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GEOGRAFIA DA PARAÍBA
Até 1994, a Paraíba possuía 171 municípios. Em 1994/1995 foram criados mais 52,
perfazendo um total de 223, com suas cidades-sede, vários distritos, vilas, e inúmeros
povoados. Grande parte do seu território está incluída na região semiárida do Nordeste,
identificada pela SUDENE como zona do Polígono das Secas.
Está situado no extremo leste da região Nordeste do Brasil. Tem 98% de seu território
inserido no Polígono da Seca, onde faz limites:
Sul: Pernambuco
Oeste: Ceará
Cidades mais populosas em 2010 são: João Pessoa (723.515 hab.), Campina Grande
(385.213 hab.), Santa Rita (120.310 hab.), Patos (100.674 hab.), Bayeux (99.716 hab.) e
Sousa (65.803 hab.).
Na Paraíba se encontra o ponto mais oriental das Américas, conhecido como a Ponta do
Seixas, em João Pessoa, devido a sua localização geográfica privilegiada (extremo
oriental das Américas), João Pessoa é uma urbe conhecida turisticamente como "a
cidade onde o sol nasce primeiro". Fundada em 1585 com o nome de "Nossa Senhora
das Neves", a cidade de João Pessoa é a terceira capital de um Estado brasileiro mais
antiga, tendo já sido fundada com título de cidade.Em se tratando de João Pessoa, a
Cidade possui clima tropical. É famosa pelas suas praias e pelos vários monumentos
de arquitetura e arte barroca. Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento. Ela é uma das capitais de melhor qualidade de vida
do nordeste brasileiro, possuindo diversos locais que auxiliam a população da cidade a
obter uma vida melhor e de qualidade. Suas praças contam com equipamentos de
ginástica, além de ciclovias espalhadas pela cidade. É lei o fechamento de parte da orla
para caminhadas nas manhãs (das 5 às 8 horas). João Pessoa foi uma das duas principais
cidades da Nova Holanda, junto com Mauritsstadt (a atual Recife). Possui antigo e vasto
patrimônio histórico, similar ao de Olinda (mas, ao contrário desta última, manteve
seu status de sede). Dados de 2000 mostram João Pessoa como a capital menos desigual
do Nordeste, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, com
o coeficiente de gini de 0,63.
Pontos Extremos:
Ao norte (Serra do vale – Belém do Brejo do Cruz); Ao sul (Serra Pau D’arco – São
João do Tigre); O leste (Ponta do Seixas – João Pessoa); O oeste (Serra da Areia –
Cachoeira dos Índios).
MESORREGIÕES DA PARAÍBA
MATA PARAIBANA– Faixa de clima úmido que acompanha o litoral. A mata que
existia foi substituída pela cana-de-açúcar. É a parte mais povoada e mais urbanizada do
estado.
MICRORREGIÃO DE SAPÉ
No agreste,
este, permanece o binômio gado-policultura
gado policultura e ainda continua como região
fornecedora de alimento. Possui solo muito rico e, pela umidade que apresenta, próprio
para a policultura, ou seja, cultivo de várias espécies: feijão, milho, abacaxi, fumo,
inhame, mandioca, frutas e legumes diversos, prestando
prestando-se
se também a criação de gado.
gado
Há uma transição no aspecto da vegetação desta mesorregião, vez que, ora ela apresenta
características de uma mata úmida, parecida com a mata Atlântica, ora da caatinga que
vai predominar nas outras
tras áreas: Borborema e Sertão.
Na medida que nos afastamos do Litoral em direção ao interior, serras e vales férteis
apresentam
sentam roteiros que unem história, natureza e diversão. Em Campina Grande, no
Alto da Serra da Borborema, o “Maior São João do Mundo” atrai milhares de turistas
para 30 dias de forró. Em Fagundes a famosa pedra de Santo Antônio,
Antônio palco de
peregrinações religiosas
giosas em homenagens ao “santo casamenteiro”, é hoje uma das mais
procuradas áreas para a prática de Treking. Em Ingá encontraremos as
Itacoatiara(pedras riscadas, em Tupi), a mais enigmática presença indígena no Nordeste.
MICRORREGIÃO DE ESPERANÇA
MICRORREGIÃO DE ITABAIANA
MICRORREGIÃO DE UMBUZEIRO
MESORREGIÃO DA BORBOREMA
O planalto é um importante divisor de águas porque os rios que ali nascem correm em
direção leste e deságuam no oceano Atlântico, enquanto os, enquanto os rios da porção
oeste, não conseguindo ultrapassar a Borborema correm em direção ao Estado do Rio
Grande do Norte e de lá é que alcançam o Oceano.
Em cidades como Prata, Sumé, Serra Branca, Boqueirão e Cabaceiras, a vida desafia a
cinza vegetação da Caatinga e revela roteiros de extrema importânciacientifica. No
Lajedo de Pai Mateus, município de Cabaceiras, os turistas podem apreciar de perto
todo o capricho da natureza. O lugar é hoje visitado por gente do mundo inteiro, todos
curiosos em decifrar os enigmas escondidos nas rochas. O Lajedo ficou famoso ao
servir de cenário para o filme o Auto da Compadecida, Pai Mateus na verdade foi o
nome de um antigo ermitão que durante muitos anos residiu sobre as pedras. Muitos
séculos antes, no entanto, índios já haviam deixado suas marcas por ali.
MICRORREGIÃO DE CAJAZEIRAS
MICRORREGIÃO DE ITAPORANGA
MICRORREGIÃO DE PATOS
MICRORREGIÃO DE PIANCÓ
MICRORREGIÃO DE SOUSA
RELEVO DA PARAÍBA
No litoral temos a Planície Litorânea que é formada pelas praias e terras arenosas.
Na região da mata, temos os tabuleiros que são formados por acúmulos de terras que
descem de lugares altos. Pedra da Boca de Araruna
O relevo paraibano é modesto, mas não muito baixo: 66% do território se encontram
entre 300 e 900 metros de altitude.
