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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA - FEELT


CURSO DE ENGENHARIA ELETRÔNICA E DE
TELECOMUNICAÇÕES

Aluno: João Pedro Albernaz Soares


Professor: Tiago Teixeira

Eletrônica Analógica 01
Diodos

Patos de Minas, Outubro de 2016


Sumário

1)- Objetivo ....................................................................................................... 3


2)- Teoria Básica ............................................................................................... 3
3)- Materiais utilizados .................................................................................... 7
4)- Experimento e resultados.......................................................................... 8
4.1)- Experimento 1 – Diodo limitador........................................................... 8
4.2)- Experimento 2 – Diodo ceifador........................................................... 10
4.3)- Experimento 3 – Circuito retificador de onda completa ................... 11
4.4)- Experimento 4 – Regulador de tensão ................................................. 14
4.5)- Experimento 5 – Diodo Zener .............................................................. 15
4)- Conclusão .................................................................................................. 17
5)- Referências ................................................................................................ 18
1)- Objetivo
O presente relatório tem a finalidade de expor procedimentos, análises e
resultados relacionados as práticas de diodos realizadas no Laboratório de
Eletrônica da UFU – Campus Patos de Minas. O relatório inclui experimentos com
diodos limitadores, diodos ceifadores, circuitos retificadores de onda completa,
reguladores de tensão e diodo Zener.

2)- Teoria Básica


Os diodos são dispositivos semicondutores formados por uma junção p
(carregada majoritariamente com cargas positivas) e por uma junção n (carregada
majoritariamente com cargas negativas). O modo de operação de um diodo
semicondutor depende de sua polarização, temperatura, material, e outras
variáveis que não serão de análise relevante neste relatório. Deve-se ter em
mente apenas que os diodos utilizados nesse relatório são de silício, como o
modelo representado na figura 1, e que a polarização deles é feita da forma como
se mostra na figura 2. Quando polarizado positivamente no anodo (polo positivo
do dispositivo, junção p), o diodo se comportará como um curto-circuito,
permitindo a passagem de corrente. Porém, se polarizado positivamente no
catodo (polo negativo do dispositivo, junção n), o diodo se comportará como um
circuito aberto, impedindo a passagem de corrente.

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Figura 1 – Diodo comercial e simbologia

Figura 2 – Circuitos equivalentes de diodo

Considerando a queda de tensão no diodo de silício como 0,7 V (devido a


fenômenos físicos que ocorrem nas junções), quando polarizado diretamente, tem-
se a figura 3.

Figura 3 – Modelo simplificado de diodo

No experimento 3, referente a circuitos retificadores de onda completa, será


necessário compreender os efeitos do capacitor em um circuito com diodo. O

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capacitor em um circuito de resistores e diodos funciona, em síntese, como um
“suavizador” do sinal, devido a suas características de armazenamento de carga.
Ele atua no circuito como eliminador de ripple, como será visto, diminuindo as
variações de amplitude do sinal de saída do circuito. A tensão de ripple Vr se
relaciona com a capacitância C pela equação:

𝑉𝑝 . 𝑇
𝑉𝑟 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 1).
2𝐶𝑅

Vp é a tensão de pico do sinal de entrada, T o período e R a resistência do


circuito.
Outro diodo empregado nos experimentos é o diodo Zener. O Zener
comercial está representado na figura 4. Ele se diferencia dos diodos
semicondutores comuns por trabalhar na região de Zener, onde a curva
característica de condução do diodo muda bruscamente em determinado potencial
de polarização reversa aplicado. Nessa região, a corrente aumenta a uma taxa
muito rápida, no sentido oposto ao da tensão positiva. A figura 5 ilustra essa
característica na condução dos diodos Zener, sendo Vz o potencial de polarização
reverso.

Figura 4 – Modelo comercial e simbologia do diodo Zener

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Figura 5 – Curva de condução do diodo

A simbologia do diodo Zener é indicada na figura 6, sendo o diodo a um


Zener e o diodo b um diodo semicondutor comum. Iz é a corrente no Zener,
enquanto Id é a corrente no diodo. Vd é o potencial no diodo comum. Logo, o
sentido de condução do Zener é reverso para o estado “ligado”.

