Vous êtes sur la page 1sur 33

174 ENUNCIACION

como r a z o n a m i e n t o de a u t o r i d a d parece u n t a n t o artificiosa. 8. E s b o z o de una teoría polifónica


Porque se t r a t a más b i e n de u n a f o r m a p a r t i c u l a r de la auto- de l a enunciación*
r i d a d polifónica, condición de t o d o d i s c u r s o : podemos d e p b r a r
el que haya o p t a d o p o r hacer oír u n a voz d e t e r m i n a d a y no
o t r a , pero esto en n a d a m o d i f i c a l a necesidad de q u e todo dis-
curso ponga en escena o t r o d i s c u r s o . L o que sobre este panto
sugiere l a noción b e n v e n i s t i a n a de l a d e l o c u t i v i d a d , es que el
discurso segundo, i n c l u s o c u a n d o r e t o m a u n d i s c u r s o anterior,
no consiste en u n a s i m p l e comunicación. Crea u n a r e a l i d a d o r i -
2
g i n a l : p o r el hecho m i s m o de d e c i r q u e algo se d i j o , , se dice!
algo nuevo. 4
I . E l o b j e t o da este capítulo es i m p u g n a r — y de ser p o s i b l e
r e e m p l a z a r — u n p o s t u l a d o q u e c o n s t i t u y e a m i j u i c i o u n a corh
dición p r e v i a (generalmente implícita') de t o d o c u a n t o a c t u a l -
m e n t e cae b a j o l a denominación de «lingüística moderna», tér-
m i n o q u e engloba a l a vez a l c o m p a r a t i s m o , a l e s t r u c t u r a l i s m o
y a l a gramática generativa. E s a condición p r e v i a n o es o t r a
que l a u n i c i d a d d e l s u j e t o h a b l a n t e . Considero en efecto q u e
Xa * las investigaciones d e s a r r o l l a d a s sobre e l lenguaje desde hace
Uní o & ... -te» por l o menos dos siglos, d a n p o r sentada l a idea de q u e cada
enunciado posee u n solo a u t o r y sólo u n o , idea q u e íes parece
t a ^ é ^ d ^ n t e q ü é r i i s i q u i e r a se p l a n t e a n . r e f o r i n u l a r l a .
E n l a teoría l i t e r a r i a reinó l a r g o t i e m p o u n a creencia aná-
loga, que no se cuestionó explícitamente h a s t a hace u n o s c i n -
cuenta años, s o b r e t o d o c u a n d o B a k h t i n e elaboró e l c o n c e p t o w ^)
de p o l i f b a t a . P a r a Bakhtíiac h a y t o d a u n a categoría de t e x t o s ,
y~en p a r t i c u l a r t e x t o s l i t e r a r i o s , e n los cuales es p r e c i s o recono- y <yr-\
cer l a existencia d e v a r i a s voces q u e h a b l a n simultáneamente, v o tMJSt
y donde n o h a y n i n g u n a q u e sea p r e p o n d e r a n t e y qué j u z g u e
a l a s demáj: se t r a t a de l o q u e él l l a m a , p o r oposición a l a
l i t e r a t u r a clásica o dogmática, l i t e r a t u r a p o p u l a r o i n c l u s o car-
4. L a p r i m e r a aparición del concepto de delocutividad en l a lingüística
moderna se encuentra en BENVENISTE ( 1 9 6 6 ) , capítulo 2 3 . L a interpretación * Este capítulo s e redactó en base a dos artículos ( « L a n o t i o n de sujet
de este concepto a la que me refiero está desarrollada en Arisco MBRE ( 1 9 8 0 ) , parlant», Recherches sur la philosophie et le langage, Universidad de Gre-
pág. 115 y sigs., en D U C R O T ( 1 9 8 0 ) , pág. 48 y en SIRDAR-ISKANDAR (1979), noble 2 , n.° 2, 1982, p>ágs. 65-93, y «Polyphonie», destinado a publicarse e n
capítulo 1 . Lalies, n.° 4, 1984, a m b o s con modificaciones t a n t o de fondo como de f o r m a .
r U
ó
176 ESBOZO D E UNA T E O R I A P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I O N 177 "
ENUNCIACIÓ
navalesca, y q u e él c a l i f i c a a veces de mascarada, significan írico (posición que coincide c o n l a m í a ) — l a conduce luego a
c o n ello q u e el a u t o r asume e n esta l i t e r a t u r a u n a serie de más» uñas d e c is ione s que 7 0 q u i s i e r a e v i t a r . C u a n d o el sentido de u n
caras dif er ente s. Pero, que y o sepa, esta teoría de Bakhtine s~ enunciado i m p l i c a l a i r r e f u t a b l e indicación de u n l o c u t o r (ates-
aplicó s i e m p r e a textos, es d e c i r a series de enunciados, y nunca ¡tiguado p o r l a presencia de p r o n o m b r e s de p r i m e r a persona)
a los p r o p i o s enunciados q u e componían esos textos. De suerte y s i n e m b a r g o el enunciado expresa u n p u n t o de v i s t a que n o
q u e esa teoría n o llegó a p o n e r e n d u d a el p o s t u l a d o según e l puede ser i d e n t i f i c a d o c o n el d e l l o c u t o r — p o r e j e m p l o cuando
c u a l u n e n u n c i a d o aislado h a c e oír u n a única voz. •alguien q u e f u e t ratad o de imbécil r esp o nd e «así q u e soy u n
Es este p o s t u l a d o , p r e c i s a m e n t e , l o q u e q u i s i e r a t o m a r como, imbécil, pues bien, ya verás...»— B a n f i e l d se ve fo r z ad a a ex-
o b j e t o de impugnación. Para d e m o s t r a r hasta qué p u n t o se halla' cluir estas «repeticiones» d e l c a m p o d e l estilo i n d i r e c t o l i b r e y
enraizado en l a tradición lingüística, m e referiré sumariamente ; a c o n s i d e r a r l a s como u n o de l o s m o d o s d e l d i s c u r s o t r a n s m i t i d o
a u n a investigación a m e r i c a n a q u e en el preciso m o m e n t o en (describiendo el «soy u n imbécil» d e l d i s c u r s o precedente c o m o
14 que parece a p u n t o de a b a n d o n a r l o , l o restablece in extremis. «tú dices q u e soy u n imbécil»). M e r c e d a estas exclusiones puede
c o m o s i se t r a t a r a de u n d o g m a i n t o c a b l e . Se t r a t a d e l análisis f o r m u l a r u n p r i n c i p i o según el c u a l , c u a n d o h a y u n l o c u t o r ,
de A N N / B A N F I E L D (1979) sobre e l e s t i l o i n d i r e c t o l i b r e . Contra- éste es necesariamente también e l sujeto de conciencia, p r i n -
poniéndose a l a descripción h a b i t u a l d e l estilo i n d i r e c t o libre cipio q u e a m i j u i c i o n o tiene o t r a justificación q u e l a de salvar
c o m o u n a f o r m a e n t r e o t r a s d e l d i s c u r s o t r a n s m i t i d o , Ann unaTunicidad a d m i t i d a a priori c o m o u n d a t o de s e n t i d o común:
B a n f i e l d e n c u e n t r a en ese e s t i l o l a expresión de u n p u n t o de «En u n e n u n c i a d o que se p r e s e n t a c o m o p r o p i o , n o se puede
v i s t a q u e n o puede ser el de l a p e r s o n a que efectiva y empíricjfc expresar u n p u n t o de v i s t a que n o sería el propio.»
m e n t e es a u t o r a d e l e n u n c i a d o , designando l a fuente de este Las investigaciones de B a n f i e l d sobre el estilo i n d i r e c t o l i b r e
d-'. p u n t o de v i s t a c o n e l término de «sujeto de conciencia». Pero f u e r o n r e c i e n t e m e n t e i m p u g n a d a s c o n d e t a l l e e n A U T H I E R (1978) J
> (
^ _ y - , .llegada a este estadio, o sea e n e l m o m e n t o en q u e se podrían y PLÉNAT (1975). Estos dos estudios p o n e n e n d u d a los p r i n c i -
i n t r o d u c i r en el e n u n c i a d o u n a p l u r a l i d a d de sujetos, Banfield pios «un e n u n c i a d o - u n sujeto de conciencia» y «si h a y u n l o c u -
f o r m u l a dos p r i n c i p i o s q u e hacen l a amenaza a u n lado. Plan- tor, es idéntico a l sujeto de conciencia». M i p r o p i a teoría de l a
tea en p r i m e r l u g a r que, p a r a u n e n u n c i a d o dado, n o puede ha- polifonía, q u e debe m u c h o a los dos au to r es q u e acabo de
b e r más que u n solo sujeto de conciencia, expulsando de entrá- m e n c i o n a r , a p u n t a a c o n s t r u i r u n m a r c o general en e l q u e se
. d a a l t e r r e n o de l o a n o r m a l los ejemplos q u e demostrarían la podría i n t r o d u c i r su crítica a B a n f i e l d , m a r c o q u e c o n s t i t u y e ,
:.-Ü
existencia de u n a p l u r a l i d a d de p u n t o s de v i s t a yuxtapuestos o c o m o d i j e a l c o m i e n z o , u n a extensión ( m u y l i b r e ) a l a lingüísti-
i m b r i c a d o s . Luego, proponiéndose t r a t a r los casos en q u e el ca de las investigaciones de B a k h t i n e sobre l i t e r a t u r a .
s u j e t o de conciencia n o es el a u t o r empírico d e l e nunci a d o, plan-
Oí. i.i tea q u e en estos enunciados no h a y u n l o c u t o r . Como es natu- I I . Primeramente quisiera definir la disciplina —que yo
r a l , n o reprocharé a B a n f i e l d — m u y p o r e l c o n t r a r i o — l a dis- l l a m o «pragmática semántica» o «pragmática lingüística»— den-
tinción que hace e n t r e el l o c u t o r , o sea e l ser q u e se designa en t r o de cuyo ámbito se sitúan m i s investigaciones. S i se d a p o r
el e n u n c i a d o c o m o s u a u t o r ( p o r e j e m p l o m e d i a n t e m a r c a s de o b j e t o a l a pragmática l a acción h u m a n a e n general, e l término
la p r i m e r a persona), y e l p r o d u c t o r empírico, ser q u e u n a des- pragmática del l e n g u a j e puede s e r v i r p a r a designar, en este
cripción lingüística sólo p r e o c u p a d a p o r las i n d i c a c i o n e s semán- c o n j u n t o de i n v e s t i g a c i o n e s , aquellas q u e c o n c i e r n e n a l a ac-
ticas contenidas en el enunciado n o puede t o m a r en c u e n t a . L o ción h u m a n a q u e se c u m p l e p o r m e d i o d e l lenguaje, i n d i c a n d o
que reprocharé a B a n f i e l d es el m o t i v o q u e l a mueve a efectuar sus condiciones y alcance. E l p r o b l e m a f u n d a m e n t a l e n esta
esa distinción, que n o es o t r o que el afán de m a n t e n e r a todo clase de estudios es saber p o r qué es posible servirse de pa-
p r e c i o l a u n i c i d a d d e l sujeto ha bl an te. Porque este m i s m o afán la b ra s p a r a e j e r c e r u n a i n f l u e n c i a , p o r qué ciertas manifesta-
— q u e p r i m e r o l a i n d u j o a hacer abstracción d e l p r o d u c t o r em- ciones, e n d e t e r m i n a d a s c i r c u n s t a n c i a s , están dotadas de efica-
S4 , . v
178 ENUNCIACION 8. ESBOZO DE U N A T E O R I A P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I O N 179
cia. Es el p r o b l e m a d e l centurión d e l Evangelio, que se asombra francesa, definida c o m o u n a e s t r u c t u r a léxica y sintáctica y que
d e s q u e a l d e c i r l e a s u c r i a d o « ¡ v e n ! » , el c r i a d o venga. Es tam- se s u p o n e les es subyacente.
bién l a cuestión t r a t a d a p o r B O U R D I E U ( 1 9 8 2 ) , q u e en efecto com- D e c i r q u e u n ciscurso, considerado c o m o fenómeno observa-
pete a l a sociología y sobre l a c u a l e l lingüista, como t a l , tiene ble, está f o r m a d o p o r u n a serie l i n e a l de enunciados, es f o r j a r \
poco que d e c i r salvo q u e c r e a e n u n poder intrínseco d e l verbo. l ¿ h i p ó t e s i s ^ («hipótesis externa» en el senti d o definido en el ^ \ < 1
Pero u n a vez hecho a u n l a d o este p r o b l e m a , queda o t r o cap. 3) d e que e l sujeto h a b l a n t e l o presentó c o m o u n a suce- /*V*i
que sí m e parece p r o p i a m e n t e lingüístico, y q u e precisamente sión de segmentos en q u e cada u n o corresponde_.a_:una .elección i /
f o r m a p a r t e de l o q u e yo d e n o m i n o «pragmática lingüística». que^ c o m p a r a d a con l a elección de los o t r o s , es «relativamente c -\
Y a n o se t r a t a de l o q u e se hace a l h a b l a r , sino de l o q u e el autónoma». Plantearé entonces q u e u n i n t e r p r e t a n t e , p a r a seg- V»
h a b l a , según e l e n u n c i a d o m i s m o , supue sta me nt e hace. A l u t i l i - m e n t a r éh enunciados u n d i s c u r s o dado, debe a d m i t i r que este ¿*-
zar u n e n u n c i a d o i n t e r r o g a t i v o p r e t e n d e m o s o b l i g a r a la per- r e c o r t e r e p r o d u c e l a sucesión de elecciones «relativamente au- <J
sona a q u i e n se d i r i g e , y e n v i r t u d de n u e s t r a m i s m a manifes- tónomas» que el sujeto h a b l a n t e p r e t e n d e h a b e r operado. Decir^ *
tación, a a d o p t a r u n c o m p o r t a m i e n t o p a r t i c u l a r , e l de respues- que u n d is c u rs o c o n s t i t u y e u n único e n u n c i a d o es, i n v e r s a m e n - \
ta, y de i g u a l m o d o p r e t e n d e m o s i n c i t a r l a a q u e actúe de u n a térsüpoñer que el sujeto h a b l a n t e l o h a p r e s e n t a d o c o m o o b j e t o }g
m a n e r a d e t e r m i n a d a c u a n d o u t i l i z a m o s u n i m p e r a t i v o , etc. E l dj^uhá. elección única. '
p u n t o que p a r a mí reviste i m p o r t a n c i a es q u e esa incitación a_ Se hace menester a c l a r a r a h o r a l a noción de «autonomía re- ,, rt
a c t u a r o esa obligación de r e s p o n d e r se dan como efectos de la lativa» q u e acabo de u t i l i z a r . Reside, a m i j u i c i o , e n l a satis-
enunciación. I d e a q u e habré de generalizar d i c i e n d o que todo facción_simultánea de dos co nd i ci o nes: l a ¡cohesión y l a ; i n d e - ?/- }
O h e n u n c i a d o a p o r t a consigo u n a cualificación de s u enunciácFóh7~ /pendencia.) U n segmento tiene /cohesión Wi n i n g u n o de sus cons.- A ¿ , r> 1
cüálificación q u e a m i j u i c i o c o n s t i t u y e e l s e n t i d o d e l enuncia- t i t u y e n t e s es elegido p o r sí m i s m o , es d e c i r s i l a elección d d f •
do. Así pues, el o b j e t o de l a pragmática semántica (o lingüís- -
cada c o n s t i t u y e n t e v i e n e s i e m p r e d e t e r m i n a d a p o r l a elección <f|
t i c a ) es d a r c u e n t a de a q u e l l o que, según e l e n u n c i a d o , el h a b l a del. c o n j u n t o . Es el caso de u n a serie c o m o Pedro está aquí, a l 4
? 1 hace. Para alcanzar este o b j e t o será p r e c i s o d e s c r i b i r sistemá- menos c u a n d o se a d m i t e q u e las tres palabras que l a c o n s t i t u -
t i c a m e n t e las imágenes de l a enunciación q u e s o n veMculizadas yen se^ e l i g i e r o n p a r a p r o d u c i r e l mensaje t o t a l , y q u e l a ocu-
a través d e l e n u n c i a d o . r r e n c i a de l a p a l a b r a Pedro, p o r e j e m p l o , n o se j u s t i f i c a p o r e l
s i m p l e deseo de p r o n u n c i a r e l n o m b r e de Pedro. Pero también
I I I . Para sacar adelante esta descripción m e parece nece- es e l caso de l a p r o p i a p a l a b r a Pedro, en l a m e d i d a en q u e l a
sario establecer y conservar luego (aunque cueste u n poco) u n a aparición de los fonemas q u e c o m p o n e n esta p a l a b r a se j u s t i f i c a
r i g u r o s a distinción e n t r e « e l enunciado» y «la frase». L o q u e yo solamente p o r el deseo de f o r m a r el n o m b r e t o t a l Pedro. A h o r a
l l a m o «frase» es u n o b j e t o teórico, s i g n i f i c a n d o esto q u e n o per- b i e n , s i no q u e r e m o s tener q u e c o n s i d e r a r esta o c u r r e n c i a de
lev <> í tenece p a r a el lingüista a l d o m i n i o de l o observable, s i n o que Pedro como u n e n u n c i a d o , a l a cohesión habrá—que añadirle
c o n s t i t u y e u n a invención de esa ciencia p a r t i c u l a r q u e es l a una segunda condición, que llamaré «independencia». U n a serief
gramática. L o que e l lingüista puede c o n s i d e r a r c o m o observa-^ es ^independiente s i s u elección n o está d e t e r m i n a d a p o r l a eléc-' ¡
b l e es el e n u n c i a d o , e n t e n d i d o como l a manifestación p^Hícülar,^ ción de u n c o n j u n t o más vasto d e l q u e f o r m a p a r t e . L o c u a l ;
"como l a o c u r r e n c i a hic et nunc de u n a frase. Supongamos que excluye i n m e d i a t a m e n t e l a p a l a b r a Pedro t a l c o m o aparece e n
dos personas diferentes d i g a n «hace b u e n t i e m p o » , o q u e u n a la serie analizada.
m i s m a persona l o diga en dos m o m e n t o s d i f e r e n t e s : e s t a m o s en Veamos a l g u n o s e j e m p l o s . Cuando q u e r i e n d o i n c i t a r a l a f r u -
presencia de dos enunciados diferentes, d e dos observables d i - galidad a u n a p e r s o n a demasiado golosa, se le r e c o m i e n d a
ferentes, observables que l a mayoría de los lingüistas e x p l i c a n «¡come para v i v i r ! » , el come n o c o n s t i t u y e u n e n u n c i a d o , p o r -
decidiendo q u e se t r a t a d e dos o c u r r e n c i a s d e l a m i s m a frase que se lo e l i g e únicamente p a r a p r o d u c i r e l mensaje g l o b a l : e l
i
180 ENUNCIACION 8. ESBOZO D E L N A T E O R I A P O L I F O N I C A DE L A E N U N C I A C I O N 181
O-.-i,ti-i-
s u j e t o h a b l a n t e n o d i o p r i m e r o el consejo « ¡ c o m e ! » , a l que e n u n c i a d b única s i se l o c a r a c t e r i z a , a l a m a n e r a de Jakobson,
hábria añadido después l a especificación «para v i v i r » . Pero s i p o r l a enumeración de u n p a r a d i g m a cuyos diferentes elementos ~,
l a m i s m a serie s i r v e p a r a a c o n s e j a r a u n e n f e r m o inapetente están dispersos a l o l a r g o d e l d e s a r r o l l o sintagmático. A idén-
que c o n s u m a a u n q u e sólo sea u n p o c o de a l i m e n t o , e l come t i c a conclusión se llega e n l o r e f e r e n t e a u n a o b r a de t e a t r o s i J L
debe ser e n t e n d i d o c o m o u n e n u n c i a d o , a s u m i d o p o r el sujeto se a d m i t e , c o n arreglo a l a tesis de A. R E B O U L - M C E S C H L E R ( 1 9 8 4 ) ^
h a b l a n t e y r e f o r z a d o después p o r u n segundo enunciado q u e q u e l a pieza t e a t r a l deja oír, a l l a d o de las manifestaciones que
a p o r t a u n a r g u m e n t o e n a p o y o d e l consejo precedente. Com- se d i r i g e n los personajes e n t r e sí, u n a manifestación d e l a u t o r
p a r e m o s i g u a l m e n t e l o s dos diálogos: a l público. Porque l a segunda, q u e c o n s t i t u y e e l lenguaje t e a t r a l
p r o p i a m e n t e dicho, p o n e e n evidencia l a existencia de eleccio-
A: Ya no se le ve mucho, a Pedro. nes c u y a expresión puede p r o l o n g a r s e d u r a n t e u n a extensísima
B: ¡ N o es así! Le he visto esta mañana. A propósito, acaba de com- duración escénica, y e n c u a l q u i e r caso d e s b o r d a r a m p l i a m e n t e
prarse u n coche.
A: Creo que Pedro está teniendo problemas de dinero. l a s réplicas de los personajes. E j e m p l o e l e m e n t a l de ello encon-
B : ¡ N o es así! Le he visto esta mañana. Acaba de comprarse u n t r a m o s e n l o que L A R T H O M A S ( 1 9 8 0 , pág. 3 1 6 ) d e n o m i n a «diálo-
coche. gos cruzados». Cleonte y s u c r i a d o Covielle se l a m e n t a n p o r
separado, e n e l acto I I I , escena 9 , de El burgués gentilhombre,
E n e l p r i m e r diálogo, e l le he visto esta mañana responde a de sus desdichas amorosas, p e r o sus réplicas, autónomas s i se
l a condición de i n d e p e n d e n c i a . P o d e m o s a d m i t i r q u e p r i m e r o B t i e n e e n c u e n t a e l diálogo e n t r e los personajes, están conecta-
q u i s o h a c e r saber q u e se había e n c o n t r a d o c o n P e d r o , mensaje das desde el p u n t o de v i s t a d e l lenguaje t e a t r a l . Véase Cleonte:
que p o r sí solo c u m p l e u n a función, pues b a s t a p a r a r e p l i c a r «¡Tantas lágrimas v e r t i d a s a sus pies!» — Covielle: «¡Tantos
a l o q u e había d i c h o A. E n e l segundo diálogo, p o r e l c o n t r a r i o , cubos de agua que he sacado d e l pozo p o r ella!», etcétera.
el segmento le he visto esta mañana se d a únicamente c o m o u n a ¿i, Q {- , f* £Tr@
preparación d e s t i n a d a a h a c e r más creíble l a información q u e I V . Así d e f i n i d o — c o m o / f r a g m e n t o de discurso-*—, e l enun- M
sigue, y se l a elige e n v i r t u d de l a decisión de d a r esa i n f o r m a - c i a d o debe ser d i s t i n g u i d o de l a frase, q u e es u n a construcción
ción. E s t e segmento carece, pues, de l a i n d e p e n d e n c i a exigible del lingüista q u e p e r m i t e d a r c u e n t a de l o s enunciados. E n
en u n e n u n c i a d o (el c o n e c t o r a propósito, i q u e aparece e n e l erecto, e n l a base de l a c i e n c i a lingüística está l a decisión de
p r i m e r diálogo y sería i m p o s i b l e e n e l segundo, p r e c i s a m e n t e reconocer e n l o s enunciados realizados hic et nunc, todos dife- \
c u m p l e e n t r e o t r a s l a función de m a r c a r l a d u a l i d a d de l o s e n u n - r e n t e s e n t r e sí, u n c o n j u n t o de entidades a b s t r a c t a s , las frases,
ciados — a u n c u a n d o s i r v a p a r a o c u l t a r hipócritamente q u e el cada u n a de las cuales es susceptible de m a n i f e s t a r s e e n u n a f
"sujeto h a b l a n t e , desde u n comienzo, quería « c o l o c a r » e l segun- i n f i n i d a d d e e n u n c i a d o s . C o n s t r u i r l a gramática de u n a lengua
do enunciado). n o es s i n o especificar y c a r a c t e r i z a r las frases q u e subyacen J k y
N.B. — E s t a definición d e l e n u n c i a d o p o r l a autonomía relaV b a j o los e n u n c i a d o s realizables p o r mediación de esta lengua.
t i v a , basada ésta e n e l d o b l e c r i t e r i o de cohesión e i n d e p e n d e n - I n s i s t o e n q u e l a separación e n t r e l a e n t i d a d observable y
cia, l l e v a a p o n e r e n d u d a q u e se pueda s e g m e n t a r u n « t e x t o » la e n t i d a d teórica n o reside e n u n a d i f e r e n c i a empírica entre
e n u n a p l u r a l i d a d de enunciados sucesivos. E n efecto, l o que"~ ambas e n t i d a d e s , u n a de las cuales sería de o r d e n p e r c e p t i v o
se d e n o m i n a « t e x t o » es de o r d i n a r i o u n d i s c u r s o a l q u e se y l a o t r a de o r d e n i n t e l e c u t a l , sino e n u n a d i f e r e n c i a de e s t a t u t o ,
supone o b j e t o de u n a elección única,.y c u y o f i n a l , p o r e j e m p l o , metodológico, y p o r l o t a n t o r e l a t i v a a l p u n t o de v i s t a escogido
i y a estáTprevisto p o r e l a u t o r e n e l m o m e n t o de r e d a c t a r e l p a r a l a investigación: u n h i s t o r i a d o r de l a gramática encon-
^ c o m i e n z o (carácter q u e i n d u c e á B A R T H E S [ 1 9 7 9 ] a n e g a r q u e trará que l a frase, p o r el m o d o c o n q u e l a concibió d e t e r m i n a d o
\üñ^ianó~íntimo p u e d a c o n s t i t u i r u n t e x t o ) . D e este m o d o , difiP gramático, es u n observable, m i e n t r a s q u e p a r a este gramático
cilmenté u n ; p o e m a podrá aparecer c o m o o t r a cosa q u e u n era u n p r i n c i p i o e x p l i c a t i v o . P o r eso n o podríamos basarnos
182 ENUNCIACION 8. ESBOZO DE UNA T E O R I A P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I O N 183
en c r i t e r i o s i n t u i t i v o s , e n u n a s u e r t e de «sentimiento lingüísti- I a estos diálogos u n v a l o r d i s c r i m i n a n t e , es p o r q u e , en f o r m a
co», p a r a d e c i d i r s i v a r i o s e n u n c i a d o s r e a l i z a n l a m i s m a frase general, n u e s t r a tesis sobre l a p e r f o r m a t i v i d a d n o s o b l i g a a supo-
o n o ; p o r el c o n t r a r i o , l a s i m p l e localización de las frases pone ner q u e h a y e n la lengua dos p r e d i c a d o s d i f e r e n t e s [ d e c i r «¡Gra-
en juego u n a teoría. cias!»] y [ d e c i r - g r a c i a s ] , l o que, de rechazo, t o r n a p l a u s i b l e q u e
Ilustraré esta idea m e d i a n t e u n e j e m p l o q u e he elegido p o r enunciados «¡Di gracias!» p u e d a n ser l a manifestación de dos
su aspecto paradójico y que g u a r d a relación c o n u n p r o b l e m a frases d i s t i n t a s . ( E j e m p l o e x a m i n a d o en las págs. 141-142 y 159.)
teórico q u e mencioné en el capítulo 6. Según A n s c o m b r e y yo, r «flt'.d Ct <#> E-£?U>
0 ( -|vj n o es p o s i b l e c u m p l i r u n acto de lenguaje p o r e l solo hecho de V . Además de l a frase y e l e n u n c i a d o , distinguiré «la.enun-
j / d e c l a r a r explícitamente q u e se l o c u m p l e . A h o r a b i e n , P r . R é A ciación», Término a l q u e se p u e d e n d a r p o r l o m e n o s , t r e s
lM ' • ' -cánati nos opuso l a objeción de q u e se puede efectuar el actcr acepciones.
de d e c i r gracias p o r m e d i o de l a fórmula « t e digo gracias», P r i m e r a m e n t e puede designar l a a c t i v i d a d psicofisiológica . * ¿ 4
es decir, p o r l a afirmación de c u m p l i r ese acto. Para responder i m p l i c a d a p o r l a producción d e l e n u n c i a d o (añadiéndole e v e n t u a l - I
a esta objeción, q u e a p u n t a a i d e n t i f i c a r en c i e r t o s casos lo que mente éT juego*de i n f l u e n c i a s sociales q u e l a c o n d i c i o n a ) . N o es "
los medievales l l a m a b a n actus exercitus y actus designatus, l a éste e l t i p o de p r o b l e m a s q u e p e r s o n a l m e n t e m e o c u p a n , l o
única solución q u e e n c o n t r a m o s f u e sostener q u e e l predicado_ cual n o i m p l i c a p o r supuesto n i n g u n a desvalorización de dichos
que i n t e r v i e n e en l a fórmula « t e d i g o gracias» es diferente problemas, sino únicamente l a hipótesis de q u e los míos p u e d e n
del que designa e l acto de agradecer. Así, p a r a n o s o t r o s , el v a l o r ser t r a t a d o s e n f o r m a i n d e p e n d i e n t e . E n u n a segunda acepción,
p r i m e r o de l a fórmula es te digo «¡gracias. »: 1 se trataría, p a r a el Renunciación es el p r o d u c t o de l a a c t i v i d a d d e l s u j e t o h a b l a n t e ,
sujeto h a b l a n t e , de presentarse c o m o a l g u i e n q u e p r o n u n c i a : es decir, u n segmento de d i s c u r s o o, e n o t r o s términos, l o q u e <
«¡Gracias!». Tesis que conduce a d e c i r que los enunciados trans- acabo de l l a m a r «enunciado» ( t a l es e l s e n t i d o q u e se d a áTvoca-
c r i t o s « ¡ d i gracias!» p u e d e n c o r r e s p o n d e r a dos frases diferéif blo enunciación en los caps. 1, 3 y 4). L a q u e retendré será, pues,
tes. U n a supone e l p r e d i c a d o [ d e c i r « ¡ g r a c i a s ! » ] , q u e s i g n i f i c a ; una t e r c e r a acepción. L o q u e designaré c o n este término es e l .
p r o n u n c i a r l a p a l a b r a «¡gracias!». E s t a frase i n t e r v i e n e e n el acontecimiento c o n s t i t u i d o p o r l a aparición de u n e n u n c i a d o . La\
diálogo: reaulzacióh de U n e n u n c i a d o es, en efecto, u n a c o n t e c i m i e n t o W t &r
histórico: se d a existencia a algo q u e n o existía antes de q u e
n— A a B : ¡Anda, d i gracias a C! se h a b l a r a y q u e n o existirá después. Ésta apjnñción^^
/ , « * — B a C: H a sido usted m u y amable.
