurisdicional competente para apreciar o mérito.
669
ANDRÉ MoTA, CRl~TIA"'O SOI>RAL, LUCIANO fJGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SAnR!NA DoURADO
!TUTELA PROVISÓRIA
Resumo Teórico I
:l ATENÇÃO!
A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada
mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de
protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idô-
nea para assegui:ação do direito.
ANDRÍi MüTA, CRISTIANO SüllftAL, LUCMNO fiGU!!!REIJO, RoU!iRTO fiG!JEIREUO, SARR.INA DOURADO 671
Resumo Teórico 1
:>ATENÇÃO!
ESTABILIDADE DA TUTELA
Eis mais uma novidade do NCPC.
A
t tutela antecipada
• • conced I·d a nos termos do• art. 303 do CPC
oorrenspa-esetestavel se da decisão que a conceder não for interpost~
c Ivo recurso.
~alquer das partes poderá d~mandar a outra com intuito .o
rever, reformar ou mvalidar a tutela antecipada estabilizad
nos termos do caput. · . a
~::~~~:a~:~~:':~~~:d:n~:~:~~~~:u: ef~i~os:nqu~nto
proferida na ação. eCisao e mento
673
ANDRE MaTA, CRISTIANO SOIIRAL, LUCIANO FIGUI:IR~DO, RoliERTO FIGUEIREDO, SAIIRINA DOURADO
~ TUTELA PROVISÓRIA
Resumo Teórico 1
O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule
o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo
do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.
I
I
PROCESSO DE CONHECIMENTO
FORMAÇÃO
O artigo 2º do NCPC funde, sem contradições, dois princípios
informativos do processo civil: o dispositivo (também chamado
de princípio da iniciativa da parte ou da inércia da jurisdição) e o
inquisitivo.
Na instalação da relação processual, prevalece o princípio dis-
positivo. O juiz age mediante provocação da parte ou do interessado,
salvo em situações excepcionais, previstas e mencionadas em lei.
ANDRÊ MOTA, CRlS11ANO SoBRAl. L\JCIANO FlCUEHI.FDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 675
Resumo Teórico I
SUSPENSÃO DO PROCESSO
Compreende-se por suspensão do processo a sua paralização
temporária. As hipóteses de suspensão estão estabelecidas em lei.
No novo texto, elas são encontradas no art. 313, vejamos:
Suspende-se o processo:
" pela n1orte ou pela peràa àa capaciàaàe processual de qualquer
das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;
• pela convenção das partes;
• pela arguição de impedimento ou de suspeição;
• pela admissão de incidente de resolução de demandas
repetitivas;
• quando a sentença de mérito:
• depender do julgamento de outra causa ou da declaração de
existência ou de inexistência de relação jurídica que çonstitua
o objeto principal de outro processo pendente;
• tiver de ser proferida somente após a verificação de deter-
minado fato ou a produção de certa prova, requisitada a
outro juízo;
• por motivo de força maior;
• quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes
e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo;
• nos demais casos que o Código regula.
~ATENÇÃO!
EXTINÇÃO DO PROCESSO
A extinção do processo dar-se-á por sentença.
~ATENÇÃO!
Antes de proferir decisão sem resolução de ':'-érito, o ~u~ de';'e:'á
conceder à parte oportunidade para, se posstvel, cor~tgu o V1C10.
Eis úma decorrência do Princípio da pnmazta do julgamento
demérito.
Resumo Teórico
21. Em ações de reintegração de posse, em casos como o de invasões de terras por integrantes
do "Movimento dos Sem Terra", tem-se com razão dispensado a indicação do nome de cada
um dos invasores, sendo a ação movida contra os invasores ou ocupantes, citando-se os líderes
do movimento, ou todOs, com o uso de megafone. É possível, ainda em outros casos, que o juiz
haja de se contentar com a descrição física do réu e indicação do lugar em que se encontre.
Resumo Teórico
ANDRÉ MOTA, CRISTL\NO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, RORfRTO fiGUF.IRfOO, SA.!IRJNA DOURADO 679
Resumo Teórico j
:l ATENÇÃO!
Caso.
d não disponha d as m · f orrnaçoes
- relativas à qualificação
.
as partes,
d. . • . poderá o
, . autor' na t. - . . ' .
pe 1çao mJcJal, requerer ao 1·uiz
J1JgencJas necessanas a sua obtenção. . . .
~etição_inicial ~o será indef~rida se, a despeito da falta de
d orrnaçoes
· Ad relaciOnadas
. à qualificaça·o, f or
. possrv
, e! a citação
o :.u. ema~, ela não será indeferida pelo não atendimento
ao !Sp.os;o aCJrna se a obtenção de tais informações tornar
un.possivei ou excessivamente oneroSo o acesso à justiça.
Entendemos como
NCPC . , . s uper posrtlvas
· . ·
as disposições acima. O
. I ' corno Ja ~Jmos, adotou o princípio da supremacia do
JU gamento de menta. ·
petição
, inicial
. , será, ainda' instruída com 0 s d ocumentos·md
. 1.s-
pensaveJs
m t I a, propositura da ação. É ce d.IÇO que
. a prova doeu-
eu a sera produzida na fase postulatória.
17.3.1. PEDIDO
22.?
sena antigo artigo
certo ou 286 do CPC anterior trazia uma grande anomaha.
determinado. . Sinalizava que 0 pedido
681
ANDRÉ MOTA., CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, RoBERTO f)GUEIREDO, SABRINA DoURA.DO
PROCESSO DE CONHECIMENTO
Resumo Teórico
:l IMPORTANTE!
Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de pro-
cedimento, ~erá admitida a cumulação se o a~1tor empregar o
procedimento comum, sem prejuízo do empr~go das técnicas
processuais diferenci<fdas previstas nos procedimentos especiais
a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem
incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
Resumo Teórico
25. No CPC/73 seria inepta a inicial quando formulado pedido juridicamente impossível.
ANDRÉ Mon., CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SA!IRINA DOURADO 683
Resumo Teórico
:l ATENÇÃO!
685
ANDRÊ MaTA, CRiSTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO Fl.GUElREDO, $ABR!NII DOURADO
I PROCESSO DE CONHECIMENTO
Resumo Teórico l
Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência
deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por
meio eletrônico, nos termos da lei.
O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiên-
cia de conciliação é co>1siderado ato atentatório à dignidade da jus-
tiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem
econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da
União ou do Estado.
As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou
defensores públicos.
A narte ooderá constituir reoresentante. oor meio de orocuracão
-'- j._ j._ • .._ ~
CONTESTAÇÃO
A contestação é a peça de defesa por excelência.
O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15
(quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
• da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última
sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer
ou, comparecendo, não houver autocomposição;
• do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de con-
ciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer
a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I;
• prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a
citação, nos demais casos.
Resumo Teórico
:l ATENÇÃO!
Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser
o responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor,
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SoBRAl.., LUCIANO FiGUEIREDO, RoBERTO FIGUEIREDO, SABR!NA DOURADO 687
Resumo Teórico J
RECONVENÇÃO
Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar
pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento
da defesa.
Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu
advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que
impeça 0 exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do pro-
cesso quanto à reconvenção. .
A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceuo.
A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com
terceiro. d ' afi
Se 0 autor for substituto processual, o reconvinte ever_a rma;
ser titular de direito em face do substituído, e a reconvençao devera
ser proposta em face do autor, também na qualidade de substJtuto
processual. _ .
Vale lembrar que 0 réu pode propor reconvençao mdependente-
mente de oferecer contestação.
17.9. REVELIA
689
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO fJGUE!REDO, ROBERTO frGÚEtKEDO, SABKINA DOURADO
I PROCESSO DE CONHECIMENTO
Resumo Teórico l
A revelia não produz o efejto mencionado no art. 344 se:
> havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
,. o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
,. a petição inicial não estiver acompanhada de instrumet]tto que
a lei considere indispensável à prova do ato;
> as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis
ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão
da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.
O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, receben-
do-o no estado em que se encontrar.
Extinção do Processo
Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487,
incisos li e III, o juiz proferirá sentença.
A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas
parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de
instrumento.
ANDRÉ MQT,o., CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBilRTO flGUEIREDO, SABRINA ÜOURAI>O 691
Resumo Teórico
PROVAS
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LuC!A.NO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO
693
I
PROVAS
Resumo Teórico \
:>ATENÇÃO!
I A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou
I consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o
I juiz determinar.
ANDRÉ MoTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO flGUEIREDO. ROBERTO flGUEtnEDO, SABRINA DOURADO 695
A produção antecipada da prova é da competência do juízo do
foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu.
A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo
para a ação que venha a ser proposta.
O juízo estadual tem competência para produção antecipada
de prova re~juerida em face da União, de entidade autárquica ou de
empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal.
Aplicam-se às disposições acima àquele que pretender justificar a
existência de algum fato ou relação jurídica para simples documento
e sem caráter contencioso, que exporá, em petição circunstanciada,
a sua intenção.
Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a
necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão os
btos sobre os quais a prova há de recair.
O juiz determinará, de ofício ou il, requerimento da parte, a cita-
ção de interessados na produção da prova ou no fato a ser provado,
salvo se inexistente çaráter contencioso. Ele não se pronunciará sobre
a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas con-
sequências jurídicas.
Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova
no mesmo procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, salvo
se a sua produção conjunta acarretar excessiva demora.
Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo
contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada
pelo requerente originário.
Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para
extração de cópias e certidões pelos interessados. Findo o prazo, os
autos serão entregues ao promovente da medida.
PRo V AS EM EsPÉCIE
ANDRÍó MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LuCIANO FIGUEIREDO, ROilERTO FIGUEJREDO, SABRINA DouRADO
697
I PROVAS EM ESPÉCIE
Resumo Teórico l
I
:>ATENÇÃO!
É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório
da outra parte. O depoimento pessoal da parte que residir em
comarca, seção ou subseção judiciária diversa paquela onde
tramita o processo poderá ser colhido por meio de videoconte-
rência ou outro reCurso tecnológico de transmissão de sons e
imagens em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante
a realização daaudiência de instrução e julgamento.
:>EXCEÇÃO!
Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.
19.3. CONFISSÃO
:>ATENÇÃO!
Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relàtivos
a direitos indisponíveis.
A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de
dispor do direito a que se referem os fatos confessados. Quando
ela é feita por um representante somente é eficaz nos limites em
que este pode vincular o representado.
Ademais, ela é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu
de erro de fato ou de coação.
A legitimidade para a ação prevista acima é exclusiva do confi-
tente e pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após
a propositura.
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO flGUE!ItEDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 699
A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia
nos casos em que a lei não exija prova literal. Ela é, em regra, indivisí-
vel, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la no
tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém
cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de
constituir fundame,1to de defesa de direito material ou de reconvenção.
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO So&RAI.., LUCIANO fJGt;I:IREDO, ROBERTO F!GUEÜI.EDO, SA6RINA DouRADO
701
I PROVAS EM ESPÉCIE
Resumo Teórico l
o fato em si, incumbindo o ônus de prová-lo ao interessado em sua
veracidade.
A data do documento particular, quando a seu respeito surgir
dúvida ou impugnação entre os litigantes, provar-sé-á por todos os
meios de direito.
ANORÉ MOTA, CRISTIM'0 $OBRAI., LUCIANO FtGL!EIRJ;Do, ROilf:RTO FIGlfEIRf.DO, SAIIRINA DOURADO 703
Resumo Teórico
705
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO Sol>R..O,.L, LUCJA~O FJGUEIP.HOO, ROBERTO FiGUEIREDO, SABR!NA DOURADO
I PROVAS EM ESPÉCIE
Resumo Teóricol
:l ATENÇÃO!
A oitiva de testemunha que residir em comarca, seção ou subse-
ção judiciária diversa daquela onde trari:lita o processo poderá
ser realizada por meio de videoconferência ou outro recurso
tecnológico de transmissão e recepção de sons e imagélls em
tempo real, o que poderá ocorrer, inclu~ive, durante a audiência
de instrução e julgamento. · ·
ANDRÉ MOTA, CR!S'l!ANO SoBRAL, LliC!~NO J:i(;UEIRI!üO, ROBERTO FIGUEIREDO, SA!lRINA DoURADO 707
Resumo Teórico !
:>ATENÇÃO!
A rova técnica simplificada consistirá apenasna inquirição de
P . l' ta pelo ).uiz sobre ponto controvertido da causa que
espec1a1s, ' ,. , ·
demande especial conhecimento cientifico ou tecmco.
709
' L . o FIGUEIREDO, ROBERTO ftGÚEIREDO, 5Al>R!NA DOURADO
ANDRE MOTA, CRISTIANO SOBRAL, UUAN
I
PROVAS EM ESPÉCIE
Resumo Teóricol
AI'•Hmf: MOTA, CRISTIANO SOBRAl,, LtJ(.;lANO fJGliEIRI'.PO, RORERTO FIGlTEJREDO, SI\RRINA DOURADO 711
Resumo Teórico
AN11RÉ MO'rA, CR!STii\.NO SoBRAL, LUCii\.NO F!CUE!REDO, ROBERTO FIGUEIREDO, $ABRI NA DOURADO 715
Resumo Teórico I
"
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO ftGUE!REDO, ROBERTO FiGUEIREDO, SAt'RlNA DOURAI)O
717
!SENTENÇA E COISA jULGADA
Resumo Teórico l
• em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmis-
sível por disposição legal; e
• nos demais casos prescritos no CPC/15.
:') ATENÇÃO!
O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta
a que a parte proponha de novo a ação.
No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos
·dos incisos I, IV, VI e VII do art. 485, a propositura da nova
ação depende da correção do vício que levou à sentença sem
resolução do mérito.
A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova
do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de
advogado. '
I
I
I
718 EDITORA ARMADOR 1 PRÁTICA CIVIL I Y edição
SENTENÇA E COISA jULGADA
Resumo Teórico
:l ATENÇÃO!
O NCPC se preocupa em indicar quando uma decisão não
estará, fundamentada. Percebe-se uma exigência peculiar
quanto à qualidade da fundamentação.
Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja
ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
• se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão
decidida;
• empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o
motivo concreto de sua incidência no caso;
• invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra
decisão; .. ...
• não enfrentar todos os. argument~s deduzidos no. processo
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo
julgador;
• se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem
identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar
que o caso sobjulgamento se ajusta àqueles fundamentos;
• deixar de seguir enunciado de súmula, júrispnidêriciá ou
precedente invocado pela parte, sem demonstrar '.a éxistên-
cia de distinção no caso eri1 julgamento a súpefa~ão do ou
entendimento.
ANDRÉ MaTA, CRISTIANO SOBRAl., LUCIANO flGUEIRRDO, ROBERTO fiGUEIR!lDO, SABRINA DOURADO 719
Resumo Teórico 1
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO F!GUEII!.EDO, ROBERTO flCUEIREDO, SABRINA DOURADO
721
SENTENÇA E COISA JULGADA
Resumo Teórico
Resumo Teórico
ANDRÊ MOTA, CRlSTli\SO SOURAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBCRTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 723
Resumo Teórico I
724
EDITORA ARMADOR I PRÁTICA CiVIL J 3a edição
21.
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBR<~.L.., LUCIANO FIGUEUHlDO, RoBERTO FiG-UEIREDO, S;,SRINA DOURADO 725
I LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
Resumo Teórico \
CuMPRIMEN'fO DE SENTENÇA
ANDRÉ MOTA, CRiSTIANO SOBRAL, LUCIANO FJGUiilRF.DO, RüllHRTO FIGUEIREDO, SAlll\JNA DOURADO 727
Resumo Teórico
:>ATENÇÃO!