Figura 6 – Polarização direta de um Zener a) e de um diodo comum b)

Quando polarizado diretamente, o Zener se comporta como mostra a figura


7. Seu modelo equivalente para essa situação, o circuito a leva em conta a
resistência dinâmica do diodo e seu potencial Zener. Porém, no presente relatório,
foi utilizado o circuito equivalente b, pois as resistências do circuito do experimento
são muito maiores que rz .

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Figura 7 – Circuito equivalente do Zener completo a) e simplificado b)

No experimento 5, referente ao diodo Zener, além de técnicas já estudadas,


como as Leis de Kirchhoff, será estimada uma resistência mínima para a que a
carga associada em paralelo com o diodo Zener seja suficiente para que o diodo
continue operando. Essa aproximação é obtida pela equação:

𝑅𝑉𝑧
𝑅𝐿𝑚𝑖𝑛 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 2),
𝑉𝑖 − 𝑉𝑧

Onde R é a resistência que não se associa em paralelo com o Zener e Vi a tensão


de entrada.
Os diodos são dispositivos de grande utilidade, e entender o funcionamento
deles é fundamental para compreender transistores (TBJ, por exemplo). Além
disso, a gama de aplicações práticas dos diodos é vasta: são usados em
retificação de sinais elétricos, proteção de circuitos, geradores de onda quadrada
(diodos Zener), entre outras que serão abordadas neste relatório.

3)- Materiais utilizados

1 osciloscópio;
1 gerador de função;
2 multímetros digitais;
1 fonte de alimentação;
1 protoboard;
4 diodos 1N4007;
1 diodo Zener 1N754A;
2 resistências de 1KΩ;
1 resistência de 10KΩ;
1 resistência de 100KΩ;
1 capacitor (eletrolítico) de 1μF;
1 capacitor (eletrolítico) de 100μF;
1 capacitor de 4.7uF;
1 capacitor de 0.01μF;
1 regulador de tesão LM7805;

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1 potenciômetro linear de 10k.

4)- Experimento e resultados

4.1)- Experimento 1 – Diodo limitador


Inicia-se o experimento com a montagem do circuito da figura 8. Na entrada
do circuito, coloca-se um gerador de função com uma onda de 1𝑘𝐻𝑧 e 𝑉𝑝𝑝 de 1𝑉.
O sinal de saída obtido foi muito próximo ao sinal senoidal de entrada, visto que a
tensão de entrada foi superior ao limiar de disparo (aproximadamente 0,7𝑉) do
diodo, e a entrada possui um 𝑉𝑝𝑝 baixo, como mostra a figura 9. Lembrando que
𝐷1 estará polarizado diretamente no semiciclo positivo, e a saída será, de acordo
com a malha e o valor medido no osciloscópio, 0,56 𝑉 e 𝐷2 estará aberto. No
semiciclo negativo, 𝐷1 estará polarizado reversamente, e a saída será, de acordo
com a malha e o valor medido no osciloscópio, −0,56 𝑉 devido a 𝐷2 que está em
curto-circuito.

Figura 8 – Esquema de montagem do circuito limitador

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Figura 9 – Formas de onda de entrada (amarelo) e saída (azul) do circuito limitador

Alterando a entrada do circuito para uma onda de 1𝑘𝐻𝑧 e 𝑉𝑝𝑝 de 1,5𝑉, as


características do circuito limitador estão mais explícitas, como mostra a figura 10.
A saída do circuito e a análise é a mesma realizada anteriormente para uma
entrada de 𝑉𝑝𝑝 = 1𝑉, porém as diferenças entre entrada e saída estão bem
evidentes.

Figura 10 – Formas de onda de entrada (amarelo) e saída (azul) do circuito limitador

Por fim, altera-se a entrada do circuito para uma onda de 1𝑘𝐻𝑧 e 𝑉𝑝𝑝 de 2𝑉.
Dessa forma, a saída do circuito ainda é a mesma que foi obtida nos outros casos,

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mas o 𝑉𝑝𝑝 maior na entrada possibilita deixar muito clara a finalidade do circuito
limitador: “ceifar” parte do sinal de entrada em ambos os semiciclos. A figura 11
mostra essas características.

