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Administração
Autor: Prof. Vanderlei da Silva
Colaboradores: Profa. Glaucia Aquino
Profa. Amarilis Tudela Nanias
Prof. Livaldo dos Santos
Professor conteudista: Vanderlei da Silva
Professor Mestre Vanderlei da Silva, doutorando em Educação pela Universidade de Sorocaba – UNISO; Mestre em
Educação pela Universidade de Sorocaba – UNISO (2009); Pós-graduado em Direito do Terceiro Setor pela Fundação
Getúlio Vargas – FGV (2005); Graduado em Direito pela Universidade de Sorocaba (2004). Atualmente é Gerente
Administrativo e Financeiro do Serviço de Obras Sociais – SOS (www.sossorocaba.org.br), ocupando o mesmo cargo no
SOS Saúde – Serviço Operacional de Saúde. Participante do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre o Cotidiano Escolar da
Universidade de Sorocaba, atua como voluntário no Conselho Municipal de Assistência Social de Sorocaba, na Cáritas
Arquidiocesana de Sorocaba e na Associação Pró Mulher de Votorantim. Presidente da Comissão de Direito do 3º Setor
da OAB Votorantim, vice-presidente da União das Organizações – UNIONG. Membro da Academia Votorantinense de
Letras, Artes e História.
CDU 658.8:361
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Comissão editorial:
Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
Projeto gráfico:
Prof. Alexandre Ponzetto
Revisão:
Andréia Andrade
Sumário
Princípios Básicos da Administração
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................8
Unidade I
1 TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO E O PAPEL DO ADMINISTRADOR........................................9
1.1 Visão geral e principais conceitos.....................................................................................................9
1.2 Histórico.................................................................................................................................................... 18
1.3 O surgimento do Estado moderno................................................................................................. 20
1.4 A Revolução Industrial........................................................................................................................ 21
1.5 Teorias científicas da administração............................................................................................. 24
2 CARACTERIZANDO AS ORGANIZAÇÕES.................................................................................................. 27
2.1 Organização............................................................................................................................................. 27
2.2 A organização das organizações..................................................................................................... 30
3 A TEORIA BUROCRÁTICA E SUA APLICAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA......................... 31
3.1 Teoria burocrática................................................................................................................................. 31
3.2 A aplicação do modelo burocrático............................................................................................... 35
3.3 A burocracia na realidade brasileira............................................................................................... 36
3.4 A gestão pública e a reforma do Estado...................................................................................... 37
3.5 As funções do Estado a partir da reforma.................................................................................. 38
3.6 Administração pública e gestão pública...................................................................................... 39
3.7 Princípios da administração pública.............................................................................................. 40
4 CARACTERIZANDO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA........................................... 40
4.1 Administração pública direta........................................................................................................... 40
4.2 Órgãos públicos...................................................................................................................................... 41
4.3 Administração pública indireta....................................................................................................... 42
4.4 Delegação de serviços públicos....................................................................................................... 42
4.5 Os contratos administrativos............................................................................................................ 43
4.6 Licitação.................................................................................................................................................... 44
4.7 Espécies de licitação............................................................................................................................. 44
4.8 Bens públicos.......................................................................................................................................... 52
4.9 Diferenças entre setor público e setor privado......................................................................... 53
Unidade II
5 ADMINISTRAÇÃO DOS TRÊS SETORES DA ECONOMIA...................................................................... 61
5.1 Aspectos administrativos para organizações do Primeiro, Segundo e
Terceiro Setor.................................................................................................................................................. 61
5.2 Planejamento estratégico.................................................................................................................. 63
5.3 Planejamento orçamentário............................................................................................................. 76
5.4 Controle e Avaliação............................................................................................................................ 77
6 ADMINISTRAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS................................................. 80
6.1 Empreendimento compartilhado.................................................................................................... 80
6.2 As empresas e a responsabilidade social..................................................................................... 83
6.3 Filantropia das empresas para o Terceiro Setor........................................................................ 87
6.4 Parcerias para o Terceiro Setor........................................................................................................ 89
7 TENDÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DO TERCEIRO SETOR..................................................................... 92
7.1 Balanço Social e capital humano no Terceiro Setor............................................................... 92
7.2 Gestão de políticas públicas............................................................................................................. 95
7.3 Marketing para o Terceiro Setor...................................................................................................... 97
7.4 Redes Sociais.........................................................................................................................................100
8 O TERCEIRO SETOR E A GESTÃO SOCIAL...............................................................................................102
8.1 Gestão Social.........................................................................................................................................102
8.2 Funções da Gestão Social................................................................................................................105
8.3 Empreendedorismo no Terceiro Setor.........................................................................................106
APRESENTAÇÃO
A sociedade atual, pós-moderna, é formada por organizações que se ocupam das atividades que
estão relacionadas com a produção de bens (produtos) ou com a prestação de serviços (atividades
especializadas). E, para que essas organizações consigam atingir os objetivos para os quais foram criadas,
é necessário que as suas atividades sejam devidamente planejadas, coordenadas, dirigidas, executadas e
controladas. Dessa forma, a administração tem a finalidade de cuidar do planejamento, da direção e do
controle das atividades existentes dentro de uma organização.
A palavra administração tem sua origem no latim e pode ser traduzida como “aquele que
executa uma função sob o comando de outro”. Porém, através dos tempos, a palavra tem passado
por mudanças e, hoje, o administrador é o responsável pela interpretação dos objetivos propostos
pelas organizações de forma que possa transformá-los em ações. Essa função do administrador, de
transformar objetivos em ações, é interpretada de diferentes formas, de acordo com as diferentes
teorias que existem sobre o assunto. Por esse motivo, a Teoria Geral da Administração também
tem como objetivo estudar as principais teorias da administração existentes, para que o aluno
possa conhecer as várias formas de abordagem do assunto, tendo dessa forma condições de ter
uma visão comparativa de cada uma delas.
Cada organização possui características próprias, e isso faz com que cada administrador avalie
a situação e defina estratégias próprias para cada caso, dimensionando a utilização dos recursos e
planejando sua aplicação. Por isso, cada organização avalia e seleciona o seu administrador de formas
diferenciadas, levando em conta não apenas os seus conhecimentos administrativos, mas também o seu
modo de agir e suas atitudes.
Na disciplina, também será discutida a administração de organizações do Terceiro Setor, uma vez
que hoje existe um entendimento de que a economia está dividida em três setores, quais sejam: Primeiro
Setor, que é o Estado, responsável pela distribuição das riquezas produzidas; Segundo Setor, formado
pelas empresas produtoras de bens e serviços; e Terceiro Setor, formado pelas organizações sem fins
lucrativos que atuam junto aos outros setores, visando ajudar a diminuir as desigualdades sociais
existentes.
Segundo informações apresentadas pela Rede de Informações do Terceiro Setor (Rits), existem
hoje no Brasil mais de 250 mil organizações não governamentais que compõem o Terceiro Setor. As
informações da Rits também mostram que aproximadamente 2 milhões de pessoas são empregadas por
essas organizações.
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Diante da grande expressão que o setor representa, cada vez mais os interessados pelo Terceiro Setor
têm ido em busca de aperfeiçoamento profissional e aprimoramento nas questões relativas à gestão e
ao empreendedorismo social.
Para a elaboração das informações contidas na Unidade II, que trata da administração de organizações
do Terceiro Setor, será utilizado o livro Gestão Social, estratégias e parcerias: redescobrindo a essência
da administração brasileira de comunidades para o Terceiro Setor, organizado pela Professora Doutora
em Administração Marly Cavalcanti, que traz dados atualizados e importantes informações sobre a
administração de organizações não governamentais.
O conceito de gestão social está relacionado com toda ação gerencial eticamente orientada, que
leva em conta as necessidades e os pontos de vista dos vários atores envolvidos, visando à promoção do
desenvolvimento de pessoas e da sociedade.
INTRODUÇÃO
A disciplina Princípios Básicos da Administração tem por objetivo fomentar a reflexão sobre a evolução
das teorias de administração e suas influências no desenvolvimento do trabalho, nas esferas pública e
privada, trazendo a compreensão da importância da administração na elaboração e na execução de
projetos que permitam a transformação de objetivos em ações.
Por meio da análise das teorias da administração existentes, este livro-texto vai discorrer sobre a
responsabilidade do administrador em gerir uma organização, executando atos de gestão pelos quais a
organização realiza os seus objetivos, sejam eles com ou sem fins lucrativos ou econômicos.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Unidade I
1 TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO E O PAPEL DO ADMINISTRADOR
O avanço do processo da organização está diretamente ligado à história do homem, pois as sociedades
da Antiguidade distinguiam-se umas das outras em função de vários fatores, entre eles o seu grau de
organização.
Uma organização é uma unidade social, em torno da qual se reúnem pessoas para alcançar objetivos
específicos. Para isso, fazem planos, estabelecem e dimensionam recursos (humanos, materiais,
financeiros, de informação, espaço e tempo).
