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ÍNDICE

RESUMO ........................................................................................................................ 4
1.Introdução .................................................................................................................... 5
1.1.Justificação do relatório ......................................................................................... 6
1.2.Objectivos do relatório ........................................................................................... 7
1.2.1.Objectivo Geral ................................................................................................ 7
1.2.2.Objectivos Específicos ..................................................................................... 7
1.3.Delimitação do tema .............................................................................................. 7
2.CAUSAS GERAIS E TERMINAIS ................................................................................ 8
2.1.Erosão.................................................................................................................... 8
2.1.1.Estudo de erosão do solo ................................................................................ 8
2.1.2.Processos erosivos por acção da água ........................................................... 9
2.2.Impacto das gotas de chuva ................................................................................ 10
2.3.Agentes químicos ................................................................................................ 10
2.3.1.Actuação das forças capilares ou de sucção ................................................. 11
2.3.2.Actuação das forças cisalhantes oriundas do fluxo ....................................... 11
2.4.Actuação das ondas ............................................................................................ 12
2.4.1.Métodos de prevenção .................................................................................. 12
2.4.2.Prevenção de erosões em meio rural ............................................................ 12
2.4.3.Prevenção de erosões em meio urbano ........................................................ 13
2.4.4.Métodos de controlo ...................................................................................... 13
3.Bacias hidrográficas ................................................................................................... 15
3.1.Análise ambiental em bacias hidrográficas .......................................................... 15
3.2.Geotecnologias aplicadas aos estudos ambientais ............................................. 16
3.3.Degradação dos solos agrícolas .......................................................................... 17
3.3.1.Maneio do solo e controle da erosão ............................................................. 17
4.METODOS ................................................................................................................. 18
4.1.Tipo de Pesquisa ................................................................................................. 18
4.2.Métodos de pesquisa ........................................................................................... 18

2
4.3.Método de abordagem ......................................................................................... 18
5.PROPOSTAS DA ALTERNATIVAS ........................................................................... 19
5.1.Historial de Cabo Delgado ................................................................................... 19
5.2.Rio rovuma........................................................................................................... 20
5.2.1.O Relevo das margens do Rovuma ............................................................... 21
5.2.2.Análise do rio Rovuma ................................................................................... 22
5.3.Localização e caracterização da área de estudo ................................................. 23
5.3.1.Clima ............................................................................................................. 24
5.3.2.Geologia ........................................................................................................ 24
5.3.3.Hidrografia ..................................................................................................... 25
5.3.4.Materiais e método ........................................................................................ 25
5.4.Resultados da pesquisa ....................................................................................... 26
6.Conclusão .................................................................................................................. 27
6.1.Sugestões ............................................................................................................ 28

3
RESUMO

O presente relatório relata através de pesquisa sobre o estudo dos impactos


ambientais, num projecto de estudo da erosão na bacia do rio Rovuma, na província de
Cabo Delgado. Esta província está entre as províncias que mais sofre problemas
ambientais (deslizamentos, assoreamento, escoamento superficial), tal facto justifica
um estudo aprofundado dos factores que predispõem na bacia do rio Rovuma, em
destaque, uma das áreas mais afectadas. Assim, objectivou-se analisar os factores
causadores dos processos erosivos com intuito de informar a população e os órgãos
competentes para que se tomem medidas que amenizem a degradação crescente que
assola a bacia do Rio Rovuma. Como metodologia utilizou-se o estudo teórico aliado a
pesquisa in locu, analisando o grau impactante na bacia do Rio Rovuma através de
entrevista com moradores e estudo analítico das condições ambientais, utilizando-se
de máquina fotográfica e computador. Investigar as alterações no ambiente,
apresentando soluções para o impacto ambiental e sócio-econômico. Dai que, a
questão ambiental representa na actualidade uma das temáticas mais discutidas pela
humanidade. Esse facto se deve fundamentalmente pelas formas de desenvolvimento
geradas pelo homem, que passa a ver a natureza como fonte de recursos inesgotáveis,
no entanto, o uso indiscriminado dos recursos naturais é responsável por alterações
irreversíveis no meio ambiente, seja ele urbano ou rural. Partindo do pressuposto que
diversos impactos gerados ao meio ambiente tem reflectidos sobre a qualidade vida do
homem focaliza-se os processos erosivos em meio urbano como objecto de estudo
deste trabalho, pois estes são reflexos do crescimento desordenado da população sem
estudo prévio dos impactos ambientais gerados que se reflecte em problemas
socioeconómicos e ambientais configurando em causas sociais que prejudicam a
qualidade de vida da população.
Palavras-chave: Erosão. Meio Ambiente.

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1.Introdução

O presente relatório tem como o tema „‟Projecto de estudo sobre o Impacto ambiental
da erosão na bacia do rio Rovuma‟‟. Como se pode ver nesse relatório, pode-se tirar
conclusões de que as bacias hidrográficas são entidades naturais delimitadas por
divisores topográficos, e têm sido bastante utilizadas como unidades de estudo de
problemas ambientais, uma vez que se constituem em ambientes de características e
condicionantes nitidamente delimitáveis no espaço.

