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Retrospectiva 2014: os acidentes por descumprimento das normas

técnicas

31/12/2014 - Equipe Target

Descumprir as normas técnicas é um ato criminoso e ilegal

A Target sempre defendeu a aplicação obrigatória das normas técnicas na fabricação de


produtos e no desenvolvimento de serviços. Em 2014, publicou vários textos sobre o assunto:

Janeiro 2014: morte de três crianças em quatro dias alerta para medidas de segurança em
piscinas;

Abril 2014: a criação da NBR16280 foi motivada para prevenir acidentes como a queda do
Edifício Liberdade no Rio de Janeiro, em 2012, que provocou a morte de 22 pessoas e o
desabamento de mais duas edificações;

Julho 2014: revisão da NBR 6118 e as tragédias em pontes, viadutos e edificações;

Agosto 2014: fim dos lixões no Brasil;

Setembro 2014: vazamento de gás deixa sete pessoas feridas na rua do Glicério no bairro da
Liberdade em São Paulo; e deslizamento de terra em uma mina localizada às margens da BR-
356, em Itabirito, região central de Minas Gerais, soterrou trabalhadores e três funcionários
morreram;

Novembro 2014: falta de água e captação de água;

Dezembro 2014: elevador caiu do térreo ao poço e foi travado pelas molas de segurança

Na verdade, o Código de Defesa do Consumidor impõe ao fornecedor (de produtos ou de


serviços) como um dever de qualidade e de segurança. Isto quer dizer que aquele que coloca
um produto ou um serviço no mercado tem a obrigação legal de ofertá-lo sem risco ao
consumidor no que diz respeito à sua saúde, à sua integridade física e psíquica, bem como ao
seu patrimônio. Essa responsabilidade não é ilimitada e sua compreensão deve se dar dentro
de um contexto do razoável, ou seja, deve ser entendida como um dever de qualidade
segurança que será limitado, na forma como consta do § 1° do art. 12 do CDC: “a segurança
que dele legitimamente se espera”. Logo não se trata “de uma segurança absoluta, mesmo
porque o CDC não desconhece ou proíbe que produtos naturalmente perigosos sejam
colocados no mercado de consumo, ao contrário, concentra-se na ideia de defeito, de falha na
segurança legitimamente esperada”. Assim, a segurança está diretamente relacionada com a
qualidade, o que significa dizer que se o produto apresentar defeito ou vício de qualidade, que
possa acarretar algum prejuízo ao consumidor, poderão ser acionados os instrumentos
administrativos ou judiciários para a prevenção ou correção do problema apresentado. Quando
trata da responsabilidade do fornecedor pelos defeitos de produtos (art. 12) e de serviços (art.
14), que a responsabilidade de indenizar independe da existência de culpa, logo se trata de
responsabilidade objetiva.

Os parâmetros da relação jurídica de consumo é pressuposto de aplicação do Código de


Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90). Ou seja, pouco importa a espécie contratual
entabulada entre as partes, tendo em vista a legislação de defesa do consumidor se aplicar em
razão da existência da relação de consumo, e não graças ao tipo de negócio jurídico
celebrado. Se houver um acidente em um parque de diversões em que seu proprietário não
cumpra as normas técnicas ele deverá sofrer um processo criminal e cível por sua ação contra
o consumidor.

O Código tratou de definir, em seus artigos 2º e 3º, os elementos necessários à configuração


de uma relação jurídica de consumo, ao definir consumidor, fornecedor, produto e serviço. O
Código fala que produto é qualquer bem móvel ou imóvel, material ou imaterial. Acrescente-se
também os produtos duráveis ou não duráveis, pois o legislador estabelece a distinção para o
fim de contagem do prazo decadencial para reclamação pelo vício do produto.

Nos termos do artigo 26 do CDC, caso o produto ou serviço apresentem algum vício aparente
ou de fácil constatação, o consumidor terá o prazo de 30 e de 90 dias, respectivamente, para
reclamar se o bem ou serviço forem não durável ou durável. O Código de Defesa do
Consumidor brasileiro sistematizou a responsabilidade civil do fornecedor lato senso em duas
grandes categorias, as quais apresentam regulamentação um pouco distinta uma da outra,
quais sejam: a responsabilidade civil pelo fato do produto e do serviço, a qual tem como
fundamento a ofensa a um direito extrapatrimonial, estando prevista nos artigos 12 a 17 do
CDC; e a responsabilidade civil pelo vício do produto e do serviço, a qual tem como
fundamento a ofensa a um direito patrimonial, estando prevista nos artigos 18 a 25 do CDC.

Dessa forma, sempre que o vício ou defeito ultrapassar a própria matéria do objeto (produto ou
serviço) e atingir o consumidor, isto é, provocando um dano extrapatrimonial ao consumidor,
estaremos diante de um fato do produto ou serviço. Os produtos e serviços considerados
defeituosos são os que não apresentam a segurança legitimamente esperada, causando dano
à vida, saúde ou segurança ocasionado por produto ou serviço. Também é considerado defeito
as situações das quais decorrem prejuízo

https://www.target.com.br/home.aspx?pp=27&c=3575#2400

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