Para Chiavenato (2007, p. 11), a administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar
o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais.
Uma das razões para as mudanças do significado da palavra administração foi o surgimento de muitas
teorias ou escolas que abordam o assunto de formas variadas e trazem suas críticas. Sendo que essas
teorias apresentam seis variáveis – tarefas, estrutura, pessoas, ambiente, tecnologia e competitividade
–, e cada uma delas vai enfatizar uma ou outra dessas seis variáveis.
As teorias administrativas começaram a ser desenvolvidas na Europa e nos Estados Unidos a partir
do final do século XIX e início do século XX, em função do avanço do processo de industrialização.
Independente do seu enfoque, todas essas teorias são consideradas válidas, pois cada uma delas surgiu
como resposta aos problemas empresariais, que eram os mais relevantes para a sua época. E, partindo
desse raciocínio, podemos dizer que todas as teorias foram eficientes, pois apresentaram respostas
satisfatórias aos problemas que foram surgindo.
Para melhor compreensão das principais teorias administrativas e seus principais enfoques, vamos
reproduzir um quadro elaborado por Chiavenato (2007, p.12), o qual demonstra claramente cada teoria
e seu respectivo enfoque:
Quadro 1
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Nesse sentido, o administrador é considerado como um agente não só de condução, mas também de
mudanças e de transformação das organizações. Sendo, por isso, visto como um verdadeiro educador e
orientador, pois com suas atitudes tem a capacidade de modificar comportamentos e atitudes das pessoas.
A administração de empresas possui cinco variáveis principais que constituem seu estudo: tarefa,
pessoas, tecnologia, ambiente e estrutura. Dessa forma, o processo administrativo é imprescindível para
a existência, sobrevivência e sucesso das organizações; pois, se não houvesse uma administração, não
haveria possibilidade de as organizações existirem e crescerem.
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Unidade I
Segundo Robert L. Katz (apud CHIAVENATO, 2007, p. 3), o profissional que desempenha atividades
administrativas precisa possuir habilidades técnicas, humanas e conceituais, conforme explica:
O autor explica que o administrador deve saber combinar essas habilidades e, conforme se sobe
para os níveis mais elevados da organização, há uma diminuição da necessidade das habilidades
técnicas e exigem-se mais habilidades conceituais. Isso ocorre pelo motivo de que nos níveis
inferiores da administração existe a necessidade da habilidade técnica dos administradores para
poderem trabalhar com os problemas operacionais concretos que fazem parte do cotidiano da
organização.
Além dessas habilidades, o administrador precisa fazer um investimento contínuo no seu capital
intelectual, uma vez que a sociedade atual passa por constantes transformações. Por esse motivo, os
profissionais precisam adquirir competências que sejam duráveis, ou seja, aquelas que, mesmo em uma
sociedade em constante mutação, não sejam descartáveis nem se tornem obsoletas.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Segundo Chiavenato (2007, p. 5), para que o administrador possa ser bem-sucedido
profissionalmente, ele precisa desenvolver três competências que são consideradas duráveis, ou
seja, o conhecimento, a perspectiva e a atitude. A seguir, o autor explica as características principais
dessas competências:
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Unidade I
Para poder exercer de maneira eficiente seu papel, o administrador precisa desempenhar
vários papéis, que consistem num conjunto de expectativas da organização no que diz respeito ao
comportamento de uma pessoa. Dessa forma, os papéis dos indivíduos representam atividades que
cabem ao administrador conduzir para sejam cumpridas as tarefas. Chiavenato descreve três papéis
essenciais ao administrador:
1 – Papéis interpessoais que representam as relações com outras pessoas e estão relacionados às
habilidades humanas;
2 – Papéis informacionais que descrevem as atividades necessárias para se manter e desenvolver
uma rede de informações;
3 – Papéis decisórios que envolvem eventos e situações nas quais o administrador deve fazer uma
escolha ou opção.
Para esclarecer melhor esses três papéis, que na prática se subdividem em outros dez papéis do
administrador, Chiavenato (2007, p. 7) apresenta um quadro explicativo:
Quadro 2
Assim como em tempos passados, a administração passou por transformações, e isso também vai
ocorrer no futuro. Hoje a forma organizacional predominante é a burocrática; porém, devem surgir outros
tipos de administração que respondam de forma mais adequada às demandas da era pós-industrial.
14
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Portanto, a função do administrador do futuro será incerta e desafiadora diante das mudanças e
das transformações pelas quais passa a sociedade. O profissional precisa se preparar para enfrentar e
resolver diversas situações, com exigências de diversos atores sociais, como: a sociedade, os clientes, os
fornecedores, as agências regulamentadoras e concorrentes. Além disso, deverá atender aos interesses
da alta administração, dos subordinados e dos acionistas.
Chiavenato cita alguns fatores que criarão impacto sobre as organizações de uma forma
geral, como crescimento, concorrência mais aguda, sofisticação da tecnologia, taxas elevadas de
inflação, globalização da economia e internacionalização dos negócios e visibilidade maior das
organizações.
Aliados a esses fatores, o autor cita ainda a questão das transformações sociais, que geram
impacto no cotidiano das organizações, uma vez que estas são parte integrante e inseparável
da sociedade. Chiavenato cita algumas dessas transformações, as quais ele denomina de
“megatendências”:
Diante desse quadro, o futuro das empresas e dos administradores vai depender muito da capacidade de ler
e interpretar a realidade externa para poder reconhecer as ameaças e as dificuldades e diminuir seus impactos
negativos na organização. Portanto, a administração necessita ser um processo de ajustes constantes, pois
novos e diferentes problemas vão surgir e precisarão de uma resposta para sua solução.
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Unidade I
rmações e Conhecim
Info ent
o
Clientes
Pessoas
Liderança Estratégias
e Planos Resultados
Processos
Sociedade
me nto Info
i
ações e Conhec rm
Fonte: Fundação Nacional da Qualidade – FNQ. Disponível em: <http://www.fnq.org.br/site/374/default.aspx>. Acesso em: 28/5/2011.
Uma gestão de excelência pode ser o grande diferencial de uma organização no mundo
globalizado, onde as tecnologias, as comunicações e a disseminação de informações estão
disponíveis a todos. Partindo dessa premissa, vários países do mundo passaram a adotar um modelo
de excelência da gestão que serve de referência para as organizações verificarem o estágio em que
se encontram nessa área.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
No Brasil, desde 1991, a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) administra o Prêmio Nacional da
Qualidade® (PNQ). A missão da FNQ é “Disseminar os fundamentos da Excelência em Gestão para o
aumento de competitividade das organizações e do Brasil”.
O desenho inserido no início deste texto é o Modelo de Excelência da Gestão®, o qual representa uma
visão sistêmica da gestão organizacional e pode ser compreendido pelos seguintes aspectos: qualquer
que seja o tipo da organização, ela desenvolve suas atividades num ambiente onde existe uma alteração
constante nas informações e nos conhecimentos. A liderança dessa organização precisa saber utilizar
essas informações e esses conhecimentos para atender às necessidades dos clientes e da sociedade.
Para que isso seja possível, a liderança conta com os processos desenvolvidos pelas pessoas dentro
das organizações. E, a fim de que os processos e as atividades das pessoas produzam um resultado, é
necessário que a liderança desenvolva suas estratégias e planos.
A organização que deseja ser reconhecida como aquela que possui uma gestão de excelência deve
colocar em prática na sua administração os “Fundamentos da Excelência”, que são:
1. Pensamento sistêmico.
2. Aprendizado Organizacional.
3. Cultura de Inovação.
4. Liderança e Constância de Propósitos.
5. Orientação por Processos e Informações.
6. Visão de Futuro.
7. Geração de Valor.
8. Valorização das Pessoas.
9. Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado.
10. Desenvolvimento de Parcerias.
11. Responsabilidade Social.
Saiba mais
<http://www.fnq.org.br/site/376/default.aspx>
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Unidade I
Quadro 3
DE PARA ALTERAÇÃO
Sociedade industrial Sociedade da informação Inovação e mudança
Tecnologia simples Tecnologia sofisticada Maior eficiência
Economia nacional Economia mundial Globalização e competitividade
Curto prazo Longo prazo Visão do negócio e do futuro
Democracia representativa Democracia participativa Pluralismo e participação
Hierarquia Comunicação lateral Democratização e empowerment
Opção dual ou binária Opção múltipla Visão sistêmica e contingencial
Centralização Descentralização Incerteza e imprevisibilidade
Ajuda institucional Autoajuda Autonomia e serviços diferenciados
A Administração nasceu no século XX e, para seu processo de formação, contou com a contribuição
cumulativa de filósofos, físicos, economistas, estadistas, empresários. Esses atores sociais foram
desenvolvendo suas teorias e obras de acordo com seu campo de atuação.
Dessa forma, a moderna administração emprega diversos conceitos e princípios que também são
utilizados em outras ciências. Apesar de a ciência da administração ser relativamente nova, para que ela
se formasse foram necessários uma preparação e antecedentes históricos suficientemente capazes de
permitir e viabilizar seu surgimento.