A Bacia do Rio rovuma, localizada em Cabo Delgado é objecto de estudo deste


relatório, vem sofrendo com uma ocupação urbana desordenada, que exerce grande
influência sobre os processos ambientais que ocorrem na área. A grande importância
da Bacia do rio rovuma no contexto do país se dá pelo facto de seus vales serem
considerados como Zonas Especiais de Preservação Ambiental e pelo acelerado
processo de degradação dos seus recursos naturais em decorrência de problemas
gerados pelo uso e ocupação do solo equivocados.

O facto da bacia do rio rovuma estar inserida numa zona de preservação ambiental
significa que houve uma preocupação por parte da prefeitura do município em
preservar uma área para o uso da sociedade no futuro próximo, seja como recurso
natural para fins de utilidade pública ou para que a mesma seja ocupada com
restrições.

Considerando a necessidade de se trabalhar com a informação espacial e sua


dinâmica, a representação e a integração dos aspectos anteriormente mencionados foi
feita através da utilização de uma metodologia baseada em técnicas de
geoprocessamento. Em função disso, o relatório assumiu um carácter inovador, uma
vez que procurou avaliar os processos existentes numa determinada área com base
numa metodologia que privilegia a análise espacial dos dados. Utilizando Sistema de
Informação Geográfica no estudo em questão, pretendeu-se demonstrar a sua
viabilidade nos estudos geográficos, possibilitando o acesso a dados da área de estudo
que podem ser facilmente actualizados.

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1.1.Justificação do relatório

O tema apresenta um grande valor e interesse pois, constitui um contributo na análise


da situação vital da vida quotidiana, porque o actual momento histórico é caracterizado
por problemas que variam desde a disseminação de doenças infecto-contagiosas até a
degradação ininterrupta dos recursos naturais. Numa primeira aproximação, os factores
geradores destes problemas aparentam ser muito variados, englobando questões que
vão desde aspectos relacionados à economia de uma nação até aspectos alusivos à
ética, à moral e à cultura que permeiam a sociedade.

Actualmente com a poluição, a degradação ambiental e o uso contínuo do solo,


depara-se com uma escassez de terras férteis em todo o planeta. Sabemos que o uso
do solo é um bem inquestionável para todas as nações, porém sua escassez e
poluição poderá gerar desafios não só para saúde humana, mas também para a
manutenção do ecossistema. A população precisa entender que pode ocorrer um
grande desastre global, se continuar esgotando os recursos naturais de nosso planeta
num ritmo acelerado.

O problema da erosão dos solos já é questionável em todo o mundo, pois a


necessidade de suprir alimentos para a crescente população mundial tem esgotado os
solos. A actividade agrícola sem as técnicas adequadas ao tipo de solo, clima e relevo
eleva o desgaste da camada superficial do solo ocasionada pela erosão hídrica.

Dai que, actualmente, a implementação de acções que visem o desenvolvimento


sustentável tem sido lenta, em grande parte devido à complexidade do cenário
multifacetado dos Países, ao desequilíbrio das organizações institucionais do mundo e
aos interesses políticos e económicos das grandes corporações dos sectores
produtivos que acabam sobrepondo-se aos interesses sócio-ambientais colectivos.

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1.2.Objectivos do relatório

A realização deste relatório, a autora pretende atingir os seguintes objectivos:

1.2.1.Objectivo Geral

 Fazer um estudo e analisar o Impacto ambiental da erosão na bacia do rio


Rovuma na província de Cabo Delgado.

1.2.2.Objectivos Específicos

 Identificar qualitativamente as áreas susceptíveis à erosão na bacia do rio


Rovuma, apoiado no modelo da Equação Universal de Perda de Solo (EUPS),
 Descrever os factores que contribuem para a erosão na bacia do rio Rovuma;
 Descrever os impactos ambientais resultantes da erosão na bacia do rio
Rovuma.

1.3.Delimitação do tema

O presente relatório que neste momento me incumbe apresentar é resultado de uma


pesquisa realizada na Província de Cabo Delgado é subordinada ao tema „‟Impacto
ambiental da erosão na bacia do rio Rovuma‟‟.

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2.CAUSAS GERAIS E TERMINAIS

2.1.Erosão

A erosão superficial provocada pela água de chuva, associada ou não aos processos
de erosão interna e esqueletização, tem início com a erosão laminar, podendo em
seguida e em ordem cronológica passar pelas fases de formação de sulcos, ravinas e
voçorocas.

Neste tipo de erosão estão implicados os agentes erosivos ou seja a erosividade, que
corresponde a acção das gotas de chuva, do escoamento superficial e de fluido
agressivos, os factores resistentes à erosão, que constitui a erodibilidade caracterizada
pelas propriedades estruturais, texturais e físico-químicas do solo e finalmente os
factores que modulam a acção erosiva sendo os principais a geomorfologia e a
cobertura vegetal. A erosão laminar é normalmente classificada como a erosão que
ocorre de modo uniforme na superfície do solo de uma determinada área, podendo ou
não nessa fase, propiciar o aparecimento de sulcos.

Este tipo de processo erosivo geralmente não deixa traços visíveis e pode continuar
sua acção durante anos, só se deixando notar com o empobrecimento do solo ou com
o assoreamento de áreas à jusante. Suas consequências são vistas mais nas zonas
rurais, pois além de levar grande parte dos nutrientes, desestabiliza as plantações
atingindo a cobertura de suas raízes.

