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UNIVERSIDADE DE UBERABA
ANA PAULA SILVA
DIEGO MAEKAWA SILVA
MAIKELLY LICIENE SOUTO FERREIRA
MIGUEL CAMPOS DA COSTA
PAOLA ALVES CORRÊA

PIEZOELETRICIDADE

UBERABA-MG
2009
2

UNIVERSIDADE DE UBERABA
ANA PAULA SILVA
DIEGO MAEKAWA SILVA
MAIKELLY LICIENE SOUTO FERREIRA
MIGUEL CAMPOS DA COSTA
PAOLA ALVES CORRÊA

PIEZOELETRICIDADE
Trabalho de integralização apresentado ao Departamento de Química da
Universidade de Uberaba, como parte das exigências da disciplina de Oficinas
Integradas do curso de Graduação em Engenharia Química.

Orientador
Professor Deusmaque Carneiro Ferreira

UBERABA-MG
2009
3

Agradecemos primeiramente a Deus, por ter nos dado muita


força para a realização deste trabalho, aos nossos pais que tanto
colaboraram nos momentos de estudo. Ao professor Deusmaque
Carneiro Ferreira, pela valiosa orientação, apoio e incentivo. Aos
amigos colegas da disciplina e do curso, pela rica convivência. A
todos que direta ou indiretamente contribuíram para o
desenvolvimento deste trabalho.
4

Dedicamos esta monografia aos nossos pais, irmãos, familiares e amigos que de
muitas formas nos incentivaram e ajudaram para que fosse possível a concretização
deste trabalho.
5

RESUMO

O quartzo é um cristal sem eixo de simetria que, quando pressionado mecanicamente, gera pólos
positivos e negativos em suas extremidades, gerando assim um potencial elétrico. Essa
propriedade de um mineral em ficar com sua superfície carregada eletricamente quando é
submetido a uma pressão nos extremos de seus eixos cristalográficos, ou vice versa, de sofrer
pequenas mudanças de volume quando lhe é aplicada uma voltagem elétrica é chamada
piezoeletricidade.
6

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Lascas de quartzo natural classificada por inspeção visual....................................14


Figura 2 - Microscopia eletrônica de varredura de superfícies de quartzo usinadas por abrasão
ultrassonora...................................................................................................................................15
Figura 3 – Tetraedros silício-oxigênio.........................................................................................18
Figura 4 – Quartzo incolor ..........................................................................................................24
Figura 5 – Ametista......................................................................................................................24
Figura 6 – Quartzo rosa................................................................................................................25
Figura 7 – Quartzo enfumaçado...................................................................................................25
Figura 8 – Citrino ........................................................................................................................25
Figura 9 – Quartzo leitoso ...........................................................................................................25
Figura 10 – Olho-de-gato.............................................................................................................26
Figura 11 – Quartzo rutilado .......................................................................................................26
Figura 12 – Aventurina.................................................................................................................26
Figura 13 – Esquema de uma autoclave (a) (adaptado de Brice, 1985) e quartzo cultivado com
base em sementes barra Y e placa Z (b) (NDK, 2004).................................................................30
Figura 14: a) efeito piezelétrico direto e b) efeito piezelétrico inversoFigura 15: Relação dos
piezelétricos e subgrupos baseados na simetria............................................................................32
Figura 15: Relação dos piezelétricos e subgrupos baseados na simetria......................................33
7

LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Polimorfos de SiO2.....................................................................................................................17
Tabela 2- Características do Quartzo...........................................................................................................21
Tabela 3- Constantes Piezelétricas...............................................................................................................24
Tabela 4 – Porcentagem de impurezas nos tipos de quartzo........................................................26
8

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 8
2 QUARTZO.....................................................................................................................9
2.1 DEFINIÇÃO............................................................................................................... 9
2.2 OCORRÊNCIA........................................................................................................ ..9
2.3 ONDE ENCONTRAR.............................................................................................. 10
2.4 EXTRAÇÃO............................................................................................................ 12
2.5 POLIMORFOS DE SiO2.......................................................................................... 16
2.6 CRISTALOGRAFIA................................................................................................ 18
2.7 PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS............................................................ 20
2.8 PROPRIEDADE PIROELÉTRICA......................................................................... 22
2.9 PROPRIEDADE PIEZOELÉTRICA....................................................................... 23
2.10 TIPOS DE QUARTZO........................................................................................... 24
2.11 APLICAÇÕES........................................................................................................ 28
2.12 QUARTZO CULTIVADO..................................................................................... 30
3 PIEZOELETRICIDADE............................................................................................. 31
3.1 HISTÓRIA................................................................................................................ 31
3.2 PIEZELETRICIDADE............................................................................................. 31
3.3 CERÂMICA............................................................................................................. 34
3.4 APLICAÇÕES.......................................................................................................... 35
4 JUSTIFICATIVA................................................................................................... .....37
5 CONCLUSÃO.................................................................................... .........................38
6 REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 39
9

1. INTRODUÇÃO

Com o crescimento populacional, avanço da tecnologia e aumento da produção


industrial, torna-se necessário uma maior demanda de fontes de energia, mas o grande problema
é obter uma energia limpa e renovável. Atualmente discute-se muito a respeito de
sustentabilidade.
A descoberta da propriedade de alguns cristais produzirem energia elétrica através de
impulsos mecânicos é uma nova opção para a conservação ambiental e produção inesgotável de
energia. Sendo o quartzo o mais adequado, pela sua abundância.
A variação sintética do quartzo conhecida como quartzo cultivado reduziu bastante o
preço do quartzo natural o que torna este cristal mais próximo de tornar-se um elemento ativo na
produção de energia em larga escala.
10

2. QUARTZO

2.1 DEFINIÇÃO
O nome quartzo é uma palavra germânica de derivação antiga.1
É possível que tenha sido derivado da palavra saxônica querkluftertz e então para
quartzo: esta hipótese é reforçada pelo nome antigo da sílica cristalina na cornualha, “espato
cruzador”.2

s.m. Mineral comum, encontrado em muitas rochas. (Sin.: cristal de rocha.)


&151; Sua fórmula química é SiO2. Pode ser facilmente reconhecido porque
se assemelha a pedaços de vidro quebrado. Também se apresenta sob a forma
de pequenos grãos em arenito, quando calcita ou mica o aglutinam. O quartzo
é o mais duro de todos os minerais comuns. Somente minerais raros como
topázio, coríndon e diamante são mais duros. O quartzo não é facilmente
alterado por condições climáticas ou pela umidade. (AURÉLIO)

Antigamente era conhecido apenas como cristal ou “cristal de rocha”.2


É o mais comum dos minerais, presente em rochas ígneas, metamórficas e sedimentares.
Também ocorre como sedimento inconsolidado, sendo o constituinte principal dos depósitos
arenosos.3

2.2 OCORRÊNCIA:

O quartzo é um dos minerais mais abundantes e ocorre como constituinte principal de


muitas rochas ígneas, sedimentares e metamórficas.2
O quartzo presente nas rochas ígneas possui um excesso de sílica, tais como o granito, o
riólito e o pegmatito.1
Também ocorre como sedimento inconsolidado, sendo o constituinte principal dos
depósitos arenosos.3
Ocorre, também nas rochas metamórficas, como os gnaisses e xistos, formando
praticamente o único mineral dos quartzos. Deposita-se muitas vezes a partir de uma solução e é
o mineral mais comum de veio e de ganga.1
Encontra-se como mineral acessório e mineral, e como mineral secundário em filões e
jazigos metassomáticos.2
É extremamente resistente tanto ao ataque químico como ao físico e, assim, a
desintegração das rochas ígneas que o contêm produz grãos de quartzo que podem acumular e
formar a rocha sedimentar, arenito.1
11