Nas sociedades pré-industriais, as organizações humanas eram tribo, família, igrejas, exércitos e governos.
Um dos mais antigos exemplos de organização é o exército, já que todas as campanhas militares
tendiam a exigir uma grande organização para as conquistas, para a defesa e para a administração
governamental, decorrendo daí as primeiras noções de organização.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Vários indícios na história antiga mostram-nos que o homem utilizou planos formais, organizações
de trabalho, aproveitamento de lideranças e sistemas de avaliação, pois as grandes construções indicam
uma prática eficiente das funções administrativas.
A Babilônia também desenvolveu atividades que merecem ser estudadas quando falamos de
administração: o Código de Hamurábi (governador da Babilônia no período de 2000 a 1700 a. C.),
um conjunto de leis que orientou o povo, estabeleceu o princípio do trabalho remunerado, instituiu o
princípio da paga mínima, dos contratos de trabalho e recibos de pagamento, controlando as transações
comerciais e as relações trabalhistas.
Na Grécia Antiga (400 a. C.), Sócrates cria a universidade da administração. Platão, no livro A
República, coloca seu ponto de vista sobre a administração dos negócios públicos e o princípio da
especialização.
Entre os grandes escritos de Platão, destacamos, em primeiro lugar, a classificação das formas de governo,
que estão divididas em:
Platão preocupou-se ainda com a criação de uma classificação para as classes sociais, dividindo-as
em: ouro (os governantes); prata (os guerreiros); e bronze (os artesãos).
Aristóteles (300 a. C.), em seu livro A Política, distingue três formas de administração pública:
Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário, e classificou as formas de governo em
monarquia (governo de uma só pessoa); aristocracia (governo da classe alta); e democracia (governo
do povo).
O Império Romano, uma das civilizações que mais influenciaram o pensamento administrativo,
serviu de base para a sociedade moderna e influenciou também na definição dos nomes atribuídos
às pessoas que ocupavam cargos: gestores ou mandatários. Em Roma, também as empresas foram
classificadas de três formas: públicas (empresas que realizavam atividades do Estado); semipúblicas
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Unidade I
(as que pertenciam a sindicatos); e privadas (as que eram propriedade de civis, que também as
gerenciavam).
Seu sistema rodoviário foi construído para melhorar a distribuição de bens, assim como para agilizar
o movimento de tropas para as colônias.
Organizações de grande porte eram proibidas quando seu objetivo era outro que não a execução de
contratos públicos.
A Igreja Católica herdou muitas das tradições administrativas dos romanos, a começar pela
administração geográfica, que representa um exemplo interessante de prática de administração.
A estrutura atual da Igreja, que foi estabelecida em torno do século II (d. C.), quando se definiram
com mais rigor seus objetivos e doutrinas, centralizou-se em Roma e criou uma estrutura hierárquica
simples, composta dos seguintes níveis: Papa, Cardeais, Arcebispos e Párocos, que se reproduziu ao longo
de quase dois mil anos.
Ao longo dos séculos, a Igreja Católica estruturou sua organização com uma hierarquia de autoridade,
um estado-maior (assessoria) e a coordenação funcional para assegurar integração. A organização
hierárquica da Igreja é tão simples e eficiente que sua enorme organização mundial pode operar sob
o comando de uma só cabeça executiva: o Papa, cuja autoridade coordenadora lhe foi delegada de
forma imediata por uma autoridade divina superior. A estrutura da organização eclesiástica serviu de
modelo para as demais organizações que, ávidas de experiências bem sucedidas, passaram a incorporar
os princípios e normas utilizados pela Igreja Católica (CHIAVENATO, 2007, p. 32).
A centralização do poder político e a formação das monarquias europeias são indicadores da transição
gradativa da Idade Média para a Idade Moderna. Mediante um processo lento, mas contínuo, durante os
séculos XIV e XV, ocorrem a desagregação do sistema feudal e a formação dos Estados modernos.
Maquiavel (1469-1527), ao refletir sobre a realidade de sua época, elaborou não uma teoria de
Estado moderno, mas uma teoria de como se formam os Estados, de como, na verdade, se constitui
o Estado moderno. Para ele, o Estado passa a ter suas próprias características, faz política, segue suas
técnicas, suas próprias leis.
Em sua obra O Príncipe faz recomendações sobre como um governante deve comportar-se.
Acreditava em trabalho de equipe, recomendava que o príncipe deveria procurar os colaboradores
20
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
individualmente capazes, que também soubessem trabalhar em equipe. A aprovação dos governados é
essencial, independentemente da forma de chegada ao poder (usurpação ou herança).
O governante deveria, pelo exemplo pessoal, inspirar os governados. Em situação de crise, o príncipe
deveria tentar fortalecer o moral e o espírito de seus governados, incentivando-os com o uso de suas
qualidades intangíveis de liderança.
Quadro 4
Características do Estado moderno
Serve de base para as outras instituições formais
Passa a ser a fonte do direito positivo, legitimado pela sociedade
É, inicialmente, absoluto e mercantil
Cria condições para que ocorra a Revolução Industrial
Do final do século XVIII até o século XX, dois processos modificaram o desenho do Estado: a luta
democratizadora por direitos civis, políticos e sociais – realizada em meio a revoluções e tentativas de
incorporação de novos atores ao processo político, e que redundou na criação de instrumentos e políticas
estatais voltados para esses direitos – e a expansão do capitalismo, que fez surgir meios de proteção à
propriedade e aos contratos, uma infraestrutura para o desenvolvimento econômico e diversas formas
de intervenção, diretas e indiretas, para constituir e regular o mercado interno.
Observação
Surge com as mudanças estrutural e cultural ocorridas na sociedade.
Nesse novo cenário, as organizações passam a participar do desenvolvimento
do Estado, uma vez que a formação dos mesmos possibilitou a existência
de um mercado seguro para o comércio. Dessa forma, houve ganhos
resultantes da produtividade e da divisão do trabalho.
Completada a revolução de formação do Estado moderno e não obstante o domínio da nova teoria
econômica liberal a partir de Adam Smith (A Riqueza das Nações é de 1776), só setenta anos mais tarde
a Inglaterra adotou o liberalismo comercial. As instituições mercantis haviam sido fundamentais para
seu desenvolvimento; chegava a hora das instituições liberais.
21
Unidade I
Lembrete
A Revolução Industrial promoveu uma grande mudança nos modelos de produção artesanal para o processo
de divisão de trabalho apoiado nas ideias de Adam Smith. A produção manual, na qual o artesão domina todo o
processo produtivo, passa a ser segmentada em vários níveis, permitindo aos detentores dos meios de produção
subjugar o trabalhador, que passou a executar somente uma pequena parte da tarefa produtiva.
As principais mudanças implementadas pela Revolução Industrial foram: mudanças dos sistemas de
produção; diminuição dos custos de produção; surgimento dos grandes inventos, que permitiram que
a Revolução Industrial se ampliasse nos diferentes setores; o surgimento de uma nova classe social, os
operários; desaparecimento do pequeno artesão e busca da competência e especialização.
Quadro 5
22
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
O mesmo autor ensina que a 1º Revolução Industrial passou por quatro fases distintas:
Quadro 6
A segunda fase da Revolução Industrial foi provocada por três importantes fatores: o surgimento
de um processo para fabricação do aço; um aperfeiçoamento na utilização do dínamo; e a invenção do
motor de combustão interna.
Até 1850, a maioria das empresas não contava com os serviços de um administrador que se dedicasse
exclusivamente a essa função, uma vez que as empresas eram pequenos negócios de família. A partir
do momento em que várias pequenas empresas começaram a se agregar em uma federação, sob o
controle de uma companhia holding, essas unidades deixaram de ser dirigidas pelas próprias famílias e
começaram a ser administradas por gerentes assalariados.
A partir da Segunda Guerra Mundial, a economia mundial começou a sofrer uma grande transformação.
Essas mudanças são conceituadas como a Terceira Revolução Industrial, pois se estendem além das
transformações ocorridas dentro das linhas de produção.
Com o avanço dos conhecimentos tecnológicos, passou a existir uma integração entre vários ramos
da ciência, possibilitando o surgimento de processos produtivos que independem do uso da mão de obra
humana, como, por exemplo, o grande uso de sistemas robóticos nas linhas de produção industrial.
As revoluções industriais que haviam ocorrido anteriormente tinham como finalidade o uso das tecnologias
para produção de mercadorias a um custo reduzido e em quantidades suficientes para atender às demandas
existentes; porém, em ambas, o uso da força de trabalho humano era necessário para que existisse a produção.
Apesar das críticas decorrentes da substituição dos seres humanos por máquinas, que já podem
participar de todo o processo produtivo, gerando um grande número de desempregados, os avanços da
tecnologia, principalmente da informática e da genética, indicam que estamos caminhando para uma
23
Unidade I
Quarta Revolução Industrial, ou seja, adentrando num mundo onde é possível alterar a natureza por
meio da biotecnologia e trabalhar novas áreas das ciências exatas por meio da nanotecnologia.