2.1.1.Estudo de erosão do solo

O terreno possui um declive acentuado, agravante para o processo erosivo, apesar de


serem realizados cultivos em plantio directo, o exemplo da soja que teria sido colhida
recentemente, este solo sofre muita agressão, pois a sua rotação de cultura é feita com
a soja e batata. Com frequência, o cultivo da batata é feito em solo de moderada à alta
declividade, que, sendo intensamente preparado, pode ser erodida, a cultura da batata
requer de um revolvimento do solo tornando vulnerável ao processo de erosão, o
mesmo não se reconstitui mesmo havendo a rotação de cultura com a soja em plantio
directo, segundo o técnico agrícola funcionário da Cooperativa Bom Jesus.

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O solo para o plantio de batata é preparado por aração e gradagem. A aração visa
enterrar os restos culturais, controlar plantas daninhas e “cortar o solo”, revolvendo-o,
tornando-o mais solto, permeável, menos compactado (EMBRAPA, 2003).

Determinadas áreas de produção de batata na bacia do rovuma talvez possam ser


beneficiadas com o uso do preparo reduzido do solo ou do plantio directo da batata,
para minimizar a erosão e diminuir custos. Pode haver menos gasto de combustível,
modificação da temperatura do solo, controle de determinadas espécies de plantas
daninhas e de patógenos do solo, menos dispersão de patógenos do solo, competição
diferenciada pelos nutrientes e água, problemas com patógenos do solo, entre outras
vantagens e desvantagens.

Foi realizada entrevista com agricultores de grandes e pequenas propriedades, através


de questionário, com objectivo de conhecer melhor as propriedades rurais de alguns
produtores do município, bem como suas técnicas utilizadas na agricultura, o
conhecimento sobre os processos erosivos e a importância do cuidado com o solo.

2.1.2.Processos erosivos por acção da água

Para que ocorram os processos erosivos por acção da água de chuva, torna-se
necessário o desprendimento das partículas de solo e o seu transporte. Em se tratando
de erosão hídrica, o desprendimento das partículas de solo se dá pela actuação de um
dos seguintes factores:

 Impacto das gotas de chuva;


 Agentes químicos;
 Actuação das forças capilares ou de sucção;
 Actuação de forças cisalhantes oriundas do fluxo;
 Actuação das ondas.

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2.2.Impacto das gotas de chuva

A capacidade das gotas de chuva de desprender partículas ou grupamentos de


partículas depende de dois factores, da energia cinética que elas atingem no
movimento de queda e das propriedades do solo. Quanto maior a energia cinética e
menor a agregação entre as partículas de solo, maior será o desprendimento.

A partícula desprendida poderá seguir dois caminhos, manter-se relativamente livre na


superfície do solo e ser transportada quando da ocorrência de fluxo superficial ou
iniciar um movimento descendente através dos poros do solo favorecendo, em certos
casos, a sua colmatação e gerando as chamadas crostas.

Esta formação de crosta está muitas vezes associada aos ciclos de molhagem e
secagem do solo, que fazem com que ele atinja elevadas densidades. Camapum de
Carvalho (1985) mostra que o fenómeno de retracção actuando em um solo
desestruturado, como seria, por exemplo, o caso de um solo preparado para o plantio,
pode conduzi-lo a um grau de compactação correspondente ao fornecido pela energia
Proctor intermediário.

2.3.Agentes químicos

Com a actividade humana o solo sofre ao longo do tempo a acção de agentes químicos
atrelados a água de chuva, a água de irrigação, a água de esgoto, a efluentes de
mineração e industrial e a insumos agrícolas. Dependendo do tipo de solo a acção do
agente pode ser inibidora ou aceleradora do processo erosivo.

Assim por exemplo, as chuvas ácidas podem em certos solos, devido ao baixo pH,
favorecer a floculação das partículas de argila e contribuir para a maior resistência a
erosão, em outros este mesmo tipo de chuva poderá propiciar a destruição dos
cimentos agregadores das partículas e acelerar o processo erosivo ou de
esqueletização.

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2.3.1.Actuação das forças capilares ou de sucção

Antes da precipitação e do fluxo superficial, o solo encontra-se normalmente no estado


não saturado e portanto submetido a forças capilares e/ou de sucção. Neste caso o
modo como se dá a saturação poderá propiciar o desprendimento e a desagregação
das partículas de solo.

Se um agregado ou uma dada massa de solo vê-se repentinamente imersa em água, a


capilaridade e/ou sucção faz com que a água penetre no seu interior gerando uma
pressão positiva na fase ar, que ao atingir a coesão do solo o rompe, desagregando-o.
A influência da umidade inicial do solo no processo de erosão é analisada em maior
detalhe por Bender (1985).

2.3.2.Actuação das forças cisalhantes oriundas do fluxo

O desprendimento das partículas de solo devido a autuação do fluxo se dá por dois


motivos: pela capacidade interactiva entre as moléculas de água e as partículas de
solo, e pela ocorrência de turbulência no fluxo. As moléculas de água ao se
movimentarem aplicam uma tensão cisalhante sobre as partículas de solo, que ao
ultrapassar a coesão e/ou as forças de atrito do solo, propiciam o desprendimento das
mesmas. Ainda, a turbulência que ocorre com o aumento da velocidade de fluxo
favorece tal desprendimento.

