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ENGENHARIA CIVIL

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Prof. Ivam Salomão Liboni
ENGENHARIA CIVIL

Capítulo IX
Alvenaria de Vedação:
Blocos Cerâmicos

Prof. Ivam Salomão Liboni 2


1. CAMPO DE APLICAÇÃO

 Vamos abordar diversos aspectos


relacionados ao projeto e a execução de
paredes de vedação com blocos
cerâmicos vazados, visando integrar este
componente, de forma racionalizada,
tanto à estrutura da obra como a todos
os demais elementos e componentes que
a constituem.

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1. CAMPO DE APLICAÇÃO

 As alvenarias de vedação não são


projetadas para resistirem a cargas
verticais além daquelas resultantes do
seu peso próprio e de pequenas cargas
de ocupação, ou seja, destinam-se ao
preenchimento de espaços entre
componentes da estrutura.

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1. CAMPO DE APLICAÇÃO

Podem ser empregadas na fachada da obra (paredes


externas) ou na criação dos espaços internos (divisórias
internas).

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1.CAMPO DE APLICAÇÃO

 A função dessas paredes, além da simples


divisão de espaços, desempenham papel
importante na isolação térmica e acústica
dos ambientes; na segurança física dos
usuários em casos de incêndio; na
estanqueidade à água da obra e, às vezes,
até mesmo no contraventamento da
estrutura ou parte dela.

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1. CAMPO DE APLICAÇÃO

 Importante explorar, particularmente


no caso dos blocos cerâmicos de
vedação, as boas propriedades desse
produto no tocante às mais diversas
características de desempenho
(durabilidade, resistência à ação do
fogo, comportamento termo-acústico,
etc.).

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2. DADOS PARA PROJETOS

2.1 -Características Técnicas das Paredes


 A fim de garantir um nível razoável de segurança
contra ação de cargas laterais, como por exemplo:
- cargas provenientes da ação do vento, ou de
- impactos acidentais
 As dimensões das paredes deverão ser limitadas
tanto na direção do seu comprimento como na
direção da sua altura.
 Essa limitação será imposta por elementos ditos
contraventantes
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2.1 - Características Técnicas das Paredes

Os principais elementos contraventantes são:


 na direção do comprimento da parede: pilares, enrijecedores
e paredes transversais;
 na direção da altura da parede: vigas, lajes e cintas de
amarração.

Dimensões máximas recomendadas para paredes de vedação, entre


Em função da largura
elementos contraventantes do bloco cerâmico e da
localização da parede no
Largura do Paredes Internas Paredes Externas edifício (paredes
Bloco
(cm) Altura Comprimento Altura Comprimento internas fachada),
máxima máximo (m) máxima (m) máximo (m)
(m) recomenda-se que não
sejam superados os
9 3,20 6,5 2,70 5,00
valores indicados na
14 4,20 8,50 3,70 7,00
Tabela
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2.2. Juntas de Controle

 Em virtude do risco de fissuração das paredes


muito extensas, em função de contrações ou
dilatações provocadas por diversos fatores
(retração da argamassa de assentamento,
movimentações térmicas da parede e da estrutura,
etc.), recomenda-se que os trechos contínuos de
paredes sejam limitados, principalmente no caso de
paredes de fachada.

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2.2. Juntas de Controle

 Essa limitação pode ser conseguida com a inserção de


juntas de controle na alvenaria. As juntas poderão ser
calafetadas com material deformável (cortiça, isopor,
poliuretano expandido, etc.), recebendo externamente
camada com altura de 10 a l5 mm de selante flexível à base
de silicone ou poliuretano, conforme indicado na Figura.