Baixada Litorânea (ou Planície Litorânea): está presente ao longo da costa formando
uma faixa com cerca de 80 a 90km de largura, com altitudes que variam entre 0 e 10
metros, apresentam as seguintes formas de relevo:
+ Praias: Depósitos arenosos ou terras de várzeas, que ficam junto às embocaduras dos
rios que lançam suas águas no Oceano Atlântico. Exemplos: Praia do Seixas e Praia do
Cabo Branco em João Pessoa; Praia de Tambaba em Conde; Praia de Guaju em
Mataraca.
+ Restingas: É um espaço geográfico formado sempre por depósitos arenosos em forma
de língua ou flecha paralelos à linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido
por processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem
influência marinha, podendo ter cobertura vegetal em mosaico. Esse tipo de vegetação
também pode ser encontrado em praias, cordões arenosos, dunas e depressões em
diversos estágios sucessionais existentes fora da restinga na parte interiorana do
continente. A restinga também pode se formar nos estuários dos rios, pela deposição de
sedimentos, dando origem à formação de rios ou assoreamentos. Exemplo: Ilha da
Restinga em Cabedelo.
+ Dunas: É uma montanha de areia criada a partir de processos eólicos (relacionados
ao vento). Dunas descobertas são sujeitas à movimentação e mudanças de tamanho, pela
ação do vento. O vale entre as dunas é chamado slack, ou seja, dunas são montes de
areia formadas pelo vento e pelo mar. Quando o vento sopra, leva a areia e com o tempo
viram dunas. Dunas não precisam ser necessariamente grandes, muitas delas são bem
pequenas. Exemplo: Pouca presença no Litoral Norte.
- Falésias Vivas: São aquelas em que ainda estão em movimento, ou seja, o mar bate e,
por causa da força das ondas e das correntes marítimas, elas estão em constante recuo.
São aquelas em que ainda estão em movimento.
Ou seja, o mar bate e, por causa da força das ondas e das correntes marítimas, elas estão em constante
recuo.
+ Vales fluviais (Várzeas): Região alongada e rebaixada do relevo. Os vales podem ter
muitas origens, e constituem uma forma geomorfológica importante no entendimento da
evolução do relevo. Os vales mais comuns são formas esculpidas pela erosão fluvial, às
vezes com um nítido condicionante estrutural ou tectônico. Em regiões glaciais os vales
são esculpidos pelas geleiras.Um vale é o local por onde escoam, permanentemente ou
temporariamente, as águas das chuvas e dos rios.
Depressão Sublitorânea;
Depressão do Curimataú;
Pediplano Sertanejo: várias áreas deprimidas entre as cristas das serras distribuídas ao
longo das bacias hidrográficas do piranhas e Espinharas;
Cada uma dessas grandes unidades geomorfológicas é constituída por formas de relevo
diferentes, porque foram trabalhadas por diferentes processos, atuando sob climas
distintos e sobre rochas pouco ou muito diferenciadas.
Na Baixada Litorânea, o trabalho do mar e dos rios durante o Quaternário deu origem às
praias, às restingas e aos estuários(cursos d’água). Na Paraíba, destacam-se os estuários
do Rio Paraíba, do rio Mamanguape e do rio Gramame, como os mais extensos.
As praias da Paraíba são arenosas. Elas são estreitas no litoral sul, limitadas pelo Baixo
Planalto que se aproxima muito do mar, como a praia do Cabo Branco, Penha etc. e são
um pouco mais amplas no litoral norte, onde o baixo planalto está mais afastado do
oceano, como Lucena, Barra de Mamanguape, Barra de Camaratuba, etc.
Em quase todas as praias do litoral sul, percebem-se altos paredões escarpados, quase
verticais, cuja base está sempre recebendo o impacto da água marinha, através do
movimento das marés. São vertentes orientais do Baixo Planalto Costeiro, que erodidas
na base por ação das ondas, vão desmoronando em blocos, formando as “falésias vivas”,
como a Ponta do Cabo Branco, de Jacumã, de Gramame, de Tabatinga, entre outras.
No litoral norte, o planalto bem mais afastado da linha do mar não recebe mais a ação
deste, constituindo as "falésias mortas", ou seja, escarpas que foram modeladas pela
erosão marinha em períodos passados, quando o nível do mar era mais elevado que o
atual. Ex.: a "falésia morta" do Conjunto João Agripino, no sopé da qual corre o rio
Jaguaribe, em João Pessoa.
Os tabuleiros variam de altitude de 20 a 30 metros, havendo alguns com até 200 m. São
formados pelo acumulo de terras provenientes de lugares mais altos. São terras
altamente férteis e próprias para o cultivo da cana-de-açúcar.
As planícies aluviais correspondem aos grandes vales formados pelos rios Paraíba e
Mamanguape, que cortam os tabuleiros.
Alguns rios tiveram o curso barrado pela construção de açudes, sendo o de Boqueirão,
no rio Paraíba, a maior deles.
A Serra de Teixeira tem altitude média de 700m e nela encontra-se a saliência do Pico
do Jabre (1.100m acima do nível do mar), ponto culminante do Estado, no município de
Maturéia.
CLIMA DA PARAÍBA
Três tipos climáticos ocorrem na Paraíba: o Clima tropical quente-úmido, com chuvas
de outono- inverno (As')¹, o Clima semiárido quente (BSh)² e o Clima quente semi-
úmido, com chuvas de verão (Aw')³. O primeiro ocorre na baixada litorânea e no
rebordo oriental da Borborema. As temperaturas médias anuais oscilam entre 24° C, na
baixada, e 22° C no topo do planalto. A pluviosidade, de mais de 1.500mm junto à
costa, no interior cai até 800mm, no rebordo do Borborema. Aí, em torno da cidade de
Areia, volta a subir e chega a ir além de 1.400mm. O trecho mais úmido da Borborema,
chamado Brejo, é uma das melhores áreas agrícolas do estado.