Normalmente a coesão é fruto das interacções electromagnéticas entre as partículas


de argila, nos solos cauliníticos, por exemplo, este parâmetro normalmente se situa
entre 5 e 10 kPa. No entanto, nos solos tropicais e nos solos superficiais dois outros
factores contribuem para aumentar as forças de ligação entre as partículas, os
cimentos e a matéria orgânica, o que propicia a formação de agregações mais estáveis
e o aumento da coesão.

Se nas argilas a tensão normal no contacto das partículas superficiais é desprezível o


mesmo não ocorre com os solos granulares que por sua vez são não coesivos e
apresentam maior ângulo de atrito que os solos argilosos.

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Na actuação das forças cisalhantes na superfície do solo embora ainda se discuta se
deveria ser considerado o comportamento drenado ou não drenado, cabe destacar que
a viscosidade e qualidade do fluido são factores importantes no processo (Arulanandan
et al. 1975).

2.4.Actuação das ondas

As ondas geram processos erosivos em meio marinho, lacustre e fluvial. Estas ondas
podem ser geradas pelo vento ou pelo movimento de embarcações.

Enquanto nos mares, oceanos e grandes lagos as ondas geradas pelo vento são as
que mais provocam erosões, tanto pela frequência com que actuam como pela energia
que atingem, nos lagos menores e rios o movimento de embarcações, mesmo de
pequeno porte podem assumir função erosiva de grande importância. As ondas geram
o desprendimento das partículas que são imediatamente carreadas pela água.

2.4.1.Métodos de prevenção

A melhor forma de combate ao problema da erosão, é a prevenção. As medidas


preventivas consistem da adopção de um planeamento prévio em qualquer actividade
ligada ao uso do solo.

Conhecidos os principais processos erosivos desencadeados pela acção da água


torna-se mais fácil estabelecer medidas preventivas em meio rural, em meio urbano e
na execução de obras de engenharia tais como na implantação de rodovias,
aeroportos, hidrovias e lagoas de estabilização.

2.4.2.Prevenção de erosões em meio rural

A prevenção de erosões em meio rural, passa pelo planeamento do uso do solo. Este
planeamento deve compreender a análise conjunta da erosividade das chuvas,
incluindo-se aí o factor vento, da erodibilidade do solo e finalmente dos fautores
moduladores como tipo de cobertura vegetal existente e/ou de plantio, técnica de
manejo, e características geológicas, geomorfológicas, hidrológicas e hidrogeológicas.
Muitos desses factores são comuns a uma determinada região e como tal devem fazer
parte da política de orientação e preservação ambiental gerida pelo estado.

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De posse dessa análise conjunta torna-se possível e necessário definir as áreas de
plantio e de preservação, as culturas apropriadas e as técnicas de manejo. A primeira e
mais frequente recomendação preventiva que se faz em meio rural é a do plantio
obedecendo-se as curvas de nível.

Efectivamente este é talvez o factor modulador de maior importância, mas existem


outros a serem considerados.Por exemplo, sabe-se que a desagregação do solo torna-
o mais erodível, logo é importante que se avalie o balanceamento químico, não apenas
em função das necessidades de cada cultura mas também analisando como ele
afectará a erodibilidade daquele material.

O preparo do solo não pode se dar tão-somente em função da maior produtividade de


uma determinada cultura, é necessário que essa produtividade e o custo dessa
produtividade sejam avaliados dentro de um contexto de longo prazo, no qual entre
como componente importante a preservação do solo. O problema de erosão pode e
deve sempre ser analisado a luz da erosividade, da erodibilidade do solo e factores
moduladores.

2.4.3.Prevenção de erosões em meio urbano

Segundo Fendrich et al. (1997) a etapa primordial para o controle de erosão, também
chamada de Projecto de Prevenção à Erosão Urbana, consiste no estabelecimento de
bases adequadas para a ocupação de espaços urbanos, de tal forma que se eliminem
as distorções existentes, para que o crescimento urbano não determine novos
processos erosivos.

2.4.4.Métodos de controlo

A necessidade de controlo dos processos erosivos advém da não adopção de medidas


preventivas ou da adopção de medidas preventivas inadequadas. É importante
destacar que o controlo de erosões é geralmente muito mais oneroso que a simples
prevenção, além do fato de que ao tornar-se necessário muitos danos quase que
irreparáveis já foram gerados, tais como o assoreamento de reservatórios e cursos de
água.

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O controlo de erosões e mais especificamente vem se constituindo em uma área de
grande importância dentro da Geotecnia, seria no entanto, pretensioso apresentar
soluções de controlo dentro de um enfoque puramente geotécnico. A associação de
conhecimentos e experiências multidisciplinares parece o melhor caminho para o
estabelecimento de técnicas preventivas e de controlo apropriadas.

O agrónomo ou engenheiro florestal por sua vez, ao avaliar o clima e as propriedades


dos solos poderá restringir certas espécies ou fornecer ao solo, os nutrientes
necessários. A princípio, tudo parece então resolvido, no entanto, por exemplo, o
plantio de espécies que retêm uma grande humidade no solo podem contribuir para
futuras instabilidades dessa encosta, devendo então recorrer aos conhecimentos
geotécnicos.

Um outro aspecto que passa por uma análise ligada à geotecnia é a questão da
demanda de água de cada espécie e as condições de fluxo em taludes.

No meio geotécnico, as principais obras de controlo e recuperação de áreas atingidas


compreendem:

 O disciplinamento do fluxo de água, tanto superficial como profundo através da


implantação de sistemas de drenagem;
 Obras de retaludamento;
 Revegetação;
 Obras de contenção de taludes;
 Obras de reaterro;
 Obras de barramento.