Saiba mais
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-20702004000100015&scr
ipt=sci_arttext>
Dando mais um salto na história, passamos agora para a fase dos primeiros estudos formais da teoria
da administração, que se situa nos séculos XIX e XX, período do surgimento da chamada Administração
Científica, com a publicação dos Princípios da administração científica, em 1911, por Frederick Winslow
Taylor, chamado pai da administração científica. Para esclarecermos o que vem a ser uma teoria, trazemos
o comentário citado por Maximiano:
24
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Portanto, podemos dizer que uma teoria é um conjunto de proposições que procuram explicar os
fatos da realidade.
O trabalho de Frederick Winslow Taylor foi desenvolvido durante sua estada nas empresas Midvaley
e Bethleen Steel, como engenheiro. Sua teoria partiu da constatação de que havia a necessidade de
melhorar a qualidade do produto e reduzir os custos de produção, uma ideia que estava associada
à produtividade. Segundo Taylor, esses problemas decorriam da falta de padrões de desempenho e
eficiência e da necessidade de orientação para tomadas de decisão mais conscientes e dirigidas para
problemas específicos, que geravam baixos níveis de interação entre o operário e o sistema produtivo.
Taylor passou a cronometrar os movimentos dos trabalhadores e dividia-os nas tarefas que os
compunham – chamando-as unidades básicas de trabalho. Procurava, dessa forma, a melhor maneira de
executá-las e de combiná-las para a tarefa maior. Usava sistema de pagamento por peças produzidas ou
por quantidade, provocando aumento do rendimento dos trabalhadores de acordo com seu esforço. Com
isso, Taylor conseguiu aumentar a eficiência, pois a produtividade resultava da eficiência do trabalho, e
não da maximização dos esforços (troca do trabalho duro pelo trabalho inteligente).
Henry Ford adotou a linha de Taylor, em que a preocupação maior era a produtividade, sem considerar
o homem e suas necessidades. Implantou e desenvolveu a divisão de trabalho na linha de montagem.
Assim, cada operador era responsável por uma tarefa pequena, simples, que se completava com o
trabalho de vários outros operadores, cada qual com operações igualmente simples.
A produção uniformizada garantia à linha de montagem uma velocidade única para todos os
operadores, facilitando o controle pelo supervisor. Tais práticas propiciaram o aparecimento de trabalhos
indiretos: limpeza, abastecimento de insumos e coordenação de operações, garantindo que o trabalhador
da linha de produção se fixasse apenas na sua tarefa.
Juntamente com o americano Frederick Taylor, responsável pela chamada Escola da Administração
Científica, outro engenheiro europeu também participou, no início do século XX, do desenvolvimento dos
primeiros trabalhos sobre a administração. Henri Fayol, responsável pelo desenvolvimento da chamada Teoria
Clássica, cuja base era a preocupação com o aumento da eficiência da empresa por meio de sua organização
e da aplicação de princípios gerais da administração em bases científicas. As ideias desses dois engenheiros
são responsáveis pela formação da chamada Abordagem Clássica da Administração, que perdurou durante as
quatros primeiras décadas do século XX, no que se refere à administração das organizações.
25
Unidade I
• Linha de autoridade ou hierarquia: a série dos chefes, dando-se aos subordinados de chefes
diferentes a autonomia para estabelecer relações diretas;
• Ordem: um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar;
• Equidade: o tratamento das pessoas com benevolência e justiça, não excluindo a energia e o rigor
quando necessários;
• Estabilidade do pessoal: a manutenção das equipes como forma de promover seu
desenvolvimento;
• Iniciativa: faz aumentar o zelo e a atividade dos agentes; espírito de equipe.
A seguir, quadro representativo das duas correntes que fazem a Abordagem Clássica da
Administração, apresentando suas principais orientações:
Quadro 7
26
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Figura 1
Saiba mais
<http://www.anpad.org.br/enanpad/2006/dwn/enanpad2006-apsa-
1840.pdf>
2 CARACTERIZANDO AS ORGANIZAÇÕES
2.1 Organização
Segundo Patrick (2005), o conceito de organização é essencialmente o mesmo para todos os tipos
de atividades. Uma vez formulados os planos e os objetivos, a administração deve desenvolver um modo
sistemático de reunir os recursos físicos e humanos essenciais à realização das metas da empresa.
Maximiano (2007) entende organização como um sistema de recursos que procura alcançar objetivos.
O processo de definir quais objetivos a organização pretende alcançar, com quais recursos, chama-se
27
Unidade I
planejamento. O processo de dividir o trabalho entre as pessoas, para realizar os objetivos, chama-se
processo de organização.
Caravantes (2007) define o conceito de organização social como muito amplo e capaz de englobar
vários agrupamentos sociais, na medida em que os participantes estão interligados por uma rede de
relações e comungam de certos valores e normas. O mesmo autor acrescenta, ainda, a necessidade de
delimitar esse conceito. Sempre que usarmos o termo organização, devemos associá-lo a um termo
delimitante, a um adjetivo, como formal, complexo ou burocrático.
Dois autores destacaram-se no estudo das estruturas das organizações: o sociólogo alemão Max Weber,
que viveu de 1854 a 1920, e um executivo de uma grande empresa norte-americana, Chester Barnard.
Weber, citado por Caravantes (2007), chamou de grupo corporativo o que definiu como “uma
relação social que ou é fechada, ou limitada à admissão de forasteiros através de regras”. E coloca três
características básicas:
Weber coloca ainda que uma organização deve apresentar duas características adicionais:
• Deve ter um caráter comunal, pois é este último que faz com que as pessoas se reúnam e se
agreguem;
• Suas atividades devem ser implementadas de maneira sistemática, sem que haja interrupções
significativas, e os objetivos perseguidos por seus membros, relativamente específicos.
28
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Propósito
comum
Organização
Motivação Comunicação
Figura 2
Caravantes (2007) conclui que organizações são unidades sociais (grupos humanos) deliberadamente
construídos e reconstruídos para atingirem objetivos específicos, tais como: corporações, exércitos,
escolas, hospitais, igrejas e prisões. Estão incluídos ainda: tribos, classes, grupos éticos. Grupos de
amizade e famílias estão excluídos.
Saiba mais
Pensamento sistêmico
Para quem se interessar por esse assunto, uma boa dica é o artigo do
pesquisador Laércio Cristino Martins, Pensamento sistêmico na gestão
de organizações (PMEs) – Gestão Sistêmica de Organizações, que está
disponível em:
<http://www.isssbrasil.usp.br/pdfs2/gso_5.pdf>
29
Unidade I
A. Divisão de trabalho, poder, responsabilidade pela comunicação, divisões que não são casuais ou
tradicionalmente estruturadas, mas deliberadamente planejadas para alcançar e realizar objetivos
específicos.
C. Substituição de pessoal, isto é, aqueles com desempenho não satisfatório podem ser removidos e
suas tarefas podem ser atribuídas a outros.
Planejar
Definir direção
Organizar
Criar estrutura
Avaliação e Dividir trabalho
feedback Distribuir
recursos
Coordenar
atividades
Controlar
Coordenar atividades
Figura 3
30
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
A maneira como as diversas partes de uma organização são formalmente dispostas é chamada de
organograma.
5. Canal de comunicação.
• Estar bem atento ao impacto de mudança sobre as pessoas, bem como sobre a estrutura;
• Manter a estrutura enxuta e simples. Não desenvolver níveis demais para aprovação e revisão;
• Uma vez desenvolvida a estrutura ideal, compatibilizar as pessoas da melhor forma possível.
Saiba mais
<http://www.angelfire.com/ar/rosa01/direito108.html>
Max Weber, sociólogo alemão que viveu de 1854 a 1920, estudou a organização dentro de
seu próprio quadro de referência e definiu a administração como um sistema social e burocrático,
enfocando seus aspectos institucionais, tomando como base princípios da sociologia, da ciência
política e do direito.
É um dos autores mais discutidos e comentados, uma vez que seus princípios administrativos foram
adaptados aos setores governamentais, uma das atividades predominantes no princípio da evolução das
teorias administrativas.
31
Unidade I
Na administração pública, os estudos de Max Weber foram adotados para substituir a administração
patrimonialista, na qual se baseavam as monarquias absolutistas. Patrimonialista, porque o patrimônio
público e o privado eram confundidos. Esse tipo de Estado era governado pelo rei, cujo patrimônio
individual confundia-se com o patrimônio público.
