MANUAL DE

SOBREVIVÊNCIA
calouros 2018.1

CALOUROS
E CALOURAS!
V
ocê estudou o ano inteiro, fez as exaus-
tivas provas do ENEM, conferiu o ga-
barito oficial, ficou horas imaginando
se a TRI estaria a seu favor, sofreu com
aquela ansiedade até as notas saírem, apurou as
notas de corte parciais a cada dia de abertura do
SISU. Até finalmente ver seu nome na tão almejada
lista de aprovados. O sonho foi realizado, sejam
muito bem vindos a Faculdade de Medicina da
Universidade Federal Fluminense!
Uma nova etapa está se iniciando agora e a vida uni-
versitária vai trazer mudanças drásticas! Mas não se
BEM VINDOS,
assustem, estamos aqui para ajudá-los a aproveitar
ao máximo o que essa faculdade tem a oferecer! E
olha que são muitas oportunidades! A UFF com cer-
teza vai te proporcionar experiências que vão agre-
gar valor a sua formação acadêmica e pessoal.
Esse manual foi desenvolvido por alguns veteranos
e tem como objetivo tornar esse começo um cami-
nho mais fácil. Porque a gente bem sabe que calouro
só faz calourice! Esse manual contém dicas valiosas,
mas também estejam à vontade para nos procurar
em casos de dúvidas! Bem vindos a família MedUFF!
Preparem-se para os melhores 6 anos de suas vidas!
3
 SOBRE SER UM
LEÃO DA UFF
A
UFF é a faculdade que escolhe as pessoas escrevi história. E viver a UFF é isso, fazer parte de
que nela podem estudar, ela escolhe aque- uma história.
les de bom coração, que entendem que ser
Já com saudades da melhor fase da vida, dou as
médico é cuidar de pessoas e não curar sintomas!
boas vindas a vocês, meus calouros, e deixo claro
Ela escolhe aqueles que têm garra, força de leão
desde já o que a UFF me ensinou de mais precioso:
para enfrentar as dificuldades do dia-a-dia, ocupar
os espaços dos estudantes e fazer valer nossa voz.
Eu não escolhi a UFF, mas fui escolhida, e não vejo
“O médico que só
lugar melhor para eu ter me formado. No meio do
sabe medicina, nem
caminho encontrei o DABT, compreendi a capaci-
de medicina sabe”
dade da união dos estudantes, o poder de transfor-
mação. Aprendi a argumentar, respeitar os diferentes,
somar as opiniões e moldar a minha formação.
Vão além, busquem o conhecimento, unam-se e lutem
Conheci o amor mais puro pela camisa azul e pelos direitos de vocês, escrevam história e ocupem
branca, gritei, chorei, torci, vivi o campeão geral e o Diretório Acadêmico Barros Terra, que desde 1929
os inúmeros vices, lutei contra a EBSERH, debati faz nossa voz ser ouvida mais alta. E orgulhem-se,
os programas do governo. Vi acontecer tudo aqui, orgulhem-se muito, pois vocês foram os escolhidos!

Lívia Manólio Franco

Turma 112 - Formanda 2017.2

4

CURRÍCULO
O
currículo da UFF é bem diferente das
outras faculdades e temos muito orgulho
disso. O nosso currículo, instaurado em
1994, é um relativamente novo e vem servindo de
modelo para reformulação curricular de diversas
faculdades de medicina, entre públicas e privadas.
Ele propôs alguns pontos que acabaram por inte-
grar as novas diretrizes curriculares que entraram
em vigor em 2001 com a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional.
Nosso currículo não é composto por disciplinas
isoladas, mas por várias matérias que compõem
um módulo único, fazendo com que o aprendi-
zado seja mais abrangente e interdisciplinar. Dessa
forma, esse modelo curricular tem como objetivo
integrar eixos de forma horizontal e vertical. Nesse
sentido, no eixo horizontal, busca o avanço progres-
sivo na complexidade das matérias estudadas,
enquanto, no eixo vertical, busca a integração entre
a formação científica teórica e o treinamento de
habilidades práticas.
Além disso, esse currículo também é conhe-
cido por propor uma formação médica bastante
nosso
humanizada. Assim, ao longo da faculdade,
temos inúmeras matérias, sobretudo da área de
humanas, que nos levam a enxergar o paciente
muito além da doença ou condição apresen-
tada, proporcionando um cuidado integral. Aqui,
aprendemos não só o domínio da técnica clínica
e cirúrgica, mas também aprendemos a enxergar
o paciente como um ser complexo, inserido
em um meio biopsicossocial, onde ele exerce e
sofre influências do mesmo. Tudo isso compõe o
processo saúde-doença.
Apesar de muito elogiado, nosso currículo também
enfrenta muitas dificuldades, principalmente no
que tange às disciplinas levadas pelos profes-
sores mais antigos, resistentes à inovação que ele
propõe. Por isso, todo ano realizamos a Conferência
Curricular do Curso de Medicina da UFF, um evento
muito importante, no qual o corpo discente e corpo
docente se encontram para debater acerca das difi-
culdades que os cercam e construir propostas que
venham a contribuir para aprimorar o processo de
ensino-aprendizagem em nossa universidade.
5
 O FAMIGERADO
PRIMEIRO PERÍODO
PSICOLOGIA MÉDICA I
Essa disciplina busca expor ao aluno situações médico
- paciente, mostrando suas complicações e desdo-
bramentos. São abordados temas como relação estu-
dante - paciente, fatores de estresse para o doente,
questões de gênero influenciando a promoção da
saúde, limites entre o profissional e o pessoal, dentre
outros temas. As aulas ocorrem uma vez na semana,
no prédio anexo ao hospital, na área de saúde cole-
tiva. Ao longo do período os alunos apresentam
seminários abordando esses temas, promovendo a
discussão com o restante da turma. A avaliação se dá
através desses seminários e de duas provas.

Local: Prédio Anexo ao Hospital

Universitário Antônio Pedro

NEUROBIOLOGIA
Essa disciplina conta com 180 horas sendo, junto com
TCS, a disciplina de maior carga horária do período.
Também conhecida em outras faculdades como
biofísica, a neurobiologia foca no estudo das funções
neurológicas do organismo, sendo uma base impor-
tante para disciplinas futuras como a fisiologia. A
avaliação ao longo do curso se dá por quatro provas.

Local: Segundo andar do prédio Física

Velha (campus Valonguinho)

PSICOLOGIA MÉDICA I
O objetivo dessa disciplina é provocar refle-
xões acerca da cultura em que estamos inseridos,
demonstrando como as crenças, tabus e concepções
predominantes na sociedade influenciam na prática
médica. A cultura é, então, exposta e relacionada à
medicina, buscando desconstruir preconceitos e nos
preparar para lidar com as pessoas em suas indivi-
dualidades psicológicas e sociais, além de nos pôr
frente a dilemas éticos. A dinâmica da aula consiste
na apresentação de seminários com temas como o
aborto e a espiritualidade, por exemplo. Durante e/
ou depois da apresentação surgem muitos debates
valiosos à construção de um pensamento crítico. Para
finalizar, a monitora apresenta um caso de ética rela-
cionado ao tema do seminário; ou seja, há a aplicação
da reflexão promovida.