Junta de controle:
a) ligação com ferro a
cada 2 fiadas;
b) acabamento com
material deformável e
selante flexível.
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2.2. Juntas de Controle

Recomendando-se que, em função da largura do bloco


cerâmico, não sejam ultrapassadas, entre as juntas de
controle, as distâncias indicadas na Tabela a seguir:

Distância máxima entre juntas de controle na alvenaria de Blocos

Largura do Distância máxima entre juntas (m)


Bloco (cm) Parede sem aberturas Parede com vãos de portas e/ou
(parede cega) janelas

9 10,00 7,50

14 14,00 10,50

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2.2. Juntas de Controle

 Sempre que existir junta de movimentação na


estrutura deverá haver na parede uma junta
correspondente, com mesma localização e mesma
largura, independentemente do comprimento da
parede. Não havendo junta de movimentação, a junta
de controle inserida na parede deverá ser executada
com largura de aproximadamente 20 mm.

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2.2. Juntas de Controle

Para assegurar a vinculação entre os trechos da parede


separados pela junta de controle, deve ser introduzidas
nas juntas de assentamento, a cada duas fiadas, ferros
com 5,0 mm de diâmetro, embutidos aproximadamente
40cm em cada trecho da parede; esses ferros deverão ter
o formato de “S”, conforme mostrado na figura
anterior, possibilitando as movimentações da junta.

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2.3 - Modulação da Parede

Nas extremidades das paredes, por exemplo, no encontro


com pilares ou com marcos de portas e janelas, poderá
ser especificado a utilização de ½ bloco cerâmico ou
optar pelo emprego de tijolos maciços de barro cozido.

Destaca-se que as dimensões os tijolos maciços são:


57mm x 90mm x 190 mm, compatibilizando dessa forma
com a modulação dos blocos cerâmicos.

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2.3 - Modulação da Parede

Poderá também,
recomendar a utilização de
tijolos maciços na primeira
fiada (3 fiadas de tijolos
maciços equivale a uma
fiada de Bloco cerâmico
em pé), na base da parede,
para facilitar a fixação de
rodapés de madeira e o
embutimento de conduítes,
ou ainda, no topo da
parede, para facilitar a
fixação de cortineiros
(suporte para cortinas).

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3. MATERIAS E COMPONENTES

3.1 – Blocos Cerâmicos


* Os blocos cerâmicos são fabricados com argila e
conformados por extrusão (Expulsão), possuindo
ranhuras nas suas faces laterais que proporcionam
melhor aderência com a argamassa de assentamento ou
de revestimento.

* Esses blocos são fabricados com dimensões


padronizadas, conforme apresentado na tabela abaixo.
Geralmente com furos retangulares ou circulares
(conhecido como “tijolo baiano”).

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3.1 – Blocos Cerâmicos

Dimensões Padronizadas dos Blocos Cerâmicos

Identificação Dimensões nominais dos blocos


Comercial do
Bloco
(cm) Largura Altura Comprimento
(mm) (mm) (mm)

10 X 20 X 10 90
10 X 20 X 20 190
10 X 20 X 30 90 190 290
10 X 20 X 40 390
15 X 20 X 10 90
15 X 20 X 20 190
15 X 20 X 30 140 190 290
15 X 20 X 40 390
20 X 20 X 10 90
20 X 20 X 20 190
20 X 20 X 30 190 190 290
20 X 20 X 40 390

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3.1 – Blocos Cerâmicos

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3.1 – Blocos Cerâmicos

Propriedades Importantes

— tolerâncias dimensionais:  3 mm
— desvio de esquadro:  3mm
— empenamento:  3mm
— absorção de água: 10 a 20%
— resistência à compressão:
 10 kgf /cm2 (classe A)
 25 kgf/cm2 (classe E)
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3.1 – Blocos Cerâmicos

Os blocos com furos retangulares


geralmente apresentam resistência à
compressão igual ou maior que 25 kgf/cm2,
enquanto que nos blocos com furos
circulares este valor é acentuadamente
menor (em torno de 10 kgf/cm2).

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3.1 – Blocos Cerâmicos

A rigor, as duas categorias de blocos podem ser


empregadas na construção de paredes de vedação; a
favor da segurança, contudo, para a execução de
paredes externas (fachadas) de edifícios altos,
sujeitos à ação de ventos fortes, recomenda-se o
emprego de blocos com resistência igual ou
superior a 25 kgf/cm2, ou seja, blocos com furos
retangulares.