HIDROGRAFIA
Na hidrografia da Paraíba, os rios fazem parte de dois setores, Rios Litorâneos e Rios
Sertanejos. O estado encontra-se com 97,78% de seu território dentro do polígono das
secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação (FAO).
Na Paraíba existem muitos açudes entre eles o maior é o Açude Coremas/Mãe D'água
que tem capacidade para 1.358.000.000 metros cúbicos ele está localizado na cidade de
Coremas e abastece várias
cidades do Sertão paraibano.
Rios Litorâneos - são rios que nascem na Serra da Borborema e vão em busca do litoral
paraibano, para desaguar no Oceano Atlântico. Entre estes tipos de rios podemos
destacar: o Rio Paraíba, que nasce no alto da Serra de Jabitacá, no município de
Monteiro, com uma extensão de 360 km de curso d'água e o maior rio do estado.
Também podemos destacar outros rios, como o Rio Curimataú e o Rio Mamanguape.
Rios Sertanejos - são rios que vão em direção ao norte em busca de terras baixas e
desaguando no litoral do Rio Grande do Norte. O rio mais importante deste grupo é o
Rio Piranhas, que nasce na Serra do Bongá, perto da divisa com o estado do Ceará. Esse
rio é muito importante para Sertão da Paraíba, pois através desse rio é feita a irrigação
de grandes extensões de terras no sertão. Tem ainda outros rios, como o Rio do Peixe,
Rio Piancó e o Rio Espinharas, todos afluentes do Rio Piranhas. Os rios da Paraíba
estão inseridos na Bacia do Atlântico Nordeste Oriental e apenas os rios que nascem na
Serra da Borborema e na Planície Litorânea são perenes. Os outros rios são temporários
e correm em direção ao norte, desaguando no litoral do Rio Grande do Norte.
VEGETAÇÃO
ASPECTOS HUMANOS
DEMOGRAFIA
Segundo o censo brasileiro de 2010, a
população do estado da Paraíba era
de 3.766.528 habitantes, sendo a décima
terceira unidade da federação mais populosa
do país, concentrando cerca de 2% da população brasileirae apresentando
uma densidade demográfica de 66,70 habitantes por quilômetro quadrado.De acordo
com este mesmo censo demográfico, 2.838.678 habitantes viviam na zona
urbana (75,37%) e 927 850 na zona rural (24,63%). Ao mesmo
tempo, 1 824 379 pessoas eram do sexo masculino (48,44%) e 1.942.149 do sexo
feminino (51,56%),tendo uma razão de sexo de 93,94.Sua capital, João Pessoa, com
seus 723 515 habitantes, concentrava, neste mesmo ano, 19,2% da população estaduale
possuía a maior densidade demográfica da Paraíba (3.421,30 hab./km²).
Da população total do estado, considerando-se a nacionalidade, 3 765 131 (99,96%)
eram brasileiros, sendo 3.764.722 brasileiros natos (99,95%) e 409 naturalizados
brasileiros (0,01%), além de 1.397 estrangeiros
(0,04%). Simultaneamente, 3.464.844 pessoas eram nascidas no próprio estado
(91,99%) e os 301.684 restantes eram de outros estados ou até mesmo do exterior
(8,01%).
Dos 223 municípios do estado, apenas quatro possuíam
população superior a cem mil habitantes (João Pessoa,
Campina Grande, Santa Rita e Patos), seis entre 50 e 100
mil habitantes (Bayeux, Sousa, Cajazeiras, Cabedelo,
Guarabira e Sapé), 20 entre vinte e cinquenta mil, 56 entre
dez e vinte mil, 68 entre cinco e dez mil, 63 entre dois e
cinco mil e seis abaixo de dois mil habitantes (Areia de
Baraúnas,Coxixola, Riacho de Santo
Antônio, Quixaba, São José do Brejo do
Cruz e Parari).Entre 2000 e 2010, a Paraíba registrou um
crescimento populacional 9,51%, inferior às médias da
região Nordeste (11,29%) e do Brasil (12,48%).Para 2012,
a estimativa populacional é de 3.815.171 habitantes.
O Índice de Desenvolvimento Humano do estado da
Paraíba é considerado médio conforme dados doPrograma
das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Segundo o
último relatório, divulgado em 2008 com dados relativos a
2005, o seu valor era de 0,718, um pouco abaixo da média
regional (0,720), estando na24ª colocação a nível nacional e em sexto a nível regional,
sendo superado pelos estados da Bahia (0,742), Sergipe (0,742), Rio Grande do Norte
(0,738), Ceará (0,723) e Pernambuco (0,718), e à frente do Piauí
(0,703), Maranhão (0,683) e Alagoas (0,677). Considerando-se o índice da educação,
seu valor é de 0,793 (24º), o índice de longevidade é de 0,723 (23º) e o de renda é 0,638
(19º).A incidência de pobreza, em 2003, era de 57,48% (sendo 61,75% o índice de
pobreza subjetiva) e o índice de Gini no mesmo ano era 0,46.Em 2009, a taxa de
fecundidade era de 2,25 filhos por mulher, a décima maior do Brasil.
ETNIAS
Conforme dados do censo de 2010, dos 3.766.528 paraibanos, 1.986.619 declararam-se
como pardos (52,744%), 1.499.253 declararam brancos (39,804%), 212.968 eram pretos
(5,654%), 48.487 eramamarelos (1,287%), 19.149 eram indígenas e 52 não tinham
declaração (0,001%).
Tal como os brasileiros, a origem dos paraibanos está ligada à miscigenação entre
brancos (vindos da Europa), os indígenas locais e os negros (vindos da África). Isso
contribuiu para que a população paraibana fosse considerada como mestiça. Os pardos
constituem a maioria da população do estado e, entre eles, os principais são os caboclos.
Ao contrário do que ocorreu na Bahia, no Maranhão e em Pernambuco, a Paraíba teve
pouco destaque na cultura da cana de açúcar, o que fez com que pouca oferta da mão de
obra africana viesse ao local e, consequentemente, contribuiu para que apenas uma
pequena parte da população atual seja formada por negros.