— A a B : ¡No, d i gracias! i nea es l o que y o l l a m o «enunciación». Obsérvese q u e a l caracte-
rizar a l a enunciación n o d o y n i n g u n a participación a l a nociónV K ) Q
L a o t r a frase, c u y o p r e d i c a d o [ d e c i r - g r a c i a s ] significa el , de acto, a fortiori, n o i n t r o d u z c o l a de u n s u j e t o a u t o r d e l h a b l a ^> g ,
y de los actos de h a b l a . Y o n o d i g o q u e l a enunciación es e l a c t o / A ^ fe
c u m p l i m i e n t o d e l a c t o de agradecer, aparece e n :
dejalguien que p r o d u c e u n e n u n c i a d o : p a r a mí, es s i m p l e m e n t e
el hecho de q u e u n e n u n c i a d o aparezca, y e n este n i v e l de d e n 3
j^v< 11 — A a B : ¡Anda, d i gracias a C!
* Q — B a C: H a sido usted m u y amable. : alciones p r e l i m i n a r e s n o q u i e r o t o m a r posición respecto d e l p r o -
— A a B : ¡Muy b i e n ! blema d e l a u t o r d e l e n u n c i a d o . N o tendré q u e d e c i d i r s i h a y u n
atltor n i quién es.
Estos dos diálogos n o prueban de n i n g u n a m a n e r a , i n s i s t o en Para que m i c o n c e p t o de l a enunciación parezca menos ex-
ello, que estemos en presencia de dos frases d i s t i n t a s : s i a d m i - traño (propósito q u e además n o es necesario n i s u f i c i e n t e p a r a
tiéramos esta d u a l i d a d se explicarían p e r f e c t a m e n t e , p e r o po- legitimar ese c o n c e p t o ) señalaré s i m p l e m e n t e q u e expresiones
dríamos d e c i d i r q u e h a y aquí dos u t i l i z a c i o n e s d i f e r e n t e s de ígmy comunes a l u d e n a veces a u n a noción s i m i l a r . Supongamos
u n a m i s m a frase. S i A n s c o m b r e y y o hemos o p t a d o p o r o t o r g a r íque os esté c o n t a n d o u n a c o n f e r e n c i a a l a q u e h e a s i s t i d o y d u -
¡OS»!?.-*- v ••- •
184 ENUNCIACION I 8. E S B O Z O DE U N A T E O R I A P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I O N 185
r a n t e l a c u a l c i e r t o X i n t e r v i n o p a r a i n t e r r o g a r a l conferencian- que l a s hipótesis c o n s t i t u t i v a s d e l hecho deben ser d i s t i n g u i d a s
te. Es posible q u e c o m e n t e y o el h e c h o dic ie ndo , p o r ejemplo: de las hipótesis explicativas destinadas a d a r c u e n t a de él. Pre-
«Esa intervención m e sorprendió mucho». M i enunciado puede cisamente a estas hipótesis e x p l i c a t i v a s c o r r e s p o n d e l a s i g n i f i -
entenderse de diversas m a n e r a s . L o q u e califiqué de sorprenden- cación de l a frase. Para d a r c u e n t a de m a n e r a sistemática de l a
te es quizás el p r o p i o t e n o r d e las p a l a b r a s de X , l o que éste asociación «observada» e n t r e sentidos y enunciados, e l i j o asociar
d i j o . Puede ser también el l u c i m i e n t o o b t e n i d o p o r X , las cua- a las frases realizadas p o r los enunciados u n o b j e t o teórico eti-
lidades i n t e l e c t u a l e s , m o r a l e s , a r t i c u l a t o r i a s que demostró al q u e t a d o c o m o «significación». L a m a n i o b r a m e parece i n t e r e -
h a b l a r . Pero i g u a l m e n t e puede t r a t a r s e d e l acontecimiento enun- sante e n l a m e d i d a e n q u e supongo p o s i b l e f o r m u l a r leyes, de
c i a t i v o a l q u e h e a s i s t i d o ( y p o r t a n t o de l a enunciación, en eí u n l a d o p a r a calcular l a significación de las frases a p a r t i r de
s e n t i d o q u e definí más a r r i b a ) : m e sorprendió que pudiese te- su e s t r u c t u r a léxico-gramatical, y d e l o t r o p a r a p r e v e r , a p a r t i r /
n e r l u g a r u n d i s c u r s o semejante, y a sea p o r q u e s u f o r m a o su dé esta significación, e l s e n t i d o de l o s e n u n c i a d o s .
c o n t e n i d o e r a n i n h a b i t u a l e s , o s i m p l e m e n t e p o r q u e p o r lo gene- P e r o más allá de esta d i f e r e n c i a metodológica, y o p l a n t e o
r a l e n ese t i p o de conferencias n o se t o l e r a n i n g u n a intervención" e n t r e e l s e nt id o y l a significación u n a d i f e r e n c i a de n a t u r a l e z a .
d e l público. (Lo que precede n o i m p l i c a en a b s o l u t o de m i parte Con e l l o a s p i r o a r e b a t i r l a concepción h a b i t u a l según l a c u a l f%
| l a c a p r i c h o s a idea — y espero q u e n o se m e l a haya i m p u t a d o — el s e n t i d o d e l enunciado es l a significación de l a frase s a l p i m e n - lí J L ,
N*. I de q u e u n e n u n c i a d o puede aparecer p o r generación espontánea, táda c o n algunos ingredientes t o m a d o s de l a situación de dis- i V : ^
* s i n t e n e r o r i g e n e n u n sujeto h a b l a n t e q u e i n t e n t a comunicarle curso. Según esta concepción, e l senti d o incluiría, p o r u n l a d o q ^ .
COÍW^**** a l g o a
a l g u i e n , siendo ese algo, p r e c i s a m e n t e , l o q u e y o l l a m o eT l a significación, y p o r el o t r o l o s añadidos a p o r t a d o s p o r l a ' ? <
*¡£&s£ri&G séntida^Sólo que, p a r a c o n s t r u i r u n a teoría d e l sentido, necesita situación. P e r s o n a l m e n t e m e niego a c o n s i d e r a r l a significación , *m
| u n a teoría de l o c o m u n i c a d o , u n concepto de enunciación que_^ ramo-lina p a r t e d e l s e n t i d o , a u n q u e n o p u e d a j u s t i f i c a r aquí esta A
|; n o encierre, desde e l i n i c i o , l a noción de s u j e t o hablante.) negativa. P r e f i e r o r e p r e s e n t a r a l a significación c o m o u n con-
j u n t o de i n s t r u c c i o n e s dadas a las personas q u e t i e n e n que i n - 'C _ t r
V I . Paralelamente a l a oposición e n t r e l a frase y el enuncia- t e r p r e t a r los enunciados de l a frase, i n s t r u c c i o n e s q u e estable- * tj U
do, debo i n t r o d u c i r a h o r a l a d i f e r e n c i a e n t r e l a significación c e n i a s m a n i o b r a s q u e se h a n de r e a l i z a r p a r a asociar u n sen- ¡ > .,
0 y e l s e n t i d o ; a c l a r a n d o q u e e l i j o estas dos últimas expresiones t i a b a estos e nu nc ia d o s. Conocer l a significación de l a frase f r a n - '/y
«¡¡¡I»
de u n a m a n e r a c o m p l e t a m e n t e a r b i t r a r i a , s i n r e m i t i r m e a su cesa subyacente a u n e n u n c i a d o «ü fait beau» [ h a c e b u e n t i e m - €¿
empleo en e l lenguaje o r d i n a r i o o en l a tradición filosófica. Cuan- p o ] , es saber qué debe hacerse, en presencia de este e n u n c i a d o , ' ^ f
do sea cuestión de c a r a c t e r i z a r semánticamente a u n a frase ha- p a r a i n t e r p r e t a r l o . Así pues, l a significación contiene, p o r ejem- «•?
blaré de s u «significación», y reservaré l a p a l a b r a «sentido» para pió, u n a instrucción q u e exige a v e r i g u a r de qué s i t i o está h a b l a n - 1
JÍ l a caracterización semántica d e l enunciado. E n t r e e l s e nt id o y do e l l o c u t o r , y a d m i t i r q u e éste a f i r m a l a existencia de b u e n v
íTf^J^ l a significación h a y p a r a mí a l a vez u n a d i f e r e n c i a de e s t a t u i d t i e m p o en ese m i s m o s i t i o a l c u a l se r e f i e r e . L o c u a l explica
i| ,\ metodológico y u n a d i f e r e n c i a de naturaleza. De e s t a t u t o meto- que u n e n u n c i a d o d e l t i p o «il fait beau» n o p u e d a tener e l sen-
dológico p o r q u e , en el t r a b a j o d e l lingüista semántico, el sentido t i d o de que hace b u e n t i e m p o en algún l u g a r i n d e t e r m i n a d o d e l
pertenece a l d o m i n i o de l o observable, a l d o m i n i o de los hechos: m u n d o , sino q u e s i e m p r e s i g n i f i c a que hace b u e n t i e m p o en
y el hecho q u e tenemos que e x p l i c a r es q u e t a l e n u n c i a d o tenga Grenoble, o e n París, o en W a t e r l o o , etc., es d e c i r en el l u g a r a l
a tal(es) sentido(s), es decir, que sea susceptible de t a l ( e s ) inter- que se r e f i e r e e l l o c u t o r , y q u e a m e n u d o , p e r o n o siempre,
pretación(es). L o c u a l n o i m p l i c a , y espero q u e n o hará falta r e s u l t a ser e l l u g a r m i s m o en e l q u e está h a b l a n d o . De i g u a l
a c l a r a r l o , que t o m e m o s este hecho semántico p o r u n d a t o , ofre- m a n e r a , l a significación de u n a frase c o n j u g a d a en presente d e l
c i d o p o r u n a intuición o p o r u n s e n t i m i e n t o i n m e d i a t o : como i n d i c a t i v o p r e s c r i b e a l i n t e r p r e t a n t e q u e debe d e t e r m i n a r u n
t o d o hecho científico, se c o n s t r u y e p o r m e d i o de hipótesis; sólo" c i e r t o período — c u y a extensión puede ser m u y diversa p e r o que
8. ESBOZO D I U N A T E O R I A P O L I F O N I C A DE L A E N U N C I A C I O N 187
186 ENUNCIACION
VIL ¿En qué consiste ese senti d o d e l e n u n c i a d o q u e e l l i n -
debe englobar e l m o m e n t o de l a enunciación— y v i n c u l a r l a güista querría e x p l i c a r a p a r t i r de l a significación de l a frase?
aserción efectuada p o r e l l o c u t o r c o n este período. Lá~cóncépcióñ d e l s e n t i d o sobre l a q u e a s i e n t ó m T t r a b a j o n o
7 L a n a t u r a l e z a i n s t r u c c i o n a l de l a significación se m u e s t r a con es, e s t r i c t a m e n t e h a b l a n d o , u n a hipótesis, susceptible de ser
J c l a r i d a d cuándo se i n t r o d u c e n e n ella, c o m o Anscombre y yo v e r i f i c a d a o falsificada, sino q u e r e s u l t a más b i e n de u n a deci-
^ s i s t e m á t i c a m e n t e hacemos, «variables a r g u m e n t a t i v a s ) . Veamos sión q u e l o m i c o q u e j u s t i f i c a es e l t r a b a j o q u e ella m i s m a posi-
K
v u n e j e m p l o de v a r i a b l e a r g u m e n t a t i v a u n t a n t o diferente de los b i l i t a . Equivale a c o n s i d e r a r e l s e n t i d o cOTnoju^a^escripeién del £&\*tf
que nos e n c a m i n a r o n a l a noción (pero e incluso): l a descripción Renunciación. L o q u e e l s u j e t o hlfl^PBtg MM^""]i^S si
meHIo» jJ r
r- semántica de las frases q u e c o n t i e n e n e l m o r f e m a demasiado. de s u enunciado es u n a cualificación de l a enunciación dé este
¿Qué se dice c u a n d o , respecto de u n o b j e t o O, se enuncia u n a e n u n c i a d o . ídeá e n a p a r i e n c i a paradójica, y a q u e supone q u e t
frase d e l t i p o O es demasiado P, d o n d e O es u n a descripción d e l tScTa"enunciación, p o r i n t e r m e d i o d e l e n u n c i a d o q u e e l l a v e h i c u - ¿ y , *
o b j e t o y P u n a d j e t i v o q u e expresa u n a p r o p i e d a d , l a P-idad? S i n
liza, hace referencia ~a"sTmisma. P e r o " está sui-referencia n o es V • ,
p r e t e n d e r ser e xh aust iv o, diré q u e u n e n u n c i a d o semejante po-
más i n i n t e l i g i b l e q u e l a q u e t ^ o l i b r o hace a sí m i s m o T p o r l o tfca**l
V see, e n t r e o t r a s características, l a de ser r e f u t a t i v o (sobre los
m i s m o q u e su título, p a r t e i n t e g r a n t e d e l l i b r o ( c o m o e l e n u n - • £S
diferentes m o d o s de l a refutación, véase" M C E S C H L E R , 1982). S u
ciado es, u n . elemento de l a enunciación) c u a l i f i c a a l l i b r o enteró.
a u t o r se p r e s e n t a c o m o s i t u v i e r a e n v i s t a u n a proposición r , y
T a m p o c o es más i n i n t e l i g i b l e q u e l a expresión por la presente
c o m o s i l a r e f u t a r a p o r mediación de este enunciado, e l c u a l
(inglés: hereby) q u e i n s e r t a e n u n a c a r t a ( « R u e g o a u s t e d p o r
tiende, p o r l o t a n t o , h a c i a u n a conclusión no-r. Y l a razón que
la presente...») sirve p a r a c u a l i f i c a r l a función,de l a c a r t a t o -
el a u t o r d a c o m o decisiva c o n t r a r , es e l hecho de que O rebasa
m a d a.jen s u t o t a l i d a d .
u n c i e r t o gra do D de P-idad, p o r debajo d e l c u a l se podía aún,
ó i n c l u s o éh c i e r t o s casos se debía, a d m i t i r r : e l gr a do D aparea Más adelante daré algunos detalles sobre las i n d i c a c i o n e s ' n qJ .
aportadas p o r e l e n u n c i a d o e n relación con l a s fuentes de l a ' L < i c
ce así c o m o u n u m b r a l a r g u m e n t a t i v o . E n esta descripción, l o
que i l u s t r a rrii concepción de l a frase es e l carácter de v a r i a b l e enunciación (indicaciones c o n t e n i d a s , a m i entender, e n e l sen- * ^
a r g u m e n t a t i v a q u e r e p r e s e n t a l a conclusión r . U n a frase d e l t i p o üdajdeLenunciado), p o r q u e e l o b j e t o p r o p i o de u n a concepción" ~°'
O es demasiado P n o dice cuál es e l r q u e t a l o c u a l de sus polifónica d e l s e n t i d o es m o s t r a r cómo él enunciado señala, e n /'no.^ •
enunciados d i s c u t e , p e r o d a l a consigna de av e rig ua r, cuando su enunciación, l a superposición de v a r i a s jyóces. Pero p a r a i l u s - na,
se" t i e n e q u e i n t e r p r e t a r u n e n u n c i a d o de esta frase, qué r deter- t r a r la idea de q u e e l s e n t i d o d e l e n u n c i a d o "es u n a representa-
m i n a d o tenía e n v i s t a e l a u t o r d e l e n u n c i a d o . P o r l o t a n t o , l a ción de l a enunciación, p r i m e r o q u i s i e r a i n d i c a r o t r o s aspectos
significación de l a frase n o c o n s t i t u y e u n c o n t e n i d o i n t e l e c t u a l , de esta representación. D e c i r q u e u n e n u n c i a d o posee, según p ..
los términos de l a filosofía d e l lenguaje, u n a fuerza ílocutoria, \ C 10
1 o sea q u e n o es e l o b j e t o de u n a comunicación p o s i b l e . Cierto'
a m i j u i c i o es q u e a t r i b u y e a . s u enunciación u n ^ p o d e r «jurí- ^ ^ ^1
{ q u e a t r i b u y e a l a P-idad de O u n gr ado excesivo, p e r o n o h a y
exceso en sí m i s m o . Sólo puede haber exceso e n relación c o n dico», e l de o b l i g a r a a c t u a r (en e l caso de u n a p r o m e s a o de - i^c^
d e t e r m i n a d a consecuencia a r g u m e n t a t i v a , y l a frase n o podría una o r d e n ) , e l de t o r n a r lícito l o q u e n o l o e r a ( e n e l caso \u/fot<
d e c i r cuál es esa consecuencia; t o d o l o q u e dice Ta frase es q u e de u n p e r m i s o ) , etc. Quizá se h a y a n o t a d o u n a d i f e r e n c i a e n t r e
e s"pre ci so d e t e r m i n a r l a s i queremos c o n s t i t u i r e l s e n t i d o d e l esta formulación y l a q u e d i e n o t r o t i e m p o , y q u e e r a más f i e l
e nuncia do, es decir, s i queremos d e s c u b r i r ese « a l g o » q u e e l a l a l e t r a de A u s t i n . Decía y o q u e u n e n u n c i a d o q u e sirve p a r a
sujeto h a b l a n t e p r o c u r a c o m u n i c a r . P o r l o t a n t o , t a m p o c o e n realizar u n a c t o i l o c u t o r i o A ( p o r e j e m p l o , o r d e n a r ) tiene p o r
este caso e l s e n t i d o aparece c o m o l a s u m a d e l a significación sentido i n d i c a r q u e e l s u j e t o h a b l a n t e c u m p l e e l acto A a través
1
'j más o t r a cosa, sino c o m o u n a construcción q u e , h a b i d a c u e n t a de este e n u n c i a d o , de suerte q u e A está e x h i b i d o en e l m i s m o
í de l a situación de discurso, se opera a p a r t i r de las consignas enunciado d e s t i n a d o a c u m p l i r l o . A h o r a esta formulación m e
• especificadas e n l a significación. parece d e m a s i a d o s u p e r f i c i a l , p o r l o m i s m o q u e e n s u i n t e r i o r
188 ENUNCnCIO I ESBOZO D E U N A T E O R I A P O L I F O N I C A DE L A E N U N C I A C I O N 189
m e es i m p o s i b l e s u s t i t u i r l a expresión «acto A » p o r u n a defi- Jes)_según e l c u a l cuanto más gana a l g u i e n , menos d i g n a de lás-
nición mínimamente precisa de u n a c t o i l o c u t o r i o cualquiera. E á es s u situación, y a l a i n v e r s a . S i dado este m a r c o «ideoló-
A d m i t a m o s p o r e j e m p l o , a título de definición, que ordenar sefl gico» se q u i e r e i n c i t a r a l i n t e r l o c u t o r a t e n e r lástima de c i e r t o
«presentar s u enunciación c o m o s i o b l i g a r a a l o t r o a hacer m, n o se recurrirá a l enunciado de u n a frase c o m o « A gana casi
algo». ¿Cómo sostener entonces q u e e l sentido d e l enunciado ¡ X francos p o r mes», p o r escasa q u e sea l a s u m a X f r a n c o s ; e n (
y u s i v o , l o q u e se c o m u n i c a a l i n t e r l o c u t o r , es que el sujeto ha- . cambio, e l a r g u m e n t o sería p l e n a m e n t e o p o r t u n o s i se reempla-
b l a n t e realiza el acto de o r d e n a r , o sea que «presenta su enuñf zara casi p o r apenas. Generalizando esta observación, a t r i b u i m o s
ciación c o m o s i obligara...»? E l s e n t i d o d e l e n u n c i a d o es simple- a las frases q u e i n c l u y e n l a expresión casi X l a p r o p i e d a d si-
m e n t e q u e l a enunciación o b l i g a . . . C u a n d o u n sujeto hablante ' 1 guiente: . p a r a q u e uno de sus enunciados p u e d a s e r v i r de argu-
realiza u n acto i l o c u t o r i o , l o q u e hace saber a l i n t e r l o c u t o r es" mento a u n a c i e r t a conclusión r (aquí, r es «hay que t e n e r l e
que s u enunciación posee t a l o c u a l v i r t u d jurídica, pero no^cjUB-j lástima a A » ) , es necesario q u e el t o p o s q u e basa l a a r g u m e n -
él l a p r e s e n t a c o m o algo que posee esta v i r t u d . * E l semántico] l tación i m p l i q u e que u n a c a n t i d a d s u p e r i o r a X ofrecería u n a
que describe l o q u e e l sujeto h a b l a n t e dice de s u enunciación razón m e j o r q u e X p a r a a d m i t i r r . A h o r a b i e n , en m i e j e m p l o , e l
e n s u e n u n c i a d o , n o puede i n t r o d u c i r en sus descripciones del topos u t i l i z a d o a f i r m a , p o r e l c o n t r a r i o , q u e c u a n t o mayores son
s e n t i d o l a indicación de u n act o i l o c u t o r i o , sino u n a caracteri- las ganancias menos l a m e n t a b l e es l a situación, l o c u a l i m p i d e
zación de l a enunciación, asignada a l e n u n c i a d o y que permite Utilizar casi.
c o m p r e n d e r p o r qué e l sujeto h a b l a n t e puede efectivamente, al Sin e m b a r g o , así f o r m u l a d o m i e j e m p l o es h a r t o d i s c u t i b l e ,
p r o d u c i r e l e n u n c i a d o , c u m p l i r e l acto. Aquí se a d v i e r t e p o r qué y será p r e c i s a m e n t e s u discusión l o q u e pondrá e n evidencia
d e n o m i n o «pragmáticas» a m i s descripciones d e l sentido, dicleñT" la concepción semántica que estoy defendiendo. L o d i s c u t i b l e es
do a l m i s m o t i e m p o q u e el s e n t i d o es algo q u e se c o m u n i c a al áecír q u e en l a "situación i m a g i n a d a está v e d a d o u t i l i z a r u n
i n t e r l o c u t o r : estas descripciones s o n pragmáticas p o r l o mismo casi p a r a incitar a l i n t e r l o c u t o r a s e n t i r lástima. P o r q u e está
q u e t o m a n e n c u e n t a el hecho de q u e e l s u j e t o h a b l a n t e reahza claro que, p o r e l c o n t r a r i o , m u y a m e n u d o s i l a s u m a de X
actos, p e r o él realiza estos actos t r a n s m i t i e n d o a l i n t e r l o c u t o r francos es s u f i c i e n t e m e n t e escasa, e l e n u n c i a d o « A gana casi
, u n saber, q u e es u n saber sobre s u p r o p i a enunciación. Para fijar" X francos» podrá t e ner l a eficacia deseada, e i n c l u s o quizá más
j ^ 4 f
! J a terminología diré que e n t r e o t r a s cosas, i n t e r p r e t a r u n a pro- que s i t u v i e r a l a f o r m a canónica « A gana apenas X francos».