Teoria da Ênfase na
Burocracia estrutura
Abordagem
Estruturalista
Teoria Ênfase na estrutura,
Estruturalista nas pessoas e no
ambiente
Figura 4
32
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Max Weber, estudando as relações entre a economia e a sociedade, trata, em sua obra, da questão da
legitimidade que fundamenta o exercício da autoridade. Quais são os diversos tipos de autoridade existentes na
sociedade e como elas se legitimam? Ao responder a essas questões, Weber define três tipos de autoridade:
1. Autoridade tradicional: baseia-se nos costumes e nas tradições de uma cultura. A autoridade
dos patriarcas e dos anciãos nas sociedades antigas e o poder do senhor feudal.
3. Autoridade racional-legal: refere-se à autoridade baseada nas regras e nas normas estabelecidas
por um regulamento reconhecido e aceito pelos membros de dada comunidade. O ordenamento
jurídico estabelece competências, direitos e deveres atribuídos a cada função, e a autoridade se impõe
pela obediência a esse princípio. O exercício da autoridade e da função é limitado pelas regras.
Chiavenato apresenta uma tabela em que fica mais claro a tipologia de sociedade e a tipologia de
autoridade e suas características segundo Weber.
O poder é legitimado por meio de um método de dominação ou pela combinação dos três métodos
descritos anteriormente. A burocracia é um sistema administrativo pelo qual o poder é legitimado e
canalizado para a execução de tarefas orientadas para um objetivo.
Quadro 8
Quadro 9
33
Unidade I
Em sua vertente estatal, o modelo burocrático weberiano baseava-se nas seguintes características:
• separação nítida entre as esferas pública e privada, a fim de evitar a interferência de interesses
particulares na administração pública – é a luta contra o patrimonialismo;
• rotinas e procedimentos formalizados segundo regras definidas a priori;
• impessoalidade e neutralidade do corpo de funcionários;
• estrutura hierárquica funcional fortemente verticalizada;
• seleção meritocrática do corpo de funcionários, a partir de critérios de seleção e promoção
baseados em competências definidas pela especialização profissional;
• profissionalização da carreira administrativa com critérios de proteção e ascensão definidos de
antemão, em contraposição ao arbítrio pessoal;
• predominância do controle legal como critério de avaliação da ação administrativa (due
process);
• eficácia como princípio norteador da racionalidade, isto é, a criação de meios para atingir
certos resultados definidos como produtos tangíveis, com pouca preocupação pelos custos, pela
otimização, pela democratização e pelo impacto da ação governamental;
• rígida separação de políticos e burocratas – o próprio Weber propunha o controle dos primeiros
em relação aos segundos, não obstante tivesse mantido a separação entre os que têm o saber
técnico e os que têm a legitimidade política.
34
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
• a univocidade de interpretação;
• a continuidade da administração, estabelecendo mais claramente a diferença entre Estado e
governo;
• a delimitação clara dos limites e das responsabilidades de cada função;
• a erradicação dos princípios patrimoniais de poder.
Muitos autores do século XX perceberam que poderiam surgir disfunções vinculadas intrinsecamente
ao modelo. Assim, foram detectadas falhas na lógica interna da burocracia, tais como:
• o formalismo (apego exagerado a regulamentos), dado que as normas ganham uma vida própria
em relação aos objetivos da organização ou da sociedade;
• a criação de espaços de poder definidos por aqueles que controlam a produção das regras, os quais
concentrariam para si as informações e as decisões referentes à interpretação dos regulamentos,
estabelecendo verdadeiros cartórios;
• o distanciamento entre os níveis hierárquicos, separando demasiadamente a formulação da
implementação;
• a compartimentalização da administração, o que enfraqueceria a sinergia entre as partes;
• e, por fim, a limitação do processo organizacional, voltado a responder corretamente, mas de
forma exclusiva, antes à legalidade do que aos resultados das políticas.
Outro conflito apontado na visão de Weber é o fato de encarar a organização como um sistema
fechado, protegido de incertezas, seguro, sem necessidade de revisão de suas normas e no qual tudo
funciona como uma máquina bem programada para obter resultados ótimos e previsíveis. Esse tipo de
orientação deixa de fornecer instrumentos analíticos da funcionalidade ou da própria sobrevivência da
organização.
Outro aspecto crítico baseia-se na obediência voluntária, considerada legítima por ser fundamentada
em normas legais. Seu julgamento não existe e o grupo é induzido apenas a obedecer.
O poder em diferentes graus, como se fosse possível controlá-lo e dosá-lo na medida da necessidade,
também é outra crítica feita ao sistema burocrático.
35
Unidade I
Nas empresas estatais, é mais clara a identificação da abordagem burocrática, as normas, as regras,
a abundância de legislação que o povo deve seguir, sem condições de contestação. A necessidade de
controle dos bens públicos exige cada vez mais a “burocratização do sistema”.
Prestes Motta e Bresser Pereira (1981) citam ainda uma pesquisa da Mabel Newcomer, feita na
década de 1950 nos EUA, a qual aponta que, naquela época, 70% dos diretores atingiram a diretoria
por seguir carreira dentro da própria companhia, ou por ter sucesso em outra companhia, enquanto
26% atingiram a mesma posição graças ao fato de terem organizado a empresa, herdado ou investido
nela.
A burocracia no Estado brasileiro teve sua implantação na reforma de 1936, com a introdução
dos conceitos da burocracia clássica; tentativa de superar a administração patrimonialista, uma forte
característica da Velha República, cujo sistema oligárquico, personalista e clientelista, dominava o
governo.
Introdução de um sistema de mérito no processo de ocupação dos cargos públicos e ascensão aos
cargos de direção do governo para superar as indicações ou ocupações de cargos por representantes
da iniciativa privada, que participavam ou indicavam ocupantes com o claro objetivo de defender seus
interesses privados.
Nessa visão, o governo vai criar conceitos de administração indireta (empresas e autarquias
públicas) com maior independência do Estado para promover o processo de industrialização em
curso.
36
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
A reforma burocrática foi implantada por meio do Decreto-Lei 200 de 1967, durante o governo militar,
com objetivo de superar a rigidez do modelo burocrático e introduzir características gerenciais, como
planejamento, orçamento, descentralização e controle de resultados; separação entre administração
direta e indireta; expansão da administração descentralizada com farta criação de empresas estatais,
que passaram a empreender investimentos em infraestrutura.
Nessas empresas estatais criadas pelo governo militar, entretanto, reproduziam-se muitos dos
aspectos da administração burocrática.
A reforma do Estado surgiu nos anos 1990 com o objetivo de redefinir o papel do Estado. Um dos
objetivos foi descentralizar as responsabilidades sociais para os estados e municípios.
Segundo Pereira (1998), a administração pública evoluiu através de três modelos básicos: a administração
patrimonialista, a administração pública burocrática e a administração pública gerencial.
Pereira (2005, p. 49) ainda apresenta a seguinte concepção de administração pública: “Transformar a
administração pública burocrática, rígida e ineficiente, em uma administração pública gerencial, flexível
e eficiente, voltada para o atendimento do cidadão.”
De acordo com Pereira (1997), a administração pública burocrática surgiu na metade do século
XIX, na época do Estado Liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista.
É baseada nos princípios da profissionalização, da organização em carreira, da hierarquia funcional, da
impessoalidade e do formalismo.
Como forma de combater a corrupção e o nepotismo, tem-se um controle rígido para seleção
de pessoal, para celebração de contratos e para exercício do controle, que é voltado para a própria
administração, com a eficiência na prestação dos serviços públicos ao cidadão, chamado de
cidadão-cliente.
As principais diretrizes dos organismos internacionais recomendam que a reforma do Estado seja
orientada para o mercado, “predominantemente pelos valores da eficiência e da qualidade na prestação
de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações” (PIETRO, 2005,
p. 49), exigindo o abandono de instrumentos de controle político e a restrição na alocação de recursos
públicos, principalmente na área social.
37
Unidade I
Segundo Pereira (1997), na reforma do Estado foram indicados quatro componentes básicos:
Segundo Ribeiro (2002), com a reforma, ocorreram alterações nos mecanismos da tomada de
decisões do aparelho do Estado; portanto, houve uma orientação para a descentralização, entendida
como quebra do monopólio administrativo estatal, exigências de responsabilização dos agentes públicos
e de abertura do Estado à participação e ao controle social.
b) Atividades exclusivas: serviços que só o Estado pode realizar, como regulamentar, fiscalizar e
fomentar.
c) Serviços não exclusivos: correspondem ao setor em que o Estado atua com outras organizações
privadas ou públicas não estatais: são os serviços sociais do Estado, abrangendo fundamentalmente
escolas, universidades, centros de pesquisa científica e tecnológica, creches, ambulatórios, hospitais,
entidades assistenciais, museus, emissoras de rádio e TVs educativas e culturais.
d) Produção de bens e serviços para o mercado: corresponde à área de atuação das empresas,
abrangendo atividades econômicas voltadas para o lucro.
De acordo com Pietro (2005), no Primeiro Setor, afirma-se que a efetividade das decisões é mais
importante que a eficiência; aí pode haver um misto de administração burocrática e gerencial. Nos
demais setores, a eficiência é mais importante, devendo prevalecer a administração pública gerencial.