Também ocorre como material secundário, formando muitas vezes a cimentação dos
sedimentos.2

Quartzo secundário deposita-se frequentemente em torno de grãos pré-


existentes (de quartzo e de outros minerais) e é um material de cimentação
frequente nos sedimentos. Em alguns arenitos relativamente porosos o
quartzo secundário pode depositar-se em continuidade cristalográfica com o
quartzo detrítico, sendo o limeite netre as duas gerações de sílica apenas
visível pela presença ocasional de uma auréola de pigmentação ferruginosa
sobre os grãos detríticos. O quartzo autigênico ocorre por vezes em calcários,
onde pode formar cristais bem desenvolvidos, tenso sido encontrados
pequenos cristais de quartzo bipiramidado embutidos em limonite num
arenito ferruginoso que substituíam a dolomite. (W. A. DEER – R. A.
HOWIE – J. ZUSSMAN, 2000)

O quartzo é também um constituinte frequente dos filões hidrotermais.2


Geralmente pode estar associado com calcita, calcopirita, ilvaíta, ortoclásio, microclínio,
almandina, muscovita, cianina, biotita e cordierita, entre outros.3

Formas como o sílex depositam-se com a greda no fundo do mar, em massas


nodulares. As soluções contendo sílica podem substituir as camadas de
calcário por um quartzo criptocristalino, granular, conhecido por chert, ou
camadas descontínuas de “chert” podem formar-se, contemporaneamente
com o calcário. Nas rochas, o quartzo está associado, principalmente com o
feldspato e amoscovita; nos filões, com quase toda a série de minerais de
veios. O quartzo ocorre em grandes quantidades, como areia, nos leitos dos
rios e sobre as praias, e como um constituinte do solo. (JAMES D. DANA,
1969)

Em granitos, microgranitos, tonalitos, etc., o quartzo ocorre sob a forma de grãos


anédricos, mas pode apresentar contornos euédricos em riolitos de grão fino arrefecidos
rapidamente, vitrófiros e pórfiros quartzíferos.2
Nas rochas ígneas de acidez intermédia a quantidade de quartzo é menor e ocorre
geralmente em quantidades inferiores a 5 por cento, embora seja mais abundante em alguns
doleritos quartzosos e rochas semelhantes.20

2.3 ONDE ENCONTRAR:

O cristal de rocha encontra-se amplamente distribuído pelo mundo.1Dos quais, pode-se


citar:
No Brasil, as ocorrências mais significativas encontram-se

Na Bahia (Campo Formoso); Novo Horizonte – quartzo rutilado);


12

Goiás (Depósito do granito Pedra Branca);


Minas Gerais (Distrito Pegmatítico de Juiz de Fora, Araçuaí, Jequitinhonha, Corinto e
Diamantina; Lavra da Ilha, em Itinga);
Pará (Depósitos de Alto Bonito, Pau D'Arco e Conceição do Araguaia – ametista);
Piauí (Pedro II – opala);
Rondônia (Depósito de Bom Futuro, em Ariquemes);
Mato Grosso do Sul;
Tocantins;
Amazonas;
Rio Grande do Sul (maior produtor de ametista do mundo, no Alto e Médio Uruguai –
Ametista do Sul, e ágata, no Salto do Jacuí).

No mundo, os principais jazimentos situam-se no:

Afeganistão (Depósitos de Pech, Kunar e Nuristan);


Alemanha (Idar-Oberstein);
Austrália (Broken Hill, em Nova Gales do Sul – opala);
Canadá (minas de Thunder Bay e Rose Quartz, Quadeville, em Ontário – quartzo
róseo);
Casaquistão (Agadir);
Egito (Depósitos da Península do Sinai);
Escócia (Cairngorm Montains – quartzo enfumaçado);
Espanha (depósitos de Valência);
Estados Unidos da América(minas de Oxford, no Maine; HotSprings, no Arkansas –
cristal-de-rocha; Little Falla, Herkimer e Ellenville, em Nova Iorque – cristal-de-rocha;
Virgin Valley e Humboldt, em Nevada – opala; Pikes Peak, no Colorado – quartzo-
enfumaçado; Jaspe, no Oregon - Jaspe);
França (La Gardette - cristal-de-rocha);

Índia (depósitos de Swda, jalgaon e Maharashtra);

Inglaterra (depósitos de Dover);


Itália (Ossola, em Novara; Montes Apeninos, Carrara, Ilha de ELba, Turim e Grosseto –
opala);
Madagascar (depósitos de Maharitra, Betafo e Ambrosita – quartzo-róseo);
Marrocos (Monte Atlas – calcedônia);
13

México (Minas de Julimes, em Chihuahua e Queretaro – opala; Charcas, em São Luís


de Potosí – citrino);
Polônia (Szklary – crisoprásio);
República Tcheca (minas de PodrlKonosí, Ofiovice e Nova Paka – cornalina, Suki e
Netín);
Romênia (minas de Baldut e Cavnic, em Maramures);
Rússia (minas de Murzinka, nos Montes Urais – ametista e Jaspe; First Sovietskyi, em
Dalgenorsk);
Suíça (São Gotardo, em Uri; Maderanertal, Grimsel, Furka e Mont Blanc);
Ucrânia (Maciço de Korostenskiy);
Uruguai (Departamento de Artigas – excepcionais ametistas).3

2.4 EXTRAÇÃO

Lavra
A exploração do quartzo natural no Brasil ocorre manualmente, sobretudo
em lavras a céu aberto. As lavras subterrâneas, em quantidade muito menor,
ocorrem na forma de poços ou túneis. 5
Em torno de um afloramento, são iniciadas escavações utilizando pás e picaretas ou,
quando muito, carregadeiras frontais de pequeno porte. 20

A exploração dos veios hidrotermais ocorre verticalmente. Uma vez


encontrado, a massa de quartzo, constituída por regiões leitosas e hialinas, é
removida pela ação mecânica de marretas, martelos e punções e explosivos.
Geralmente, a quantidade de quartzo hialino não ultrapassa 1% do total do
quartzo explorado. (STOIBER ET AL., 1945; MARKO ET AL., 2006)

Os blocos resultantes são fragmentados manualmente dando origem a blocos menores


(lascas) com o objetivo de separar os fragmentos em função de sua transparência visual. 6
Se remanescentes das operações de fragmentação, os blocos euédricos hialinos são
removidos das cavidades e inspecionados visualmente.
As frentes de lavra podem chegar até centenas de metros de comprimento e dezenas de
metros de profundidade.5
Os quartzos dos corpos pegmatíticos são geralmente subprodutos oriundos da
explotação de gemas como água-marinha, berilo, topázio e turmalinas ou ainda daquela de
feldspatos. 5
14

Os pegmatitos são lavrados em subsuperfície, segundo escavação de galerias de pequeno


porte, abertas com pá e picareta na cobertura de alteração. 5
As lavras a céu aberto concentram-se principalmente em depósitos secundários, em
aluviões, colúvios e elúvios e em pegmatitos intemperizados. 5
Já a lavra dos geodos de ametista é feita na rocha inalterada e pode se desenvolver a céu
aberto ou em galerias horizontais subterrâneas que atingem em média 50 a 100 m de
comprimento. 5

Acredita-se que a explotação artesanal de um depósito por um pequeno grupo


de garimpeiros seja mais produtiva do que o uso de explosivos e
equipamentos sofisticados. Entretanto, em razão da cultura instalada pela alta
demanda provocada pela II GM, quando a prioridade era produzir a qualquer
custo, consolidou-se a prática de executar uma lavra ambiciosa, em muito
facilitada pelo grande número de veios e pegmatitos aflorantes (Luz et al.,
2003).