r ^ \ 7 ducción lingüística consiste en reconocer en ella actbs7~y~qu^ Yo n o tendría q u e h a b e r d i c h o que c o n este e n u n c i a d o n o se
ytA* %
-/ e s t e r e c i o n o c i m e n t o
se efectúa asignando a l e n u n c i a d o un..sentí* podría incitar a l a p i e d a d , sino q u e n o puede u n o presentarse
&-x-K¿»L».d?' < l u e e s
u n c o n j u n t o de indicaciones sobre l a enunciación. cómo si buscara justificar la piedad, o i n c l u s o , de acuerdo c o n ;
MJUCÍÍ^^ e s t u d i o de l a .árguméhfácíóh)proporcionará u n segundo nií terminología, c o m o s i estuviese a r g u m e n t a n d o e n este sen-
| t .1 e j e m p l o de l a m a n e r a e n q u e el sentido puede r e p r e s e n t a r a la tído. L a argumentación, en efecto, m u y d i f e r e n t e d e l esfuerzo
enunciación. A n s c o m b r e y y o s os tuvi mo s c o n f re cue nc ia que él"'~ •cié-persuasión, es p a r a mí u n acto público, a b i e r t o , q u e n o puede S
efecto sobre u n a frase de m o r f e m a s c o m o casi, apenas, poco, c u m p l i r s e s i n d e n u n c i a r s e " c o m o t a l . Pero d e c i r esto es d e c i r
un poco, etc., es i m p o n e r c i e r t a s re str i cci o ne s a l p o t e n c i a l argu- que u n e n u n c i a d o a r g u m e n t a t i v o p r e s e n t a s u enunciación como
i n e n t a t i v o de los eventuales enunciados de esta frase. Imagine- algo q u e lleva a a d m i t i r t a l o c u a l conclusión. E n consecuencia,
m o s u n a situación de d i s c u r s o en que los i n t e r l o c u t o r e s acep- si se a d m i t e q u e e l aspecto a r g u m e n t a t i v o de u n enunciado
tan u n l u g a r común general ( u n fdpos, e n e l s e n t i d o de Aristóte- f o r m a p a r t e de s u s e n t i d o (lo q u e m e parece t a n t o más difícil de
evitar c u a n t o q u e ese aspecto, y l o demostré e n relación c o n
casi, está e n relación c o n l a frase m i s m a q u e se emplea), se
* L a m i s m a observación se utilizó en el capítulo 6 para u n a crítica del llega a l a m i s m a conclusión a l a q u e conducía e l e s t u d i o d e l ilo-
concepto de p e r f o r m a t i v o explícito. Aquí sirve p a r a d i s c u t i r , de u n a ma-
nera general, las relaciones entre el sentido y el i l o c u t o r i o . c u t o r i o : el s e nt id o es u n a cualificación de l a enunciación, y
190 ENUNCIACION 8. E S B O Z O DE U N A T E O R I A P O L I F O N I C A DE L A ENUNCIACION 191
- \ Ir ja.,, cv* C "*
consiste especialmente en a s i g n a r a l a enunciación ciertos po- Se m e h a hecho n o t a r q u e i n c l u s o ciertas i n t e r j e c c i o n e s , como
deres o ciertas consecuencias. ¡Bah!, también pueden c u m p l i r esa función: «¿Qué t e pareció
" T e r c e r e j e m p l o : las frases e x c l a m a t i v a s , englobando en ellas la película? — ¡ B a h ! » . E l p r o b l e m a está en q u e l a respuesta, como
j t a n t o a las i n t e r j e c c i o n e s " (¡Qué bien!, ¡bah!) como a las excla- t a l , debe presentarse c o m o n a c i d a de u n a decisión, l a de d a r
m a t i v a s «completas», q u e i n c l u y e n a l a vez u n a suerte de des- c u r s o a l a p r e g u n t a precedente, l o c u a l m e parece i n c o m p a t i b l e
cripción de l a r e a l i d a d y u n g i r o e x c l a m a t i v o (Qué inteligente es c o n l a naturaleza que aquí se p r e s t a a l a exclamativa^ que a mí //
Pedro!). ¿Cómo d e s c r i b i r l o q u e d i s t i n g u e semánticamente a e n t e n d e r describe p o r e l c o n t r a r i o a l a enunciación c o m o «esca- I
sus enunciados de los enunciados q u e , p o r m e d i o de frases i n d i - pada» a s u a u t o r . '
cativas, a p o r t a n grosso modo las m i s m a s i n f o r m a c i o n e s (estoy P a r a e l i m i n a r esta contradicción distinguiré e n t r e e l t e m a - / V ^
muy contento, no es nada del otro mundo, Pedro es muy inteli- y _ e l propósito de las respuestas. E l t e m a ( e n m i e j e m p l o , las '
gente)? Para o p o n e r e n t r e sí estas dos f o r m a s de comunicación, cualidades y defectos de Pedro) es a q u e l l o s o b r e l o c u a l h a de ' 1 ^ / ' ^ %
la tradición lingüística posee los términos «expresión» y «re-_ recaer l a respuesta p a r a satisfacer así l a d e m a n d a de h a b l a que j 3
presentación». Pero ¿qué se q u i e r e d e c i r exactamente cuando l a _ p r e g u n t a c o n s t i t u y e . E l propósito es l o q u e se dice respecto ^¿
se p o s t u l a q u e e l a u t o r de u n a exclamación «expresa» l o que d e _ e ^ I j ^ a a _ . ( e l hecho de q u e P e d r o es m u y i n t e l i g e n t e ) . Sí e l ' *Í%
siente? Para d e f i n i r esta noción de o r d i n a r i o nos contentamos acto de respuesta i m p l i c a u n a decisión d e l sujeto h a b l a n t e , l a de
c o n h a b l a r de u n efecto de «vivacidad»: l a expresión, según someterse a l acto de interrogación c u m p l i d o p o r s u i n t e r l o c u t o r ,
B a U y J e s e l lenguaje de l a v i d a , d e l s e n t i m i e n t o , y n o e l d e l esa decisión concierne a l a elección d e l t e m a , y p r e c i s a m e n t e
p e n s a m i e n t o . Para e x p l i c i t a r m e j o r l a intuición q u e i n d u c e a los desde este ángulo l a respuesta se p r e s e n t a c o m o «elegida». Pero,
gramáticos a a i s l a r estos gi ro s «expresivos», utilizaré l a concep- u n a vez aceptado el t e m a , el propósito puede aparecer c o m o i m -
I ción d e l senti do y de l a enunciación q u e m e sirvió p a r a e l ilocu- puesto a l sujeto h a b l a n t e p o r l a representación q u e éste se h a
\o y l a argumentación. f o r m a d o d e l t e m a . Para obedecer a las reglas de l a conversación,
elige r e s p o n d e r sobre e l t e m a p r o p u e s t o p o r e l i n t e r l o c u t o r , p e r o
[ ¿Qué d i f e r e n c i a h a y e n t r e e x c l a m a r «¡Qué i n t e l i g e n t e es Pe-
la f o r m a p a r t i c u l a r de s u respuesta y a n o c o r r e s p o n d e (o m e j o r
d r o ! » y a f i r m a r « P e d r o es m u y inteligente»? Para mí se t r a t a
d i c h o se da c o m o algo q u e y a n o corresponde) a l a elección, y
de l a m a n e r a e n q u e e l s u j e t o h a b l a n t e , en u n o y o t r o caso, repre-^
aparece p o r e l c o n t r a r i o c o m o i m p u e s t a p o r e l estado de cosas
senta l a p r o p i a enunciación q u e él está e j e c u t a n d o . Á l decir
que u n o c o m u n i c a : se decide r e s p o n d e r p er o , p a r a r esp o nd er ,
« P e d r o es m u y inteligente», se puede p r e s e n t a r l a enunciación
se «deja hablar» a los s e n t i m i e n t o s . Así pues, l a enunciación
c o m o s i r e s u l t a r a t o t a l m e n t e - d e u n a elección, es d e c i r , d e T I "
sigue siendo d e s c r i t a c o m o u n a reacción desencadenada p o r l a
decisión t o m a d a de a p o r t a r . d e t e r m i n a d a información respectó""
representación de u n a situación (esto es l o p r o p i o de l a exclama-
r
'V ,.dé d e t e r m i n a d o o b j e t a , C o n «¡Qué i n t e l i g e n t e es PedrbT», "se* :
ción), p e r o e l hecho de representarse esa situación — q u e es e l
" ' l a p r e s e n t a c o m o desencadenada p o r l a representación de este t e m a de l a p r e g u n t a y de l a r e s p u e s t a — se d a como e l p r o d u c t o
o b j e t o : es l a i n t e l i g e n c i a m i s m a de P e d r o l a q u e pa re c e forzar de u n a decisión c o nver saci o nal (lo que está asociado a l a noción
a d e c i r «¡Qué i n t e l i g e n t e es P e d r o ! » . ( E n el caso de las interjec- m i s m a de respuesta). % , /
ciones, u n s e n t i m i e n t o , s u f r i m i e n t o , placer, a s o m b r o , etc. sirve
v C;
E s t a solución i m p l i c a d i s t i n g u i r i d o s g r u p o s e n las i n t e r j e c - /
de relevo e n t r e l a situación y l a enunciación; l a interjección
¡Qué bien! se presenta c o m o p r o v o c a d a p o r l a alegría e xp e rim e n- ciones. A lgu na s , c o m o ¡Bah!, s o n c o m p a t i b l e s c o n l a idea de q u e >
la representación de l a situación es d e c i d i d a p o r e l s u j e t o h a - . ?
^
\a en e l m o m e n t o en q u e el l o c u t o r conoce c i e r t o he c ho , como
ún efecto de l a alegría: e n e l l a l a alegría «estalla».) bjante_(y de este m o d o p u e d e n c u m p l i r el p a p e l de respuestas), ¡../c
U n a objeción posible se basaría en e l hecho de q u e las_excla- otras ( c o m o ¡Qué bien!) exigen q u e esa representación s u r j a de
m a t i v a s s i r v e n c o n fre cuenci a en l a conversación p a r a resjp_qnH.CT manera i n o p i n a d a (y p o r t a n t o n o podrían s e r v i r de respuestas). «T
a p r e g u n t a s : «¿Qué piensas de Pedro? — ¡Qué"inteligente es!». Pero t a n t o e n u n a s c o m o e n o t r a s , y también en e l caso de las
192 ENUNCIACION 18. E S B O Z O DE U N A T E O R I A P O L I F O N I C A DE L A ENUNCIACION 193
e x c l a m a t i v a s c o m p l e t a s , e l e n u n c i a d o c o m u n i c a u n a cualifica- otros [ 1 9 8 0 ] , cap. 1, y aquí m i s m o , cap. 7), y p a r a caracterizar
ción de s u enunciación, q u e aparece c o m o e l efecto dé aquéllo ese e s t a t u t o p a r t i c u l a r del s e n t i d o , utilicé el co ncep to de «mos-
m i s m o q u e está i n f o r m a n d o . Y esta cualificación d e l habla por trar», q u e e n filosofía del lenguaje se opone a l concepto de «aser-
su causa f o r m a p a r t e d e l s e n t i d o de l a enunciación, l o mismo" tar» o d e « d e c i r » . Y comparé l a m a n e r a en q u e el enunciado
que s u cualificación p o r s u p o d e r jurídico o sus repercusiones ár-~* «muestra» l a enunciación c o n l a m a n e r a en q u e l a interjección
gumentativas. m u e s t r a e l s e n t i m i e n t o q u e expresa. E s t a comparación m e pa-
rece a h o r a i n a c e p t a b l e , pues l a mostración d e l s e n t i m i e n t o p o r
V I I I . A n t e s de a b o r d a r el p r o b l e m a d e l s u j e t o de l a enun- la interjección (es decir, c o m o d i j e antes, c o m o causa dé T a
ciación o, p a r a ser más exactos, d e l s u j e t o de l a enunciación, enunciación) n o c o n s t i t u y e sino u n a p o s i b i l i d a d p a r t i c u l a r de
t a l como aparece e n e l i n t e r i o r d e l s e n t i d o d e l enunciado, haré ¡¿"caracterización de l a enunciación p o r e l e n u n c i a d o , y p o r tan-
u n a última precisión en l o que r e s p e c t a a l «sentido» d e l enun- to u n a f o r m a p a r t i c u l a r d e l s e n t i d o , y supondría u n c o m p l i c a d o
ciado. E s a representación de l a enunciación q u e constituye el p r o b l e m a teórico v e r aquí el p r o t o t i p o de t o d o ese d i s c u r s o •1
s e n t i d o d e l e n u n c i a d o y sólo a través de J a c u a l puede j|ste_ sobre l a enunciación que a m i p ar ecer e l s e n t i d o c o n s t i t u y e . L a
h a b l a r d e l m u n d o , n o es o b j e t o de u n acto de aserción. Para nueva concepción q u e acabo de p r e s e n t a r se i n s p i r a en B E R R E N - 1
me h a y a aserción, u n s u j e t o t i e n e q u e hacerse garante d é q ü é p & Q N N E R (1981), págs. 217 y siguientes.
Í o que dice se a j u s t a a u n a r e a l i d a d q u e se c o n s i d e r a indepen- N.B. 2. — M i decisión de n o c o n s i d e r a r a l s e n t i d o (descrip-"
d i e n t e de l o q u e se dice de ella. A h o r a b i e n , e l sujeto hablante ción de l a enunciación) c o m o asertado p o r el e n u n c i a d o , es uña" \v)0
q u e p o r m e d i o de s u e n u n c i a d o c o m u n i c a q u e s u enunciación es aíTíás razones p o r las que y a rechazo l a teoría de los p e r f o r m a -
t a l o c u a l , n o podría r e p r e s e n t a r l a enunciación c o m o indepen- tivos explícitos, y en p a r t i c u l a r l a idea de q u e sea p o s i b l e c u m -
I *
d i e n t e d e l e n u n c i a d o q u e l a c a r a c t e r i z a : e l e n u n c i a d o mismo, plí? u n acto p o r e l hecho de a s e r t a r explícitamente c u m p l i r l o .
¡JE 1
es u n a p a r t e de l a enunciación, c o m p a r a b l e e n este "aspecto, De ahí m i análisis de decir-gracias a l comienzo de este capituló"
c o m o p r o p u s e a n t e r i o r m e n t e , a l título e indicación de autor y en el capítulo 6.
que sobre l a t a p a de u n a no vel a n o podrían « a c e r t a r » que ésta
fue e s c r i t a p o r F l a u b e r t y se l l a m a Madame Bovary, y a que estas IX. U n a vez sentado e l m a r c o general cuyas p r i n c i p a l e s ca-
indicaciones dadas sobre e l l i b r o f o r m a n p a r t e d e l l i b r o . Esto racterísticas acabo de r e f e r i r , a r r i b o a l t e m a p r o p i o de este
n o s i g n i f i c a q u e n o p u e d a n . s e r falsas ( n a d a i m p i d e a t r i b u i r a capítulo q u e es, l o r e c u e r d o , c r i t i c a r y r e e m p l a z a r l a teoría de \Qr'4i •'i'.
u n l i b r o , e n e l p r o p i o l i b r o , u n a u t o r q u e n o es e l verdadero) la u n i c i d a d d e l s u j e t o de l a enunciación. Es esta teoría «un
sino q u e aparecen c o m o i n f a l s i f i c a b i e s , p o r q u e s o n inseparables áfiunciado-un sujeto» l a q u e p e r m i t e e m p l e a r l a expr^tóir~*Bf"
de l a r e a l i d a d a l a q u e c u a l i f i c a n . L o m i s m o sucede, a m i eñteñ-" süjeTó»T p r e s u p o n i e n d o c o m o u n a evidencia q u e h a y u n ser úni-
der, c o n l o q u e se dice e n e l sen ti do de u n e n u n c i a d o sobre cp~auJo.r d e l e n u n c i a d o y responsable de lo. que se dice en e l u¿i
l a enunciación de este e n u n c i a d o . P o r l o m i s m o q u e e l enunciado enunciado. Así pues, s i n o se t i e n e n escrúpulos o reticencias
V Su 'seúHdo son veh ic ul i zado s p o r l a enunciación, las propieda- p a r a e m p l e a r esta expresión, es p o r q u e n i s i q u i e r a se sueña c o n
des jurídicas, a r g u m e n t a t i v a s , causales, etc., q u e ellos a t r i b u - p o n e r en d u d a l a u n i c i d a d d e l o r i g e n d e l e n u n c i a d o . /B^w/snectfti
y e n a ésta, n o podrían juzgarse como hipótesis hechas a pro- """¿Cuáles s o n l a s p r o p i e d a d e s de este; sujeto? P r i m e r a m e n t e , ' ¡ c c' JjJ^
pósito de ella, sino q u e ellas l a c o n s t i t u y e n . C i e r t o es que nadie tiene a su cargo t o d a l a a c t i v i d a d p s i c o f isiológica necesaria p a r a T fo
está o b l i g a d o a creer q u e Ta enunciación p r e s e n t a d a p o r su la producción d e l e n u n c i a d o . Así, d e c i r ' q u e ctSffó^X' es "él sujeto i ) ¿ic+,v*.
e n u n c i a d o c o m o algo q u e o b l i g a tiene el efecto r e a l de obligar, del enunciado «hace b u e n t i e m p o » p r o n u n c i a d o en d e t e r m i n a - * ^ <ju
p e r o esta puesta e n d u d a n o aparece e n el e n u n c i a d o c o m o una do i n s t a n t e y l u g a r , es a t r i b u i r a X e l t r a b a j o m u s c u l a r que (- '
posibilidad a contemplar.- * permitió hacer a u d i b l e s las p a l a b r a s hace buen tiempo; y es
N . B . 1. — E n t r a b a j o s ant er io r es ( p o r e j e m p l o en D U C R O T y también a t r i b u i r l e l a a c t i v i d a d i n t e l e c t u a l subyacente ( f o r m a -
194 ENUNCIACI3N 8. ESBOZO DE U N A T E O R I A P O L I F O N I C A DE L A E N U N C I A C I O N 195
; v ción de u n j u i c i o , elección de las p a l a b r a s , aplicación de reglas esta retractación n o ss p o r c i e r t o e l t e m o r de tener que a d m i t i r ,
) gramaticales). Segundo a t r i b u t o d e l s u j e t o : ser el a u t o r , el o r i - si h u b i e r a u n acto i l o c u t o r i o de presuposición, l a existencia de
2- t / p e n de los actos i l o c u t o r i o s c u m p l i d o s en l a producción del v a r i o s actos asignadas a u n único e n u n c i a d o . P o r el c o n t r a r i o ]
3 ^ pnühciado (actos d e l t i p o de l a o r d e n , l a petición, la aserción, /ahora y o d i v i d o m u c h o más que antes l a a c t i v i d a d i l o c u t o r i a e n j / 1
'fjjrfl i?'- *' etc.). E l sujeto es e l q u e o r d e n a , d e m a n d a , aserta, etc. V o l - u ^ ^ p l u r a l i d a d de elementos pragmáticos separados. ,//
fcjjjc"g C •""Viendo a l e j e m p l o precedente, se dirá q u e e l m i s m o X que <
Í " ' A d e m á s de la producción física d e l e n u n c i a d o y de l a r e a l i - .
• \* 0 n3L P r o d i u c d o l a s
p a l a b r a s hace buen tiempo es también el que zación de los actos i l o c u t o r i o s , es h a b i t u a l a t r i b u i r a l sujeto J \
jf 0 afirmó el b u e n t i e m p o . Dado q u e u n a sola persona es e l p r o - h a b l a n t e u n a tercera p r o p i e d a d , l a de estar "designado e n "un|j^¿/. p - í s
5 J ^ f " " " " d u c t o r d e l e n u n c i a d o , habrá q u é a d m i t i r que h a y u n a sola per- e n u n c i a d o p o r las marcas de p r i m e r a persona, c u a n d o designanj^n¡? 4, ' ¿ c
sona en e l o r i g e n de los actos i l o c u t o r i o s c u m p l i d o s a través de a u n s e r extralingüístico: él es e n este caso eF s o p o r t e de losi i ¿\
éJLJPor o t r a p a r t e , p o r este c a m i n o se suele llegar más lejos y
¡procesos expresados p o r u n v e r b o cuyo sujeto es yo, e l p r o p i e - '
p r e t e n d e r — o m e j o r d i c h o t o m a r c o m o e v i d e n t e — q u e cada tarió de los objetos calificados de míos, él es q u i e n está e n e l
lenunciado c u m p l e u n solo acto i l o c u t o r i o (de ahí esa suerte de l u g a r l l a m a d o aquí... Y se co nsi d er a o b v i o q u e ese ser designar
léscándalo q u e suscita l a existencia de actos i n d i r e c t o s ) . Seme- do p o r yo es a l m i s m o t i e m p o a q u e l q u e p r o d u c e el e n u n c i a d o ,
j a n t e suposición n o es c i e r t a m e n t e necesaria p a r a a d m i t i r que y también a q u e l d e l que e l e n u n c i a d o expresa sus promesas, or-
hay u n solo o r i g e n en l a a c t i v i d a d i l o c u t o r i a c u m p l i d a p o r me- deñes, aserciones, etc. C i e r t o es q u e entonces chocamos t o n "el
d i o de u n e n u n c i a d o , p e r o , en c u a l q u i e r caso, ella es suficiente c o n t r a e j e m p l o d e l discurso t r a n s m i t i d o en estilo d i r e c t o , donde^ ..'¡ v
p a r a j u s t i f i c a r esta tesis. m u y a "menudo el p r o n o m b r e yo n o r e m i t e a l a persona que ío j¿jr? •
D i c h o sea e n t r e paréntesis, l a creencia en l a u n i c i d a d d e l acto p r o n u n c i a . Pero p a r a e l i m i n a r este c o n t r a e j e m p l o b asta c o n J '
i l o c u t o r i o es u n a de las razones q u e c o n d u j e r o n a m u c h o s filó- r e c u r r i r a u n a concepción d e l d i s c u r s o t r a n s m i t i d o d i r e c t o ( c r i - '" ' f >r
sofos d e l l e n g u a j e a rechazar p o r f r a n c a m e n t e extravagante l a t i c a d o aquí m i s m o en el párrafo X I ) según l a c u a l las o c u r r e n -
concepción de l a presuposición expuesta en Diré et ne pas diré. cias q u e aparecen e n t r e c o m i l l a s n o r e m i t e n a seres e x t r a l i n -
Porque y o h a b l o de u n acto i l o c u t o r i o d e . presuposición. A l o güísticos sino que c o n s t i t u y e n l a s i m p l e ¡mención de p a l a b r a s Vu < €
cual n o se tardó en o b j e t a r : «Cuando u s t e d p r e g u n t a ¿Quién de l a lengua. Así, el yo de Pedro ha dicho «yo vengo» designaría f s, ^¿r
vino?, su e n u n c i a d o entraña el p r e s u p u e s t o de q u e v i n o alguien. u n a e n t i d a d g r a m a t i c a l , el p r o n o m b r e de p r i m e r a persona, y el ¡\>
Por l o t a n t o , según u s t e d , sirve p a r a c u m p l i r u n acto de presu- e n u n c i a d o g l o b a l sólo significaría que Pedro h a empleado este """''c,'/
posición. Pero esto es i m p o s i b l e , p o r q u e t o d o e l m u n d o sabe p r o n o m b r e , seguido p o r l a p a l a b r a vengo. ^«
que e l enunciado ¿Quién vino? sirve p a r a c u m p l i r u n a c t o de A d m i t a m o s p r o v i s i o n a l m e n t e esta concepción d e l d i s c u r s o
interrogación. S i el acto c u m p l i d o es l a interrogación, no puede t r a n s m i t i d o d i r e c t o . ¿Es t a n evidente q u e en los o t r o s t i p o s de
ser l a presuposición». Se a d v i e r t e de i n m e d i a t o q u e l a objeción d is c u rs o las t r e s p r o p i e d a d e s q u e mencioné se a t r i b u y e n a u n
descansa sobre e l p r i n c i p i o según e l c u a l e l e n u n c i a d o tiene s e r j i n i c o ? Que así p u e d a ser, c u a n d o se t r a t a de enunciados s i m -
que estar caracterizado p o r u n solo acto i l o c u t o r i o . C i e r t o es ples y p r o d u c i d o s en contextos también simples, n o es algo q u e
qué a h o r a tengo m i s reservas sobre l a noción de acto de p r e s u - intentaré d i s c u t i r (no creo que se m e p u e d a r e p r o c h a r e l que
posición, o a l menos, y a se verá, l a presento de o t r a m a n e r a que u t i l i c e aquí, s i n d e f i n i r l a , u n a noción t a n p o c o c l a r a c o m o l a
en l a época de Diré et ne pas diré* pero l o q u e m e guía en de s i m p l i c i d a d : es q u e n o l a u t i l i z o p a r a sentar m i p r o p i a tesis
sino p a r a hacer u n a concesión a m i s adversarios; l o que podría
expresarse, r e c u r r i e n d o a l a terminología que introduciré poco
* L a concepción desarrollada en Diré et ne pas diré es l a del artículo
| de 1969 reproducido en el capítulo 1. La concepción a la que arribé p a r t i e n - más adelante, d i c i e n d o que el e n u n c i a d o r de l o q u e y o digo aquí
| do de la idea de polifonía se basa en l a «revisión» efectuada e n u n t r a b a j o no es a s i m i l a b l e a l l o c u t o r c o m o t a l ) . C o m o e j e m p l o de e n u n -
1 de 1977 (véase, en este volumen, cap. 2), pero se sitúa e n u n a perspectiva
completamente diferente. ciado s i m p l e en u n co ntex to " s i m p l e , t o m e m o s l a réplica «la
V
( -I á -cXc í
c u 4
196 ENUNCIACION 8. ESBOZO DE U N A T E 3 R I A P O L I F O N I C A DE L A E N U N C I A C I O N 197
CovrVC.-y^'semana pasada [ y o ] estuve e n L y o n » , u t i l i z a d a p a r a responder te c o n aquellos q u e e n t r a n en enunciados de e s t r u c t u r a «quizá
k v
, ^„nk,Ca l a p r e g u n t a «¿Dónde e s t u v i s t e l a semana pasada?». No hay p p e r o q » (dicho sea de paso, l o q u e digo aquí de pero i m p l i c a
' d i f i c u l t a d en a t r i b u i r a l a m i s m a p e r s o n a las tres propiedades^ c i e r t a modificación de l a descripción q u e c o n J.-C. A n s c o m b r e
. J^f ^ C o n s t i t u t i v a s d e l s u j e t o h a b l a n t e . S i l l a m a m o s « L » a l individuo h i c i m o s f r e c u e n t e m e n t e de pero, descripción q u e en l a a c t u a l i -
L- v ~ N r 5a q u i e n se d i r i g e l a p r e g u n t a y q u e a r t i c u l a l a respuesta, yo d a d estamos revisando introduciéndola en el i n t e r i o r de n u e s t r a
"x \a e f e c t i v a m e n t e a L (de L es de q u i e n se dice que estuvo teoría de l a polifonía)} „
Tren L y o n ) y es también L q u i e n a s u m e l a responsabilidad del \ u r «
taita ^'"5 S&cto de afirmación v e h i c u l i z a d o p o r e l e n u n c i a d o . X . A h o r a presentaré de u n a m a n e r a p o s i t i v a esta teoría de
S¿lSi»fitf* Pero t a n p r o n t o c o m o se i n s e r t a u n e n u n c i a d o , aunque sea la| polifonía,! t r a s haber m o s t r a d o las d i f i c u l t a d e s de l a concep-
1P ^ s i m p l e , e n u n diálogo u n poco más c o m p l e j o , l a tesis de la un|»l ción «unicitária» a la que ella se opone. Para ello, desarrollaré
' A / A c i d a d co mi enza a p r e s e n t a r d i f i c u l t a d e s . P o r ej emp lo cuando algunas indicaciones q u e se p u e d e n h a l l a r en el p r i m e r capítulo
J ^ h a y uña repetición [reprisel ( e n u n sen ti do m u y a m p l i o de
de Les mots du discours, a u n q u e u n t a n t o corregidas. c S1 '
i este térmíñcTy q u e n o " i m p l i c a n i repetición l i t e r a l n i paráfra-
Recordé hace poco q u e e l s e n t i d o de u n e n u n c i a d o es, a m i
j«f\. L , a q u i e n se reprochó h a b e r c o m e t i d o u n e r r o r , se rebela:
j u i c i o t m a descripción de s u enunciación. ¿En qué consiste esa Lj s e r * *
«Así q u e [ y o ] soy u n imbécil; pues b i e n , ¡espera u n poco!»7T
descripción? Señalé algunos aspectos a l m e n c i o n a r las i n d i c a c i o -
es todavía aquí e l p r o d u c t o r de las manifestaciones, y a él es
nes a r g u m e n t a t i v a s e i l o c u t o r i a s , así c o m o las r el ati vas a las
i g u a l m e n t e a q u i e n designa e l yo. Pero e n c u a n t o a l acto de
causas d e l h a b l a . Estas i nd i caci o nes, a las q u e aludí p a r a hacer
afirmación c u m p l i d o e n el p r i m e r e n u n c i a d o , s i n d u d a no es
c o m p r e n d e r l o q u e yo e n t i e n d o p o r «descripción de l a enuncia- i
L e l q u e asume s u r e s p o n s a b i l i d a d , y a q u e L tiene precisamen-
ción», s o n en r e a l i d a d secundarias, c o m p a r a d a s c o n unas i n d i -
te l a i n m o d e s t i a de d i s c u t i r l o : p o r el c o n t r a r i o , L l o a t r i b u y e a
caciones más p r i m i t i v a s q u e cabe p r e s u p o n e r p o r t o d o l o q u e
s u i n t e r l o c u t o r I ( a u n cuando de hecho I n o h a y a hablado de
se puede d e c i r sobre los aspectos i l o c u t o r i o , a r g u m e n t a t i v o y
estupidez sino q u e sólo h a y a hecho u n r e p r o c h e que, según L,
expresivo d e l lenguaje. Se t r a t a de las i n f o r m a c i o n e s q u e e l
en b u e n a lógica i m p l i c a l a creencia de I en l a i m b e c i l i d a d de L ) .
e n u n c i a d o a p o r t a , e n s u s e n t i d o m i s m o , sobre e l (o los) au-
Así pues, n o b i e n apare.ce u n a f o r m a c u a l q u i e r a de repeti- tór(es) eventual(es) de l a enunciación. C i e r t o q u e c u a n d o definí
ción (y e n Ja conversación n o h a y nada más f r e c u e n t e ) , la. a t r L laTnoción de enunciación, t a l c o m o l a u t i l i z o en c u a n t o lingüista
k
I bución de las tr es propiedades a u n s u j e t o h a b l a n t e úmco_.js_e_
que describe él lenguaje, m e negué explícitamente a i n t r o d u c i r
vuelve problemática; i n c l u s o c u a n d o se t r a t a de u n enunciado
en ella l a idea de u n p r o d u c t o r d e l h a b l a : m i noción es n e u t r a
sintácticamente s i m p l e . L a demostración es aún más fácil con
c o r f relación a u n a i d e a semejante. Pero o t r a cosa o c u r r e c o n
enunciados c o m p l e j o s , p o r e j e m p l o c o n e n u n c i a d o s constitui-
te esa descripción de l a enunciación q u e es c o n s t i t u t i v a d e l senti d o
dos p o r m e d i o de l a conjunción pero. T o d o montañista h a es-
de l o s enunciados, a q u e l l a q u e es c o n s t i t u t i v a de l o que e l e n u n -
cuchado a l g u n a vez en e l r efugi o , a l despertarse, u n diálogo
ciado q u i e r e d e c i r y n o y a de l o q u e e l lingüista dice de él. E l l a
c o m o el siguiente. A l g u i e n h a a f i r m a d o c o n t o d a i m p r u d e n c i a
entraña, o p u e d e entrañar, l a atribución a l a enunciación de u n o t
n o h a b e r pegado u n o j o e n t o d a l a noche, y u n compañero le
cTvarios sujetos q u e serían s u o r i g e n . L a tesis q u e q u i e r o defen- *
responde a m a b l e m e n t e : «Puede que no hayas d o r m i d o , pero_eji
dier aquí es q u e h a y q u e d i s t i n g u i r e n t r e estos sujetos a l me-
c u a l q u i e r caso has r o n c a d o s i n parar». E l a u t o r — e n e l sentido^ ¡ v ¿ os
físico— de este e n u n c i a d o , n o podría ser c o n s i d e r a d o responsa-
ble a l a vez de las dos afirmaciones p r o n u n c i a d a s sucesivamen- 1. E n l o que respecta a los enunciados de e s t r u c t u r a «cierto que p pero
te. S i parece razonable a t r i b u i r l e l a segunda, n o podría hacerse q», véase e l final d e l párrafo X V I I I . E l l o s entrañan s i n duda u n acuerdo
o t r o t a n t o c o n l a p r i m e r a , corregida m e d i a n t e el « p e r o . . . » . Y así sobre la verdad de p , pero excluyen t o d a toma a cargo argumentativa
de p . Sólo podré e x p l i c i t a r la oposición entre estas dos nociones u n a vez
sucede c o n u n a g r a n c a n t i d a d de empleos de pero, especialmen- que haya analizado, e n el párrafo X I I , el concepto de l o c u t o r d i s t i n -
guiendo L y X.
