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INTRODUÇÃO

Com o declínio e queda do Império Romano do Ocidente, instalou-se na Europa uma nova
ordem. As sucessivas invasões de tribos bárbaras, conquistando territórios outrora governados
a partir de Roma acarretaram um esfacelamento do poder central, substituído por governos
locais, comandados por chefes guerreiros que exerciam, de forma autónoma, o comando de
seus territórios.

O presente trabalho visa essencialmente estudar um dos marcos importantes na área judicial
da idade Média concretamente na Inglaterra no que concerne aos motivos e objectivos que
levaram com que os nobres ingleses propusessem a necessidade de existência de um
documento que regulasse e limitasse a vontade e o poder absoluto dos monarcas
especialmente do rei da Inglaterra João 1º em 1215, o referido documento intitulado como a
magna carta, considerado como um ponto de viragem no que concerne aos direitos humanos
assim como o inicio significativo no amplo processo da regra da lei constitucional no mundo
anglófono e não só.

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DESENVOLVIMENTO

MAGNA CARTA
Na Inglaterra, a supremacia do rei sobre os barões feudais, reforçada durante todo o século XII,
enfraqueceu-se no início do reinado de João sem-Terra, a partir da abertura de uma disputa
com um rival pelo trono e o ataque vitorioso das forças do rei francês, Filipe Augusto, contra o
ducado da Normandia, pertencente ao monarca inglês por herança dinástica (a família
Plantagenet). A Normandia passou para as mãos francesas.

Magna carta que por outras palavras podemos intitula-la Carta Grande, cujo nome completo é
Grande Carta das liberdades foi um documento produzido numa primeira fase em latim a 15 de
Junho de 1215 numa cidade conhecida por Runnymede, com o objectivo de por termos aos
poderes dos Monarcas assim como do Rei João 1, a magna carta resultou de desentendimento
entre o Rei João 1º também conhecido como João sem terra, os Barões e a Igreja Católica
representada pelo papa.

OFENSIVA DOS BARÕES E DA IGREIJA


Em 10 de Junho de 1215 os barões cansados dos sucessivos abusos de poder do Rei João 1º e
revoltados pelos fracassos nas suas investidas, nomeadamente: o desrespeito aos seus suditos,
isto é a maneira irregular que tomou o poder da monarquia após a morte do Ricardo Coração-
de Leão; a fracassada tentativa de reconquistar os territórios ingleses tomados pelo Filipe
Augusto da França, esta segunda considerada privilégios pela nobreza inglesa, na batalha que
ficou conhecida como batalha de Bouvines de 1214; e o terceiro a polémica que envolveu-se
com a igreja católica na indicação do Arcebispo da Cantuária, João sem Terra enfrenta uma
conspiração dos barões ingleses, liderados pelo Arcebispo Langton, cujo objetivo principal era
fazer com que o rei respeitasse a Carta de Henrique II, os costumes do reino e os direitos,
historicamente reconhecidos, dos súditos.

João tenta resistir, convocando um exército de mercenários. Entretanto, com o rompimento


levado a cabo pela nobreza, o tesouro real estava vazio. As administrações já não funcionavam.
Os exércitos dos barões, apoiados pelo povo, ocupam Londres. O monarca nada mais podia
fazer, estava nas mãos dos rebeldes. Concorda em encontrar-se com os revoltosos na campina
de Runnymede, entre Staines e Windsor, em conferência que seria realizada no dia 15 de junho
de 1215.

O rei, acuado, leva apenas uns poucos assistentes. Os barões, sempre temerosos quanto ao
comportamento do soberano, são escoltados por grande número de cavaleiros armados. O

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povo londrino marcha para Runnymede acompanhando o exército dos nobres. Uma verdadeira
multidão tomou a bela campina

Na polemica com a igreja, João Sem-Terra entra em choque com o Vaticano, pois forneceu
apoio ao seu sobrinho o imperador Óton IV, no conflito contra o rei da França, buscando
vingança pela perda territorial.

O problema com o Papa alcançou também uma disputada chamada de querela das
investiduras. João recusou-se a aceitar a designação de Stephen Langton como cardeal de
Canterbury, sendo por isso excomungado pelo Papa Inocêncio III, que comandou a Igreja entre
1198 e 1216. A disputa entre o Poder Real e o Vaticano denominado de “querela das
investiduras” surgiu ainda no século XI. Tratava-se de uma disputa para nomeação de bispos
nos seus respectivos territórios. Em 1059, o Papa Nicolau II, desejosos de eliminar as práticas
generalizadas de venda de sacramentos e benefícios eclesiásticos e de concubinato de padres,
promulgou um édito papal, recusando a investidura de bispos e abades pelo poder laico. A
proibição pontifícia foi reafirmada por sucessivos papas, notadamente por Gregório VII, mas
também por Inocêncio III.

Com enumeras investidas fracassadas do rei, começaram a surgir descontentamentos no seio


da nobreza inglesa que no entanto queriam de uma vez por todas colocar restrições aos
poderes reais, vendo-se encurralado o Rei João 1º, foi obrigado numa primeira fase a aceitar
um documento que ficou conhecido como o Artigo dos Barões, e em 1215, houve
definitivamente um acordo entre o Rei e os barões na qual se produzio a carta que ficou
conhecida como a Magna Carta constituída por 63 Artigos ou cláusulas.