Atualmente, é provável que muitos depósitos de quartzo localizados nas


tradicionais regiões produtoras se encontrem em estado de completo abandono. 12
A pesquisa e prospecção dos veios hidrotermais e corpos pegmatíticos de
quartzo são praticamente inexistentes, comprometendo tanto a avaliação
econômica quanto o seu projeto de lavra dos depósitos. 6
No Brasil, essa situação não diz respeito apenas ao quartzo, mas à maioria dos minerais
industriais. 5
O volume e a distribuição esparsa das ocorrências dificulta a explotação sistematizada
desses recursos naturais, tanto em mecanização quanto no emprego de mão-de-obra
especializada em planejamento e gerência da lavra. 5
Por outro lado, esta peculiaridade pode ser considerada como um fator positivo quando
se leva em conta a grande disponibilidade de mão-de-obra pouco qualificada. 5
Tecnicamente assistidos e assegurados por um preço de mercado que lhes dê condição
digna de existência, inúmeras frentes de lavra poderiam ser conduzidas pelos garimpeiros.5

Processamento
O quartzo natural é processado em função do seu tamanho, da sua transparência visual e
da definição de sua morfologia externa, ou seja, da existência de faces naturais. 19
Com o propósito de suprir a demanda das indústrias de dispositivos eletrônicos e
ópticos, o seu processamento ocorre com duas finalidades: a produção de lascas e o
processamento dos monocristais de grandes dimensões. 12
A maior parte do quartzo natural lavrado dos veios hidrotermais destina-se à produção
de pequenos fragmentos, da ordem de 20 a 50 g, conhecidos internacionalmente como lascas. 12
15

De acordo com sua transparência visual, as lascas são classificadas em seis classes:
primeira, mista, segunda, terceira, quarta e quinta. 6
Apesar desta classificação ser meramente subjetiva, ela está associada ao teor de
inclusões fluidas (regiões leitosas) e fissuras contidas na peça. 6
Uma lasca de primeira é aquela com transparência total, desprovida de inclusões e
fissuras internas que possam ser observadas a olho nu em ambiente bem iluminado. 12
Para as classes subseqüentes, a transparência visual diminui gradativamente, pois o teor
de inclusões e fissuras tende a aumentar. 12

Figura 1 – Lascas de quartzo natural classificada por inspeção visual

O critério visual de classificação das lascas não está baseado em nenhum parâmetro que
leve em consideração aspectos como pureza ou perfeição cristalina. 12
No passado, vários estudos foram efetuados com o objetivo de estabelecer uma relação
entre a graduação visual.18
Por exemplo, análises químicas na estrutura e nas inclusões fluidas revelaram que a
concentração de Al, Fe e Li, não estão relacionados à transparência visual. 19
Enquanto as concentrações de Na e K aumentam à medida que a transparência visual
das lascas diminui.19

As lascas de primeira são usadas na obtenção de sílicavítrea de alta pureza para


confecção de vidros especiais e pré-formas de fibras ópticas pelo processo MCVD (deposição
fase vapor quimicamente modificado).12
As lascas de terceira são destinadas à produção de quartzo cultivado. Enquanto que as
lascas de terceira, quarta e quinta são hoje usadas na produção de silício grau metalúrgico que,
16

após purificação química, é empregado na produção de fibras ópticas e silício grau


semicondutor. 12
As lascas de transparência inferior também são destinadas a diversas aplicações
convencionais como a produção de vidros, tintas anticorrosivas, etc.12
Os blocos de quartzo natural de alta transparência com pelo menos uma das faces
naturais identificada são destinados a dois segmentos estratégicos na obtenção de:19
(i) sementes para a produção das barras-mãe de quartzo cultivado;
(ii) ressonadores monolíticos de geometria tridimensional destinados à produção de
sensores de pressão que atuam em ambientes severos.19
Em ambas as situações, as etapas de processamento estão associadas às operações de
corte, orientação cristalográfica, lapidação e ataque químico. 7
A orientação cristalográfica é a etapa crucial no processamento dos grandes blocos.
Com base nelas, é possível determinar a direção do eixo Z para, em seguida, determinar a
direção e o sentido do eixo X. 12
Com base nas figuras de corrosão em lâminas cortadas perpendiculares às direções +X e
–X é possível determinar a natureza enantiomorfa do cristal, se direita ou esquerda. 12
Em seguida define-se o sistema de eixos ortogonais do qual os cortes cristalinos serão
efetuados. 18
As técnicas empregadas na orientação cristalográfica são:
(i) corte usando serra diamantada;
(ii) ataque químico em solução de HF ou NH4F2;
(iii) inspectoscopia usando luz polarizada;
(iv) goniometria por difração de raios-X (Heising, 1946). 19
17

Figura 2 – Microscopia eletrônica de varredura de superfícies de quartzo usinadas por abrasão


ultrassonora (Guzzo et al., 2003).

2.5 POLIMORFOS DE SiO2

Os polimorfos de SiO2 mais importantes e os seus intervalos de estabilidade de


temperatura são:

Quartzo – α: estável à temperatura atmosférica e até 573 °C


Quartzo – β: estável de 573 °C a 870 °C. Pode existir, em forma metaestável, acima dos
870 °C.
Tridimite – α: pode existir à temperatura atmosférica e até 117 °C, mas não é a forma
estável neste intervalo.
Tridimite – β: pode existir acima dos 117°C e é a forma estável de 870 °C a 1470 °C.
Pode existir acima dos 1470 °C mas é instável; funde a 1670 °C.
Cristobalite – α: pode existir à temperatura atmosférica e até 200 – 275 °C, mas não á a
forma estável neste intervalo.
Cristobalite – β: pode existir acima de 200 – 275 °C e é estável desde 1470 °C até ao seu
ponto de fusão, 1713 °C.
Coesite: fase de elevada pressão, produzida a 450 – 800 °C e à pressão de 38 kbar.
Encontrada em rochas sujeitas ao impacto de grandes meteoritos e em xenólitos em
quimberlitos.