Se o requerimento acima indic<jdo for formulado após 1 (um)
ano do trânsito em julgado da sentença, a intimação será feita na
pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento
encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o
disposto no parágrafo único do art. 274 e !'1.0 § 3º deste a!'tigc.
O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face
do fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver
participado da fase de conhecimento.
Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a cçmdição ou
termo, o cumprimento da sentença dependerá de demonstração
de que se realizou a condição ou de que ocorreu o termo.
ANDRÍ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO fJGUEIREDO, RoBERTO fJGU!l!REOO, SABRINA DOURADO
729
CuMPRIMENTO DE SENTENÇA
Resumo Teórico
:>ATENÇÃO!
O executado que tiver proposto ação rescisória para impugnar
a decisão exequenda pode requerer, a suas expensflS e sob sua
lesponsabilidade, a anotação da propositura da ação. à margem
do título protestado.
A requerimento do executado, o protesto será cancelado por
determinação do juiz, mediante ofício a ser expedido ao cartó-
. rio, no prazo de 3 (três) dias, contado da data de protocolo do
requerimento, desde que comprovada à satisfação integral da
obrigação.
Todas as questões relativas à validade do procedimento de
cumprimento da sentença e dos atos executivos subsequentes
poderão ser arguidas pelo executado nos próprios autos e nestes
serão decididas pelo juiz.
Resumo Teórico
ANORÉ MOTA, CR!STI,\NO SoBRAl., Luo;;IM-W FIGUUII.FOO, RoJSliRTO FJ(;UEJRF.VO, SAI!RINA DouRADO 731
Resumo Teórico
0
abandono de formalidades exigidas pelo modelo executivo clássico
do processo dual
A) Considerações iniciais
Sob 0 argumento da intangibilidade da vontade humana, há
muito não se permitia a execução específica de obrigações de Jazer e
não Jazer, de modo que o descumprimento da obrigação importava,
quando muito, na conversão da obrigação das perdas e danos.
Com o avanço da processualística, atrelado à ideia de efetividade
do processo, surgiu a sistemática da tutela específica da obrigação,
introduzida pela Lei nº 8.952/94 e posteriormente estendida às obriga-
ções de entrega de coisa, por intermédio da Lei nº 10.444/02.
O CPC de 2015 também utilizou-se da técnica da tutela específica
ou do resultado prático equivalente.
Pela primeira, entende-se a maior coincidência possível entre o
resultado da atividade judicial e o da obrigação, acaso a mesma tivesse
sido espontaneamente cumprida. O re~ultado prático equivalente, por
sua vez, consiste em uma forma diferente de obter a mesma tutela,
o mesmo bem da vida vislumbrado pelo autor, por meio de medidas
que levem a tal resultado.
ANDR~ MüTA, CRISTIANO $0l1RAL, LUCIANO fiG\7EJRED0, ROIIERTO fJGIJEIREDO, SABRINA DoURADO 733
CuMPRIMENTO DE SENTENÇA
Resumo Teórico
~ATENÇÃO!
.
O juiz poderá, de ofício ou a requerimento, modificar o valor ou
a periodicidade da multa diária ou ainda excluí~la, caso verifique
que se tornou insuficiente, excessiva, o obrigado demonstrou o
cumprimento parcial da obrigação ou justa causa para o des-
cumprimento (art. 537, § 1º NCPC).
A) Considerações iniciais
i
Nas obrigações de faze:, não fazer e entr~ga de coisa, 0 magistrado
exerce sua atividade com vistas à obtenção da tutela específica ou, ao
menos, do resultado prático equivalente. A indenização por perdas e
danos s_e dará, apenas, em último caso, quando o adimplemento for
Impossivel ou o autor da demanda assim o requerer.
No q~e perti~e às ?brigações para pagamento de quantia certa,
como se ve, a pecuma 1a mtegra o objeto de tal obrigação.
Assim, o objetivo do legislador, com o procedimento descrito
nos artigos 523 a 527, NCPC, é justamente fornecer meios para que 0
adimplemento ~esta espécie de obrigação se dê num lapso temporal
mais breve possivel, de modo a atender aos ditames da razoável duração
da processo e celeridade processual.
B) Procedimento
AM)]([ MOTA, Cll.!STIANO SOI!Il~L, LtJClANQ FIGUEIREDO. ROBERTO FlGUE!RiiDO. SA!!RlNA Dn"""nr\
7'"
Resumo Teórico
:>ATENÇÃO!
736
EonoRAARMADOR 1 PRÁTICA CiviL 1 y edição
\ Resumo Teórico
ANDRÉ MOlA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEiREDO, ROB!:RfO FJGUL"lREDO, SAIIRINA DOURADO 737
/ CuMPRIMENTO DE SENTENÇA
Resumo Teórico l
o adimplemento da obrigação para além daquilo que o título permite,
ou seja, em quantia superior àquela prevista no título); Qualquer causa
modificativa, impeditiva ou extintiva da obrigação, desde que superveniente
à sentença (ex: pagamento, novação, compensação, prescrição, etc.).
:l ATENÇÃO!
Quanto aos efeitos, a impugnação não terá o condão de sus-
pender o cumprimento de sentença (art. 525, § 6º, NCPC), tudo
·em atendimento à duração razoável do processo, salvo em
apresentando perigo de dano de difícil ou incerta reparação,
caso em que o magistrado poderá atribuir o efeito suspensivo
à impugnação.
Em regra, a decisão que resolve a impugnação tem natureza
interlocutória, atacável, portanto, mediante agravo de instrumento.
Caso a mesma venha a extinruir a execução, de sentença se
trata, sendo atacável mediante apelação. .
PROCEDIMENTOS ESPE.CIAIS
ANDIHl MDTA, CR!SllANO Sonll.AL, LUCIANO FlCUEIRllDO, Ro~ntTO FIGUEIREDO, SAURINA DOURADO 739
Resumo Teórico I
A) Definição
A _:onsignação é o procedimento, judicial ou extrajudicial, para a
obtençao pelo autor, de quitação de dívida naquelas hipóteses em que
o credor s: nega a receber a coisa ou o dinheiro, ou ainda quando 0
devedor nao sabe a quem pagar. Com a quitação, o autor busca evitar
a mora e os seus efeitos.
B) Espécies de Consignação
C) Ação Judicial
A consignação é ação de cognição, de rito especial, para a obtenção
pelo autor, de quitação de dívida naquelas hipóteses em que o credor
741
ANDRÉ MaTA, CRtSTIAI'O SoBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, RoBERTO ftCUE!REDO, SASR!NA DOURADO
I PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Resumo Teórico l
se nega a receber a coisa ou o dinheiro, ou ainda quando o devedor
não sabe a quem pagar.
Relativamente à natureza da pretensão por ela veiculada, há
controvérsia na doutrinaf sendo majoritáriaf no entanto, a posição que
afirma se tratar de pretensão do tipo declaratória.
Como ação especial, tem a mesma um rito legal próprio, previsto
nos artigos 540 a 549, NCPC, com especificidades em relação ao pro-
cedimento comumente conhecido, senão vejamos:
•
~ Competência: deve o procedimento judicial ser instaurado no lugar
do pagamentOj geralmente expresso no documento obrigacional,
podendo, por conseguinte, se:r intentada no domicílio de devedor
ou do credor, a depender de ser a mesma quesível ou portável,
respectivamente. A regra, como sabido é que a mesma se trate de
dívida a ser paga no domicílio do devedor.
A competência em questão é relativa, de modo que pode ser
prorrogada, caso não oposta exceção pela parte interessada, haja vista
que o magistrado não pode suscitá-la de ofício, a teor do preceituado
na Súmula 33 do STJ.
Resumo Teórico
ANllRÉ MOTI\, (RJSTJANO SOBRA!., LUCIANO FIGUEIREDO, ROBf.RTO flGUI;HUmO, $t~.BRJNA DüliRADO 743
Resumo Teórico
t Sef o réu alegar que o depósito não fora integral, a lei permite ao
au
d. or e etuar a complementação do depo' s't . . . 1'no prazo de dez
1 o Inicia
ras. Essa complementação não será possível, entretanto, se o não
cumpnmento mtegral da obrigação for prevista contratualmente
como causa da rescisão do contrato que gerou a obrigação de pagar.
1> ''
Recurso: O recurso contra a sentença na ACP é a apelação. A ape-
lação será recebida em ambos os efeitos.
745
ANDRÉ MoTA, CRISTIANO SoBRAl, LUCIANO FiGUEIREDO, RoSERTO FIGUEIREDO, SA.BRINA Doul!.i\DO
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Resumo Teórico
mas que a ela fiquem sujeitos, pelos seguintes motivos: a) seja porque
são bens adquiridos com evidente intuito de fraudar execução; b) seja porque
está ele (o terceiro), em virtude de lei ou contrato, na qualidade de
corresponsável pelo adimplemento da dívida (ex: fiador); ou, finalmente, c)
porque os possui na qualidade de mero possuidor (comodatário, locatário,
depositário, etc.).
Ocorre que pode suceder, entretanto, de um terceiro, completa-
mente despido de responsabilidade, vir a ser afetado pela constrição
judicial de um bem ou direito seu. Para tanto, o ordenamento jurídico,
na perspectiva de salvaguardar aqueles bens, previu o instituto dos
Embargos de terceiro como remédio ju_rídico apto a sanar a ilegítima
cnnstrjção perpetrada. <-
A) Definição
É a ação incidental, de rito especial, destinada a excluir bens de
terceiro que foram ilegitimamente aivos de constrição judicial.
B) Finalidade e fundamento
A ação judicial em questão tem a finalidade, conforme dito,
de liberar bens daquele que não é parte em dado processo judicial,
além de não possuir a qualidade de codevedor. O ato prejudicial em
questão deve ter sido praticado pelo Poder Judiciário. Assim, acaso a
posse venha a ser ofendida por ato de particular, o remédio jurídico
adequado passa a ser a ação possessória e não o que ora tratamos.
O seu fundamento de seu manejo pode ser vislumbrado na pre-
missa de que a sentença só pode surtir efeitos em relação às partes
do processo (limites subjetivos da coisa julgada - artigo 506, NCPC),
não podendo atingir terceiros, que não integraram a relação jurídi-
co-processual, sob pena de ferir os princípios do contraditório e da
ampla defesa.
C) Legitimidade
Parte legítima para figurar como autor da ação é o terceiro, sendo
entendido, por exclusão, como aquele que não ocupa um dos polos
da relação jurídica processual.
Resumo Teórico
ANDRi'i MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO fJGUEIREDO, RoBERTO FIGUEIREDO, $ABRINA DOURADO 747
Resumo Teórico l
E) Procedimento
... dco:pecencra:
. e' competente o mesmo juízo que ordenou a apreensão
o em, mediante a expedição do mandado de constrição. Assim
embora realizado o ato de constrição por intermédio do juíz~
depre~ado, este apenas será competente se tiver ordenado o ato em
questao (art. 676, NCPC).
.,. Petição Inicial: deverá obedecer aos requisitos gerais do artigo 319
comb1nados com os específicos d,....,v ........ ._;~~ (-,"717 --lo r.. r,-... ,-.. .
" -'- C.U.L.ltJV v / / U. l'\j\._-1'\.... OS qual$
:i~g~~a) prov~ sumária da posse; b) prova da constriç~o, c) qua-
a e e tercerro; d) documentos e rol de testemunhas.
748
EDITORA ARMADOR J PRÁTICAÜVIL J 3" edição
J Resumo Teórico
o
23.1.3. AÇÁO MONITÓRIA
ANDRÉ MüTA., CRISTIANO SOBRAL, LUClANO FJCUfJREDO, ROBERTO FtGlJEIREOO, SABR!NA DOURADO 749
I PROCEDIMENTos EsPECIAIS
Resumo Teórico l
que, diante de urna simples leitura, chega-se à conclusão da existência
do crédito nele consignado.
Não obstante a inexistência da força executiva do chamado
"quase-título" (utiliza-se deste termo em virtude de fàltar-lhe algum
requisito que lhe torne exigível), o legislador, atento à realidade fac-
tual bem como com vistas a evitar o enriquecimento sem causa do
beneficiário do negócio jurídico, previu, por meio da Lei nº 9.079/95,
instrumento apto a imprimir a realização do direito do credor de
documento desprovido de força executiva, sem a necessária delonga
típica do processo de cognição. É a chamada "Ação Monitória".
O procedimento monitório, previsto nos artigos 700 a 703, NCPC,
resu Ita da fusão de atos típicos de cognição e de execução e é infor-
mado pela técnica da inversão do contraditório. Nele, a cognição é
• fundada em prova documental apresentada de forma unilateral pelo
autor, de modo a permitir, de imediato, a emissão de um mandado
dirigido ao réu contendo comando para pagar soma em dinheiro,
entregar bem móvel ou imóvel ou cumprir com obrigação de fazer
ou não fazer.
A) Definição
B) Procedimento
Resumo Teórico
... Petição Inicial: além dos requisitos gerais do artigo 319, NCPC, a
petição deverá vir acompanhada de prova escrita (documento em
sentido estrito), de modo a permitir a cognição superficial típica
deste procedimento. Vê-se que o modelo estrito de documento:
(escrito) adotado pelo legislador afasta outras espécies de documen-
tação em sentido amplo, a exemplo de urna fita cassete. Têm sido
considerados instrumentos hábeis à instrução da ação monitória:
um cheque prescrito (Súmula 299, STJ), uma nota promissória rasurada,
contrato particular sem assinatura de testemunhas, contrato de abertura
de crédito em conta corrente (Súmula 247, STJ), etc.
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SoBRAL, LUCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 751
Resumo Teórico
:>ATENÇÃO!
Duas observações devem aqui ser consignadas:
...A..) Definição
É o instrun1ento jurídico-processual, de natureza constitucio-
nal, utilizado para evitar ou sanar lesão a direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quan}lo o ato ou omissão for
praticado por parte de autoridade pública ou por quem o faça às vezes.
B) Pressupostos
:l ATENÇÃO!
o instrumento em questãô não poderá ser utilizado quando o ato
a se~ irnpugmÍdo seja. passível de ~combate mediante recurso
IResumo Teórico
C) Prazo
ANDRÉ Mon., CRISTIANO SOBRAL, LuCIANO fiGUElRE:DO, ROBERTO F!Gllli!REDO, SABRINA DúURAl)O 755
Resumo Teórico 1
D) Legitimidade
E) Competência
756
EoiTORAARMADOR 1 PRÃTICACIVIL 1 3" edição
\ Resumo Teórico
F) Procedimento
A açã.v en1 comento, desde a sua propositura até o seu julgamento~
deverá obedecer ao procedimento a seguir descrito:
ANDRll MOTA, (RISTJAS'O SOBRAL, LuCIANO FIGUlilRIODO, ROBERTO FiGVE!RfDO, SABRINA DOURADO 757
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Resumo Teórico
:>ATENÇÃO!
A senteflça que co,;_cede a ségurança estará sujeita ao Reexame,
necessário (artigo '14, par. 1º). Perceba, inclusive, que o duplo
grau sempre será 9brigatório, independentement'! d9 valor que
eventu'!lmente s"'ja atribuído à condenação/ não havendoqu,e
se aplicar, aqui, as exceções J=>revistas no CPC.
Resumo Teórico
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO $OllRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DouRADO 759
""""~------------
Resumo Teórico !
