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ENTEROTOXEMIA
VOLTA
A enterotoxemia é uma doença de origem nutricional que causa a morte dos animais devido a
uma toxina produzida por uma bactéria denominada de Clostridium perfringens tipo D
(ocasionalmente pode ocorrer o tipo C em cordeiros em aleitamento com 2 a 4 semanas de idade).
Este organismo é naturalmente encontrado nas pastagens e no trato gastrointestinal de ovinos
sadios. Entretanto, sob condições de consumo elevado de carboidratos (dietas ricas em grãos,
ingestão de grande quantidade de leite, consumo de forragens imaturas), a bactéria multiplica-se
rapidamente e produz uma toxina. Portanto, esta doença afeta principalmente cordeiros em
aleitamento, cordeiros recebendo suplementação no creep feeding, cordeiros confinados e ovelhas
recebendo dietas ricas em grãos. É um problema que ocorre em rebanhos bem nutridos.
O aparecimento é brusco. Os animais apresentam sinais de ataxia, opistótono e convulsões,
podendo morrer subitamente. Na necrópsia observa-se líquido coagulado no saco pericárdico,
congestão da mucosa intestinal e rins aumentados de volume (polposo).
O controle da enterotoxemia baseia-se na prevenção da doença pela vacinação. No Brasil não
existem vacinas específicas para a enterotoxemia. A proteção é obtida pela vacinação de ovinos
com vacina contra a Clostridiose de modo geral, a qual inclui o Clostridium perfringens tipo D na
sua formulação. Ovinos adultos deverão ser vacinados com duas doses de vacina, com um mês de
intervalo, seguindo-se de revacinação anual. Ovelhas gestantes devem ser vacinadas 2 a 4
semanas antes do parto para transferir imunidade passiva aos cordeiros pela ingestão de colostro.
Os cordeiros ficarão protegidos por 4 a 6 semanas após o nascimento quando então deverão ser
vacinados. Duas doses da vacina são recomendadas para os cordeiros com intervalo de um mês.
TÉTANO
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O tétano é uma doença caracterizada por convulsões tônicas de toda a musculatura ou de
alguns grupos musculares e, por uma marcada exaltação dos reflexos, que é originada como
conseqüência da formação de toxina pelo Clostridium tetani no lugar de sua penetração no
organismo. O agente é encontrado em terrenos cultivados do que nos campos nativos. Seus
esporos estão presentes nos jardins adubados com esterco, no pó da rua e em diversos alimentos,
em especial no feno. São menos freqüentes nos solos com elevada proporção de areia. O
Clostridium tetani é encontrado no conteúdo intestinal de diversas espécies animais onde se
multiplica e cai no solo com os excrementos, onde os esporos conservam sua vitalidade durante
longo tempo. Nas zonas de clima temperado, a doença aparece esporadicamente, enquanto nas
regiões tropicais pode adotar marcado caráter epidêmico.
Circunstâncias que, freqüentemente, originam a apresentação de infecções pelo bacilo tetânico
são os ferimentos de castração, cirurgias, contaminação do ferimento umbilical nos recém
nascidos, ajuda aos partos difíceis, ferimentos da mucosa bucal causados por dentes defeituosos e
corte de cauda. Portanto, o tétano pode ser evitado tratando adequadamente qualquer tipo de
ferimento com antissépticos. Nas regiões em que o tétano apresenta-se com freqüência, os
animais devem ser vacinados ativamente com vacina antitetânica. As ovelhas devem ser vacinadas
8 semanas (1a. dose) e 4 semanas (2a.dose) antes do parto e revacinadas anualmente 4 semanas
antes do parto. Os cordeiros são vacinados com 6 (1 a.dose) e 10 semanas de idade. A vacinação
deve ser repetida a cada ano.
VOLTA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEER,J. Doenças Infecciosas em Animais Domésticos. 1a.ed. Vol.2. Livraria Roca Ltda. 380p.
1988.
KIMBERLING,C.V. Diseases of Sheep. 3a.ed. Lea & Febiger. Philadelphia. 394p. 1988.