,.-' r i.-' c < >cí-*>r*/V -<
198 « "-"v. CcKtf? (• f ENUNCIACION 8. ESBOZO DE U N Í T E O R I A P O L I F O N I C A DE L A E N U N C I A C I O N 199
nos dos t i p o s de personajes, l o s i e n u n c i a d o r e s y los locutores] 1 a s u m i d o s u r e s p o n s a b i l i d a d ; y e l p r o p i o e n u n c i a d o , u n a vez
presentaré p r i m e r o l a noción de « l o c u t o r » . f i r m a d o , indicara q u e y o he a s u m i d o t a l r e s p o n s a b i l i d a d . - P o r
\ S i h a b l é
de " l o c u t o r e s . — e n p l u r a l — , n o fue para c u b r i r los o t r o l a d o seré el ser designado p o r las m a r c a s de l a p r i m e r a
\A casos en que e l enunciado es r e l a c i o n a d o c o n u n a voz colectiva persona, seré aquel q u e a u t o r i z a a s u h i j o a hacer esto o aquello.
( p o r e j e m p l o , cuando u n artículo t i e n e dos autores que se desig- U n a vez puesta rni firma, l a dirección d e l colegio podrá d e c i r m e :
n a n c o l e c t i v a m e n t e p o r u n nosotros). Porq ue en estos casos los «Usted nos h a enviado u n p a p e l e n el q u e a u t o r i z a b a a s u
autores p r e t e n d e n c o n s t i t u i r u n a sola persona m o r a l , y h a b l a r
con u n a sola voz: su p l u r a l i d a d aparece f u n d i d a en u n personaje U n paréntesis, a este respecto, sobre e l p a p e l de l a firma.
\T3<C '~ vC único q u e engloba a los d i f e r e n t e s i n d i v i d u o s . L o que m o t i v a ¿Para qué sirve una f i r m a ? Basándome en t r a b a j o s de C h r i s t i a n 2-
teLf^* m i . p l u r a l es l a existencia, p a r a c i e r t o s enunciados, de u n a P l a n t i n , describiré s u f u n c i ó n . c o m o doble. P r i m e r a m e n t e , „a.\
1v
E p t * " p l u r a l i d a d de responsables dados p o r d i s t i n t o s e i r r e d u c t i b l e s . veces sirve p a r a i n d i c a r quién es el l o c u t o r , e l ser designado p o r ^
¿IAA "c Así sucede en los fenómenos de d o b l e enunciación (párrafo X Í ) , e l yo y a q u i e n se i m p u t a l a r e s p o n s a b i l i d a d d e l e n u n c i a d o . Pero A \
especialmente en el d i s c u r s o t r a n s m i t i d o e n estilo d i r e c t o . Por este p a p e l es solamente accesorio y c i r c u n s t a n c i a l : l a f i r m a n o J
tt ^definición, e n t i e n d o p o r l o c u t o r a u n ser que, en e l sentido m i s m o lo c u m p l e más que c u a n d o es legible (lo c u a l n o es i m p r e s c i n -
| f- i d e l e n u n c i a d o , es p r e s e n t a d o c o m o s u responsable, es decir d i b l e : véanse las cruces"qué~éh"otro t i e m p o servían p a r a f i r m a r ) " , , :
<M K• c o m o a l g u i e n a q u i e n se debe i m p u t a r l a r e s p o n s a b i l i d a d de y c u a n d o el texto q u e l a precede n o i n c l u y e indicación d e l locu-(p\^,c
L, r ese e n u n c i a d o . A él r e m i t e n e l p r o n o m b r e yo y las o t r a s marcas t o r ^indicación que se da, e n m i e j e m p l o , n o b i e n se llenó l a sxrc*.}
a
\OUX W de i p r i m e r a persona. A u n q u e de m o m e n t o n o nos ocupemos •fórmula «infrascrito...»). L a segunda función, ésta sí esencial, <"_'• •
- d e l d i s c u r s o t r a n s m i t i d o d i r e c t o , se observará q u e e l l o c u t o r , es asegurar l a i d e n t i d a d e n t r e el l o c u t o r i n d i c a d o en el t e x t o y u n 2 ¿cjg^
» designado p o r yo, puede ser d i s t i n t o d e l a u t o r empírico del i n d i v i d u o empírico, y esta función l a desempeña l a f i r m a m e r c e d i ¿ ¡ i
T*"*"* 'enunciado, de s u p r o d u c t o r , y ello a u n s i los dos personajes a u n a n o r m a social q u e exige q u e l a f i r m a sea «auténtica» ( m i - ! . ^ ^ -
•y c o i n c i d e n h a b i t u a l m e n t e en e l d i s c u r s o o r a l . H a y casos, en h i j o n o tiene derecho a f i r m a r e n m i l u g a r ) , entend i end o por*:*-+~' t. r
efecto, e n que es evidente q u e el a u t o r r e a l t i e n e poca relación ello que e l a u t o r empírico de l a f i r m a debe ser idéntico a l ser ¿
tA^'f 1 :
c o n e l l o c u t o r , es d e c i r c o n el ser q u e en e l e n u n c i a d o se presenta i n d i c a d o , én el senti d o d e l e n u n c i a d o , c o m o s u l o c u t o r . E n l a £ ^
c o m o aque l a q u i e n h a y q u e c a r g a r c o n l a o c u r r e n c i a d e l enun- v».- • - - — ...... . ................ .... . . . . . . « ' - - •• r ''
ciado. conversación o r a l c o t i d i a n a , l a q u e c u m p l e a m b a s . funciones d e ^ f
jL» S u p o n e d q u e m i h i j o m e t r a i g a u n a c i r c u l a r d e l colegio que la f i r m a es l a voz. P o r u n a p a r t e , l a voz puede s e r v i r p a r a hacer *
%Kp} :
' diga: « Y o , el i n f r a s c r i t o . . . , a u t o r i z o a m i h i j o a [ . . . ] . Firmado...». saber quién es e l l o c u t o r , es decir, a quién H^yígrnnn ln« TP'rTl^ r - ^ L ^
0, Personalmente l o único que tendré q u e h a c e r es r e g i s t r a r m i mas dé p r i m e r a p e r s o n a (véanse los diálogos «¿Quién está ahí?» [¿y \¡o
1
| f n o m b r e e n e l b l a n c o q u e sigue a l a p a l a b r a infrascrito ( a menos — « S o y y o . » ) . Y p o r o t r a p a r t e , ella a u t e n t i f i c a l a homologa-
Cv que m i h i j o haya t e n i d o l a deferencia de h a c e r l o antes) y f i r m a r ción-del l o c u t o r c o n u n i n d i v i d u o empírico ^ p a r t i c u l a r * , a q u e l
i 1
(a menos que m i h i j o haya c o m e t i d o l a i m p r u d e n c i a d e hacerlo que p r o d u c e efectivamente e l h a b l a . Como e n el caso de l a f i r -
antes). A h o r a b i e n , está c l a r o q u e yo n o soy e l a u t o r empírico m a , es además u n a n o r m a social l a q u e p o s i b i l i t a esta segunda
del texto, a u t o r p o r o t r a p a r t e m u y difícil de i d e n t i f i c a r : ¿fue función, l a n o r m a que p r o h i b e «simular» l a voz de o t r o .
el d i r e c t o r , s u secretaria, l a administración de l a Educación E l l o c u t o r p u e d e ser, p o r t a n t o , d i f e r e n t e d e l s u j e t o h a b l a n t e
n a c i o n a l , etc.? A l o s u m o m e expongo a ser e l a u t o r d e l a ocu- efectivo, p e r o además es p o s i b l e que c i e r j a s ^ ^ g ^ c i a c i o n e s , t a l
r r e n c i a de m i n o m b r e después de infrascrito y , e n el caso «nor- como las d e s c r i b e el senti d o d e l enu nci ad o , no.apar^caJti_cpmp_\
mal», de l a f i r m a . Pero u n a vez que h a y a f i r m a d o , apareceré el p r o d u c t o de u n a s u b j e t i v i d a d i n d i v i d u a l (es e l caso de los )
como el l o c u t o r d e l enunciado ( r e i t e r o q u e e n t i e n d o p o r «enuh; enunciados q u e B e n v e n i s t e l l a m a «históricos», enunciados q u e /
ciado» u n a o c u r r e n c i a p a r t i c u l a r de l a frase). Por u n l a d o habré sgTcaracterizan p o r n o v e h i c u l i z a r n i m a r c a explícita n i i n d i c a -
ción implícita d e p r i m e r a persona, y que p o r t a n t o n o asignan
200 ENUNCIACION 8. ESBOZO DE U N A T E O R I A P O L I F O N I C A DE L A ENUNCIACION 201 v " ' v f ? S |
ckx... 1 < >
a ningún l o c u t o r l a r e s p o n s a b i l i d a d de s u enunciación). Es ma- l o c u t o r , h o m o l o g a d o con l a p e r s o n a a l a q u e esas m a r c a s r e m i -
n i f i e s t o p o r qué he elegido u n a definición de l a enunciación que t e n ^ T e n d r e m o s que rc.atizar u n p o c o este p r i n c i p i o s i quere-
n o c o n t i e n e n i n g u n a alusión a u n a p e r s o n a q u e sería s u autor, mos d a r c u e n t a de l a p o s i b i l i d a d , s i e m p r e a b i e r t a , de p o n e r a l a
fc.flO m
t a m p o c o a u n a p e r s o n a a q u i e n esa enunciación estaría d i r i - vista, e n u n a enunciación a t r i b u i d a a u n l o c u t o r , u n a enuncia-
i d a
ij^ig^.A j ? - P o r q u e p a r a mí es esencial queJLa^enunciación^'en tanto ción a t r i b u i d a a o t r o l o c u t o r . E s t o es l o q u e aparece c o n t o d a
\ J ^ O i ^ . . . J^_- ® ' d s n t i d o
t a n t o o b j e t o d e l a s cualificaciones conte- e n
evidencia en el discurso t r a n s m i t i d o en estilo d i r e c t o . S i Pedro C"U.|
^ a A -' í n i d
i » a s e n e l s e n t d o
p e r c i b i d a , p o r ser e l o b j e t o de estas n o s e a
dice «Juan m e ha dicho: yo vendré», ¿cómo analizar, en l o que ,J,,jj-f
§ U ° ^ "•'Ic ua li f ica ci on es, c o m o algo q u e hécesariaroente debe tener una i n c u m b e a l l o c u t o r , el d i s c u r s o de P e d r o t o m a d o e n s u t o t a l i -
^W a C 4
®tíü . y e n t e u n a
destinación. L o que p r e t e n d o d e c i r es q u e j a exis- dad? H a l l a m o s en él dos m a r c a s de p r i m e r a p e r s o n a q u e r e m i t e n
3 , téncia de u n a f u e n t e y de u n a destinación se h a l l a n entre las a dos seres diferentes. A h o r a b i e n , n o cabe h a b l a r aquí de dos
r ; ^ ^ ^ ^ < <l m e s
s e n t i d o d a (o n o da) a l a enunciación; B e ¡ U e e l
enunciados sucesivos, pues e l segmento Juan me ha dicho n o
este m o d o , podré d e s c r i b i r los «enunciados históricos» diciendo satisface l a exigencia de i n d e p e n d e n c i a c o n t e n i d a e n m i defini-
que n o i n c l u y e n " e n "su sen ti do n i n g u n a mención de origen, con ción d e l e n u n c i a d o : n o podría presentarse c o m o «elegido p o r él /[ gf ¡
l o "que s i g n i f i c o n o q u e e l s e n t i d o de estos enunciados a t rib u ye mismo». Así q u e m e veo fo r z ad o a d e c i r q u e u n e n u n c i a d o único
el o r i g e n de s u enunciación a a l g u n a s u b j e t i v i d a d s u p r a i n d i v i - p r e s e n t a aquí dos l o c u t o r e s diferentes, donde él l o c u t o r p r i m e r o
d t u ^ s i n o s i m p l e m e n t e q u e n o dice n a d a sobre este o r i g e n , que es" h o m o l o g a d o c o n Pedro y el segundo c o n J u a n . Resu l ta así
n o ¿dd^joingújL..autor d e l h a b l a v
p o s i b l e q u e u n a p a r t e de u n e n u n c i a d o q u e se i m p u t a global-
S i en m i definición de l a enunciación i n t r o d u j e r a y o u n au- m e n t e a u n l o c u t o r p r i m e r o , se i m p u t e n o o b s t a n t e a u n l o c u t o r
t o r , l a existencia de éste pasaría a ser u n tema de las cualifica- segundo (así c o m o en u n a novela, el n a r r a d o r p r i n c i p a l puede
ciones c on teni das e n e l s e n t i d o , es d e c i r q u e s u especificación i n s e r t a r e n s u r e l a t o el r e l a t o q u e fe h a hecho u n n a r r a d o r
sería u n a de las tareas necesarias de l a semántica d e l enuncia-
secundario). _ <MS<M*&i>ü
do , u n a de las p r e g u n t a s a las q u e el s e n t i d o debe responder, y E s t a p o s i b i l i d a d del d e s d o b l a m i e n t o j s e u t i l i z a n o solamente - VJ/TO
entonces m e sería p r e c i s o i m a g i n a r q u e e l e n u n c i a d o histórico p a r a h a c e r conocer e l d i s c u r s o q u e se co nsi d er a q u e a l g u i e n h a
d a a estas p r e g u n t a s u n a respuesta de o r d e n metafísico. Pre- p r o n u n c i a d o , sino también p a r a p r o d u c i r u n eco i m i t a t i v o (A: ¿ e o
/ x
fiero sostener s i m p l e m e n t e q u e este e n u n c i a d o d e j a e n l a som- « M e duele» - B : « M e duele; n o creas q u e c o n eso m e ablandarás»), t
I b r a e l o r i g e n de s u enunciación, y p u e d o h a c e r l o p o r l o m i s m o " o p a r a p o n e r en escena u n d i s c u r s o i m a g i n a r i o ( « S i alguien m e ; -
q u e ese o r i g e n n o es u n tema necesario de las indicaciones se- d i j e r a Me marcho, y o le respondería...»). También p e r m i t e orga- VMUD
mánticas, sino u n o de los caracteres que ellas pueden a t r i b u i r n i z a r u n t e a t r o , e n s e n t i d o p r o p i o , e n e l i n t e r i o r de l a p r o p i a ha-
| (o n o ) a l a enunciación. S i sirviéndonos c o n c i e r t a l i b e r t a d de bla, r e p r e s e n t a n d o t a n t o las p r e g u n t a s c o m o las respuestas (pro-
u n término de J a k o b s o n l l a m a m o s «embragador» a l aspecto de c e d i m i e n t o f r e c u e n t e m e n t e u t i l i z a d o p o r c i e r t o s personajes de
la r e a l i d a d extralingüística c o n c e r n i d o p o r las i n d i c a c i o n e s infe- M o l i e r e , Sosia p o r e j e m p l o , q u i e n e n l a escena 1 d e l acto I de
r i o r e s a l s e n t i d o (es decir, s i t u a d o e n e l p u n t o de t o q u e de l o Anfitrión se r e p r e s e n t a c o n t a n d o l a b a t a l l a a A l c m e n a y o r g a n i -
~, lingüístico y l o extralingüístico), diré que l a enunciación^tal zando así u n t e a t r o d e n t r o d e l t e a t r o ) . E l m i s m o desdoblamien-
r A A A (or c o m o l a h e d e f
i n i d o — o sea c o n abstracción d e l s u j e t o hafilañ- t o d e l l o c u t o r también p e r m i t e q u e a l g u i e n se haga p o r t a v o z de
5 j », ~ t e e s e I
e m b r a g a d o r de las indicaciones semánticas: l a existen- o t r o y emplee, eñ el m i s m o d i s c u r s o , diversos yo que r e m i t e n pe
¡2. ' ' i n i c i a e v e n t u a l de u n a fuente responsable de l a enunciación cóm- o r a a l p ort a v oz , o r a a l a p e r s o n a de q u i e n él es portavoz. E n
| e* 0*6 pete exclusivamente a estas indicaciones. Tartarín en los Alpes, c u a n d o Pascalón, espantado p o r los re-
niegos de E x c o u r b a n i e s ( « O u t r e ! » ) , les añade l a hipócrita fórmula
X I . Sostuve más a r r i b a que l a presencia de m a r c a s de l a tarasconesa « . . . q u e u s t e d m e haría decir», el l o c u t o r de l a fór-
p r i m e r a persona d e n u n c i a que l a enunciación es i m p u t a b l e a uñ m u l a p r o n u n c i a d a p o r Pascalón, es d e c i r l a persona designada
202 ENUNCIACION 8. ESBOZO DE UNA " E O R I A P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I O N 203
r T
^ -^..ckj&dXji C
p o r me, es l a q u e juró « O u t r e ! » , a s a b e r Exc ou rban ie s. Lo cual yo clasifiqué bajo l a rúbrica de «doble enunciación» (los ecos, ~~ t
no i m p i d e e m p l e a r a Pascalón, e n e l m i s m o discurso, u r o s yo los diálogos internos en los monólogos, el e c l i p s a m i e n t o d e l
que lo designan a él m i s m o . p o r t a v o z a n t e l a persona a l a q u e hace h a b l a r ) , t o d o esto n o
E n l u g a r de c o n s i d e r a r l a relación e n estilo d i r e c t o (abre- sería más q u e u n a f o r m a engañosa de l a R S D , engañosa ya sea
. v i a n d o : R S D ) c o m o u n caso p a r t i c u l a r de { d o b l e enunciación,, p o r q u e n o se confiesa c o m o t a l , y a sea p o r q u e e l d i s c u r s o que se
suele describírsela de m a n e r a a i s l a d a , independiente de los" p r e t e n d e t r a n s m i t i r n o t u v o l u g a r n u n c a o fue e m i t i d o en térmi-
i fenómenos que y o situé en l a m i s m a categoría, s i n p e r j u i c i o de nos d i f e r e n t e s .
t o m a r l a después p o r m o d e l o c u a n d o se t r a t a de caracterizar es- P o r m i p a r t e , ye prefiero c a r a c t e r i z a r p r i m e r o l a categoría to- cKb L? *
tos o t r o s fenómenos, que entonces se c o n c i b e n como formas m a d a e n s u i n t e g r i d a d ; diré q u e consiste f u n d a m e n t a l m e n t e e n cT
t r u n c a s desviadas y hasta a n o r m a l e s de ella. E s t a práctica con- |unja^representación de l a enunciación c o m o d o b l e : el sentido'. ¡~7 »
duce a d a r u n a i m a g e n de l a R S D q u e m e parece a l a vez banal y ¿|deí e n u n c i a d o atribuiría a l a enunciación dos l o c u t o r e s d i s t i n t o s , i
n a d a evidente, y a desfigurar de r e b o t e los hechos, q u e a m i j e v e n t u a l m e n t e s u b o r d i n a d o s , l o c u a l n o suena más extraño q u e "
j u i c i o también pertenecen a l a d o b l e enunciación: aparecen a t r i b u i r l e las propiedades jurídicas, a r g u m e n t a t i v a s o causales
como u n a copia de m a l a c a l i d a d , sacada de u n o r i g i n a l ya de- de q u e hablé a n t e r i o r m e n t e . C i e r t o que, desde el p u n t o de v i s t a
fectuoso. empírico, l a enunciación es o b r a de u n solo s u j e t o h a b l a n t e , pero;'
E n efecto, s i c o n t r a r i a m e n t e a m i p r o p u e s t a se considera |la i m a g e n q u e el enunciado d a de ella es l a de u n i n t e r c a m b i o , <
íjun.diálogo, o inc l u so u n a jerarquía de manifestaciones. S o l a c e . ( O C 4J ¡ o,
específicamente l a R S D , l l a m a n p r i m e r o l a atención dos p a r t i c u -
laridades. P o r u n lado, l a de q u e s u función es i n f o r m a r sobre verá en esto u n a p a r a d o j a si se c o n f u n d e a l l o c u t o r — q u e p a r a . - P-^ ^ ¿
u n d i s c u r s o e fect iv amen te p r o n u n c i a d o . P o r el o t r o , l a de que t'mí es u n a ficción d i s c u r s i v a — c o n e l s u j e t o Hablante, q u e es u n etü;
|eIémento de l a experiencia. Ésta tesis t r a e consecuencias c u a n - ' va-
contiene en sí m i s m a los p r o p i o s términos de u n d i s c u r s o sus-
c e p t i b l e de ser p r o n u n c i a d o p o r u n l o c u t o r d i f e r e n t e del que do se t r a t a de d e s c r i b i r l a relación en estilo d i r e c t o , s i se consi-
hace l a comunicación. L a combinación de ambas observaciones d e r a a ésta d e n t r o de l a categoría general de l a d o b l e enuncia-
$W. ^ , conduce fácilmente a l a idea — q u e se suele a c e p t a r s i n discu- ción. Seguiré m a n t e n i e n d o , desde luego, q u e s u propósito es
C M - 1 sión— de q u e l a R S D p r e t e n d e r e p r o d u c i r en s u m a t e r i a l i d a d i n f o r m a r acerca de u n d i s c u r s o q u e fue r e a l m e n t e e m i t i d o .