Local: Prédio Anexo ao Hospital

Universitário Antônio Pedro

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BIOLOGIA GERAL
Tal disciplina consiste em duas matérias, Botânica e
Zoologia, que não são muito tradicionais nos cursos
de Medicina. Botânica baseia-se no estudo das plantas
medicinais, fitoterápicos e nas práticas integrativas
em geral. Já Zoologia foca nos seres vivos vetores
de doenças, como mosquitos, vermes e protozoá-
rios, assim como nos envenenamentos causados por
escorpiões, aranhas e serpentes. A avaliação consiste
em seminários e uma prova pra cada disciplina.

Local: Segundo andar do Prédio da

Física Velha (campus Valonguinho)

TRABALHO DE CAMPO SUPERVISIONADO I

Essa disciplina busca dar ao aluno uma proximidade
com a prática, pouco presente durante o ciclo básico.
Os alunos são sorteados e então direcionados para
grupos como HIV/AIDS, álcool e outras drogas, infân-
cias, arte espiritualidade etc. Com esses grupos eles
conhecem instituições e profissionais com os quais
podem ter um diálogo aberto. As aulas ocorrem duas
vezes na semana, no período da manhã. Com o TCS,
os alunos não só estão enriquecendo sua vida acadê-
mica, mas também quebrando estereótipos, precon-
ceitos, refletindo sobre questões culturais que afetam
a saúde e fazendo um mergulho em seus sentimentos
e visão de mundo.

Local: Campi diversos

BIOQUÍMICA
Essa disciplina conta com 80 horas de aula teórica e
40 horas de aula prática (lembrando a necessidade
do jaleco), contribuindo com 120 horas para o total
de 720. Ao longo do curso trabalha-se conteúdos
como atividade enzimática, atividade metabólica,
transporte de gases e suas correlações clínicas. A
avaliação nessa disciplina se dá por meio de estudos
dirigidos feitos em sala e duas provas, podendo
contar com outros trabalhos.

Local: Segundo andar do prédio Física

Velha (campus Valonguinho)

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 BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR
Essa disciplina acontece às sextas feiras, pela manhã.
Ela busca ambientá-los no mundo da microbiologia,
que consiste no estudo não só das células e suas
organelas, mas também a interação com os tecidos e
seres vivos. As aulas são mais voltadas para a teoria,
entretanto a aula inicial é uma prática de microscopia.
A avaliação consiste, basicamente, de um seminário e
duas provas, podendo incluir outros trabalhos.

Local: Segundo andar do Prédio da

Física Velha (campus Valonguinho)

i INFORMAÇÕES IMPORTANTES

A Verificação Suplementar (VS) é uma prova final para que o aluno recupere os pontos não garantidos ao
longo do curso para ficar acima da média na nota final e ser aprovado na matéria. Se a sua média do período
em determinada matéria estiver abaixo de 4,0 a reprovação será automática; caso sua média esteja acima
de 6,0 a aprovação será automática; já se a sua média estiver entre 4,0 e 5,9 o aluno terá direito a realizar a
VS a fim de alcançar a média (6,0). Vale ressaltar também que a carga horária é diretamente proporcional ao
peso da matéria no cálculo do CR (Coeficiente de Rendimento). Esse último diz respeito a nota final do aluno
durante o período e, quanto maior, maior será a prioridade do aluno para escolher matérias optativas e os
setores que serão visitados no período do internato. Mas lembre-se, viver não cabe no Lattes e seu CR não
determina o médico que você vai ser.