Antes da descoberta do Brasil, a Paraíba era habitada pelos cariris e tupis, que se
comunicavam e falavam principalmente a língua tupi-guarani. Na época da conquista, o
mesmo era habitado principalmente pelos potiguaras e tabajaras. Atualmente, eles
constituem apenas 0,5% da população e estão espalhados em várias comunidades
de quilombos, por todo o território estadual. Os descendentes de europeus ocupam
principalmente os maiores centros urbanos do estado, bem como as regiões do alto
sertão e do brejo. Na região litorânea, os potiguaras, que já chegaram a ocupar a costa
litorânea do Maranhão até Pernambuco, estão localizados principalmente nos
municípios de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto, onde ocupam 26 aldeias, além
das zonas urbanas, e uma área de mais de 33 mil hectares de terra.
No interior e no litoral norte, os caboclos são os mestiços mais predominantes, enquanto
nas regiões do agreste e do Cariri (mais especificamente o centro-sul paraibano), a
população de mestiços é formada principalmente por mulatos. A identidade mestiça foi
reconhecida como um grupo étnico-racial-culturais pela lei estadual nº 8.374, de 09 de
novembro de 2007, que também instituiu o Dia do Mestiço na Paraíba, comemorado
desde então no dia 27 de junho. Existem também pequenas populações
de cafuzos dentro do estado.
RELIGIÃO
De acordo com o censo demográfico de 2010, a população religiosa na Paraíba era
formada por cerca de aproximadamente 2.898.656 católicos apostólicos
romanos (76,958%), 571.015 evangélicos (15,160%), 23.175 espíritas(0,615%), 17.587
testemunhas de Jeová (0,467%), 8.251 católicos apostólicos
brasileiros (0,219%), 4.266 mórmons (0,113%), 1.962 católicos
ortodoxos (0,052%), 1.311 seguidores ou
praticantesdo candomblé (0,035%),1.088 umbandistas (0,029%), 883 esotéricos,
626 judaístas (0,017%), 514 seguiam religiões orientais (0,014%), 360 praticavam
tradições indígenas (0,010%), 157 espiritualistas (0,004%), 76 islâmicos(0,002%),
60 hinduístas (0,002%), 21 pertenciam a outras declarações de religiões afro-
brasileiras (0,001%) e quatro a outras religiosidades (0,0001%). Outros 213.214 não
possuíam religião (5,66%), 5.803possuíam religião indeterminada e tinham múltiplo
pertencimento (0,15%), 5.803 também não souberam (0,15%), e 609 não declararam
(0,02%).
CRIMINALIDADE
De acordo com dados do "Mapa da Violência 2012", publicado pelo Instituto Sangari e
pelo Ministério da Justiça, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que era de 10,8
em 1980, subiu para 33,8 em 2009 (ficando acima da média nacional, que era de 27,0).
Nos mesmos anos, o número de homicídios subiu de 519 para 1.269. Em geral, a
Paraíba subiu catorze posições no ranking nacional dos estados e Distrito Federal por
taxa de homicídios, passando da vigésima posição em 2000 para a sexta em 2010. João
Pessoa e região metropolitana possuíam taxas quase duas vezes maiores que a do estado
(64,3), enquanto que, no interior, o mesmo era menor que a média estadual (21,2). Em
2000, os dois municípios mais populosos da Paraíba concentravam 67,6% dos casos de
homicídios do estado, número que se reduziu para 55% em 2010. Considerando-se
todos os municípios com mais de cem mil habitantes, que em 2000 eram responsáveis
por 25% do total de homicídios, passaram, em 2010, para 35% do total do mesmo. Entre
os municípios acima de 50 000 e abaixo de 100.000 habitantes, destacam-se Cabedelo e
Bayeux, que apresentaram forte crescimento nos níveis de violência. Ao mesmo tempo,
a região metropolitana da capital registrou um forte aumento de 164,2% nas taxas de
homicídios, enquanto no interior do estado registrou uma queda de 30,4%.
De acordo com dados do "Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008",
também publicado pelo Instituto Sangari, os municípios paraibanos que apresentavam
as maiores taxas de homicídios por grupo de cem mil habitantes eram João Pessoa
(46,7), Conde (40,5), Campina Grande (36,2), São Mamede (33,4), São Sebastião do
Umbuzeiro (33,4).
SEGURANÇA PÚBLICA
As principais unidades das forças armadas presentes na Paraíba são: no Exército
Brasileiro, o estado é integrante do Comando Militar do Nordeste, com sede em Recife,
capital de Pernambuco, e abrange toda a área do nordeste brasileiro, com exceção de
uma pequena parte do oeste do Maranhão; na Marinha do Brasil, o estado faz parte
do 3º Distrito Naval, com sede em Natal, Rio Grande do Norte;e na Força Aérea
Brasileira, a Paraíba integra o II Comando Aéreo Regional - sediado na Base Aérea de
Recife e com jurisdição sobre todos os estados nordestinos, exceto o Maranhão -, e o
3º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, ambos com sede em
Recife.
A Polícia Militar da Paraíba foi criada durante o período imperial, sendo órgão público
em atividade mais antigo do estado. Tem por função primordial o policiamento
ostensivo e a preservação da ordem pública no estado da Paraíba. Ela é Força Auxiliar e
Reserva do Exército Brasileiro, e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa
Social do Brasil, sendo seus integrantes denominados militares dos estados.
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado da Paraíba é um comando intermediário da
polícia militar estadual, cuja missão consiste na execução de atividades de defesa civil,
prevenção e combate a incêndio, buscas, salvamentos e socorros públicos, no âmbito do
estado da Paraíba. Assim como ocorre com os policiais militares, os integrantes do
Corpo
rpo de Bombeiros também são denominados militares dos estados pela constituição
federal.
