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UNIVERSIDADE PARANAENSE - UNIPAR

Reconhecida pela Portaria - MEC nº 1580, de 09/11/93 - D.O.U. 16/11/93


Mantenedora: Associação Paranaense de Ensino e Cultura – APEC

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 1ª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE CASCAVEL, ESTADO DO PARANÁ

AUTOS nº...

Caio, já qualificado nos autos a fls. ___, por seu procurador judicial
(procuração “Ad Judicia” anexo) que esta subscreve, advogado, com escritório profissional na
(rua/avenida), (nº), (bairro), (cidade-federação), (CEP) onde recebe intimações e notificações de
atos judiciais, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigos 396 e
396-A do Código de Processo Penal, oferecer a presente

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

, pelos motivos de fato e de direito que abaixo passa a expor:

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Rua Rui Barbosa, nº 566 – Centro – CEP 85.810-240 – Caixa Postal nº 4515 – Telefone/Fax (0**) 45-321-1300 – Cascavel – Paraná
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1. DOS FATOS

O réu foi denunciado e processado pelo Ministério Público porque no


dia 24 de maio de 2010 teria supostamente cometido crime de extorsão qualificada pelo emprego de
arma de fogo. Isso porque consoante narra a denúncia, visando abrir um restaurante, o ofendido
José obteve um empréstimo no valor de R$ 20 mil (vinte mil reais) do acusado Caio, assinando para
tanto uma nota promissória com vencimento para o dia 15 de maio de 2010. O réu Caio cobrou
educadamente a dívida, afirmando a vítima que iria pagar em uma semana.
Ocorre que a dívida não foi paga e em contato com a vítima, esta
justificou que estaria sem dinheiro. Indignado, o acusado Caio afirma que a dívida deveria ser paga
imediatamente. Assustado, o ofendido correu e avisou a polícia, que no entanto, não encontrou o
acusado quando da chegada ao estabelecimento. No inquérito policial, o acusado admitiu os fatos.
O juiz recebendo a denúncia, ordenou a citação do réu e a intimação
para a apresentação da resposta à acusação.

2.DO DIREITO

2.1 Em preliminar, desclassificação do delito de extorsão


qualificada pelo emprego de arma (artigo 158), para crime de exercício arbitrário das
próprias razões (artigo 145) (“emendatio libelli”).
O caso narrado na denúncia teve como objetivo, uma pretensão
legítima do acusado porquanto exigira do ofendido o pagamento, em razão de dívida licitamente
existente por nota promissória. É certo que o modo escolhido foi errado porquanto deveria o réu se
valer da justiça cível para obter os valores devidos.
Assim, a narração encontrada no petitório vestibular se coaduna na
verdade, com o delito de exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 do Código Penal), onde
no caso em testilha, vale-se o acusado da ameaça para alcançar pretensão legítima.

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Desta forma, requer a este juízo que se adeque a classificação do


delito do art. 158, do Códex para o do art. 345, do estatuto objetivo. É de se ressaltar que já existe a
narração do fato criminoso de forma correta, bastando se retificar a classificação correta: art. 345 do
Código Penal (art. 383, caput, do CPP). Pode-se no caso, alegar que tal procedimento deveria ficar
circunscrito à fase de sentença, conforme preleciona a doutrina, porquanto o art. 383 se localiza no
título da sentença no Código de Processo Penal.
Ocorre que tal medida se perfaz como necessária visto que a admissão
desde logo da “emendatio libelli” se traduz em posterior análise da competência em razão da
matéria deste juízo. Deve-se ressaltar ainda que a alteração promovida pela Lei nº 11.719/2008
permitiu uma “antecipação” da análise do mérito. Outrossim, pela mesma Reforma, deixou a defesa
inicial conhecida atualmente como resposta à acusação de ser figura eminentemente decorativa ou
apenas de instrumento de se arrolar testemunhas, para enfim tornar-se peça de efetiva defesa do
sentenciado.

2.2 Preliminarmente, incompetência absoluta desta vara criminal

Aceitando-se a tese de hipótese de crime de exercício arbitrário das


próprias razões (art. 345 do Código Penal), o crime é de competência dos juizados especiais
criminais, consoante se extrai da regra do art. 69 da Lei nº 9.099/95. A permanência nesta vara gera
o vício de nulidade absoluta pela incompetência absoluta (art. 564, I, do Código de Processo Penal).
E neste diapasão, prevê com todas as letras o art. 383, § 2º, do Código
de Processo Penal que o juiz fará remessa ao juízo competente. Em razão da economia processual e
até por se tratar de competência de natureza absoluta, não se compreende que o juiz deva aguardar a
fase de sentença para então decidir sobre a questão de competência. Por se tratar de hipótese de
exceção, deve sim o magistrado enfrentar a questão da “emendatio libelli” e em seguida, declinar da
sua competência em razão da matéria.