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OPORTUNIDADES
Disciplinas eletivas: disciplinas de outros cursos - não obrigatórias
Ex: Yoga, Musculação e Condicionamento físico
Acontecem no Gragoatá e são matérias do departamento de Educação Física
• A inscrição acontece quando iniciarem as aulas do respectivo departamento, (sempre depois do início das
aulas do curso de Medicina)
Já as disciplinas optativas e as atividades comple-
mentares requerem carga horária mínima para
“integralização do currículo” - ou seja, para se formar.
Disciplinas optativas: Obrigatório que o aluno
complete o mínimo de 120 horas. São disciplinas do
próprio curso de medicina que não estão na grade
curricular obrigatória.
• Os alunos recebem antes do início de cada período
uma lista de optativas que estarão disponíveis
para aquele semestre, bem como informações
sobre como se inscrever nas mesmas. As inscri-
ções ocorrem nas primeiras semanas do semestre.
Entretanto, muitas das optativas requerem pré-
-requisitos de aprovação em determinadas maté-
rias para inscrição nas mesmas. Alunos do primeiro
período podem se inscrever nas optativas Cuidado
integrado em saúde e Introdução a homeopatia.
Atividades complementares: Obrigatório que o
aluno complete o mínimo de 110 horas. Existe todo
um edital bastante complexo a respeito disso, uma
vez que cada atividade “equivale” a um número de
horas, variando de acordo com uma série de fatores.
• As horas podem ser obtidas através de diversas
atividades: monitorias, congressos, publicação
de trabalhos, participação em ligas acadêmicas
e participação no DABT, PAPP, só para citar
alguns exemplos.
outras
• PAPP: Programa de Apoio Psicopedagógico -
Tutoria na formação médica
Basicamente, a atividade visa discutir, de acordo
com a demanda do grupo e de seu tutor, questões
relativas ao cotidiano do estudante de Medicina e
da prática médica, de forma a contribuir para os
aspectos intersubjetivos da formação médica, que
podem abranger desde temas pessoais, familiares
e universitários até temas mais sistematizados, tais
como processo ensino-aprendizagem em Medi-
cina, conhecimento médico, ética médica, bioética,
erro médico, morte, sexualidade, relação médico-
-paciente, mercado de trabalho, cidadania e ética,
saúde e sociedade, saúde e cultura, entre outros.
Nessa disciplina, alunos de diferentes períodos
da medicina interagem, se conhecem, trocam
opiniões. Uma espécie de terapia em grupo
que costuma resultar em ótimos vínculos. É um
espaço no qual não há diferença se quem fala é
um professor, um aluno extrovertido ou alguém
tímido, pois todos têm chance de se manifestar
quando acharem apropriado.
Porém, não fiquem cheios de nóias contando horas
de atividades complementares e disciplinas opta-
tivas! Busquem, ao invés disso, experimentar as
oportunidades que a faculdade tem para oferecer!
São muitas opções, para todos os gostos, e você
pode se apaixonar por coisas que nunca imaginou
que gostaria!
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 LIGAS ACADÊMICAS
A s ligas acadêmicas são projetos de extensão
coordenados por alunos que são orientados por
um ou mais professores. As atividades promovidas
por essas entidades têm como objetivo o desenvolvi-
mento, promoção e difusão dos estudos de determi-
nado tema, por meio de atividades teóricas e práticas.
Baseadas no tripé universitário (ensino, pesquisa
e extensão), as ligas desenvolvem tarefas teóricas
como aulas, seminários, discussões de textos, apre-
sentações de casos clínicos, entre outras. Já as ativi-
Atualmente, existem 26 ligas cadastradas voltadas para o estudante de Medicina:
LIST – Liga de Infecções Sexualmente Transmissíveis
contato: listuff2017@gmail.com
LACiP – Liga Acadêmica de Cirurgia Plástica
contato: uff.lacip@gmail.com
LIRA – Liga de Radiologia
contato: lira.uff@gmail.com
LANC – Liga de Neurocirurgia
contato: contato.lancuff@gmail.com
LINFECTO – Liga Estudantil de Infectologia
contato: linfectouff@gmail.com
LiOrt – Liga de Ortopedia e Traumatologia
contato: liortuff@gmail.com
Pneumoliga – Liga de Pneumologia
contato: pneumoligauff@gmail.com
LiNe – Liga de Nefrologia
contato: lineuff2015@gmail.com
LiTRE – Liga de Trauma, Reanimação e Emergência
contato: litremeduff@gmail.com
LiAGO – Liga de Ginecologia e Obstetrícia
contato: liagouff@gmail.com
LAGH – Liga de Gastroenterologia e Hepatologia
contato: laghuff2016@gmail.com
LiO – Liga de Oftalmologia
contato: liouff@gmail.com
LiAMEE – Liga de Medicina do Esporte e do Exercício
contato: ligamedicinadoesporteuff@gmail.com
Quando for escolher uma liga para participar, é interessante que o aluno conheça e identifique-se com o tema
e com os projetos desenvolvidos.
LEMBRE-SE: As ligas acadêmicas não são um grupo de estudos, não servem para suprir alguma deficiência
do currículo nem são um teste vocacional.
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dades práticas consistem basicamente em promover
e conduzir o contato dos alunos com os pacientes.
Cada liga possui seu estatuto que define a meto-
dologia usada, a forma de selecionar ligantes, a
partir de que período os alunos podem se candi-
datar e por quanto tempo durarão as atividades
daquele ligante.
No geral, no início de cada ano letivo as ligas divulgam
seus simpósios que servem como preparatório para
as provas de admissão.
LiPsi – Liga Acadêmica Multiprofissional de Saúde Mental e
Psiquiatria
contato: lipsiuff@gmail.com
LiOnCC – Liga de oncologia clínica e cirúrgica
contato: ufflioncc@gmail.com
LiCCa – Liga de Ciências Cardiovasculares
contato: ligacardiouff@gmail.com
LiDerm – Liga de Dermatologia
contato: lidermuff@gmail.com
LiSF – Liga multiprofissional de saúde da família
contato: gabrielamom_@hotmail.com
LiGG – Liga de Geriatria e Gerontologia
contato: ligguff@gmail.com
LiPe – Liga de Pediatria
contato: ligapediatriauff@gmail.com
LiEndo – Liga de Endocrinologia
contato: liendomeduff@gmail.com
LiAD – Liga de Anestesiologia e Dor
contato: liad.meduff@gmail.com
LAC – Liga de Clínica Médica
contato: diretoria.lacuff@gmail.com
LiAC – Liga Acadêmica de Cirurgia
contato: contato.liac@gmail.com
LiNNeC – Liga de Neurologia e Neurociências
contato: linnecuff@gmail.com
Núcleo de Anatomia Humana e Comparada
contato: uffnahc@gmail.com
 COLETIVOS
O QUE É UM COLETIVO?
Um coletivo nada mais é do que um grupo de pessoas que se une para defender uma causa em comum,
visando fortalecer sua luta através da união. Além disso, acabam, por promover eventos, debates e serem
espaços acolhedores, levando a formação de vínculos entre os estudantes. Assim, os coletivos são espaços
muito importantes e a UFF conta com diversos:

COLETIVO NISE DA SILVEIRA

O Coletivo Nise da Silveira é o cole-
tivo de mulheres da Medicina UFF. A
mulher que dá nome ao coletivo, Nise
da Silveira, foi uma médica brasileira
que revolucionou a terapia ocupa-
cional no âmbito psiquiátrico do país.
Nise foi a única mulher numa turma
de 157 homens, tendo que enfrentar
o machismo da sociedade médica
a fim de repensar a psiquiatria. Ela é
um exemplo de grande mulher, que
enfrentou as mais diversas barreiras
para conseguir revolucionar o trata-
mento psiquiátrico.
tona discussões sobre naturalização da misoginia em
O coletivo foi criado em 19 abril de 2016 - data simbó-
forma de humor, se posicionando contra todo tipo de
lica, pois foi a data em que foi reconhecido às mulheres
opressão e silenciamento.
o direito de ingressar em universidades. Essa criação
ocorreu atendendo à demanda espontânea de O Coletivo Nise da Silveira, além de ser essencial para
mulheres da MEDUFF que percebiam e questionavam luta política contra o machismo presente na Medi-
os abusos machistas e misóginos de várias naturezas cina UFF, é também um espaço para mulheres serem
(assédio, desprezo, piadas) da parte de professores e ouvidas e acolhidas nas mais diversas situações em
alunos dentro do nosso curso. que o machismo da sociedade ainda tenta nos atro-
pelar. Criou-se, assim, uma grande rede de sororidade.
Estabeleceu-se, então, um espaço para discussão de
Desde a sua criação, o coletivo vem crescendo cada
casos locais de machismo, construção de novas estra-
vez mais, sendo construído por mulheres de diversos
tégias de intervenção e também para compartilhar
períodos da Medicina UFF, do primeiro ao décimo
informações e conhecimento sobre o movimento
segundo. Trazendo o debate da questão de gênero,
feminista. As mulheres, dentro do coletivo, pensaram,
o coletivo espera combater o machismo tanto no
juntas, em intervenções para ocupar espaços na facul-
discurso quanto nas atitudes de professores, alunos e
dade e combater o machismo tão velado no dia a dia
funcionários, permitindo que as mulheres ocupem seu
do curso de medicina - já tendo atuado em recepção
devido espaço dentro da universidade, algo que foi
de calouros, choppadas e no Intermed com faixas e
conquistado com muita luta.
adesivos, sempre denunciando atitudes machistas. O
grupo iniciou, junto a outros grupos dentro da medi- “Que as nossas calouras se juntem a nós nesse
cina, uma batalha contra músicas de torcida de cunho combate contra a opressão, que no futuro a Medicina
opressor, que eram cantadas de forma banal dentro UFF se torne menos machista, mais acolhedora para as
de nossas festas e jogos. Além disso, já trouxeram à mulheres! Vamos juntas” (Maria Luiza Duda)