A Polícia Civil do Estado da Paraíba foi criada pela lei estadual nº 4.273,
273, de setembro
de 1981, tem a função de polícia judiciária e é responsável pela apuração das infrações
penais, com o objetivo de promover o bem-estar
bem e a paz social da população.190
Corporações policiais da Paraíba
ECONOMIA
A economia da Paraíba é a décima nona mais rica do país e o sexto da região Nordeste
(ficando atrás de Bahia, de Pernambuco, do Ceará, do Maranhão e do Rio Grande do
Norte, e à frente de Alagoas, Sergipe e Piauí). De acordo com dados relativos a 2010, o
Produto Interno Bruto da Paraíba era de R$ 31.947 milhões (0,8% do PIB nacional),
enquanto o PIB per capita era de R$ 8.481,14. Desse total, R$3.386 mil eram de
impostos sobre produtos e líquidos de subsídios.As maiores economias da Paraíba são
João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Santa Rita e Patos.Cabedelo, na Região
Metropolitana de João Pessoa,
Pessoa, é a terceira maior economia do estado e PIB per
capita da Paraíba, no interior a urbe de Patos, é o maior centro econômico do sertão da
Paraíba e a quinta maior economia do estado.
No final do século XVI, quando começou a ocupação do território paraibano, a
economia da Paraíba era centralizada no setor primário (agropecuária), ), principalmente
no cultivo de cana-de-açúcar.. Atualmente, é o menos participativo no produto interno
bruto total do estado (10,3% em 2004). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, naa pecuária (praticada principalmente na região do Cariri paraibano), a
Paraíba possuía, em 2011, 8.265.235 frangas, frangos, galos e
pintos; 2.477.534galinhas; 1.354354.268 cabeças
de gado; 580.867 caprinos; 447.406
447. ovinos; 259.283 vacas
ordenhadas; 151.702 suínos; 143.702
143 codornas; 48.284 equinos; 40.557asininos
asininos e 21.63
7 muares.. No mesmo ano o estado produziu 303.078 quilos de mel de
abelha, 237.102 mil litros de leite, 32.421 mil dúzias de ovos de galinha e 1.619mil
dúzias de ovos de codorna.
codorna. Na lavoura permanente 2011 foram
produzidos abacate (717 t), ), algodão arbóreo (34 t, em caroço), banana (202. (202.791 t, em
cacho),castanha
castanha de caju (1.897 t), coco-da-baía (64.718
(64. mil
frutos), goiaba (4.475 t), laranja (7.379 t), limão (1.648 t), mamão (29.217 t), manga (15
.558 t), maracujá (5.974 t),pimenta
pimenta-do-
reino (99t), sisal (7.240 t), tangerina
gerina (15.670 t), urucum (739 t) e uva (2 016 t). Na
lavoura temporária do mesmo ano produziram-se
produziram abacaxi (276.250 mil frutos), algodão
herbáceo (2.367 t, em caroço), alho (24 t), amendoim (547 t, em
casca), arroz (4.332 t), batata-doce (44.640 t), batata-inglesa (2.261 t), cana-de de-
açúcar(6.417.385 t), cebola (2.718
(2. t), fava (7.681 t, em grãos), feijão (37.680 680 t, em
grãos), fumo (367 t, em m folhas), girassol (83 t, em grãos), mamona (149 t, em
baga),mandioca (220.874 t), melancia (7.089 t), melão (170 t), milho (62.426 t, em
grãos) e tomate (23.102 t). Os municípios que possuem o maior produto interno bruto
agropecuário do estado são, em ordem decrescente, Pedras de Fogo, Santa
Rita, Itapororoca, Alagoa Nova e Araçagi (2009).
O setor secundário é a segunda maior fonte geradora do PIB do estado. O perfil
industrial da Paraíba está voltado principalmente para o benefício de minerais e
dematéria-prima vindas do setor primário. Os principais centros industriais da Paraíba,
bem como os principais industriais do estado, são: na zona da mata, a Região
Metropolitana de João Pessoa (notadamente Bayeux, Cabedelo, Conde, João Pessoa,
Lucena e Santa Rita), onde se encontram principalmente as indústriasalimentícia, de
cimento, de construção civil e a têxtil; no agreste, Campina Grande, onde se destacam
novamente as indústrias de alimentos, como também as debebidas, calçados, frutas
industrializadas e, mais recentemente, de software; no sertão, Cajazeiras, Patos, São
Bento e Sousa, com destaque para as indústrias de confecções e a têxtil. Atualmente, a
atividade industrial no estado encontra-se, até os dias atuais, em processo de
desenvolvimento, com intuito de gerar melhores condições de vida à população. Os
maiores PIB’s do setor secundário são João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita,
Cabedelo e Caaporã.
O setor terciário, por sua vez, é a maior fonte geradora de riquezas da Paraíba.
No comércio, o estado é o quinto maior em exportação no Nordeste, destacando-se na
exportação de bens de consumo, bens intermediários e de capital. Açúcar, álcool etílico,
calçados, granito, roupas, sisal e tecidos são os principais produtos exportados da
Paraíba para o exterior, destinados principalmente para a Austrália, Argentina, Estados
Unidos, Rússia e União Européia.
TURISMO
Outra importante fonte de renda econômica na Paraíba
é o turismo. Eleito melhor destino nacional do ano em
2013, cerca de um milhão de turistas que visitam o
estado todos os anos.
A capital paraibana é considerada porta de entrada para
o turismo no estado da Paraíba.Desde 1970, com a
construção do Hotel Tropical Tambaú, João Pessoa
investiu bastante no setor turístico, o que contribuiu
com o desenvolvimento comercial na orla da cidade.
Tendo como principal cartão-postal o Parque Sólon de
Lucena, João Pessoa possui 37 quilômetros de praias,
como as de Bessa, Manaíra e Penha e Tambaú, além
de um vasto acervo cultural e construções históricas,
desde construções mais antigas no centro
histórico (como a Casa da Pólvora, o Centro Cultural São Francisco, o cruzeiro
monolítico, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e o mosteiro de São Bento), até as
mais recentes (tais como o Hotel Globo e o Teatro Santa Rosa), além de contar com a
segunda maior reserva de Mata Atlântica do Brasil localizada em área urbana. Ainda em
João Pessoa está localizado o Espaço Cultural José Lins do Rego, no
bairrode Tambauzinho, construído em uma área de 55 000 m³, onde funciona o primeiro
planetário da região Nordeste, além de ocorrerem apresentações culturais, exposições e
feiras.