Stishovite: forma de sílica de elevada densidade, d 4,3, sintetizada a 130 kbar e > 1200
°C. Ocorre na Cratera “Meteor”, Arizona.
Vidro de sílica (sílica vítrea, lechatlierite); pode existir à temperatura ambiente e até
1000 °C, altura em que a sua velocidade de cristalização aumenta rapidamente. É um
vidro instável a qualquer temperatura abaixo dos 1713 °C.
Sílica criptocristalina (calcedônia); variedades compactas contendo cristais de quartzo
muito pequenos com poros submicroscópicos.2
18

Polimorfos de SiO 2
Nome Simetria Dimensões da cela V/Z Z
Quartzo (α) 32 a0 = 4,9130, c0 = 5,405 7,65 3
Quartzo de alta (β) 622 a0 =4,999 , c0 = 5,457 7,88 3
Tridimita 2/m 2/m 2/m a0 =9,90 , b0 =17,1, c0 =16,1 ? 64
Tridimita de alta 6/m 2/m 2/m a0 =5,04 , c0 =8,24 8,99 4
Cristobalita 422 a0 = 4,97, c0 = 6,93 ? 4
Cristobalita de alta 4/m 32/m a0 = 7,13 12,71 4
Coesita 2/m a0 = 7,23 , b0 =12,52
a0 = 7,23, β=120° 4,9 16
SiO2 fibroso 2/m 2/m 2/m a0 = 4,72 , b0 = 5,16, c0 =8,36 4
Lechatelierita Vidrada, amorfa
Fonte: Dana – Hurlbut / Manual de Mineralogia Vol. 2
Tabela 1 – Polimorfos de SiO2

As três principais formas cristalinas de SiO2 (quartzo, tridimite, cristobalite) possuem


estruturas cristalinas muito diferentes, tendo cada uma um campo de estabilidade bem definido
sob condições de equilíbrio.2

Cada um destes tipos estruturais pode ser transformado no outro, unicamente mediante
o rompimento das ligações silício-oxigênio e o rearranjo dos tetraedros em um novo padrão.1

Todavia as transformações de umas para as outras são um tanto lentas, de tal modo que
as formas de alta temperatura, cristobalite e tridimite, podem existir em equilíbrio metaestável
abaixo de suas temperaturas de inversão.2

Cada uma das três formas, quartzo, tridimite metaestável e cristobalite metaestável, tem
além disso uma modificação (polimorfo) de baixa e alta temperatura designadas por α e β,
respectivamente.2

Em cada caso a estrutura possui tetraedros de SiO4 ligados por compartilhamento de


cada um dos seus vértices com outro tetraedro. Nesse esqueleto tridimensional, cada silício tem
quatro oxigênios e cada oxigênio tem dois silícios como vizinhos próximos. 2
19

2.6 CRISTALOGRAFIA

Figura 3: Tetraedros silício-oxigênio

Quartzo α, hexagonal-R; trigonal, trapezoédrica.

Quartzo β, hexagonal-trapezoédrica.2

Cristais prismáticos, com as faces do prisma estriadas horizontalmente. Terminados por


uma combinação de romboedros positivo e negativo que, muitas vezes, são desenvolvidos de
maneira tão igual a ponto de darem a impressão de uma bipirâmide hexagonal.1

Em alguns dos cristais, um dos romboedros predomina ou ocorre sozinho. As faces do


prisma podem estar ausentes e a combinação dos dois romboedros dá a aparência de ser uma
bipirâmide hexagonal duplamente terminada (conhecida como quartzóide). 1

Quartzo β

Pertence à classe cristalográfica enantiomórfica 622.2

Os tetraedros SiO4 podem ser considerados como baseados num cubo de lado p
com o silício no seu centro e os oxigênios em quatro dos seus oito vértices. Quando vistos
segundo os eixos binários aparecem como quadrados que; as arestas inferiores dos
tetraedros estão representadas por linhas a tracejado, enquanto que as arestas superiores
estão a cheio. Os tetraedros estão agrupados de modo a formarem hélices hexagonais e
20

trigonais regulares, e as suas alturas (referidas aos átomos Si) estão expressas como
fracções do parâmetro de distância c. Na estrutura ideal, construída a partir de tetraedros
regulares, a altura da mlha = 3p e a resta = p(1+√3) de tal modo que c/a deverá ser
1,098. as hélices dos átomos Si-O-Si-O... são todas dextrógiras ou todas levógiras em
cada uma das formas enantiomórficas do quartzo.2

Quartzo α

O quartzo – α pertence à classe de simetria enantiomórfica 32. 2


A sua estrutura é semelhante à do quartzo – β, mas os tetraedros de SiO4 são menos
regulares e sofreram rotação em relação às suas posições ideais.2
Os parâmetros da malha do quartzo – α, e a constância dos valores levou à sua utilização
como padrão de calibragem das câmaras de poeiras X. Porém, os métodos de medição precisa
revelam diferenças significativas, associadas com soluções de outros iões.2
Alguns cristais são malformados, mas o reconhecimento das faces do prisma por suas
estriações horizontais ajudará na orientação do cristal. As faces trigonais trapezoédricas x são
observadas ocasionalmente e revelam a simetria verdadeira.1
Essas faces x são pequenas truncaturas entre uma face do prisma e a de um romboedro
adjacente, ocorrem na parte superior direita das faces do prisma no quartzo direito e na superior
esquerda no quartzo esquerdo .1
A transformação α-β é um dos movimentos atômicos relativamente mais pequenos que
não envolvem qualquer ruptura das ligações Si-O ou troca de iões. 2
Os trapezoedros trigonais direito e esquerdo são formas enantiomorfas e refletem a
estrutura interna. O arranjo dos tetraedros SiO4 sob a forma de hélice orientada no sentido
direito ou esquerdo determina a natureza (ou a “mão”) do quartzo. 1Na ausência das faces x, isto
pode ser reconhecido observando-se a luz polarizada plana, ao passar paralelamente ao eixo c,
gira para a esquerda ou para a direita.1
Muitas vezes, os cristais estão alongados, apresentando-se sob formas afiladas e
pontiagudas, em consequência de uma combinação oscilante entre as faces dos diferentes
romboedros e as do prisma. Alguns cristais são torcidos e curvos. 1
Comumente, os cristais são geminados. Estes estão, intercrescidos de maneira tão íntima
que sua determinação só pode ser feita pela situação irregular das faces trapezoédricas, pela
corrosão do cristal ou observando-os paralelamente ao eixo c na luz polarizada. 1
O tamanho dos cristais varia entre exemplares pesando uma tonelada e revestimentos
cristalinos finíssimos, constituindo superfícies em forma de drusas.1
21

Também comum em formas maciças de grande variedade. Pode apresentar-se desde a


forma cristalina de granulação grossa a fina até a criptocristalina ou semelhante ao sílex, dando
origem a muita variedade de nomes. Pode formar concreções. 1
Contrariamente à tridimite e à cristobalite, o quartzo tem um arranjo muito denso dos
tetraedros, e a disposição dos seus iões de oxigênio não está relacionada com o empacotamento
denso quer hexagonal quer cúbico.2

2.7 PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS

Família/Grupo: Família Tectossilicato; Grupo do Quartzo.