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2.3 Preliminarmente, ilegitimidade “ad causam”

Outrossim, reconhecida a classificação correta (art. 345 do CP), a


hipótese seria de ajuizamento da ação penal pelo ofendido Caio e não pelo parquet, visto que este só
teria legitimidade ad causam na ação penal pública.
Patente no caso em questão, a falta de uma das condições da ação, ou
seja, a legitimidade ad causam, que gera a nulidade prevista no art. 564, II, do Código de Processo
Penal. Deveria então a denúncia ser rejeitada ante a falta de uma das condições da ação penal, nos
exatos termos do art. 395, inciso II, segunda figura, do Código de Processo Penal.

2.4 Em preliminar, decadência do direito de ação penal privada

Havendo desclassificação para o art. 345 do Código Penal, a hipótese


é de ação penal privada.
Estabelece o art. 38, do CPP e o próprio art. 345, parágrafo único, do
CPP, a legitimidade do ofendido para o exercício da ação penal privada. Assim, deveria o mesmo
ter exercido esse direito no prazo de seis meses, que já se esgotou, visto que no momento da
consumação do delito (24 de maio de 2010) até a presente data, já se passaram mais de 6 (seis)
meses, sem que houvesse propositura da competente queixa-crime, já que a ação penal se iniciou
através de denúncia do Ministério Público.
Portanto, retificada a classificação do delito para o do art. 345, do
Código Penal, necessário o reconhecimento de causa de extinção da punibilidade, nos exatos termos
do art. 107, IV, do Código Penal e ainda do art. 397, IV, do Código de Processo Penal.

2.5 No mérito

Requer a absolvição pela atipicidade da conduta de extorsão,


qualificada pelo emprego de arma de fogo. Isso porque consoante se extrai da fase administrativa,
não houve intento de se exigir vantagem indevida. Consoante se extrai dos autos, existia uma dívida

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lícita de R$ 20 mil (vinte mil reais), comprovada por nota promissória. Em outras palavras, a
suposta vítima devia referida quantia ao acusado.
Assim, cabível no caso em testilha, analisando de forma isolada o tipo
do art. 158 do Código Penal, a absolvição sumária com supedâneo no art. 397, III (o fato narrado
evidentemente não constitui crime).

3. DO REQUERIMENTO

Diante do exposto, é a presente para requerer a desclassificação para o


delito de exercício arbitrário das próprias razões e a remessa dos autos ao juizado especial criminal;
se mantida a competência, requer o reconhecimento da ilegitimidade ad
causam do órgão do Ministério Público e ainda a incidência da
decadência e no mérito, superadas todas as preliminares, a absolvição em razão da atipicidade da
conduta de extorsão.
Isso por inteira JUSTIÇA!!! Termos em que, pede deferimento.
(Local), 28 de Janeiro de 2013. (Nome e Assinatura do Advogado) OAB/(Federação) (Número)
Rol de Testemunhas:
1. Joaquim, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do
RG (nº) e do CPF (nº), residente e domiciliado à (rua/avenida), (nº), (bairro), (cidade – federação),
(CEP);
2. Manoel, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do RG
(nº) e do CPF (nº), residente e domiciliado à (rua/avenida), (nº), (bairro), (cidade – federação),
(CEP).

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EXERCÍCIOS DA AULA PRÁTICA

Questão 01
Resposta: sim, foram julgadas totalmente procedentes todas as ações
em que foi demonstrado o dano decorrente do episódio, pois incidia, no caso, a responsabilidade
objetiva fundada no risco da atividade normalmente praticada pela instituição financeira. Art. 927.
Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Questão 02
Resposta: Isso não é possível, incidindo sobre o caso a litispendência,
pois em que pede na segunda ação ela tenha ingressado somente contra mariana, esta já é parte do
primeiro processo, que tem a mesma causa de pedir e o mesmo pedido da segunda ação. Deve então
o juiz extinguir o feito sem julgamento de mérito, em obediência ao que dispõe o inciso V, do art.
485 do CPC.

Questão 03
Resposta: não é legitima, pois não deve haver a suspensão do
fornecimento de energia elétrica por causa de débitos pretéritos. O corte de energia pressupõe o
inadimplemento de conta relativa ao mês do consumo, sendo inviável a suspensão do abastecimento
em razão de débitos antigos. O artigo 172 da resolução da ANEEL prevê que somente é possível a
suspensão por inadimplemento, quando precedido de notificação pelo não pagamento da fatura
relativa a prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica. Para tais casos deve a
companhia utilizar-se dos meios ordinários de cobrança, pois não admite o constrangimento ou
ameaça ao consumidor, nos termos do art. 42, CDC.

Questão 04

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Resposta: O CDC, estabelece em seu art. 19, que os fornecedores


respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que respeitadas as
variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo liquido for inferior as indicações constantes do
recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitaria podendo o consumidor exigir a
substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem aludidos vícios. Desta
forma, o prazo para exigir a troca somente se inicia após o defeito ser evidenciado. No entanto, o
problema maior esta em provar o dano e o seu nexo causal, vez que, demanda perícia técnica e o
vício também pode ter sido gerado pelo mal-uso da coisa. Consequentemente, a falta de vistoria
previa na compra do produto também pode ser excludente de responsabilidade do fornecedor.

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