IAA/» las p a l a b r a s p r o n u n c i a d a s p o r l a persona c u y o d i s c u r s o se qúie- Pero y a n a d a m e o b l i g a a sostener q u e las o c u r r e n c i a s puestas
r
(to - V . r - I e hacer conocer. Cosa q u e se expresa, p o r e j e m p l o , r e c u r r i e n d o e n t r e c o m i l l a s c o n s t i t u y e n u n a mención y q u e designan e n t i d a -
rw*A>'í ,.á l a noción lógica de mención. Para u n lógico, u n a o c u r r e n c i a des lingüísticas, .aquellas q u e se r e a l i z a r o n e n e l d i s c u r s o o r i g i -
a - j j t ^ ? ' ~ p a r t i c u l a r de u n a p a l a b r a c o n s t i t u y e u n a mención c u a n d o su n a l . P o r el c o n t r a r i o , se puede a d m i t i r que, p a r a i n f o r m a r sobre
a u t o r n o l a u t i l i z a p a r a significar el sentido de esta p a l a b r a sino/ el d i s c u r s o o r i g i n a l , e l a u t o r de l a comunicación pone en escena,
- v J > * ^ ' p a r a significar l a p a l a b r a m i s m a , considerada c o m o u n a e n t i d a d I hace oír, u n h a b l a de l a q u e s i m p l e m e n t e supone q u e tiene cier-
lingüística Es e l caso de s e m p i t e r n o s ejemplos c o m o «mesa t i e n e ' tos p u n t o s c o m u n e s c o n a q u e l l a de l a q u e q u i e r e i n f o r m a r a s u
c u a t r o letras», donde l a o c u r r e n c i a de l a p a l a b r a mesa sirve i n t e r l o c u t o r . Así pues, s i l a RSD.,es_un caso p a r t f c u l a r _ d e d o b l e ¿f\\£>
p a r a designar ese el ement o de l a lengua ca ste ll a na q u e es l a enunciación, l a v e r d a d de l a comunicación n o i m p l i c a u n a confor-
p a l a b r a mesa. L o m i s m o sucedería en l a R S D . L a última p a r t e rñidad m a t e r i a l de l a s manifestaciones o r i g i nal es c g n las^ que apa-X
de l a serie Pedro ha dicho «estoy contento» ( l a q u e aparece recen en el d i s c u r s o j d e l ^ i n f o r m a d o r . Puesto q u e éste n o a p u n t a ^ - j ' ^
e n t r e c o m i l l a s ) designaría s i m p l e m e n t e u n a frase de l a lengua, necesariamente a u n a reproducción l i t e r a l , n a d a i m p i d e p o r ejem- frQfarn)
y el sent ido g l o b a l de l a serie sería que P e d r o h a p r o n u n c i a d o pío que, p a r a h a c e r conocer los p u n t o s i m p o r t a n t e s de l a m a n i -
esta frase, h a dado u n e n u n c i a d o de ella. T r a n s m i t i r u n d i s c u r - festación o r i g i n a l , p o nga en escena u n a m u y d i f e r e n t e pero q u e
so en estilo d i r e c t o sería, pues, decir qué p a l a b r a s h a e m p l e a d o conserva o i n c l u s o acentúa l o esencial de aquélla (en el estilo
el a u t o r de este d i s c u r s o . E n c u a n t o a los o t r o s fenómenos que d i r e c t o es p o s i b l e c o m u n i c a r en dos segundos u n d i scu r so de dos
8. ESBOZO DE U N A T E O R I A P O L I F O N I C A DE L A ENUNCIACION 205
204 \t A-0 P ENUNCIACION
¡ m i n u t o s : £ n una palabra, Pedro me dijo «estoy harto»). La di- ción, m i e n t r a s q u e las interjecciones sitúan e l s e n t i m i e n t o e n
t$fy ferencia e n t r e e s t i l o d i r e c t o y e s t i l o i n d i r e c t o n o está en que e l " fa"enunciación m i s m a , pues ésta se p r e s e n t a c o m o e l efecto i n -
w . p r i m e r o haría conocer l a f o r m a y e l segundo sólo e l contenido! m e d i a t o d e l s e n t i m i e n t o que expresa. Postularé pues q u e e n u n a
E l estilo d i r e c t o también puede t e n e r e n v i s t a sólo e l contenido," interjección e l ser a q u i e n se a t r i b u y e el s e n t i m i e n t o , es L , e l
P p e r o p a r a hacer saber cuál es este c o n t e n i d o elige hacer oír unau l o c u t o r c o n s i d e r a d o en su c o m p r o m i s o e n u n c i a t i v o . E n c a m b i o ,
manifestación (es d e c i r , u n a serie de p a l a b r a s i m p u t a d a a u n e n los enunciados declarativos se l o a t r i b u y e a X, es d e c i r , a l ser
l o c u t o r ) . Y p a r a q u e l a transmisión sea exacta, basta c o n que del m u n d o q u e e n t r e otras propiedades posee l a de e n u n c i a r s u
ma nif ie ste e f e c t i v a m e n t e ciertos rasgos sobresalientes de la t r i s t e z a o s u alegría (de u n a m a n e r a general, e l ser q u e designa
emisión t r a n s m i t i d a (lo c u a l explica q u e los h i s t o r i a d o r e s anti- el p r o n o m b r e yo es siempre X, a u n s i l a i d e n t i d a d de este X n o
guos, y b u e n número de historiógrafos m o d e r n o s , n o tengan es- es accesible más q u e a través de s u aparición c o m o L ) .
crúpulos p a r a r e e s c r i b i r los discursos q u e c o m u n i c a n ) . Que el " V e a m o s u n a n u e v a ilustración de l a distinción X-L, extraída
|estilo d i r e c t o i m p l i q u e hacer h a b l a r a o t r o , hacerle a s u m i r emi- esta vez de l a retórica y p a r a l a c u a l tomaré apoyo e n L E G U E R N
j siones, esto n o significa q u e s u v e r d a d r e s i d a en u n a correspon- (1981). Para el o r a d o r , u n o de l o s secretos de l a persuasión, según
| dencia l i t e r a l , término a término. se l a analizó a p a r t i r de Aristóteles, es d a r de sí m i s m o u n a
i m a g e n f a v o r a b l e , i m a g e n que seducirá a l oyente y captará s u
XII. D i s t i n g u i d o y a e l ! l o c u t o r { s e r de dis c ur so ) d e l sujeto; benevolencia. E s t a i m a g e n d e l o r a d o r , designada c o m o ethos
r W \ h a b l a n t e (ser empírico), propondré d i s t i n g u i r también, en el o «carácter», en ocasiones también es l l a m a d a —expresión b i -
s i n t e r i o r de l a noción de l o c u t o r , e n t r e e l «locutor c o m o t a l » " z a r r a p e r o s i g n i f i c a t i v a — «costumbres oratorias». C o n e l l o se
A. ( a b r e v i a n d o , « L » ) y el l o c u t o r c o m o ser d e l m u n d o («"X»). L es el a l u d e a las c o s t u m b r e s que el o r a d o r se a t r i b u y e a sí m i s m o p o r

'v,i^éspóns^ble]de l a enunciación, c o n s i d e r a d o únicamente en" v i r t u d l a m a n e r a e n q u e ejerce s u a c t i v i d a d o r a t o r i a . N o se t r a t a de
ú
de esta p r o p i e d a d . X es u n a p e r s o n a « c o m p l e t a » , q u e e n t r e otras las a f i r m a c i o n e s jactanciosas q u e puede e m i t i r sobre su p r o p i a
.propiedades posee l a de ser el |brigénjdel e n u n c i a d o ; l o que no p e r s o n a d e n t r o d e l c o n t e n i d o de s u d i s c u r s o , afirmaciones q u e
'impidé~que L y X sean seres de d i s c u r s o , c o n s t i t u i d o s en e l sen- p o r el c o n t r a r i o a r r i e s g a n c h o c a r a l oyente, sino de l a a p a r i e n -
t i d o d e l e n u n c i a d o , y cuyo e s t a t u t o metodológico es p o r t a n t o " * cia q u e l e c o n f i e r e n l a cadencia, l a calidez o severidad de l a en-
e n t e r a m e n t e d i s t i n t o d e l s u j e t o h a b l a n t e (éste c o r r e s p o n d e a u n a tonación, l a elección de las p a l a b r a s , de los a r g u m e n t o s ( e l e g i r
representación «externa» d e l h a b l a , extraña a l a q u e el enuncia- o desdeñar d e t e r m i n a d o a r g u m e n t o puede r e s u l t a r sintomático
do v e h i c u l i z a ) . Para p o n e r e n c l a r o esta distinción volveré p r i - de c i e r t a c u a l i d a d o de c i e r t o defecto m o r a l ) . A c u d i e n d o a m i
m e r a m e n t e a l e j e m p l o de las i n t e r j e c c i o n e s , según c o m o se las terminología, diré q u e e l ethos es a t r i b u i d o a L , e l l o c u t o r c o m o
describió páginas atrás. D i j e entonces que u n a interjección pre- t a l : p o r ser f u e nt e de l a enunciación se ve atavi ad o c o n c i e r t o s
senta s u enunciación c o m o desencadenada p o r e l s e n t i m i e n t o caracteres que, p o r c o n t r a g o l p e , t o r n a r aceptable o rechazable
que ella expresa. E l l o i m p l i c a que este s e n t i m i e n t o se presenta ésa enunciación. L o q u e e l o r a d o r podría d e c i r de sí m i s m o e n
n o sólo p o r m e d i o de l a enunciación d e l que es o r i g e n p r e s u n t o , c u a n t o o b j e t o de l a enunciación, c o n c i e r n e e n c a m b i o a X, e l
sino a través de ella. A l d e c i r ¡Ay! o ¡Qué bien!, tiñe u n o de ser d e l m u n d o , y n o es éste q u i e n está e n j u e g o en l a p a r t e de l a
t r i s t e z a o de alegría s u p r o p i a manifestación: s i l a p a l a b r a hace r e t o r i c a a q u e m e refiero ( l a d i s t a n c i a e n t r e estos dos aspectos
conocer estos s e n t i m i e n t o s , es p o r q u e ella m i s m a es t r i s t e o ale- del l o c u t o r es p a r t i c u l a r m e n t e sensible c u a n d o L se g r a n j e a e l
gre. A q u i e n se c o n t e n t a c o n d e c i r «estoy m u y triste» o «soy m u y f a v or de s u público p o r l a m a n e r a m i s m a c o n q u e h u m i l l a a X:
feliz», e v e n t u a l m e n t e se le puede hacer n o t a r que, considerándo- v i r t u d de l a autocrítica). N.B. DECLERCQ (1983) d e s a r r o l l a l a
l o e n s u a c t i v i d a d de h a b l a , n o parece n i t r i s t e n i feliz. E s q u e el teoría de l a construcción d e l o r a d o r p o r s u h a b l a en u n análisis
s e n t i m i e n t o , en el caso de los enunciados declarativos, aparece, del t e a t r o r a c i n i a n o .
c o m o e x t e r i o r a l a enunciación, c o m o u n o b j e t o de l a énuncia- L a distinción e n t r e L y X m e permitirá esclarecer m i posición
l
206 ENUNCIACION 8. ESBOZO DE U N A T E O R I A P O L I F O N I C A DE L A E N U N C I A C I O N 207
acerca d e l p r o b l e m a de los ^ p e r f o r m a t i v o s explícitos?, tesis a l a ser s u suegra: «C'es; un titre que je ne vous souhaite point» [es
que a ludo en el párrafo 4 ( s e ' t r a t a de l o q u e RÉNACATI (1981, cap. u n título q u e no os 'deseo'] (en e l senti d o de «que y o n o deseo
4) l l a m a l a «conjetura de D u c r o t » ) . L a expresión «performativos [désíre] resulte el vuestro»). T o d o l o q u e p o d e m o s d e c i r es q u e
explícitos» — q u e n o q u i e r o a s u m i r p o r c u e n t a p r o p i a — deja en- la presencia de u n p r o n o m b r e d a t i v o de segunda p e r s o n a c o n e l
tender que es posible efectuar u n ac to i l o c u t o r i o p o r e l simple verbo «psicológico» souhaiter fue p a r t i c u l a r m e n t e frecuente,
hecho de a s e r t a r explícitamente q u e se l o efectúa. Sea p o r ejem- p o r razones fáciles de c o m p r e n d e r , c u a n d o este v e r b o se empleó
pl o el acto de souhait [ h a c e r v o t o s p o r , desear algo p a r a otro],» en fórmulas que servían p a r a c u m p l i r e l acto de souhait: más
consistente en hacerse cargo de l o s deseos de o t r o o incluso, en tarde, e l segundo verbo souhaiter, afectado p o r d e l o c u t i v i d a d
la m e d i d a en que se a t r i b u y e a l souhait u n a eficacia empírica, con e l v a l o r «cumplir e l acto de souhait», o b t u v o l a p o s i b i l i d a d
c o n t r i b u i r v e r b a l m e n t e a su satisfacción. Para efectuar este acto de u n a combinación c o n el d a t i v o p o r característica sintáctica;
parece suficiente c o n asertar q u e se l o c u m p l e . Es l o que u n o lo c u a l refuerza, p o r c o n t r a g o l p e , l a t e n d e n c i a a creer q u e este
parece hacer cuando dice «je te souhaite de bonnes vacances» verbo está presente en l a fórmula.)
[ t e 'deseo' unas buenas v a c a c i o n e s ] , s i souhaiter significa aquí Si he r e s u m i d o aquí l a crítica de l a p e r f o r m a t i v i d a d q u e p r e-
«cumplir e l acto de souhait». A m i j u i c i o , en c a m b i o , en esta senté e xha u s t iv a m ente e n e l capítulo 6, es p o r q u e l a distinción
fórmula souhaiter significa p r i m e r o «desear» [désirer], en el seh-^jj ¿ ^ p e r m i t i r á u n a m e j o r formulación de esa crítica. E n efecto, s i
t i d o psicológico d e l término. S i digo « p r i m e r o » es p o r q u e quiero se m e concede que el v e r b o souhaiter de l a fórmula «je souhai-
significar q u e este sentido está e n e l o r i g e n d e l v a l o r de acción, te...» es u t i l i z a d o p r i m e r o p a r a u n a aserción de o r d e n psicológico,
y asegura a l a fórmula l a p o s i b i l i d a d de c u m p l i r s u cometido. hay q u e d e c i r q u e su sujeto, e l p r o n o m b r e yo, r e m i t e a,X: se ex-
Si l a fórmula p e r m i t e e l acto de souhait, es p o r ser aserción ele p e r i m e n t a e l deseo n o en c u a n t o l o c u t o r sino e n c u a n t o ser d e l
u n deseo, en u n c o n t e x t o donde e l o b j e t o de este deseo es el éxi- m u n d o , e i n d e p e n d i e n t e m e n t e de l a aserción q u e se haga de él.
t o d e l i n t e r l o c u t o r . N o niego q u e u n a evolución semántica llevó E n c a m b i o , el acto de souhait, q u e n o existe más q u e en l a e m i -
al v e r b o souhaiter a t o m a r , •pot^^^^^^^^^^^^^^éi valor sión e n l a que se realiza, pertenece típicamente a L : L realiza e l
«efectuar e l acto q u e se puede "efectuar, en p a r t i c u l a r , diciendo acto de souhait asertando q u e X desea. Sólo c u a n d o releemos l a "
a a l g u i e n Je te souhaite...». Y , u n a vez q u e esta derivación sé fórmula a t r i b u y e n d o a l v e r b o souhaiter s u senti d o segundo, sólo
p r o d u j o resultó posible releer l a fórmula d a n d o a souhaiter este entonces p r o p e n d e m o s simultáneamente a c o m p r e n d e r e l yo
nuevo sentido, c o n l o q u e se acabó percibiéndolo c o m o l a aser- como u n a designación de L , es decir, d e l sujeto d e l acto de sou-
ción d e l c u m p l i m i e n t o de u n acto. Pero n o es esta aserción Wm hait. Se t r a t a de u n a especie de ilusión r e t r o a c t i v a d e b i d a a l he- \
que consta en e l o r i g e n de l a eficacia pragmática de l a formula.__ | cho de q u e l a fórmula fue Hntarl^ rfc j i p a pfínania i]r^ t<- ria p e r o 11 > #
(N.B.—Récanati objetó a esta explicación q u e e l v e r b o sou- que n o explica esta eficacia.
haiter, acompañado de u n d a t i v o , n o puede si gni fic a r más que I Es evidente que esta tesis sobre los p e r f o r m a t i v o s se enlaza
el c u m p l i m i e n t o d e l acto de souhait, y jamás e l deseo. Pero en con l a d i f e r e n c i a q u e i n t r o d u j e e n t r e l a mostración de l a enuncia-
l a práctica e n c o n t r a m o s empleos de souhaiter que s o n p u r a ^ . . ción, que c o n s t i t u y e g l o b a l m e n t e el s e n t i d o , y las diferentes
m e n t e psicológicos y que n o obstante v a n acompañados de un' aserciones sobre e l m u n d o q u e se r e a l i z a n a través de l a cualifi-
d a t i v o . E n El avaro, p o r e j e m p l o , escena 7 d e l ac t o I I I , Cleonte J cación de l a enunciación. Que l a asunción de u n a fórmula tenga
dice a M a r i a n a , q u i e n según los planes de Harpagón habrá de 1 la eficacia necesaria p a r a e l c u m p l i m i e n t o d e l acto de souhait,
e|t° es l o q u e e l e n u n c i a d o m u e s t r a sobre l a enunciación, y e l
SÍ&1 eto d e
este a c t o n o puede ser más q u e el l o c u t o r v i s t o e n s u
* E l verbo souhaiter se u t i l i z a en fórmulas de salutación, b u e n augu- I
r i o , etc. N o teniendo como t a l equivalente preciso en castellano, l o tradu- | papel de l o c u t o r , es d e c i r , c o m f i j x s p o i ^ ^ Pero
cimos p o r 'desear', con comillas simples, pero a continuación l a mención | cuando l a aserción c o n t e n i d a én esta fórmula, y que concierne..,,
directa de «desear» o «deseo» responde a l empleo de désirer o désir en 1
el original. [ T . ] aJ_jnundo, t o m a p o r o b j e t o a l ser p a r t i c u l a r d e l m u n d o que, en-
. - Sí
1 r,
208 Í8. E S B O Z O DE U N A T E O U A P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I ) N 209
ENUNCIACI
^ t r e o t r a s p r o p i e d a d e s , tiene l a de s e r L , de q u i e n se trata es de ;
íla enunciación aparecí c o m o s i expresara s u p u n t o l e v i s t a , tj§*V
L pertenece a l c o m e n t a r i o de l a enunciación efectuado gío|a posición, s u a c t i t u d , p t r o n o , en el s e n t i d o m a t e r i a l c e l término, )
sus m a n i f e s t a c i o n e s concretas. v
. y ,.
m e n t e p o r el s e n t i d o , \e a l a descripción d e l ¡nundc
- cha p o r las aserciones i n t e r i o r e s a este s e n t i d o . L o caractéffs 1 P a r a d e f i n i r l a nociSn d e l e n u n c i a d o r j d i j e en ocasbnes (véase ^"jQp
co de los p e r f o r m a t i v o s l l a m a d o s « e x p l í c i t o s » es que aserción D U C R O T y o t r o s [1981] c a p . í ) que son los sujetos de a c t o s üocu- ^
sobre X s o n u t i l i z a d a s en ellos p a r a m o s t r a r l a s modalidades"* t o r i o s elementales, e n e n d i e n d o por" ello esos pocos actos m u y ¡ j '
gún las cuales l a enunciación es a s u m i d a p o r L . "generales m a r c a d o s er l a e s t r u c t u r a de l a frase (animación, re-
p u l s a , interrogación, ircitación, souhait, exclamación). Definición ^
que i n f o r t u n a d a m e n t e es difícil de i n t r o d u c i r en l a leoría de l a _ v
¿ X I I I . Señalé y a u n a p r i m e r a f o r m a de ¿olifonía/'cuandQ|
d i q u e I n e x i s t e n c i a de dos l o c u t o r e s d i s t i n t o s e n el caso de enunciación q u e acabo de p r o p o n e r . Para mí, en efecto, realizar
bje enunciación»;' fenómeno p o s i b i l i t a d o p o r e l hecho d e ^ u e . e l u n a c t o i l o c u t o r i o es, de u n a m a n e r a general, «presentar l a p r o -
l o c u t o r es u n ser de d i s c u r s o , q u e p a r t i c i p a de ésa imagen del pia enunciación c o m o >i obligara...»; y en l a presente exposición
enunciación a p o r t a d a p o r el e n u n c i a d o . L a noción de /elmñcTac" sÓIÓ a l s u j e t o h a b l a n t e l e reservé el c u m p l i m i e n t o de actos i l o c u -
m e permitirá d e s c r i b i r u n a segunda * f o r m a , m u c h o más fre. t o r i o s : a l elegir u n enunciado él «presenta s u enunciación como
cuente. E n e l e j e m p l o de eco t o m a d o p o c o antes, alguien hahíjjr si""obligara...». Para ¿tribuir actos i l o c u t o r i o s a l e n u n c i a d o r ,
" p r o n u n c i a d o las p a l a b r a s «rne duele», y u n a segunda persona y p u e s t o q u e l a existencia de u n e n u n c i a d o r pertenece a l a ima-
las había r e t o m a d o d i c i e n d o «me duele: n o creas que c o n eso gen q u e e l e n u n c i a d o d a de l a enunciación, habría q u e d eci r :
m e ablandarás», o p e r a n d o e n s u d i s c u r s o u n desdoblamiento «el e n u n c i a d o a t r i b u y e a l a enunciación l a p r o p i e d a d de ser pre-
d e l l o c u t o r ^ c u y o índice es e l c a m b i o de r e f e r e n t e d e l p r o n o m . sentada p o r u n e n u n c i a d o r c o m o 1) l a suya, 2) s i obligara,...».
b r e yo). Pero inás f r e c u e n t e todavía es oír e n u n discursó'la'voz* Pero esta fórmula es escasamente i n t e l i g i b l e . Cuesta entender,
de a l g u i e n q u e n o t i e n e las p r o p i e d a d e s q u e reconocí y o l a ^ l o c ^ sobre t o d o , cómo se podría a t r i b u i r l a enunciación a u n enuncia-
t o r . E n l a escena 1 d e l acto I de Britannicus, Ágripina i r o n i z a so- d o r c u a n d o éste, a d i f e r e n c i a d e l l o c u t o r , n o se define en rela-
b r e l a s p a l a b r a s de s u confidente A l b i n a , q u i e n a t r i b u y e a la vir- ción c o n l a o c u r r e n c i a de p a l a b r a s (no se le a t r i b u y e n i n g u n a
t u d el c o m p o r t a m i e n t o i n d e p e n d i e n t e de Nerón. A g r i p i n a : manifestación [parole], en el s e n t i d o m a t e r i a l d e l término). I n -
capaz p o r a h o r a de r e m o n t a r estas dificultades en e l m a r c o de
Y este mismo Nerón, a quien l a v i r t u d conduce, una construcción teórica, m e conformaré c o n efectuar algunas
Hace r a p t a r a Junia en m i t a d de l a noche. comparaciones, p r i m e r o c o n el t e a t r o y después c o n l a novela. \
Diré q u e el e n u n c i a d o r es a l l o c u t o r l o q u e e l personaje es a l )><\^/'
Está c l a r o q u e este e n u n c i a d o , y p a r t i c u l a r m e n t e l a proposición
autpr\l a u t o r pone eñ escena personajes que, e n l o que deno-
r e l a t i v a , está d e s t i n a d o a expresar, n o e l p u n t o de v i s t a de Agri-
miné (véase párrafo I I I ) , siguiendo a Anne R e b o u l , u n a «primera /¡¿t
p i n a sino e l de A l b i n a , q u e queda así r i d i c u l i z a d o . Está claro
manifestación» [premiére parole], ejercen u n a acción lingüística
a s i m i s m o que en e l d i s c u r s o de A g r i p i n a todas las m a r c a s de l a
y extralingüística, acción que no es a s u m i d a p o r el p r o p i o a u t o r . 1
p r i m e r a p e r s o n a l a designan a ella, y m e o b l i g a n así a i d e n t i f i c a r -
Pero éste puede, en u n a «segunda manifestación» [seconde paro-
l a c o n e l l o c u t o r ( s i e n los versos q u e he citado se i n t r o d u j e r a u n a T
le], d i r i g i r s e a l públicoi a través de l o s personajes, y a sea que se 2 ^ -
m a r c a de p r i m e r a persona, p o r e j e m p l o u n «sin avisarme», el me
asimile a t a l o c u a l d e ellos, d e l q u e parece j u g a r d e represen- 1 A v^ ^^ t
remitiría también a A g r i p i n a ) . D e aquí l a idea de q u e e l sentido
t a n te (cuando el t e a t r o es d i r e c t a m e n t e didáctico), y a sea que f
I* d e l e n u n c i a d o , en l a representación q u e éste da de l a enunciad
aparezca c o m o significEativo el hecho m i s m o de q u e l o s persona-
án
i ¿} > puede h a c e r aparecer voces q u e n o son las de u n l o c u t o r .
jes hablen y se c o m p o i r t e n de t a l o c u a l m a n e r a . Análogamente,
Llamo denunciadores» a esos seres q u e supuestamente s é éxprgr el loc u t or, responsable; d e l e n u n c i a d o , d a existencia p o r m e d i o
y\C*D* S A N Y a t r a é s d e l a
enunciación, s i n q u e p o r ello se les a t r i b u y a n de éste a u n o s enunciacdores cuyos p u n t o s de v i s t a y acti tu d es él
p a l a b r a s precisas; s i ellos «hablan», es sólo e n el sen ti do de q u e V
n A
210 ENUNCIACION 8. ESBOZO DE UNV T E O R I A P O L I F O N I C A DE LA ENUNCIACION 211
organjza.._Y su posición p r o p i a puede manifestarse ya sea por- r i o es u n locutor, de suerte que u n sujeto hablante, de profesión
que éí se asimile a t a l o cual de los enunciadores, tomándolo p o r comerciante, pronuncia unos yo que r e m i t e n a D o n Diego, señor
representante (el e n u n c i a d o r es entonces actualizado), y a sea español. Más aún, l a p o s i b i l i d a d de u n a doble enunciación (véa-
simplemente p o r q u e h a elegido h a c e r l o s aparecer y porque su se párrafo X I ) ligada a la distinción entre sujeto hablante y lo-
aparición r e s u l t a significativa, a u n c u a n d o él n o se asimile a ellos cutor, explica que el m i s m o ser, en l a escena, en ocasiones puede
(la existencia d i s c u r s i v a que se les da de esta manera, el hecho hablar a la vez como personaje y como representante d e l perso-
de que alguien t o m e u n a c i e r t a posición da peso a esta posición, naje, haciendo, por ejemplo, comentarios sobre s u r o l : en u n a
incluso p a r a aquel que n o l a asume c o m o p r o p i a : p o r l o demás, parodia del Cid, el representante de D o n Diego puede, en el pro-
¿hay o t r o peso posible p a r a u n c o n t e n i d o lingüístico ligado a pa- pio i n t e r i o r de la o b r a , quejarse de que su compañero le abofeteó
labras cuyo v a l o r intrínseco es i m p o s i b l e de fijar o circunscri- con u n a m a n o excesivamente pesada. D i s t i n g u i r e m o s entonces:
b i r ? ) . H a s t a podríamos e x t r e m a r e l p a r a l e l o : así como el enun- . 1. el comediante X , sujeto h a b l a n t e ;
ciador n o es responsable d e l m a t e r i a l lingüístico utilizado, que 2. u n p r i m e r l o c u t o r p a r a el c u a l reservo e l término de «ac-
4 se i m p u t a a l l o c u t o r , de i g u a l m o d o a l personaje t e a t r a l no se le tor», definido por el hecho de desempeñar d e t e r m i n a d o r o l par-
i i m p u t a t o d a l a m a t e r i a l i d a d d e l texto escrito p o r el a u t o r y d i - t i c u l a r , y que puede decir yo en cuanto t i t u l a r de este r o l ;
s cho p o r los comediantes. S i p o r e j e m p l o en Las mujeres sabias, 3. u n segundo l o c u t o r , el personaje i n t e r p r e t a d o p o r e l ac-
M o l i e r e y los comediantes se expresan en verso, está b i e n claro tor, personaje que se designa igualmente a sí m i s m o p o r yo.)
que los personajes representados h a b l a n h a b i t u a l m e n t e en pro- r — s, >*¿
sa. Y cuando en d e t e r m i n a d o m o m e n t o el personaje Trissotín X I V . L a teoría d e l r e l a t o presentada por/ GENETTE J l 9 7 2 ) m e
recita unos versos, esto debe v e n i r i n d i c a d o p o r u n a dicción par- suministrará"úna segunda comparación p a r a i n t e n t a r hacer com-
t i c u l a r d e l comediante y donde e l a u t o r h a u t i l i z a d o u n a f o r m a prender m i distinción entre el l o c u t o r y el enunciador. E n efecto,
de versificación p a r t i c u l a r . está teoría m u e s t r a en el relato dos tipos de instancias n a r r a t i -
( I n s i s t o e n subrayar que l a aproximación d e l p a r locutor/ vas que corresponden en muchos aspectos a l o que yo itiqueté,
enunciador y d e l p a r a u t o r - j - comediante/personaje concierne éñ él estudio del lenguaje o r d i n a r i o , como «locutor» y «enuncia-
solamente a l papel que desempeñan los dos pares en estos modos dor». E l correlato d e l l o c u t o r es el n a r r a d o r , que Genette opone 'o^.
de comunicación que son el lenguaje t e a t r a l y el lenguaje n o tea- aTautor de la "misma m a n e r a que y o opongo el l o c u t o r a l sujeto
t r a l : a m i entender, poseen l a m i s m a función semiológica.. Su- hablante empírico, es decir, a l p r o d u c t o r efectivo del enunciado.
( n a
pongamos ahora que se deje de lado este p u n t o de v i s t a semio- E¿. a u t o r de u n relato (novelista o cuentista) pone en p r i m e r
lógico y se describa l o que sucede en l a escena, n o c o m o u n phmo^según Genette, a l n a r r a d o r ^ responsable del relato, y q u e
m o d o de comunicación específica sino como u n a utilización más tiene características t o t a l m e n t e d i s t i n t a s de aquellas que l a
*¿ Ü
del lenguaje o r d i n a r i o , a l m i s m o título que u n a conversación o h i s t o r i a l i t e r a r i a o l a psicología de la creación novelística deben
que u n discurso político. Habrá que considerar entonces a j o s reconocer a l a u t o r . Señalaré tres, de las cuales sólo desarrolla
personajes, ya que son los referentes de los yo pronunciados Genette l a p r i m e r a . 3 CJbTQck
sobre l a escena, c o m o locutores, apareciendo esta vez el autor Ésta p r i m e r a característica, en l a que apenas m e detendré, &&JL t - J .
i y los comediantes como sujetos hablantes. I n c l u s o en el lenguaje concierne a l a a c t i t u d d e l n a r r a d o r respecto de los aconteci-
o r d i n a r i o , l a distinción entre l o c u t o r y sujeto h a b l a n t e hace, mientos relatados. M i e n t r a s que el a u t o r imagina o inventa esos, \
apto a este lenguaje p a r a la utilización p a r t i c u l a r q u e hace de él acontecimientos, el n a r r a d o r los refiere, con l o que significo p o r ^ ) DoVrta
e l t e a t r o : l o p r o p i o d e l t e a t r o , comparado c o n e l relato p u r o , es ejemplo o b i e n q u e reproducé recuerdos (presuntos) — e n el caso >\A-r£.
decir c o n el relato s i n diálogo t r a n s m i t i d o e n estilo directo, de u n relato e n t i e m p o pasado—, o b i e n que da u n a f o r m a l i n - j c t r ^ e *
es que l a función semiológica de enunciador l a c u m p l e u n s e r r e l güística a l o q u e se considera que él vive o constata — e n ciertos f*>A*±J
personaje, que en l o que respecta a l empleo d e l l e n g u a j e ordTna- relatos escritos en presente.