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 COLETIVO NEGREX

“ No NegreX encontrei pessoas que, sobretudo, me escutaram, que tentaram me entender e ajudar!
Assim, para mim, o coletivo é mais do que uma possibilidade de debate e luta contra nossas mazelas
sociais, é um espaço representativo e com ações acadêmicas, é um coletivo de estudantes de medi-
cina unidos pelo passado, presente e futuro.
(Ícaro Marques)
“
O Coletivo NegreX de negras e negros da medi-
cina surgiu em 2015 no Congresso Brasileiro dos
Estudantes de Medicina. Treze estudantes negras e
negros que estavam presentes no meio de quase
400 brancos se uniram visando o fortalecimento
em conjunto para lutarem contra as barreiras
impostas historicamente pelo racismo e para terem
um espaço onde pudessem falar sobre suas vivên-
cias com quem os entendessem de fato.
Esse ideal e o desejo da existência de uma socie-
dade justa se traduziram em intervenções e empo-
deramento de negros - pretos e pardos. Dessa
forma o coletivo vai consolidando e enegrecendo
os espaços que nos são negados por essa cultura
racista e escravocrata que ainda é muito viva na
Medicina. Afinal, olhe à sua volta e veja a cor dos
seus colegas, dos médicos e dos pacientes!
A maior luta do coletivo ainda está onde você está,
no início, na entrada na Universidade. A luta é para Atualmente, o coletivo busca não só conscientizar
que as pessoas negras também possam realizar o os indivíduos de que ser negro está relacionado
sonho de serem médicas. O Negrex tem concen- com a forma como a sociedade vê seu corpo e não
trado esforços para garantir a implementação da lei como uma questão genética ou relacionada à cor
das cotas, estimulando que vestibulandos negras e dos pais e outros familiares. Isso é um processo
negros encarem as cotas raciais como um direito de conscientização sobre o quão problemática é
adquirido e garantido por uma política reparado- a fraude nas cotas, seja para quem não conseguiu
ra e batalhando contra as fraudes nas cotas. Sim, entrar na sua vaga de direito, seja para as pessoas
é verdade que pessoas que não são vistas como que entraram, como no caso dos 24 estudantes de
negras pela sociedade se utilizam da autodecla- medicina da UFPel que foram desligados da univer-
ração de uma condição que não é real, retirando sidade. O Negrex conta com vocês, calouros, para a
esse direito arduamente conquistado pela luta de estruturação de uma humanidade mais inclusiva e
movimentos negros e de setores menos preconcei- saudável, anulando ideologias sobre qualquer su-
tuosos da esfera social. premacia vigente.

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MEDICETA
O grupo Mediceta foi criado em 2012 com o obje-
tivo de integrar e unir os LGBTs da MedUFF para,
assim, criar um espaço de liberdade que antes não
existia, onde se pode existir sem receio de julga-
mentos. Muitos calouros, sentem muito receio ao
adentrar em um ambiente novo como a Faculdade
de Medicina, medo por não saber como serão
tratados, receio da LGBTfobia. O Mediceta possibi-
litou a construção de um espaço de segurança para
os calouros e demais pessoas da Faculdade, pois é
um grupo composto por pessoas que te entendem
plenamente e estão dispostas a ajudar – um grupo
de união, segurança e diversão.
No entanto, não podemos esquecer que o lugar no
qual estamos – uma Faculdade de Medicina – já foi e
ainda é fonte de opressão e sofrimento para LGBTs.
A ameaça da LGBTfobia é constante em todos os
lugares e na MedUFF não é diferente. A LGBTfobia
já veio de alunos e de professores que, inclusive,
permanecem na Faculdade. Vale lembrar que só
recentemente, em 17 de maio de 1990, a OMS
retirou a homossexualidade do CID – Classificação
Internacional de Doenças. Antes disso, era conside-
rada patológico ser homo ou bissexual, algo visto
como uma doença mental, e a partir disso diversas
violências foram institucionalizadas e aplicadas –
castração química, internação manicomial, aban-
dono. Entretanto, a transexualidade ainda não saiu
do CID e ainda é considerada uma doença mental.
Isto é, as identidades de gênero distintas da norma-
tiva (cis) são tratadas como patológicas pela Medi-
cina. Isso é desumano e violento.
Daí surge a importância do Mediceta. O coletivo
se contrapõe a essa ameaça de opressão com a
vontade de ser/existir. Para não se calar frente ao
preconceito, o grupo deve estar sempre junto
e resistir. Por isso a construção da coletividade
política é fundamental. Um grupo LGBT em uma
faculdade de Medicina tem um porquê histórico, é
para ocupar e mudar um espaço que ainda é fonte
de opressão.
Em termos de militância, o simples fato de
congregar os LGBTs da faculdade em um grupo já
é por si só um ato político, pois é reafirmar a exis-
tência num espaço de muito tradicionalismo e a
união enquanto minoria, principalmente minoria
política. A proposta para o Mediceta, hoje, é ser
cada vez mais um grupo de politização e ação
social. Isto é, fortalecer a militância LGBT e ter
mais ação política para transformar a sociedade
e a Medicina, quebrando com os paradigmas de
opressão. A militância é de interesse de todos, é
para transformar a nossa realidade.
O coletivo, devido à demanda, está planejando um
espaço de estudo para apresentar e aprofundar os
debates, não apenas no senso comum, mas nos
baseando na Constituição, nos programas do SUS
e demais fontes legais, com o objetivo de compre-
ender quais são seus direitos, para poderem reivin-
dicá-los e criticar o que ainda falta ser institucionali-
zado. Preparados com essas informações, o coletivo
será capaz de se fortalecer e terá um norte para
nossa luta, pois, apenas ocupando a política, dimi-
nuirão o abismo de representação.
13
 OS CAMPI
FÍSICA VELHA INSITITUTO BIOMÉDICO

É um prédio de dois andares, amarelo, onde os
alunos do primeiro ano de Medicina, de Biologia
e de outros cursos da saúde tem aula. Fica no alto
do morro do campus Valonguinho. Lá funcionava a
maternidade do Hospital São João Batista. As aulas
são no segundo andar.
É um prédio que também fica no campus do Valon-
guinho, mas sua entrada é na Rua Professor Hernani
Pires de Melo. Nesse local ocorrem as aulas de
Histologia, Fisiologia, MAD, Farmacologia e etc.
Não há aulas no Instituto Biomédico durante o
primeiro período também.

GRAGOATÁ
É nesse campus em que funcionam os cursos das
áreas de ciências humanas e de estudos sociais
aplicados – História, Ciências Sociais, Psicologia,
Educação, Letras e Serviço Social.
Nele também se encontra a Biblioteca Central.

PRAIA VERMELHA
É nesse campus em que funcionam os cursos de
exatas. Ele é localizado no bairro de Boa Viagem e
que dispõe de uma vista privilegiada para a Baia de
Guanabara.
HUAP
É o Hospital Universitário Antonio Pedro. Desde
o primeiro período o aluno tem aulas no hospital
e a quantidade deles vai aumentando progressi-
vamente com o decorrer dos períodos. No início
as aulas serão no prédio anexo, mas com o fim
do ciclo básico, você passará a frequentar as alas
do hospital propriamente dito. Ele se localizada
na Avenida Marquês do Paraná e é distintamente
marcado pela figura de Hipócrates (não, não é o
Cristo) em sua fachada.