Poder ~úblico, to_da vez que providência semelhante não puder ser
concedtda em açoes de MS, em virtude de vedação legal":
, Certamente que a "criatividade" dos causídicos não parou por
aL Sem poder se servir da cautelar, passaram a recorrer ao instituto
da tute;a antecipada para conseguir semelhante intento, até que fora
l~stJtmda a Lei nº 9.494/97 para fechar, de vez, as "portas" da utiliza-
çao de hmmares com a proibição do manejo de decisões provisórias,
agora em sede de tutela antecipada"
Já no âmbi~o da nova lei do mandado de segurança (Lei nº12"016/09),
todas as vedaçoes mencionadas foram mantidas, segundo estabelece
o artigo 7º da mesma:
'
§ 2'. Não será cor1cedida medida liminar que tenha por
ob]~to a compensaçao de créditos tributários, a entrega de
m_ercadorw~ e be~s provenientes do exterior, a reclass-ifica-
çao ou equzparaçao de servidores públicos e a concessão de
aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qual-
quer natureza.
H) A suspensão de segurança
ANDRt MOTA, CRISTIANO SOJ.IR,\L, LUCiANO flGUEIR!iDO, ROBERTO l'IGUEIREDO, SABRINA DOURADO
761
, PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Resumo Teórico
:>ATENÇÃO!
Aqui, três nuances necessitam ser registradas:
Resumo Teórico
A) Legitimidade
De acordo com o artigo 5º, são legitimados: o Ministério Público,
a Defensoria Pública, as Pessoas Jurídicas de Direito Público (União,
Estados, D.F., Municípios, Autarquias e Fundações de direito público),
empresa pública, sociedade de economia mista e associação (desde
que, quanto a esta, esteja constituída e em funcionamento há pelo
menos um ano e inclua, dentre suas finalidades, a tutela dos interesses
previstos na lei em comento).
ANVRÉ Mo f A, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO flGUEJREOO, SABRINA DoURADO 763
Resumo Teórico
:l ATENÇÃO!
O Ministério Público tem legitimidade para promover ação
civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de
mensalidades escolares (Súmula 643, STF).
B) Competência
Serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo
terá competência funcional para processar a causa. (art. 2º, LACP).
Apesar de estar apoiada no critério territorial a lei atribuiu-lhe natu-
reza absoluta. Isso quer dizer que não há modificação por vontade
das partes (foro de eleição) ou prorrogação pela não apresentação de
exceção declinatória de incompetência.
A propositura da ação prevenirá a jurisdição para outras deman-
das a serem propostas, com o mesmo objeto e causa de pedir (§ ú do
artigo 2º da LACP (Lei de Ação Civil Pública).
C) Objeto
O artigo 3º menciona que a ação poderá t:r como objeto a con"
denação em dinheiro ou obrigação de fazer ou nao Jazer.
765
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO So!IRAL, LLT!i\NÜ FIGUEIREDO. ROBERTO FJGÚEIRCDO, SABRlNA DOURADO
f PROCEDIMENTOS ESPECLAIS
Resumo Teóri~
E) Procedimento
O procedimento seguirá os seguintes passos:
'
I> Petição Inicial: deverá obedecer aos requisitos gerais descritos nos
artigos 319 e 320 do NCPC. Perceba, inclusive, quanto à instrução dos
documentos, que os interessados poderão requerer às autoridades
competentes as informações que julgarem necessárias, a serem for-
necidas no prazo de 15 (quinze) dias. Quanto ao ministério público,
o seu poder é de requisição, conforme mencionado alhures.
ANtJRf MOTA, CR!STMNO SOBRAl, LUCIANO FlGUElREIJO, ROIIERTO fiCUEIREDO, SABRINA DOURADO 767
Resumo Teórico
~ATENÇÃO!
PROCEDÊNCIA
~ beneficiará a todos os lesados -erga omnes (desde que os sujei-
tos individuais não tenham ingressado com a ação individual
ou, tendo, dela tenham desistido no prazo de 30 dias, a contar
da ciência nos autos do ajuizamento da coletiva);
IMPROCEDÊNCIA
~ a coisa julgada só atingirá os legitimados de ajuizar nova
ação, salvo se a improcedência tiver se dado por ausência
de provas, caso em que qualquer dos legitimados poderá
promover nova demanda;
PROCEDÊNCIA
~ APENAS neste caso beneficiará a todos- erga omnes;
IMPROCEDÊNCIA
~ só prejudicará aqueles que tenham se habilitado _::orno litiscon-
sortes, ou seja, que tenham participado darelaçao processual.
ANDRÉ MüTA, CRISTIANO SOBR.-'1.1-, LUCI·\'-'0 fiGU!:l!USDO, ROBERTO fiGUrJREOO, SA!IRINA DOURADO
769
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Resumo Teórico
Vê-se, pois, que a ação popular fora criada com o fito de anular
ato prejudicial ao patrimônio público, seja ele meramente estatal (aspecto
primordialmente econômico, significando o prejuízo financeiro causado
à coisa pública) ou público-coletivo (aspecto valorativo, indicando a lesão
à moralidade administrativa, meio ambiente ou patrimônio histórico
e cultural).
A ação popular deve ser proposta no prazo de cinco anos, sob
pena de ser fulminada pela prescrição.
A) Legitimidade
A legitimidade ativa será de qualquer cidadão, considerado como
tal o eleitor, em pleno exercício dos direitos políticos. A prova da
cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou
com documento que a ele corresponda.
É facultado a qualquer cidadão habilitar-se corno litisconsorte
(litisconsórcio ativo) ou assistente do autor da ação popular. Veja que,
na verdade, a lei quis se referir à assistência litisconsorcial (ingresso pós-
tumo de terceiro que também é titular do direito discutido em juízo).
Se o autor desistir da ação, ficará assegurado a qualquer cida-
dão, bem como ao representante do Ministério Público, promover o
prosseguimento da ação.
Quanto à legitimidade passiva, a ação será proposta contra 1)
as pessoas públicas ou privadas mencionadas (aqui, a sujeição ao pala
passivo se dá pelo fato de que ela poderá ser condenada à adoção de medidas
administrativas); 2) autoridades, funcionários ou administradores que hou-
verem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado,
ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão; 3) os benefi-
ciários diretos do mesmo.
Perceba que, havendo beneficiários diretos no ato, haverá um
litisconsórcio passivo necessário, por determinação legal, entre a pessoa
jurídica e autoridade cuja atuação tiver sido decisiva na prática do ato e
o sujeito beneficiado. Se não houver benefício direto do ato lesivo, ou se
for ele indeterminado ou desconhecido, a ação será proposta somente
contra as outras pessoas indicadas .
'A pessoa jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato
seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou
poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao inte-
resse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente.
O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar
a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou crimi-
nal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese,
assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.
B) Objeto
É a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio
público, sejam eles causados às pessoas jurídicas de direito público de
'qualquer das esferas políticas, sejam eles causados às entidades priva-
das das quais o poder público participe com mais de 50% (cinquenta
por cento) do capital, sejam, finalmente, aquelas subvencionadas pelos
cofres públicos.
Haverá nulidade sempre que nos atos houver vícios relativos à
incompetência.jorma, ilegalidade do objeto, inexistência dos motivosou desvio
de finalidade, ou seja, vícios de ilegalidade.
Urge ressaltar, conforme afirmado alhures, que se consideram
patrimônio público, para os fins da lei em comento, os bens e direitos
de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico.
Em se tratando de instituições ou fundações, para cuja criação
ou custeio o tesouro público concorra com menos de cinquenta por
cento do patrimônio ou da receita ânua, bem corno de pessoas jurídicas
ANDR( MOTA, CRISTIANO SOJlRAL, LUCIANO FlG\JEIREOO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA Dou!IADO 771
Resumo Teórico
C) Competência
Será fixada de acordo com a origem do ato impugnado. Assim,
em um primeiro momento deverá ser observada a natureza federal ou
estadual, para que seja determinada a competência da justiça comum
estadual ou federal.
. Quando a competência for da justiça estadual, a vara especia-
hzada da fazenda pública, onde houve, cuidará de solver o conflito.
Sendo o pleito àe interesse simuitâneo da União e de qualquer
outra pessoa ou entidade de outra esfera, será competente a justiça
federaL
:-propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas
as açoes que forem posteriormente intentadas contra as mesmas partes
e sob os mesmos fundamentos.
D) Procedimento
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FJGUEJREDO, RoBERTO FJGUEJREDO, SABRINA. DOURADO
773
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Resumo Teórico
Resumo Teórico
•
23.2.4. JUIZADOS ESPECIAIS CíVEIS (LEI N° 9.099/95)
A) Competência
Quanto às regras gerais, o juizado especial cível tem competência
para conciliação, processo e julgamento (demandas cognitivas) das
causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:
~ as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário
mínimo;
~ a ação de despejo para uso próprio (o objetivo é evitar o
ingresso de terceiro no feito, visto o procedimento em questão
o veda);
~ as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não exce-
dente ao fixado no inciso I deste artigo.
ANDRÉ MOTA, ClllSTlANO SOBRA!., LUCIANO FIGUEIREDO, ROlii:RTO FIGUEIRf.IJO, SAIJRINA DOURADO 775
Resumo Teórico
B) Partes'
De logo, é mister salientar alguns aspectos gerais relativos à
atuação das partes e seus procuradores.
Pois bem, em primeiro lugar, não poderão ser partes (autor ou
réu), no processo instituído por esta lei, o incapaz, o preso, as pessoas
jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa
falida e o insolvente civil.
Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes
comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado;
nas de valor superior, a assistência é obrigatória. Sendo facultativa a
assistência, se uma das partes comparecer assistida por advogado, ou
se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, terá a outra parte, se
quiser, assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao
Juizado Especial, na forma da lei local; o Juiz alertará as partes da
, .
d ogado quando a causa o reco-
convdeniênOcimaadno:a~:r~:~::,~go:;o ;oderá ser verbal, salvo quanto
men ar;
aos poderes especiais. . ·
O Ministério Público intervirá nos casos previstos em 1el.
:l ATENÇÃO! 1
I -
Não se admitirá, no processo, qualquer for.m.a _d_e inter;e~çao
·d . m de assistência Admitir-se-a o htlsconsorclO.
e terceuo ne ·
C) Procedimento
,.. Peti ão inicial: o processo instaurar-se-á com a _apresentação da
peti~ão inicial, valendo frisar que o pedido podera ser .a~resenta~o
verbalmente à secretaria do juizado, a qual o red~zlf~ a escn o,
. t'lizado o sistema de fichas ou formulanos Impressos.
po d end o seru 1
A e a deverá conter os seguintes requisitos (em linguage~
. 1 p ç , I)· I- o nome a qualificação e o endereço das partes,
51mp es e acess1ve . '
777
LUCIANO flGUE!REOO, RoBiiRTO fLGUEIREDO, SABRLNA DOURADO
ANDRÉ MOTA, (RISTIANO SOBRAL,
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Resumo Teórico
:>ATENÇÃO!
No procedimento descrito na Lei nº 9.099/95 não se fará citação
por edital.
Resumo Teórico
ANllRil MOT.-"., CRISTIANO SOBRAL, LUCI<\NO F!GUE!REOO, ROllERTO F!GllEIREOO, SABRINA DOllR/\00 779
Resumo Teórico
780
EDITORA ARMADOR ! PRATICA CIVIL ! 3a edição
24.
DA EXECUÇÃO
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO flGUUREOO, ROBERTO fiGUlilRELlO, SABRINA DoURJ\.00 781
!DA EXECUÇÃO
Resumo Teórico I
A) Título Executivo
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FiGUEIREDO, SABRINA DOURADO 783
Resumo Teórko I
785
ANDfi.Ê MOTA, (R!STIANO SoBRAL, LUCIANO F!GUI>IREDO, ROBERTO fJGUEltl.EDO, SABRINA DouRADO
I DA EXECUÇÃO
Resumo Teórico l
fixado pela lei, ou após decisão administrativa final. A Certidão
da Dívida Ativa é um documento que goza de presunção relativa
de certeza e liquidez, e servirá de fundamento para o início de um
processo de execução fiscal contra o devedor (L:'i nº 6.830/80). Evi-
dentemente, diz-se que a presunção de certeza e liquidez é relativa,
porque admite prova em contrário. O devedor/executado poderá
provar em seus embargos qualquer irregularidade na constituição
do crédito tributário e poderá alegar até mesmo a inconstitucionali-
dade da lei que serviu de supedâneo para o lançamento do tributo.
B) Inadimplemento
isso que o legislador afirma que "O credor não poderá iniciar a execução
ou nela prosseguir se o devedor cumprir a obrigação ... " (art. 788, NCPC).
A simples verificação, no título, de que ocorreu o vencimento é
prova suficiente do inadimplemento e consequente desencadeamento
da atividade executiva.
Neste diapasão, incumbe ao devedor o ônus de provar a quitação
c' a dívida, mediante defesa em impugnação ao cumprimento de sentença
(se a execução for de título judicial) ou embargos à execução (se a exe-
cução for de título extrajudicial).
I'
l 24.1.3. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE fAMÍLIA
(LEI N" 8.009/1990)
I
I
A preocupação com a dignidade da pessoa humana é questão
erigida a foro constitucional, sendo mais precisamente um dos fun-
damentos de nossa república federativa (artigo 1º, III da Constituição
Federal). O CPC de 2015 também consagrou tal princípio através do
seu artigo 8º.
A condição de devedor não desapossa a pessoa de sua digni-
dade e a atividade jurisdicional de cumprimento da obrigação deve
ter em vista essa condição original e imutável. Assim é que formas
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FiGUEIREDO, RoBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 787
Resumo Teórico
:l ATENÇÃO!
Aponte-se que, à luz da jurisprudência pacificada no STJ, o cone
ceito de impenhorabilidade do bem de família abrange também
o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas ou viúvas
(Súmula 364).
O conceito de bem de família não alcança a vaga de garagem
autônoma que tenha matrícula própria no registro de imóc
veis, consoante Súmula 449, STJ. É que, neste caso, a unidade
:l ATENÇÃO!
A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de exe-
cução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de ?~tra na tu~
reza. Mas existem situações em que o bem de famtha podera
ser penhorado, senão vejamos:
~ pelo titular do crédito decorrente do financiamento dest~n~do
à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos credttos
e acrésd!I,los constituídos em função do respectivo contrato;
~ pelo credor de pensão alimentícia;
~ para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e
contribuições devidas em função do imóvel familiar;
ANDRÉ MaTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO fJGUEIREDO, ROBERTO FiGUEIREDO, 5ABRINA DOURADO 791
Resumo Teórico I
a prestação de fazer (aquela que pode ser prestada por qualquer pessoa,
a exemplo de um contrato para transporte escolar), poderá insistir no
cumprimento da obrigação específica, a ser realizada por um ter-
ceiro às custas do devedor. Neste caso, o credor apresentará simples
proposta a ser homologada pelo magistrado após a oitiva da parte
cOI:ctrária. Sendo aprovada, caberá ao credor adiantar as despesas
a serem efetuadas, as quais serão cobradas posteriormente ao
devedor, sob pena de execução forçada; Sendo infungível a pres-
taçãq (a exemplo de cantor renomado que não mais deseja executar show
ou artista plástico a confeccionar determinada escultura) ou, ainda que
fungível, desejando o credor, poderá a obrigação se converter em
perdas e danos, de modo que a obrigação específica se transmudará
em genérica, observando-se, daí por diante, as regras pertinentes
à execução por quantia certa,: 3) embargos do devedor: é a ação
incidental apresentada pelo devedor, visando combater aspectos
relativos à obrigação disposta no título executivo. Sendo julgados
procedentes, a execução será extinta. Sendo rejeitados, proceder-se-á
de conformidade com a opção executiva dada ao credor, nos termos
anteriormente expostos.