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3.Bacias hidrográficas

Segundo Villela (1975), a Bacia Hidrográfica é uma área definida topograficamente,


drenada pelo um curso de água ou um sistema conectado de um curso de água tal que
toda vazão efluente seja descarregada através de uma simples saída. “A Bacia
hidrográfica é uma área de captação natural da água de precipitação que faz convergir
o escoamento para um único ponto de saída, seu exutório” (Tucci, 1947).

A preservação de uma Bacia hidrografia depende muito da forma de uso e das


actividades desenvolvidas em toda Bacia hidrográfica. A distribuição incorrecta dos
diversos tipos de uso do solo pode ocasionar graves problemas ambientais, às vezes
irreversíveis. O desmatamento ocasiona um desequilíbrio, resultando em erosão. A
impermeabilização do solo resulta no aumento do escoamento superficial e na
diminuição da recarga de aquíferos. E a poluição através do uso de fertilizantes e
pesticidas na agricultura que acarreta envenenamento do solo.

3.1.Análise ambiental em bacias hidrográficas

Hoje em dia uma das grandes preocupações da humanidade é a busca pela


preservação da natureza. A análise ambiental contém a essência da investigação
científica trazendo soluções para a maioria dos problemas ambientais. Em um de seus
trabalhos Xavier-da-Silva (2001) indica que análise é decompor algo preliminarmente
estruturado para se ganhar condições de uma nova síntese, isto é, de uma nova
estrutura.

Segundo Olivier Dolfuss (1973, p.08) “a análise leva o geógrafo à compreensão das
modalidades de organização no espaço constituído pela superfície terrestre e pela
biosfera que a molda”. Guerra (1999) observa que uma bacia hidrográfica é uma
unidade bem definida e aconselhável para estudos ambientais. A análise das Bacias
hidrográficas é considerada por alguns estudiosos como o estudo de um recorte
especial que tem como limites os divisores de água.

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3.2.Geotecnologias aplicadas aos estudos ambientais

O Geoprocessamento teve uma recente popularização nos últimos anos e com isso
veio uma grande confusão a respeito do conceito de Geoprocessamento e de Sistema
de Informações Geográficas. Segundo Xavier-da-Silva (2000) in Rocha (op. cit), o
Geoprocessamento é um conjunto de técnicas de processamento de dados, destinado
a extrair informação ambiental a partir de uma base de dados georreferenciada.

Para Câmara & Medeiros (1998), in Rocha (op. cit), o termo Geoprocessamento denota
uma disciplina que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para tratamento de
informações geográficas. O Geoprocessamento é um conjunto de técnicas de
tratamento e manipulação de dados geográficos, através de sistemas computacionais.

Dentre estas técnicas do geoprocessamento destacam-se:

 Digitalização de Dados: que é um processo de transformação gráfica de


mapas ou fotos já existentes em meio analógico, para o formato digital. Este
processo pode ser manual, por meio de uma mesa digitalizadora, por
instrumentos fotogramétricos ou ainda por processo automático com scanner.
 Fotogramentia que segundo Wolf (1983), in Rocha (op. cit) é definida como a
ciência ou arte da obtenção de informações confiáveis de objectos físicos e do
meio ambiente, através de fotografias, por medidas e interpretações de imagens
e objectos.
 Sensoriamento Remoto, para Rocha (2000), é a aplicação de dispositivos que
são colocados em aeronaves ou satélites, e que nos permitem obter
informações sobre um objecto ou fenómeno na superfície da terra, sem contacto
físico com eles.
 Cartografia para Bakker (1965) é a ciência e a arte de expressar, pró meio de
mapas e cartas o conhecimento da superfície da terra.

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3.3.Degradação dos solos agrícolas

A degradação do solo pode ser definida como uma perda ou redução desta energia do
solo. O conceito de degradação de terras “se refere à deterioração ou perda total da
capacidade dos solos para uso presente e futuro” (FAO, 1980). Tais perdas ocorrem
principalmente por causa das principais formas de erosão (pelo vento e pela água) e
das deteriorações químicas e física (ARAUJO, 2010, p. 23-24).

3.3.1.Maneio do solo e controle da erosão

Quanto mais protegida, pela cobertura vegetal, estiver a superfície do solo contra a
acção da chuva, menor será a propensão do solo à erosão. Além de aumentar a
quantidade de água interceptada, a vegetação amortece a energia de impacto das
gotas de chuva, reduzindo a destruição dos agregados, a obstrução dos poros e o
selamento superficial do solo.

A cobertura vegetal na superfície do solo também reduz a velocidade do escoamento


superficial pelo aumento da rugosidade hidráulica do seu percurso. O manejo
inadequado dos solos expõe as intempéries induzindo a perda das suas propriedades
físicas, biológicas e químicas, bem como a erosão.

Por volta de 1990, práticas agrícolas inadequadas contribuíram para a degradação de


562 milhões de hectares, aproximadamente 38% do 1,5 bilhão de hectares de terras
agricultáveis no mundo. Algumas dessas terras só estavam levemente degradadas,
mas uma quantidade apreciável estava severamente prejudicada, o bastante para
danificar sua capacidade produtiva ou para se obter uma produção (ARAUJO, 2010, p.
20-21).