Figura 11 – Formas de onda de entrada (amarelo) e saída (azul) do circuito limitador

4.2)- Experimento 2 – Diodo ceifador


Montado o circuito da figura 12, conecta-se em sua entrada um gerador de
função com sinal senoidal de 10𝑘𝐻𝑧 e 𝑉𝑝𝑝 de 10𝑉. Ajusta-se o osciloscópio para
mostrar a entrada e saída do circuito.

Figura12 – Esquema de montagem do circuito ceifador

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Analisando a saída, percebemos a característica do circuito ceifador de
limitar um semiciclo do sinal de entrada. No semiciclo positivo, o diodo esta
polarizado diretamente e seu equivalente é, portanto, uma fonte de tensão
invertida de 0,7 𝑉. Somada a queda de tensão da fonte de 5𝑉, tem-se na saída
6,2𝑉 para o semiciclo positivo. No semiciclo negativo, o diodo será polarizado
reversamente, e ficara em aberto. Assim, o semiciclo negativo na saída é o
semiciclo negativo do próprio sinal de entrada. Essas observações podem ser
feitas pela figura 13.

Figura 13 – Formas de onda de entrada (amarelo) e saída (azul) do circuito ceifador

4.3)- Experimento 3 – Circuito retificador de onda completa

Projetando o circuito da figura 14, usa-se como alimentação um sinal de


saída de 60𝐻𝑧 e 𝑉𝑝𝑝 de 12𝑉. Utiliza-se uma resistência de carga de 10𝑘Ω. Assim,
a tensão obtida na saída é a tensão de entrada menos a queda de tensão nos dois
diodos, produzindo de saída aproximadamente 18,6 𝑉, como representado na
figura 15.

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Figura 14 – Esquema de montagem do circuito retificador de onda completa

Figura 15 – Forma de onda de saída (amarelo) do circuito retificador de onda completa

Ao acrescentar um capacitor de 1𝜇𝐹, como na figura 16,vemos o ripple


diminuir um pouco, com a tensão de saída ainda em torno de 18𝑉.

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Figura 16 – Forma de onda de saída (amarelo) do circuito retificador de onda completa

Utilizando da equação 1, vemos que:

12 . 0,017
𝑉𝑟 = = 10.2 𝑉.
2.1𝑢. 10𝑘
Alterando o capacitor para um de 100𝜇𝐹, como na figura 17, o ripple diminui
tanto que o sinal se torna uma reta, porém, não é um sinal DC.

Figura 17 – Forma de onda de saída (amarelo) do circuito retificador de onda completa

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Utilizando da equação 1 novamente, vemos que:

12 . 0,017
𝑉𝑟 = = 0,102 𝑉.
2.100𝑢. 10𝑘

Importante observar que o valor de tensão RMS da saída não se alterou


durante o experimento.

4.4)- Experimento 4 – Regulador de tensão


Utilizando um circuito regulador de tensão LM78L05, realiza-se a montagem
do circuito da figura 18. É possível constatar que a tensão de saída será de 5𝑉.
Essa tensão fixada pelo regulador pode ser observada na figura 19.

Figura 18 – Esquema de montagem do circuito regulador de tensão

Figura 19 – Saída do circuito regulador de tensão

Conectando esse circuito a saída do circuito retificador de onda completa


do experimento anterior, tem-se a figura 20. O sinal de saída obtido ainda são os
mesmos 5𝑉.

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Figura 20 – Saída do circuito regulador de tensão

4.5)- Experimento 5 – Diodo Zener


Com o circuito da Figura 21 montado, observa-se que a tensão no resistor
𝑅 de 10𝐾Ω é de 6,93 𝑉, próximo da tensão de Zener. A figura 22 mostra esse valor
de tensão de saída.

Figura 21 – Esquema de montagem do circuito com diodo Zener

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Figura 22 – Tensão na carga de 10𝐾Ω associada ao diodo Zener

Em 𝑅 de 1𝑘Ω, ocorre queda na tensão da carga, mas a tensão ainda é


suficiente para que o limiar de disparo do Zener seja alcançado, deixando o
dispositivo no estado “ligado”. A figura 23 mostra isso.