IMPORTÂNCIA E CARACTERÍSTICAS DA MAGNA CARTA


A assinatura da magna carta é por muitos constitucionalistas considerado o início da Monarquia
Constitucional inglesa como também o pilar da História do direito europeu e não só, uma vez
que os direitos humanos passaram a ser respeitados contribuindo desta forma como um
alicerce da legislação Britânica actualmente, e representando o marco inicial do
constitucionalismo, da democracia e do desenvolvimento da teoria dos direitos fundamentais.

Considera-se também a magna carta importante porque pela primeira vez na história da
humanidade, limitou-se não por via de normas morais ou religiosas mas sim essencialmente por
vias jurídicas, a esfera de actuação arbitrária monárquica, impondo-se limites ao poder estatal.

Muitas de suas disposições constam hoje nas leis fundamentais de diversos estados
Democráticos de Direitos.

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No que concerne as Declarações e Intenções, Um ponto interessante revela a singularidade da
história jurídico-política da Inglaterra e remonta a concepção que consolidou o Poder dos reis e
também os direitos dos súditos. Visto já pontos de grande relevo da Magna Carta, uma
abordagem se faz necessária sobre o artigo 60, que versa sobre a amplitude dos direitos
alinhados no documento.

No âmbito do processo legal o artigo 39 da Magna Carta estabelece procedimentos para os


julgamentos e é por alguns, considerado o mais importante de todo o texto15. A ideia principal
é que os homens livres devem ser julgados pelos seus pares e de acordo com a lei da terra.

Outro ponto de vital importância da carta é em relação aos tributos fiscais a regra do taxation
whithout representation”, que estabelecem limites limita a imposição e ampliação de taxas,
impostos e tributos pelo monarca. Ora, sito não só provocou mais tarde a institucionalização do
Parlamento, como lhe serviu de arma para assumir o papel de legislador e de controlador da
actividade governamental. Os dispositivos estão nos artigos 12 e 14.

Quanto as Liberdades dos Reinos, num trecho muito importante a Magna Carta, em um de
seus mais conhecidos trechos, dispõem sobre as liberdades que gozarão os homens livres do
reino. Vale ressaltar que se trata de um tipo de constituição pactuada no dizer de Paulo
Bonavides, na qual o equilíbrio é precário. Uma das partes se acha sempre politicamente em
posição de força, no caso dos barões. O pacto jurídico selado encobre de forma precária a
situação.

Originariamente escrita em latim, como ocorria com os documentos oficiais, a Magna Carta
teve várias versões mas três são as mais importantes nomeadamente:
 Aquela saída de Runnymede (que contém 63 artigos);
 A de 1217, conhecida como “Artigos dos Barões” (com 49 artigos);
 E a de 1225, tida como a versão definitiva (com 37 artigos).

A versão da Magna Carta de 1225 é considerada a pedra angular britânica, mas o documento
tornou-se especialmente importante no século XVII com o recrudescimento do conflito entre a
coroa e o Parlamento. E de forma a adequar as circunstâncias de cada época influenciada pela
dinâmica da sociedade o documento foi revisado várias vezes, fazendo com que mais tarde
vários outros Países utilizassem as ideias da Magna Carta para elaborar as suas próprias
constituições.

Formalmente, pode ser considerado como um documento sucinto. Entretanto, para a época,
era até mesmo alongado. O fato de ser um documento escrito, definindo, minuciosamente, os
direitos da realeza e os limites impostos à autoridade real, é de suma importância, porque
possibilitou a fixação de hábitos e costumes, evitando que, no futuro, soberanos arbitrários
impunemente abusassem de seus poderes.

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CONCLUSÃO

Depois de um estudo aprofundado da Magna carta fica-nos claro que o documento foi a pedra
inicial do novo estado inglês assim como também para os estados colonizados por Inglaterra e
sobre tudo para os Direitos Fundamentais.

Trata-se de um instrumento de grande conquista no que concerne a liberdade, depois de


verificarmos e analisarmos as circunstâncias que nortearam a origem da Magna Carta,
debruçamo-nos sobre o seu conteúdo e verificamos diversos ângulos através dos quais
podemos considera-la e obriga-nos a verificar as razões de sua permanência por quase
oitocentos anos, como documento fundamental da história inglesa, influenciando até nos
destinos de outros países.

Sendo assim Entendemos aí residir a fundamental importância da Magna Carta: servir de


referencial à sociedade que se via oprimida por um poder governamental. E assim foi quando a
Inglaterra se viu ameaçada pelo despotismo dos reis Stuarts ou quando os colonos americanos
pretenderam alcançar certa autonomia.

A Magna Carta foi, portanto, o documento que, pela primeira vez, traçou limites permanentes
para a actuação do governante, de forma permanente e duradoura, tornando-se um referencial
para aqueles Estados que pretenderam desenvolver-se politicamente, com respeito aos direitos
do indivíduo.

E a partir da assinatura da magna carta ficou comprovado que era possível limitar o poder do
soberano através de um pacto em que fossem estabelecidas parcelas de direitos inatingíveis,
mesmo por quem exerça poderes do Governo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Magna_Carta: WIKIPEDIA
http://escola.britannica.com.br/article/481798/Magna-Carta
\http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Quem-Foi-Jo%C3%A3o-Sem-Terra-e-o/601263.html

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