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3.2 – Argamassa de Assentamento

A argamassa empregada no assentamento de


blocos cerâmicos deve ser plástica (argamassa
“gorda”) e ter consistência para suportar o peso dos
blocos, mantendo-os no alinhamento por ocasião
do assentamento.
Deve ainda ter boa capacidade de retenção de
água, além de promover forte aderência com os
blocos cerâmicos.

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3.2 – Argamassa de Assentamento

 Consideram-se como adequadas as argamassas de traços


1:2:9 (cimento, cal e areia, em volume) ou quaisquer outras
argamassas com propriedades equivalentes.

 Em locais onde haja disponibilidade, e no caso em que a


parede seja revestida, pode-se empregar saibro na preparação
da argamassa de assentamento; a dosagem dessa argamassa será
estabelecida em função da qualidade do saibro, sendo comum
empregar-se argamassa com traço em volume de 1:4:4
(cimento, saibro e areia).

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3.2 – Argamassa de Assentamento

CIMENTO - O cimento empregado normalmente na argamassa


de assentamento de blocos cerâmicos sem função portante é o
cimento Portland Comum CP 250.

Na falta deste, pode-se empregar cimento Portland Comum CP


320, cimento Portland Pozolânico POZ 250 ou POZ 320, ou ainda
cimento Portland de Alto Forno AF 250 ou AF 320.

Em locais onde haja disponibilidade, pode-se empregar ainda o


cimento para alvenaria (cimento AL), recomendando-se nesse caso
para a argamassa de assentamento um traço de volume de 1:5
(cimento AL e areia).

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3.2 – Argamassa de Assentamento

AREIA - A areia não deve conter sais solúveis nem matéria orgânica:
recomenda-se, então, a utilização de areia de rio lavada, de granulometria
média.

ÁGUA - A água de amassamento deve ser potável, ou seja, não devem ser
empregadas águas contaminadas por impurezas orgânicas, altos teores de
sais solúveis, etc.

CAL - A cal a ser empregada pode ser virgem ou hidratada; no primeiro


caso deve-se atentar para que a extinção da cal seja completa, enquanto que
no segundo caso deve-se tomar cuidado para que não seja empregada uma
cal hidratada com alto teor de impurezas inertes.

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4 - Manuseio

Os blocos cerâmicos devem


ser estocados em pilhas, com
altura máxima recomendada
de 1,80m, apoiadas sobre
superfície plana, limpa e
livre de umidade ou
materiais que possam
impregnar a superfície dos
blocos. Caso as pilhas sejam
apoiadas diretamente sobre
o terreno, este deve ser
anteriormente apiloado.

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5 – Impermeabilização Da Base Da Parede

As paredes do pavimento
térreo, em contato com a
fundação, devem ter sua base
impermeabilizada mediante
aplicação de argamassa
impermeável e pintura com
emulsão asfáltica.

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5 – Impermeabilização Da Base Da Parede

Recomenda-se para a argamassa o


traço 1:3 (cimento e areia, em volume),
dosada com um impermeabilizante à
base de ácidos graxos (“Vedacit” ou
similar), sendo este impermeabilizante
previamente dissolvido na água de
amassamento da argamassa; o
consumo de impermeabilizante deve ser
indicado pelo fabricante, adotando-se,
em geral, a seguinte dosagem:
— 1 lata de cimento (18 litros)
— 3 latas de areia (54 litros)
— 1,0 kg de impermeabilizante

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5 – Impermeabilização Da Base Da Parede

As duas primeiras fiadas de


blocos sobre a fundação, pelo
menos, devem ser assentadas
com argamassa
impermeabilizante.
A alvenaria ainda receberá
revestimento com a mesma
argamassa até 60 cm de altura
em relação ao piso externo e 15
cm com relação ao piso interno.

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