Segundo Pereira (1997), é no núcleo de serviços não exclusivos que o governo estabelece as premissas da
reforma do Estado na sua relação com a sociedade e o mercado, a partir dos seguintes objetivos:
38
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Para Pereira (1997), as mudanças não atingem apenas a esfera econômica, mas também ideológica
e política, buscando o consentimento e a adesão das classes à nova ideologia.
De acordo com Ribeiro (2002), a elaboração do plano diretor da reforma do Estado teve como
objetivo aprofundar a descentralização de funções para estados e municípios, limitando as ações do
Estado às atividades exclusivas, reservando as não exclusivas ao setor público não estatal, e a produção
de bens e serviços à iniciativa privada.
Existem várias formas de conceituar administração pública. Santos (2006) fornece diversas definições
para administração pública, citando outros autores:
Para Amato (1971), administração pública é a gestão dos bens e interesses qualificados da comunidade, nos
âmbitos federal, estadual ou municipal, segundo os preceitos do direito e da moral, visando ao bem comum.
De acordo com Meirelles (1985), administração pública é o conjunto das funções necessárias aos
serviços públicos em geral; é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios
do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade.
A administração pública pode ser dividida em administração pública direta e indireta. Segundo
Martins (2007), a administração pública direta envolve serviços prestados pela própria administração;
já a administração pública indireta é composta pelas sociedades de economia mista, pelas empresas
públicas que exploram atividade econômica, pelas fundações públicas e pelas autarquias.
A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade
e eficiência – art. 37 da Constituição brasileira (MARTINS, 2007).
Segundo Ferreira (apud Santos, 2006), gestão pública refere-se às funções da gerência pública
nos negócios do governo, mandato de administração. Para Santos (2006), a gestão associa-se a uma
determinada fase de mandato. Portanto, a gestão teria as mesmas características da administração, mas
válidas por um período de tempo determinado.
39
Unidade I
Pode-se diferenciar administração pública de gestão pública afirmando que administração é atividade
neutra, vinculada à lei ou à norma técnica; é conduta hierarquizada.
A gestão, por outro lado, implica o atendimento de parâmetros básicos: tradução da missão, realização
de planejamento e controle, administração de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros,
inserção de cada unidade organizacional no foco da organização e tomada de decisão diante de conflitos
internos e externos. Portanto, a gestão pública é a mesma atividade administrativa vinculada à lei ou à
norma técnica e à política, realizando funções administrativas em um determinado período de tempo.
• legalidade: está associada à gestão pública em toda a sua atividade, presa aos mandamentos da lei,
deles não podendo se afastar, sob pena de invalidade do ato e responsabilização do seu autor;
• impessoalidade: qualquer atividade de gestão pública deve ser dirigida a todos os cidadãos, sem
a determinação de pessoa ou discriminação de qualquer natureza;
• moralidade: os atos e as atividades públicas devem obedecer aos princípios morais. Para Meirelles
(1985), estes estão intimamente ligados ao conceito do bom administrador, ou seja, aquele que
busca o melhor e mais útil para o interesse público;
• publicidade: este princípio torna obrigatória a divulgação dos atos, contratos e outros documentos
da administração pública para conhecimento, controle e início dos seus feitos. O instrumento
oficial é o jornal, público ou privado, destinado à publicação dos atos. Em geral, são utilizados
Diários Oficiais;
• finalidade: impõe-se à administração pública a prática de atos voltados para o interesse público;
• continuidade: os serviços públicos não podem parar, pois as necessidades da população não
param. Existem dispositivos legais que dão direito ao consumidor de ser ressarcido por empresas
prestadoras de serviços públicos na falta ou inadequação dos serviços;
• indisponibilidade: o detentor da disponibilidade dos bens e dos direitos públicos é o Estado, e
não seus servidores;
• igualdade: todos os cidadãos são iguais perante a lei e, portanto, perante a administração pública.
Para que o Estado realize suas funções políticas e administrativas, é necessária estrutura
organizacional voltada aos interesses da coletividade. Essa estrutura chama-se administração pública,
40
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
nos três níveis de governo: federal, estadual e municipal. Na administração direta, os serviços e a
competência para prestá-los estão distribuídos entre os diversos órgãos que compõem a entidade
política por eles responsável.
Na esfera federal, esses órgãos são os ministérios; nas esferas estadual e municipal, as secretarias.
Assim, Ministério da Saúde, dos Transportes, da Fazenda, no âmbito da União, e as Secretarias da Saúde,
da Educação, da Cultura e dos Esportes, nos Estados, no Distrito Federal e nos municípios são exemplos
de órgãos do Estado que compõem a administração direta.
Em síntese, a administração direta é exercida diretamente pelo governo, seja ele federal, estadual,
municipal ou do Distrito Federal, por meio dos órgãos que compõem o aparelho da administração
pública, realizando os serviços destinados aos seus administrados.
Lembrete
São entidades públicas dotadas de personalidade jurídica própria e vinculadas ao executivo, através
do ministério ou secretaria em que se enquadra sua principal atividade, gozando, entretanto, de
autonomia administrativa e financeira. Podem ser:
• Autarquias: serviço autônomo criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
própria, para executar as atividades típicas da administração pública e promover seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. A autarquia é uma pessoa
jurídica de direito público;
• Empresas públicas: são pessoas jurídicas de direito privado, mas com capital inteiramente
público, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES); Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos;
• Sociedades de economia mista: são pessoas jurídicas de direito privado, formadas com capital
público e particular, com predominância de direção estatal. Regem-se pelas regras das sociedades
comerciais, mas não estão sujeitas a falências. Exemplo: Petrobras, Eletrobras, Sabesp, Cesp;
• Fundações públicas: entidades atípicas que se prestam à realização de atividades não lucrativas
e atípicas do Poder Público, porém de interesse da coletividade, como educação, cultura, pesquisa,
cuja manutenção se dá com o amparo estatal;
• Fundos especiais: produto de receitas especificadas por lei, que se vinculam à realização de determinados
objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação, como Fundo de Desenvolvimento
Econômico e Social (FUNDES), Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FUNDEB), Fundo de
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação;
• Agências reguladoras: autarquias criadas com a finalidade de regular setores cuja atividade foi
alvo de processo de privatização, como Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL);
• Agências executivas: qualificação dada à autarquia ou fundação que celebra contratos de gestão
com o órgão da administração direta a que se acha vinculada, para a melhoria da eficiência e
redução de custos;
• Serviços públicos: serviço público administrativo é toda atividade que o Estado exerce para
cumprir seus fins, exceto a judiciária. O serviço público deve ser geral, uniforme, regular e contínuo,
e tutelar o direito e bem-estar geral.
O Poder Público pode delegar a particulares a execução de tarefas de interesse público, através de
concessão, permissão ou da autorização.
42
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Sob aspecto legal, o contrato caracteriza-se como uma convenção estabelecida entre duas ou mais
pessoas para construir, regular ou extinguir entre elas uma relação jurídica patrimonial.
O contrato administrativo caracteriza-se pela participação do Poder Público como parte predominante
e pela finalidade de atender a interesses públicos.
• Intransferibilidade: em regra, o particular não pode ceder seus direitos contratuais, e o cumprimento
das obrigações assumidas perante a administração não pode ser delegado a outrem.
• Alterabilidade: a qualquer tempo, a administração pode alterar o contrato, cabendo, porém,
indenização.
• Revogabilidade: a qualquer tempo, a administração pode revogar o contrato, cabendo, porém,
indenização.
• Prorrogabilidade: no interesse público, a administração pode prorrogar um contrato sem
nova concorrência pública, mediante termo aditivo, desde que esteja previsto no processo de
contratação.
• Execução inafastável: o particular não pode interromper a obra ou serviço contratado, sob a
alegação de que o Poder Público não está cumprindo sua parte.
• Publicidade: salvo determinação expressa em contrário, a validade do contrato administrativo
exige a sua publicação no órgão oficial.
43
Unidade I
São objetos de contratação, por meio de licitação, todos os processos de concessão, compra,
contratação de serviços, obras públicas, fornecimento de produtos ou serviços.
4.6 Licitação
Observação
Em algumas situações, poderão ser usados concursos e leilões. Concursos para a escolha de
trabalhos técnicos, científicos ou artísticos, mediante prêmios ou remuneração aos vencedores. O
leilão de imóveis inservíveis, produtos apreendidos, na modalidade pregão eletrônico, que vem sendo
empregado cada vez mais na administração pública para compras rotineiras, contratação de serviços,
entre outros.
As licitações são processos públicos nos quais os critérios de apresentação e avaliações das propostas
estão previamente definidos, bem como sanções administrativas e criminais.
44
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
A Constituição de 1988, art. 37, inc. XXI, criou bases nas quais mais tarde, em 21 de junho
de 1993, assentou-se a Lei Federal nº 8.666, que instituiu o Estatuto das Licitações e Contratos
Administrativos.