INSTITUTO DE MORFOLOGIA
É um prédio de dois andares (o primeiro andar e
o anatômico, que fica no subsolo), onde são minis-
tradas as aulas de Anatomia e Embriologia para os
cursos da área da saúde. A UFF tem uma extensa
carga horária de anatomia, mas que não se inicia
no primeiro período. As disciplinas de Morfo 1,
Morfo 2, Neuroanatomia e Anatomia Medico-Cirúr-
gica pertencem a grade curricular do segundo ao
quarto período.

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 Informações Úteis
PROAES
A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis - PROAES -
foi criada com a finalidade de desenvolver políticas
de apoio estudantil, com ações que contribuam
para a melhoria do desempenho acadêmico. Os
programas e projetos desenvolvidos pela PROAES
visam, acima de tudo, contribuir para formação
profissional e construção de cidadania dos estu-
dantes da UFF. Alguns dos programas de suporte
ao aluno que a PROAES oferece: Bolsas de Assis-
tência Estudantil, Apoio ao Estudante Estrangeiro,
Apoio aos Estudantes com Deficiência, Apoio
Emergencial, etc.
Apoio Transporte
O Programa de Apoio Transporte concede apoio
financeiro mensal para auxiliar os estudantes matri-
culados nos cursos de graduação presencial, nas
despesas diárias no deslocamento em transporte
coletivo entre sua residência e a Universidade. Para
inscrever-se no Programa Bolsa de Apoio Trans-
porte, o estudante deverá ficar atento à abertura do
Edital em data a ser divulgada no site www.proaes.
uff.br (o Edital e a Instrução Normativa são disponi-
bilizados no site durante o período de inscrições).
Auxílio Moradia
O Programa Auxílio Moradia consiste em um apoio
financeiro mensal para atender estudantes matri-
culados nos cursos de graduação presencial que
residem em cidades do interior do Estado do Rio
de Janeiro ou de outros Estados, no auxílio das
despesas com república, vaga, pensionato, dentre
outros. O estudante deverá comprovar por meio de
documentação própria sua situação de moradia.
Para inscrever-se no Programa Auxílio Moradia, o
estudante deverá ficar atento à abertura do Edital
em data a ser divulgada no site www. proaes.uff.br
(o Edital e a Instrução Normativa são disponibili-
zados no site durante o período de inscrições).
Acolhimento Estudantil
Essa modalidade de bolsa é voltada aos alunos
ingressantes para receberem um auxílio financeiro
pelo período de um ano. As bolsas são distribuídas
de acordo com um processo seletivo realizado pela
própria Universidade. Basta entregar documentos
que comprovem a situação de vulnerabilidade
financeira. Entretanto, essas bolsas são limitadas
e organizadas de maneira a atender, por ordem
crescente de renda familiar per capta de cada
participante. IMPORTANTE: O acompanhamento
do edital e inscrição nos programas de bolsas da
PROAES pode ser feito através do SisBol (https://
sistemas.uff.br/bolsas). Para entrar no sistema é só
usar os mesmos dados do seu IdUFF!
Bolsa Alimentação
É um benefício, na modalidade de concessão de
tíquetes, disponível somente para estudantes
dos Cursos de Graduação de Niterói e destina-se
àqueles que utilizam os Restaurantes Universitários
(RU-Bandejão).
Bandejão
O bandejão principal fica no campus do Gragoatá,
mas há outros na Reitoria (Icaraí), no campus da
Praia Vermelha (Boa Viagem) e no HUAP (Centro).
Para entrar no restaurante universitário é neces-
sário colocar créditos na sua carteirinha ou comprar
seus tickets nos guichês localizados no campus
Gragoatá. Cada refeição custa R$0,70 (setenta
centavos, sim!).
Os bandejões funcionam no horário do
almoço, das 11h30min às 14h
*Exceção HUAP: 11h30min às 13:30
Apenas o bandejão do Gragoatá serve jantar,
das 17h às 19h
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 BUSUFF
Outro serviço oferecido pela assistência estudantil da nossa
universidade é o amado BusUFF. Contamos com três rotas que
rodam pelos campi de Niterói.
Rota 1: Valonguinho → Gragoatá → Praia Vermelha → Direito →
IACS2 → Economia → IACS → Gragoatá → Instituto Biomédico →
Valonguinho
Rota 2: Valonguinho → Enfermagem → HUAP → Reitoria →
Veterinária → Farmácia → Veterinária → HUAP → Enfermagem →
Valonguinho
Rota 3: Valonguinho → Terminal Rodoviário → Gragoatá → Praia
Vermelha → Direito → IACS2 → Economia → IACS → Gragoatá
Instituto Biomédico → Valonguinho

Bibliotecas
É necessário que você faça um cadastro para
utilizar as bibliotecas da universidade. Para isso,
leve uma xérox do plano de estudo (documento
que você recebe na inscrição de disciplinas) e
documento de identificação com foto, em cada
uma das bibliotecas. Assim, ao se cadastrar,
você poderá alugar e reservar livros. Nos perí-
odos iniciais, vocês poderão utilizar a biblioteca
do Instituto Biomédico e a Biblioteca Central do
Valonguinho (ao lado do DCE). A biblioteca do
HUAP só lhes terá maior utilidade a partir do 5º
período, quando você passará a buscar livros que
não fazem mais parte do estudo do ciclo básico.
O uso dos computadores da BCV e do IB é prin-
cipalmente para pesquisas no Portal Capes, sobre
o qual vocês ouvirão em breve durantes as aulas.
Na grande biblioteca do Gragoatá vocês terão
acesso a grandes nomes da literatura nacional e
internacional.
Apoio Psicológico
A UFF também oferece atendimento psicológico
para aqueles momentos onde a faculdade exige
mais da nossa saúde mental do que podemos
oferecer. Esse serviço é oferecido na Divisão de
Assistência a Saúde do estudante e pode ser
agendado pelo telefone (21) 2629-5320.
Há também o PAPP, que já foi abordado no manual,
sendo esse mais específico do curso de Medicina.
Carteirinhas
Vocês utilizarão essa carteirinha para identificação
estudantil, que lhes permitirá a vantagem da
meia-entrada em diversas atividades culturais e
de entretenimento. Além disso, essa carteirinha
poderá ser utilizada para acessar o bandejão após
a creditação do valor da refeição. Ainda existe
a possibilidade de ativar as funções de RioCard
(aceito em todos os tipos de transporte de Niterói
e do Rio de Janeiro) e cartão de banco Santander.
Vocês poderão solicitá-la pela internet, no site do
IDUFF.
Passo a passo:
01) Acesse o site do IDUFF e faça o seu cadastro:
inscricao.id.uff.br Aqui você poderá também criar
um email pessoal na plataforma do IDUFF, com
armazenamento ilimitado no Google Drive
02) Acesse o site da Carteirinha UFF, faça seu
login com os dados do seu IDUFF e solicite a sua:
sistemas.uff.br/carteirinha
03) Acompanhe o seu pedido e aguarde
A ativação das funções adicionais deve ser
requerida ao receber a carteirinha em mãos nos
stands destinados a isso no período determinado.