Fórmula Química: SiO2. Óxido de Silício.
Composição: Si = 46,7%, O = 53,3%. Usualmente, quase puro.
Cristalografia: Hexagonal-R; Trigonal, trapezoédrica; hexagonal-trapezoédrica;
romboédrico.
Propriedades ópticas: Isotrópico uniaxial positivo ( biaxial quando deformado, 2V de 5°
ou mais). Quase sempre contém inclusões, tais como: turmalina, clorita, mica,
magnetita, zircão. Pode conter vacúolos.
Hábito: Prismático, granular, maciço...
Clivagem: sem clivagem pelo fato de sua estrutura ser uma cadeia tridimensional de
tetraedros de SiO4 interligados.
Dureza: 7
Densidade: 2,65
Fratura: Conchoidal, quebradiça.
Brilho: Predomina o brilho vítreo, mas existem variedades com brilho gorduroso e
esplendente.
Cor; geralmente incolor ou branco, mas frequentemente colorido devido à presença de
impurezas, além de poder apresentar mais de uma cor.
Traço: Incolor.
Variações: As variações cristalinas e criptocristalinas, as espécies cristalinas principais
são: cristal de rocha (quartzo hialino), quartzo leitoso, azul (quartzo-azul), branco
(quartzo-leitoso), vermelho (cornalina, jaspe, citrino), rosa (quartzo-rosa), verde
(plasma), violeta (ametista), castanho (quartzo-enfumaçado ou Cairngorm), cinza
(fumê), amarelo/laranja/vermelho (citrino) e preto (ônix é comum ocorrer em cristais de
quatzo com inclusões de outros minerais (sagenita): quartzo rutilado ou cabelo-de-
vênus, com inclusões de rutilo; quartzo actinolizado, com inclusões de actinolita;
quartzo turmalinizado, com inclusões de schorlita; quartzo olho-de-gato, com inclusões
22

de asbesto, que produz efeito de acatassolamento; quartzo olho-de-tigre, com cristais


fibrosos de crocidolita; aventurino, com inclusões de cristais de fuchsita (variedade
cromífera de muscovita) ou de hematita. A ágata pode apresentar diversas cores em uma
mesma amostra; grupo do quartzo; classe dos silicatos (subclasse dos tectossilicatos).
Variações granulares: sílex, chert, jasper, prásio, etc.
Propriedades Diagnósticas: Distingue-se da calcita pela sua alta dureza e da variedade
incolor do berilo por uma dureza inferior.
Considerações Gerais: Seu nome vem de uma variação do antigo alemão, significa
“dura”. A variação sintética do quartzo conhecida como quartzo cultivado reduziu
bastante o preço do quartzo natural, deixando algumas minas inativas em países
subdesenvolvidos. O quartzo cultivado tem larga utilidade na indústria eletrônica e na
informática. A lechatelierita, SiO2 é sílica fundida ou vidro de sílica. Encontrada nas
fulguritas, tubos de areia fundida formadas pelo raio, e nas cavidades de algumas lavas.
A lechatelierita também foi encontrada num arenito, devido ao impacto de um meteoro
que fundiu esta rocha. O quartzo pode amostrar asterismo, iridescência e
piezoeletricidade. O pleocroísmo é fraco. Os cristais mostram estrias horintais nas faces
dos prismas. O quartzo deve ser lapidado com formato oval, redondo, retangular com
cortados ou com lapidação tesoura. Em cristais grandes de citrino usam-se as lapidações
cruzada, escocesa ou portuguesa. A Rússia sintetiza o cristal de rocha, e também a
ametista e variedades de cores azul e marrom. A ametista e quartzo enfumaçado, por
tratamento térmico, transformam-se em citrinos vendidos pelo nome de topázio Rio
Grande, topázio Bahia e outros. 3,4,18,20

Características do Quartzo
Dureza Densidade Cor Clivagem Fratura Hábito Observações
Incolor, branco, violeta,
Prismático estriado, Apresenta
vítreo rosa, cinza, amarelo,
7,0 2,65 Ausente Conchoidal bipiramidado, piezoeletricidade e
vermelho, azul, verde,
romboédrico, maciço piroeletricidade
castanho
Fonte: Livro Introdução à Mineralogia Prática
Tabela 2- Características do Quartzo

Além da piezeletricidade, as propriedades físicas mais relevantes do quartzo são as


elásticas e ópticas. 5
Por exemplo, a hegemonia do ressonador a quartzo decorre da estabilidade e linearidade
de suas propriedades elásticas em função da temperatura.6
23

Enquanto que sua aplicação na indústria de dispositivos ópticos deve-se à sua


transmitância em uma ampla faixa do espectro eletromagnético.7
As propriedades elásticas do quartzo correspondem a um conjunto de seis constantes,
independentes de rigidez (Cij) e seis de flexibilidade (Sij). 5
Como em qualquer outro sólido cristalino, Cij permite escrever, usando a notação
matricial (Nye, 1985), as tensões (Ti) em função das deformações (Sj).5
Enquanto que Sij relaciona as deformações em função das tensões externas. Os valores
de cij e sij relaciona as deformações em função das tensões externas. 5
O quartzo possui grande rigidez elástica quando comparado a outros sólidos de peso
específico semelhante, e suas constantes elásticas são pouco afetadas pela variação de
temperatura.1
Uma característica fundamental está relacionada à constante c66 (ou s66, se a variável
independente for a tensão).5
Enquanto o valor das outras constantes diminui com o aumento da temperatura, c66 tem
um comportamento oposto. 5
Devido ao efeito de compensação, a freqüência de ressonância de alguns cortes
piezelétricos não varia para temperaturas próximas à temperatura ambiente. 6
O comportamento anômalo de c66 está relacionado à transição de α-β é a inversão de
sinal de c14 e s14 entre a geminação que seguem a lei de Dauphiné, caracterizando-o como um
sólido ferrobielástico. 5
Como conseqüência, é possível passar de um domínio para outro mediante a aplicação
de tensões uniaxiais segundo direções específic. 5
Os domínios da geminação de Dauphiné estão simetricamente relacionados por uma
rotação de 180° em torno do eixo c. 6
O Quartzo possui também grande resistência química, sendo atacado somente pelo acido
HF Fluorídrico. 2

2.8 PROPRIEDADE PIROELÉTRICA

Ocorre quando as extremidades de minerais prismáticos, tais como, a turmalina, o


topázio e o quartzo adquirem cargas elétricas de sentidos opostos.3

A ponta que fica carregada positivamente recebe o nome de pólo análogo e a ponta
carregada negativamente recebe o nome de pólo antílogo. Quando o mineral é resfriado ocorre
uma inversão dos pólos.3
24

2.9 PROPRIEDADE PIEZOELÉTRICA

Atualmente, quase todas as aplicações piezelétricas e da óptica são atendidas pelo


quartzo cultivado.5
Manifesta-se por compressibilidade, ou seja, ao aumentar a compressão sobre as faces
laterais do prisma haverá eletrização das mesmas, com mudança de sentido das cargas ao cessar
o efeito compressivo.3
As necessidades modernas de aplicação de quartzo de alta qualidade em usos
piezoelétricos têm levado a intensos estudos para a sua produção sintética, e
já se formam cristais com peso superior a 300g no espaço de um mês. Os
trabalhos experimentais sobre o efeito da pressão da temperatura na
velocidade de formação do quartzo a partir do ácido silícico mostram que
este mineral não aparece em quantidades significativas até que se tenham
formado duas outras fases, cristobalite e ceatite. (W. A. Deer – R. A. Howie –
J. Zussman, 2000)

O efeito piezelétrico ocorre para os cristais das classes de simetria que não possuem
centro ou plano de simetria, trata-se de um efeito linear, acoplando grandezas mecânicas e
elétricas que se manifesta de duas formas:4
Efeito direto aparece quando uma polarização elétrica (Pi) é induzida por uma tensão
(Ti) nas faces onde esta é aplicada;
Efeito inverso consiste no aparecimento de uma deformação elástica produzida pela
aplicação de um campo elétrico alternado (Ei) entre duas faces paralelas do cristal; 5
Pequenas placas de quartzo orientadas são usadas como osciladores de rádio
para permitirem tanto a transmissão como a recepção em uma freqüência fixa.1
A piezeletricidade é uma propriedade tensorial de ordem 3, sendo caracterizada
por dois grupos de constantes: dij e eij, nos quais podem ser denominadas a partir dos
seguintes tópicos:4
As constantes dij são suficientes para descrever os efeitos direto e inverso,
denominadas constantes piezelétricas de deformação, o quartzo possui duas constantes
piezelétricas independentes (d11 e d14);4
As constantes eij também possui ambos os efeitos, porém agora associado às
relações entre tensão e campo elétrico, denominadas de constantes piezelétricas de
tensão;4
Os valores desses dois grupos de constantes estão relacionados na tabela 1.4
25

Tabela 3- Constantes Piezelétricas

Comparado a outros materiais, as constantes piezelétricas do quartzo são pequenas, o


que significa um efeito piezelétrico relativamente fraco. As constantes d14 e e14 na verdade,
têm seu sinal invertido entre os geminados.4

2.10 TIPOS DE QUARTZO

A coloração é o parâmetro empregado para classificar as variedades do quartzo natural.