Nas palavras de Adilson Abreu Dallari (1992, p. 89), “o instituto da licitação assumiu grande
importância atualmente, devido ao aumento na esfera de atuação da Administração Pública, por meio
do desempenho de novas funções exigidas pela complexidade da vida moderna”.
A Administração Pública lançará mão da licitação toda vez que for comprar bens, executar obras,
contratar serviços ou conceder a um terceiro o poder de, em seu nome, prestar algum tipo de serviço
público, como é o caso das concessões.
Observação
Não seria justo tentar elaborar um conceito próprio para licitação diante da rica doutrina
disponível.
45
Unidade I
Como todo sistema jurídico, o instituto das licitações também tem seus princípios norteadores.
Discorreremos acerca de alguns deles, ainda que de forma bastante simples.
• O princípio da legalidade, como princípio geral previsto no art. 5º, II, da Constituição de 1988,
segundo o qual “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer senão em virtude de lei”, obriga
a Administração Pública, quando da compra, obra, contração de serviços ou alienação, a proceder
de acordo com o que a Constituição Federal e as Leis preveem. A não observação desse princípio
impregnará o processo licitatório de vício, trazendo nulidade como consequência.
• Pelo princípio da isonomia, é assegurada a igualdade no tratamento a todos quantos venham
participar do certame licitatório.
• O princípio da competitividade é o que garante a livre participação de todos no processo
licitatório. Isso não quer dizer que todas as empresas possam ser admitidas para participação,
uma vez que a liberdade é relativa.
• O princípio da impessoalidade tem por objetivo evitar que a Administração Pública venha a dar
um tipo de preferência a algum participante do processo. A não observância desse princípio pode
trazer prejuízos para lisura do processo licitatório. Se isso vier a ocorrer, deverá ser decretada a
nulidade do processo.
• O princípio da publicidade tem por objetivo fazer com que o processo de licitação seja do
conhecimento de todos os interessados. Além disso, visa fazer com que a sociedade, de uma
forma geral, tome conhecimento do processo e possa acompanhar os seus atos.
• O princípio da economicidade deve fazer com que os recursos públicos sejam aplicados com
muito zelo e eficiência, uma vez que nem sempre a proposta que apresenta os valores mais baixos
é a mais vantajosa.
Seguindo esse princípio, existem decisões do Tribunal de Contas de São Paulo (TC/SP) reconhecendo
caráter irregular em contração que não observou o princípio da economicidade (TC/SP Protocolo nº
5.150/026/93, DOE de 5/10/1995).
46
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Os princípios que regem a Administração Pública são de caráter obrigatório, uma vez que o
Artigo 37 da Constituição Federal impõe a todos quantos integram os Poderes da República, nas esferas
compreendidas na Federação, obediência aos princípios da moralidade, legalidade, impessoalidade,
eficiência e publicidade.
Competência Legislativa
Compete à União legislar sobre normas gerais de licitação, de acordo com a Carta Magna de 1988.
A Lei nº 8.666/93, como lei federal, submete Estados, Municípios e o Distrito Federal ao dever de
obediência a seus preceitos gerais sobre licitações e também lhes concede competência para legislar dentro
da esfera concedida pelos dois diplomas legais, desde que não agridam os preceitos dali emanados.
O dever de licitar
Têm o dever de promover licitação todos os entes estatais, independentemente do caráter público
ou privado de sua personalidade. Destarte, são por ele colhidas tanto as pessoas governamentais de
direito público (União, Estados e Municípios, suas autarquias e fundações governamentais de direito
público) como as pessoas governamentais privadas (empresas públicas, sociedades de economia mista e
fundações governamentais provadas) (SUNDFELD,1994, p. 36).
O enunciado constitucional impõe aos órgãos da União, Estados, Municípios e DF o dever de licitar,
previsto no art. 37, da CF/88, que diz:
A outorga de concessão ou permissão de serviço público deve ser concedida também mediante
processo licitatório, de acordo com o previsto no art. 175, caput, da Constituição.
Exceção
Há situações em que não é possível licitar. Isso pode decorrer em função do valor, situação de
emergência, calamidade pública, inviabilidade de competição e demais hipóteses enumeradas nos arts.
24 e 25, denominadas como contratação direta.
Quadro 10
Em ambos os casos de exceção no processo licitatório, deve ser observado o que está descrito no Art. 26 da Lei nº
8.666/93, principalmente no que se refere a justificativa e a publicidade. A não observância desses critérios pode
implicar multa aos responsáveis.
A Lei nº 8.666/93, no parágrafo único do Art. 4º, informa que o procedimento licitatório se caracteriza
como ato administrativo forma, por esse motivo os doutrinadores entendem que um processo de
licitação precisa ser analisado por seus aspectos internos e externos, ou seja, uma licitação possui uma
fase interna e outra externa.
48
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Fase interna
É onde estão concentrados os atos da Administração Pública que serão importantes para a definição
e o planejamento de um processo licitatório.
Como regra geral, a Administração Pública sempre deve optar pela licitação, e a sua dispensa ou
inexigibilidade são consideradas como exceções que não podem ser adotadas antes de pesquisas e
estudos.
Lembrete
49
Unidade I
O pregão eletrônico foi instituído pela União por se tratar de uma modalidade moderna e transparente,
devendo ser adotado por todos os entes da Administração Federal quando se tratar da compra e da
contratação de serviços comuns.
A importância do edital
Trata-se de um instrumento pelo qual a Administração torna pública a sua intenção de realizar um
processo de licitação e quais serão as condições fixadas pelo Poder Público.
O edital é o ato convocatório em que deverão estar estipuladas as regras que serão aplicadas no
processo licitatório. Essas regras devem abranger desde os critérios de habilitação e classificação, quanto
a preços, pagamentos, sanções, até outras regras referentes aos procedimentos.
Segundo o Art. 41, da Lei nº 8.666/93, todo e qualquer cidadão é parte legítima para poder impugnar
um edital de licitação que apresente algum tipo de irregularidade em relação ao que prescreve a lei.
50
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
O edital sempre deverá ser submetido à análise e aprovação da assessoria jurídica do órgão responsável
pela promoção do processo licitatório. De acordo com o Artigo 41 da Lei nº 8.666/93, a Administração
Pública não pode descumprir as condições que foram previamente estabelecidas pelo edital. Assim, fica
estritamente a ele vinculada.
Lembrete
De acordo com o parágrafo terceiro do Art. 3º da Lei nº 8.666/93, o processo licitatório não pode ser
sigiloso, ou seja, todos os atos do processo devem ser públicos e acessíveis a quem estiver interessado.
Exceções a essa regra são relacionadas ao conteúdo das propostas até o momento de sua abertura.
Faz parte da fase externa da licitação o processo de habilitação dos interessados em apresentar
propostas. A partir do momento em que o edital é publicado, os interessados passam a ter conhecimento
da licitação e das regras que a regulamentam, podendo, assim, apresentar suas ofertas.
Na fase da habilitação é que a Administração Pública pode verificar a idoneidade jurídica, técnica e
financeira do interessado em contratar, de acordo com o que está previsto nos Artigos 28, 29, 30 e 31
da Lei n° 8.666/93.
Os interessados que participaram do processo de habilitação e foram aprovados por atender aos
requisitos exigidos terão suas propostas técnica e comercial analisadas. Essa fase do processo licitatório
é regulamentada pelos Artigos 44 a 48 da Lei nº 8.666/93.
Artigo 45, Lei nº 8.666/93: O julgamento das propostas será objetivo, devendo a
Comissão de Licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade
com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato
convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de
maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
Para aqueles que se sentirem prejudicados pelas decisões tomadas pela Administração Pública,
durante o processo de licitação, existe a possibilidade de entrar com recursos administrativos, conforme
o que está previsto no Art. 109 da Lei nº 8.666/93.
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Unidade I
Observação
Bens de uso comum: são os que estão fora de comércio e podem ser utilizados por todos, como os
mares, os rios, as estradas, as ruas, as praças.
Bens públicos dominicais: são os de propriedade da União, dos Estados ou dos Municípios.
Bens públicos de uso especial: também são de propriedade da União, dos Estados e dos
Municípios, mas com uma destinação específica, como prédios em que funcionam as repartições
públicas.
O regime jurídico: os regimes jurídicos de contratação de servidores podem ser estatutário (para
servidores públicos) e CLT (para os chamados empregados públicos). Em ambos os casos, somente podem
ser admitidos por concurso público.
Estabilidade: a estabilidade é adquirida pelo servidor concursado após três anos de exercício de
cargo efetivo e aprovado em avaliação de desempenho. O estável só pode ser demitido mediante
processo administrativo, com ampla defesa, sentença judicial transitada em julgado, ou por desempenho
insuficiente, demonstrado em avaliação periódica.
Vitaliciedade: nesse caso, a demissão só pode dar-se em virtude de sentença judicial transitada
em julgado. São vitalícios juízes de direito, membros do Ministério Público e dos Tribunais de
Contas.