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 DIRETÓRIO ACADÊMICO
BARROS TERRA
O Diretório Acadêmico Barros Terra (DABT) foi
fundado em 29 de julho de 1929, com o objetivo
não só de representar os estudantes da então
Faculdade Fluminense de Medicina (primeiro
nome da Faculdade de Medicina da UFF), mas
também de unir seus interesses e suas lutas. Foi
o DABT que organizou a 1ª Semana Científica de
Medicina do Brasil em 1931, onde foi o primeiro
espaço que os estudantes de medicina do país
conseguiram se reunir e trocar experiências. O
DABT tem como princípios a defesa de uma saúde
e de um ensino públicos, gratuito, de qualidade e
de acesso universal, assim como a construção de
um ensino médico voltado às reais necessidades
da população brasileira.
A partir do momento que você faz sua matrícula até
o momento que você recebe seu diploma você faz
parte do DABT. Sendo assim, têm direito a serem
defendidos por este, mas também têm o dever de
participar da construção da entidade não apenas
votando nas eleições da diretoria, mas também
participando das reuniões, assembleias, dando sua
opinião nos espaços pertinentes, sendo nossa rede
de ajuda ou fazendo parte da gestão. A diretoria
do DABT é eleita para gestão de um ano e todos os
alunos podem organizar chapas para concorrerem
às eleições. Os cargos da diretoria se dividem
em seis coordenações: Geral, Administração e
Finanças, Relações Estudantis, Cultura e Formação
Científica, Divulgação e Imprensa e Sócio-Esportiva.
A atual diretoria do DABT é a Gestão “Mãos Dadas”.
A quantidade de Coordenações do DABT reflete
sua variedade de projetos e frentes que tocamos.
É o DABT que organiza as atividades esportivas
da MedUFF, a nossa maravilhosa Choppada, as
festas mais tradicionais do nosso curso, assim
como fazemos eventos científicos, de discussão
curricular, de integração dos estudantes com
debates e discussões dos mais variados temas
pertinentes ao estudante de medicina. Também
representamos os estudantes em diversas
instâncias superiores da Universidade, levantando
suas demandas e opiniões nestes espaços.
Para organizar suas ações e se planejar durante
todo o período de gestão, a diretoria do DABT se
reúne semanalmente, normalmente às segundas-
feiras às 18h, na sala do DABT, que fica no 2º andar
do prédio Anexo ao HUAP. Pelo menos 24h antes
da reunião, uma convocatória contendo possíveis
mudanças de horário e data, bem como as pautas
a serem discutidas, é enviada ao e-mail das turmas.
Nessas reuniões qualquer cidadão pode participar
com direito a voz e todo estudante de medicina
da UFF tem direito a voz e voto. Absolutamente
tudo que o DABT faz ou se posiciona é discutido
nessa reunião com a diretoria e os estudantes
juntos, então sua participação é muito importante
para fazer toda essa engrenagem girar! Venha
conosco construir uma UFF melhor para todos,
entre para nossa Rede de Ajuda! Qualquer dúvida,
os contatos dos coordenadores do DABT estão no
final deste manual! Esperamos vocês!
17
 COTA
Ao longo da nossa vida de vestibulando, seja no
ensino médio ou no cursinho, a idéia de aprovação
em uma faculdade vem sempre acompanhada da
imagem do calouro pintado pedindo dinheiro na
rua. Esse é um rito que marca a entrada na vida
universitária, e na Medicina UFF isso não é diferente.
A grande pergunta é: pra onde vai esse dinheiro?
O valor arrecadado pelo calouro quando entra
na faculdade é o que se chama de cota e aqui na
MedUFF se tem como meta o valor de R$350. A
cota não serve para sustentar a bebedeira dos
seus veteranos, como dizem por aí. Na verdade,
ela é, historicamente, uma das principais formas
de arrecadação do nosso diretório, e, por isso,
ela é fundamental para que o DABT consiga cons-
truir e manter as festas, os espaços para discussão
sobre a nossa formação médica, os esportes e até
a recepção dos calouros do semestre seguinte,
além de outros eventos.
Outra dúvida importante que surge em relação à
cota é quais os benefícios que se ganha atingindo
OUTRAS ENTIDADES DE
REPRESENTAÇÃO ESTUDANTIL
Enquanto o DABT ocupa-se de ser a entidade representativa dos estudantes de Medicina da UFF,
existem outras entidades as quais o DABT se relaciona e que também possuem papel de representação
dos estudantes.
DCE (Diretório Central dos Estudantes)
É a entidade que representa todos os estudantes
da UFF, unindo os Diretórios e Centros Acadêmicos
de todo os cursos. Aqui em Niterói o DCE da UFF
funciona no prédio do campus do Valonguinho e
chama-se Diretório Central dos Estudantes Fernando
Santa Cruz em homenagem a esse estudante que foi
morto durante a Ditadura Militar.
18
a meta. Além de permitir as atividades promovidas
pelo DABT, que são acessíveis a todo estudante, o
calouro que atinge o valor de R$350 recebe certos
prêmios, como produtos da MedUFF e direito a
entrada na área VIP de graça na nossa choppada, e
concorre a diversos outros, como cursos de sutura,
simpósios de ligas, livros que serão usados ao longo
da faculdade, entre outros.
Por fim, não se assuste achando que o dinheiro para
bater a cota é arrecadado apenas na rua. Todos nós
já fomos calouros e sabemos que conseguir dinheiro
assim não é simples. Por isso, o DABT e a Comissão
de Acolhimento elaboram rifas e dão outras opções
de pagamento da cota pra ajudar todos os calouros
a terem acesso a todos os benefícios para alcançar
a meta. Caso ainda tenha perguntas sobre a cota,
procure os integrantes do DABT ou da Comissão de
Acolhimento, eles não hesitarão em responder!
Estamos ansiosos para ver todos os nossos
calouros pintados!
DENEM (Direção Executiva Nacional
dos Estudantes de Medicina)
É a entidade que representa todos os estudantes
de medicina do país, funcionando como um DABT
em proporções nacionais, reunindo os Diretó-
rios e Centros Acadêmicos de Medicina de todo
Brasil. Promove inúmeros eventos ao longo do
ano, como o Congresso Brasileiro dos Estudantes
de Medicina (COBREM), o Encontro Científico dos
Estudantes de Medicina (ECEM) e o Seminário
do CENEPES (Centro de Estudos e Pesquisa em
Educação e Saúde), os quais funcionam como
espaços de troca de vivências e experiências
entre os estudantes de Medicina, além de serem
espaços de formação política.
A luta estudantil
No final de 2011 os
estudantes se uniram
para lutar pelo nosso
hospital. Foi lançado
o movimento “Eu luto
pelo HUAP”. A principal
denúncia foi a redução
do número de leitos por
conta da diminuição do
número de funcioná-
rios do hospital. Como
consequência, no início
do ano de 2012, foi
aberto concurso para
a contratação de mais
funcionários.
Nos últimos anos, uma luta específica foi intensifi-
cada pelos alunos da Medicina UFF: a ameaça de
adesão do HUAP à Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares (EBSERH). Por entendermos que a
atuação da empresa fere a autonomia universitária e
é uma tentativa de desconstrução do Sistema Único
de Saúde, por exemplo, o DABT já organizou rodas
de conversa, assembleias, atos no Conselho Univer-
sitário (CUV) e grandes mobilizações no HUAP e na
cidade de Niterói.
Nesse contexto, em 2015 o diretor do HUAP de
forma unilateral deliberou o cancelamento de todas
as internações eletivas impossibilitando o atendi-
mento de centenas de pacientes e convocou uma
reunião fechada com alguns poucos chefes de
serviço ferindo até o mesmo o estatuto do HUAP o
qual prevê a convocação do Conselho Deliberativo
do HUAP onde usuários, técnicos administrativos,
estudantes e professores eleitos possuem voz e
voto. Dessa maneira os estudantes de medicina se
mobilizaram no mesmo instante e exigiram a parti-
cipação na reunião, entramos na sala e saímos de lá
com uma assembleia marcada com representantes
da Faculdade de Medicina, Coodenação de Curso,
Reitoria e com o próprio diretor do hospital que
sempre se negara a discutir a situação do hospital.
Dessa forma, foi dado início a um longo período de
tensão, marcado por grandes protestos que pararam
a principal avenida da
da cidade, e chamaram a
atenção o suficiente para o
Estado do Rio de Janeiro,
por meio do Hospital Esta-
dual Azevedo Lima, doar
insumos hospitalares para
a não interrupção das ativi-
dades do hospital. Apesar
dessa pequena vitória,
as tentativas de aprovar a
EBSERH continuaram e foi
até mesmo fundada a Frente
de Luta dos HU`s do Rio de
Janeiro, a qual possuía a
participação dos Centros e
Diretórios acadêmicos de
medicina da UERJ, UFRJ,
UNIRIO e UFF, que resultou
em um Ato conjunto no
centro do Rio de Janeiro.
Não obstante, o atual reitor convocou para o dia
16 de março de 2016 um Conselho Universitário
para aprovar a contratualização da Ebserh a portas
fechadas e longe dos limites da Universidade. Mesmo
com uma liminar do juiz Rogério Tobias de Carvalho,
da 1ª Vara Federal de Niterói, que determinou que o
CUV deveria ocorrer em sessão pública autorizando
a entrada da comunidade acadêmica, o acesso ao
prédio onde seria realizado o conselho manteve-se
fechado por dezenas de policiais militares e guardas
civis os quais entraram em confronto com os estu-
dantes, professores e técnicos administrativos, que
reivindicavam o direito assegurado pelo judiciário.
Porém, sem permitir falas contrárias ou a favoráveis
à empresa o reitor submeteu a votação e deu por
aprovado sem ter ao menos contabilizado o número
de votos contrários mostrando um grave desres-
peito a todos os conselheiros e comunidade acadê-
mica que estava nesse exato momento sendo repre-
endida com spray de pimenta. Assim, iniciou-se um
novo ciclo dentro do HUAP, agora sob administração
de uma EMPRESA de fins lucrativos que possui como
principal bandeira o aumento do número do quadro
de funcionários. No entanto, em Junho de 2016, 40
leitos foram fechados alegando falta de funcionário
e não abertura de concursos públicos, o que repre-
sentou uma redução de mais de 30% do número
de leitos. Incansavelmente o HUAP é ameaçado e a
população padece sem atendimento. Porém, a luta
continua e assim como já diziam os nossos ances-
trais estudantes da Faculdade de Medicina devemos
acreditar que…
“Essa é uma casa que renasce
para durar eternamente,
na esperança dos que sofrem
e na energia criadora dos jovens
que ousam para o futuro”
Todas essas lutas só foram possíveis porque nos
unimos e agora você é um de nós! Portanto, junte-
-se a nós na busca por um aprendizado digno e um
HUAP 100% público, gratuito e de qualidade!
19
 PROGRAMAS DE
INTERCÂMBIO
CLEV
Ligada ao Diretório Acadêmico Barros Terra, a Coordenação Local de
Estágios e Vivências foi criada para coordenar as ações dos estágios
médicos. O órgão conhecido como CLEV é o representativo local
da IFMSA, órgão de representação internacional dos estudantes
de medicina, e existente em diversas universidades ao redor do
mundo. Por meio da CLEV os estudantes de medicina da UFF podem
inscrever-se em estágios nacionais e internacionais, podendo
atuar profissionalmente ou ingressando em uma pesquisa na área
médica com duração de quatro semanas. Com quatro modalidades
diferentes, o aluno pode inscrever-se simultaneamente em intercâm-
bios internacionais profissionais ou em pesquisa (SCOPE/SCORE), Está-
gios Nacionais (EN), Intercâmbio para Cuba (NBC) e intercâmbio chinês
(NBCHINA). Para saber mais sobre as condições para participar do programa,
bem como as informações acerca dos países disponíveis para os intercâmbios
acesse nossa pagina do facebook ou nosso site!