M . r t p\e ]
4 fe:
212 ENUNCIACIO' 8. ESBOZO DE U N A TEORCA P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I O N 213
A
£• / Insistiré más sobre u n a segunda d i f e r e n c i a e n t r e el narrador «que habla», m i e n t r a s que el centro de perspectiva es e l «que
/ X el a u t o r , d i f e r e n c i a que tiene vinculación c o n l a primerárSe ve». Y c i t a numerosos ejemplos donde los dos roles n o p u e d e n
j j J ^ Y t r a t a de s u relación c o n el t i e m p o . E n s u e s t u d i o d e l tiempo gra- ser a t r i b u i d o s a u n ser único. Por ejemplo, e n En busca del
<
' m a t i c a l , W E I N R I C H ( 1 9 6 4 ) observa q u e las novelas de anticipa- tiempo perdido e l n a r r a d o r ofrece u n a visión de los aconteci-
ción se escriben s i e m p r e e n u n t i e m p o g r a m a t i c a l del pasado (a m i e n t o s q u e cuenta qus no puede ser n i l a suya e n el m o m e n t o
m i j u i c i o l o i m p o r t a n t e es solamente q u e exista esa posibilidad). en que c u e n t a l a h i s t o r i a n i l a del i n d i v i d u o designado p o r yo,
S i escribo h o y u n a novela sobre e l año 2 0 0 0 , nada m e i m p i d e co- es decir, e l ser que él era en el m o m e n t o en que vivía l a h i s t o r i a :
menzar: « E n esa época F r a n c i a era u n desierto que se disputa- la visión r e f e r i d a p o r el n a r r a d o r r e s u l t a ser a veces l a de S w a n n
ban...». E n ocasiones se ve aquí u n a extravagancia o u n a para- o l a de Gharlus, y esto aunque el p r o p i o n a r r a d o r quede i d e n t i -
doja, pretextándose que el a u t o r , m i e n t r a s escribe e n tiempo ficado, p o r m e d i o de l a p r i m e r a persona, c o n o t r o personaje d e l
pasado, n o busca d i s i m u l a r que h a b l a de su f u t u r o . Pero la r e l a t o . E s t a situación me parece cercana a l a que he i n t e n t a d o
p a r a d o j a desaparece n o b i e n se h a d i s t i n g u i d o e n t r e autor y d e s c r i b i r , a n i v e l d e l enunciado, diciendo que el l o c u t o r presenta ,
n a r r a d o r . P o r q u e e l t i e m p o g r a m a t i c a l u t i l i z a d o puede m u y biéñ u n a enunciación — d e la que se declara responsable— c o m o s i
! n o t o m a r p o r p u n t o de referencia el m o m e n t o e n que el autor" expresara a c t i t u d e s cuya r e s p o n s a b i l i d a d él puede recusar. E l
¡ escribe, sino aquel e n que e l n a r r a d o r r e l a t a , y el autor, que l o c u t o r h a b l a en el sentido en que el n a r r a d o r cuenta, es d e c i r
v i v e en 1 9 8 5 , puede i m a g i n a r a u n n a r r a d o r que v i v e en e l año** que aparece c o m o l a fuente de u n discurso. Pero las actitudes
[ 3 0 0 0 y c u e n t a l o que sucedió e n e l año 2000,^ expresadas en este discurso pueden ser a t r i b u i d a s a enunciado-
Esta distinción e n t r e el n a r r a d o r (equivalente l i t e r a r i o de res de los que él se distancia; c o m o los p u n t o s de v i s t a manifes-
m i «locutor») y e l a u t o r ( q u e corresponde a l o q u e h e llamado tados e n el r e l a t o pueden ser los de sujetos de conciencia ajenos
éí «productor efectivo», y e x t e r i o r a l r e l a t o c o m o e l p r o d u c t o r es al n a r r a d o r . " c '
i e x t e r i o r a l sentido d e l enunciado) p e r m i t e i n c l u s o — y he aquí la Para i l u s t r a r esta relación entre el ienunciador y e l c e n t r o de
t e r c e r a d i f e r e n c i a que quería señalar— hacer c u m p l i r e l acto_de p e r s p e c t i v a comentaré las p r i m e r a s líneas de La educación sen-
narración p o r alguien de q u i e n se dice a l m i s m o t i e m p o que no timental, consagradas a l a p a r t i d a d e l b a r c o que v a a r e m o n t a r
ftP existe. Q. q u e i y a n o existe^ S i p a r a e s c r i b i r es preciso ser, esto no el Sena a r r a n c a n d o de París, y que lleva a b o r d o a Frédéric
es necesario p a r a c o n t a r . De ahí esos relatos e n p r i m e r a persona M o r e a u : « E l 1 1 de s e p t i e m b r e de 1 8 4 0 , a las seis de l a mañana,
dónde se cuenta l a m u e r t e d e l personaje designado p o r esa p r i - el Ville-de-Montereau, próximo a z a r p a r , echaba gruesos remo-
m e r a persona, c o m o e n el film de W i l d e r Sunset Boulevard, film linos de h u m o ante el m u e l l e Saint-Bernard». Sigue u n a descrip-
n a r r a d o p o r u n personaje que m u e r e s i n e m b a r g o poco antes del ción d e l m u e l l e c o n pretensión de t o t a l m e n t e «objetiva» y hace
f i n a l . L a existencia empírica, p r e d i c a d o necesario d e l a u t o r , puede aparecer, sirviéndose de unas cuantas acotaciones aisladas e
ser rehusada a l n a r r a d o r . Por l o m i s m o que este último es uírf ser inconexas, los empujones y l a animación general que preceden
. f i c t i c i o , i n t e r i o r a l a o b r a , s u p a p e l se a p r o x i m a a l que he atri- a l a p a r t i d a . Descripción que r e s u l t a i n t e r r u m p i d a p o r el enun-
I Guido a l l o c u t o r , que p a r a mí es u n ser de discurso, pertene- ciado que v o y a c o m e n t a r d e t e n i d a m e n t e : « P o r fin l a nave zarpó;
. ' j cíente a l sentido d e l enunciado y que corresponde a l a descrip- y las dos o r i l l a s , pobladas de tiendas, talleres y fábricas, f l u y e r o n
| cióñ que el enunciado efectúa de s u enunciación. como dos anchas c i n t a s desenrollándose». - ^
A l e n u n c i a d o r puedo hacerle corresponder i g u a l m e n t e u n o de E n c u e n t r o e n este e n u n c i a d o a l menos dos marcas que mues-
los yoles propuestos p o r Genette. Haré u n paralelo e n t r e él y " * t r a n l a presencia de u n personaje que n o es e l n a r r a d o r (supon-
Ü l o que Genette l l a m a a veces .«centro de perspectiva» (el «sujeto dré p o r c o m o d i d a d q u e h a y aquí u n n a r r a d o r , l o c u a l d i s t a de
K ^ t A ^ d e conciencia» de los autores americanos), es decir, l a persona™ ser evidente). L a p r i m e r a es el por fin, que n o sirve únicamente
/f ;i4gf de cuyo p u n t o de v i s t a se p r e s e n t a n los aconteriTpiej^«:nBii-rq para i n d i c a r que c i e r t o a c o n t e c i m i e n t o es el término de u n desa-
, ' d i s t i n g u i r l o ' d e l n a r r a d o r , Genette dice que e l n a r r a d o r es el r r o l l o cronológico ( c o m o resultaría en Llegó Pedro, después
4--to <VX'
I
214 ENUNCIACION 8. ESBOZO DE U N A TEOFIA P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I O N 215
Juan y por fin Pablo). Tiene además u n valor exclamativo: es ción figurativa. Para ellos, u n discurso irónico consiste siempre ,- asi-.
la interjección de alguien que ve cesar u n a espera demasiado en hacer decir, por alguien d i s t i n t o del locutor, cosas evidente-
larga; hace oír el suspiro de u n e n u n c i a d o r a quien, retomando mente absurdas, o sea en hacer oír u n a voz que no es l a del lo- i "y
lo que dije sobre la exclamación y l a expresividad, ese suspiro c u t o r y que sostiene lo insostenible. Es posible que m i presenta-
le es «arrancado» p o r la situación. A h o r a bien, ese enunciador, ción de l a tesis de Sperber y W i l s o n sea u n t a n t o infiel, pues he
que debe asistir a la escena descrita, que debe v i v i r l a , es a todas s u s t i t u i d o s u expresiór. o r i g i n a l «mencionar u n discurso» p o r l a
luces d i s t i n t o del n a r r a d o r , q u i e n p o r su p a r t e n o tiene ninguna expresión «hacer oír una voz». Pero s i he procedido a esta sus-
razón para impacientarse n i p a r a s u s p i r a r . titución es p o r q u e el término «mencionar» me parece ambiguo.
Segundo i n d i c i o de u n a s u b j e t i v i d a d que no es la del narra- Puede significar que la ironía es u n a f o r m a de discurso trans-
dor, la metáfora que cierra el enunciado: «las dos orillas (...) m i t i d o . A h o r a bien, con este sentido d e l verbo mencionar la
fluyeron como dos anchas cintas desenrollándose». Para ver «de- tesis de Sperber y Wilson es prácticamente inadmisible, p o r q u e
senrollarse» las orillas hay que m i r a r l a s desde u n p u n t o muy nada tiene de irónico comunicar que alguien h a p r o n u n c i a d o
p a r t i c u l a r , el puente posterior d e l barco. Desde este lugar, en u n discurso absurdo. Para que nazca la ironía es preciso que
efecto, y sólo desde él, p o r u n a p a r t e ve u n o los dos muelles desaparezca toda marca de transmisión, hace falta «hacer cómo
a la vez y p o r o t r a , o b s t r u i d a la vista río abajo p o r la isla Saint- si» este discurso fuera realmente pronunciado, y p r o n u n c i a d o en
Louis y p o r la isla de la Cité, estos muelles «se alargan» a me- la enunciación m i s m a . Idea que p r o c u r o plasmar diciendo que el
dida que el barco se aleja de las islas. Como j u s t o después del l p c u t o r «hace oír» u n discurso absurdo, pero que l o hace oír
pasaje que acabo de analizar el n a r r a d o r presenta a Frédéric como s i fuera el discurso de o t r o , como u n discurso distan-
Moreau contemplando París, en la parte trasera del barco, es casi ciado.^
automático a t r i b u i r l e , en u n a lectura retroactiva, la visión de las M i tesis —más exactamente, m i versión de l a tesis Sperber- -v/e,"s^J^
orillas que se desenrollan y , yendo u n poco más atrás e n el W i l s o n — se formularía cómodamente mediante lá distinción
texto, l a impaciencia del por fin. Se verá en este ejemplo, lo entre el l o c u t o r y los enunciadóres. Hablar d " m a n a r a i , r á n i c a j y S s ^
espero, cuan próximas están la noción de enunciador y l a de equivale, para u n l o c u t o r L, a presentar la enunciación como s i \
v
centro de perspectiva: ellas sirven para hacer aparecer en eí expresara la posición de u n enunciador Exposición que p o r o t r a \ ,
ajv-x}-^'-j enunciado u n sujeto diferente no sólo de aquel que de hecho parte se sabe que el l o c u t o r L no t o m a bajo su responsabilidad j v
" <¿
habla [novelista/sujeto h a b l a n t e ] sino también de aquel que se y que, más aún, la considera absurda. S i n dejar de aparecer y
dice que habla [ n a r r a d o r / l o c u t o r ] . como el responsable de la enunciación, L no es homologado c o n
E, origen del p u n t o de vista expresado en l a enunciación. De
X V . P r i m e r ejemplo destinado a m o s t r a r la pertinencia lin- éste m o d o la distinción entre l o c u t o r y enunciador p e r m i t e
güística de la noción de enunciador: la ironía. La descripción que explicitar el aspecto paradójico de la ironía que Berrendonner
voy a efectuar de ella se i n s p i r a de cerca en el artículo, m u y puso en evidencia: p o r u n lado l a posición absurda es directa-
i m p o r t a n t e para mí, del SPERBER-WÍLSON ¡(1978) y en el capítulo mente expresada (y n o t r a n s m i t i d a ) en l a enunciación irónica,
5 de BERRENDONNER ( 1 9 8 1 ) . Suele juzgarse l a ironía como una y a l m i s m o t i e m p o n o es puesta a cargo de L, ya que éste es
;>
V'vt e ' . ' f ° r m a
de antífrasis: se dice A para dar a entender no A, enten- responsable solamente de sus propias manifestaciones, siendo
t x(
, ,'.,diéndose que el responsable de A y el de no A son idénticos. Se a t r i b u i d o s a o t r o personaje, E, los puntos de vista expuestos en
trataría, pues, de u n a figura que modifica u n sentido l i t e r a l las manifestaciones. Para d i s t i n g u i r Ja_Jronia de l a negación—de j¿
p r i m i t i v o para obtener u n sentido derivado (como l a l i t o t e trans- la que hablaré después—/añadiré que en l a ironía es esencial
f o r m a u n sentido «un poco» l i t e r a l en u n sentido «mucho» de- que L no ponga e n escena a o t r o enunciador, E', quien p o r su
rivado), siendo la única diferencia que la transformación irónica parte sostendría el p u n t o de vista razonable. Si L debe m a r c a r
es una inversión total. Sperber y Wilson rechazan esta concep- que él es d i s t i n t o de E , lo hace de u n a f o r m a m u y diferente,
/1 i r
¿
216 ENUNCIACION 8. ESBOZO DE U N A TE02.1 A P O L I F O N I C A DE LA ENUNCIACION 217
r e c u r r i e n d o p o r ejemplo a u n a evidencia situacional, a entona- c o n dos personas diferentes a l l o c u t o r de l a enunciación y ..al A
ciones particulares, y también a ciertos giros especialmente e n u n c i a d o r que se expresa en esta enunciación. </
irónicos (como «¡Muy bonito!», «¡Casi nada!», etc.). E n los dos ejemplos que preceden el enunciador es homo-
Ayer le anuncié que Pedro vendría a v e r m e hoy y usted se logado c o n u n a persona concreta, y en ambos casos con el alo-
negó a creerme. H o y , mostrándole a P e d r o efectivamente pre- c u t a r i o . Pero l a homologación puede p o n e r en juego a alguien,,
sente, puedo decirle a usted de m a n e r a irónica: « Y a lo ve, Pedro d i s t i n t o d e l alocutario, como sucede en el caso de l a autoiro-,•.
no v i n o a verme». Esta enunciación irónica de l a que me hago nía, cuando u n o se b u r l a de sí m i s m o . Y o le había predicho que
responsable en cuanto l o c u t o r (el me m e designa a mí), la pre- h o y llovería, y como hace u n t i e m p o espléndido m e veo tentado
sento como l a expresión de u n p u n t o de v i s t a absurdo, absur- de b u r l a r m e de m i s propios conocimientos meteorológicos: mos-
d i d a d cuyo enunciador no soy y o y que e n este caso amenaza trándole el cielo azul, le hago a u s t e d n o t a r «ya l o ve usted,
incluso con ser u s t e d (lo que aquí t o r n a agresiva l a ironía es llueve». E l enunciador ridículo se homologa aquí conmigo mis-
esta asimilación del enunciador a l a l o c u t a r i o ) : le hago afirmar, m o , l o cual parece contradecir l a descripción de l a Ironía pro-
a usted en presencia de Pedro, que Pedro n o está aquí. puesta poco antes. E n realidad, l a solución salta inmediatamente
Para i l u s t r a r m e j o r m i concepción quisiera aplicarla ahora no b i e n se acepta l a distinción entre L y X (véase párrafo X I I ) . E l
a u n ejemplo menos artificial (o m e j o r dicho, cuyo artificio es ser a q u i e n L, responsable de l a enunciación y de ella sola, homo-
• c ' y independiente del afán de exponer m i teoría). Se t r a t a de u n loga con el sujeto enunciador desde el p u n t o de vista absurdo, es
V
VJ -"' «chiste», citado y analizado en F O U Q U I E R ( 1 9 8 1 ) . E n u n restau- XTel meteorólogo ignorante que se h a m e t i d o a predecir el t i e m p o
r a n t e de l u j o , u n cliente está sentado a u n a mesa con la única sin tener competencia para ello. Pero precisamente L, en tanto
compañía de su p e r r o , u n pequeño teckel. E l dueño viene a darle que es el responsable de l a enunciación y elige el enunciado, no
charla y alardea de l a elevada categoría del restaurante: «Verá elige hacer acto de meteorólogo: l o que se entiende que hace es
usted, caballero, nuestro chef es el antiguo cocinero del rey u n acto de b u r l a , y l o hace presentando u n a previsión c u m p l i d a
Faruk» - «¿Ah, sí?», dice simplemente el cliente. E l dueño, p o r u n enunciador del que él se distancia en el i n t e r i o r de su
sin desanimarse: « Y nuestro bodeguero es el antiguo bodegue- p r o p i o discurso ( a u n cuando tenga que identificarse con él en
r o de l a corte de I n g l a t e r r a . . . E n cuanto a nuestro pastelero, el m u n d o ) . De ahí el interés estratégico de l a autoironía: L saca
hemos tomado a l del emperador Bao-Dai.» Ante el m u t i s m o d e l provecho de las sandeces de X, provecho que enseguida X apro-
cliente, el dueño cambia de conversación: «Tiene usted, caba- vecha p o r contragolpe, y a que L es u n a de sus múltiples figuras.
llero, u n teckel m u y bonito.» A l o que el cliente responde: « M i Por l o demás, n i siquiera es necesario que el enunciador ab-
teckel, señor, es u n antiguo San Bernardo.» Para d e s c r i b i r esta surdo sea asimilado a alguien concreto. L o esencial es que esté
respuesta d e n t r o del marco que he propuesto, h a y que a d m i t i r claro que el l o c u t o r n o asume p o r su cuenta n i n g u n a de las po-
que el cliente, tomado como el l o c u t o r L, hace expresar p o r u n siciones expresadas en su enunciado. Creo que se podría defi-.
enunciador, asimilado a l dueño, l a opinión sobre el pasado del n i r el h u m o r como u n a f o r m a de ironía que no se l a t o m a con
teckel. U n análisis más minucioso debería precisar qué está nadie, en e l sentido de que el enunciador ridículo no tiene en
marcando aquí l a homologación del enunciador c o n el a l o c u t a r i o : ella u n a i d e n t i d a d especificable. L a posición visiblemente insos-
una de las marcas posibles sería la identidad de e s t r u c t u r a se- tenible que el enunciado presuntamente manifiesta aparece, p o r
mántica entre l a enunciación irónica y las que el dueño había decirlo así, «en el aire», s i n soporte. Presentado como el res-
efectuado antes p o r cuenta p r o p i a , es decir, y con a r r e g l o a m i ponsable de u n a enunciación donde los puntos de vista n o son
terminología, de manera seria (entendiendo con ello que, l o c u t o r a t r i b u i d o s a nadie, el l o c u t o r parece entonces exterior a l a si-
de las enunciaciones, se asimilaba también a s u e n u n c i a d o r ) . tuación de discurso: definido p o r l a simple distancia que él
|, Decir que l a . respuesta del cliente es irónica equivale a decir, establece entre él m i s m o y su habla, se coloca fuera de contexto
| entre otras cosas, que para i n t e r p r e t a r l a es preciso h o m o l o g a r y con ello obtiene u n a apariencia de despreocupación.
218 ENUNCIACIOX
8. ESBOZO DE UNA TEORIA P O L I F O N I C A DE LA ENUNCIACION 219
. !X V I . A l r e c u r r i r al fenómeno de la ironía para ilustrar l a
dividuos diferentes para estos dos roles, no es que se inviertaN •¿•~( S , n/j
distinción entre el l o c u t o r y el e n u n c i a d o r , me expuse a l repro-
u n v a l o r semántico ya c o n s t i t u i d o : se constituye u n o , quizas pt-e
« f &'••*;' che de haber pecado c o n t r a Saussure, y de haber confundido
i n h a b i t u a l pero que no es n i más n i menos «conforme a l a len-
V-^'' \g' lengua con habla. «La ironía, se m e dirá, es típicamente uno
gua» que l a interpretación «seria» h a b i t u a l . N o hay duda de / -' + !
SV de esos juegos posibilitados p o r el habla, pero que son. subver-
que en el discurso irónico no es en el n i v e l de la lengua donde
siones o al menos deformaciones de l a e s t r u c t u r a de la lengua.
se hace l a atribución de los dos roles a comediantes diferentes,
Desde el p u n t o de vista de la lengua, preciso es a d m i t i r , en el
pero tampoco es en esté n i v e l donde se hace, en el discurso serio,
ejemplo precedente, que es el cliente, es d e c i r el i n d i v i d u o desig-
su atribución a u n comediante único.
nado p o r l a p r i m e r a persona, q u i e n asume p o r su cuenta l a afir-
mación sobre el teckel y q u i e n de esa efirmación es el sujeto ha- A esta p r i m e r a respuesta, que se l i m i t a a explorar m i con-
blante, a la vez l o c u t o r y enunciador. Si o c u r r e que en realidad cepción de l a frase y de l a significación s i n i n t e n t a r j u s t i f i c a r l a ,
esa afirmación tenga que ser a t r i b u i d a a l dueño, ello es efecto añadiré u n argumento más empírico o, para ser más exactos,
de u n a inversión que trastoca a p o s t e r i o r i el dato propiamente más directamente ligado a hechos de experiencia ( s i n que éstos, ,
lingüístico, inversión análoga a l a del juego i n f a n t i l (Yo seré la p o r supuesto, l o impongan), argumento que extraeré del fenóme- ' *
mamá y tú serás el bebé).» no de l a negación. Nadie discutirá que l a negación es u n «hecho ®Q
Para responder a objeciones de este género, señalaré p r i m e - de lengua» i n s c r i t o en la frase (caso en cambio m u y r a r o en l o
r o que descansan sobre u n a concepción de la frase (elemento que respecta a l a ironía). Ahora bien, para describir l a negación
de la lengua) diferente de l a que propuse a l comienzo. L o que m e parece interesante r e c u r r i r a l a distinción de l o c u t o r y enun-
les da una apariencia de evidencia es que se decidió ver en la ciador. E n Les mots du discours propuse describir u n enunciado
significación de l a frase algo que se asemeja enormemente a declarativo negativo, p o r ejemplo «Pedro no es amable», c o m o ?
I (
la presentación de dos actos i l o c u t o r i o s d i sti nto s. Uno, A es ,
una interpretación, es decir, a u n valor semántico completo,
susceptible de ser comunicado. E n p a r t i c u l a r , l a frase debería una aserción positiva relativa a l a a m a b i l i d a d de Pedro, el o t r o ,
indicar ya quién es el responsable de las posiciones expresadas 2 t
A , es u n rechazo de A . A h o r a bien, está claro que Aj y A n o 2
en ella, responsable que no podría ser sino el l o c u t o r , aquel q u e " pueden ser im p u t a d os a l m i s m o a u t o r . Generalmente, el enun-
es designado p o r el yo. S i el enunciado, realizado en u n a situa- 2 t
ciador de A es asimilado a l l o c u t o r , y el de A a u n personaje
ción dada, i m p l i c a o t r a imputación, sería p o r inversión de l a diferente del l o c u t o r , que puede ser o b i e n el alocutario o b i e n
significación. Yo, p o r m i parte, hice l a elección opuesta. Partien- u n tercero. E l l o c u t o r L que asume l a responsabilidad del enun-
do del hecho de que sea como fuere l a significación nunca po- ciado «Pedro no es amable» pone así en escena a u n enuncia- \
drá c o n s t i t u i r plenamente u n a interpretación (por l o p r o n t o n o 2
d o r E ! que asevera que Pedro es amable, y a o t r o , E , con q u i e n
podría especificar quién es efectivamente el l o c u t o r ) , postulé de o r d i n a r i o se homologa a L, que se opone a E ^
que había de verse en ella solamente u n c o n j u n t o de i n s t r u c c i o - A h o r a me veo obligado a r e f o r m u l a r esta tesis de Les mots
nes para l a interpretación de sus enunciados: siendo así, y a .no du discours planteándola en términos diferentes, pues ya no
hay ninguna razón para pretender que ella estipule quién es puedo a t r i b u i r a los enunciadores u n acto i l o c u t o r i o como la
| el responsable de los puntos de vista. Basta con que m a r q u e afirmación, dado que los enunciadores no están ligados a ningún ,
el lugar de ese responsable (que yo l l a m o «enunciador»), a l m i s - habla. De modo t a l que tengo que entender A y A no como | x 2
m o tiempo que marca el lugar de u n locutor, responsable de la actos, sino como p u n t o s de vista opuestos. S i n embargo, l o eseri- pj
,\, y que a l i n t e r p r e t a n t e que aspira a c o n s t i t u i r eL cial de l a descripción subsiste. Sigo sosteniendo, entonces, que •'
sentido lé~ exija encontrar i n d i v i d u o s a quienes i m p u t a r esas la mayoría de los enunciados negativos (más adelante explicaré ¡i
responsabilidades, especificando eventualmente ciertas r e s t r i c - p o r qué digo solamente «la mayoría») hacen aparecer su enun-
ciones para el c u m p l i m i e n t o de dicha imputación. A l elegir i n - ciación como el choque de dos actitudes antagónicas, u n a posi-
I
6> i-:Cy--¿Cl?n>
•• f. •
'220 8. ESBOZO DE U N A TEORIA P O L I F O N I C A DE L A E N U N C I A C I O N 221
ENUNCIACION
tiva, i m p u t a d a a u n enunciador E i , y l a o t r a , que es u n a negativa creyó o declaró que n o l o era, pero n o puedo hacer alusión a l a
2
¡ de l a p r i m e r a , i m p u t a d a a E . a c t i t u d de ese enunciador v i r t u a l y después oponerme a ella p o r
A u n suponiendo a d m i t i d o l o q u e acabo de decir sobre la m e d i o de al contrario. De donde cabe c o n c l u i r que dicho enun-
negación, de ello todavía n o se desprende que l a lengua conozca ciador tiene una presencia y u n estatuto diferentes en e l enun-
la distinción d e l l o c u t o r y e l e n u n c i a d o r , y que esa distinción ciado p o s i t i v o y en el enunciado negativo. Y m i teoría de l a nega-
deba p o r t a n t o ser i n t r o d u c i d a en l a significación de las frases ción d a cuenta de esa diferencia a l p l a n t e a r que, e n e l segundo
negativas. Porque se m e puede o b j e t a r q u e he descrito solamen- caso, e l l u g a r de ese enunciador y a está m a r c a d o e n l a frase
te u n efecto de l a negación e n e l habla, sensible ciertamente en — c u y a significación m i s m a i m p o n e personalizarlo, así fuese de
el sentido de los enunciados negativos, p e r o que no debe nada u n a m a n e r a vaga— en el m o m e n t o en que se i n t e r p r e t a e l enun-
a su e s t r u c t u r a lingüística. Este efecto se debe, continuará ar- ciado.
gumentándose, a u n a ley de discurso general según la cual cada A este análisis tomado de trabajos anteriores quisiera aña-
vez que se dice algo se i m a g i n a a a l g u i e n q u e pensaría lo con- d i r l e algunas observaciones. Y ante t o d o precisar en qué se trans- ¡
t r a r i o y a l q u e u n o se opone. L e y q u e se aplica asimismo a los f o r m a , d e n t r o d e l marco de l a concepción polifónica;, m i antigua
enunciados positivos: a l deciros «Pedro es amable», supongo distinción e n t r e negación jjpolémicá'y negación d e s c r i p t i v a (véa-
generalmente que tenéis alguna razón p a r a n o creerlo, de suerte se D U C R O T , 1972, pág. 38; M C E S C H L E R , 1982, cap. I ) . Llamé «des-
que u n a réplica h a b i t u a l consiste de vuestra p a r t e en responder- criptiva» a l a negación que sirve para representar u n estado de Ai
m e «Pero es que nunca he dicho l o contrario», l o c u a l parece cosas, s i n que s u a u t o r presente s u habla como opuesta a u n 1
d e m o s t r a r q u e m i enunciado presentaba u n enunciador diferen- discurso adverso. ( E j e m p l o : N h a preguntado a Z, que acaba' 1
te d e l l o c u t o r y q u e pretendía q u e Pedro n o es amable. Como en
dé a b r i r los postigos, qué t i e m p o hace, y Z responde: « N o hay
este caso n o es posible e x h i b i r e n el i n t e r i o r de l a frase una
u n a sola nube en e l cielo». O incluso N , que n o conoce a Pedro,
m a r c a cualquiera de ese enunciador, n o hay n i n g u n a razón, se
p r e g u n t a a Z l o que piensa de él y Z a f i r m a : « N o es inteligente».
me dirá, p a r a suponer que e l m o r f e m a no, en l a frase negativa,
Los dos enunciados se podrían parafrasear, s i n pérdida de sen-i
m a r c a l a presencia de u n enunciador d i s t i n t o d e l l o c u t o r : este
t i d o , mediante enunciados positivos «el cielo está absolutamen-'
m o r f e m a m a r c a únicamente, c o m o e l signo de negación e n las
te despejado» y «Pedro es u n imbécil»). Y opuse a esta negación
lenguas lógicas, l a inversión de u n a proposición e n s u contra-
la negación «polémica», destinada a contradecir u n a opinión
dictoria.
inversa; así sucedería si los dos enunciados negativos preceden-
: M e es preciso d e m o s t r a r entonces, para j u s t i f i c a r m i tesis, tes r e p l i c a r a n a afirmaciones de N , «todavía debe haber algunas '
fuña disimetría entre enunciados afirmativos y negativos., y hacer\ nubes en e l cielo» y «creo que Pedro es inteligente».