A retirada da cobertura vegetal de um solo e a consequente incidência directa da


radiação solar sobre a sua superfície podem causar a destruição acelerada da matéria
orgânica e dos microrganismos presentes no solo.

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4.METODOS

4.1.Tipo de Pesquisa

a) Quanto aos objectivos a pesquisa é explicativa, pois tem como objectivo


primordial explicar e aprofundar os conceitos referentes sobre a erosão na bacia
do rio rovuma.
b) Quanto a abordagem a pesquisa é quantitativa, pois esta traduz em números
opiniões e informações relacionadas ao impacto das variáveis em análise, para
classifica-las e organiza-las, utilizando algumas ferramentas estatísticas.
c) Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa é documental, visto que
baseia-se na observação e colecta de dados secundários da bacia do rio rovuma
em estudo, para apurar os resultados.
d) Quanto ao objecto a pesquisa é bibliográfica. Foi elaborada a partir de material
já publicado, com matérias relacionadas.

4.2.Métodos de pesquisa

O método, segundo Garcia (1998, p.44), representa um procedimento racional e


ordenado (forma de pensar), constituído por instrumentos básicos, que implica utilizar a
reflexão e a experimentação, para proceder ao longo do caminho (significado
etimológico de método) e alcançar os objectivos preestabelecidos no planeamento da
pesquisa (projecto). Segundo Lakatos e Marconi (1995, p. 106), os métodos podem ser
subdivididos em métodos de abordagem e métodos de procedimentos.

4.3.Método de abordagem

O método de abordagem desta pesquisa é o dedutivo, pois a mesma parte de teorias e


leis mais gerais para a ocorrência de fenómenos particulares, no caso em estudo dos
impactos dos agentes erosivos em Moçambique.

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5.PROPOSTAS DA ALTERNATIVAS

5.1.Historial de Cabo Delgado

A história da província de Cabo Delgado está marcada pelo cruzamento e a


mestiçagem de culturas. Brasão de Porto Amélia no tempo colonial Brasão de Porto
Amélia no tempo colonial. Inserida dentro das principais rotas comerciais do mundo
árabe – swahili desde o s. VII, a área de Cabo Delgado será influenciada de maneira
essencial por este contacto, sobre tudo a partir da costa, onde a presença islâmica é
patente até hoje.

No ano 1840 cria-se o Distrito Militar de Cabo Delgado, extinto em 1891 com a
concessão dos territórios das actuais províncias do Niassa e Cabo Delgado à
Companhia do Niassa, uma companhia majestática que tinha a obrigação de gerir os
territórios por concessão do Estado colonial.

A Província de Cabo Delgado tem uma importância singular para a história de


Moçambique no âmbito da libertação do País, por dois factores essenciais: por um
lado, a existência de movimentos nacionalistas e de reivindicação na Tanzânia,
formados por pessoas procedentes de Cabo Delgado; por outro, Luta Armada de
Libertação Nacional, iniciada pela FRELIMO (Frente Libertação de Moçambique) no dia
25 de Setembro 1964 em Chai, distrito de Macomia.

Após a Independência Nacional no ano 1975, a Província de Cabo Delgado iniciou o


seu rumo cara o desenvolvimento. A influencia da guerra civil constituiu uma catástrofe
na Província, tendo locais que sofreram durante os quase 20 anos de guerra (198?-
1992) movimentos de população, perda de vidas humanas e de inúmeros bens e infra-
estruturas. Com a paz, no ano 1992, a província de Cabo Delgado iniciou a sua
caminhada rumo ao desenvolvimento.

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Figura 1: Mapa da Província de Cabo Delgado

Fonte: INE, 1999

5.2.Rio rovuma

Rovuma ou Ruvuma, é um rio da África oriental que faz a fronteira entre Moçambique e
Tanzânia. O Rovuma nasce perto do Lago Niassa e desagua no Oceano Índico, perto
do Cabo Delgado e dá origem a uma das principais bacias hidrográficas do território
Moçambicano. Este rio tem como afluentes os rios:

1. Lado tanzaniano:
 Lukimva
 Muhuwesi
 Lumesule
2. Lado moçambicano:
 Messinge
 Lucheringo
 Lussanhando

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 Chiulezi
 Lugenda.

5.2.1.O Relevo das margens do Rovuma

O relevo das margens do Rovuma encontra-se pormenorizadamente descrito na obra


“O Desconhecido Niassa”, publicada em 1964, de autoria do então Capitão Nuno
Valdez dos Santos, que espero não leve a mal esta indiscrição. São tópicos que
descreverei a seguir em itálico: “A cota máxima das montanhas não ultrapassa os
1.850 metros, no caso do Monte Txitongo.

A noroeste do sistema domina a cordilheira Jeci, com 1.836 m de altura, entre os rios
Messinge e Lucheringo sendo notáveis os montes:

 Metonia 1.608m
 Lilase 1.388m
 Nicolimbo 1.315m
 Mucopo 1.359m
 Marrate 1.355m, etc.

Figura 2: Vista área do Rio Rovuma

Fonte: Foto retirada a partir dos relatórios da ARA Norte, 2010

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5.2.2.Análise do rio Rovuma

O rio Rovuma nasce no planalto de Ungone (Tanzânia) junto de Ssongea e não longe
da margem oriental do lago Niassa. É fronteira de Moçambique durante cerca de 730
km. A sua navegabilidade é de cerca de 200 km e para pequenas embarcações, desde
a confluência com o Lugenda até à foz.