A seguir, mencionam-se as variedades mais importantes:1
Variedades cristalinas de granulação grossa

1. Cristal de rocha. Quartzo incolor, comumente em cristais bem desenvolvidos.

Figura 4 – Quartzo incolor


2. Ametista. Quartzo de cor purpúrea ou violeta, em cristais, muitas vezes. Pequenas
quantidades de ferro férrico são, aparentemente, a impurezaque determina a cor.
26

Figura 5 - Ametista
3. Quartzo rosa. Cristalino de granulação grossa, mas sem forma geométrica, cor:
vermelho-rosa ou róseo. Desbota, quando exposto à luz. Parece que o agente corante é o
titânio, em pequenas quantidades.

Figura 6 – Quartzo rosa

4. Quartzo enfumaçado; Pedra de Cairngorm. Cristal de cor amarela a parda enfumaçada e


quase preta.. A cor escura resulta da exposição à radiação oriunda de material
radioativo.

Figura 7 – Quartzo enfumaçado

5. Citrino. Cor amarelo-claro.

Figura 8 - Citrino
6. Quartzo leitoso. Cor branca, leitosa pela presença de inclusãoes fluidas minúsculas. Em
alguns casos, com brilho gorduroso.

Figura 9 – Quartzo leitoso


27

7. Olho-de-gato. Dá-se o nome de olho-de-gato a uma pedra que, ao ser lapidada em


forma redonda (cabuchão), exibe um efeito para o qual se empregam os termos
opalescente ou acatassolado.

Figura 10 – Olho-de-gato

8. Com inclusões. Muitos outros minerais ocorrem como inclusões no quartzo, donde uma
variedade de nomes.

Quando agulhas finas de rutilo estão dentro do quartzo, este recebe o nome de quartzo
rutilado. Encontram-se do mesmo modo no quartzo a turmalina e outros minerais.

Figura 11 – Quartzo rutilado


A aventurina é quartzo com inclusões de escamas brilhantes de hematita ou de mica.
Gases e líquidos podem ocorrer como inclusões; em alguns quartzos, existe anidrido
carbônico tanto líquido como gasoso.1

Figura 12 - Aventurina

Li2O Na2O K2O Al2O3 Fe2O3 MnO2 TiO3


Incolor 0,0005 0,0004 0,0002 0,0008 0,0000 0,00002 0,0001
Defumado 0,0004 0,0000 0,0000 0,0008 0,0005 0,00002 0,0002
Róseo 0,0038 0,0011 0,0001 0,0001 0,0003 0,00005 0,0015
Ametista ̶ ̶ ̶ ̶ 0,0216 0,00000 0,0004
Fonte: Livro Minerais Constituintes das Rochas – Uma Introdução
Tabela 4 -Porcentagem
28

As variedades criptocristalinas do quartzo podem ser divididas em duas classes gerais,


fibrosas e granulares, que usualmente não podem ser diferenciadas umas das outras sem a ajuda
do microscópio. 6

Variedades fibrosas

O nome geral aplicado às variedades fibrosas é calcedônia. 2

Mais especificamente, a calcedônia é tida como uma variedade de coloração indo do


pardo ao cinzento, translúcida, como brilho céreo, muitas vezes em formas mamilares e
lembrando certas figuras. 1

A calcedônia depositou-se a partir de soluções aquosas, sendo encontrada,


frequentemente, revestindo ou preenchendo cavidades nas rochas. A cor e a disposição em
faixas dão origem às variedades seguintes:

1. Cornalina. Uma calcedônia vermelha.


2. Sardo. A cornalina passa gradativamente à variedade sardo que é uma calcedônia parda.
3. Crisoprásio. Uma calcedônia da cor verda da maçã, determinada pela presença de óxido
de níquel.
4. Agata. Uma variedade matizada com camadas alternadas de calcedônia e opala, ou
quartzo criptocristalino granular.

As diferentes cores apresentam-se, comumente, sob a forma de faixas


paralelas, finas, delicadas, usualmente curvas; em alguns espécimes,
concêntricas. A maioria das ágatas usadas para fins comerciais são coloridas
artificialmente. Algumas ágatas não possuem as diferentes cores dispostas em
faixas, mas distribuídas irregularmente. A ágata -musgo é uma variedade em
que a diversidade na cor se deve às impurezas visíveis; muitas vezes, óxido
de manganês, dispotas em padrões semelhanes ao musgo.
Conhece-se por madeira silicificada ou agatizada a que petrificou através da
substituição por ágata turva.(DANA,D. JAMES,1969)

5. Heliotrópio ou Pedra-de-sangue. Uma calcedônia verde em seu interior manchas


vermelhas, pequenas.
6. Ônix. Como a ágata, é uma calcedônia estratificada, com as camadas dispostas em
planos paralelos. O sardônis é um ônix com sardo alternando-se com camadas brancas
ou negras.1

Variedades granulares

1. Sílex. Opaco, muitas vezes, de cor escura. Ocorre, em nódulos, no calcário; quando se
29

rompe, apresenta fratura concóide nítida, com arestas cortantes.

2. Chert. Uma rocha maciça, compacta, semelhante ao sílex na maior parte de suas

propriedades, mas usualmente de cor clara.

3. Jaspe. Um quartzo crisptocristalino granular, usualmente colorido em vermelho pela

presença de inclusões de hematita.

4. Prásio. De cor verde opaca; no mais, semelhante ao jaspe, ocorrendo com ele. 1

2.11 APLICAÇÕES

O cristal de quartzo pode ser utilizado em sua forma natural ou como quartzo cultivado
(por crescimento hidrotérmico em autoclave).5
O emprego do quartzo em diversos segmentos industriais é função do conteúdo de
impurezas, defeitos no cristal e outras especificações.4
O quartzo tem variados usos, nos quais, destacam-se como gemas ou material
ornamental: ametista, quartzo rosa, cairngorm, olho-de-tigre, aventurina, cornalina, ágata e
ônix.1
Pode ser usado também como fundente, como abrasivo e na manufatura do vidro e dos
tijolos de sílica.5
O vidro, a cerâmica, abtrasivo, fundente, instrumentos óticos, chips eletrônicos, sílica-
gel, também se destacam como aplicabilidade do quartzo.3

Sob a forma de pó, usam-se na porcelana, nas tintas, nas lixas, nos saponáceos e nas
massas destinadas a alisar a madeira antes de ser pintada.5

Sob a forma de quartzito e de arenito, é usado como pedra de construção e para fins de
pavimentação.1