ANDRÉ MOT-''• CR!STIA.NO $oRRAL, LUCIANO flGUEIRiiDO, ROBERTO ftGUEIREDO, $A.BRINII DoURADO
793
I DA EXECUÇÃO
Resumo Teóricol
ANDRil MOTA., CRJSTJI\NO SoBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FrGUEIRUlO, SA!l!UNA DoURADO 795
Kesurno -leónco 1
O valor dos honorários poderá ser elevado até 20% (vinte por
c"nto), quando rejeitados os embargos à execução, podendo a majora-
çao, caso não opostos os embargos, ocorrer ao final do procedimento
execullvo, levando-se em conta o trabalho realizado pelo advogado
do exequente.
I
P.. Citação: o 'executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3
(três) ~ias, contado da citação. Do mandado de citação constarão,
lambem, a ordem de penhora e a avaliação a serem cumpridas
pelo oficial de justiça tão logo verificado o não pagamento no prazo
assmalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do executado.
Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á
tantos bens quantos bastem para garantir a execução. Nos 10 (dez)
dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará
o executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita
de ocultação, realizará a citação com hora certa, certificando por-
n:en~nzadarnente o ocorrido. Incumbe ao exequente requerer a
Cltaçao por edital, uma vez frustradas a pessoal e a com hora certa.
p.. Penhora: tendo em vista que os embargos não mais possuem efeito
suspensivo, os atos de constrição e expropr~ação seguirão p~ralela
mente ao seu rito. A expropriação apenas nao se aperfeiçoara acaso
seja deferido efeito suspensivo aos embargos.
Pois bem, não efetuado o pagamento, munido da segunda via
do mandado o oficial de justiça procederá de imediato à penhora de
bens e a sua' avaliação, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos
intimando, na mesma oportunidade, o executado. .
A penhora pode ser definida como o ato que individualiza
bens no patrimônio do devedor, os quais serão sujeitos a postenor
expropriação. , . . .
Quanto a<;>s limites, a penhora devera mc1d1r em tantos_ bens
quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, JUroS,
custas e honorários advocatícios.
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, RoBERTO FJGÚEIREDO, SAIIRINA DOURADO
797
IDA EXECUÇÃO
Resumo Teórico l
A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo
se outros forem indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante
demonstração de que a constrição proposta lhe será menos onerosa e
não trará prejuízo ao exequente.
O ato judicial em questão deverá obedecer à ordem de priori-
dade estabelecida no artigo 835, NCPC, a saber: I- dinheiro, em espécie
ou em c(P-pósito ou aplicação em instituição financeira (para possibilitar a
penhora de dinheiro em depósito ou aplicação financeira, o juiz, a
requerimento do exequente, requisitará à autoridade supervisara do
sistema bancário, preferencialmente por meio eletrônico, informa-
ções sobre a existência de ativos em nome do executado, podendo no
mesmo ato determinar sua indisponibilidade, até o valor indicado
na execução. As informações lirnitar-se-ão à existência ou não de
depósito ou aplicação até o valor indicado na execução); II- títulos da
dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação
em mercado; III- títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
IV- veículos de via terrestre; V- bens imóveis; VI- bens móveis em geral;
VII- semoventes; VIII- navios e aeronaves; IX- ações e quotas de sociedades
simples e empresárias; X -percentual do faturamento de empresa deve-
dora; XI- pedras e metais preciosos; XII- direitos aquisitivos derivados de
promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia;
XIII - outros direitos.
:l ATENÇÃO!
Três observações. precisam ser feitas:
Em primeiro lugar, se não encontrar bens.perrhoráveis, o oficial
comurucará ao juiz, que intimará o devedor para que indique
bens passíveis de expropriação. Considera-se ato atentatório à
dignidade da jurisdição a conduta do devedor que, intimado,
não indica ao juiz quais são e onde se encontram os bens sujei-
tos à penhora e seus respectivos valores (artigo 774, v, NCPC).
Em segundo lugar, atente-se que é prioritária a penhora em
dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar a ordem
acima referida de acordo com: as circunstâncias do caso concreto
(art. 835, § 1º, NCPC).
ANPR(; MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FtGU[IRfDO, ROBERTO FIGUEIREDO, 5ABRlNA DOURADO 799
Resumo Teórico I
• ex
Adjudicação
r . - (arts. 876 a 878' NCPC)·. e· a forma preferencml. de
p opnaçao,
d y; ·. mediante a entrega do próprio bempenh orad 0
ao cred or. enfica-se a adjudicação quando o exequente ofe-
recen
. . opreço na- o m· fenor
· ao da avaliação, requer lhe se. ' am
adJ~d:cadosos bens penhorados. A adjudicação consider~-se
~~: ei a e 'rc~ba~a com a lavratura e assinatura do auto pelo
J. ' pelo adJUdicante, pelo escrivão e, se for presente pelo
executado, expe d In
· d o-se a respectiva carta, se bem imóvel
'
(este documento substitui a tradicional compra e venda entre
particulares). Urge ressaltar que a carta só será emitida ·un-
ta~ente com a prova da quitação dos tributos (a serem p~gos
pe o adqmrente). Em se tratando de bem móvel, será expedido
mandado de entrega ao adjudicante.
d' ~a.v ............
!'- .A... !icn.:.~.::;:"' :-.:~:- ...:-·-
pv.o. .o.u.o.\,..o.au\la __ ...
uaiüCülar \'d·,-•- 0
l:,. o ""'"' -
1 , t:: 8,....,.., ..,.,.,....... ..... ,..,~
ou 1'\j\...-rLr
a-se quando, não realizada a adjudicação dos bens ~enhora:
.1:
801
ANDRÉ MOTA, CmsT!ANO SoBRAL, Lt:C!ANO !'!GUE!RJ.mo, RoBERTO j:JGUEIREDO, SABRINA DouRADO
!DA EXECUÇÃO
Resumo Teórico l
1>- Finalização da execução: Realizada a expropriação deste, o produto
da venda será entregue ao exequente, de modo que haverá extin-
ção da obrigação mediante o pagamento, caso em que magistrado
proferirá sentença declarando a extinção da execução.
A) Legitimidade
C) Procedimento
:>ATENÇÃO!
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SollRAI., LUCIANO FIGUEIRHDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SA!lRINA DOURADO 803
Resumo Teórico
D) Desistência da Execução
da pública venha optar pela desistência da execução
C aso fazen , · ·t
fi 1 após o oferecimento dos embargos, estara a mesma SUJei a a 05
e~~::gos da sucumbência. É o que nos diz a Súmula 153, STJ.
E) Intervenção do MP
Considerando o interesse meramente patrimonial da faze~da
pública, a intervenção do representante do parquet faz-se desnecessana
(vide Súmula 189, STJ).
805
• MOTA CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FlGUElREOO, ROBéRTO fJGUElREOO, 5ABJI.JNA DoURADO
ANDRE •
25.
Dos RECURSOS E DA
AçÃo RESCISÓRIA
25.1. RECURSOS
Resumo Teórico
25.1.1. CONCEITO
25.1.2. fUNDAMENTOS
l ANDRfi MOTA, CRIST!IINO SOBRAl., Lt'CIANO f'JGUtiREDO. ROBERTO FtGU[IREDO, Sti.BillNII. DOURADO 807
''''""-'~~~~------~
Resumo Teórico I
25.1.3. PRINCÍPIOS
:>ATENÇÃO!
Adotand? u;n~ ou outra corrente, fato é que não se pode negar
que o prmcrpto em questão não é considerado absoluto de
mo~o que a lei pode ;nitigar a sua aplicabilidade para a pr:ser-
vaçao de outr~s prmcipws processuais (a exemplo da celeridade),
~orno ocorre, mclusive, na limitação das matérias de direito no
JUlgamento dos recursos extremos (Rex e Resp).
809
ANDRÊ MOTII., CRISTIANO SoBR~L, LUCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO F!CUE!REDO, SASRINA DOURADO
Dos RECURSOS E DA AÇÃO RESCISÓRIA
Resumo Teórico
Resumo Teórico
:l ATENÇÃO!
É mister fazer duas ressalvas. A primeira, no sentido de que
o princípio em questão se aplica quando do julgamento do ·
reexame necessário, a teor do que dispõe a Súmula 45, do ST);
a segunda, é que a situação do recorrente poderá ser ~gravada
caso o tribunal verifique lesão a matéria de ordem pública (é o
que se chama de "efeito translativo dos recursos").
/\Nl)R[ MOTA, CRISTIANO SoBRAL, LUCIANO F1GUEIR1WO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 811
Resumo Teórico 1
812
EDtTORA ARMADOR 1 PRÂTICA CtVIL 1 3~ edição
11> Preparo: consiste no pagamento das custas, como espécie de taxa,
em virtude da contraprestação por serviço público específico.
O preparo deve ser efetuado no ato de interposição do recurso. São
isentos do preparo o Ministério público, as pessoas jurídicas de
direito público e os que gozam de isenção legal (isenção subjetiva).
Por outro lado, não se faz necessário o seu recolhimento quando se
tratar de recurso de embargos de declaração ou agravo no recurso
< especial ou extraordinário (isenção objetiva).
:>ATENÇÃO!
O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do
recurso, o recolhimento do preparo, inclusive· porte de remessa
e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para
realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção (art.
1.007, § 4º, NCPC).
ANDRÉ MOlA, CRISTL\NO SoBRAL-, LUCiANO FLGUEUI.LDO, RosERl·o F!GUE!REDO, SABR!>.!A DoURADO 813
Dos RECURSOS E DA AÇÃO RESCISÓRIA
Resumo Teórico
~ATENÇÃO!
Resumo Teórico
25.1.5. EFEITOS
I 25.1.6.1. Apelação
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBI!AL, LUCIANO F!GVElREDO, ROS.ERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 815
Resumo Teórico I
A) Definição
B) Objeto
C) Formalidades
ANORÊ MOTA, (RISTIANO SOBRAL, Lt:ClANO FIGUEIREDO, R06ERTO f}GUEIREDO, SAJ>RlNA Dotat'I.DO
817
Dos RECURSOS E DA AÇÃO RESClSÕRIA
Resumo Teórico
D) Efeitos
:l ATENÇÃO!
Resumo Teórico
E) Processamento
Até que seja julgado, o recurso de apelação percorre um caminho
que vai desde o juízo de primeiro grau até o de segundo (tribunal).
Assim, o percurso é desknvolvido da seguinte forma:
:l ATENÇÃO!
Caso a apelação seja interposta contra sentença que indeferiu a
petição inicial (art. 331, NCPC) ou julgou a improcedência liminar
(art. 332, § 32 NCPC), é possível que, apresentado o recurso, o
magistrado venha exercer seu juízo de retratação, no prazo de
5 (cinco) dias.
ANDRil MOTA, CRISTIANO SOllRAL, LuCJA.NO FIGUEIREDO, ROBERTO FiGUEIREDO, SABRINA DOURADO 819
Resumo Teórico ]
A) Definição
B) Objeto
C) Formalidades e Processamento
O recurso em exame será interposto no prazo de 15 (quinze) dias.
l"~ petição deverá ser escrita e interposta dir_eta~en~e. no tribu~
nal, sendo instruída com os seguintes documentos obn8atonos: a) com
cópias da petição inicial e da contestação; b) da petição que ensej~u
a decisão agravada; c) da própria decisão agravada; d) da cerl!dao
da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove
a tempestividade; e) das procurações outorgadas aos advogados do
agravante e do agravado. . .
Faltando qualquer dos documentos aCima refendos, o advogado
do agravante deverá apresentar declaração de inexistência dos mes-
mos, sob pena de sua responsabilidade pessoal.
O agravante ainda instruirá o agravo com outras peças que
'entender úteis.
No prazo do recurso, o agravo será interposto por uma das
seguintes formas: I - protocolo realizado diretamen;e ~o tnbunal
competente para julgá-lo; li- protocolo reahzado na propna comarca,
seção ou subseção judiciárias; III- postagem, sob registro, com aviso
de recebimento; IV- transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos
da lei; V -outra forma prevista em lei.
Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados
tipo fac-símíle ou similar, as peças devem ser juntadas no momento
de protocolo da petição original.
821
ANDI!.Ê MOTA. CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO fiGUEJREDO, ROBERTO flGUElREDO, SABR!NA DOURADO
Dos RECURSOS E DA AÇÃO RESCISÓRIA
Resumo Teórico
I
relator poderá adotar uma série de posturas, as quais poderão trazer
prejuízos aos protagonistas da relação processual. Assim, com vistas
a sanar eventuais erros, o legislador previu o agravo interno como
instrumento de combate àquelas decisões.
Resumo Teórico
A) Definição
É o recurso cabível contra decisão monocrática de relator.
B) Processamento
O processamento do agravo interno seguirá as regras do regi-
mento interno do respectivo tribunal.
Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especifi-
cadamente os fundamentos da decisão agravada. O agr~vo será diri-
gido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o
recurso (contrarrazões) no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual,
não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão
i colegiado, com inclusão em pauta.
í É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da
decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno.
Quando o agravo interno for declarado manifestamente inad-
missível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado,
em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado
multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
Assim, a interposição de qualquer outro recurso está condicio-
nada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda
Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o paga-
j mento ao final.
~
i
l 25.1.6.4. Embargos de Declaração
i! O princípio do amplo acesso é atendido na medida em que o cida-
ANDRÉ MüTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO fiGUEIREDO, SABRlNA DouRADO 823
Resumo Teórico I
A) Conceito
C) Efeitos
o recurso interrompe o prazo para a propositura de quaisquer
recursos, por ambas as partes, devolvendo-se, por conseguinte,. a tota-
lidade do mesmo. Urge ressaltar que a interposição intempesllva dos
embargos não implica na interrupção ào prazo para se avia.r outros
recursos.
Os embargos declaratórios existentes na lei dos Juizados especiais
cíveis (Lei nº 9.099/95)- que até então apenas suspendtam o prazo para a
interposição de outras espécies recursais - passa_ram, com o novo CPCr
a também interromper o prazo para apresentaçao de outros recursos,
conforme se extrai da nova redação do artigo 50, NCPC.
D) Processamento
o prazo de interposição é de cinco dias, inexistindo def~rimento
de prazo para as contrarrazões (salvo no caso de possrb~hdade ~e
efeitos modificativos). A interposição fora do prazo nao lera o condao
de interromper o prazo em questão. .
Inexiste preparo para a espécie recursal em exame. O julgamento
se dará pelo mesmo órgão que emitiu o decisório a ser reexammado.
825
ANDRÉ MOTA, (RISTIANO Sol>RAL, LUCIANO F!GU<.:IREOO, ROSEKfO FIGUEIREOO, SABRINA DOURADO
Dos RECURSOS E DA AÇÃO RESCISÓRIA
Resumo Teórico
I elevada para até 10% (dez por cento), ficando condicionada a interpo-
sição de outro recurso ao recolhimento do montante em questão, pelo
que constituirá novo pressuposto recursal para a admissibilidade do
recurso aviado. Esta exigência não será feita à Fazenda Pública e do
beneficiário de gratuidade da justiça, que recolherão a multa apenas
ao final.
I G) Embargos e prequestionamento
Além dos objetivos já estudados, os ED também têm a serventia
de prequestionar o órgão recorrido acerca da questão federal que será
objeto de futuros recursos extremos (Resp ou Rex), tudo com o intuito
I
de evitar a preclusão processual.
Por exemplo, por mais que tenha sido proferida sentença cujo
teor é violador de matéria federal ou constitucional, deve-se aviar, em
primeiro lugar, os recursos ordinariamente previstos (ex: apelação), '
de modo a haver o prévio esgotamento das instâncias ordinárias.