NOSSOS
ESPORTES
O DABT acredita no esporte como elemento fundamental na formação do estudante como médico e indi-
víduo na sociedade, sendo este facilitador das relações interpessoais, do trabalho em equipe e fator inte-
grador dos alunos. Por isso, o diretório o leva bastante a sério e trabalha para que ele continue dando
orgulho a todos.
Contamos com treinos semanais guiados por treinadores em diversas quadras de Niterói. Cada esporte
conta com Diretores de Modalidade, responsáveis por avisar aos atletas sobre os treinos, cobrar assidui-
dade e mensalidade, mas principalmente conhecer de perto quem são os alunos que frequentam a modali-
dade. Os treinos são destinados a todos, seja para treinar para competição, aprender a modalidade ou para
quem busca fazer uma atividade física! Basta querer aprender e aparecer!

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Copa Rio - Minas
Com sua primeira edição realizada no ano de 2015,
a Copa Rio-Minas reúne 12 das principais escolas
médicas do Rio de Janeiro (UFF, UNIRIO, UERJ, FMP,
Souza Marques e UFRJ) e Minas Gerais (UFJF, Facul-
dades de Ciências Médicas, UFOP, Suprema, UFV e
FASEH) em um evento de 4 dias de muito esporte,
festas e torcida. Além das modalidades tradicionais
em equipe, o CRIMI ainda apresenta as individuais,
como Atletismo, Judô, Tênis, Tênis de Mesa, Pebolim,
Xadrez e Peteca! Nas últimas edições, a MEDUFF
apareceu com boas campanhas no quadro geral - 3º
em 2015, 4º em 2016 e 2º em 2017! Mesmo compe-
tindo com escolas tradicionais no esporte universi-
tário, continuaremos nosso trabalho pensando no
título geral de 2018!