No restante do litoral, destacam-se as areias coloridas (em Pitimbu), Baía da
Traição (município que possui praias e redutos indígenas com aldeias), a Fortaleza de
Santa Catarina (em Cabedelo), a Igreja de Nossa Senhora da Guia (no município
de Lucena), a praia do Intermares (também em Cabedelo) e a praia de Tambaba
(emConde). No interior, destaca-se Campina Grande, que, juntamente com João Pessoa,
abriga os principais eventos realizados na Paraíba, como O Maior São João do Mundo,
o Micarande, o festival de Inverno, o Encontro da Nova Consciência, além de contar
com hotéis e diversos outros atrativos, como o Museu de Arte Assis Chateaubriand, o
mais famoso da Paraíba. Outros importantes atrativos turísticos naturais e culturais do
interior paraibano são: na região agreste, a Cachoeira do Roncador (nos municípios
de Bananeiras e Borborema), o Memorial Frei Damião (em Guarabira), a Pedra da
Boca (em Araruna), a Pedra do Ingá (emIngá); na região da Borborema, o Lajedo de Pai
Mateus (em Cabaceiras); no sertão, a Estância Termal de Brejo das Freiras (em São
João do Rio do Peixe) e o Vale dos Dinossauros (em Sousa).
INFRAESTRUTURA
SAÚDE
Em 2009, existiam, no estado, 2.622 estabelecimentos hospitalares, com 8.149 leitos.
Dos estabelecimentos hospitalares, 1.825 eram públicos, sendo 1.762 de caráter
municipal, 57 de caráter estadual e apenas seis de caráter federal. 797 estabelecimentos
eram privados, sendo 734 com fins lucrativos e 63 sem fins lucrativos. 79 unidades de
saúde eram especializadas, com internação total, e 2.145 unidades eram providas de
atendimento ambulatorial.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios em 2008, 72,5% da população paraibana avaliou sua saúde como boa ou
muito boa, 65,2% afirmaram ter realizado consulta médica nos últimos doze meses
anteriores à data da entrevista, 41,3% dos habitantes consultaram o dentista no mesmo
período e 7,2% da população esteve internado em leito hospitalar. 29,5% dos habitantes
declararam ter alguma doença crônica e apenas 12,2% dos residentes tinham cobertura
de plano de saúde. No mesmo ano, 83,7% dos domicílios particulares permanentes
estavam cadastrados no programaUnidade de Saúde Familiar.
De acordo com a mesma pesquisa, na questão de saúde feminina, 24,4% das mulheres
com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas nos últimos doze meses, 27,8%
das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram exame de mamografia nos últimos dois anos e
65,3% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo para câncer do colo
do útero nos últimos três anos.
EDUCAÇÃO
A Paraíba possui várias instituições educacionais, sendo as mais renomadas delas
localizadas principalmente em João Pessoa e Campina Grande e em outras cidades de
médio porte. A educação da Paraíba é considerada a quarta pior do país, comparado à
dos demais estados brasileiros. Na lista de estados brasileiros por IDH, com dados de
2005, o fator "educação" atingiu a marca de 0,793 de índice, sofrendo apenas um
aumento de 0,001 em relação ao ano 2000, quando o mesmo índice era de 0,792. É um
patamar considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), ficando, em todo o país, à frente apenas do Maranhão (0,784), do Piauí
(0,779) e de Alagoas (0,759). Tratando sobre o analfabetismo, a lista de estados
brasileiros por taxa de alfabetismo (mais o Distrito Federal) mostra a Paraíba com a
terceira maior taxa, com 20,2% de sua população considerada analfabeta, mais que o
dobro da média nacional (9,02%), de acordo com o censo de 2010.
Em 2.009, a Paraíba dispunha de um total de 4.430 escolas de ensino pré-
escolar, 5.708 estabelecimentos de ensino fundamental e 535 de ensino médio. Nesses
estabelecimentos de ensino existiam 927.217 matrículas - a maioria de ensino
fundamental - e um total de 51.926 docentes (37.573 de ensino fundamental). No censo
demográfico de 2010, 1.224.467 habitantes do estado frequentavam creches e/ou
escolas; 2.072.661 afirmaram que não frequentavam escola, mas já haviam frequentado
alguma vez e 469.400 nunca frequentaram a escola. Com relação ao tipo de
ensino, 113.584 pessoas estavam no ensino pré-escolar, 53.106 na classe de
alfabetização, 32.971 na alfabetização de jovens e adultos, 649.265 no ensino
fundamental, 38.384 na educação de jovens e adultos do ensino fundamental, 156.962no
ensino médio, 29.876 na educação de jovens e adultos do ensino
médio, 106.878 frequentavam cursos superiores de graduação, 8.624 faziam
especialização de nível superior, 3.381 faziam mestrado e
apenas 1.524 faziam doutorado.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do estado, em 2011, foi de 4,3 para
os anos iniciais (1ª à 4ª série), 3,4 para os anos finais (5ª à 8ª série) e 3,3 para a terceira
série do ensino médio. Tomando-se por base o desempenho no Exame Nacional do
Ensino Médio de 2011, as escolas com a melhor nota do exame (considerando-se
somente as provas objetivas) foram o Colégio Motiva de João Pessoa (Centro Pessoense
de Educação), com 628,06 pontos, e o Colégio Motiva de Campina Grande (Centro
Campinense de Educação Ltda.), com 625,42 pontos, sendo ambas da rede privada;
considerando-se apenas a rede pública, as escolas com o melhor desempenho no exame
foram a unidade do Instituto Federal da Paraíba em João Pessoa (584,98) e a Escola
Técnica de Saúde de Cajazeiras (576,62), ambas federais.