I
Entretanto, a matéria constitucional ou federal há de ser tratada pelos
Resumo Teórico
A) Definição
Trata-se de recurso de fundamentação vinculada, direcionado
ao Supremo Tribunal Federal, que tem como principal objetivo fazer
prevalecer a Constituição num caso concreto, alterando, assim, a
decisão que contrariou a Carta Magna e, por consequência, a sorte
do recorrente.
Percebe-se, de antemão, que, sendo de natureza extraordinária,
I
I
apenas a questão da interpretação do direito é que pode ser proposta
ANDHÉ MOTA, CRISTIANO SOJ>R.AL, LUCIANO FlGI!EIRI:!DO, RoBERTO FlGU&lREDO, $ARRINA DoURADO 827
Resumo Teórico )
B) Cabimento
C) Processamento
ANDRÊ Mon., CRISTIANO $OIIRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 829
Dos RECURSOS E DA AÇÃO RESCISÓRIA
Resumo Teórico
Resumo Teórico
~ATENÇÃO!
'I
b
Vale ressaltar que haverá repercussão geral sempre que o recurso
impugnar acórdão que: I - contrarie súmula ou jurisprudência
~ dominante do Supremo Tribunal Federal; II- tenha sido profe-
ID
I~
os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem
sobre a questão e tramitem no território nacionaL
i~
rios sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica.
D) O pressuposto do prequestionamento
Os tribunais superiores e o Supremo Tribunal Federal construí-
ram uma interpretação que consiste na necessidade de que a matéria
a eles proposta pelo recurso extremo tenha sido debatida pelo órgão
ANORÚ MOTA, CRISTIANO SOJIRA!., LlTCJ.~NO fiGtlElREJ)O, ROB!'!rro fiGVEIREOO, Sii.JlRINA 00URAI)O 831
Resumo Teórico l
ANDRÉ MaTA, CRISTIANO $OJlRAL, LuCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO F,IGVE!RHlO, SAJI.RINA ÜOUMDO
833
Dos RECURSOS E DA AÇÃO RESCISÓRIA
Resumo Teórico
A) Definição
B) Hipóteses de cabimento
Resumo Teórico
C) Processamento
Considerando a natureza de recurso extremo, aplicamos ao
recurso especial todas as considerações feitas ao recurso extraordi-
nário, linhas atrás.
'\NoRi. MoTA, CR1.\r!At><O ::;oRRAL. Lu<.:IANO 1'1'-uEtRJmo, ROJm;ro hGUFJRUJO, SABRINA DmJRADO 835
Resumo Teórico 1
D) O pressuposto do prequestionamento
E) Os recursos repetitivos
ANDRÉ MoTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, RoBERTO FlGIJWt.EDO, SABRJO'IA DOURADO
837
Dos REcuRsos E DA AçÃo RESCISÓRIA
Resumo Teórico
Resumo Teórico
I
relativizar a autoridade da sua permanência perante o mundo jurídico,
justamente por apresentar vício insuportável ou situação autonzadora,
exaustivamente listados no artigo 966 do NCPC.
A) Definição
: É 0 instrumento jurídico-processual que visa desconst~tuir
decisório de mérito transitado em julgado, quando presentes vzczos
autorizadores.
B) Natureza jurídica
Como 0 próprio nome sugere, o instrumento _em_ questão ~em
natureza jurídica de ação desconstitutiva (ou constüuhvo-negahva).
Pode ser visualizada como espécie tle sucedâneo recursal, ou seJa, melo
de impugnação de decisão judicial que se_ desenvolve em processo
distinto daquele ao qual a decisão fora emzhda.
C) Objeto da rescisão
'
Será a sentença de mérito, seja ela nula ou meramente rescindível.
1 Neste último caso se incluem aquelas que, não obstante seJam ~espzdas
de vício, possam ser rescindidas, haja vista expressa prevzsao legal,
tal como ocorre com a prevista no artigo 966, VII do NCPC (ob:zver
autor posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cu;a exzstencza
0
ignora~a ou de que não pôde Jazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar
pronunciamento favorável). , . _
Excepcionalmente, a decisão terminativa sera objeto de resczsao
ando consistir naquela que acolheu a existência dos pressupostos
~;ocessuais impeditivos (Perempção, litispendência ~u coisa julgad~), tendo
em vista que, nos casos mencionados, a lei prmbe a propositura de
nova demanda (art. 966, § 2º, NCPC). .
Vale ressaltar que existem decisões de mérito que são, medzante
expressa proibição legal, insuscetíveis de combate mediante o mstru-
ento em questão. São eles: Acórdão proferido em Adm ou Adecon
:rtigo 26 da Lei nº 9.868/99), em ADPF (artigo 12 da Lei nº 9.882/99) e
em Decisões proferidas em sede de Juizado especial cível (artigo 59
da Lei nº 9.099/95).
841
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO flGUEIREDO, ROBER'I'Ú flGUiliREDO, SABRINA DOURADO
Dos RECURSOS E DA AÇÃO RESCISÓRIA
Resumo Teórico
D) Hipóteses de cabimento
Resumo Teórico
ANDRii MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, 5ABRINA DOURADO 843
...... ~·-····-~·~· ' . ""' "'"'""'-"""'''-·
E) Legitimidade
G) Procedimento
O procedimento seguirá os seguintes passos:
11> Petição inicial: além dos requisitos gerais dos artigos 319 e 320,
NCPC, deverá a mesma conter a particularidade do depósito de
845
ANPRÉ MOT..o,, CRISTIANO SOBRAL, LuCtANO fiGUE!Rf.l:lO, ROBERlO FIGU11!RFPO, SAllRLNA ÜOURAOO
Dos RECURSOS E DA AÇÃO RESCISÓRIA
Resumo Teórico
Resumo Teórico
I'
l'
i
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAl, LUCIANO fiGUEIREDO, ROJ.IERTO ftGUEIREDO, 5ABRINA DOURADO 847
o
PEÇAS PRÁTICAS
849
i
lI
PETIÇÃO INICIAL I
I Peças Práticas
1. PETIÇÃO INICIAL
i
'
devem ser conferidas, para a correta definição do juízo competente,
vejamos:
j Identifique a matéria objeto do caso concreto. Na sequência, con-
li; fira se a demanda é da competência originária dos tribunais. Se não
for o caso, a demanda será endereçada para o juiz.
!
I Observe, ainda, as casuísticas do art. 109 da CF/88 para atentar as
l
'' causas que são da competência da justiça comum federal.
I Em termos da competência territorial, será fundamental consul-
I tar, dentre outros, os artigos 46 a 53 do CPC, a seguir sintetizados:
!
l Se a demanda versar sobre direitos reais mobiliários, será com-
l
l
petente o juízo do foro do domicílio do réu (art. 46, CPC);
Se a demanda tiver por objeto um direito real imobiliário, será
competente o juízo do local onde o imóvel estiver situado.
! Se a inicial for de alimentos, será competente o juízo dó foro do
domicílio do alimentando, ainda que a demanda esteja cumulada com
lI investigação de paternidade.
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO $OBRA L, LUCIANO fiGUE!RfmO, ROBERTO FlGUlliREDO, SABRINA DOURADO 851
Peças Práticas j
I
(INDIQUE A MATÉRIA) DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE: ... (INDI-
QUE A LOCALIDADE)
:l ATENÇÃO:
DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO
Destaque-se, desde logo que autor é idoso e está acometido com
doença grave que poderá levá-lo ao falecimento, neste caso os
autos tem prioridade de tramitação, nos moldes dos arts. 1048
do CPC c/c; art. 71 do Estatuto do Idoso. -
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOURAL, LUCIANO FiGUEIREDO, ROBERTO fiGUtJREDO, SAilRINA DOURADO
853
I PETIÇÃO INICIAL
Peças Práticas ]
I1
6' passo: Pedidos
I ANnltF. MOTA. C!liSTIANO SORilAt .. l.T!C!ANO Flr.lli'IRimo_ RnRI'RTO J:u-:!Wltn·nn -""'IIITN& nmu>.a.nn Rt:;t:;
Peças Práticas
II
10' Passo: Encerramento
1º Passo: Endereçamento
II
tência, fixadas nos artigos 46 e seguintes do CPC, tendo como regra
geral o foro do domicílio do réu (art. 46, CPC).
ANDRÉ MoTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO fJGUJiJREDO, ROBfRTO f'JGUEIREDO, SAB\UNA DOURADO 857
AÇÃO DE ÜBRIGAÇÃO DE fAZER COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
Peças Práticas
3º Passo: Fundamentação
l.FATOS
1. O Autor é beneficiário de plano de saúde, mantido junto à
empresa ré, desde ..., período em que sempre honrou com suas
obrigações, mediante o pagamento da respectiva mensalidade;
2. O referido plano, por ser do mais alto nível dentre as catego-
rias existentes, concede direito à total assistência ao beneficiário,
independentemente do malefício sofrido, inclusive com apoio
de serviços extra-hospitalares do tipo "home care";
3. Pois bem, no dia ... o autor fora internado em unidade hospi-
talar com suspeita de ...; constatada a existência do malefício,
verificou-se a necessidade de apoio extra-hospital, do tipo "horne
care'; haja vista que a sua permanência na unidade hospitalar
poderia acarretar-lhe outros malefícios, oriundos de possível
infecção hospitalar;
4. Instado a proceder com as despesas relativas à instalação do
serviço, o plano de saúde negou-se, sob a alegação de que:, ..
5. Diante disso, ao autor não restou outra alternativa, senão vir
a este mm. Juízo requerer o que lhe seja d" direito.
2. DO DIREITO
6. O direito do demandante é vislumbrado na medida em que,
além de estar ele incluso na modalidade mais alta dentre as cate-
gorias existentes do plano, SEMPRE honrou com pontualidade
no pagamento das respectivas mensalidades, não havendo, por
isso, motivos para à recusa da prestação do serviço buscado.
l
l
858 EorroR.A ARMADOR 1 PRÁTICA CIVIL j Y edição I
1
3. DA TUTELA ANTECIPADA
O ordenamento jurídico nacional, através do artigo 300, CPC,
previu, genericamente, a possibilidade de o juiz antecipar
os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que
estejan1 presentes os requisitos autorizaàores, àentre os quais,
ressaltam-se: "perigo de dano" e "probabilidade do direito" ou
"resultado útil do processo".
É o que ocorre no presente caso, senão vejamos:
a) Probabilidade do direito
A plausibilidade do direito do demandante é constatada na
medida em que o mesmo acosta às fls.: ... cópia do contrato de
prestação de serviços mantido junto à ré, o qual demonstra
estar ele incluso na modalidade mais alta dentre as categorias
existentes do plano.
b) Do perigo de dano
Por sua vez, o perigo dano resta evidenciado, na medida em
que a demora na instalação dos aparelhos poderá acarretar a
morte .do demandante. ·
Sendo assim, cumpridos os requisitos legais, torna-se necessária
a concessão de tutela antecipada para determinar o cumpri-
mento de obrigação de fazer, no sentido de ser a demandada
compelida a instalar os serviços de "home care'; por ser medida
de justiça.
l
I ANDRÊ Mo-LI. CRJSTfANO SOBRAL, L1KJ ;?-.o l'lc;urJHe:no, RonrKro PlCU!·:!IlH>o, SA!1RJl>iA Dm.IRADO 859
Peças Práticas !
5º Passo: Pedidos
4. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) Seja deferida a TUTELA ANTECIPADA, de modo que o réu
seja condenado em obrigação de fazer, consistente na imediata
instalação do "home care" nas dependências da residência do l
autor, sob pena de multa diária, a ser prudentemente fixada
por este mm. Juízo, nos termos do artigo 84, par. 4º, do Código
de defesa do consumidor (Lei 8.078/90) c/c artigo 497 do CPC; l
b) Caso V. Exa entenda necessária, que seja designada audiência
de justificação prévia do CPC;
c) a citação do réu para, querendo, comparecer a audiência e
não obtida a conciliação, oferecer resposta, sob pena de revelia;
d) AO FINAL, seja a ação julgada procedente, com a confirmação
da tutela antecipada e condenação do réu nas custas processuais
e honorários advocatícios.
A toda causa deve ser atribuído um valor (art. 291, CPC), o qual
corresponderá ao benefício econômico pretendido pelo autor. Assim,
no exemplo ora analisado, o valor da causa corresponderá às despesas
necessárias para a execução dos serviços. Por exemplo:
l 8º Passo: Encerramento
3. AÇÃO DE ALIMENTOS
1º Passo: Endereçamento
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO 50BR.4l., LUCIANO F!GUE!Rf.DO, RoaERfO FtGl.:UR!:PO, SMIRI:-IA DouRADO
861
IAÇÃO DE ALIMENTOS
Peças Prátkas I
DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO
Neste tópico, indicar a· prioridade de tra:íi:titilção' cbm base no
art. 71 da Lei 10.741/03.
3º Passo: Fundamentação
DOS FATOS
O requerente foi casado por vários anos, e desta união conjugal
teve apenas um filho, o referido réu, que hoje é dono de uma
rede de hotelaria, ocorre que, após o falecimento de sua esposa,
o autor entrou em grande tristeza, o que ocasionou o aban-
dono do trabalho, razão pela qual encontra-se em dificuldades
financeiras,
Já aos 72 anos de idade sobrevive de ajudas de vizinhos e alguns
parentes, a exemplo da sua sobrinha.
Mister se faz salientar que, é notória a necessidade de fixação
de alimentos provisórios em razão da necessidade da carência
do seu próprio sustento.
ANDRf MOTA, CRISTIANO SüllfiAt, LllCIANO FIGUEIREDO, ROBEIITO f'IGU[IREDO, SARRINA DOURADO 863
Peças l'ráticas 1
5º Passo: Pedidos
8º Passo: Encerramento
Nestes termos,
Pede Deferimento.
Advogado: ...
OAB ...
ANDRi' MOTA, (R!STIANO SOBR.4l, LUC!AI\0 f!GUfl!\l'fiO, ROI>fRTO fiC·l'f.IREllO. SABR!NA DOURADO
865
1 CONTESTAÇÃO
Peças Práticas I
4. CONTESTAÇÃO I
1ª passo: Endereçamento
Processo nº...
FULANO, já devidamente qualificado nos autos do processo
em epígrafe, vem, por meio de seu advogado abaixo assinado,
constituído através 'do instrumento procur~tório em anexo,
com endereço profissional (endereço completo), onde receberá
intimações de estilo, apresentar CONTESTAÇÃO, com fulcro
no art. 335 do CPC, contra BELTRANO, já também qualificado,
pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I
Breve resumo da petição inicial.
I Peças Práticas
I
l
a ser abalroado por um transporte autônomo de passageiros
conhecido por "lotação", dirigido pelo Sr. FULANO DE TAL,
que vinha com velocidade acima da permitida onde ocorreu o
acidente.
• Devido à colisão, CICLANO acabou por abalroar no automó-
vel do Sr. BELTRANO, autor da demanda, configurando-se o
conhecido "engavetamento". Por equívoco, o autor responsabi-
lizou o ora requerente, pelos danos causados ao seu veículo de
forma descabida, uma vez que CICLANO sempre observou as
leis de trânsitos e seu automóvel estava em perfeitas condições.
Na oports.1nidade, também seguia a risca todas as precauções,
bem como as regras de trânsito vigentes.