O curso do rio Rovuma apresenta uma constituição muito variável, pois atravessa
zonas montanhosas “em solo de base granítica e superficialmente arenoso e onde
existem algumas jazidas minerais e se encontram alguns depósitos de xistos
betuminosos com alguns grés quartzozo, os quais são muito alterados e fendidos ao
longo da linha de junção, o que sugere a ideia da sua infiltração através dos xistos
betuminosos. Na catarata próximo de Guamacanja o rio passa sobre o gneisse.

Entre o gneisse na região de Pôdo, encontra-se disseminado o ferro magnético.” Na


sua margem direita, e em Moçambique, existem afluentes com direito a serem
considerados rios:

a. O Messinge, que nasce a sul de Maniamba, a 800 metros de altitude e vai


descendo até aos 560 metros na sua junção com o Rovuma;
b. O Liunde;
c. O Luguluzia;
d. O Lucheringo, quase do tamanho do Lugenda, desenvolve por cerca de 250 km
desde Lichinga ao Rovuma;
e. O Lussanhando;
f. O Chiulézi;
g. O Lugenda.

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5.3.Localização e caracterização da área de estudo

A bacia do Rovuma fica localizada entre os paralelos 10º S – 15º S de latitude e 32º E
– 41º E de longitude, cobrindo uma superfície total de cerca de 155 000 km2. A bacia é
partilhada por três países, nomeadamente, Moçambique, Tanzânia e Malawi. Com
cerca de 65,39% (99,530 km2), Moçambique detém a maior proporção da superficie da
bacia, seguida de Tanzânia com 34,30% e por último Malawi com 0,31%.

Com um caudal médio de 356 m3/seg a bacia do Rovuma é considerada a segunda


maior bacia de Moçambique depois da bacia do Zambeze, que tem um caudal acima
de (3 558 m3/seg). A bacia do Rovuma é também uma zona importante de captação de
água de valor crucial para a conservação da Biodiversidade Em Moçambique, a bacia
está administrativamente localizada na região norte do Pais cobrindo parcialmente a
Província de Cabo Delgado (distritos de Mueda, Nangade e Palma,) e e Província de
Niassa, (Distritos de Mecula , Mavago, Marrupa, Majune, Mandimba, Muembe,
Ngauma, Lichinga, Lago e Sanga ).

Figura 3: Bacia Hidrográfica do Rovuma

Fonte: ARA Norte, 2013

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5.3.1.Clima

Segundo a classificação de KÖPPEN, o clima na área de estudo é do tipo As‟, ou seja


clima tropical chuvoso, que é predominante na região. Conforme o Atlas Geográfico a
pluviosidade média anual normalmente não ultrapassa os 2.000 (mm). A área de
estudo possui uma temperatura média anual em torno de 26 a 27 (ºc).

5.3.2.Geologia

Na área sob estudo podem ser encontradas as seguintes unidades litológicas:

 Formação barreiras

De idade pleistocênica e ocorrendo de forma descontinua na costa nordestina,


composta de sentimentos clásticos afossiliferos de cores vivas e sua espessura,
variando em torno de 70 a 80m.

 Terraços marinhos holocênicos

Depósitos sedimentares de origem marinha, testemunhos de antigas linhas de costa


disposta estreitamente próximas e paralelas entre si, compreendem a porção externa
da planície costeira com largura variando de 10 a 15m.

 Depósitos de mangue

Estes depósitos são basicamente constituídos de sedimentações recentes, com restos


vegetais e matéria orgânica em decomposição, com vegetação de água salobra, ocupa
uma área que se estende 2km continente a dentro.

 Depósitos aluviais

Depósitos originados do acúmulo de material carregado pelos rios, estes depósitos são
caracterizados pela forma descontínua com superfície inclinada para a planície
costeira, de altitude de 10 a 20 m.

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 Planície fluvial

São caracterizadas por áreas com cotas inferiores a 5m, sendo resultado da acção dos
rios nos tabuleiros e serve como escoamento superficial para os rios. Essa planície é
composta de sedimentos da erosão fluvial.

 Vegetação

Definido em análise realizada através de uma imagem de satélite pancromática de


1998 e através de consulta à literatura, aparecem na área de estudo quatro tipos de
formações vegetais as quais serão mencionadas a seguir: Capoeira, Formação
arbustiva, Vegetação herbácea e Mangue.

5.3.3.Hidrografia

O sistema hidrográfico da Bacia do Rio rovuma é o principal curso de água, e tem sua
nascente localizada no conjunto habitacional dos Grotões e deságua, com um
comprimento de 8km. Sua margem direita é composta por alguns córregos e o riacho
Mangabeira com um comprimento de 2km e na sua margem esquerda o rio Laranjeira
que tem uma extensão de 5,5km e por fim o riacho Sonhava com uma extensão de
5,3km.

5.3.4.Materiais e método

Para se avaliar uma área utilizando o geoprocessamento é preciso mais do que saber
utilizar fermentas de suporte como software e hardware e banco de dados geográficos.
É necessária a utilização de uma forma clara, objectiva e integrada visando uma
análise conjunta. Para isso foi escolhida metodologia de análise ambiental com base no
uso de técnicas de geoprocessamento. No caso deste relatório utilizou-se a
metodologia proposta pelo LAGEOP/UFRJ, desenvolvida por Xavier-da-Silva (1999).