Entre as várias instituições de ensino superior da Paraíba, estão o Centro Universitário
de João Pessoa (UNIPE), a Faculdade de Ciências Sociais
Aplicadas(FACISA), a Faculdade de Enfermagem Nova Esperança (FACENE),
as Faculdades Integradas de Patos (FIP), o Instituto de Educação Superior da
Paraíba (IESP), o Instituto Federal da Paraíba(IFPB), a Universidade Estadual da
Paraíba (UEPB), a Universidade Federal de Campina Grande (UEPB) e a Universidade
Federal da Paraíba (UFPB).
TRANSPORTE
A frota estadual em 2012 era de 878.860 veículos,
sendo 376.456 automóveis, 335 084 motocicletas, 55 059 caminhonetes, 45.922 motone
tas, 24.141 caminhões,18.439 camionetas, 5.434 ônibus, 4 790 veículos
utilitários 3.588 micro-ônibus, 2.098 caminhões-trator e trinta tratores de roda. Outros
tipos de veículos incluíam 7.819unidades.
No transporte rodoviário, a Paraíba está ligada a outros
estados e regiões do Brasil por meio de rodovias
federais e estaduais. Entre as federais, cujos trechos
totalizam 1.400 km de extensão, estão a BR-101 -
começa em Touros, no Rio Grande do Norte, passa
pela Paraíba, cujo trecho encontra-se duplicado, e se
estende até São José do Norte, no Rio Grande do Sul -
, a BR-104 - rodovia que tem início em Macau, no
vizinho estado do Rio Grande do Norte, entra na
Paraíba pelo município de Cuité e sai do mesmo por Alcantil, e prossegue até terminar
em Maceió, no estado de Alagoas -, a BR-110 - inicia-se em Areia Branca, litoral norte
potiguar, entra no estado por Brejo do Cruz e sai por Monteiro, até terminar em São
Sebastião do Passé, na Bahia -, a BR-116 - começa em Fortaleza, Ceará, e termina
em Jaguarão, no Rio Grande do Sul, próximo à fronteira do Brasil com o Uruguai;
apenas um pequeno trecho pavimentado da rodovia, de aproximadamente quatorze
quilômetros de extensão, passa por dentro do estado da Paraíba, somente pelo município
de Cachoeira dos Índios, extremo oeste do estado -, a BR-230 - rodovia que tem início
em Cabedelo, corta a Paraíba de leste a oeste, saindo do estado por Bom Jesus e se
estendendo até a fronteira do Brasil com o Peru, no estado do Amazonas -, a BR-412 -
única rodovia federal localizada inteiramente em território paraibano, começa no distrito
de Farinha, município de Boa Vista, e termina em Monteiro, onde se encontra com a
BR-110 - e a BR-427, começa em Pombal, no sertão do estado, cruza a divisa da
Paraíba com o Rio Grande do Norte, e termina em Currais Novos, onde se encontra com
a BR-226. Há diversas outras rodovias estaduais no estado, que, juntamente com as
rodovias federais, somam um total de 5.030 quilômetros de estradas,
sendo 2.140 km pavimentados, 1.468 km implantados, 1.372 km em leito natural e 50
km planejados. O Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER/PB) foi
criado pelo decreto-lei 832 de 26 de junho de 1946 e possui a função de executar a
política de transporte definida pelo governo estadual, bem como executar, manter,
operar e planejar o sistema rodoviário de todo o estado.
Na Paraíba existem apenas dois aeroportos administrados pela Infraero. São eles
o Aeroporto Presidente Castro Pinto (que está
localizado a onze quilômetros do centro de João
Pessoa, no município de Bayeux, é internacional e de
porto médio, foi inaugurado em 1957 e atualmente
possui uma movimentação anual de até 2,3 milhões
de passageiros) e o Aeroporto Presidente João
Suassuna (localizado em Campina Grande, a seis
quilômetros da zona urbana do município, inaugurado
em 1957 e com um fluxo de até 250 mil passageiros por ano). Há também outros
aeroportos menores: os de Cajazeiras, Catolé do
Rocha, Conceição, Guarabira, Itaporanga, Monteiro, Patos, Rio Tintoe Sousa.
No transporte ferroviário, a Paraíba possui 660 quilômetros de ferrovias, a maior parte
desativada e em péssimas condições. Anteriormente, a Paraíba era servida por duas
importantes ferrovias: a primeira, operada pela Rede Ferroviária do Nordeste, tinha
início em Natal, capital do Rio Grande do Norte e chegava até a Paraíba, possuindo um
ramal em direção a Cabedelo e outro em Campina Grande com destino a Patos e,
posteriormente a Sousa; a segunda era operada pela Rede de Viação Cearense, e partia
de Fortaleza, capital do Ceará, e, na Paraíba, chegava até Sousa, onde se encontrava
com o trecho da Rede Ferroviária do Nordeste. Nos dias atuais, está ativo apenas o
ramal que faz a ligação entre Santa Rita, João Pessoa e Cabedelo, servindo aos trens
metropolitanos da Superintendência de Trens Urbanos de João Pessoa, administrado
pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos.
Quanto ao transporte marítimo, que é um dos vetores fundamentais da economia do
estado, a Paraíba possui o Porto de Cabedelo, que está localizado vizinho à Fortaleza de
Santa Catarina, na margem direita do estuário do Rio Paraíba e foi construído na
primeira metade do século XX, sendo inaugurado em 1935 e com a sua administração
exercida pelo governo da Paraíba até 1978, quando passou a ser administrado pela
Empresa de Portos do Brasil S.A., extinta em 1990, ano em que o porto teve sua
administração exercida pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte e, desde 1998,
pela Companhia Docas da Paraíba. Há também o Porto de Capim, de pequeno porte,
localizado em João Pessoa, à beira do rio Sanhauá e permaneceu ativo até a inauguração
do porto de Cabedelo.