I ,\NI/RÚ :\'loTA. ÜUSTII't-"<0 SO!IR·\1., L\JCI\NO FIGUE!RUJO, ROllEltTO flGUHREDO, SMRINA DOURADO 867
5ª passo: Prejudiciais de mérito I
Decadên~ia e prescrição são matérias que extinguem o processo I
COM resoluçao do mérito. Vide art. 487, CPC.
6ª passo: Fundamentos
l
1
. ~
matéria de mérito deve ser trabalhada aqui. Eis a grande Il
finahdad~ da peça contestatória.O examinando deverá basear-se em
JUnsprudenoa e legislação a fim de impugnar as alegações dos autos.
I
J
l
EX: Há ausência do dever de indenizar em relação ao contestante
pois não houve sequer culpa deste, que observa atentamente. a~
leis de trânsito e na oportunidade do ocorrido encontrava-se com
!l
seu veíc;rlo em perfeit~s condições, não incorrendo em qualquer l1
Imprudencm ou 1mpenc1a em relação ao acidente, desconstituído
de ato ilícito seu envolvimento com o fato, conforme art. 186 e j
927 do CC/02, estando desobrigado à indenização pleiteada na !
peça vestibular.
l
7ª passo: Requerimentos/pedidos
8ª Passo: Reconvenção
Resumo da inicial proposta pelo autor, com a narrativa, por parte
! do reconvinte, do ocorrido, de modo a levar ao conhecimento do juiz
l da causa as informações que não foram prestadas na exordial.
Demonstrar conexão, justificando o cabimento da reconvenção.
Indicação dos artigos da lei material e processual que incidem sobre
a hipótese fática apresentada pela banca .
O examinando requererá a procedência do pleito reconvencional
e, por conseguinte, o ·Julgamento procedente da reconvenção.
Não se esquecer de pedir a inversão do ônus da sucumbência.
A:.~vRÉ MOTA, CR!5TI·\NO $01'\.ltAl., LUOANO flGUEJREDO, ROBERTO flGUtJREDO, SABRIN;\ DouRADO
869
J CONTESTAÇÃO
Peças Práticas 1
8ª Passo: Encerramento
AGRAVOS
870
AGRAVO DE iNSTRUMENTO \
!Peças Práticas
5. AGRAVO DE INSTRUMENTO
1ª passo: Endereçamento;
FOLHA DE APRESENTAÇÃO
> Endereçamento ao Presidente do Tribunal
ANnHf MoT,.,, CH!STIANo SosRAl-, LuciANo f'JGUt:lREDO, RoBERTo f.JGUUREDo, S4BRJNA DoURADO 871
Peças Práticas 1
ÍNCLITOS JULGADORES!
Ij
Emérita turma ...
872
EDITORA ARMADOR I PRÁTICA C!VJL j 3" edição
O inconformismo do agravante refere-se aq fato de que o MM
Juizo "a quo"... ficando evidente o· prejuízo do agravante.
Ij
8' passo: Fundamentos do agravo
!i
Justificar o pedido de efeito suspensivo ou da antecipação de
tutela recursal.
I
inócua,.e as consequênciaS desastrosas para o agravante.
Assim, com fundamento nos 'artigos 1019, I e 932, II do Código
de Processo Civil, requer-se a Vossa Excelência a concessão
da antecipação dos efeitos da tutela recursal, a fim de que seja
deferido: ... :
ANDRÉ MOTA, CRISTiANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FiGUEIREDO, SA.BRIN!I DouRADO 873
·t APELAÇÃO
6.APELAÇÃO
I ANDRÉ MOTA. CRISTIANO SOBR!il., LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO FiGUEIREDO, SABRINA DOURADO 875
Peças Práticas
Nestes termos,
Pede deferimento.
LocaL dia, mês e ano.
Advogado
OAB
APELANTE:
APELADO:
PROCESSO ORIGINÁRIO:
876
EDJTORA ARMADOR I PRÁTICA CiVIL I 3" edição
jPeças Práticas
ANDRÉ MOTA, CR!STlANO SoBRAL, LuCIANO FIGUEiREDO, ROBEii:rO F!GUIURE!.>O,SADRlNA DouRADO 877
IEMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Peças Práticas I
'
Pedir:
~ Reforma: Erro no mérito;
~ Invalidação: Erro procedimental;
'
DOS PEDIDOS:
Ante o exposto, requer a admissibilidade do presente recurso
e o seu provimento a fim de ...
Requer ainda a condenação da parte apelada no pagamento de
custas e honorários advocatícios.
o
NeStes termos,
Pede deferimento.
LOcal, dia, inês e ano.
Advogado
OAB
7. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
R7R
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO I
!Peças Práticas
B) Fundamentacão legal: artigos 1022 a 1026 do CPC.
1ª passo: Endereçamento
6º passo: Pedidos
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FICUmRJ::DO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 879
Peças Práticas j
7º passo: Encerramento J
Nestes termos, I
Pede deferimento.
Local, dia, mês e ano.
Advogado
OAB
8. RECURSO ESPECIAL
B) Fundamentacão legal: Art. 105, IIL CF/88 e arts. 1029 a 1035, CPC
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, dia, ·mês e ano.
Advogado
OAB
Endereçar ao STJ.
Recorrerit~:
Recorrido:
Processo originário:
ANDRÉ MoTA, (RJSTIANO SOSRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO fiGUElREDO, SA.BRINA DOURADO 881
1 RECURSO ESPECIAL
Peças Práticas ~
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, dia, mês e ano.
Advogado
OAB
9. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
B) Fundamentação legal: Art. 102, III, CF/88 e art. 1029 e ss., CPC.
Nestes termos,
Pede deferimento.
II
Peças Práticas
Recorrente:
Recorrido:
Processo originário:
Trata-se ...
O Venerando Acórdão de fls. estabeleceu que ...
I- DA REPERCUSSÃO GERAL
A questão constitucional ora discutida reveste-se de repercussão
geral na medida em que possui interesse (jurídico/ econômico/
social/ político).
H:.. DO PREQUESTIONAMENTO
A matéria, objeto do presente recurso foi devidamente ventilada
no acórdão recorrido.
lsso porque ~ questão sobre... está nas fls, .. e a questão sobre ...
nas fls ...
Portanto, preenchido, igualmente, esse requisito constitucional
nos termos da súmula 282, STF.
I- DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO
Por se tratar de acórdão que violou a Constituição Federal e,
sendo decisão de última instância, é cabível, nos caso em tela,
recurso extraordinário.
A"'DRÉ MOTA, CRJSTIANO SOBRAL., LUCl>\NO fiGUE!RtDO, ROllERTO fiGUE!RCDO, SABRJN.\ ÜO\J!!AOO 885
REQUERIMENTO DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Peças Práticas
Nestes termos,
Pede deferimento.
Lo~al, dia, mês e ano.
Advogado
•
OAB
Peças Práticas
1º Passo: Endereçamento
3º Passo: Fundamentação
ANORÊ MOTA, CRISTIANO SOl>RAL, LUCIANO f!<>UEJREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRINA DOURADO 887
Peças Práticas I
4º Passo: Encerramento o
1º Passo: Endereçamento
ANDRÉ MOTA, CR!STIA-..:0 SoBRAL, LUCIANO fJGlfElREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, $ABRI NA ÜOURADO 889
IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Peças Práticas l J
DA TEMPESTIVIDADE
O presente instrumento jurídico está sendo utilizado dentro do
prazo legal, a saber, 15 dias, contados após o transcurso do prazo
para pagamento voluntário (art. 525, caput, NCPC). '
É que, tendo sido expirado o prazo para pagamento no dia ...
e apresentada a impugnação nesta data, a mesma mostra-se
tempestiva.
4º Passo: Fundamentação
A) FATOS:
1. A impugnada moveu ação de cobrança em face do impugnante,
sendo esta julgada procedente, logo após a decretação da revelia,
consoante atesta sentença de fls. xx;
2. A decisão que condenou o Impugnante ao pagamento de
quantia certa transitou em julgado no dia: ... e, feito o requeri-
mento de cumprimento de sentença, este MM. JuÍZo detérminou
a expedição de mandado de penhora e avaliação;
3. Ocorre, V. Exa., que, em momento algum, o impugnante
tomou conhecimento da ação que lhe fora movida. É que não
há qualquer prova, nos autos, de sua citação.
Por outro lado, rta fundamentação de direito, a peça trará um
parágrafo para tratar da fundamentação jurídica. Por exemplo:
Peças Práticas
B) DIREITO:
4. O ordenamento jurídico pátrio consubstancia regra segundo
a qual; para a validade do processo, é indispensável a citação
do réu (art. 2!39, NCPC). Significa que a ausência de citação é
fator que compromete toda a atividade processual cognitiva.
5. Sendo assim, é forçoso reconhecer a nulidade processual, com
a consequente extinção do presente cumprimento de sentença
e retorno do feito à fase de conhecimento.
C) DO EFEITO SUSPENSIVO
8. O Código de Processo Civil, em seu artigo 525, § 6º, indica
que o Juiz poderá conceder eteito suspensivo à Impugnação,
desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da
execução seja manifestamente suscetível de causar ao executado
grave dano de difícil ou incerta reparação.
9. Ora, douto julgador, a continuidade da presente execução
poderá acarretar graves prejuízos ao impugnante, na medida em
que o mesmo correrá o risco de privar-se de seus bens, quando
da realização de atos expropriatórios, sem, sequer, ter havido.
citação nos presentes autos.
10. Sendo assim, é imperiosa a concessão de efeito suspensivo
à presente impugnação.
891
Peças Práticas !
6º Passo: Requerimentos
D) REQUERIMENTOS
Diante de todo o exposto, requer:
a) A concessão de efeito suspensivo à impugnação, sendo a
mesma processada nos próprios autos;
b) Seja_a mesma,. ao final, julgada procedente, com a consequente
extmçao da presente execução, por ser medida de pura justiça;
c) a condenação do exequente nas custas processuais e honorá-
rios advocatícios.
7º Passo: Encerramento
892
\ Peças Prattcas
1º Passo: Endereçamento
ANDRÊ MOTA, CRJ~TIANO SOBR1\l., LUCIANO FK>IJEIRE.nO, ROBERTO flGUl'.!REl)O. 5A.BRINA DouRAoo 893
I EMBARGOS À EXECUÇÃO
1. PRELIMINARMENTE
DA TEMPESTIVIDADE
O presente instrumento jurídico está sendo utilizado dentro do
prazo legal, a saber, 15 dias (art. 915,do NCPC).
É que, sendo o mandado de citação juntado aos autos no dia: ...,
e apresentados os embargos nesta data, os mesmos mostram-se
tempestivos.
DOS DOCUMENTOS
A presente ação está instruída com cópias dos seguintes docu-
mentos, declarados autênticos pelo advogado que a esta subs-
creve, a saber: 1) petição inicial; 2) auto de penhora, etc.
4º Passo: Fundamentação
2.NOMÉRITO
A) FATOS:
1. O embargado ajuizou ação de execução por quantia certa
fundada em título extrajudicial em face do embargante, apoiada
em nota promissória, com valor de R$ ...;
•
2. Iniciada a execução, este mm. Juízo, acolhendo indicação do
embargado, determinou a penhora do imóvel situado na: ..., de
propriedade do executado;
3. Ocorre que o referido imóvel é o único de propriedade do
embargante, sendo o mesmo destinado à sua residência.
. ~
B) DIREITO:
4. O ordenamento jurídico pátrio consubstancia regra segundo
a qual "O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade
familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo
de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra
natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que
sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses
previstas nesta lei." (art. 1º da Lei 8.009/90);
5. E nem se diga que o fato do embargante ser solteiro constituí
motivo para a penhora do bem, haja vista que a jurisprudência
do Superior Tribunal de Justiça já pacificou entendimento no
ANPRf: MOTA, CRJSTJ,\NO Sü!l!l.IH, Ll'CJANO FJGl'lliRHJO, ROBJ;RTO I'IGUEIR\i])O, SABR!NA DOVRAOO 895
Peças Práticas J
1
l
l
sentido de que "O conceito de impenhorabilidade de bem de
fanúlia abrange também o imóvel pertencente a pessoas soltei-
ras, separadas e viúvas" (súmula 364, STJ)
6. Sendo assim, é forçoso reconhecer que a constrição sobre dito
bem fora ilegítima.
C) DO EFEITO SUSPENSIVO
7. O Código de Processo Civil, em seu artigo 914, § 1º, indica
que o Juiz poderá conceder efeito suspensivo aos embargos,
desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento
da execução possa causar ao executado grave dano de difícil
ou incerta reparação.
8. Ora, douto julgador, a continuidade da presente execução
poderá acarretar graves prejuízos ao embargante, na medida
em que poderá privá-lo do seu bem de fanúlia, quando da rea-
lização de atos expropriatórios, ferindo claramente o princípio
constitucional da dignidade da pessoa humana.
9. Ressalte-se que a execução já está garantida pela penhora,
segundo consta em termo lavrado às fls.: ...;
10. Sendo assim, é imperiosa a concessão de efeito suspensivo
aos presentes embargos.
6º Passo: Pedidos
O) DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer:
a) Sejam os embargos recebidos e instruídos por este juízo sob
o efeito suspensivo;
b) Seja o embargado ouvido no prazo de quinze dias;
c) Ao final, a procedência dos embargos, com a consequente
liberação de penhora sobre o bem de família;
d) a condenação do embargado em todas as custas processuais
e honorários advocatícios. ,
897
1
AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO
Peças Práticas
l
8º Passo: Valor da causa
9º Passo: Encerramento
Peças Práticas
1º Passo: Endereçamento
A'lDRÍ: MoT,\, CruST!ANO SORRAL, LUCIANO JllGUEJRIHJO, ROBERTO FlGUEIRI!lJO, SJ\BRlNA DOURADO 899
Peças Práticas I
nº: ..., Bairro: ..., Cidade: ..., Cep.: ..., no Estado de: ... , de acordo
com os fatos e fundamentos que a seguir passa expor:
3º Passo: Fundamentação
A) FATOS:
1. O requerente é legítimo proprietário e possuidor do imóvel: ...,
conforme atesta escritura em anexo (doc.: ...).
2. A aquisição da propriedade é oriunda de contrato de compra
e venda, celebrado em ... com o Sr. Marcelo da Silva, executado
no processo de execução em tela (doc.: ...);
3. Na data: ... o requerente recebeu mandado de penhora e
avaliação sobre o referido bem, expedido por este Juízo, nos
autos da ação de execução movida pelo requerido em face do
Sr. Marcelo da Silva;
4. Ocorre, vossa excelência, que o requerente não é parte no
mencionado processo de execução, sendo importante anotar,
conforme acima exposto, que a aquisição e o registro do imóvel
ocorreu antes mesmo da mencionada ação ser proposta.
B) DIREITO:
5. O Código de Processo Civil, em seu artigo 674, consubstancia
a regra segundo a qual, quem, não sendo parte no processo;
sofrer ato de constrição judicial sobre seus bens, possa requerer
sejam mantido ou restituído por meio de embargos.
C) DA LIMINAR
9. Considerando que o prosseguimento da execução possa cau-
sar ao embargante grave dano de difícil ou incerta reparação,
é necessário que lhe seja concedida liminar de manutenção de
posse, de acordo com o preceituado no artigo 678 do NCPC.