Iver q u e l a afirmación está presente e n l a negación de u n a ma.- H o y distingo t r e s t i p o s de negaciones. Las dos p r i m e r a s co-
nera más f u n d a m e n t a l de l o q u e l a negación está presente en l a rresponden a u n a subdivisión de l a antigua «negación polémica»,
afirmación. E n t r e los signos de esa disimetría señalaré "sola"- i 1. L l a m o [«metalingüística»" a u n a negación que contradice ..
Imente las "condiciones de empleo de l a expresión al contrarío. /los términos m i s m o s de u n habla efectiva a l a cual se opone.
Después de u n enunciado «Pedro no es amable», se puede enca- Diré que el enunciado negativo l a t o m a entonces c o n u n locutor
denar « A l c o n t r a r i o , es odioso». ¿A qué es «contrario» e l segun- que h a enunciado su. correlato p o s i t i v o . Esta negación «metalin-
do enunciado? N o a l p r i m e r o tomado en s u t o t a l i d a d , sino a l güística» p e r m i t e , p o r ejemplo, a n u l a r los presupuestos d e l posi- •
p u n t o de vista p o s i t i v o que éste, a m i j u i c i o , niega y¡ vehiculiza tivo y subyacente, c o m o sucede en «Pedro no h a dejado de f u -
a l a vez. Ahora b i e n , t a l p o s i b i l i d a d de encadenamiento queda m a r ; en realidad, n u n c a en su v i d a fumó». Este «no h a dejado de /
excluida si e l p r i m e r enunciado es positivo. N u n c a se tendrá fumar», que n o presupone «antes fumaba», solamente es posible
«Pedro es amable. A l contrarióles adorable». Cierto q u e a l decir en respuesta a u n locutor que acaba de decir que Pedro ha deja-
«Pedro es amable» generalmente doy a entender q u e a l g u i e n do de f u m a r ( p o r o t r a parte exige e x p l i c i t a r e l cuestionamiento
I
222 ENUNCIACION 8. ESBOZO D E U N A TEORIA P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I O N 223
del presupuesto anulado, bajo l a f o r m a p o r ejemplo de u n «nun- j a q u e m i descripciói de l a negación polémica, que conduce a
ca en su v i d a fumó»). Igualmente, sólo en e l marco de la refu- leer l a afirmación debajo de l a negación: l a afirmación subya-
. tación de u n locutor adverso puede tener l a negación, en lugar—- cente a l enunciado. «Pedro no h a hecho g r a n cosa» n o constituye,
"V J d e . s u efecto h a b i t u a l m e n t e « r e d u c t o r » ^ m . v a l o r amplificajlorr"" en efecto, u n enunciado francés [ o castellano] posible. E n se-
A. p-' Se puede decir «Pedro n o es inteligente, es genial», pero sólo g u i d a se advierte, empero (confío en ello, a l menos), que l a
_j/ como respuesta a u n locutor que efectivamente h a calificado a objeción n o cuadra: p o r l o m i s m o que e l elemento positivo que
Pedro de inteligente. f yo declaro subyacente a l enunciado negativo no es u n enunciado
2. Reservo ahora el término de «polémica» p a r a l a negación (es decir, u n a sucesión de palabras) i m p u t a b l e a u n locutor, sino
g| cuyo análisis recordé hace u n m o m e n t o "diciendo que corres- u n a a c t i t u d , u n a posición t o m a d a p o r u n enunciador respecto de
ponde a «la mayoría de los enunciados negativos». Aquí, e l lócü~ d e t e r m i n a d o contenido, es decir de u n a e n t i d a d semántica abs-
1
¡ O l & tór de «Pedro no es inteligente», a l asimilarse a l enunciado E 2 t r a c t a . Cuando hablo de u n a proposición subyacente a «Pedro
de la repulsa, se opone no a u n locutor sino a u n enunciador no h a hecho g r a n cosa», no se t r a t a " ae u n a proposición grama-
Ei, a l que pone"en escena en su m i s m o discurso y que puede"* t i c a l sino de u n a proposición en sentido lógico, es decir de u n
r> . j . . . ño ser homologado con el a u t o r de ningún discurso efectivóT objeto de pensamiento, de l a opinión según l a c u a l Pedro habría
i-V*. 1 L a jactítud p o s i t i v a a l a que se opone el l o c u t o r es interná~ai hecho m u c h o .
4 <?,. discurso en el cual se la discute. Esta negación «polémica» tiene— Una vez desechada esta objeción, queda p o r explicar el hecho,
B 4 s^íerHpTej u n .efecto r e d u c t o r , y mantiene los presupuestos. más que curioso y m u y c o n t r a r i o en cualquier caso a los p r i n -
íkv> 3. Para l a tercera f o r m a de negación vuelvo a m i vieja idea cipios de u n a sana economía, de que ciertas expresiones se em-
de negación descriptiva, conservándole su denominación. Aña- pleen únicamente en u n contexto negativo. Pero nótese que l a
diré solamente que l a considero u n derivado delocutivo de la fÓrrñuiá «emplearse en u n contexto negativo» puede englobar
negación polémica. Si puedo describir a Pedro diciendo «él rio" dos ideas bastante diferentes. U n a que asimila l a p o l a r i d a d ^
« « e s inteligente», es p o r q u e le a t r i b u y o l a p r o p i e d a d que j u s t i - negativa a las diversas «servidumbres» fonéticas o sintácticas
ficaría l a posición del l o c u t o r en el diálogo cristalizado subya- que i m p i d e n a t a l o cual sonido o m o r f e m a «combinarse» con
cente a l a negación polémica: decir de alguien que n o es inteli- t a l o t r o sonido o m o r f e m a . E n términos de gramática generativa,
gente es a t r i b u i r l e l a (seudo) p r o p i e d a d que legitimaría oponer- se hablaría de u n «rasgo contextual» [-Af.] que pertenecería
se a u n enunciador que h a a f i r m a d o que es inteligente. L a delo- p o r ejemplo a las expresiones gran cosa o pour autant, y que
c u t i v i d a d tiene aquí el m i s m o efecto que en el ejemplo anali- vedaría insertarlas e n u n contexto a f i r m a t i v o . Así, comparemos
zado en ANSCOMBRE (1979): decir que Pedro es u n «me-has-visto- los vocablos franceses pourtant y pour autant. Podrían atribuír-
tú», es a t r i b u i r l e e l (seudo) rasgo de carácter que mueve a plan- seles los mismos «rasgos inherentes», y en especial el m i s m o
tear sin tregua l a pre gunta «¿Me has visto tú?». ( E n el origen se v a l o r semántico de oposición ( e l de cependant) .* L a diferencia
t r a t a incluso, como demostró Anscombre, de u n a alusión a u n a estaría simplemente en que el enunciado modificado p o r pour
b r o m a m u y precisa, hecha c o n t r a ciertos actores acusados de autant debe ser negativo. De suerte que después de «Fierre est
p r e g u n t a r s i n descanso a todo el m u n d o «¿Me has visto tú en grand» [Pedro es a l t o ] se puede decir «mais il n'est pas fort
El Cid?», «¿Me has visto tú en Don Juan?», etc.) pourtant» [pero n o es fuerte s i n e m b a r g o ] , o «mais il n'est pas
I >\i segunda observación recaerá sobre los fenómenos de po-
. l a r i d a d negativa. Es sabido que en g r a n número de lenguas ciér- * Los «rasgos inherentes» que menciona el autor equivaldrían a los
V que caracterizan a los adverbios castellanos «sin embargo», «no obstante»,
y,-^ tas expresiones no pueden ser insertadas en u n enunciado afir- etc. E n cuanto a l o que a su respecto tipificaría a pour autant, que no
mativo sino únicamente en u n enunciado morfológica o semánti- tiene equivalente e n castellano, el propio autor l o indica a continua-
camente negativo. Es el caso de hacer gran cosa, mover un dedo ción: es el hecho de que en principio esta forma adverbial no podría
entrar en enunciados afirmativos, con las salvedades expuestas poco más
para ayudar, pour autant, etc. Estos hechos parecen p o n e r e n adelante. [T.]
224 ENUNCIACION 8. ESBOZO DE U N A T E O R I A P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I O N 225
fort pour autant» [ p e r o no p o r ello es f u e r t e ] , o «nais il est presencie.de ese enunciador, s i n pertenecer a l sentido m i sm o del
faible pourtant» [ p e r o s i n e m b a r g o es d é b i l ] , pero no «mais il enunciada t a l cómo emana de las inst.rucciones...jiga^s_jí^la
est faible pour autant» [ p e r o es débil p o r e l l o ] . significación de l a frase, es simplemente tenido como posible.,
De todas formas hay u n a segunda solución, aunque no l a jus- p o r el locutor en el m o m e n t o de h a b l a r . L o cual se evidencia,
tificaré aquí específicamente; sólo mostraré que es fácil f o r m u - p o r ejemplo, en este pasaje de u n artículo de Le Monde: «La
l a r l a en l a teoría polifónica de l a negación. Consiste en decir R.A.T.P. demande un renforcement des mesures de sécurité
que pour autant tiene el m i s m o v a l o r semántico que de ce fait dans le metro. Pour autant une action efficace releve aussi de la
[ p o r e s t e h e c h o ] , pour cette raison [ p o r esta razón], o incluso responsabilité de chaqué usager.» x E l redactor, a l escribir e l
L ' ( s i se opta p o r atender a l a noción de grado ligada a autant p r i m e r enunciado, entendía s i n d u d a oponerse a u n enunciador
j (•.V* [ t a n t o , o t r o t a n t o ] ) cela suffit á faire conclure [basta con ello que habría deducido d e l p r i m e r o l a i r r e s p o n s a b i l i d a d de los
p a r a d e d u c i r ] . Pour autant aparece así como u n conector de usuarios.)
consecución (y ya no de oposición), p e r o l a conclusión que. S i se a d m i t e m i análisis de las expresiones de p o l a r i d a d ne-
i n t r o d u c e es l a de u n enunciador a l que e l l o c u t o r se opone: su gativa se verá en ellas l a manifestación, y u n a suerte de cris-
""polaridad negativa no consiste en u n a restricción combinatoria talización g r a m a t i c a l , de u n a tendencia bastante generalizada
que impondría asociarle solamente u n enunciado negativo; re- que da a ciertas expresiones l a función de m a r c a r u n p u n t o de
side en l a puesta en escena p o r p a r t e d e l l o c u t o r de u n enun- v i s t a d e l que se señala a l m i s m o t i e m p o que n o es d e l l o c u t o r .
ciador E j d e l que el l o c u t o r se distancia, y que cumple u n mc> Esta tendencia no se observa solamente en los enunciados nega-
v i m i e n t o conclusivo rehusado p o r u n enunciador E con quien 2
tivos. Interviene igualmente en l a ironía, que también puede
el l o c u t o r se homologa. Generalizando esta idea, propondré con- r e c u r r i r a giros específicos. L o cual p o r l o demás n o h a de
siderar a laj3_expresiones de p o l a r i d a d negativa como las marcas extrañar, y a que he dado p a r a l a negación y l a ironía descrip-
de u n p u n t o de vista rechazado, p u n t o de vista que el locutor ciones bastante cercanas. S u principaL.diffire.ncia es que, en l a
de^Iaraírraítrnisible en e l m i s m o m o m e n t o en que pone en esce- ironía, el rechazo del enunciador absurdo es directamente ope-
na" a i e n u n c i a d o r que l o sostiene. r a d o p o r e l l o c u t o r ( y ligado a s u entonación, a sus muecas, a l
(N.B. 1. — Se me objetará que el enunciado A mais non-B hecho de que atrae l a atención sobre elementos de situación que
pour autant [ A pero n o p o r ello B ] no recusa solamente el movi- desmienten acto seguido el p u n t o de vista presentado, etc.),
m i e n t o deductivo que va de A a B , sino que sugiere fuertemen- m i e n t r a s que, en l a negación, el rechazo se opera a través de
te l a falsedad de B (aunque los hechos no sean absolutamente o t r o enunciador puesto en escena p o r el l o c u t o r y con el que
claros). M i respuesta es que el uso o r d i n a r i o de l a lengua — y éste, las más de las veces, se homologa. A h o r a bien, es notable
ésta es u n a de las características de l a argumentación lingüísjt, que en l a ironía l a elección de ciertas palabras (elección, l o
c a — distingue con d i f i c u l t a d entre «negar l a cosa concluida» re c u e rd o, i m p u t a d a a l l o c u t o r ) tiene el valor casi convencional
y "«negar e l m o v i m i e n t o de conclusión»: en c u a l q u i e r caso, u n de m a r c a r l a repugnancia d e l l o c u t o r hacia el p u n t o de vista
p r o c e d i m i e n t o ar gume nta ti vo m u y utilizado c u a n d o se t r a t a de de u n e n u n c i a d o r que él presenta, y que él presenta s i n oponerle
i n v a l i d a r u n m o v i m i e n t o conclusivo, consiste en m o s t r a r l a false- u n p u n t o d é vista adversó. Es el caso de expresiones como ¡Bue-
d a d de l a proposición concluida. ña la ha hecho usted!, ¡Muy bonito! (analizadas en DUCROT y
N.B. 2. — Si pour autant exige ser combinado con u n morfe- otros, 1980, pág. 120): a l t i e m p o de traer u n enunciador que apre-
m a negativo o con u n giro de valor abiertamente negativo, ello
no obedece, como dije, a u n a restricción sintáctica, simo a que * «La R.A.T.P. solicita u n reforzamiento de las medidas de seguridad
í ése m o r f e m a o ese giro i m p l i c a n la presentación "y l a refutación en el metro. Sin embargo, la eficacia de la acción también compete a la
| dé"un enunciador que" adopta l a a c t i t u d positiva. "Esté arialisls~" responsabilidad de cada usuario.» Como puede observarse, el fenómeno
señalado p o r el autor respecto de pour autant no queda reflejado en la
deja prever que nos encontramos con poiir aütañt c u a n d o l a traducción. [T.]
8
226 ENUNCIACION 8. ESBOZO D E U H T E O R I A P O L I F O N I C A DE LA ENUNCIACION 227
ciaría de manera favorable el estado de cosas aludido, estas ex- el l o c u t o r equivocadamente se homologa, demanda l a anulación
presiones m a r c a n que el l o c u t o r tiene l a opinión inversa. A su de l a p a r t i d a ev<cada p o r E j (se hallará u n análisis del m i s m o
respecto, podríamos hablar de «polaridades irónicas». t i p o para los erunciados interrogativos en ANSCOMBRE-DUCROT
: > Más generalmente aún, se observa que l a mayoría de las [ 1 9 8 1 ] , pág. 17).
comunidades ideológicas poseen expresiones que no pueden ser Ahora b i e n , suele suceder que las palabras utilizadas p a r a
aplicadas a cierto t i p o de objeto s i n que esa aplicación sea de- i m p e d i r u n a accón, a l m i s m o t i e m p o que describen esa acción
nunciada a l m i s m o t i e m p o como absurda. Encontré así, en u n l a m u e s t r a n com» inaceptable. Supongamos, c o n t i n u a n d o l a t r i s -
artículo de Le Monde, este resumen de u n discurso d e l presi- te h i s t o r i a de Z 7 N , que N responda a Z: « ¡ N o te portes como
dente Cárter: «Para Cárter, l a democracia es u n a panacea.» L a u n niño!»: el comportamiento reprochado a Z (no aceptar l a
p r o p i a elección del término panacea pone e n evidencia el desa- separación) de entrada es presentado p o r N como i n f a n t i l , es
cuerdo del p e r i o d i s t a con el p u n t o de v i s t a t r a n s m i t i d o (el de decir, en d e t e r m n a d o n i v e l de lugares comunes, como a todas
Cárter). Por eso es p o r lo que, en el m i s m o contexto ideológico, luces ridículo y digno de l a reprobación de los sensatos. De prj,¿r , -
debería considerarse como casi analítico el enunciado negativo r c
m o d o t a l que volveré a h a b l a r de p o l a r i d a d negativa ideológica jf , ¡
«la democracia no es u n a panacea», puesto que el enunciado y en consecuencia de u n discurso redundante y hasta analítico, i d,c.,cMv'
positivo correspondiente «la democracia es u n a panacea» se pre- ya que l a f o r m a m i s m a en que el l o c u t o r N f o r m u l a l a situa-
senta ya como evidentemente i n a d m i s i b l e : l a negación cumple ción evocada p o r E , t o r n a necesario que N se homologue c o n el
la m i s m a función que l a utilización de l a p a l a b r a panacea. De 2
enunciador E que se opone a él (el carácter redundante d e l .,
acuerdo con l a terminología presentada en este artículo, habría i m p e r a t i v o negativo se ve claramente si se piensa que « ¡ N o te - O - f a ^ y
que decir que el l oc ut or , a l emplear esa palabra, m a r c a ya que portes como u n niño!» c u m p l e exactamente l a m i s m a función, (*
se opone a l enunciador, a l que presta u n a creencia en l a v i r t u d visto el sistema de lugares comunes que nos sirve h a b i t u a l m e n t e ' "' !
universal de l a democracia: redundante, l a negación es imposi- de referencia, que « ¡ T e estás p o r t a n d o como u n niño!»).
ble de r e f u t a r . >
M i tercera y última observación sólo a p u n t a a poner en
Quisiera señalar p o r último que este m i s m o fenómeno de
evidencia u n a a l t e r n a t i v a teórica p r o p i c i a d a p o r l o que precede, j
p o l a r i d a d ideológica a l que m e referí respecto de los enuncia-
s i n c ont a r yo ahora con medios p a r a zanjarla. E l p r o b l e m a ^
dos declarativos negativos, reaparece en ciertos empleos de los
surge cuando se considera u n enunciado a l a vez irónico y ne-
imperativos. Para demostrarlo, p r i m e r o debo extender a los
gativo. Z pretendió que podría t e r m i n a r su artículo a t i e m p o 0 " ^ 9 ¡ "
segundos l a descripción que propuse para los p r i m e r o s , aunque
y N declaró que esto era imposible. Habiendo acabado el artícu-
limitándome a los casos donde el i m p e r a t i v o negativo demanda
lo en el plazo p r e v i s t o , Z, presentándolo a N , comenta irónica-
al i n t e r l o c u t o r no realizar u n a acción que tiene en vista realizar
mente: « Y a ves, n o terminé el artículo a tiempo.» H a y a l menos
o que ya comenzó a realizar. E l enunciado pone entonces en
dos soluciones p a r a analizar este último enunciado d e n t r o d e l
escena, a m i j u i c i o , p o r l o menos dos enunciadores. Uno, E , ?
marco de l a teoría polifónica aquí presentada. U n a sería anali-
describe la acción en cuestión y que es el tema del enunciado
(presentándola a veces como legítima o en cualquier caso m o t i - zarlo como c u a l q u i e r enunciado negativo, diciendo que su locu-
t o r pone en escena a dos enunciadores, E¡ y E . E asimilado 2 u
vada, véase DUCROT y otros [ 1 9 8 0 ] , pág. 128). Cuando Z dice a
t
N « ¡ N o me dejes!» E representa, ya sea según el m o d o de l o al personaje del l o c u t o r en su p r i m e r a conversación con N , pre-
vé l a terminación del artículo en los plazos previstos. E , asimi- 2
posible proyectado, ya sea según el modo de lo ya comenzado,
la p a r t i d a de N , siendo l a situación evocada p o r E-, a q u e l l a lado a N en esta m i s m a conversación, pone en duda esta segu-
que constatarían o anunciarían los enunciados declarativos r i d a d , puesta en duda que vuelve absurda l a situación de l a
positivos Tú me dejarás o Tú me dejas que corresponden a l segunda conversación. L a ironía global del enunciado obedece-'
imperativo negativo ¡No me dejes! E n cuanto a E , c o n q u i e n 2
ría entonces a qu<e L n o sé a s i m i l a a n i n g u n o de los enunciado-
res, es decir, de a c u e r d o con m i terminología, a que no es actúa»
...... (,...,, .'.víwsrniíjimi
228 ENUNCI ACTOS 8. ESBOZO D E UNA TE I R I A P O L I F O N I C A DE LA ENUNCIACION 229
lizado n i n g u n o de ellos (subrayo, e n efecto, q u e e l personaje con visible l a d i f e r e n c i a con l a solución precedente. E l ridículo atri-
q u i e n se homologa E¡ es u n p r o t a g o n i s t a de l a p r i m e r a conver- b u i d o a N y a no es e l hecho de negar u n a evidencia sino de
sación: de m o d o que n o es L , responsable de l a enunciación i m a g i n a r , e n e l m o m m t o de entregarse el artículo, u n intercam-
aparecida en l a segunda conversación, sino X, e l ser histórico 2
b i o c o m p l e t o en e l cual u n enunciador E tendría el papel de
del que L es únicamente e l último ava ta r ). L, metteur en scéne negar l a evidencia s>stenida p o r u n enunciador razonable E t
de u n diálogo que r e t o m a en eco u n a conversación anterior, no 0
del que E (asimiladc a N ) es también e l metteur en scéne. Lo
se inviste p o r t a n t o en n i n g u n o de los personajes a los que hace que entonces se reprocha a N , n o es adoptar directamente
hablar, l o c u a l corresponde cabalmente a m i definición de la 2
( = en t a n t o q u e E ) u n a de las posiciones implicadas p o r el
• ironía. enunciado negativo, h repulsa, sino l a de representar, en tanto
' Pero este análisis presenta p o r l o menos u n p u n t o que no me 0
que E , las dos a c ti tu l es, l a afirmación y l a repulsa, para t o m a r
2
satisface. E l enunciador ridículo E sería a s i m i l a d o a l personaje 0
p o r su cuenta, o t r a vez en t a n t o que E , aquella que en este caso
N de l a p r i m e r a conversación, a q ue l que c i e r t a vez puso en es precisamente indeiendible.
duda l a seguridad de Z. A h o r a b i e n , se puede pensar que no es E l p r o b l e m a teórico suscitado p o r esta segunda solución es
ése e l que queda directamente cuestionado. Porque l a posición que ella i m p l i c a la posibilidad de s u b o r d i n a r unos enunciadores
ridicula es l a que consistiría, en la segunda conversación, o sea a otros (subordinación comparable a l encaje que, según B A L »
en e l m o m e n t o en que Z trae e l artículo, en negar su capacidad [1981],. puede enlazarlas diferentes focalizaciones de u n texto). |
2
p a r a t e r m i n a r l o : así pues, E es asimilado a l N de esta segunda L o cual podría comprometer, a l menos parcialmente, la oposi-
conversación. Pero entonces el enunciador E a l que E se opo- t 2
ción que establecí entre l o c u t o r y enunciador: el enunciador se j
ne absurdamente, también debería ser asimilado a u n protago- acerca peligrosamente a l l o c u t o r si tiene, como éste, el poder de
nista de l a segunda conversación, es decir, a Z en el momento poner enunciadores en escena. Pero p o r o t r o lado, a l p e r m i t i r - '
en que trae e l artículo. S i n embargo Z, en e l m o m e n t o de traer nos l a l i b e r t a d de s u b o r d i n a r s i n f i n unos enunciadores a otros
el artículo, es difícil de distanciar de L, l o c u t o r d e l enunciado nos dispensamos de p o stu l ar l a existencia de «contenidos» en
irónico; y ello n o concuerda b i e n c o n m i definición de l a ironía, la base d e l sentido, objetos de las actitudes prestadas a los enun-
definición que excluye l a homologación de ningún enunciador ciadores y que representarían directamente l a realidad. Los
con e l l o c u t o r e n cuanto t a l . «contenidos» siempre podrían ser considerados como los pun-
Aunque esta d i f i c u l t a d pueda ser superada m e parece inte- tos de vista de enunciadores de grado i n f e r i o r . Ventaja impor-
resante imaginar, para d e s c r i b i r e l enunciado negativo irónico, tante si se quiere llegar a decir que las «cosas» de las que parece
u n a solución p o r entero diferente. E n vez de s i t u a r a todos los h a b l a r e l discurso s o n en sí mismas l a cristalización de u n dis-
enunciadores en u n m i s m o plano, se los colocaría en dos niveles curso sobre otras cosas, resolubles a su vez en otros discursos.