SERVIÇOS E COMUNICAÇÕES
A responsável pelo abastecimento de água em 181 dos 223 municípios paraibanos, bem
como a coleta de esgotos em 22 municípios, é a Companhia de Água e Esgotos da
Paraíba, criada em 1966. A principal distribuidora de energia elétrica do estado era
a Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba (SAELPA), até 2007, ano em que a
empresa foi extinta e passou a se chamar Energisa, que hoje atende 216 municípios do
estado. Ainda há serviços de internet discada ebanda larga (ADSL) sendo oferecidos por
diversos provedores de acesso gratuitos e pagos. No campo do serviço telefônico móvel,
por telefone celular, o estado faz parte da "área 10" da Agência Nacional de
Telecomunicações (que compreende, além da Paraíba, os estados de Pernambuco,
Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Alagoas) e é servido por quatro operadoras
telefônicas: dados de fevereiro de 2013 apontavam a Oi com a maior participação neste
mercado no estado (33,04%), seguido pela TIM (32,24%), Claro (25,91%)
e Vivo (8,81%). O código de discagem direta a distância de todos os municípios do
estado é 083. Desde 1º de dezembro de 2008 o estado passou a ser servido
pela portabilidade numérica, juntamente com outras localidades com código 012 e 013
(ambas no interior do estado de São Paulo) e 082 (em Alagoas).
Existem vários jornais em circulação em diversos municípios do estado. Alguns deles
são: Diário do Sertão (Cajazeiras); Jornal da Paraíba e Rede Campina(Campina
Grande); Alternativa Nordeste, Click PB, Correio da Paraíba, Folha da
Paraíba, Paraíba News e Portal BIP (João Pessoa) e Notícias do Cariri (Monteiro),
além de vários outros, como Paraíba Online, Paraibeabá, Virgulino e Vitrine do
Cariri. Havia também os jornais Diário da Borborema (Campina Grande) e O
Norte(João Pessoa), que saíram de circulação em 1º de fevereiro de 2012.
Há transmissão de canais nas faixas Very High Frequency (VHF) e Ultra High
Frequency (UHF). A Paraíba é sede de diversas emissoras de televisão, como: em João
Pessoa, a TV Arapuan (afiliada da Rede TV!), TV Cabo Branco (afiliada da Rede
Globo)e a TV Miramar (afiliada à Rede Cultura), TV Paraíba (afiliada à Rede
Globo); no interior, a TV Borborema (afiliada do Sistema Brasileiro de Televisão) e
a TV Itararé (afiliada da TV Cultura), ambos sediados em Campina Grande.
CULTURA
A responsável pelo setor cultural do estado da Paraíba é o Conselho Estadual de
Cultura, juntamente com a Secretaria Estadual de Cultura. O conselho foi instituído pelo
decreto estadual nº 32.408 de 14 de setembro de 2011, está vinculada ao gabinete do
governador e tem por objetivo planejar e executar a política cultural do estado por meio
da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento
cultural, além de defender a conservação do patrimônio artístico, cultural e histórico da
Paraíba. O atual secretário de cultura do estado é, desde 2011, Chico César.
Em todos os municípios da Paraíba ocorre uma diversa quantidade de eventos, sendo os
mais importantes: na capital, a festa da padroeira Nossa Senhora das Neves e deNossa
Senhora da Penha; em Campina Grande, O Maior São João do Mundo e Micarande; em
Guarabira, a festa da Luz; em Pombal e Santa Luzia, a festa do Rosário e, em Patos, a
festa da Guia. Entre os folguedos, estão a barca, o bumba-meu-boi, a cavalhada, os
cocos, as lapinhas, entre outros. O estado também possui vários museus, dentre os quais
destacam-se o Museu da Rapadura (em Areia), Museu de Arte Assis Chateaubriand
(está localizado em Campina Grande e é o mais famoso da Paraíba; foi inicialmente
denominado Museu de Arte de Campina Grande em 1967, ano de sua fundação,
depois Museu Regional de Arte Pedro Américo e, desde a década de 1980, o museu
possui seu nome atual), o Museu Histórico e Geográfico (também em Campina
Grande), o Museu da Fundação Ernani Satyro (está situado em Patos e possui
arquitetura do século XIX, sendo doada posteriormente para a fundação Ernani Satyro e
atualmente possui vários objetos e utensílios da antiga residência de Ernani Satyro), e o
Museu Sacro (em João Pessoa). A Paraíba também é terra de vários escritores, músicos
e intelectuais, e de várias outras personalidades, como os políticos Aurélio
Lira (presidente da Junta Militar de 1969), Epitácio Pessoa (presidente do Brasil entre
1919 e 1922 e o único brasileiro a ocupar a presidência dos três poderes da
república), Humberto Lucena (que foi por duas vezes presidente do Senado Federal do
Brasil) e João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque(que foi candidato na chapa de Getúlio
Vargas à presidência da república em 1930, presidente do estado da Paraíba entre 1928
a 1930, ano em que foi assassinado; atualmente, a capital paraibana, João Pessoa, leva
seu nome). Outras personalidades famosas são André Vidal de Negreiros (governador
colonial português e herói daInsurreição Pernambucana de 1645), Assis
Chateaubriand (que foi empresário, jornalista, fundador do Museu de Arte de São Paulo,
membro da Academia Brasileira de Letras e político), Cláudia Lira (atriz), Elpídio Josué
de Almeida (historiador e político), Fábio Gouveia (surfista), Inácio de Sousa
Rolim (conhecido como padre Rolim, foi educador, missionário e sacerdote), Ingrid
Kelly (modelo), João Câmara Filho (pintor), Piragibe (herói da conquista da
Paraíba), José Dumont (ator), Luiza Erundina (política filiada ao Partido Socialista
Brasileiro, prefeita de São Paulo entre 1989 e 1993 e atualmente deputada federal
pelo estado de São Paulo), Maílson da Nóbrega (ex-ministro da Fazenda do
Brasil), Manuel Arruda Câmara (religioso, médico e intelectual), Marcélia
Cartaxo (atriz), Vladimir Carvalho (cineasta), Walter Carvalho (também cineasta e
irmão de Vladimir Carvalho) e Wills Leal (jornalista).