5º Passo: Pedidos
Nos pedidos, é mister requerer: a) a distribuição por dependência;
b) concessão de liminar; c) a citação do embargado para, querendo, con-
testar os embargos no prazo de 15 dias; c) a procedência da demanda;
ANDRÉ l\10"lA, CRJST!Ar-;O SoBRAL, LUCIANO Fl<.;(J[!RfDO, RO!H:I\TO flGUEJREDO, SABRJNA DOURADO
901
AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO
Peças Práticas
D) DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer:
a) Sejam os embargos distribuídos por dependência, nos termos
do artigo 676, NCPC;
b) A concessão de mandado LIMINAR de manutenção/restitui-
ção da posse do requerente sobre o bem atingido;
c) Seja o requerido citado para, querendo, apresentar resposta
no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de serem reputados como
verdadeiros os fatos aqui alegados;
< "
d) Ao final, a procedência dos embargos, com a consequente
liberação definitiva dos bens constritos e condenação do reque-
rido nas custas processuais e honorários advocatícios.
Peças Práticas
9º Passo: Encerramento
ANoRf: MOTA, CRISTIANO Soea.~t., Ll'tT\NO FJGUEJREDO, Ro!I~RTo FJGllnn~no, S,\RRINA DouR•\Do 903
I1
Peças Práticas
1º Passo: Endereçamento
3º Passo: Fundamentação
Como em toda ação, o arresto também necessita de fundamen-
tação, de fato e de direito. . . _
Na fundamentação de fato, o peticionante expora toda a slluaçao
factual geradora da necessidade de tutela jurisdicional. Por exemplo:
l.FATOS
1. 0 Requerente & credor de qu~ntl:o~ cert~, no valor de R$: ...,
de acordo com nota promissória que segue em anexo (doc. 02),
regularmente emitida pelo requerido e cujo vencimento se dará
no dia ...;
2. De acordo com comentários locais, o requerido está para
transferir sua residência e exercer novo comércio na cidade de
Petrolina, estado de Pernambuco. Tal fato, inclusive, pôde ser
confirmado na medida em que fora colocada placa de "vendá'
na portaria do seu atual estabelecimento;
3. Diante disso, o requerido vem praticando atos de disposição
patrimonial, já tendo, inclusive, alienado um imóvel situ~do _:>a
Av. Beira Mar (doc. 03), só dispondo, agora, de um cammhão,
modelo: ..., ano: ..., avaliado em R$: ..., mas que também já fora
colocado à venda, conforme atesta cópia dos classificados do
jornal local (doc. 04);
1
4. Efetivada a venda do veículo, o devedor não terá qualquer
i bem que garanta o adimplemento da dívida acima mencionada.
905
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LuUANO FlGUElREDO, ROBERTO FJGUE!RJ:DO, SABR!NA 00UR.4.00
MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO
Peças Práticas
2. DO DIREITO
A) DO "FUMUS BONI IURIS"
5. A plausibilidade do direito do requerente é constatada na
medida em que o mesmo é credor da quantia certa no valor de
R$: ..., representada pela nota promissória de numero 001 série
123; crr:.itid~ pelo requerido apés ~.renda de ::!utomóvet Ir.arca ...
B) DO "PERICULUM IN MORA"
6. Apesar do requerente ser credor de quantia líquida e certa, a
mesma ainda não é exigível, motivo pela qual ainda não pode
o mesmo ajuizar a competente demanda executiva;
7. Ocorre que a espera do vencimento da dívida, sem adoção de
qu~lquer meio de proteção, poderá acarretar na frustração da
futura execução de quantia;
8. Sendo assim, com o objetivo de assegurar o seu direito, vem o
requerente pleitear o arresto do referido caminhão, nos termos
do artigo 301, do NCPC.
Peças Práticas
5 2 Passo: Pedidos
4. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) Seja deferida a medida LIMINARMENTE, nos termos do
artigo 300, § 2º do NCPC;
b) Caso V. Exa entenda necessária, que seja designada audiência
de justificação prévia;
c) a citação do requerido para, querendo, oferecer resposta no
prazo de cinco dias;
d) AO FINAL, seja o pedido julgado procedente, com a con-
firmação da medida liminarmente deferida, e condenaçãv do
requerido nas custas processuais e honorários advocatícios.
ANnRf: MOTA. CRISTIANO SOBRAl, LUCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO flCUE!REDO, SAliRINII ÜOURADO 907
Peças Práticas
8º Passo: Encerramento
I
l' B) Fundamentação legal: art. 301, NCPC.
l
1' A elaboração da peça compreende os seguintes passos:
1º Passo: Endereçamento
I
I
O pedido de medida cautelar de sequestro deverá ser ajuizado
perante o juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente
para conhecer do pedido principal (art. 299, NCPC). Vejamos:
I
I
do NCPC, propor AÇÃO CAUTELAR DE SEQUESTRO, em
face de BELTRANO, nacionalidade, estado civil, profissão, ende-
reço eletrônico, RG-, CPF inscrito sob o número ..., residente e
domiciliado na ..., nos seguintes termos:
ANDRÉ MOTA, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FlGUISLRliDO, ROBERTO fJGV!:!REVO, SASRLNA DouRADO
909
IMEDIDA CAUTELAR DE SEQUESTRO
Peças Práticas I
3º Passo: Fundamentação
l.FATOS
1. A Requerente é casada com o requerido sob o regime da comu-
nhão parcial de bens, conforme atesta certidão de casamento
em anexo (doc. 02);
2. Considerando a impossibilidade da vida em comum, resolveu
pedir o divórcio, a ser futuramente ajuizado;
3. No entanto, inconformado, o requerido vem dilapidando os
bens do casal, a ponto de ter vendido: ... (descrever os bens), sem
fazer qualquer comunicação à requerente, sendo possível que,
a permanecer tal conduta, venha a requerente ficar sem qual-
quer bem por ocasião da respectiva sentença de partilha a ser
proferida, após o pedido de divórcio a ser formulado.
Bl DO DIREITO
DO "FUMUS BONI IURIS"
4. A plausibilidade do direito da requ~rente é constatada na
medida em que a mesma é casada sob o regime da comunhão
<)lO
MEDIDA CAUTELAR DE SEQUESTRO
Peças Prátkas
5º Passo: Pedidos
ANI.lRÊ MaTA, CRISTIANO SoBRAL, LuCIANO fiGUEJREDO, ROBERTO flGUiliREDO, SABRINA DOURADO 911
Peças Práticas j
D) DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) Seja deferida a medida LIMINARMENTE, nos termos do
artigo 300, § 2º, NCPC, com o sequestro dos bens que estão na
posse do requerido, entregando-os a requerente ou ao deposi-
tário nomeado por este juízo;
b) Caso V. Exa entenda necessária, que seja designada audiência
de justificação prévia; ··
c) a citação do requerido para, querendo, oferecer resposta no
prazo de cinco dias;
d) AO FINAL, seja a ação julgada procedente, com a confirmação
da medida liminarmente deferida, e condenacão do reauerido
nas custas processuais e honorários advocatícios. ..
'
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em
direito admitidos, em especial pelo depoimento pessoal, tes-
temunhas, perícias e tudo quanto se fizer necessário para a
efetivação da justiça! ·
8º Passo: Encerramento
ANDRÊ MOTA, CRISTIANO SOI!RAl, LUCIANO F!GUEtREDO, ROBERTO FIGUEIREDO, SABRl:oiA DOURADO 913
MEDIDA CAUTELAR DE BUSCA E APREENSÃO
Peças Práticas
3º Passo: Fundamentação
01A
MEDIDA CAUTELAR DE BUSCA E APREENSÃO
Peças Práticas
A) FATOS
1. O Requerente contraiU núpcias com a requerida em: ..., con-
forme atesta certidão de casamento em anexo (doc. 02);
2. Da referida união nasceu um filho, que hoje se encontra
com ... idade;
3. Considerando a impossibilidade da vida em comum, resolveu
o requerido conversar com a requerida e peGir-lhe, de forma
amigável, a celebração do divórcio, sendo que a mesma negou-se.
4. Inconformada com a possível separação, a requerida vem
ameaçando o requerente de mudar-se para a casa de seus pais,
os quais residem no estado de ... e, de lá, ocultar-se em locali-
dade que impeça, de vez, o genitor de manter contato com a
criança. Tem-se notícia, inclusive, que já houvera a compra das
respectivas passagens para data próxima.
B) DO DIREITO
DO "FUMUS BONI IURIS"
5. A plausibilidade do direito do requerente é constatada na
medida em que o mesmo é genitor da criança, tendo, por isso,
direito à regular visita, sendo termos que serão fixados por este
Juízo.
Peças Práticas
DO PERICULUM IN MORA
6. Outrossim, o risco de dano é constatado na medida em que,
praticando a requerida dita conduta, tenha o requerente difi-
culdades em voltar a exercer o direito de ver o filho. ·
7. Sendo assim, com o objetivo de assegurar o seu direito, vem o
requerente pleitear a competente medida de Busca e apreensão
da criança, nos termos do artigo 301 do NCPC.
5º Passo: Pedidos
D) DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
J
\ Peças Práticas
J A"<DR€ MaTA, CR!STJAI">O SoBRAL, LUCIANO FIGUEJRCDO, ROBERTO FlGUElll.f.DO, S,\J>RlNA DoURADO 917
IAÇÃO MONITÓRIA
Peças Práticas I
8º Passo: Encerramento
Vide também:
1ª passo: Endereçamento;
ANnll"i' MnTA Cll"I~TIANO SOI\IlAI l,!'ClANO Flt:I!FIRFnn_ Rnll"FRTO Fo<;III'IRJ.'lln SAI\Rl»JA nniiRAlln 'll'l
Peças Práticas
7º passo: Encerramento
Nestes termos,
Pede deferimento.
!Local, data
Advogado
J
\ Peças Práticas
J ANDRÉ MOTA, CRISTJ'\NO SoBRAL, LUCIANO FJGUBIREDO, Rmnxr'o FlGllr:JRtDo, SABRJNA DouRADO
921
AçÃo DE UsucAPIÃo URBANA
1
Peças Práticas
b) citação;
c) procedência para ser mantido ou reintegrado na posse do
imóvel.
Protestar por provas que poderão demonstrar a veracidade dos
fatos alegados (fotos que comprovem o esbulho/turbação), a posse
do autor etc.
Valor do imóvel
8º passo: Encerramento
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, data ·
Advogado
Peças Práticas
1º Passo: Endereçamento
ANDRÉ I\10TA, C!\IST!ANO SollRAL, LucgNo F!Gl'HR!:DO, ROBERTO FlGUt:IIWOO, Sr\.HRIK~ DOURADO 923
Peças Práticas 1
A) FATOS:
1. O requerente é possuidor do imóvel: ..., localizado na: ..., nº...,
nesta cidade, desde ... (data), totalizando um prazo de mais de
5 (cinco) anos; ·
2. O referido imóvel está localizado em área urbana e possui
extensão inferior a 250 metros quadrados;
3. A propriedade do imóvel está registrada no nome do réu,
tendo as seguintes confrontações: À direita, com a propriedade
de número ..., endereço ...; À esquerda, com a propriedade de
número ..., endereço ...; Aos fundos, com a propriedade de
número ..., endereço ..., tudo conforme especificado na planta
do imóvel que segue em anexo;
4. Desde que o autor fora investido na posse, utilizou-se do refe-
rido imóvel, como se dono fosse, para moradia do grupo familiar;
5. A posse sempre fora exercida de forma mansa e pacífica, de
modo que nenhum ato de oposição fora apresentado durante
todo esse tempo;
J
1 Peças Práticas
B)D!REITO:
7. O C6digo Civil, em seu artigo 1.240, consubstancia a regra
segundo a qual "Árt. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área
urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou-de
suafamf!ia, adquirir-lhe-no domínio,. desde que.não seja proprietário
de outro imóvel urbano ou rural."
8. Ressalte-se que o autor preenche todos os requisitos citados no
dispositivo em questão (posse mansa e ininterrupta/ por cinco anos!
de imóvel urbano com dimensão inferior a 250 metros quadrados! pra
moradia/ sem propriedade de outro imóvel), conforme mencionado
nos fatos narrados;
9. Sendo assim, é forçoso reconhecer o direito de que lhe seja
declarada propriedade, ante a existência de usucapião, por ser
medida de justiça.
4º Passo: Pedidos
l
l
'i
J A>-,'DRÉ !<JOTA, CR!STIA"lO SOBRAl_, Lcu.>.'~O FIGUEIREDO, RoBERTO fiGL:f!REDO, SABRINA DOURADO
925
l
J AçÃo DE UsucAPIÃO URBANA '
1
Peças Práticas I
C) DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer:
a) Seja citado o réu, em cujo nome está registrada a propri~dade
do imóvel; <
7º Passo: Encerramento
1º Passó: Endereçamento
ANlW.í: MoT·\, CRJSTJ,\No SoSRAI., LLJl'lANO FKUEJREno, Ronrn-ro FiCtiEHIEno, SABRJNA Dotnuuo 927
Peças Práticas j
J
928 EoJTORA ARMADOR I PRÁTICA ClVJL I 3a edição
\ Peças Práticas
Cidade: ..., Cep.: ..., no Estado de: ..., através do advogado que a
esta subscreve/ constituído nos termos da procuraÇão em ·anexo
(doc. 01), com escritório profissional situado na ..., local onde
receberá as intimações, vem a presença de vossa Excelência,
com fundamento no artigo 5º, LXIX da Constituição Federal de
1988 e da Lei 12.016/09, impetrar o presente
MANDADO DE SEGURANÇA,
contra ato do ... (autoridade coatora), a ser encontrado no: ...
(endereço), de acordo com os fatos e fundamentos que a seguir
passa expor:
3º Passo: Fundamentação
l.FATOS:
1. O Impetrante inscreveu-se em concurso público para pro-
vimento de vagas de ..., realizado pela Entidade em tela, na
condição de portador de deficiência física;
2. O certame foi constituído das seguintes fases: ...;
3. Efetivadas as aprovações nas duas primeiras fases, o impe-
trante viu-se surpreendido com a notícia de que fora reprovado
no certame, em virtude do resultado do exame pericial, com a
equipe multiprofissional, sob a alegação de que a deficiência
auditiva unilateral não lhe enquadraria na categoria d<: "porta-
i dor de deficiência", mas, apenas a perda "bilateral" da audição.
l
I
J
ANDRÉ MOTA, CR!STtA -.;o SOII!tAt, LUCIANO FiGUEIREDO, RongRTO ftGUEIREDO, S,\IIRINA DOURADO
929
IMANDADO DE SEGURANÇA
1
Peças Práticas I
2. DIREITO:
4. A Constituição Federal, em seu artigo 5º, LXIX e a Lei 12.016/09
consagram a regra segundo a qual "conceder-se-á mandado de
segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por
"habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilega-
lidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
iurídica no exercício de atribuições do Poder Público."
No caso em tela, os requisitos para a concessão da segurança
estão devidamente presentes, senão vejamos: o
B) Da lesão
3. DA LIMINAR:
5º Passo: Pedidos
4. DOS PEDIDOS:
Diante de todo o exposto, requer:
a) que se notifique a autoridade coatora do conteúdo da petição
inicial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias
dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste
as informações;
b) Que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial
da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial
sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito;
c) seja ouvido o representante do Ministério Público;
Peças Práticas
8º Passo: Encerramento
J
PROVAS ANTERIORES
!