Figura 23 – Tensão na carga de 1𝐾Ω associada ao diodo Zener

Em 𝑅 de 100Ω a queda de tensão é grande, inviabilizando o funcionamento


do Zener, como na figura 24.

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Figura 24 – Tensão na carga de 100Ω associada ao diodo Zener

Os valores de tensão medidos e calculados se encontram na tabela 1:


- 10 KΩ 1 KΩ 100 Ω
V medido 6,93 V 6,87 V 1,39 V
V calculado 13,6 V 7,50 V 1,36 V
I medido 0,70 mA 6,90 mA 13,8 mA
I calculado 1,36 mA 7,5 mA 13,6 mA

Através das Leis de Kirchhoff, Lei de Ohm e da equação de divisor de


tensão, os valores 𝑉𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 e 𝐼𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 foram obtidos. Quando a tensão na carga
é igual ou superior ao limiar de disparo do Zener (6,8 𝑉), o diodo está ligado e a
tensão na malha será fixada por ele, no valor de 𝑉𝑧 . Caso contrário, o Zener se
comporta como um circuito aberto.
Utilizando um potenciômetro linear de 10k é possível obter a resistência
mínima para o Zener se manter na zona de regulação. Pela equação 2, vemos
que essa resistência é dada pela equação:

𝑅𝑉𝑧 1𝐾 . 6,8
𝑅𝐿𝑚𝑖𝑛 = = = 829 Ω.
𝑉𝑖 − 𝑉𝑧 15 − 6,8

4)- Conclusão
Vimos no experimento 1 que o circuito limitador “ceifa” com eficiência a
entrada, quando ela é um valor de tensão pequeno. Porém, o valor de tensão de
pico na saída não foi os 0,7 𝑉 esperados de um diodo de silício, e sim 0,56 𝑉 de
pico. Isso ocorre devido ao material do diodo e os outros componentes do circuito
não serem tão ideal na prática.

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No experimento 2 de circuito ceifador, o valor de tensão de pico de saída
não foi o ideal, que seria 5,7 V, e sim 6,2 V. As causas dessa diferença entre o
valor teórico e o pratico são as mesmas que as do experimento 1. Mas essa
diferença de tensão de pico no semiciclo, entre a queda de tensão da bateria e do
diodo não chega a ser significativa. O semiciclo negativo da tensão de saída foi o
valor esperado de 10 V, notando que o diodo estará aberto.
Os experimentos 3 e 4 são complementos para o entendimento de um
único circuito: uma fonte de alimentação DC. O retificador de onda completa
elimina as oscilações de tensão, transformando todos os semiciclos da entrada em
semiciclos positivos. As resistências e os capacitores associados filtram o sinal,
diminuindo muito a tensão de ripple, como foi bem visto no experimento 3. Assim,
o sinal de saída do regulador de tensão será de 5 𝑉 DC, fixos.
Por fim, o breve experimento 5 sobre diodo Zener permitiu caracterizá-lo
como um regulador de tesão, mantendo o a tensão em uma malha no valor de 𝑉𝑧 ,
dependendo apenas da carga associada a ele para estar ligado ou desligado. Os
valores de tensão e corrente obtidos estavam dentro do esperado, dado o
comportamento do Zener de conduzir apenas para valores acima do seu limiar de
disparo e se comportar como circuito aberto para valores de tensão em sua malha
abaixo de 𝑉𝑧 . Com o uso do potenciômetro, esse comportamento ficou evidente, e
de fato o diodo Zener se comportava como circuito aberto para valores de carga
menores que 830 Ω.

5)- Referências

1. BOYLESTAD, Robert; NASHELSKY, Louis. Dispositivos eletrônicos e teoria


de circuitos. 8ª ed. São Paulo: Pretice Hall, 2004.

2. PETRÔNIO, Alan. Manual de Laboratório da disciplina de Eletrônica


Analógica 1. Versão 1.1.

3. http://www.shoptronica.com/diodos/1930-diodos-rectificadores-.html

4.http://blog.novaeletronica.com.br/tabela-de-diodos-zener-de-4w-5w-1w-3w-5w-e-
6-watts/

5. http://pdf.datasheetcatalog.com/datasheets/150/9358_DS.pdf

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