Acumulação de cargos: em princípio, não cabe acumulação de cargos em serviço público, salvo
exceções previstas em lei.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
A administração privada, por sua vez, trata de atender a necessidades individuais ou de um grupo
de pessoas, sem a preocupação de atingir o conjunto da população. Tem por finalidade a aferição de
lucro, que será revertido a fins pessoais e particulares dos proprietários. A administração pública tem por
finalidade o interesse e os serviços públicos.
Os meios para a administração privada estão previstos na legislação vigente e caracterizam-se pela
igualdade entre si e pelas regras que não podem ser impostas a não ser em caso de acordos celebrados
entre as partes.
Na administração pública, os objetivos fixados em lei não podem ser alterados ou inviabilizados por
seus gestores. Portanto, há que se fazer o que a lei autorizou ou especificou. Na administração privada,
os objetivos podem ser alterados desde que a lei não proíba.
A gestão de recursos humanos e a fixação de preços dos serviços prestados ou dos bens produzidos
estão limitadas por princípios específicos do direito administrativo; portanto, os gestores públicos são
obrigados a seguir fielmente o que a lei autorizou ou especificou.
As organizações públicas não concorrem entre si nem com as empresas privadas. A sua continuidade ou
sobrevivência depende apenas do poder político que as cria, mantém, modifica e extingue. Já as organizações
privadas estão sujeitas a leis de mercado, sobrevivem em concorrência com outras organizações, podem falir.
O administrador público, portanto, tem que ter conhecimento do direito administrativo, das leis que
regem os contratos administrativos e estabelecem as normas do seu comportamento. O administrador
privado tem que ter visão de mercado, e necessita também do conhecimento próprio das empresas.
Os recursos humanos no setor público são contratados por meio de concursos públicos, possuem,
como já foi dito, estabilidade, não podendo ser demitidos a não ser em casos muito específicos.
Saiba mais
<http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2691/Bens-Públicos>
Resumo
Quadro 11
Administração Constitui-se em uma importante atividade da sociedade. Tem como base o esforço
cooperativo dos indivíduos por meio das organizações.
Realizar tarefas por meio das pessoas, buscando obter os melhores resultados;
Funções da
Administração Buscar atingir os objetivos das organizações com eficiência e eficácia;
Teoria das Relações Humanas: a administração deve buscar os melhores resultados por
meio de condições que possibilitem a integração dos indivíduos nos grupos sociais.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
A história da Administração
Adam Smith: a vantagem econômica que as organizações e a sociedade poderiam obter com a
divisão de trabalho.
Taylor: precursor da abordagem científica, definida em três fases: eliminação de desperdício; caráter
científico dos processos produtivos; e eficiência na empresa.
Henry Ford: implantou e desenvolveu a divisão de trabalho na linha de montagem; cada operador
era responsável por uma operação pequena, simples, que se completava com o trabalho de vários outros
operadores, cada qual com operações igualmente simples. Nesse sistema, os princípios da administração
eram baseados nas seguintes proposições: divisão de trabalho; autoridade e responsabilidade;
subordinação do interesse individual ao interesse geral; remuneração do pessoal; centralização; linha de
autoridade ou hierarquia; ordem; equidade; estabilidade do pessoal; iniciativa; espírito de equipe.
Conceito de Organização
Organização: é um sistema cooperativo que se caracteriza por ser consciente, deliberado e com
propósitos definidos com três elementos: comunicação entre os indivíduos participantes; motivação
para contribuir; propósito comum.
Patrick (2005) propõe que, ao nos organizarmos, devemos observar: unidade de propósito; divisão de
trabalho; preenchimento dos cargos; estrutura ou arcabouço organizacional.
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Unidade I
Diretrizes para organizar a estrutura: manter a estrutura enxuta; compatibilizar as pessoas da melhor
forma possível; estrutura bem-definida de direção; uma boa descrição de cargos.
Outras características dessa reforma foram: ênfase nos controles; excessiva centralização; excessiva
rigidez de normas e procedimentos com o objetivo de impedir as práticas patrimonialistas anteriores.
Outra reforma burocrática foi implantada através do Decreto– -Lei 200, de 1967, e introduziu
características gerenciais como planejamento, orçamento, descentralização e controle de resultados;
separação entre administração direta e indireta; expansão da administração descentralizada com farta
criação de empresas estatais, que passaram a empreender investimentos em infraestrutura.
Núcleo estratégico: atividades exclusivas; serviços não exclusivos; produção de bens e serviços para
o mercado.
É no núcleo dos serviços não exclusivos que o governo estabelece as premissas da reforma do Estado,
a partir dos seguintes objetivos: transferir os serviços não exclusivos para entidades denominadas de
organizações sociais; buscar autonomia e flexibilidade na prestação desses serviços; buscar a participação
da sociedade mediante o controle desses serviços; fortalecer a parceria entre Estado e sociedade através
do contrato de gestão.
Administração pública direta: é exercida diretamente pelo governo, seja ele federal, estadual,
municipal ou do Distrito Federal.
São objetos de contratação por meio de licitação todos os processos de concessão, compra,
contratação de serviços, obras públicas, fornecimento de produtos ou serviços.
Bens públicos: bens de uso comum; bens públicos dominicais; bens públicos de uso especial.
A administração privada tem por finalidade a aferição de lucro, que será revertido a fins pessoais
e particulares dos proprietários. A administração pública tem por finalidade o interesse e os serviços
públicos. A administração pública, em princípio, representa os interesses coletivos definidos na Constituição.
Na administração pública, os objetivos fixados em lei não podem ser alterados ou inviabilizados por
seus gestores. Na administração privada, os objetivos podem ser alterados, desde que a lei não proíba.
As organizações públicas não concorrem entre si nem com as empresas privadas; já as organizações
privadas estão sujeitas às leis de mercado.
O administrador público, portanto, tem que ter conhecimento do direito administrativo, das leis que regem
os contratos administrativos e estabelecem as normas do seu comportamento. O administrador privado tem
que ter visão de mercado; necessita também do conhecimento próprio das empresas.
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Unidade I
Exercícios
Questão 1. (Adaptada do ENADE 2009 – Administração) Cada uma das teorias administrativas surgiu
como uma resposta aos problemas empresariais mais relevantes de sua época.
I. A Teoria da Burocracia de Weber procurou utilizar um conjunto de regras e normas para tornar as
atividades organizacionais mais previsíveis e eficientes.
II. A Abordagem Clássica, constituída pelas Teorias Científica e Clássica, considerou a organização
como um sistema aberto e flexível, com interação intensa e fluídica com o ambiente externo.
IV. A Administração Científica de Taylor buscou aumentar a eficiência operacional das empresas por
meio da ausência de desperdícios e da divisão do trabalho.
A. I e IV.
B. I, II e IV.
C. I, III e IV.
D. II, III e IV.
E. III e IV.
I. Afirmativa correta
Justificativa: A Teoria da Burocracia resolve problemas pela maximização da eficiência, obtida pela
burocracia, organização eficiente, padronizada e previsível, segundo Weber.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Justificativa: Esta contribuição foi da Escola das Relações Humanas, que abordou a organização
informal, manifesta pelas relações entre as pessoas e a criação do conceito do homem social em
contraposição ao homem econômico, que tem necessidades sociais. A teoria Clássica centrou
seus estudos na estrutura formal das organizações, aquela constituída por normas e regras
preestabelecidas pela instituição.
Justificativa: O objetivo primeiro de Taylor foi buscar a eficiência operacional através, entre outras
ferramentas, da redução dos desperdícios e do estudo do trabalho a partir da divisão deste em
tarefas intensamente estudadas.
Questão 2. Desde a Teoria Clássica da Administração, quando Henry Fayol definiu a função
administrativa, foi estabelecido que “Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar”. Essas quatro
funções (ou processos) abrangem os três níveis hierárquicos clássicos, a saber: o estratégico, o tático e
o operacional.
Quadro 12
Fonte: CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003 (Adaptado).
Em situações de crise, as empresas são forçadas, por exemplo, a rever sua forma de administrar. Veja
o que se publicou em reportagem da Revista Exame de 11/2/2009: “Com a crise, os principais números
da empresa que eram acompanhados a cada trimestre passaram a ser vistos mês a mês. No Brasil, os
dados, antes analisados a cada mês, agora são vistos semanalmente”.
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Unidade I
Agora, examine as quatro afirmativas a seguir e classifique cada uma como sendo verdadeira ou
falsa, em função da postura do gestor diante de uma situação de crise.
I. A situação de crise leva a organização a redefinir sua forma de administrar, deixando de ser tática
e buscando ser estratégica nessa tarefa.
II. Exige-se do administrador, em função da crise, que seja menos estrategista e mais operacional no
exercício do seu trabalho.
III. Independentemente de crise, as organizações não podem abandonar sua postura genérica,
sintética e abrangente.
IV. A atenção do administrador em momentos de crise tende a se voltar para aspectos particulares da
gestão.
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