I
J 933
XIX EXAME- PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL I
! Provas Anteriores
'
1
Antônio Augusto, ao se mudar para seu novo apartamento,
'recém-comprado, adquiriu, em 20/10/2015, diversos eletrodomésticos
de última geração, dentre os quais uma TV de LED com sessenta pole-
gadas, acesso à Internet e outras facilidades, pelo preço de R$ 5.000,00
(cinco mil reais). Depois de funcionar perfeitamente por trinta dias,
a TV apresentou superaquecimento que levou à explosão da fonte
de energia do equipamento, provocando danos irreparáveis a todos
os aparelhos eletrônicos que estavam conectados ao televisor. Não
obstante a reclamação que lhes foi apresentada em 25/11/2015, tanto o
tabncante (MaxfV S.A.) quanto o comerciante de quem o produto fora
adquirido (Lojas de Eletrodomésticos Ltda.) permaneceram inertes,
deixando de oferecer qualquer solução. Diante disso, em 10/03/2016,
Antônio Augusto propôs ação perante Vara Cível em face tanto da
fábrica do aparelho quanto da loja em que o adquiriu, requerendo: (i)
a substituição do televisor por outro do mesmo modelo ou superior,
em perfeito estado; (ii) indenização de aproximadamente trinta e cinco
mil reais, correspondente ao valor dos demais aparelhos danificados;
e (iii) indenização por danos morais, em virtude de a situação não ter
sido solucionada em tempo razoável, motivo pelo qual a família ficou,
durante algum tempo, sem usar a TV. O juiz, porém, acolheu preli-
minar de ilegitimidade passiva arguida, em contestação, pela loja que
havia alienado a televisão ao autor, excluindo-a do polo passivo, com
fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor.
Além disso, reconheceu a decadência do direito do autor, alegada
em contestação pela fabricante do produto, com fundamento no Art.
26, inciso li, do CDC, considerando que decorreram mais de noventa
dias entre a data do surgimento do defeito e a do ajuizamento da ação.
A sentença não transitou em julgado. Na qualidade de advogado(a)
do autor da ação, indique o meio processual adequado à tutela do seu
direito, elaborando a peça processual cabível no caso, excluindo-se
a hipótese de embargos de declaração, indicando os seus requisitos
e fundamentos nos termos da legislação vigente. (Valor: 5,00) Obs.:
,\NDR!' VlüTA, CIUSTJ..\NO SonRM-, 1,\ CIA'<O FlCUfiRlmn, RonERTO FlGFEIIlFPO, $.\1\RINA DouRA no 935
Provas Anteríores !
Gabarito Comentado
J
] Provas Antenores
Comentários adicionais
J
ANili<.Í. MO'I'\, CruST!IINO SOBRAL, LL"ClANO FIGUCIREDO, ROBUnO fJCUE!REDO, $.\BRIY.:A DOURADO
937
1
IXVIII EXAME- PEÇA PRÁTICO-PROFiSSIONAL
Provas Anteriores ]
Gabarito Comentado
938
c
XVII EXAME- PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL I
': Provas Anteriores
Comentários adicionais
\ "l!lfll Nl< ']' ·1, C!ti,TL\NO SOJ\IMC, LI 'l'lANO fJGUEIR!_DO, RoBERTO FiGUEIREDO, s~nRJ'l,\ DmiJ<MlO 939
Provas Anteriores j
Gabárito comentado
Comentários adicionais
J
ser tratada nos artigos 539 a 549 do CPCde 2015. Pondere-se,
também, que os requisitos gerais para a elaboração de peti-
ções iniciais hoje estão descritos nos artigos 319 e 320, NCPC
e não mais nos artigos 282 e 283 do CPC/1973.
J ANDRÉ MüTA.. CRiSTIANO SOBRAL, LUCiANO flGUEIREDO, ROBERTO FlCUEI!tEl>O, SIII!RlNA DOURADO
941
XV EXAME- PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Provas Anteriores i
Araras, por meio de seu síndico, procura você para que, na qualidade
de advogado(a), busque a tlj,tela adequada de seu direito. Elabore a
peça processual cabível no caso, indicando os seus requisitos e fun-
damentos, nos termos da legislação vigente. (Valor: 5,00) Responda
justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados
e a fundamentação legal pertinente ao caso.
Gabarito Comentado
I
A peça a ser formulada é uma contestação à ação indenizatória
proposta por João. O Condomínio deverá arguir em preliminar que
não é leg.itünado passivo da ação, tendo en-t vista o conhecilrtento de
que o pote de vidro foi lançado de apartamento individualizado-
601 -, isto é, de unidade autônoma reconhecida. De acordo com o
Art. 938 do Código Civil, "aquele que habitar prédio, ou parte dele,
responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou
forem lançadas em lugar indevido". Assim, o habitante (proprie-
tário, locatário, comodatário, usufrutuário ou mero possuidor) da
uni~ade autônoma é que deveria ser acionado, não o Condomínio.
O Condomínio somente seria parte legítima na impossibilidade de
se reconhecer dt' qual unidade quedou o objeto. No mérito, deverá o
Condomínio arguir que não há obrigação de indenizar de sua parte
em relação aos danos decorrentes da segunda cirurgia sofrida por
João, na medida em que o dano que decorreu da segunda cirur-
gia é resultado de erro médico cometido pela equipe cirúrgica do
Hospital Municipal X, não da queda do pote de vidro.
A")
XV EXAME- PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Provas ArJteriores
Gabarito Comentado
Comentários adicionais
Gabarito Comentado
Trata-se de decisão interlocutória proferida em ação de despejo
fundada em falta de pagamento no qual o magistrado, contrariando
o que prevê o Art. 62, li, da Lei nº 8.245/91, determinou a desocu-
pação do imóvel inaudita altera parte, sem conceder ao locatório o
direito de, em 15 (quinze) dias, purgar a mora. Adernais, a utiliza-
ção da astreinte para o despejo é claramente desproporcionaL na
medida em que bastaria, para tanto, a determinação de remoção
de pessoas e/ou coisas (Art. 461, §§ 4º e 5º, do CPC). Assim sendo, o
examinando deve elaborar um recurso de agravo de instrumento
(Art. 522, CPC), demonstrando o seu cabimento ("lesão grave e de
difícil ou incerta reparação"), requerendo a antecipação de tútela
recursal (Art. 527, III, c/c Art. 558, do CPC), a fim de que a decisão
recorrida tenha sua eficácia suspensa até o julgamento final do
recurso. Cabe, ainda, ao candidato demonstrar a presença dos
requisitos genéricos e específicos de admissibilidade e requerer, ao
finaL o provimento recursal (Art. 522 e seguintes, do CPC).
Comentários adicionais
ÀNnlÜ Mrrn, CRISTL\NO SOBR.'Il, LL'ClA'-0 FJGIJ(;IRE()ú, RoBÓlTO FJGUI:IREOO, S.\I!RINA DOURADO 945
1
XIII EXAME- PEÇA PRÂTICO-PROFISSIONAL
Provas Anteriores
Gabarito Comentado
Comentários adicionai~
Gabarito comentado
J
intimação do Ministério Público e, ao final, pedirá a procedência
Comentários adicionais:
J ANDRÉ MaTA. CRISTlA:O.'O SonRAL, Lt;CJ.\NO FlGUURfDO, RoBERTO FIGUEIREDO, SAllRlNA DOL'RADO 949
XI EXAME - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Provas Anteriores
Gabarito cornentaào
Provas Anteriores
Comentários adicionais
ANDRÉ MOTi\, CJUSTJANO SOBRAl" ],l'CJM'-10 f!GULIREDQ, RonnlTO fiGUDREDO, $AI!IUN>. DOURADO 951
Provas Anteriores I
Gabarito comentado
J
952 EDITORA AR.~·lUJOR I PRÃ.TICA CIVIL I 3a edição
\ Provas Anteriores
J
ANDRE MOTA,
1
lX EXAME- PEÇA PRÃTICO-PROFISSIONAL
'
Provas Anteriores
Gabarito comentado
954
IX EXAME- PEÇA PRÁTICO-PROFISSiONAL
Provas Anteriores
Comentários adicionais
ANDRÉ MOTA., C!USTJANO SoaR,\L, LUCIANO flGUEIREVO, ROBERTO FIGUElRlWO, 5AJI.RlNr. DOURADO 955
- - - - - - - - - - -ProvasAnteriores
- - -I
J
\ l'rovas Anteriores
Gabarito comentado
A medida judicial é AÇÃO DE USUCAPIÃO ESPECIAL
URBANO, regido pela Lei nº l0-257/01 c/c arL L240 do CC e artigos
941 a 945 do CPC. pelo rito sumirio (art- 14 da Lei nº 10257/01)-
0 examinando deverá dirigir a petição inicial ao juízo cível
competente para conhecer e julgar a medida, que é o da comarca de
Condonópolis, à luz da competência territorial absoluta em razão
do disposto no arL 95 do CPC.
No bojo da petição inicial deverá indicar corretamente os polos
passivo (Cândido Gonçalves) e ativo (Norberto da Silva), quali-
ficando as partes, e o nome correto da ação, observando que o
procedimento a ser adotado é o sumário (arL 14 da Lei nº 10257/01
c/c art_ 275, li, h, do CPC), e por isso deve indicar, desde logo, o rol
de testemunhas_
O endereço profissional para onde deverão ser encaminhadas
as intimações também deve ser apresentado em atenção ao que
dispõe o arL 39, I, do CPC.
Por se tratar o autor de pessoa idosa e desprovida de recursos
materiais, deve ser apresentada fundamentação para a concessão da
prioridade na tramitação do feito (arL 71 da Lei nº lD-74/01- Estatuto
do Idoso- OU arL L211-A do CPC) e que justifique a concessão dos
benefícios da Justiça Gratuita (Lei nº 1_060/50), inclusive no âmbito
do cartório do registro de imóveis (§ 2º do art. 12 da Lei nº 10257/01)-
Além da narrativa dos fatos com clareza, devem ser apresentados
os fundamentos jurídicos compreendendo, em razão da natureza da
causa, a exposição do exercício prolongado da posse, sem oposição,
de maneira ininterrupta e para fins de moradia, além do aponte da
inexistência de outro bem de propüedade do autor, bem como a
demonstração de que o imóvel é inferior 250m2 nos termos da planta
do imóvel anexada (art 942 do CPC), tudo nos moldes do arL 183
da CRFB/88 OU 1240 e seguintes do CC OU 9º da Lei nº 10257/01.
No pedido, deverá ser requerida a concessão dos benefícios da
gratuidade de justiça e da prioridade na tramitação; a citação do réu,
dos confinantes pessoalmente (Súmula 391 do STF) e dos interessa-
dos, por edital; intimação das Fazendas Públicas (art 943 do CPC)
J ANDRÉ MOT~, CRiSTIANO SOSRAL, LUCIANO flGUEIREDO, ROBERTO F!GUfilREDO, SABRJNA DoURADO
957
VII EXAME- PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
1
Provas Anterior~
Comentários adicionais
Enunciado:
Sergio, domiciliado em Volta Redonda/RJ, foi comunicado pela
empresa de telefonia ALFA, com sede em São Paulo/SP, que sua
fatura, vencida no mês de julho de 2011, constava em aberto e, caso
não pagasse o valor correspondente, no total de R$749,00, no prazo de
15 dias após o recebimento da comunicação, seu nome seria lançado
nos cadastros dos órgãos de proteção ao crédito.
Consultando a documentação pertinente ao serviço utilizado,
encontrou o comprovante de pagamento da fatura supostamente em
aberto, enviando-o via fax para a empresa ALFA a fim de dirimir o
problema.
Sucede, entretanto, que, ao tentar concretizar a compra de um
veículo mediante financiamento alguns dias depois, viu frustrado
o negócio, ante a informação de que o crédito lhe fora negado, uma
vez que seu nome estava inscrito nos cadastros de maus pagadores
VII EXAME- PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Provas Anteriores
Gabarito comentado
I
A peça cabível consiste em uma Ação Declaratória de Inexis-
tência de Débito c/c Obrigação de Fazer e Indenização por Danos
Morais. Poderá ser proposta no foro do domicílio do consumidor
ou do fornecedor (art. 101, I, CDC e art. 94, CPC). Sergio deve figu-
rar no pólo ativo e a pessoa jurídica ALFA deve figurar no pólo
passivo, sendo ambos qualificados, atendendo ao disposto no art.
282, do CPC.
Ao explicitar os fatos, deve o candidato destacar a existência de
relação jurídica material entre as partes, referente ao serviço de
telefonia, caracterizando-se como relação de consumo, nos termos
da Lei nº 8.078/90. Apontar que houve uma falha na segurança
do serviço prestado pela empresa ALFA, evidenciando o fato do
serviço (art. 14, CDC), vez que lhe fora cobrada dívida já paga e
indevidamente lançado seu nome nos cadastros de inadimplentes.
Salientar que as consequências da falha foram danosas, atingindo
sua honra, reputação e bom nome, causando-lhe constrangimento
que caracteriza o dano moral, o qual deve ser indenizado, nos ter-
mos do art. 6º, VI, da Lei nº 8.078/90. Deverá formular pedido de
antecipação de tutela para que seja inaudita altera pars retirado seu
nome dos cadastros de maus pagadores.
Ao final, deverá formular os pedidos sucessivos de declaração
de inexistência de débito, exclusão de seu nome dos cadastros de
inadimplentes e indenização por danos morais, além de custas e
honorários de advogado.
ANDRf. MOTA, (RJSTMNO SOBRAL, LUCIANO fJGUElREDO, ROIIIiRTO ftCUEJREDO, SABRINA 00UAADO 959
Provas Anteriores I
Comentários adicionais
J
\ Provas Anteriores
Gabarito comentado
961
J
ANDRÉ MaTA, (RISTIANO SOBRAL, LVCIANO FIGUEIREDO, ROBERTO fiGUEIItEDO, $,\BRINA DOURADO
VI EXAME- PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Provas Anteriores
l
PnJTnn.o.. ARMADOR 1 PRÁTICA CIVIL I 3"ediçã0
'
VI EXAME - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Provas Anteriores
4) Do interesse do menor
O filho das partes possui tão somente cinco anos de idade e em
nenhum momento de sua vida teve contato com seu genitor e sua
família paterna. Não restando formado nenhum vínculo familiar
entre genitor e filho. Este fato revela que, neste momento, a melhor
forma de resguardar os interesses do menor é seu imediato retorno
ao convívio materno, em atenção aos preceitos insculpidos no
Estatuto da Criança e do Adolescente, em especial, os arts. 17 e 18.
I 8) Valor da causa.
9) Condenação de honorários sucumbenciais e custas.
10) Indicar a inserção de data e assinatura.
Comentários adicionais
Gabarito comentado
I
Trata-se da hipótese em que o(a) examinando(a) deverá se
valer de medidas de urgência, sendo cabíveis cautelares prepa-
ratórias, com pedido de concessão de medida liminar, ou ação de
ANDRÉ MoTA, CRISTIANO SO!.IRAL, LUCIANO FlGUEl!U:OO, Ronuno FiGUEIREDO, SABRINA DOuRADO 965
l.
v EXAME- PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Provas Anteriores
Provas Anteriores
Comentários adicionais
()h7
J:'rovas Anrenores !
Gabarito comentado
Comentários aãicionais
ANDRÉ MOTA, CRISTJA-.:0 SOBRAL, LUCJ/I.NO flGUE!Rf.DO, ROBERTO FiGUEIREDO, $".BRlNA DOURADO 969
EXAME 2010.3- PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
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ANimt MnrA, CRISTIANO SOS"RAL, LVCJANO FlG\JF.IREllO, ROBFRTO FlGUI'IREllO, S--\HrOk~ Dm•!l:.\00 971
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ANORf Mon., Cru~,TP.o;o SoBRAL., LL:C!.\~0 FIGCE:lREDO, ROBE!nO FlGUEJREIJO, 5ABR!NA DOURADO 973
EXAME 2010.2 ~PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
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Comentários adicionais
ANnRr MoT•, CRISTIANo SoBRAL, Ll•clliNO fiGtoEIREno, Rom!RTO FIGUEIRH)O, SAI!RINll DouMDO 975