diferentes. E n e l p r i m e r n i v e l situaríamos a u n enunciador E , 0
enunciador ridículo asimilado a N en el m o m e n t o de la segunda X V I I . La distinción entre l o c u t o r y enunciador que acabo de
conversación. Y l a a b s u r d i d a d de N consistiría n o y a sólo en u t i l i z a r con respecto a l a ironía y l a negación, ofrece de u n a
recusar u n a aserción de Z concerniente a l a terminación del manera más general u n m ar co para s i t u a r en lingüística el pro-
artículo, sino en poner en escena, en u n segundo n i v e l , a dos b l e m a de los actos de lenguaje. Volvamos a la metáfora teatral
t 2
enunciadores E y E , protagonistas de u n i n t e r c a m b i o negativo del párrafo X I I I . Para d i r i g i r s e a su público, el a u t o r (que en esta
t
completo. E , asimilado a Z e n e l m o m e n t o de l a emtrega del metáfora corresponde ¡al l o c u t o r ) pone en escena unos personajes
artículo, constataría s u o p o r t u n a terminación, y E , al q u e E 2 0
(correlatos de los enumeiadores). A l hacerlo tiene dos maneras d i -
(y p o r t a n t o N , i n d i r e c t a m e n t e ) se asimilaría, recusaría esa afir- ferentes, ya lo h e seiñalado, de «decir algo». P r i m e r o p o r el
t
mación. Desde esta perspectiva, E ya no se expone a i n i a h o m o - hecho de que se homolloga, en t a l o cual m o m e n t o , con t a l o cual
logación c o n L, po rque él m i s m o es u n a construcción de E . Es 0
personaje, al que hace: s u portavoz. Así, en e l teatro de Moliere,
230 " \N 8. ESBOZO D E U N A TE01IA P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I O N 231
ciertas declaraciones de personajes secundarios presentados t r a t a r s e de l o s actos cue u n a persona, i d e n t i f i c a d a con el locu-
como sensatos son tenidas p o r declaraciones d e l propio autor, t o r , c u m p l e p o r el heclo de que este m i s m o l o c u t o r es asimilado
q u i e n a través de ellas plantearía su p r o p i o p u n t o de v i s t a . Una á t a l o c u a l enunciadcr: a estos actos se los llamará «primiti-
lectura t r a d i c i o n a l de El misántropo pretende, p o r ejemplo, que v o s » (como es «primitva» l a manifestación a t r i b u i d a a M o l i e r e
es M o l i e r e quien, detrás de F i l i n t o , declara: p o r a s i m i l a r s e éste a s i personaje F i l i n t o ) . Después, llamaré «de-
rivado» a u n acto c u n p l i d o p o r l a persona identificada c o n e l
La perfecta razón huye de todo extremismo l o c u t o r , s i este acto e;tá ligado a l hecho de que e l l o c u t o r , en
Y ordena ser sabio con sobriedad. c u a n t o responsable dé enunciado, elige poner en escena a t a l
o cual enunciador, aun s i no se a s i m i l a a n i n g u n o de ellos
--(El valor de esta l e c t u r a m e es i n d i f e r e n t e : l o esencial es (de l a m i s m a m a n e r a califiqué de «derivada» e l h a b l a a t r i b u i d a
que sea posible.) De u n m o d o a r b i t r a r i o , llamaré «primitivas» a M o l i e r e d e b i d o a que pone en escena a Sganarel y a D o n Juan,
a estas emisiones que el a u t o r dirige a l público homologándose aunque n o se h o m o l o g i e c o n ellos). Concluiré este capítulo c o n
con u n personaje, algunos ejemplos en les que estos dos tipos de actos aparecen
Pero el a u t o r puede d i r i g i r s e a l público en u n a f o r m a ente- superpuestos.
ramente d i s t i n t a y s i n duda más satisfactoria desde el p u n t o de Comenzaré p o r los actos llamados, de A u s t i n en adelante,
vista t e a t r a l . Cuando los contemporáneos de M o l i e r e denuncia- «ilocutorios». U n o de los grandes problemas que suscitan reside
b a n Don Juan como u n a o b r a impía, l o que r e p r o c h a b a n a l a u t o r en l a p o s i b i l i d a d de c u m p l i r l o s de dos maneras diferentes. P r i -
no era haber convertido a D o n J u a n e n su portavoz, reproche m e r o de u n a m a n e r a llamada «primitiva» o «directa», p o r me-
fácil de rechazar en l a m e d i d a en que M o l i e r e t u v o el cuidado dio de frases más o menos especializadas en función de su
de acentuar el aspecto inaceptable d e l personaje. E l reproche c u m p l i m i e n t o (así, se formulará u n a petición mediante el enun-
esencial era haber confiado l a defensa de l a religión a Sganarel, ciado de u n a frase i m p e r a t i v a , diciéndole p o r ejemplo a u n
personaje grotesco, y grotesco en su f o r m a m i s m a de defenderla. vendedor de periódicos: «¡Déme Le Mondel»). Por o t r a p a r t e , de
La i m p i e d a d de M o l i e r e está en haber puesto en escena a Sga- manera «derivada» o «indirecta», con frases que parecen especia-,
n a r e l y . en haberle hecho decir l o que dice. M o l i e r e habla a l lizadas p a r a actos completamente distintos (se puede p e d i r
público p o r mediación de Sganarel, pero no de l a m a n e r a en que , Le Monde a l vendedor mediante el enunciado de u n a frase inte- j
le habla a través de F i l i n t o : aquí, el i n s t r u m e n t o de su h a b l a r r o g a t i v a como «¿Tiene usted Le Monde?»).
es l a existencia que se da a u n personaje, l o ridículo del perso- Desde el p u n t o de v i s t a teórico, l a segunda p o s i b i l i d a d re-
naje haciendo aparecer r i d i c u l a l a tesis que éste sostiene (de u n a sulta sumamente engorrosa. E n efecto, 1) a m e n u d o parece a r t i -
manera simétrica, se podría decir igualmente que M o l i e r e ataca f i c i a l decir que el l o c u t o r h a c u m p l i d o efectivamente el acto p a r a
a l a religión p o r el hecho de que l a hace atacar p o r D o n J u a n , el que l a frase está especializada (acto d e l que a veces se dice
personaje en muchos aspectos prestigioso, a u n si sus aspectos que la frase está «marcada» p o r é l ) : sería a r t i f i c i a l , en m i ejem-
negativos previenen de homologarlo con el a u t o r ) . Llamaré «de- plo, decir que el c o m p r a d o r h a hecho u n a pregunta a l vendedor
rivadas» a las emisiones de esta segunda categoría, aquellas qué de periódicos. Pero a l m i s m o t i e m p o , 2) p o r lo general se aspira
el a u t o r dirige no ya p o r mediación de sus personajes sino p o r a derivar el acto efectivamente c u m p l i d o (aquí, l a petición) a paí-'
el hecho m i s m o de representar a sus personajes, p o r l a elección t i r del acto «marcado» e n l a frase (aquí, l a pregunta) p o r medio
que hace de ellos. de u n a ley de discursoi t a l que «el hecho de c u m p l i r u n acto
Pues bien, demostraré que esta clasificación, establecida a de pregunta muestra quie hay interés en conocer l a respuesta.
propósito del lenguaje teatral, tiene u n análogo en e l lenguaje Ahora bien, marcar el interés p o r saber si alguien es capaz o no
cotidiano. Cuando decimos que u n enunciado m a n i f i e s t a u n de hacer algo (aquí, si e l vendedor está o no en condiciones de
acto, podemos querer decir dos cosas. E n p r i m e r l u g a r , p u e d e vender Le Monde) en ciiertas situaciones no tiene sentido salvo

232 ENUNCIACION 8. ESBOZO DE U A T E O R I A P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I O N 233
que se q u i e r a p e d i r l e que l o haga (aquí, p e d i r l e e l periódico)». de d i s c u r s o , cono s i s i r v i e r a p a r a hacer u n a petición. E l locu-
De i n m e d i a t o se advierte que 1) y 2) s o n difíciles de conciliar. t o r «representa, [ j o u e ] l a duda — e n el sentido en que Moliere,
Para obtener, como pretende 2), u n a derivación de l a p e t i c i o n a p o r i n t e r m e d i o dé Sganarel, «representa» [ j o u e ] u n a cierta ma-
p a r t i r de l a p r e g u n t a p o r m e d i o de u n a l e y de discurso, hay que nera de defender l a religión— y p o r m e d i o de este juego revela
a d m i t i r que l a enunciación c u m p l e efectivamente u n acto de una intención oferente.
pregunta. Pues b i e n , esto es p r e c i s a m e n t e l o que se niega en 1). Se a d v i e r t e a d i s p a r i d a d entre esta concepción y l a concep- 7- CQ a l -
Con l a distinción entré l o c u t o r y e n u n c i a d o r se abre el cami- ción h a b i t u a l s:gún l a cual l a ley de discurso t r a n s f o r m a u n • ..• p |
no a u n a solución, que sólo apuntaré a grandes rasgos y l i m i - acto" «primitivo» d e l l o c u t o r en o t r o acto d e l l o c u t o r llamado tA_< 5 i
tándome a l caso p a r t i c u l a r que m e h a s e r v i d o de ejemplo. Diré esta vez «derivído», l o que supone, en c o n t r a de l a evidencia,
1> que u n a frase i n t e r r o g a t i v a da, e n v i r t u d de s u significación, las que el acto «priiiitiyo» es c u m p l i d o efectivamente p o r e l locutor.
dos instrucciones siguientes a los oyentes que tienen que cjoasí Según m i concepción actual, l a ley de discurso deriva el acto X
t r u i r el sentido de los enunciados de esa frase: i n d i r e c t o a t r i b u i d o a l l o c u t o r á p a r t i r de l a puesta e n escena, i
«-» a) estos enunciados deben sacar a l u z u n ;enunciador\e p o r p a r t e de este m i s m o l o c u t o r , de u n enunciador del que él /
expresa sus pudas|fen l o que respecta a l a proposición sobre la se d i s t a n c i a ; s i n embargo esta puesta en escena, ligada a l a frase,
que recae l a interrogación; sigue siendo u n hecho i r r e f u t a b l e , a u n si el l o c u t o r n o es asi-
b) cuando este enunciador se|asimila_al l o c u t o r ; l a expresión m i l a d o a l enunciador. (N.B. — E n el capítulo 4, reedición de
de l a d u d a debe ser releída como u n a Íprejrunta,/es decir "que la u n v i e j o artículo en el que u t i l i z o l a concepción h a b i t u a l de los
enunciación h a de ser descrita como s i o b l i g a r a al alocutario a indirectos, se .dice que l a frase i n t e r r o g a t i v a no sirve fundamen-
responder. talmente p a r a la expresión de u n a i n c e r t i d u m b r e , sino que está
Partiendo de este v a l o r de l a frase se p u e d e n prever dos po- marcada p a r a el c u m p l i m i e n t o de u n acto i l o c u t o r i o p r i m i t i v o
sibilidades en l o que atañe a los actos i l o c u t o r i o s ligados a l a de p r e g u n t a . N o hay d u d a de que ahora debo abandonar este
enunciación. Una veces hará u n acto «primitivo» de pregunta, enfoque," y a que a) sitúo l a expresión de u n a i n c e r t i d u m b r e en
y otras u n acto «derivado»; que puede ser, entre otros, u n la significación m i s m a de l a frase, y b) s u b o r d i n o el acto p r i -
acto de petición. Vuelvo a l a frase «¿Tiene u s t e d Le Monde?». m i t i v o de p r e g u n t a a l a homologación del l o c u t o r y el enuncia- -
E n v i r t u d de a) sus enunciados presentan u n enunciador que dor. Pero este c a m b i o no afecta a l argumento que extraigo e n '
expresa su d u d a sobre e l hecho de que el vendedor tenga ejem- el capítulo 4 de los actos i l o c u t o r i o s . Sigue e n vigencia que la
plares de Le Monde. Si este enunciador puede homologarse con significación de l a frase i n t e r r o g a t i v a p o r u n lado no entraña la t
el l o c u t o r , es decir si se puede a t r i b u i r a éste, p o r h a b e r elegido aserción de u n a i n c e r t i d u m b r e , y p o r el o t r o hace algo más que \
el enunciado, l a intención de expresar u n a duda, entonces el expresar esa i n c e r t i d u m b r e : le es inherente el prever u n a posi-
enunciado ha de ser visto, según b ) , como u n a p r e g u n t a (cumpli- ble descripción d e l a enunciación como algo que crea u n a o b l i - /
da de m a n e r a «primitiva», «directa»). De ello se trataría, en gación de respuesta (en el caso en que l o c u t o r y enunciador se
p a r t i c u l a r , s i el enunciado apareciera en u n a encuesta sobre la homologuen). Así pues, no dejamos de situarnos en el «estructu^-. £<ír*u|
/difusión de l a prensa. Supongamos en cambio que n o se pueda r a l i s m o d e l d i s c u r s o ideal»: el v a l o r semántico de u n a entidad j - f ^ - .
a t r i b u i r a l l o c u t o r l a intención a que m e he r e f e r i d o (caso en lingüística se d e f i n e siempre en relación con l a continuación que ji^J^-S*
que l a frase l a p r o n u n c i a u n eventual cliente) y p o r t a n t o que ella pretende dairse.) —T^-'Vc
no se l a pueda a s i m i l a r a l enunciador. Ahora l a frase y a no
i m p o n e comprender el enunciado como una p r e g u n t a . Pero X V I I I . La distinción entre actos p r i m i t i v o s (cumplidos p o r ^-^~'&^ /
esto no i m p i d e ponerlo a l servicio de o t r o acto i l o c u t o r i o . Por- asimilación del l o c u t o r y el e n u n c i a d o r ) y actos derivados (que 1
que el p r o p i o hecho de p o n e r en escena a u n e n u n c i a d o r que el l o c u t o r cumples p o r el hecho de poner en escena üñó's"éh"üTFy
expresa su i n c e r t i d u m b r e puede aparecer, en v i r t u d , de u n a ley ciadores que expjresan su a c t i t u d p r o p i a ) desborda el campó
¡ v
;. f ....
8. ESBOZO DE U N A T ¡ 0 R I A P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I O N 235
234 ENUNCIACION
c i a r m e : « c i e r t o que son largos, pero son livianos». Porque el
de lo que h a b i t u a l m e n t e recibe el n o m b r e de «ilocutorio». A n t ;
cierto que señalaría de su parte u n acuerdo retroactivo con l a
todo retomaré el ejemplo de ironía t r a t a d o p o c o más atrás. E
asexción de o t r a peBona, a c t i t u d que no coincide c o n l o que yo
cliente, en su réplica, presenta a l dueño del restaurante (en el
le p i d o , esto es, que haga usted u n a descripción. Así pues, t a m -
sentido con que M o l i e r e presenta a Sganarel defendiendo a la
bién aquí es útil, pa:a describir la frase, o sea la entidad lingüís-
religión) sosteniendo u n a posición absurda respecto del tecke.
tica, suponer q u e e l t distingue entre l o c u t o r y enunciador y que
Sólo esta presentación p e r m i t e a l cliente, l o c u t o r de la réplica
i n c l u y e entre sus irstrucciones directivas para determinar, en
c u m p l i r u n acto derivado de b u r l a , beneficiándose en cuanto lo-
el m o m e n t o e n que se i n t e r p r e t a el enunciado, a quién se d e b e n .
cutor: se presenta como inteligente, desenvuelto, ameno, divei-^
a t r i b u i r esos roles.
tido, etc.JEn la medida en que el enunciado irónico (a diferencia
.'del enunciado negativo) n o m u e s t r a ningún enunciador con el E s t a distinción s»rá p u n t o de p a r t i d a de u n a distinción coro-
! que el l o c u t o r se pueda homologar, no sirve p a r a cumplir ningún l a r i a , que concierne a los actos cumplidos. H e dicho que el enun-
acto p r i m i t i v o , p a r t i c u l a r i d a d ésta que debería ser integrada en ciado c o m p l e j o «cierto que hace b u e n t i e m p o , pero me duelen
la definición general de l a ironía. , los pies», cuya responsabilidad global es a t r i b u i d a a l l o c u t o r X ,
pone en escena a dos enunciadores. E l p r i m e r o argumenta en
Segundo ejemplo, el de la conjunción ¿pero. Hace ya tiempo
favor del esquí diciendo que hace b u e n t i e m p o . Pero el l o c u t o r ,
que J.-C. Anscombre y yo describimos los enunciados del tipo
p o r s u parte, se homologa con u n segundo enunciador, con aquel
« p pero q » diciendo que el p r i m e r segmento p) es presentado
que a r g u m e n t a en contra de la salida planeada, m i e n t r a s que el
| cómo u n argumento para u n a determinada conclusión r ) , y el
p r i m e r o es asimilado a o t r a persona, quizá p o r ejemplo a l al(>
^segundo para la conclusión inversa. Pero este encuadre general
c u t a r i o . E s t o no impide que se c u m p l a u n acto de lenguaje t .
—que seguimos m a n t e n i e n d o — a d m i t e g r a n número de casos
t a n t o en l a p r i m e r a parte del enunciado como en la segunda. - » £ «4
particulares m u y diversos. Especialmente aquel en que p es
E n l a segunda se cumple u n acto «primitivo»* acto de alarma- Tj-Cfyi.
i n t r o d u c i d o p o r cierto que lcertes~¡. Me proponéis i r a esquiar,
ción y, sobre todo, áej^n^^añ^SS^^^^^-- L o que se hace ^ v^c,"/h
y yo rechazo la propuesta respondiendo «cierto que hace buen
en la p r i m e r a es u n acto derivado, que yo l l a m o «acto de con- y t$~^ rjf
tiempo, pero me duelen los pies». E l empleo de cierto que me sir-
cesión»: consiste en dejar oír a u n enunciador que argumenta
ve aquí para a t r i b u i r o s u n a argumentación del t i p o «hace buen
en u n sentido opuesto a l p r o p i o , enunciador del que u n o se dis-
tiempo; luego, hay que i r a esquiar», argumentación que quizá
tancia (no s i n ofrecerle, a l menos en el caso de las concesiones
no habéis f o r m u l a d o explícitamente pero que yo os acredito
introducidas p o r cierto que, alguna f o r m a de acuerdo). De este
i^al m i s m o t i e m p o que la rechazo p o r medio del contra-argumento
acto se saca provecho p o r las mismas razones que del acto de
«me duelen los pies». Anscombre y yo describimos los enuncia-
b u r l a que aporté a n t e r i o r m e n t e . Gracias a su concesión, puede
dos de este género diciendo que ponen en escena a dos enun-
uno construirse el personaje de u n h o m b r e de espíritu" abierto;"-
2
qiadores sucesivos, Ej y E , que argumentan en sentidos opuestos
capaz de t o m a r en consideración el p u n t o de vista de los demás: CÍ$VC4_~'•
2
y donde el l o c u t o r se asimila a E y homologa a su a l o c u t a r i o
todo el mundo sabe que la concesi(5n es u n a de las e s t r a t e g i a s , " ' i - r p&Q
con E j . Aunque el l o c u t o r se declare en acuerdo c o n el hecho
más eficaces de persuasión y, en cualquier caso, que es funda- p!LY"s-iva_
1 ;
alegado p o r E se distancia empero de E ^ reconoce que hace
m e n t a l en el c o m p o r t a m i e n t o l l a m a d o «liberal». r
buen tiempo, pero no_ l o aserta p o r cuenta propia. S i n embargo,
ese distanciamiento viene impuesto p o r la significación m i s m a M i último e j e m p l o concierne a los fenómenos de presuposi-
de la frase, y más precisamente p o r el empleo de cierto que, ción, que pueden t r a t a r s e m e j o r de como lo he hecho hasta aquí
que es imposible si el l o c u t o r se asimila al enunciador que aser- (por lo menos l o e s p e r o ) , en e l m a r c o de l a polifonía y. de l a
ta p. Le p i d o a usted que me describa sus esquís, que yo n o co- concepción «teatral:» \de los actos de lenguaje. Veamos el más
nozco. Usted t a l vez m e responda «son largos, pero livianos», tradicional de los emunciados c o n presupuestos: «Pedro ha de-
mientras que resultaría extraño, en la misma situación, anurn- jado de fumar». Era Diré et ne pas diré, propuse considerarlo
J
p '••• .¿ Up a
,<-... "«-"H^jÉ
236 ENUNCIACION 8. ESBOZO D E UNA TEORIA P O L I F O N I C A DE LA E N U N C I A C I O N 237
como el c u m p l i m i e n t o de dos actos p o r p a r t e del locutor, uno t i c a l de u n enunciado, de u n g r u p o n o m i n a r d e l t i p o «la degra-
de presuposición, relativo a l presupuesto «antes Pedro fumaba»7 dación de l a situación» o «el m e j o r a m i e n t o del nivel de vida»?
y el o t r o de aserción, relativo a l o a f i r m a d o «Pedro no fuma E n o t r o t i e m p o , cuando sólo disponía de los conceptos de afir-
ahora». H o y l o describiría de u n a m a n e r a u n tanto diferente. mación y presuposidón, m i respuesta hubiese sido que se pre-
Diría que este enunciado presenta a dos enunciadores, E( y E , 2 supone que l a situación se degrada o que el n i v e l de v i d a mejora.
respectivamente responsables de los c o n t e n i d o s presupuesto Respuesta q u e conlleva ciertas dificultades, p o r q u e b i e n se pue-
2
y a f i r m a d o . E l enunciador E es a s i m i l a d o a l locutor, lo que de c o n t i n u a r el discurso negando l a r e a l i d a d de estos hechos:
p e r m i t e c u m p l i r u n acto de afirmación. E n c u a n t o al enunciador « L a m e j o r a d e l nivel de v i d a es u n a p u r a invención del gobier-
E „ aquel según el cual Pedro antes f u m a b a , e^s asimilado a cier- no». A h o r a diría ye que l o p r o p i o de l a nominalización es
x
to SE [ O N ] , a u n a voz colectiva en cuyo i n t e r i o r se sitúa el hacer que aparezca u n enunciador, con el que el l o c u t o r no se
p r o p i o l o c u t o r (en este p u n t o u t i l i z o las ideas de BERRENDONNER h o m o l o g a p e r o que se homologa c o n u n a voz colectiva, con u n |
[1981], cap. 2). Así, a nivel de los enunciadores n o hay, pues, acto S E E n c u a n t o a la inclusión del l o c u t o r en este SE, el fenó-
T^cVo de^ presuposición, Pero el enunciado sirve n o obstante para' m e n o sintáctico de la nominalización nada dice de ello, n i posi-
- ^ j ^ u m p H r este acto de u n a manera derivada, p o r l o m i s m o que t i v a n i negativamente. S i p o r t a l o cual razón e x t e r i o r a l a frase
N
<MX * jhace oír u n a voz colectiva que denuncia los errores pasados de m i s m a queda claro que el l o c u t o r f o r m a p a r t e d e l SE, se
A rá - P É r o D e e s t e
modo l a presuposición entraría en l a misma cate- obtendrá u n acto derivado de presuposición, pero ésta n o es
p t C ^ T SOTÍA que los actos de b u r l a o de concesión. más"que u n a posibilidad entre otras.
j| f Con estos tres ejemplos espero haber demostrado cuánto pue- N.B. 2. — De estas observaciones sobre el acto de presuponer
yv"¿- V 0 r d
P° e a r t a r l a
analogía o la metáfora t e a t r a l a l estudio estricfa- también se desprende hasta qué p u n t o es necesario d i s t i n g u i r
.^-p-Ji mente lingüístico. A l decir que el l o c u t o r hace de su enunciación — c o m o propuse en la sección X I I — entre el l o c u t o r como t a l
J u n a suerte de representación donde se da l a palabra a diferen- L ) y el l o c u t o r como ser del m u n d o X)."£n efecto, acabo de de-
í S?..P t J ' e r s o n a e s l o s
enunciadores, ampliamos la noción de acto c i r que, cuando hay presuposición, homologamos a u n o de los
\de lenguaje. Y a no hay n i n g u n a razón para d a r preferencia a los enunciadores c o n u n S E , en cuyo i n t e r i o r se sitúa el p r o p i o
que se c u m p l e n de manera «seria» ( p o r asimilación d e l l o c u t o r l o c u t o r . Se m e objetará, pues, que de esta manera la presupo-
a u n enunciador), y se pueden considerar como igualmente «nor- sición pasa a ser u n caso p a r t i c u l a r de aquellas afirmaciones
males» los que se c u m p l e n p o r l a elección m i s m a de los enuncia- que llamé «primitivas», es decir las que se c u m p l e n p o r homo-
dores, los que alguien cumple como metteur en scéne de l a repre- logación del l o c u t o r con u n enunciador. Para responder tengo
^e/M-f' y sentación enunciativa. E n ninguno de los dos casos se h a b l a de que especificar q u e el l o c u t o r integrado en el. .SE_ncL.es L , el
i m a
| n e r a inmediata, sino siempre p o r mediación de los enuncia^ l o c u t o r como t a l , s i n o X, es decir u n ser que se considera existe
gf^ / Ifes. fuera d e l discurso (aunque sólo sea localizable p o r su r o í de L
AÁ¿X>' ' rv N.B. 1. — Este t r a t a m i e n t o de la presuposición p e r m i t e en "el i n t e r i o r del d i s c u r s o ) . L o cual significa que el contenido
CTJL thVft' aclarar el estatuto pragmático de las nominalizaciones: ¿qué presupuesto no es a s u m i d o en l a elección m i s m a del enunciado
^ ^ J ^ ^ , ^ c o m p r o m i s o personal i m p l i c a l a utilización, como sujeto grarna- (elección que se i m p u t a a L ) .
E x p l i c o así que a l decir «Pedro h a dejado de fumar», n o se
presenta u n o c o m o s i a f i r m a r a , en su manifestación presente,
* «Se» es pronombre reflexivo que se emplea con formas verbales que Pedro antes fumó. Simplemente, u n o representa esta creen-
pronominales, pero también sirve para formar oraciones impersonales y
de pasiva. Constituye el equivalente castellano más aproximado- a on, pro- cia en el i n t e r i o r de su discurso, y le da p o r sujeto, entre |
nombre personal indefinido de la tercera persona del p l u r a l . Como t r a - otras personas, al i n d i v i d u o que u n o era y es todavía fuera de f
ducción de on, ha de entenderse que «se» cumple función de sujeto, posi-
ción rechazada p o r la Real Academia de la Lengua Española p e r o defen- su enunciación. De ahí esta característica de la presuposición:
dida por diversos gramáticos. [T.] sin dejar de a s u m i r l a responsabilidad de u n contenido, no se
238 ENUNCIACION
i asume l a r e s p o n s a b i l i d a d de l a aserción de e s t e contenido, n o Referencias bi>liográficas
ij sé Hace d e e s t a a s e r c i ó n e l f i n c o n f e s o d e l a p r o p i a h a b l a ( l o
jj cual engendra l a i m p o s i b i l i d a d , d e f i n i t o r i a a m i juicio de l a
\, de encadenar sobre los p r e s u p u e s t o s ) .
iWio^t ¿OS* n'«-f.Ci..M>^(,vU^
ANSCOMBRE, J . - C : «31 était u n e f o i s u n e princesse aussi b e l l e q u e b o n -
n e » , Semantikos, 1 (1975) 1-28.
ANSCOMBRE, J . - C : «La problématique de l ' i l l o c u t o i r e derivé», Langage
et Société, 2 (1977) 1741.
ANSCOMBRE, J . - C : « L a délocutivité généralisée», Recherches linguisti-
ques, U n i v e r s i d a d de París V I I I , 8 (1979) 5-43.
ANSCOMBRE, J . - C : «Voulez-vous dériver avec moi?», Communications,
32 (1980) 61-124.
ANSCOMBRE, J.-C, DUCROT, O.: «L'argumentation dans l a langue», Lan-
gages, 42 (1976) 5-27. R e p r o d u c i d o e n A n s c o m b r e - D u c r o t , 1983.
ANSCOMBRE, J.-C, DUCROT, O.: «Echelles i m p l i c a t i v e s , échelles a r g u -
m e n t a t i v e s et l o i s de discours», Semantikos, 2-3 (1978) 30-43. Re-
p r o d u c i d o e n A n s c o m b r e - D u c r o t , 1983.
ANSCOMBRE, J.-C, DUCROT, O.: « L o i s logiques e t lois argumentatives»,
Le Frangais moderne, 1978, 347-357 y 1979, 35-52. R e p r o d u c i d o e n
A n s c o m b r e - D u c r o t , 1983.
ANSCOMBRE, J.-C, DIUCROT, O.: «Interrogation e t argumentation», Lan-
gages, 52 (1981) 5-22. R e p r o d u c i d o e n ANSCOMBRE-DUCROT, 1983.
ANSCOMBRE, J.-C, DUCROT, O.: L'argumentation dans la langue, B r u -
selas, M a r d a g a 1.983. ~~
A U T H I E R , J . : «Les fformes d u d i s c o u r s rapporté», D.R.L.A.V., U n i v e r -
s i d a d de París V I I I , 17 (1978) 1-88.
BAL, M . : «Notes o n n a r r a t i v e embedding», Poetics Todiay (1981) .41-59.
BANFIELD, A.: «Oü ¡l'épistémologie, l e style e t l a g r a r n i m a i r e r e n c o n -
t r e n t l a théorie Jittéraire», Langue frangaise, 44 (1979) 9-26.
BARTHES, R.: « L a cléliberation», Tel Quel, 82 (1979) 8-18.
BENVENISTE, E.: Noims d'agent et noms d'action en indo-européen,
París, Maisonneuive, 1948.
BENVENISTE, E.: Protblémes de linguistique genérate, Pairís, G a l l i m a r d ,

Vous aimerez peut-être aussi