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MARLON JR MOREIRA
GUILHERME BITTENCOURT
DÉBORA LUCAS
THIAGO J. GOMES DE SOUZA
O mercado brasileiro ainda não está preparado para utilizar a NBR 15.575 e só vai de fato se
empenhar para atendê-la quando for obrigado, esta é a realidade da construção civil, mudanças só
acontecem desta forma. Já existem empresas e profissionais que estudaram a Norma e têm
condições de atendê-la, mas ainda são poucos no mercado. As empresas brasileiras, especialmente
as de pequeno porte, não têm uma cultura de atendimento de normas técnicas e terão que evoluir
tecnicamente para atender a NBR 15.575, mas é um caminho irreversível. Na França, por exemplo,
há muitas empresas de construção civil de pequeno porte, mas que tecnicamente são cobradas para
atender normas técnicas como as grandes.
Acima de tudo, a norma será importante para os consumidores, será um instrumento
importante para estes aferirem e exigirem uma qualidade maior dos imóveis. Por outro lado, a
responsabilidade do consumidor também deve aumentar. Para que o desempenho seja atingido ao
longo do tempo, a implementação de programas de manutenção corretiva e preventiva será
essencial.
Requisitos
Qualitativos
Critérios Quantitativos
Métodos de Avaliação
Análises de Projeto Ensaios
Laboratoriais Protótipos
Simulação Computacional
Acessibilidade
Durabilidade
Impacto Ambiental
Segurança Estrutural
Estanqueidade
Manutenibilidade
Desempenho Acústico
Desempenho Térmico
Desempenho Lumínico
Segurança contra Incêndio
A Vida Útil (VU) é definida pela NBR 15575 (ABNT, 2013) como uma medida temporal
da durabilidade de um edifício ou de suas partes, ou seja, o período de tempo em que estes
elementos se prestam às atividades para as quais foram projetados e construídos,
considerando a devida realização dos serviços de manutenção, conforme especificados no
respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção da edificação.
Impende salientar que, além da correta manutenção, diversos outros fatores interferem na
Vida Útil da edificação, como o correto uso e operação da edificação e de suas partes,
alterações climáticas, mudanças no entorno da obra, dentre outros. Logo, o valor final
atingido de Vida Útil será uma composição do valor teórico calculado como Vida Útil de
Projeto (VUP), influenciado positivamente ou negativamente pelos fatores expostos.
No que tange aos manuais a serem fornecidos ao usuário, o Código de Defesa do
Consumidor (BRASIL, 1990) estabeleceu em seu artigo 50 que é obrigatório o fornecimento,
pelo construtor e/ou incorporador, de manual de instrução, de instalação e uso do produto
em linguagem didática, com ilustrações, de forma a orientar o usuário quanto às ações
necessárias durante a vida útil desses itens.
No intuito de auxiliar o incorporador ou construtor na elaboração desses manuais,
duas normas foram elaboradas com orientações para este procedimento, a NBR 14037 –
Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações –
requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos (ABNT, 2011) e a NBR 5674 -
Manutenção de edificações — Requisitos para o sistema de gestão de manutenção (ABNT,
2012), que contém orientações quanto aos programas de manutenção das edificações,
englobando requisitos para a gestão do sistema de manutenção de edificações e incluindo
meios para preservar as características originais da edificação e prevenir a perda de
desempenho decorrente da degradação dos seus sistemas, elementos ou componentes.
Vida Útil de Projeto
A NBR 15575 (ABNT, 2013) define Vida Útil de Projeto (VUP) como o período estimado de
tempo para o qual um sistema é projetado, a fim de atender aos requisitos de desempenho
estabelecidos nessa norma, considerando o atendimento aos requisitos das normas
aplicáveis, o estágio do conhecimento no momento do projeto e supondo o cumprimento dos
procedimentos especificados nos Manuais de Uso, Operação e Manutenção do
empreendimento.
Cabe ao proprietário e/ou incorporador e ao projetista a definição da VUP de cada elemento,
devendo esta ser adotada na fase de concepção do projeto, de forma que balize todo o
processo de produção do bem. Em sua escolha, devem ser levados em consideração
critérios como o custo inicial do elemento, o custo de reparo e sua facilidade de substituição,
de forma a obter a melhor relação custo-benefício.
O estabelecimento da VUP mínima contribui para que não sejam colocados no mercado
edificações com uma durabilidade inadequada, que venha a comprometer o valor do bem e
a prejudicar o usuário.
Estes valores teóricos mínimos, e também superiores, para a VUP, estão dispostos na NBR
15575 (ABNT, 2013), conforme retratado na Figura 1.
É considerado desempenho estrutal, a estrutura que através das técnicas contrutivas atuais
pôde atender o tempo previsto de vida útil, sem qualquer problema estrutural relacionado a
execução do projeto.
Desempenho Térmico
No Desempenho Térmico, inicialmente, deve-se esclarecer que a norma NBR 15575 não
trata de condicionamento artificial (refrigeração ou calefação), ou seja, todos os critérios de
desempenho foram estabelecidos com base em condições naturais de insolação, ventilação
e outras. O desempenho térmico depende de diversas características do local da obra
(topografia, temperatura e umidade do ar, direção e velocidade do vento etc.) e da edificação
(materiais constituintes, número de pavimentos, dimensões dos cômodos, pé direito,
orientação das fachadas, etc.). A sensação de conforto térmico depende muito das
condições de ventilação dos ambientes, com grande influência do posicionamento e
dimensões das aberturas de janelas, o que é considerado pela Norma. O nível de satisfação
ou insatisfação depende, ademais, do tipo de atividades no interior do imóvel, quantidade de
mobília, tipo de vestimentas, número de ocupantes, idade, sexo e condições fisiológicas e
psicológicas dos usuários. Dessa forma, quando se trata de conforto térmico está se
referindo sempre a uma condição média, que atende à maior parte das pessoas expostas a
uma determinada condição.
Desempenho Acústico
A norma dedica um item aos requisitos acústicos que os edifícios residenciais devem
atender, sendo um deles o isolamento a ser oferecido pelo conjunto que compõe a vedação
externa: parede e esquadria. A NBR 10821, norma que trata d o desempenho das
esquadrias, também de indicará uma de suas partes ao tema e proporá um inédito selo
acústico que classificará as esquadrias de acordo com o isolamento acústico (Rw) oferecido.
Na presente versão da norma, não são estabelecidos limites para a isolação acústica entre
cômodos de uma mesma unidade. Para avaliação acústica dos sistemas construtivos os
critérios de desempenho devem ser verificados com a realização de ensaios de campo.
Para balizar o desenvolvimento de projetos que venham a atender as exigências de
desempenho acústico, a norma prevê a realização de ensaios de laboratório em
componentes, elementos e sistemas construtivos, indicando valores de referência que
poderão se traduzir no potencial atendimento das implantações reais.
Desempenho Lumínico
Os critérios para se possuir tais confortos são que a edificação não prejudique ou interfira nas
atividades do cotidiano, como caminhar, apoiar entre outros.
E estabelece qualificações para não provocar desconforto tátil, ao tocar em certos componentes. Não
apresentar rugosidade, contudências, depressão e outras irregularidades.
Fontes Bibliográficas
www.caubr.gov.br/mudancasnormadesempenho/
www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2015/09/2_guia_normas_final.pdf
https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=2207656
abesc.org.br/wp.../NBR-15575-EDIFÍCIOS-HABITACIONAIS-DESEMPENHO.pdf
https://www.sympla.com.br/norma-de-desempenho---abnt-nbr-15575__242223