O quartzo de menor pureza tem uma grande aplicação nas indústrias de vidro (vidros
planos, vasilhames, vidraria especial, vidraria geral)e na siderúrgica (aços especiais, ligas
especiais)5

No Brasil, grande parte do quartzo produzido é utilizado na produção de ligas de silício:


cálcio-silício, ferro-silício-magnésio, ferro silício e silício metálico.4

As aplicações dos produtos de quartzo nas indústrias são: 5


30

Automobilísticas: sensores, transdutores, fibra óptica, vidraria especial, aços especiais,


ligas especiais, silicones, transdutores, transistores, tristores, chips, detentores, e
vidros planos;

Bélica: osciladores, filtros, sensores, transdutores, lã de sílica, fios de sílica, aços


especiais, ligas especiais, silicones, célula fotovolte, sensores, chips, detentores,
abrasivos e refratários;

Da computação: osciladores, silicones e chips;

Da construção civil: aços especiais, ligas especiais, silicones, refratários, vidros planos
e areias;

Elétrica: tubos de sílica, bulbos ampolas, silicones, tubos de sílica, bastões de sílica,
refratários e resistores;

Eletrônica: osciladores, filtros, transdutores, tubos de sílica, tubos para difusão,


vidraria especial, silicones, célula fotovolte, transdutores, transistores, tristores,
sensores, chips e detentores;

Eletrodoméstica: osciladores, silicones, transistores, tristores, e chips;

De equipamento médico: osciladores, tubos de sílica, fibra óptica, vidraria especial,


cadinho, silicones, chips, vidros planos, vasilhames e vidraria em geral;

Metalúrgica: tubos de sílica, aços especiais, ligas especiais, silicones, refratários,


resistores;

Óptica: vidro óptico, vidraria especial, placas de sílica, blocos de sílica, silicones,
detentores e abrasivos;

Química: transdutores, tubos para difusão, vidraria especial, ampolas, cadinhos,


silicones, tubos de sílica, vasilhames e vidraria em geral;

Relojoaria: osciladores, silicones, células fotovolte e sensores;

De telecomunicação: osciladores, filtros, fibra óptica, silicones e chips.


31

2.12 QUARTZO CULTIVADO

O quartzo cultivado (ou quartzo sintético) é obtido pela dissolução e recristalização do


quartzo natural sob altas pressões e temperaturas, sendo denominado crescimento hidrotérmico.4

Neste processo, o cristal cresce com base em sementes posicionadas na parte superior de
um vaso de pressão de aço denominado autoclave. A autoclave pode chegar a ter até 15 m de
altura e 80 cm de diâmetro interno.4

Na Figura 3(a) ilustra-se o esquema de uma autoclave com seus principais componentes.

Figura 13 – Esquema de uma autoclave (a) (adaptado de Brice, 1985) e quartzo cultivado com base em
sementes barra Y e placa Z (b) (NDK, 2004).

Na sua parte inferior é colocado o nutriente, i.e., lascas de quartzo hialino de


terceira, com massa entre 20 e 30 g. Antes de colocadas na autoclave, as
lascas são lavadas em solução ácida para remoção de impurezas superficiais.
Após a introdução do nutriente e das sementes, o volume interno da
autoclave é preenchido (até cerca de 80%) com uma solução composta de
água deionizada e pequenas concentrações de NaOH (ou Na2CO3) e sais de
lítio (0,01 a 0,1 moles/litro). (CETEM “CENTRO DE TECNOLOGIA
MINERAL”, PEDRO LUIZ GUZZO, RIO DE JANEIRO, DEZEMBRO DE
2008).

A finalidade dessas substâncias é aumentar a solubilidade da sílica. O aquecimento é


feito de tal forma a manter um gradiente de temperatura entre a zona de dissolução (nutriente) e
a zona de crescimento (sementes).4
32

3. PIEZOELETRICIDADE

3.1 HISTÓRIA

O termo “piezo" é derivado da palavra grega que significa pressão. Em 1880, Jacques e
Pierre Curie descobriram que um potencial elétrico poderia ser gerado aplicando-se pressão a
cristais de quartzo, a sais de Rochelle, e até os cristais de cana de açúcar. Nomearam este
fenômeno de “o efeito piezo". 8

A piezeletricidade inversa foi deduzida matematicamente dos princípios fundamentais


da termodinâmica por Lippmann em 188.9

Os Curies então confirmaram imediatamente a existência do “efeito piezo inverso"


(quando expostos a determinados potenciais elétricos, tais materiais mudavam sua forma, se
expandindo ou se contraindo),e continuaram os estudos para obter a prova quantitativa da
reversibilidade completa das deformações eletro-elasto-mecânicas em cristais piezelétricos.9

A aplicação feita por Paul Langevin foi o desenvolvimento de sonares na primeira


guerra mundial. Langevin utilizou cristais de quartzo acoplados a massas metálicas (inventado o
transdutor tipo Langevin) para gerar ultra-som na faixa de algumas dezenas de kHz’s.17

A utilização da piezoeletricidade no sonar, e o sucesso deste projeto, causaram um


intenso interesse no desenvolvimento de dispositivos piezoeletricos. 17

Após a primeira guerra mundial, devido à dificuldade de se excitar transdutores


construídos com cristais de quartzo por estes demandarem geradores de alta tensão iniciaram-se
o desenvolvimento de materiais piezoelétricos sintéticos. Estes esforços levaram à descoberta e
aperfeiçoamento nas décadas de 40 e 50, das cerâmicas piezoelétricas de Titanato de Bário pela
então URSS e Japão, e das cerâmicas piezoelétricas de Titanato Zirconato de Chumbo (PZT’s)
pelos EUA.10, 11

3.2 PIEZELETRICIDADE

Piezeletricidade (direta) é a capacidade de certos cristais que quando submetidos a um


esforço apresentam um momento elétrico, cuja intensidade é proporcional ao esforço aplicado.
12

“O sentido da polarização resultante depende do caráter tractivo ou compressivo do


esforço aplicado inversamente à aplicação de um campo elétrico a um cristal, em resultado da
tensão que aquele campo ocasiona. Efeito designado de piezeletricidade inverso”. 12
33

Neste caso, a deformação do cristal é tanto maior quanto maior for o campo elétrico
exercido e depende do sentido desse campo: 12
Nas direções, onde ocorria uma extensão positiva do cristal, passa a verificar-se uma
extensão negativa, e vice versa, quando se modifica o sentido do campo atuante. 12

As figuras mostram como funcionam esses efeitos:

(a) (b)
Figura 14: a) efeito piezelétrico direto e b) efeito piezelétrico inverso

O conceito de piezeletricidade deve ser baseado na estrutura cristalina do material. O


cristal tem composição química definida, ou seja, os íons são dispostos em posições específicas
e repetitiva, determinando o retículo cristalino. 13
A menor unidade de repetição do retículo é chamada cela unitária. A simetria específica
desta cela determina a possibilidade ou não de existir piezeletricidade no cristal.14
34

Os elementos utilizados para definir simetria em torno de um ponto no espaço, por


exemplo, os pontos centrais de uma cela unitária são: um centro de simetria, eixos de simetria,
planos de simetria e combinação destes. 16
A partir destes elementos os cristais são divididos em 32 classes ou grupos de simetria
diferentes; 21 destas classes não têm centro de simetria (condição necessária para a existência
de piezeletricidade) e 11 são centrossimétricas. 14
Essas classes podem ser vista na figura 2:

Figura 15: Relação dos piezelétricos e subgrupos baseados na simetria

A ausência de centro de simetria é a condição mais importante para a presença de


piezeletricidade. Quando não há centro de simetria os íons positivos e negativos se
movimentam, um em relação ao outro (como resultado da pressão), produzindo dipolos elétricos
(polarização). 13
35

Entre os minerais que possuem esta propriedade, o quartzo é marcante, pois ao se aplicar
pequenas pressões paralelamente a um de seus eixos, produz uma corrente elétrica capaz de ser
detectada. 16
A turmalina também é piezoelétrica, sendo muito usada como detectora de pressão, isto
é, cálculo da pressão a partir da corrente gerada.
Substâncias artificiais que também apresentam piezoeletricidade: Sal de Rochelle,
cerâmicas, PVDF-fluoreto de polivinilideno.13

3.3 CERÂMICA
O material cerâmico é um conjunto de cristalitos orientados aleatoriamente sem
piezeletricidade detectável. Para orientar o domínio de todos os cristalitos aplica-se um campo
elétrico numa dada direção. 14
Nos sólidos piezelétricos aparece uma deformação e uma carga elétrica, quando se
aplica uma tensão. A carga elétrica é proporcional à força aplicada e apresenta sinais contrários
para compressão e tensão. 13
Quando se aplica um campo elétrico E, aparece uma deformação no sólido, contração ou
expansão, dependendo da polaridade do campo aplicado. 13
Para os dois efeitos a constante de proporcionalidade é a constante piezelétrica d, que
tem o mesmo valor para os dois efeitos. 13

D = q / A = d Td, (1)

D = deslocamento elétrico,
q = carga elétrica,
A = área,
Td = tensão de deformação,
d = constante piezelétrica de deformação,

S = dE, (2)

S = deformação,
E = campo elétrico,

d = D/ Td = S / E. (3)
36

Materiais utilizados para desenvolver movimentação ou vibração, como sonares e banho


de ultra - som necessitam altos valores para a constante d.
Para obter o efeito piezelétrico em ferroelétricos é necessário orientar os domínios de
cada cristalito. Isto pode ser possível aplicando-se um campo elétrico intenso, criando-se um
eixo polar efetivo (processo de polarização). 13
O coeficiente de carga piezelétrico (d) e o coeficiente de voltagem (g) descrevem os
parâmetros eletromecânicos do material cerâmico piezelétrico. 13

g= E/Td= S/D= d/ kє0 (4)

Onde:
K= fator de acoplamento eletromecânico
є0= constante dielétrica (є0= 8.85x10-12 F/m)

Altos coeficientes g são desejáveis em materiais com o intuito de produção de voltagem


em resposta a tensão mecânica.15
A forma mais efetiva de verificar a intensidade do efeito piezelétrico é o fator de
acoplamento eletromecânico, k.15
Quando um campo elétrico é aplicado, o fator de acoplamento mede a fração de energia
elétrica convertida para energia mecânica ou vice-versa quando um cristal ou cerâmica é
tencionado.15

3.4 APLICAÇÕES

Dentre as muitas aplicações da piezoeletricidade temos:

Produção ou detecção de som (sonar);


Ultra-sonografia médica;
Microbalanças, à base de cristal de quartzo, capaz de pesar massa de até 0,1 nanograma
Microfones;
Produção de faísca em acendedores;
Controles remotos para aparelhos eletrônicos
Detectores de ondas em radar ultra-sensíveis e espectrofotômetros.
A Piezoeletricidade é responsável pela grande precisão de relógios equipados com
osciladores de quartzo.
37

É Também usado em violões elétricos e vários outros instrumentos musicais para


transformar vibrações mecânicas em sinais elétricos que são então ampliados e
convertidos em sons através de amplificadores.
Cristais de quartzo, devidamente cortados e preparados, são usados como controladores
de freqüência de circuitos osciladores como a CPU de computadores.
Para as modalidades eletroterapêuticas utilizadas em fisioterapia. Na estimulação física
por modalidades mecânicas e eletromagnéticas. Pelas características particulares do
tecido ósseo, os estímulos mecânicos e eletromagnéticos vêm sendo utilizados e
investigados para uma série de alterações patológicas. 16
38

4. JUSTIFICATIVA

É possível utilizar um cristal para produzir energia elétrica. Através da transformação da


energia mecânica em energia elétrica. O objetivo é fazer do asfalto uma grande usina de energia
aproveitando o movimento para comprimir esses cristais produzindo uma energia limpa.
39

5. CONCLUSÃO

De acordo com o trabalho desenvolvido pode-se observar que a piezeletricidade é a


habilidade de certos materiais cristalinos de desenvolver uma carga elétrica através de uma
força mecânica. O efeito piezelétrico ocorre para os cristais que não possuem centro ou plano
de simetria. Trata-se de um efeito linear, acoplando grandezas mecânicas e elétricas.

Com bases nos estudos desenvolvidos concluí-se que material cristalino adequado para
o projeto de piezeletricidade seria o “quartzo”. Por possuir uma dureza de 7,0 na escala de
MOHS e não ter plano de clivagem pelo fato de sua estrutura ser uma cadeia tridimensional de
tetraedros SiO4, além de ocupar uma fração significativa da crosta terrestre e ocorre
praticamente no mundo todo e em quase todos os tipos de rocha. È o mais comum de todos os
minerais, ocorrendo em abundancia tanto nas rochas ígneas quanto nas sedimentares.
40

6.REFERÊNCIAS

1. DANA, James D. Manual de Mineralogia.16ª edição. Rio de Janeiro: Editora da


Universidade de São Paulo, 1969. p.522-534

2. DEER, W.A; HOWIE, R.A; ZUSSMAN, J. Minerais Constituintes das Rochas:


Uma Introdução. 2ª edição. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000. p.473-486.

3. NEVES, Paulo César Pereira das; SCHENATO, Flávia; BACHI, Flávio Antônio.
Introdução à Mineralogia Prática. 2ª edição. Canoas: Editora da Ulbra, 2008.p.52-61.
98. 226-227. 265. 277.

4. BRANCO, P. M. Glossário Geomológico. Ed. Da UFRS, Porto Alegre, 2004. p.


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5. DIANA, F. R. Pedras Brasileiras. 2ª edição. Rio de Janeiro, 2004. p. 110

6. SCHUMANN, W. Gemas do Mundo, 9ª edição. Rio de Janeiro: Ed. Ao livro


Técnico Indústria e Comércio Ltda. 2002. p. 116-122.

7. ARCOVERDE,Walter Lins; SCOBBENHAUS, Carlos. Principais Depósitos


Minerais do Brasil.1ª edição. Brasília: DNPM/CPRM, 1997.p.317-318. 323.

8. KATZIR, S. The Discovery of the Piezoelectric e ECT. Archive for History of


Exact Sciences. 2003.p. 57-61. 91.

9. NATAL, G. S. Nanoposicionamento de precisão por controle adaptativo


binário de atuadores piezoelétricos. Rio de Janeiro, 2008.

10. SUSLICK, K.S.; The Chemical Effects of Ultrasound, Scientific American


February 1989.

11. CADY, W. G.; Piezoelectricity: An Introduction to the Theory and


Applications of Electromechanical Phenomena in Crystals, Dover Press, 1964.

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