InterMed RJ/ES
Todo ano, no mês de Outubro, ocorre o maior evento
que reúne as escolas de medicina do Rio de Janeiro
e Espírito Santo em 4 dias de competições espor-
tivas, festas e torcida. Desde 2016, como demanda
das principais atléticas de RJ/ES, o antigo OREM, o
qual era organizado pela DENEM, mudou de figura
e passou a ser realizado pela LIRE sob a cunha de
Intermed RJ/ES.
Historicamente, a UFF tem melhorado seu desem-
penho no OREM de forma excepcional. Saltamos do
18º lugar em 2003 para o 6º nos três campeonatos
seguintes.
Chegamos à 3ª colocação em 2007, mesmo ano em
que ganhamos pela primeira vez o título de Melhor
Torcida do Orem, atingido pela impecável atuação
da Bateria Leões da UFF! De 2009 a 2014, nossos
atletas competiram de forma exemplar e nossa
torcida continuou brilhando, tornando-nos Hepta-
campeões da Melhor Torcida!

Já em 2015, todo o suor em quadra, esforço dos
técnicos, grito da torcida e Bateria foi recompen-
sado pelo tão esperado Título de Campeão Geral do
OREM! Contrariando até a lógica, vencemos! Depois
de tantos anos batendo na trave, nossa vitória não
poderia ser menos emocionante!
Em 2016, mesmo com um nome diferente, o evento
não mudou em espírito! Nesses dois últimos anos,
nossas equipes jogaram com muita garra e determi-
nação, e com o brilho da maior bateria universitária
e o apoio da torcida, conseguimos o 2º lugar Geral
em ambos campeonatos!
E a preparação rumo ao 1º lugar em 2018 já
começou, pois os Eternos Campeões do OREM
gostaram do título e querem ser Campeões também
do INTERMED! Nossas equipes, torcida e bateria
esperam por vocês, calourinhos da 118!

21
 INTERUFF
Olimpíada estudantil realizada entre os cursos da UFF, o INTERUFF
difere dos demais eventos por não ter a experiência de alojamento,
festas e aquela intensidade 100% durante dois ou três dias. O INTE-
RUFF é normalmente realizado em um espaço de dois ou três meses
com partidas realizadas em Niterói nos finais de semana. Sendo uma
competição para a qual principalmente nossos atletas se preparam,
é ideal para o aluno que está começando a praticar esportes e ainda
não tiveram a experiência de entrar em quadra vestindo as cores da
MEDUFF. Assim, se você quer se tornar um atleta MEDUFF e entrar
em quadra o mais cedo possível, procure os Diretores de Modali-
dade para saber quando começarão as partidas.

CONTATOS DOS DIRETORES DE MODALIDADE:
Atletismo (FEMININO): Lia Martins - (21) 99715-7245
Atletismo (MASCULINO): Tarik Ibrahim – (21) 96840-7443
Basquete (FEMININO): Alexia Frayha - (21) 98302-8031
Basquete (MASCULINO): Akash Gannabathula – (21) 98229-0918
Cabo de Guerra: Thati Noel - (24) 988320752
Cheerleaders: Ilana Messias – (21) 99593-4993
Futebol de campo: Igor Morais - (21) 99938-9089
Futsal (FEMININO): Lais Sales – (11) 99395-1972
Futsal (MASCULINO): Vitor Rodrigues - (21) 96532-6606
Handebol (FEMININO): Paula Gonzalez – (24) 98120-2942
Handebol (MASCULINO): Othon Moura – (21) 99599-3070
Natação (FEMININO): Fernanda Mayumi Oda - (11) 99632-3933
Natação (MASCULINO): Matheus Gonçalves – (21) 96927-3744
Vôlei (FEMININO): Carolina Cecim - (62) 8106-0794
Vôlei (MASCULINO): Caio Brum – (22) 99989-5511

RECEPÇÃO DE CALOUROS
O DABT vem realizando há sete anos a Semana de
Recepção de Calouros. O projeto tem como obje-
tivos: Integrar os novos alunos entre si e com os
alunos de outros períodos, com quem conviverão
por muito tempo; Mostrar o sistema de saúde de
Niterói, no qual farão diversas práticas durante sua
passagem pela Faculdade de Medicina da UFF,
fazendo com que conheçam um pouco da reali-
dade do município e debatendo suas próprias
opiniões de modo a trazer novas concepções
sobre saúde e doença; Falar um pouco sobre o SUS
mostrando a importância de se organizarem para
lutar pelo que acreditam, sem deixar de se divertir.
As atividades são orientadas por coordenadores
do DABT, alunos que fazem parte da nossa rede de
ajuda e com a participação de colegas de outras
faculdades de medicina do Rio de Janeiro, e vêm
estabelecendo vínculos diferentes destes alunos
com seu Diretório Acadêmico, com a Universidade
e com a cidade de Niterói. Contamos ainda com a
participação de alguns professores convidados,
que promovem debates com os alunos. Preparem-
-se para atividades incríveis e que vocês irão se
lembrar pelo resto da vida!

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 CONTATOS DA GESTÃO

Coordenação Geral
Larissa Wermelinger (116) - (21) 98123-4618

Coordenação de Administração e Finanças

Luiz Guilherme Diniz (216) - (21) 99900-3586

Coordenação de Relações Estudantis

Bernardo Valle (115) - (21) 99638-9980
Gabriela Morais (116) - (15) 98154-6004
Maria Luiza Duda (116) - (21) 97178-4844
Vinícius Godinho (116) - (21) 96765-8084

Coordenação de Cultura e Formação Científica

Alexia Frayha (114) - (21) 98302-8031
Caio Bastos (117) - (21) 99654-3154
Eduardo Pinho Braga (115) - (21) 99549-1357
Kennedy Guabiraba (217) - (21) 97352-8270
Laís Sandoval (114) - (21) 97950-5040
Mariana Mathias (116) - (21) 99554-3444
Mirna Daumas (213) - (21) 98266-7769
Sara Lacerda (117) - (21) 96559-2846
Victor Chang (116) - (21) 98224-5503

Coordenação de Divulgação de Imprensa

Julia Albuquerque (115) - (21) 98876-8147
Maria Victoria Valle (115) - (21) 99594-9220
Teresa Ferraz (217) - (11) 99690-5506

Coordenação Sócio-Esportiva
Alexsander Lopes (115) - (21) 99467-9990
Cássio Destefani (117) - (19) 99798-3762
Eduardo Esposti (116) - (21) 98755-5253
João Pedro Fagundes (215) - (21) 98114-1699
Juliana Arcenio (117) - (21) 98621-4524
Luísa Aarão (117) - (21) 98440-4268
Matheus Paiva (116) - (21) 96675-7215
Matheus Gonçalves (215) - (21) 96927-3744
Magali Werneck (216) - (21) 98099-3472
Piettro de Almeida (114) - (21) 98115-1025

23