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5.4.Resultados da pesquisa

Os dados obtidos através da visita das propriedades rurais, da entrevista com


produtores agrícolas da bacia do rovuma a técnicos agrícolas de Cooperativa de
produtores, foram convertidos em gráficos, para uma melhor compreensão da
importância de se utilizar de técnicas preventivas de erosão do solo a partir das
culturas desenvolvidas, como principal fonte de renda para grande parte dos
produtores da bacia do rio Rovuma.

A produção do Feijão, Batata apresenta-se como a principal actividade e também fonte


de renda, o milho e soja aparecem quase sempre nas mesmas propriedades servindo
como uma das técnicas de manejo da rotação de culturas.

Com excepção da batata as demais culturas citadas são desenvolvidas em plantio


directo, tal técnica de manejo a mais adequada para a manutenção do solo, visto que a
maioria das propriedades já tiveram a algum tempo processos erosivos controlados ou
que ainda são visíveis. Na área estudada constatou-se que a principal actividade
agrícola é a produção de soja, seguida de milho e batata.

Em virtude do clima da região o subtropical e o solo de latos solo, favorece o cultivo


desses cereais e da batata, além do mais cultura como o feijão foi substituída pelas
culturas citadas devido ao preço de custo e de venda serem desfavoráveis, sendo a
soja o cereal com melhor preço de mercado do referido ano. A soja produzida é
comprada pelas cooperativas e vendidas para o abastecimento de mercado.

O milho produzido pelos produtores entrevistados é vendido para o abastecimento do


mercado e parte da produção serve para alimentação do gado das propriedades, já a
batata em seu período de safra abastece o mercado local. O cultivo da soja e do milho
é utilizado também como alternativa de rotação de cultura do solo, principalmente em
terrenos utilizados para a produção da batata.

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6.Conclusão

Chegando o fim deste relatório, ficou evidente que, a bacia do Rio Rovuma é destaque
em estudos pelos impactos erosivos e a susceptibilidade a deslizamentos. Tal junção,
há anos, tem gerado quadros alarmantes de insegurança e baixa qualidade de vida
para população. Sabe-se que corrigir as interacções do homem na natureza com
medidas preventivas, certamente, é bem menor se comparado aos possíveis acidentes
ecológicos e de degradação generalizada.

A necessidade de recuperar um quadro ambiental deteriorado deve ser prioritária, haja


vista que determinados recursos naturais, uma vez mal utilizados ou deteriorados,
tornam-se irrecuperáveis. Ao analisar as imagens fotográficas, a pesquisa realizada
com os moradores, pode-se constatar que o desencadeamento do processo erosivo
em toda bacia do Rio Rovuma, deu-se pelo crescimento desordenado, sem
planeamento urbano de suporte para região.

As características de solo e o relevo da bacia do Rio Rovuma traçam um perfil de um


sítio urbano favorável e condições naturais que induzem facilmente ao surgimento de
erosões. O relevo configura-se como um dos influenciadores, assim como a fragilidade
do solo directamente dependente da vegetação que tinha suporte físico (fixação e
absorção) e biológico (protecção e reciclagem).

Todavia, um planeamento ambiental adequado deve ser implantando na bacia do Rio


Rovuma de modo que envolva toda comunidade, buscando metodologias voltadas para
a gestão ambiental participativo envolvendo prefeitura, associações, comunidades,
ONGs entres outros, no intuito de buscar soluções condizentes com a realidade local.

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6.1.Sugestões

Existem técnicas de cultivo que diminuem a erosão do solo. Nas encostas, por
exemplo, onde a erosão é maior, as plantações podem ser feitas em degraus ou
terraços, que reduzem a velocidade de escoamento da água.

Em encostas não muito inclinadas, em vez de plantar as espécies dispostas no sentido


do fluxo da água, devemos formar fileiras de plantas em um mesmo nível do terreno,
deixando espaço entre as carreiras. Essas linhas de plantas dispostas em uma mesma
altura são chamadas de curvas de nível.

Outra forma de proteger a terra é cultivar no mesmo terreno plantas diferentes mas em
períodos alternados. Desse modo o solo sempre tem alguma cobertura protectora. É
comum a alternância de plantação de milho; por exemplo, com uma leguminosa. As
leguminosas trazem uma vantagem adicional ao solo: repõe o nitrogénio retirado do
solo pelo milho ou outra cultura. Esse "rodízio" de plantas é conhecido como rotação de
culturas.

Cabe ao governo orientar os agricultores sobre as plantas mais adequadas ao cultivo


em suas terras e sobre as técnicas agrícolas mais apropriadas. É fundamental também
que os pequenos proprietários do campo tenham acesso a recursos que lhes
possibilitem comprar equipamentos e materiais para o uso correcto do solo.

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NÃO TE ESQUEÇA DE AGRADECER

Nome: Sérgio Alfredo Macore ou Helldriver Rapper

Natural: Cabo Delgado – Pemba

Contacto: +258 826677547 ou +258 846458829

Email: Sergio.macore@gamil.com

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Formação: Gestão de Empresas e Finanças

NB: Se precisar de algo, não tenha vergonha de pedir, estou a sua disposicao para te ajudar,me

contacte.

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